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Segunda Tarefa
Danilo Souza 1º EMD
Livro um: Ópera dos mortos
Ópera dos Mortos é um romance do escritor brasileiro Autran Dourado, publicado em 1967. Listado na Coleção
de Obras Representativas da UNESCO e apontado como sua principal obra, ao lado de O Risco do
Bordado, é provavelmente o livro mais conhecido do autor.
O autor estrutura a narrativa na forma de uma ópera barroca. A obra também explora características formais
da arquitetura na descrição da residência da família Honório Cota. A ação se passa na mítica cidade de
Duas Pontes, cenário também de outras obras de Dourado.
O texto explora a psique dos personagens principais: o coronel João Capistrano Honório Cota, sua filha,
Rosalina, o forasteiro José Feliciano e a criada Quiquina. Os símbolos abundam no romance: o sobrado em
estilo misto de duas épocas, os relógios parados, as voçorocas ameaçadoras.
O relato não é linear, sendo os fatos frequentemente narrados fora da ordem cronológica. O narrador se afasta
do modelo do narrador onisciente: ele nos revela ser alguém que teria vivido na época e presenciado
alguns fatos, mas não todos. Por isso, relata algumas coisas enquanto outras apenas imagina ou supõe.
Sobre o autor Autran Dourado
Waldomiro Freitas Autran Dourado, mais conhecido como Autran Dourado (Patos de Minas, 18 de janeiro de 1926 —
Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2012), foi um advogado, escritor e jornalista brasileiro.
Filho de um juiz, passou sua infância em Monte Santo de Minas e São Sebastião do Paraíso, no estado natal, Minas
Gerais. Aos 17 anos foi para Belo Horizonte, onde cursou direito, enquanto trabalhava como taquígrafo e
jornalista. Formou-se em 1949.
Livro Dois: O Tempo e o Vento
O Tempo e O Vento: uma trilogia de quase 3 mil páginas, composta por O Continente (1949), O Retrato (1951) e
O Arquipélago (1961/1962). Considerado o principal romance histórico brasileiro, O Tempo e o Vento levou
mais de quinze anos para ser escrito. Narra a trajetória de duas famílias, os Terra-Cambará e os Amaral, por
mais de dois séculos de vida, mesclando-se aos principais episódios da formação gaúcha. ]
O Continente lança o leitor em plena ação, durante o cerco das tropas federalistas ao sobrado do republicano
Licurgo Cambará, em 1895, para em seguida retroceder cento e cinqüenta anos, mostrando as origens míticas
e históricas do clã Terra-Cambará. Nessas origens, o leitor encontra uma galeria de personagens
inesquecíveis, como a forte Ana Terra e o valente capitão Rodrigo Cambará (cujas histórias particulares deram
origem a livros independentes por iniciativa das editoras).
A trilogia, que se encerra em 1945, com a queda de Getúlio Vargas, foi concebida à moda de uma sinfonia. Como
instrumento musical, cada personagem assoma à melodia e entoa sua versão do motivo central, deixando
marcados os timbres de sua personalidade. O Tempo e o Vento também revela ser uma sutil reflexão filosófica
acerca do significado da existência. O tempo sempre passa, nunca se repete, jamais retorna. O vento, em
contraponto, é cíclico, vai e vem. O tempo alia-se às guerras e às disputas, que marcam o ponto de vista
masculino da história, enquanto a voz abafada das mulheres encontra correspondência no vento, no ciclo da
vida e da memória.
Sobre o autor Érico Veríssimo
Erico Verissimo nasceu em 1905, em Cruz Alta, RS, descendente de tradicional família estancieira, depauperada com a
crise na pecuária do início do século 20. Em 1930, mudou-se para Porto Alegre e, em 1932, lançou seu primeiro
livro, Fantoches, uma coletânea de contos. Mas seu futuro como "contador de histórias", como gostava de se
chamar, começou a ser delineado no ano seguinte, com o lançamento de Clarissa. Olhai os Lírios do Campo, de
1938, atinge um extraordinário sucesso de público. A partir daí Erico torna-se um escritor conhecido e renomado no
país inteiro, e depois internacionalmente, com a tradução dos romances. Um de seus grandes méritos é ter
revelado o Sul aos brasileiros. Segundo define o crítico literário Antonio Candido: "O Rio Grande do Sul existe muito
como visão do Erico".
