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Universidade Federal do Triângulo Mineiro

  Afecções do Trato
  Gastrointestinal

 Instrutoras: Jordânia Lumênia Tavares;
               Monalisa Cristina Caetano.
Funções do Sistema Digestivo:

   Mastigação e Deglutição:
    Saliva       enzima ptialina (amilase salivar)




                              digestão dos amidos
   Estômago:
                                  *Quebra partículas do alimento em
                           moléculas para a digestão;
       Secreção gástrica       *Pepsina: digestão da proteína;
     (água, HCl, pespina,     *Fator intrínseco: combina-se com a
     gastrina e eletrólitos)     Vit B 12 (anemia perniciosa)
   Intestino Delgado:

-   Finalização da digestão alimentar;

-   Ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes;

-   Ação de numerosas enzimas pancreáticas e intestinais (p.ex.:
    tripsina, lipase, amilase, lactase, maltase, e sucrase) e a da bile.
   Intestino Delgado:
                      Absorção


   Duodeno: ferro e cálcio.

   Jejuno: lipídeos, proteínas, carboidratos, sódio, cloreto, vitaminas e

    minerais.

   Íleo: vitamina B 12.
   Intestino Grosso:

   O ceco e cólon ascendentes
    absorvem água e eletrólitos;


   O reto acumula as fezes para
    eliminação;
ESTOMATITE
Estomatite:


 Inflamação e ruptura da mucosa oral
devido a várias causas, podendo se
localizar no lado interno do lábio,
bochecha ou língua.
Causas da Estomatite:
   Agentes tóxicos:

    **Vírus: HIV, herpes simples

    **Fungos: candida albicans
   Trauma mecânico;
   Produtos irritantes (creme dental, enxaguante bucal muito forte);
   Estresse emocional ou mental;
   Fatores hormonais;
   Alergias;
   Sucos e alimentos ácidos;
   Deficiências nutricionais;
Grupos de Risco:
   Tabagistas;
   Clientes que realizam quimioterapia e radioterapia;
   Clientes que fazem uso de colutórios ou pasta de dente muito
    forte e escova dental muito dura;
   Clientes em deficiência de vitamina B;
   Clientes com infecções virais;
   Clientes com estresse;
   Clientes com alergia;
Manifestações Clínicas:
   Herpética Aguda: vesículas pequenas e claras em erupção
    únicas ou múltiplas, precedida de dor de garganta, cefaléia,
    náuseas, vômitos e mal estar geral em torno de uma semana;
 Candidíase: placas brancas elevadas e úlceras
  podendo se espalhar por outras áreas do trato
  gastrointestinal, pele ou sistema respiratório;
 Aftosa: lesão bem circunscrita, centro branco com
  anel avermelhado na periferia;
Complicações:

Dor relacionada a lesão;
Nutrição inadequada;
Prevenção:
•Higiene   oral adequada;

             *tabaco
•Evitar      *colutórios fortes
             *alimentos ácidos
Assistência de Enfermagem:
Prestar    cuidados com qualidade;
Conhecer      as abordagens terapêuticas: nistatina (bochechar e
engolir);
Minimizar     a ansiedade do cliente e dos familiares;
Garantir    ingesta alimentar e hídrica adequada;
Minimizar     a dor e o desconforto: analgésicos tópicos e
sistêmicos;
Higiene    Bucal:
      *Estimular o cliente, ou realizar no caso de o
mesmo estar impossibilitado;
           *Escovar os dentes, passar o fio dental, massagear a
gengiva;
Cuidados relacionados ao registro:
  •Sinais e sintomas;

  • Queixas;

  • Terapêutica instituída;

  • Controle dos sinais vitais;

  • Ingestão alimentar;

  • Intercorrências (melena, hematêmese, ou
  enterorragia);
ÚLCERA PÉPTICA
Úlcera Péptica:
Escavação que se forma na mucosa do
estômago, duodeno ou do esôfago por
evolução de uma gastrite, duodenite ou
esofagite.
Considerações Especiais:
• Relacionada à infecção pelo H. pylori, e é responsável por mais

de 95% dos casos de úlcera duodenal e 80% dos portadores de
úlcera gástrica.



•   Pode ocorrer em 5 a 10% da população, sendo as úlceras
duodenais três vezes mais comuns do que as úlceras gástricas.



