O documento descreve a demografia, economia e problemas sociais da região Nordeste do Brasil. A região possui mais de 49 milhões de habitantes e as maiores cidades são Salvador, Fortaleza e Recife. Historicamente a região sofreu com seca e migração para outras áreas, mas recentemente tem melhorado indicadores socioeconômicos como renda média e taxa de analfabetismo. No entanto, ainda apresenta desafios como agricultura pouco diversificada e os piores índices de desenvolvimento humano do país.
2. Demografia
Segundo dados do IBGE, a região possui mais de 49 milhões de habitantes, quase 30%
da população brasileira, sendo a segunda região mais populosa do país, atrás apenas da
região Sudeste.As maiores cidades são Salvador, Fortaleza e Recife. É também a terceira
região quanto à densidade demográfica, contando com 32 habitantes por quilômetro
quadrado.
As maiores cidades nordestinas, em termos populacionais, são:
Salvador, Fortaleza, Recife, São Luís, Natal,Teresina, Maceió, João Pessoa, Jaboatão dos
Guararapes, Feira de Santana,Aracaju, Olinda, Campina Grande, Caucaia, Paulista,Vitória
da Conquista, Caruaru, Petrolina, Mossoró e Juazeiro do Norte.Todos esses municípios
possuem mais de 250 mil habitantes, segundo as listas de municípios de estados do
Nordeste por população.
3. Fluxos Migratórios
Devido à enorme desigualdade de renda, à grande concentração fundiária e ao
problema da seca no Sertão Nordestino, o Nordeste é desde a época império de D.
Pedro II e especialmente na segunda metade do século XX uma região de forte
repulsão populacional. Devido à oferta de empregos em outras regiões do Brasil,
principalmente nas décadas de 60, 70 e 80, a migração nordestina tem sido destaque
na dinâmica populacional brasileira, em especial nas regiões Norte e Sudeste do
Brasil.
4. Economia
A economia da Região Nordeste do Brasil foi a base histórica do começo
da economia do Brasil, já que as atividades em torno do pau-brasil e da cana-de-
açúcar predominaram e foram iniciadas no Nordeste do Brasil. O Nordeste foi a
região mais rica do país até meados do século XVIII.
A Região Nordeste é, atualmente, a terceira maior economia do Brasil entre as
grandes regiões. Sua participação no Produto Interno Bruto brasileiro foi de 13,5%
em 2009, após a Região Sul (16,5% de participação no PIB) e à frente da Região
Centro-Oeste (9,6% de participação no PIB). A distribuição de renda nessa região
melhorou significativamente na década de 2000: segundo dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, a renda média no Nordeste
sofreu um aumento real (já descontada a inflação) de 28,8% entre 2004 e 2009,
passando de R$ 570 para R$ 734. Entre 2008 e 2009, o incremento foi de 2,7%. Foi
a região que apresentou o maior incremento no salário médio do trabalhador nesse
período
5. Problemas Sociais
A região nordeste do Brasil mantém problemas históricos: agricultura atrasada e
pouco diversificada, grandes latifundiários, concentração de renda e
uma indústria pouco diversificada e de baixa produtividade; além do fenômeno
natural de secas constantes. As distintas características entre o nordeste e outras
regiões do país, além de acentuar as desigualdades regionais, formaram um cenário
propício à migração nordestina, em especial às áreas urbanas.
6. No entanto, apesar de vir apresentando grande melhora nos últimos anos no que
tange à qualidade de vida de sua população, tem ainda os mais baixos indicadores
socioeconômicos do país, tais como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Os baixos indicadores são mais graves nas áreas rurais e no sertão nordestino, que
sofre longos períodos sem chuva; no entanto, seus indicadores são melhores que os
de países como África do Sul (maior economia do continente
africano), Bolívia e Guiana. 18,7% dos nordestinos eram analfabetos em 2009
segundo informação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) ; e, segundo o Ibope, 22% eram beneficiados pelo programa de transferência
de renda Bolsa Família em 2010.A taxa de fecundidade do Nordeste era de 2,04
filhos por mulher em 2009, acima da média nacional (1,94 filho por mulher) e das
taxas das regiões Sudeste (1,75 filho por mulher),Sul (1,92 filho por mulher)
e Centro-Oeste (1,93 filho por mulher), e abaixo da taxa da Região Norte (2,51
filhos por mulher). Ressalte-se que a taxa de natalidade nordestina está abaixo da
taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças
substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que
morrem antes de atingir a idade reprodutiva – e é semelhante às taxas de alguns
países desenvolvidos, a exemplo dos Estados Unidos e da Islândia (ambos com taxa
de 2,05 filhos por mulher).