Aula de Geografia Física, estrutura geológica e relevo.
Ilustrado com características do relevo e sua classificação, agentes internos e externos, uso do solo, planejamento e manejo do solo.
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
Prof demetrio melo brasil estrutura geológica e relevo
1. Estrutura Geológica e Relevo
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www.melo-geografia.blogspot.com.br
Prof. Demétrio Melo
2. 2
UM DOS MAIS
EXTENSOS PAÍSES DO
MUNDO.
O BRASIL OCUPA DESDE
TERRAS NO HEMISFÉRIO
NORTE ATÉ AO SUL DO
TRÓPICO DE
CAPRICÓRINIO.
Área de 8.514.876 km2
4. 4
POR ESTAR
LOCALIZADO A OESTE
(OCIDENTE) DO
MERIDIANO INICIAL –
GREENWICH – 0º DE
LONGITUDE, POSSUI
SUAS FAIXAS DE FUSOS
ATRASADOS EM
RELAÇÃO À GMT.
5. ARGENTINA (1895/PR E SC);
GUIANA FRANCESA (1900/AP);
BOLÍVIA (1903/ACRE)
GUIANA (1904/RR);
COLÔMBIA (1907/AM).
6. O território físico brasileiro se constitui de um conjunto de rochas e
minerais de diferentes idades e materiais.
Predominam os materiais dos Éons Arqueano e Proterozoico, mas
existem diversas estruturas do Fenerozoico.
É de extrema importância os estudos sobre a dinâmica litológica,
seja em razão da disposição das edificações sobre a crosta, seja
por razões de produção econômica mineral.
No caso do relevo se constitui em importante fator na distribuição
das bacias hidrográficas, age como fator climático e interfere nas
temperaturas e dinâmicas das massas de ar.
6
7. Matriz de Referência
Competência de Área
Competência de área 6 - Compreender a sociedade e a natureza,
reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos
históricos e geográficos.
Habilidades
H26 - Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos
meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H29 - Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do
espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas
pelas ações humanas.
http://melo-geografia.blogspot.com.br/2013/06/diretrizes-
curriculares-em-geografia.html
8.
9. 9
Quando nos referimos a estrutura geológica o fazemos para
facilitar a classificação do relevo, e para isto leva-se em conta:
• as idades das rochas;
• as forças de atuação na crosta;
• a distribuição das rochas e minerais na crosta;
• a identificação das estruturas.
• São basicamente três macroestruturas do relevo terrestre:
dobramentos modernos, crátons (escudos cristalinos ou maciços)
e bacias sedimentares.
10. A Geologia é a ciência que estuda a gênese terrestre,
sua composição química, seus movimentos convectivos e
sua ação na crosta da Terra.
A Geomorfologia, por sua parte, estuda as feições da
litosfera, e os principais agentes de sua formação.
Nesse ponto se faz presente a dinâmica humana
enquanto agente geográfico.
10
11. São as forças tectônicas,
que permitem a formação
de vulcões, maremotos,
montanhas.
11
280 mi de anos
12. No movimento da deriva continental existe sempre a possibilidade
de choque entre as placas, nos limites ocorrem a orogênese, que é
a própria formação de montanhas.
A placa mais densa mergulha em direção ao manto (subducção),
enquanto que a continental se dobra no soerguimento.
12
13. São as grandes
cadeias de
montanhas da Terra
formadas a partir de
movimentos
orogenéticos na
crosta (encontro entre
placas tectônicas),
que tiveram origem
no Cenozoico (há
cerca de 65 milhões).
13
14. EPIROGÊNESE é a movimentação lenta e generalizada da crosta
terrestre, a qual sofre soerguimentos ou rebaixamentos amplos.
Soerguimentos são também definidos como "movimentos positivos"
(vertical e para cima) e abaixamentos como "movimento negativo"
(vertical e para baixo) das placas tectônicas.
Quando a epirogênese provoca rebaixamento do relevo pode levar à
transgressão marinha (avanço), e no soerguimento a regressão marinha.
Este movimento também produz diferentes falhas na estrutura do relevo.
14
15. Os escudos cristalinos são constituídos por rochas magmáticas e
metamórficas do Arqueano e Proterozoico. Aproximadamente
36% do território nacional é formado por esta estrutura
geológica, onde são explorados minérios metálicos e não
metálicos.
15
Planalto da Borborema com encosta escarpada. Trecho BR-230/PB
20. “Marmita” no Rio Ingá,
Agreste Paraibano
Trecho do Rio Ingá,
Agreste Paraibano
Abrasão marinha e corais de
calcário, Litoral Sul Paraibano
21. São grandes estruturas da litosfera constituídas por espessas camadas de rochas
sedimentares. São resultado direto das forças exógenas do relevo, que no caso
brasileiro são muito abundantes. A maior parte das bacias são fanerozoicas.