•30%   a 40% das pessoas com úlcera péptica têm história
familiar.
   A maior incidência das úlceras duodenais ocorre de 25 a 50
    anos de idade;
   maior incidência das úlceras gástricas, é acima dos 50 anos;
   As úlceras pépticas estomacais podem ocorrer sem secreção
    ácida excessiva;
   A confirmação diagnóstica é realizada, principalmente,
    através da endoscopia digestiva alta;
   50% das pessoas com úlcera péptica são assintomáticas;


   A dor é de caráter periódico, podendo durar vários dias ou
    semanas, desaparecendo a seguir por várias semanas ou
    meses, e reaparece meses ou anos depois;
Grupos de Risco:
   Predisposição genética;

   Alcoólatras e tabagistas;

   Tipo sanguíneo O;

   Níveis de ácido gástrico e gastrina séricas alterados;


   Uso contínuo de aspirina e antiinflamatórios não-esteroidais
    (AINES);
   Pós menopausa;



   DPOC ou IRC;



   Imunodeprimidos;



   Sedentários e com maus hábitos alimentares;


   Estresse e ansiedade;
Causas:


•Infecção   por Helycobacter pylori (G, D);

•Predisposição   genética;

•Uso   excessivo de bebida alcoólica, cigarro e café (E, G, D);

•Ansiedade    crônica e estresse (E, G, D);
•   Secreção excessiva de ácido clorídrico (E, G, D);

•   Uso crônico de AINES e aspirina (E, G, D);

•   Doença de Crohn (D);

•   Síndrome de Zollinger-Ellisson (G);

   Refluxo gastro esofágico (retorno do HCL) (E);

   Trauma (E, G, D);
•Maus  hábitos alimentares (ingestão de alimentos ácidos,
gordurosos e condimentados) (E, G, D);

•Cirrose   hepática ( D);


•Infecções   fúngicas e bacterianas (E);



•Tecido   pancreático ectópico;
Manifestações Clínicas:
Úlceras esofagianas:
    Odinofagia e disfagia;
    Pirose;
    Regurgitação ácida;
    Dor na região esternal;
    Hematêmese (sangue cor viva);
    Melena;
    Sangue oculto nas fezes;
Úlceras gástricas:
   Dor em queimação na região epigástrica, não se aliviando
    após alimentação;
   Desconforto, distensão abdominal e eructação;
   Fraqueza;
   Pirose;
   Náuseas, anorexia e vômitos;
   Intolerância à alimentos condimentados ou gordurosos;
   Hematêmese com coloração vermelho “borra de café”;
   Melena;
   Cefaléia;
Úlceras duodenais:
   Dor em queimação na região hipocôndrio direito, sendo
    aliviada pela alimentação;
   Desconforto abdominal e distensão abdominal;
   Fraqueza;
   Pirose;
   Eructações, náuseas e vômitos.
   Sangramento no TGI de forma lenta (melena) ou súbita
    (hematêmese-sangue de coloração “borra de café”);
   Intolerância à condimentos ou gorduras;
   Cefaléia;
Complicações:
   Perfuração e/ou hemorragia;
   Estenose ou obstrução do piloro;
   Peritonite;
   Neoplasia

(mais comum nas úlceras

gástricas);
Prevenção:
   Redução de estresse físico e emocional;


   Prática de atividade física regular;


   Bons hábitos alimentares;


   Evitar uso de cigarro e bebidas alcoólicas;


   Não exagerar no café;
Assistência de Enfermagem:
    Orientar:

    *fatores predisponentes;

    *modificação do estilo de vida;




    Administrar   antiácidos,   antibióticos   e   anticolinérgicos,
     inibidores da bomba de prótons ou outros, conforme
     prescrição médica.
   Observar as características dos vômitos e das fezes;


   Mensurar o escore de dor, registrar sua localização, e fatores
    de alívio ou intensificação;


   Oferecer a dieta fracionada, leve e líquida/pastosa, de acordo
    com a aceitação e tolerância do cliente;


   Promover ambiente tranqüilo;

   Minimizar os condicionantes de estresse para o cliente;
   Manter a cabeceira da cama elevada;


   Orientar o cliente a não deitar após as refeições;



   Passar SNG ou SNE, se necessário, conforme prescrição

    médica, promovendo cuidados com a manutenção da sonda

    e com a infusão da dieta;
Ações frente à intercorrências:

   Comunicar ao médico a presença de:
   Dor persistente após medicação;
   Melena e hematêmese;
   Sinais de choque (taquicardia, hipotensão arterial, queda
    dos níveis de saturação de O2, taquipnéia, oligúria, palidez
    cutânea e cianose periférica);
   Sinais de peritonite (dor abdominal intensa e súbita com
    irradiação para ombro direito; abdome rígido, vômitos,
    hipotensão arterial e taquicardia);
Cuidados Relacionados ao
                 Registro:
• Manifestações clínicas;