Poema Sujo (1976) traz as memórias de infância e adolescência que o autor passou em São Luís, no Maranhão,
onde nasceu, em 1930. Gullar criou-o em Buenos Aires logo após a instauração da ditadura naquele país,
receoso de que algo acontecesse contra ele. "Vou ter que escrever essa coisa final, o testamento final, o
depoimento final", disse para si próprio. E explica: "Era a experiência da vida toda; não era só um poema do
exílio, mas da memória, da perda, da recomposição do mundo perdido e do amor à vida. Escrevi como
poema-limite". Para o professor Alcides Villaça, trata-se de um fluxo de memória e de alucinação lúcida. A
tentativa de reconstituir profundamente uma identidade na busca de uma unidade.
No poema, Gullar vale-se de recursos estéticos de diversas naturezas - muitos deles concretistas - aliados a
jogos de som e imagens, como neste exemplo: "nada/ vale/ nada/ vale/ quem/ não/ tem/ nada/ no/ v/ a/ l/ e/
TCHIBUM!!!". Para o outro poeta, o amigo Vinícius de Moraes, é o trabalho do "poeta-pássaro, que vai
baixando e alçando vôo, vendo o que é de ver e de não ver em sua vida: as coisas belas, tristes, injustas e
escusas acontecendo em terrível simultaneidade, sujas de vida e de tempo e deixando no espaço da
memória a crua e inflexível síntese de sua fotografia, revelada no momento da criação".
Livro três: Poema Sujo
 Considerados por muitos o maior poeta brasileiro vivo, o maranhense Ferreira Gullar teve papel importante
no cenário cultural do país da segunda metade do século 20. Aliou-se ao movimento concretista - ao lado de
Décio Pignatari e os irmãos Campos - e foi membro do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional
dos Estudantes (UNE), onde chegou a publicar literatura de cordel. Escreveu peças de teatro, crônicas,
ensaios e hoje colabora para diversas publicações. Seu maior poema é também sua maior obra.
Sobre o autor Ferreira Gullar
Galáxias, trata-se de um conglomerado de palavras, referências e recursos barrocos, dispostos num longo
encadeamento de imagens e significantes que deixam entrever alguns resquícios de narração. Não há
pontuação ou letras maiúsculas. Também não há interrupções, exceto pelo branco da página, que se opõe
ao que nela está registrado. A unidade temática, segundo o artista-acadêmico-tradutor, está somente na
"viagem como livro e o livro como viagem". Para construí-la, ele transcendeu os valores do Concretismo que
ajudou a erigir para impulsionar a convergência entre literatura nacional e universal.
 Trata-se de um livro pouco conhecido fora da crítica especializada e do meio literário. Isso se deve, em
parte, ao baixo número de exemplares da primeira edição, por um lado; e por outro, ao próprio caráter
experimental do livro, que torna sua leitura não raras vezes difícil ou hermética. Mas o livro despertou o
entusiasmo não só de artistas amigos do poeta, como os já mencionados Caetano Veloso e Paulo Leminski,
bem como o de vários outros intelectuais. Mereceu, em 1966, grandes elogios de Guimarães Rosa,
reconhecidamente um dos maiores escritores brasileiros e uma das grandes influências para este livro.
Mereceu também elogios internacionais de Octavio Paz, poeta mexicano ganhar do Nobel de Literatura.
Livro quatro: Galáxias
Haroldo Eurico Browne de Campos (São Paulo, 19 de agosto de 1929 — São Paulo, 16 de agosto de 2003 ) foi
um poeta e tradutor brasileiro. Haroldo fez seus estudos secundários no Colégio São Bento, onde aprendeu
os primeiros idiomas estrangeiros, como latim, inglês, espanhol e francês. Ingressou na Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo, no final da década de 1940, lançando seu primeiro livro em 1949, O
Auto do Possesso quando, ao lado de Décio Pignatari, participava do Clube de Poesia.
