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Cultura Negra
Cultura Negra
   • Os africanos contribuíram para a
     cultura     brasileira     em     uma
     enormidade de aspectos: dança,
     música, religião, culinária e idioma.
     Essa influência se faz notar em
     grande parte do país; em certos
     Estados como Bahia, Maranhão,
     Pernambuco,        Alagoas,      Minas
     Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
     Rio Grande do Sul a cultura afro-
     brasileira     é       particularmente
     destacada em virtude da migração
     dos escravos.
Religiosidade
• Os bantos, nagôs e jejes no
  Brasil colonial criaram o
  candomblé, religião afro-
  brasileira baseada no culto
  aos       orixás    praticada
  atualmente em todo o
  território.       Largamente
  distribuída também é a
  umbanda, uma religião
  sincrética      que    mistura
  elementos africanos com o
  catolicismo e o espiritismo,
  incluindo a associação de
  santos católicos com os
  orixás.
Religiosidade
           • Os orixás são deuses africanos que
O Orixás     correspondem a pontos de força
             da Natureza e os seus arquétipos
             estão        relacionados       às
             manifestações dessas forças. As
             características de cada Orixá
             aproxima-os dos seres humanos,
             pois eles manifestam-se através de
             emoções como nós. Sentem raiva,
             ciúmes, amam em excesso, são
             passionais. Cada orixá tem ainda
             o seu sistema simbólico particular,
             composto de cores, comidas,
             cantigas,     rezas,    ambientes,
             espaços físicos e até horários.
Religiosidade
• Como        resultado       do
  sincretismo que se deu
  durante    o    período     da
  escravatura, cada orixá foi
  também associado a um
  santo católico, devido à
  imposição do catolicismo
  aos negros. Para manterem
  os seus deuses vivos, viram-se
  obrigados a disfarçá-los na
  roupagem       dos       santos
  católicos,     aos        quais
  cultuavam              apenas
  aparentemente.
Candomblé
• Candomblé é uma palavra africana que significa
  dança. Propriamente, é uma dança religiosa na
  qual se reza para os orixás. Esta dança é uma
  invocação feita em roda e praticada por mulheres
  chamadas de sambas, daí o nome tão comum em
  nosso Brasil a roda de samba.
• Todos os seguidores das religiões afro-brasileiras têm
  seu orixá. Acreditam que todos os seres humanos
  nascem da Natureza, em um determinado dia,
  lugar e hora sob o comando de um orixá que será
  seu protetor por toda a vida. No Candomblé, o
  orixá é uma força da criação divina, manifestação
  de Olorum, o criador de tudo (Deus).
Oxum
•   Deusa das águas, do poder da mulher e do trabalho doméstico.
•   Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do
    ouro.
•   Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No
    entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se tornou seca,
    sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada
    à terra para trazer beleza e fertilidade.
•   Metal: ouro
•   Comida: feijão fradinho com camarão seco, cebola e dendê.
•   Ferramenta: leque com espelhos (abebé)
•   Animal: pássaro
•   Local de culto: águas doce.
•   Animais de sacrifício: boi, cabra, galinha amarela.
•   Vestes: Amarelas com enfeites coloridos de azul, branco e rosa.
•   Dia: sábado.
Culinária
• A influência da cultura africana é também
  evidente na culinária regional, especialmente na
  Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma
  palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-
  dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de
  influência africana como o vatapá, o caruru e o
  acarajé.
Musicalidade
• Na música a cultura africana contribuiu com os
  ritmos que são a base de boa parte da música
  popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de
  influência africana, como o lundu, terminaram
  dando origem à base rítmica do maxixe, samba,
  choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais.
Musicalidade
     • Também há alguns
       instrumentos musicais
       brasileiros,  como      o
       berimbau, o afoxé e o
       agogô, que são de
       origem africana. O
       berimbau        é       o
       instrumento     utilizado
       para criar o ritmo que
       acompanha os passos
       da capoeira, mistura
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       marcial criada pelos
       escravos     no      Brasil
       colônial.
Capoeira
• Até o ano de 1930, a
  prática da capoeira ficou
  proibida no Brasil, pois era
  vista como uma prática
  violenta e subversiva. A
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  orientações para prender
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  praticavam esta luta. Em
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  mestre Bimba, apresentou
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Desigualdade social
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DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL

  PESQUISA DO IPEA APONTA QUE BRASILEIROS MAIS
               POBRES SÃO NEGROS


       O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada) noticia que nos últimos dez anos, a distância
social dos negros em relação aos brancos aumentou.
Entre os 10% mais pobres do país, 65% são negros; entre
os 10% mais ricos, 86% são brancos.
DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL
  PARTICIPAÇÃO DO NEGRO NO MERCADO DE TRABALHO CRESCE,
          MAS RENDA AINDA É INFERIOR À DO BRANCO


      A participação dos negros no mercado de trabalho brasileiro
aumentou desde a segunda metade da década de 90. No entanto,
as condições de trabalho e de renda ainda continuam muito
aquém     das     registradas    pela   população       branca.