• Queixas e sinais e sintomas;

• Terapêutica instituída;

• Escore da dor;

• Sinais vitais;

• Intervenções que aliviam ou causam dor;

• Intercorrências;
Doença de Crohn
Conceito

   Doença intestinal inflamatória crônica
    que se estende por toda a espessura da
    mucosa intestinal. É também conhecida
    como    enterite    regional   ou   colite
    granulomatosa.
Considerações especiais:

   Mais comum na porção distal do íleo e no cólon ascendente;


   O estresse emocional pode provocar uma alteração na
    motilidade intestinal e no tempo de trânsito;


   A prevalência é maior em ambos os sexos, e idade entre 20
    e 40 anos (clientes jovens e economicamente ativos);
   O aumento da incidência pode estar associado à hábitos
    alimentares e tabagismo;


   Acarreta alta morbidade;


   Não é clínica ou cirurgicamente curável, e sua história clínica
    é marcada por agudizações e remissões;


   De difícil diagnóstico;
Grupos de risco:
   Adolescentes e adultos jovens entre 10 e 30 anos de
    idade;


   Mulheres;


   Tabagistas
Manifestações Cínicas
• Dor abdominal em quadrante inferior direito;

• Dor do tipo cólica após as refeições;

• Diarréia crônica;

• Hipersensibilidade abdominal;

• Espasmo;

• Perda de peso, anorexia, anemia secundária e deficiência
  nutricional;
   Obstrução intestinal;

   Abcessos intra-abdominais e anais;

   Febre;

   Leucocitose;

   Edema;

   Febre;

   Esteatorréia;
Complicações:
• Obstrução e estenose do intestino;

• Hidronefrite à direita;

• Nefrolitíase;

• Colelitíase;

• Artralgia;

• Doença perianal;

• Desnutrição por má absorção;

• Fístulas, abcessos e fissuras intestinais;

• Neoplasia;

• Sangramento maciço;
Intervenções de enfermagem:

   Oferecer dieta hipercalórica, hiperprotéica com baixo
    resíduo,   pequenas    e      freqüentes,   para   satisfazer   às
    necessidade nutricionais, reduzir a inflamação e controlar a
    dor e a diarréia;
   Infundir soluções isotônicas IV e oral para a hidratação,
    COM;
   Realizar o balanço hídrico;
   Pesar o cliente diariamente;
   Administrar hemocomponentes e medicamentos como,
    analgésicos, antidiarréicos, antiperistálticos, antiinflamatórios,
    corticóides, COM;
   Promover repouso;
   Reduzir a ansiedade;
   Estimular medidas de enfrentamento;
   Aplicar terapia tópica em região perianal;
   Estimular o autocuidado;
   Estimular cessação do tabagismo;
   Realizar os cuidados com a colostomia, se presente;
Ações frente à intercorrências:

   Comunicar ao médico a presença de:


   dor persistente pós medicação;
   melena e hematêmese;
   sinais de choque ;
   Sinais de peritonite;
Cuidados Relacionados ao
             Registro:
• Freqüência e características das fezes;

• Manifestações clínicas;

• Queixas;

• Procedimentos realizados;

• Terapêutica instituída;

• Sinais vitais;

• Intervenções que aliviam ou causam dor;

• Intercorrências (melena, hematêmese);
Colite Ulcerativa
Conceito:


Doença intestinal inflamatória e ulcerativa
crônica do cólon e do reto.
Considerações especiais:
   Compromete o retossigmóide estendendo-se por todo
    cólon;


   É de causa desconhecida (devido a fatores infecciosos,
    psicossomáticos, auto-imunes, alérgicos e nutricionais);


   O processo inflamatório tem origem sempre no reto, que é
    a porção do intestino grosso logo acima do ânus, e pode
    progredir para os outros segmentos do intestino;
   Quando somente o reto é afetado é chamada de retite;
    quando todo o intestino grosso é afetado, a forma é
    designada de colite;


   Ocorre nas camadas mucosa e submucosa do cólon e reto;


   Afeta indivíduos jovens mais comumente a partir dos 15 anos
    de idade;


   Afeta homens e mulheres na mesma proporção;
   História familiar: risco aumentado em até 20%;


   10 a 15% dos clientes desenvolvem carcinoma de cólon;


   Classificação: branda, grave e fulminante;


