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A metáfora da
maratona da vida
Daíza de Carvalho Lacerda
Orientação: Viviane Veras
Letras-noturno | IEL/Unicamp | 2019
De uma canção do Rush às
crônicas de Moacyr Scliar
ma.ra.to.na (subs. fem.)
➔ Aurélio (1993)
Corrida a pé, de longo percurso;
competição esportiva, intelectual,
etc.
➔ Houaiss (2009)
Prova de corrida a pé, de longo
percurso (cerca de 42 km); qualquer
competição de duração prolongada
que exija grande resistência; evento
ou atividade de longa duração, com
efeito desgastante para os
participantes.
“Maratona é vida. Não são
as pernas.
É coração
e mente”
Eliud Kipchoge
HERBERT NEUBAUER/Getty Images
A música
As crônicas
A maratona e a vida
(2007)
Maratona e
resiliência (2008)
Moacyr Scliar
Marathon
Power Windows
(1985)
Rush
O gênero do discurso não é uma forma da
língua, mas uma forma típica do
enunciado; como tal forma, o gênero inclui
certa expressão típica que lhe é inerente.
(...)
No gênero a palavra ganha certa expressão
típica.
(...)
Essa expressividade típica do gênero não
pertence, evidentemente, à palavra
enquanto unidade de língua, não faz parte
do seu significado, mas reflete apenas a
relação da palavra e do seu significado
com o gênero, isto é, com enunciados
típicos (BAKHTIN, 2016:52).
Os gêneros
do discurso
Julia Kristeva "empresta" de Bakhtin
a ideia de que todo texto dialoga
com outros textos, mas aprofunda
sobre as possibilidades de
integração do gênero e seus
componentes linguísticos, sociais e
culturais, introduzindo a ideia de
uma multiplicidade de discursos
trazida pelas palavras (SAMOYAULT,
2008:18)
Dialogismo
Intertextualidade
Julia Kristeva "empresta" de Bakhtin
a ideia de que todo texto dialoga
com outros textos, mas aprofunda
sobre as possibilidades de
integração do gênero e seus
componentes linguísticos, sociais e
culturais, introduzindo a ideia de
uma multiplicidade de discursos
trazida pelas palavras (SAMOYAULT,
2008:18)
Palavra cantada
You can do a lot in a lifetime
(if you don’t burn out too fast)
First you’ve got to last
From first to last
the peak is never passed
It's a test of ultimate will
The heartbreak climb uphill
Uma pausa para Poe
Peças fundamentais de
“O corvo” listadas em
“A filosofia da composição”:
➔ Extensão
➔ Beleza
➔ Originalidade
Rush: os nerds
Luigi Pareyson: obra e intérprete são
polos da relação interpretativa, com a
intencionalidade da obra revelada
quando a intencionalidade do
intérprete a capta como tal (ABDO,
2000:20)
Umberto Eco: “entre a intenção do
autor e o propósito do intérprete
existe a intenção do texto”,
determinada pela leitura por parte do
leitor (ECO apud ABDO, 2000)
Julia Kristeva "empresta" de Bakhtin
a ideia de que todo texto dialoga
com outros textos, mas aprofunda
sobre as possibilidades de
integração do gênero e seus
componentes linguísticos, sociais e
culturais, introduzindo a ideia de
uma multiplicidade de discursos
trazida pelas palavras (SAMOYAULT,
2008:18)
Palavra contada
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Biologia -
estâmina/fibra
Resiliência
Física - voltar à forma
após deformação
Julia Kristeva "empresta" de Bakhtin
a ideia de que todo texto dialoga
com outros textos, mas aprofunda
sobre as possibilidades de
integração do gênero e seus
componentes linguísticos, sociais e
culturais, introduzindo a ideia de
uma multiplicidade de discursos
trazida pelas palavras (SAMOYAULT,
2008:18)
“Que o estresse nos atinja,
que nos impregne com uma
energia negativa, tóxica, é
normal. Mas precisamos
aprender a voltar à nossa
forma, eliminando de nós os
eflúvios negativos.
Precisamos prosseguir rumo
à nossa meta. Se somos dos
primeiros ou dos últimos,
não importa. O que importa é
chegar lá”.
Umberto Eco
“Para se tornar sagrado, um
bosque tem de ser
emaranhado e retorcido
como as florestas dos
druidas, e não organizado
como um jardim francês”
(ECO, 2009:134)
Referências
ABDO, Sandra Neves. Execução/Interpretação musical: uma abordagem filosófica. Per Musi - Revista de
Performance Musical da UFMG, Belo Horizonte, v. Jan-Jun, n. 1, p. 16-24, 2000.