        De acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Raciais
no Brasil 2007-2008, elaborado pelo Instituto de Economia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 20,6 milhões de
pessoas ingressaram no mercado de trabalho de 1995 a 2006. Desse
número, apenas 7,7 milhões eram brancos. O restante, 12,6 milhões
de       pessoas,     eram       pardas      e      negras.
DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL
• As mulheres negras (pretas e pardas) estão em
  situação pior no mercado de trabalho que as
  brancas, revela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro
  de Geografia e Estatística), divulgada hoje (17),
  mostrando que elas são maioria entre as
  trabalhadoras informais.
• A pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais 2009
  destaca que enquanto metade das mulheres
  pretas (54,1%) e pardas (60%) trabalha sem carteira
  assinada, portanto, sem direito a benefícios como
  seguro desemprego e licença maternidade, o
  percentual de brancas na mesma situação é de
  44%.
DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL

        Apesar de políticas afirmativas direcionadas
 para a população negra, esse público ainda é
 minoria nas universidades federais. Estudo que será
 lançado neste ano (2011) pela  Associação
 Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de
 Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos
 estudantes de graduação mostra que 8,72% deles
 são negros. Os brancos são 53,9% , os pardos 32% e
 os indígenas menos de 1%.

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Cultura negra

  • 2. Cultura Negra • Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos Estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro- brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.
  • 3. Religiosidade • Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro- brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
  • 4. Religiosidade • Os orixás são deuses africanos que O Orixás correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários.
  • 5. Religiosidade • Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem os seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.
  • 6. Candomblé • Candomblé é uma palavra africana que significa dança. Propriamente, é uma dança religiosa na qual se reza para os orixás. Esta dança é uma invocação feita em roda e praticada por mulheres chamadas de sambas, daí o nome tão comum em nosso Brasil a roda de samba. • Todos os seguidores das religiões afro-brasileiras têm seu orixá. Acreditam que todos os seres humanos nascem da Natureza, em um determinado dia, lugar e hora sob o comando de um orixá que será seu protetor por toda a vida. No Candomblé, o orixá é uma força da criação divina, manifestação de Olorum, o criador de tudo (Deus).
  • 7. Oxum • Deusa das águas, do poder da mulher e do trabalho doméstico. • Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do ouro. • Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se tornou seca, sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada à terra para trazer beleza e fertilidade. • Metal: ouro • Comida: feijão fradinho com camarão seco, cebola e dendê. • Ferramenta: leque com espelhos (abebé) • Animal: pássaro • Local de culto: águas doce. • Animais de sacrifício: boi, cabra, galinha amarela. • Vestes: Amarelas com enfeites coloridos de azul, branco e rosa. • Dia: sábado.
  • 8.
  • 9. Culinária • A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de- dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.
  • 10. Musicalidade • Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais.
  • 11. Musicalidade • Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colônial.
  • 12. Capoeira • Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas.
  • 13. Desigualdade social e Discriminação
  • 14. DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL PESQUISA DO IPEA APONTA QUE BRASILEIROS MAIS POBRES SÃO NEGROS O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) noticia que nos últimos dez anos, a distância social dos negros em relação aos brancos aumentou. Entre os 10% mais pobres do país, 65% são negros; entre os 10% mais ricos, 86% são brancos.
  • 15. DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL PARTICIPAÇÃO DO NEGRO NO MERCADO DE TRABALHO CRESCE, MAS RENDA AINDA É INFERIOR À DO BRANCO A participação dos negros no mercado de trabalho brasileiro aumentou desde a segunda metade da década de 90. No entanto, as condições de trabalho e de renda ainda continuam muito aquém das registradas pela população branca. De acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2007-2008, elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 20,6 milhões de pessoas ingressaram no mercado de trabalho de 1995 a 2006. Desse número, apenas 7,7 milhões eram brancos. O restante, 12,6 milhões de pessoas, eram pardas e negras.
  • 16.
  • 17. DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL • As mulheres negras (pretas e pardas) estão em situação pior no mercado de trabalho que as brancas, revela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada hoje (17), mostrando que elas são maioria entre as trabalhadoras informais. • A pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais 2009 destaca que enquanto metade das mulheres pretas (54,1%) e pardas (60%) trabalha sem carteira assinada, portanto, sem direito a benefícios como seguro desemprego e licença maternidade, o percentual de brancas na mesma situação é de 44%.
  • 18. DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL Apesar de políticas afirmativas direcionadas para a população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo que será lançado neste ano (2011) pela  Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9% , os pardos 32% e os indígenas menos de 1%.