   Caracteriza-se por múltiplas ulcerações, inflamações difusas e
    descamação ou desprendimento do epitélio do cólon;


   Evolução clínica com exacerbações e remissões;
Grupos de risco:

   Judeus;
   Idade entre os 15 e 35 anos;
   Mulheres;
Manifestações Cínicas:
                *Variam de acordo com a gravidade

   Diarréia (10 a 20 evacuações, podendo conter pus, sangue e

    muco);

   Dor abdominal e hipersensibilidade em quadrante inferior

    esquerdo;

   Tenesmo intermitente;

   Sangramento retal;

   Anorexia e perda de peso;
   Febre;

   Vômitos e desidratação;

   Lesões cutâneas e oculares;

   Palidez cutânea;

   Extra–intestinais (uveíte, artrite e doença hepática);

   Taquicardia, hipotensão arterial, taquipnéia;

   Cólicas;

   Hipocalcemia e anemia;
Complicações:
   Megacólon tóxico (isquemia e dilatação);
   Perfuração e sangramento do cólon;
   Peritonite;
   Pielonefrite;
   Nefrolitíase;
   Câncer de cólon;
   Estenoses cicatriciais;
   Abscessos peritoneais;
   Colangiocarcinoma;

   Artrite;

   Rinite;

   Eritema nodoso;

   Desnutrição e desidratação grave;

   Fístulas;
Intervenções de enfermagem:
   Oferecer dieta hipercalórica, hiperprotéica com baixo
    resíduo e com a terapia de suplementação de vitaminas e de
    ferro, CPM, para satisfazer às necessidade nutricionais,
    reduzir a inflamação e controlar a dor e a diarréia;
   Infundir soluções isotônicas EV e VO para a hidratação,
    CPM;
   Realizar o balanço hídrico, e pesar o cliente diariamente;
   Promover repouso;

   Reduzir a ansiedade;

   Administrar hemocomponentes e medicamentos como,

    analgésicos, antidiarréicos, antiperistálticos, antiinflamatórios,

    corticóides, CPM;

   Estimular medidas de enfrentamento;

   Aplicar terapia tópica em região perianal;

   Estimular o autocuidado;

   Realizar os cuidados com a colostomia, se presente;
Ações frente à intercorrências:
   Comunicar o médico a presença de:


   Dor persistente pós medicação;
   Melena e hematêmese;
   Sinais de choque ;
   Peritonite;
Resultados Esperados:
   Reduzir o tempo de hospitalização;


   Contribuir com a melhoraria da qualidade de vida
    relacionada à saúde do cliente;


   Conhecimento da fisiopatologia das afecções do trato
    gastrointestinal;
“A enfermagem vai além de procedimentos
 técnicos e terapia medicamentosa. É a arte
 de cuidar, do toque, de um simples gesto
 de carinho. É uma forma de humanizar
 colocando-se sempre no lugar do próximo,
 mas sem perder sua própria essência.”
                    Monalisa C. Caetano.
Referências Bibliográficas:
1- SMELTZER, S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 10.
    ed. Rio de Janeiro, Guanabara, 2005.
2- HARGROVE-HUTTEL, R.A. Enfermagem médico-cirúrgica. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara
    Koogan. 1998. 606p.
3- Elia PP, Fogaça HS, Barros RGGR, Zaltman C, Elia CSC. Análise descritiva dos perfis social,
    clínico, laboratorial e antropométrico de pacientes com doenças inflamatórias
    intestinais,internados no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Rio de
    Janeiro, Rio de Janeiro. Arq Gastroenterol, v. 44, n.4, p.332-339, out./dez. 2007. Disponível
    em: <
    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-28032007000400010&script=sci_abstract&tlng=pt>.
    Acesso em 21 out. 2011. 
4- Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Doença de Crohn. Portaria SAS/MS nº 858, de 04
    de novembro de 2002. Disponível em: <
    http://www.opas.org.br/medicamentos/docs/pcdt/do_d10_01.pdf>. Acesso em 23 de out. de
    2011.
5- Doença de Crohn. Colorretal.com.br. Disponível em: <
    http://www.colorretal.com.br/index.php/2011/04/14/doenca-de-crohn/> Acesso em 23 out.
    2011. 
6- Doença de Cronh. Wikpédia, a enciclopédia livre. Disponível em: <
   http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Crohn>. Acesso em 23 out. 2011.
 