ALÓS, Anselmo Peres. Texto literário, texto cultural, intertextualidade. Revista Virtual de Estudos da
Linguagem – ReVEL. V. 4, n. 6, março de 2006.
ARAUJO, Sonia Maria da Silva. Dilthey e a Hermenêutica da Vida. Cadernos de Educação (UFPel), v. 28, p.
235-254, 2007.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. Tradução: Paulo Bezerra. 1. ed. São Paulo: Editora 34, 2016.
BRASIL, Rush Fã-Clube. Marathon (reprodução e tradução). 2006. Disponível em
<http://rushfaclubebr.blogspot.com/2006/01/marathon.html>Acesso em: 24mai. 2019.
ECO, Umberto. Interpretação e Superinterpretação. Tradução: Monica Stahel. 2. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2005.
ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução: Hildegrad Feist. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3a ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1993.
MURAKAMI, Haruki. Do que eu falo quando eu falo
de corrida: Um relato pessoal. Tradução: Cássio de
Arantes Leite. Rio de Janeiro-RJ: Alfaguara, 2010.
PEART, Neil. Ghost Rider - A estrada da cura.
Tradução: Candice Soldatelli. Caxias do Sul-RS: Belas
Letras, 2014.
POE, Edgar Allan. A filosofia da composição. Rio de
Janeiro: 7 Letras, 2011.
SAMOYAULT, Tiphaine. A intertextualidade.
Tradução: Sandra Nitrini. São Paulo: Aderaldo &
Rothschild Editores, 2008.
SCLIAR, Moacyr. Território da Emoção: Crônicas de
medicina e saúde; org Regina Zilberman. 1. ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 2013.
VARELLA, Drauzio. Correr: O exercício, a cidade e o
desafio da maratona. 1. ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 2015.
FILHO, Sérgio Xavier. Boston - A mais longa das
maratonas. Porto Alegre-RS: Arquipélago, 2018.
GEOGRAPHIC, National. Breaking2 | Documentary
Special. 2017. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=V2ZLG-Fij_4>.
Acesso em: 25 jan. 2019
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss de
Língua Portuguesa. Elaborado pelo Instituto Antônio
Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua
Portuguesa S/C Ltda. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
KREWEN, Nick. Surviving With Rush -
Drummer-lyricist Neil Peart looks forward. 1986.
Disponível em
<http://www.2112.net/powerwindows/transcripts/1
9860400canadiancomposer.htm>. Acesso em:
24mai. 2019.
MARATHON. Intérprete: Rush. Compositor: Neil
Peart. In: LEE, Geddy; PEART, Neil; LIFESON, Alex.
Power Windows. EUA: Mercury, 1985.

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  • 1. A metáfora da maratona da vida Daíza de Carvalho Lacerda Orientação: Viviane Veras Letras-noturno | IEL/Unicamp | 2019 De uma canção do Rush às crônicas de Moacyr Scliar
  • 2. ma.ra.to.na (subs. fem.) ➔ Aurélio (1993) Corrida a pé, de longo percurso; competição esportiva, intelectual, etc. ➔ Houaiss (2009) Prova de corrida a pé, de longo percurso (cerca de 42 km); qualquer competição de duração prolongada que exija grande resistência; evento ou atividade de longa duração, com efeito desgastante para os participantes.
  • 3. “Maratona é vida. Não são as pernas. É coração e mente” Eliud Kipchoge HERBERT NEUBAUER/Getty Images
  • 4. A música As crônicas A maratona e a vida (2007) Maratona e resiliência (2008) Moacyr Scliar Marathon Power Windows (1985) Rush
  • 5. O gênero do discurso não é uma forma da língua, mas uma forma típica do enunciado; como tal forma, o gênero inclui certa expressão típica que lhe é inerente. (...) No gênero a palavra ganha certa expressão típica. (...) Essa expressividade típica do gênero não pertence, evidentemente, à palavra enquanto unidade de língua, não faz parte do seu significado, mas reflete apenas a relação da palavra e do seu significado com o gênero, isto é, com enunciados típicos (BAKHTIN, 2016:52). Os gêneros do discurso
  • 6. Julia Kristeva "empresta" de Bakhtin a ideia de que todo texto dialoga com outros textos, mas aprofunda sobre as possibilidades de integração do gênero e seus componentes linguísticos, sociais e culturais, introduzindo a ideia de uma multiplicidade de discursos trazida pelas palavras (SAMOYAULT, 2008:18) Dialogismo Intertextualidade