Faleceu em São Paulo, tendo publicado, pouco antes, sua transcrição em português da Ilíada, de Homero.
Sobre o autor Haroldo de Campos
 Em Morte e Vida Severina, longo poema que saiu no livro Duas Águas, de 1956, harmonizam-se forma e
temática social. Neste auto de Natal pernambucano, o autor trata da luta de Severino, um retirante do
agreste, pela sobrevivência. Guiado pelo rio Capibaribe rumo ao litoral, Severino busca chegar à capital,
almejando uma vida digna. Pelo caminho, depara-se com as diversas facetas da morte - causada pela seca;
pela fome, que corrói as entranhas do país, e pela disputa por terras áridas.
 Ele tenta a todo custo fugir da destruição e corre em busca da perspectiva de dias melhores, mas a cidade
grande revela uma realidade tão dura quanto a do sertão. Diante de tal situação-limite, Severino planeja o
suicídio atirando-se da ponte sobre o rio Capibaribe, que o guiara até ali. Contudo, após presenciar o
nascimento de uma criança (filho de José, o mestre "carpina", numa clara alusão ao nascimento de Cristo),
reacende-se no coração do herói a esperança de vencer a vida "severina", e Severino acaba por desistir de
seu intento.
Livro cinco: Morte e Vida Severina
João Cabral de Melo Neto recifense (1920-1999), consagrou-se como um dos principais poetas brasileiros. É,
pelo lado materno, primo do sociólogo e escritor Gilberto Freyre (1900-1987), enquanto, pela raiz paterna,
tinha parentesco com Manuel Bandeira. Em princípio, sua poesia sofre influência surrealista pela via do
colega Murilo Mendes, como se percebe na primeira obra, A Pedra do Sono, de 1942, em que emprega
conceitos freudianos e elementos o
 O propósito de Cabral em cortar dos versos todos os elementos supérfluos, inclusive os musicais, na busca
por uma nova objetividade, empresta à sua poesia uma áspera expressividade de grande frescor.níricos.
Sobre o autor João Cabral de Melo Neto
 Gabriela, Cravo e Canela é um dos mais célebres romances do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado
em 1958.
 Neste romance urbano passado quase todo na rica Ilhéus, representa-se um momento de mudança na
produção literária do autor que até então abordava temas sociais, nesta segunda fase faz uma crônica de
costumes, marcada por tipos populares, poderosos coronéis e mulheres sensuais. Além de Gabriela, Cravo
e Canela, os romances Dona Flor e seus dois maridos e Teresa Batista cansada de guerra são
representativos desta fase.
 A obra é um retorno ao chamado ciclo do cacau, ao citar o universo de coronéis, jagunços, prostitutas e
trambiqueiros de calibre variado que desenham o horizonte da sociedade cacaueira.
 Trata-se de uma crônica da modernização dos costumes, para cuja guinada ajuda a contribuir Gabriela, ou
melhor, seu comportamento libertário e a reação do árabe Nacib, apaixonado por ela. A narrativa segue
assim, do geral ao particular e do particular ao geral, residindo nesse movimento, em que se entrelaça o ir-
e-vir de dezenas de personagens representativos.
Livro seis: Gabriela, Cravo e Canela
 Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos
mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
 Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela,
Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois
Maridos e Tenda dos Milagres.
Sobre o autor Jorge Amado
 O Coronel e o Lobisomem é segundo livro do escritor brasileiro José Cândido de Carvalho, sendo lançado
em 1964, recebeu imediatamente a aprovação dos círculos da crítica e dos leitores.
 Os méritos de O Coronel e o Lobisomem se devem às construções lingüísticas que o escritor,
calculadamente, empregou. Há não apenas deliciosas inserções do folclore brasileiro na trama, mas
também o uso de termos e expressões regionais em perfeita harmonia com a narrativa.