7- Rodrigues, SC; Passoni, CMS; Paganotto, M. Aspectos nutricionais na doença de Crohn.
Cadernos da escola de saúde-nutrição. n. 1, p.1-8, jul. 2008. Disponível em: <
http://apps.unibrasil.com.br/revista/index.php/saude/article/viewFile/81/74>. Acesso em 23 de out.
de 2011.
8- COLORRETAL. Retocolite Ulcerativa. Disponivel em:<
http://www.colorretal.com.br/index.php/2011/04/19/o-que-e-retocolite-ulcerativa/>. Acesso em: 21
Out. 2011

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  • 1. Universidade Federal do Triângulo Mineiro Afecções do Trato Gastrointestinal Instrutoras: Jordânia Lumênia Tavares; Monalisa Cristina Caetano.
  • 2. Funções do Sistema Digestivo:  Mastigação e Deglutição: Saliva enzima ptialina (amilase salivar) digestão dos amidos
  • 3. Estômago: *Quebra partículas do alimento em moléculas para a digestão; Secreção gástrica *Pepsina: digestão da proteína; (água, HCl, pespina, *Fator intrínseco: combina-se com a gastrina e eletrólitos) Vit B 12 (anemia perniciosa)
  • 4. Intestino Delgado: - Finalização da digestão alimentar; - Ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes; - Ação de numerosas enzimas pancreáticas e intestinais (p.ex.: tripsina, lipase, amilase, lactase, maltase, e sucrase) e a da bile.
  • 5. Intestino Delgado: Absorção  Duodeno: ferro e cálcio.  Jejuno: lipídeos, proteínas, carboidratos, sódio, cloreto, vitaminas e minerais.  Íleo: vitamina B 12.
  • 6. Intestino Grosso:  O ceco e cólon ascendentes absorvem água e eletrólitos;  O reto acumula as fezes para eliminação;
  • 8. Estomatite: Inflamação e ruptura da mucosa oral devido a várias causas, podendo se localizar no lado interno do lábio, bochecha ou língua.
  • 9. Causas da Estomatite:  Agentes tóxicos: **Vírus: HIV, herpes simples **Fungos: candida albicans  Trauma mecânico;  Produtos irritantes (creme dental, enxaguante bucal muito forte);  Estresse emocional ou mental;  Fatores hormonais;  Alergias;  Sucos e alimentos ácidos;  Deficiências nutricionais;
  • 10. Grupos de Risco:  Tabagistas;  Clientes que realizam quimioterapia e radioterapia;  Clientes que fazem uso de colutórios ou pasta de dente muito forte e escova dental muito dura;  Clientes em deficiência de vitamina B;  Clientes com infecções virais;  Clientes com estresse;  Clientes com alergia;
  • 11. Manifestações Clínicas:  Herpética Aguda: vesículas pequenas e claras em erupção únicas ou múltiplas, precedida de dor de garganta, cefaléia, náuseas, vômitos e mal estar geral em torno de uma semana;
  • 12.  Candidíase: placas brancas elevadas e úlceras podendo se espalhar por outras áreas do trato gastrointestinal, pele ou sistema respiratório;
  • 13.  Aftosa: lesão bem circunscrita, centro branco com anel avermelhado na periferia;
  • 14. Complicações: Dor relacionada a lesão; Nutrição inadequada;
  • 15. Prevenção: •Higiene oral adequada; *tabaco •Evitar *colutórios fortes *alimentos ácidos
  • 16. Assistência de Enfermagem: Prestar cuidados com qualidade; Conhecer as abordagens terapêuticas: nistatina (bochechar e engolir); Minimizar a ansiedade do cliente e dos familiares; Garantir ingesta alimentar e hídrica adequada; Minimizar a dor e o desconforto: analgésicos tópicos e sistêmicos; Higiene Bucal: *Estimular o cliente, ou realizar no caso de o mesmo estar impossibilitado; *Escovar os dentes, passar o fio dental, massagear a gengiva;
  • 17. Cuidados relacionados ao registro: •Sinais e sintomas; • Queixas; • Terapêutica instituída; • Controle dos sinais vitais; • Ingestão alimentar; • Intercorrências (melena, hematêmese, ou enterorragia);
  • 19. Úlcera Péptica: Escavação que se forma na mucosa do estômago, duodeno ou do esôfago por evolução de uma gastrite, duodenite ou esofagite.
  • 20. Considerações Especiais: • Relacionada à infecção pelo H. pylori, e é responsável por mais de 95% dos casos de úlcera duodenal e 80% dos portadores de úlcera gástrica. • Pode ocorrer em 5 a 10% da população, sendo as úlceras duodenais três vezes mais comuns do que as úlceras gástricas. •30% a 40% das pessoas com úlcera péptica têm história familiar.