21
Serra da Capivara: formação
sedimentar do quaternário.
Localizado no estado do Piauí
22. O Brasil tem cerca de 60% de seu território ocupado por bacias sedimentares,
totalizando uma área de 6.436.200 km², dos quais 76% estão em terra e 24% em
plataforma continental.
• Datadas do Paleozoico, do Mesozoico e do Cenozoico, as bacias sedimentares
brasileiras são divididas em três tipos, a saber:
• Bacias sedimentares de grande extensão: bacias Amazônica, do Parnaíba (ou Meio-
Norte), do Paraná (ou Paranaica) e Central;
• Bacias sedimentares de menor extensão: bacias do Pantanal Mato-Grossense, do São
Francisco (ou Sanfranciscana), do Recôncavo Tucano e a Litorânea;
• Bacias de compartimento de planalto (bacias muito pequenas): bacias de Curitiba,
Taubaté e São Paulo, dentre outras.
• Atualmente, nove das bacias sedimentares brasileiras são produtoras de petróleo. São
elas: Campos, Espírito Santo, Tucano, Recôncavo, Santos, Sergipe-Alagoas, Potiguar,
Ceará e Solimões.
22
23. As diversas mudanças no
planeta Terra são
catalogadas de acordo com
os Éons, Eras, Períodos e
Épocas
23
Vinctifer
comptoni –
peixe do
cretáceo
Calmonia
signifer –
Trilobite do
devoniano
25. Para Azevedo o relevo
brasileiro era constituído de
duas feições:
> Planícies= 03
> Planaltos= 08
Percebe-se que a
preocupação central era
quanto a altimetria
O mérito dessa classificação
foi a introdução da
geomorfologia, além de o País
passar a ter uma única
regionalização.
25
26. Aziz introduziu novas
metodologias considerando as
mudanças climáticas durante as
eras geológicas, e não somente
as estruturas litológicas do
relevo.
Aziz manteve as unidades de
Azevedo, porém percebeu que
a erosão ao longo das eras
era fator determinante para
sua classificação, além das
faces de sedimentação.
26
27. O Prof. Ross elaborou sua
classificação com base nas imagens
do projeto Radambrasil.
Com as novas ferramentas de
georreferencimanto e sensores
remotos Ross dividiu o relevo em três
estruturas:
Planaltos (11);
Depressões (11)
Planícies (6)
Nessa classificação são considerados
a altitude, a geologia e os fatores
geomorfológicos, além das
potencialidades minerais do Brasil
27
28. Grande parte do território brasileiro é de origem arqueozoica a
pré-cambriana. Com intenso processo de erosão ao longo dos últimos
2 bilhões de anos, daí resultam nossas baixas altitudes (de 300 a
800m de altitude).
Os planaltos ocupam cerca de 38% da nossa superfície, dando-nos
uma grande vantagem energética, em função da excelente
distribuição pluviométrica e rios caudalosos permitem a instalação de
usinas hidrelétricas, tais como ocorrem no Rio São Francisco.
28
30. 30
São as formações mais
antigas, têm suas
bordas delimitadas por
declives e sofrem
constante processo de
erosão, com retirada e
transporte de
materiais.
A chapada Diamantina, na Bahia.
31. 31
As estruturas sedimentares
ocupam uma grande
extensão do País, tais
como no Parque de Vila
Velha no Paraná.
A erosão eólica ajudou a
criar as formas vistas na
fotografia ao lado.
32. 32
As áreas sedimentares
no País tem grande
diversidade geológica,
na Amazônia as rochas
são de origem
proterozóica, e com
grande reservas
minerais, enquanto que
o Pantanal sua
principal formação é
do cenozoico.
33. 33
Depressão relativa são terras mais baixas em relação às formas de relevo
que as circundam.
Depressão absoluta são terras abaixo do nível dos oceanos, como Mar
Morto está 393 metros abaixo do nível do mar.
36. Vista parcial da Pedra da
Boca, Região Geográfica
do Agreste, Paraíba
37. 37
Referir-se a
estrutura
geológica de um
território é
estabelecer
relação entre os
agentes de
formação das
rochas e minerais,
e sua distribuição
espacial
39. ALTITUDE: é a distância, medida na vertical, desde o nível médio das
águas do mar até ao lugar considerado. O lugar A tem uma altitude positiva
(400 m) e o lugar B encontra-se no nível médio das águas do mar (0 m). Porém,
quando a altitude é negativa e o lugar se encontra submerso (C ou D) designa-se
por profundidade ou altitude negativa. 39
40. 40
As análises de perfis de relevo podem auxiliar no processo de
ocupação e uso do solo: urbanização, agropecuária ou mineração.
42. Segundo o DNPM (2003) o
Brasil está entre os 8 maiores
produtores mundiais de
minerais metálicos.
O mapa ao lado dá uma
melhor ideia da distribuição
das jazidas.