 Trata-se da história do coronel Ponciano de Azeredo Furtado, membro da Guarda Nacional, de menino a
herdeiro, de Mata-Cavalo (alusão à casa de Dom Casmurro) e Sobradinho, entre outras propriedades, a
especulador de açúcar e cavaleiro quixotesco.
 Do inicio ao fim do romance o leitor é levado ao espírito do Céu. Ponciano, sentindo suas emoções e
paixões, ao qual este dá um tom narrativo na primeira pessoa, interagindo com seu grande rival Nogueira, e
seu eterno amor Esmeraldina.
Livro sete: O Coronel e o Lobisomem
José Cândido de Carvalho (Campos dos Goytacazes, 5 de agosto de 1914 — Niterói, 1 de agosto de 1989) foi
um advogado, jornalista e escritor brasileiro, mais conhecido como o autor da obra O coronel e o lobisomem.
Iniciou suas atividades de jornalista como revisor no jornal “O Liberal”, durante a Revolução de 1930. Foi
posteriormente redator, tendo colaborado em vários jornais, entre eles “O Dia”, “Gazeta do Povo” e “Monitor
Campista”, todos estabelecidos em Campos.
Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1937, mas abandonou a profissão no
primeiro caso.
Seu primeiro romance foi Olha para o céu, Frederico!, publicado em 1939 pela Editora Vecchi.
Sobre o autor José Cândido de Carvalho
Publicado originalmente em 1944, AS METAMORFOSES é considerado, pelos críticos, um dos livros mais
importantes do poeta mineiro Murilo Mendes. De caráter extremamente social, o livro traz poemas como A
liberdade e A vida cotidiana e faz parte do projeto da Editora Record de recolocar no mercado as obras do
poeta modernista. As novas edições contam com um projeto gráfico da artista plástica Regina Ferraz e
prefácios de estudiosos e críticos da obra de Murilo Mendes.
As Metamorfoses apresenta uma poesia muito inspirada por elementos de uma corrente das vanguardas
européias do início do século 20, assim como por uma forte espiritualidade, presente desde Tempo e
Eternidade (1935), escrito em parceria com Jorge de Lima.
Influenciado pelas técnicas de composição do Surrealismo, o autor constrói uma poesia fortemente
imagética, imbuída da forma de ver o mundo por meio de sentidos não embotados pela lógica do cotidiano.
Também são fortes os elementos místicos, eróticos, de tensão entre o sagrado e o profano. A conversão ao
catolicismo, suscitada pela morte do amigo Ismael Nery, ofereceu-lhe matéria poética sem retirar de sua
poesia a força libertária e de luta contra a ordem estabelecida.
Livro oito: As Metamorfoses
 Murilo Monteiro Mendes (Juiz de Fora, 13 de maio de 1901 — Lisboa, 13 de agosto de 1975) foi
um poeta e prosador brasileiro, expoente dosurrealismo brasileiro.
 Telegrafista , auxiliar de contabilidade, Porfs, notário e Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal.
Foi escrivão da quarta Vara de Família do Distrito Federal, em 1946. De 1953 a 1955 percorreu diversos
países da Europa, divulgando, em conferências, a cultura brasileira. Em 1957 se estabeleceu em Roma,
onde lecionou Literatura Brasileira. Manteve-se fiel às imagens mineiras, mesclando-as às da Sicília e
Espanha, carregadas de história.
Sobre o autor Murilo Mendes
 Na história Madona, um adolescente vai com amigos ao aeroporto do Galeão para assistir ao espetáculo
dos aviões decolando. O conto conjuga a falta de perspectiva de uma juventude que não encontrou seu
caminho com a perspectiva pesarosa que se instalava no Brasil com o golpe militar: "O aeroporto estava
cheio, saíam vários aviões internacionais naquele dia. Havia uma urgência no ar, uma ânsia, uma pressa
que não se vê no cais ou na estação ferroviária”. Em A Força Humana, um fisiculturista perde seu posto de
astro de academia para um dançarino de rua, e entra em crise. A idéia de "força humana” que inicialmente é
apresentada como sendo a força física logo se desfaz ao mostrar uma pessoa com um interior vazio e cheio
de expectativas frustradas. O final da história é um dos mais belos concebidos pelo autor.