  • 21. A maior incidência das úlceras duodenais ocorre de 25 a 50 anos de idade;  maior incidência das úlceras gástricas, é acima dos 50 anos;  As úlceras pépticas estomacais podem ocorrer sem secreção ácida excessiva;  A confirmação diagnóstica é realizada, principalmente, através da endoscopia digestiva alta;
  • 22. 50% das pessoas com úlcera péptica são assintomáticas;  A dor é de caráter periódico, podendo durar vários dias ou semanas, desaparecendo a seguir por várias semanas ou meses, e reaparece meses ou anos depois;
  • 23. Grupos de Risco:  Predisposição genética;  Alcoólatras e tabagistas;  Tipo sanguíneo O;  Níveis de ácido gástrico e gastrina séricas alterados;  Uso contínuo de aspirina e antiinflamatórios não-esteroidais (AINES);
  • 24. Pós menopausa;  DPOC ou IRC;  Imunodeprimidos;  Sedentários e com maus hábitos alimentares;  Estresse e ansiedade;
  • 25. Causas: •Infecção por Helycobacter pylori (G, D); •Predisposição genética; •Uso excessivo de bebida alcoólica, cigarro e café (E, G, D); •Ansiedade crônica e estresse (E, G, D);
  • 26. Secreção excessiva de ácido clorídrico (E, G, D); • Uso crônico de AINES e aspirina (E, G, D); • Doença de Crohn (D); • Síndrome de Zollinger-Ellisson (G);  Refluxo gastro esofágico (retorno do HCL) (E);  Trauma (E, G, D);
  • 27. •Maus hábitos alimentares (ingestão de alimentos ácidos, gordurosos e condimentados) (E, G, D); •Cirrose hepática ( D); •Infecções fúngicas e bacterianas (E); •Tecido pancreático ectópico;
  • 28. Manifestações Clínicas: Úlceras esofagianas:  Odinofagia e disfagia;  Pirose;  Regurgitação ácida;  Dor na região esternal;  Hematêmese (sangue cor viva);  Melena;  Sangue oculto nas fezes;
  • 29. Úlceras gástricas:  Dor em queimação na região epigástrica, não se aliviando após alimentação;  Desconforto, distensão abdominal e eructação;  Fraqueza;  Pirose;  Náuseas, anorexia e vômitos;  Intolerância à alimentos condimentados ou gordurosos;  Hematêmese com coloração vermelho “borra de café”;  Melena;  Cefaléia;
  • 30. Úlceras duodenais:  Dor em queimação na região hipocôndrio direito, sendo aliviada pela alimentação;  Desconforto abdominal e distensão abdominal;  Fraqueza;  Pirose;  Eructações, náuseas e vômitos.  Sangramento no TGI de forma lenta (melena) ou súbita (hematêmese-sangue de coloração “borra de café”);  Intolerância à condimentos ou gorduras;  Cefaléia;
  • 31. Complicações:  Perfuração e/ou hemorragia;  Estenose ou obstrução do piloro;  Peritonite;  Neoplasia (mais comum nas úlceras gástricas);
  • 32. Prevenção:  Redução de estresse físico e emocional;  Prática de atividade física regular;  Bons hábitos alimentares;  Evitar uso de cigarro e bebidas alcoólicas;  Não exagerar no café;
  • 33. Assistência de Enfermagem:  Orientar: *fatores predisponentes; *modificação do estilo de vida;  Administrar antiácidos, antibióticos e anticolinérgicos, inibidores da bomba de prótons ou outros, conforme prescrição médica.
  • 34. Observar as características dos vômitos e das fezes;  Mensurar o escore de dor, registrar sua localização, e fatores de alívio ou intensificação;  Oferecer a dieta fracionada, leve e líquida/pastosa, de acordo com a aceitação e tolerância do cliente;  Promover ambiente tranqüilo;  Minimizar os condicionantes de estresse para o cliente;
  • 35. Manter a cabeceira da cama elevada;  Orientar o cliente a não deitar após as refeições;  Passar SNG ou SNE, se necessário, conforme prescrição médica, promovendo cuidados com a manutenção da sonda e com a infusão da dieta;
  • 36. Ações frente à intercorrências:  Comunicar ao médico a presença de:  Dor persistente após medicação;  Melena e hematêmese;  Sinais de choque (taquicardia, hipotensão arterial, queda dos níveis de saturação de O2, taquipnéia, oligúria, palidez cutânea e cianose periférica);  Sinais de peritonite (dor abdominal intensa e súbita com irradiação para ombro direito; abdome rígido, vômitos, hipotensão arterial e taquicardia);