  • 7. Julia Kristeva "empresta" de Bakhtin a ideia de que todo texto dialoga com outros textos, mas aprofunda sobre as possibilidades de integração do gênero e seus componentes linguísticos, sociais e culturais, introduzindo a ideia de uma multiplicidade de discursos trazida pelas palavras (SAMOYAULT, 2008:18) Palavra cantada You can do a lot in a lifetime (if you don’t burn out too fast) First you’ve got to last From first to last the peak is never passed It's a test of ultimate will The heartbreak climb uphill
  • 8. Uma pausa para Poe Peças fundamentais de “O corvo” listadas em “A filosofia da composição”: ➔ Extensão ➔ Beleza ➔ Originalidade
  • 9. Rush: os nerds Luigi Pareyson: obra e intérprete são polos da relação interpretativa, com a intencionalidade da obra revelada quando a intencionalidade do intérprete a capta como tal (ABDO, 2000:20) Umberto Eco: “entre a intenção do autor e o propósito do intérprete existe a intenção do texto”, determinada pela leitura por parte do leitor (ECO apud ABDO, 2000)
  • 10. Julia Kristeva "empresta" de Bakhtin a ideia de que todo texto dialoga com outros textos, mas aprofunda sobre as possibilidades de integração do gênero e seus componentes linguísticos, sociais e culturais, introduzindo a ideia de uma multiplicidade de discursos trazida pelas palavras (SAMOYAULT, 2008:18) Palavra contada Resistência Biologia - estâmina/fibra Resiliência Física - voltar à forma após deformação
  • 11. Julia Kristeva "empresta" de Bakhtin a ideia de que todo texto dialoga com outros textos, mas aprofunda sobre as possibilidades de integração do gênero e seus componentes linguísticos, sociais e culturais, introduzindo a ideia de uma multiplicidade de discursos trazida pelas palavras (SAMOYAULT, 2008:18) “Que o estresse nos atinja, que nos impregne com uma energia negativa, tóxica, é normal. Mas precisamos aprender a voltar à nossa forma, eliminando de nós os eflúvios negativos. Precisamos prosseguir rumo à nossa meta. Se somos dos primeiros ou dos últimos, não importa. O que importa é chegar lá”.
  • 12. Umberto Eco “Para se tornar sagrado, um bosque tem de ser emaranhado e retorcido como as florestas dos druidas, e não organizado como um jardim francês” (ECO, 2009:134)
  • 13. Referências ABDO, Sandra Neves. Execução/Interpretação musical: uma abordagem filosófica. Per Musi - Revista de Performance Musical da UFMG, Belo Horizonte, v. Jan-Jun, n. 1, p. 16-24, 2000. ALÓS, Anselmo Peres. Texto literário, texto cultural, intertextualidade. Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL. V. 4, n. 6, março de 2006. ARAUJO, Sonia Maria da Silva. Dilthey e a Hermenêutica da Vida. Cadernos de Educação (UFPel), v. 28, p. 235-254, 2007. BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. Tradução: Paulo Bezerra. 1. ed. São Paulo: Editora 34, 2016. BRASIL, Rush Fã-Clube. Marathon (reprodução e tradução). 2006. Disponível em <http://rushfaclubebr.blogspot.com/2006/01/marathon.html>Acesso em: 24mai. 2019. ECO, Umberto. Interpretação e Superinterpretação. Tradução: Monica Stahel. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução: Hildegrad Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
  • 14. MURAKAMI, Haruki. Do que eu falo quando eu falo de corrida: Um relato pessoal. Tradução: Cássio de Arantes Leite. Rio de Janeiro-RJ: Alfaguara, 2010. PEART, Neil. Ghost Rider - A estrada da cura. Tradução: Candice Soldatelli. Caxias do Sul-RS: Belas Letras, 2014. POE, Edgar Allan. A filosofia da composição. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2011. SAMOYAULT, Tiphaine. A intertextualidade. Tradução: Sandra Nitrini. São Paulo: Aderaldo & Rothschild Editores, 2008. SCLIAR, Moacyr. Território da Emoção: Crônicas de medicina e saúde; org Regina Zilberman. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. VARELLA, Drauzio. Correr: O exercício, a cidade e o desafio da maratona. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. FILHO, Sérgio Xavier. Boston - A mais longa das maratonas. Porto Alegre-RS: Arquipélago, 2018. GEOGRAPHIC, National. Breaking2 | Documentary Special. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=V2ZLG-Fij_4>. Acesso em: 25 jan. 2019 HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Elaborado pelo Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. KREWEN, Nick. Surviving With Rush - Drummer-lyricist Neil Peart looks forward. 1986. Disponível em <http://www.2112.net/powerwindows/transcripts/1 9860400canadiancomposer.htm>. Acesso em: 24mai. 2019. MARATHON. Intérprete: Rush. Compositor: Neil Peart. In: LEE, Geddy; PEART, Neil; LIFESON, Alex. Power Windows. EUA: Mercury, 1985.