Livro nove: A coleira do Cão
 José Rubem Fonseca (Juiz de Fora, 11 de maio de 1925) é um escritor e roteirista de cinema brasileiro.
 É formado em Direito, tendo exercido várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura.
Em 2003, venceu o Prémio Camões, o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa, uma
espécie de Prémio Nobel para escritores lusófonos.
 Em 31 de dezembro de 1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito
Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior parte do tempo
em que trabalhou, até ser exonerado em 6 de fevereiro de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço
de relações públicas da polícia.
 As obras de Rubem Fonseca geralmente retratam, em estilo seco e direto, a luxúria e a violência
urbana, em um mundo onde marginais, assassinos, prostitutas, miseráveis e delegados se misturam. A
história através da ficção é também uma marca de Rubem Fonseca, como nos romances Agosto (seu livro
mais famoso) em que retratou as conspirações que resultaram no suicídio de Getúlio Vargas, e em O
Selvagem da Ópera em que retrata a vida de Carlos Gomes, ou ainda A Cavalaria Vermelha, livro de Isaac
Babel retratado em Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos.
Sobre o autor Rubem Fontesca
 O Quinze, de Rachel de Queiroz, lançado em 1930, quando a autora mal tinha completado 20 anos,
"produziu agitação e alguma desconfiança" nas letras brasileiras, segundo Graciliano Ramos.
 O romance centra-se na grande seca que abalou o sertão nordestino em 1915 (daí o título). Há duas
histórias paralelas, que partem do mesmo ponto e voltam a unir-se: a trajetória da família de Chico Bento,
forçada a emigrar, e o hesitante flerte entre dois jovens herdeiros, a professora Conceição e seu primo
Vicente. A severidade da natureza reflete o comportamento bicudo do casal de namorados, para quem um
pequeno mal-entendido pode resultar num grande obstáculo. A falta de comunicação entre eles espelha a
escassez de água, que mata vegetação, animais e gente. A seca por fim se instala no útero de Conceição,
que entrevê a possibilidade de ser "sempre estéril". Sem maiores pretensões no plano da ação (linear) e no
aprofundamento psicológico (mínimo), O Quinze tem o mérito de aderir, pela economia de meios, pelo
paralelismo justo, pelas imagens fortes e pela comunhão trágica entre natureza e homem, à prosa vigorosa
do romance brasileiro da década de 1930.
Livro dez: O Quinze
 Rachel de Queiroz (Fortaleza, 17 de novembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2003) foi uma
tradutora, romancista, escritora,jornalista, cronista prolífica e importante dramaturga brasileira.
 Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de
Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua
portuguesa. Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994 na ocasião do
centenário da instituição.
Sobre a autora Rachel de Queiroz

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  • 2. Livro um: Ópera dos mortos Ópera dos Mortos é um romance do escritor brasileiro Autran Dourado, publicado em 1967. Listado na Coleção de Obras Representativas da UNESCO e apontado como sua principal obra, ao lado de O Risco do Bordado, é provavelmente o livro mais conhecido do autor. O autor estrutura a narrativa na forma de uma ópera barroca. A obra também explora características formais da arquitetura na descrição da residência da família Honório Cota. A ação se passa na mítica cidade de Duas Pontes, cenário também de outras obras de Dourado. O texto explora a psique dos personagens principais: o coronel João Capistrano Honório Cota, sua filha, Rosalina, o forasteiro José Feliciano e a criada Quiquina. Os símbolos abundam no romance: o sobrado em estilo misto de duas épocas, os relógios parados, as voçorocas ameaçadoras. O relato não é linear, sendo os fatos frequentemente narrados fora da ordem cronológica. O narrador se afasta do modelo do narrador onisciente: ele nos revela ser alguém que teria vivido na época e presenciado alguns fatos, mas não todos. Por isso, relata algumas coisas enquanto outras apenas imagina ou supõe.