  • 37. Cuidados Relacionados ao Registro: • Manifestações clínicas; • Queixas e sinais e sintomas; • Terapêutica instituída; • Escore da dor; • Sinais vitais; • Intervenções que aliviam ou causam dor; • Intercorrências;
  • 39. Conceito  Doença intestinal inflamatória crônica que se estende por toda a espessura da mucosa intestinal. É também conhecida como enterite regional ou colite granulomatosa.
  • 40. Considerações especiais:  Mais comum na porção distal do íleo e no cólon ascendente;  O estresse emocional pode provocar uma alteração na motilidade intestinal e no tempo de trânsito;  A prevalência é maior em ambos os sexos, e idade entre 20 e 40 anos (clientes jovens e economicamente ativos);
  • 41. O aumento da incidência pode estar associado à hábitos alimentares e tabagismo;  Acarreta alta morbidade;  Não é clínica ou cirurgicamente curável, e sua história clínica é marcada por agudizações e remissões;  De difícil diagnóstico;
  • 42. Grupos de risco:  Adolescentes e adultos jovens entre 10 e 30 anos de idade;  Mulheres;  Tabagistas
  • 43. Manifestações Cínicas • Dor abdominal em quadrante inferior direito; • Dor do tipo cólica após as refeições; • Diarréia crônica; • Hipersensibilidade abdominal; • Espasmo; • Perda de peso, anorexia, anemia secundária e deficiência nutricional;
  • 44. Obstrução intestinal;  Abcessos intra-abdominais e anais;  Febre;  Leucocitose;  Edema;  Febre;  Esteatorréia;
  • 45. Complicações: • Obstrução e estenose do intestino; • Hidronefrite à direita; • Nefrolitíase; • Colelitíase; • Artralgia; • Doença perianal; • Desnutrição por má absorção; • Fístulas, abcessos e fissuras intestinais; • Neoplasia; • Sangramento maciço;
  • 46. Intervenções de enfermagem:  Oferecer dieta hipercalórica, hiperprotéica com baixo resíduo, pequenas e freqüentes, para satisfazer às necessidade nutricionais, reduzir a inflamação e controlar a dor e a diarréia;  Infundir soluções isotônicas IV e oral para a hidratação, COM;  Realizar o balanço hídrico;  Pesar o cliente diariamente;
  • 47. Administrar hemocomponentes e medicamentos como, analgésicos, antidiarréicos, antiperistálticos, antiinflamatórios, corticóides, COM;  Promover repouso;  Reduzir a ansiedade;  Estimular medidas de enfrentamento;  Aplicar terapia tópica em região perianal;  Estimular o autocuidado;  Estimular cessação do tabagismo;  Realizar os cuidados com a colostomia, se presente;
  • 48. Ações frente à intercorrências:  Comunicar ao médico a presença de:  dor persistente pós medicação;  melena e hematêmese;  sinais de choque ;  Sinais de peritonite;
  • 49. Cuidados Relacionados ao Registro: • Freqüência e características das fezes; • Manifestações clínicas; • Queixas; • Procedimentos realizados; • Terapêutica instituída; • Sinais vitais; • Intervenções que aliviam ou causam dor; • Intercorrências (melena, hematêmese);
  • 51. Conceito: Doença intestinal inflamatória e ulcerativa crônica do cólon e do reto.
  • 52. Considerações especiais:  Compromete o retossigmóide estendendo-se por todo cólon;  É de causa desconhecida (devido a fatores infecciosos, psicossomáticos, auto-imunes, alérgicos e nutricionais);  O processo inflamatório tem origem sempre no reto, que é a porção do intestino grosso logo acima do ânus, e pode progredir para os outros segmentos do intestino;
  • 53. Quando somente o reto é afetado é chamada de retite; quando todo o intestino grosso é afetado, a forma é designada de colite;  Ocorre nas camadas mucosa e submucosa do cólon e reto;  Afeta indivíduos jovens mais comumente a partir dos 15 anos de idade;  Afeta homens e mulheres na mesma proporção;
  • 54. História familiar: risco aumentado em até 20%;  10 a 15% dos clientes desenvolvem carcinoma de cólon;  Classificação: branda, grave e fulminante;  Caracteriza-se por múltiplas ulcerações, inflamações difusas e descamação ou desprendimento do epitélio do cólon;  Evolução clínica com exacerbações e remissões;