Outra importância são as
jazidas minerais, tais como as
de Al, Mg, Sn, Fe, Pt, Co, Ur,
Au, dentre outros Th.
42
44. PERFIS DO SOLO - I
Os solos são resultado do intemperismo químico, físico e biológico.
O solo é um ecossistema, que depende da constante interação entre bactérias, fungos,
animais e vegetais.
A erosão é o grande destruidor do solo.
45. PERFIS DO SOLO - II
Como se vê o solo depende das condições específicas: a estrutura das rochas,
o tipo de clima e a interação constante dos micro-organismos, que poderão
resultar em solos profundos ou rasos.
46. USO DO SOLO
O manejo adequado pode reduzir
perdas significativas de solo
Em declive acentuado pode
acarretar em assoreamento
de riachos e rios.
Voçoroca aberta em região
de campos
Cratera aberta por conta
da redução da cobertura
vegetal
47. Relevo: Uso e Ocupação - I
Nos Andes Peruanos
Terraços de Arroz na China
Plantio em curvas de nível
O plantio em curvas de nível respeitam a topografia, já que a plantação é paralela
a cada nível de altitude. Isso reduz os efeitos do escoamento superficial da água.
Além disso a prática das queimadas, muito comum no Brasil, devem ser evitadas.
48. Deslizamento de terra: preservação de encostas
Nova Friburgo em 2011.
Deslizamento de terra
provocou centenas de mortos
e milhares de desabrigados.
Imagem da CPTEC.
Boletim de alerta havia sido
emitido antes da tragédia.
49. Existe relação direta entre o relevo e a cobertura vegetal e a formação
hidrográfica. Quando não se respeita os parâmetros de ocupação de morros e
encostas o resultado pode ser catastrófico. 49
50. Voçoroca aberta em região de
campos
Cratera aberta por conta da
redução da cobertura vegetal
A manutenção da vegetação e melhorar o padrão de drenagem podem reduzir
os impactos sobre os solos e evitar maiores desastres. 50
52. PERFIS DO SOLO - III
Solos rasos
Solo de horizonte
profundo
Superfície coberta de
material intemperizado
53. 53
Trecho da Falésia do Cabo Branco
Devido a fragilidade dos materiais componentes (rochas sedimentares) o trabalho de
erosão marinha é intenso. Grandes blocos de paleodunas podem ser visualizados.
54. Trecho da foz do Rio Gramame, litoral da Paraíba.
Destaque para ponta da falésia acima.
55.
56. 56
Em diversos lugares no mundo podem ocorrer maremotos com
tsunamis. O relevo costeiro pode amplificar o fenômeno, como ocorreu
na Indonésia em 2004 ou no Japão em 2011 (acima).
https://www.youtube.com/watch?v=3618dZoiaPE
58. 58
Até a próxima...
Prof. Demétrio Melo
Professor Demétrio Melo
Graduado e Licenciado pela Universidade Federal da Paraíba
Mestre em Geografia pela UFPB – Linha Urbano e Rural
Pós-Graduação em Geografia e Gestão Ambiental – Universidade Integrada de Patos
Desejo bons estudos
Entre em contato para maiores esclarecimentos:
https://pt.slideshare.net/Demetrio33
59. 59
Texto
Prof. Demétrio Costa de Melo
Fotografias
Brasil Rio de Janeiro – Cristo Redentor. In National Geographic, Atlas, vol. II, 2008
Chapada da Diamantina, in: http://baixaki.ig.com.br/imagens/wpapers/BXK13133_115-
1529_imgmorrodoinaciochapadadiamantina800.jpg
Serra do Mar. In: Martins, Dadá et al. Geografia: Sociedade e Cotidiano, v. 1, SP: ed. Escala Educacional, 2006
Parque Estadual de Vila Velha. In Geografia: Sociedade e Cotidiano, v. 1, SP: ed. Escala Educacional, 2006
Pantanal Matogrossense._____In Geografia: Sociedade e Cotidiano, v. 1, SP: ed. Escala Educacional, 2006
Mapas
Azevedo, Aroldo de. In SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas, SP: Ed. Abril,, 2000. p. 81
Ab´Sáber, Aziz. Formas de Relevo. In: MAGNOLI, Demétrio & Araújo, Regina. Projeto de Ensino de Geografia, SP:
Ed. Moderna, 2001. p. 43
J. S. Ross. Revista do Dep. De Geografia, n. 4 p. 30 . In. ________________. Projeto de Ensino de Geografia, SP:
Ed. Moderna, 2001. p. 36
Brasil Geologia, In SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas, SP: Ed. Abril,, 2000. p. 82
Brasil Concentrações Minerais. In: MAGNOLI, Demétrio & Araújo, Regina. Projeto de Ensino de Geografia, SP: Ed.
Moderna, 2001. p. 35