  • 55. Grupos de risco:  Judeus;  Idade entre os 15 e 35 anos;  Mulheres;
  • 56. Manifestações Cínicas: *Variam de acordo com a gravidade  Diarréia (10 a 20 evacuações, podendo conter pus, sangue e muco);  Dor abdominal e hipersensibilidade em quadrante inferior esquerdo;  Tenesmo intermitente;  Sangramento retal;  Anorexia e perda de peso;
  • 57. Febre;  Vômitos e desidratação;  Lesões cutâneas e oculares;  Palidez cutânea;  Extra–intestinais (uveíte, artrite e doença hepática);  Taquicardia, hipotensão arterial, taquipnéia;  Cólicas;  Hipocalcemia e anemia;
  • 58. Complicações:  Megacólon tóxico (isquemia e dilatação);  Perfuração e sangramento do cólon;  Peritonite;  Pielonefrite;  Nefrolitíase;  Câncer de cólon;  Estenoses cicatriciais;  Abscessos peritoneais;
  • 59. Colangiocarcinoma;  Artrite;  Rinite;  Eritema nodoso;  Desnutrição e desidratação grave;  Fístulas;
  • 60. Intervenções de enfermagem:  Oferecer dieta hipercalórica, hiperprotéica com baixo resíduo e com a terapia de suplementação de vitaminas e de ferro, CPM, para satisfazer às necessidade nutricionais, reduzir a inflamação e controlar a dor e a diarréia;  Infundir soluções isotônicas EV e VO para a hidratação, CPM;  Realizar o balanço hídrico, e pesar o cliente diariamente;
  • 61. Promover repouso;  Reduzir a ansiedade;  Administrar hemocomponentes e medicamentos como, analgésicos, antidiarréicos, antiperistálticos, antiinflamatórios, corticóides, CPM;  Estimular medidas de enfrentamento;  Aplicar terapia tópica em região perianal;  Estimular o autocuidado;  Realizar os cuidados com a colostomia, se presente;
  • 62. Ações frente à intercorrências:  Comunicar o médico a presença de:  Dor persistente pós medicação;  Melena e hematêmese;  Sinais de choque ;  Peritonite;
  • 63.
  • 64. Resultados Esperados:  Reduzir o tempo de hospitalização;  Contribuir com a melhoraria da qualidade de vida relacionada à saúde do cliente;  Conhecimento da fisiopatologia das afecções do trato gastrointestinal;
  • 65. “A enfermagem vai além de procedimentos técnicos e terapia medicamentosa. É a arte de cuidar, do toque, de um simples gesto de carinho. É uma forma de humanizar colocando-se sempre no lugar do próximo, mas sem perder sua própria essência.” Monalisa C. Caetano.
  • 66.
  • 67. Referências Bibliográficas: 1- SMELTZER, S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro, Guanabara, 2005. 2- HARGROVE-HUTTEL, R.A. Enfermagem médico-cirúrgica. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998. 606p. 3- Elia PP, Fogaça HS, Barros RGGR, Zaltman C, Elia CSC. Análise descritiva dos perfis social, clínico, laboratorial e antropométrico de pacientes com doenças inflamatórias intestinais,internados no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Arq Gastroenterol, v. 44, n.4, p.332-339, out./dez. 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-28032007000400010&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em 21 out. 2011.  4- Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Doença de Crohn. Portaria SAS/MS nº 858, de 04 de novembro de 2002. Disponível em: < http://www.opas.org.br/medicamentos/docs/pcdt/do_d10_01.pdf>. Acesso em 23 de out. de 2011. 5- Doença de Crohn. Colorretal.com.br. Disponível em: < http://www.colorretal.com.br/index.php/2011/04/14/doenca-de-crohn/> Acesso em 23 out. 2011.  6- Doença de Cronh. Wikpédia, a enciclopédia livre. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Crohn>. Acesso em 23 out. 2011.
  • 68.   7- Rodrigues, SC; Passoni, CMS; Paganotto, M. Aspectos nutricionais na doença de Crohn. Cadernos da escola de saúde-nutrição. n. 1, p.1-8, jul. 2008. Disponível em: < http://apps.unibrasil.com.br/revista/index.php/saude/article/viewFile/81/74>. Acesso em 23 de out. de 2011. 8- COLORRETAL. Retocolite Ulcerativa. Disponivel em:< http://www.colorretal.com.br/index.php/2011/04/19/o-que-e-retocolite-ulcerativa/>. Acesso em: 21 Out. 2011