  • 3. Sobre o autor Autran Dourado Waldomiro Freitas Autran Dourado, mais conhecido como Autran Dourado (Patos de Minas, 18 de janeiro de 1926 — Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2012), foi um advogado, escritor e jornalista brasileiro. Filho de um juiz, passou sua infância em Monte Santo de Minas e São Sebastião do Paraíso, no estado natal, Minas Gerais. Aos 17 anos foi para Belo Horizonte, onde cursou direito, enquanto trabalhava como taquígrafo e jornalista. Formou-se em 1949.
  • 4. Livro Dois: O Tempo e o Vento O Tempo e O Vento: uma trilogia de quase 3 mil páginas, composta por O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1961/1962). Considerado o principal romance histórico brasileiro, O Tempo e o Vento levou mais de quinze anos para ser escrito. Narra a trajetória de duas famílias, os Terra-Cambará e os Amaral, por mais de dois séculos de vida, mesclando-se aos principais episódios da formação gaúcha. ] O Continente lança o leitor em plena ação, durante o cerco das tropas federalistas ao sobrado do republicano Licurgo Cambará, em 1895, para em seguida retroceder cento e cinqüenta anos, mostrando as origens míticas e históricas do clã Terra-Cambará. Nessas origens, o leitor encontra uma galeria de personagens inesquecíveis, como a forte Ana Terra e o valente capitão Rodrigo Cambará (cujas histórias particulares deram origem a livros independentes por iniciativa das editoras). A trilogia, que se encerra em 1945, com a queda de Getúlio Vargas, foi concebida à moda de uma sinfonia. Como instrumento musical, cada personagem assoma à melodia e entoa sua versão do motivo central, deixando marcados os timbres de sua personalidade. O Tempo e o Vento também revela ser uma sutil reflexão filosófica acerca do significado da existência. O tempo sempre passa, nunca se repete, jamais retorna. O vento, em contraponto, é cíclico, vai e vem. O tempo alia-se às guerras e às disputas, que marcam o ponto de vista masculino da história, enquanto a voz abafada das mulheres encontra correspondência no vento, no ciclo da vida e da memória.
  • 5. Sobre o autor Érico Veríssimo Erico Verissimo nasceu em 1905, em Cruz Alta, RS, descendente de tradicional família estancieira, depauperada com a crise na pecuária do início do século 20. Em 1930, mudou-se para Porto Alegre e, em 1932, lançou seu primeiro livro, Fantoches, uma coletânea de contos. Mas seu futuro como "contador de histórias", como gostava de se chamar, começou a ser delineado no ano seguinte, com o lançamento de Clarissa. Olhai os Lírios do Campo, de 1938, atinge um extraordinário sucesso de público. A partir daí Erico torna-se um escritor conhecido e renomado no país inteiro, e depois internacionalmente, com a tradução dos romances. Um de seus grandes méritos é ter revelado o Sul aos brasileiros. Segundo define o crítico literário Antonio Candido: "O Rio Grande do Sul existe muito como visão do Erico".
  • 6. Poema Sujo (1976) traz as memórias de infância e adolescência que o autor passou em São Luís, no Maranhão, onde nasceu, em 1930. Gullar criou-o em Buenos Aires logo após a instauração da ditadura naquele país, receoso de que algo acontecesse contra ele. "Vou ter que escrever essa coisa final, o testamento final, o depoimento final", disse para si próprio. E explica: "Era a experiência da vida toda; não era só um poema do exílio, mas da memória, da perda, da recomposição do mundo perdido e do amor à vida. Escrevi como poema-limite". Para o professor Alcides Villaça, trata-se de um fluxo de memória e de alucinação lúcida. A tentativa de reconstituir profundamente uma identidade na busca de uma unidade. No poema, Gullar vale-se de recursos estéticos de diversas naturezas - muitos deles concretistas - aliados a jogos de som e imagens, como neste exemplo: "nada/ vale/ nada/ vale/ quem/ não/ tem/ nada/ no/ v/ a/ l/ e/ TCHIBUM!!!". Para o outro poeta, o amigo Vinícius de Moraes, é o trabalho do "poeta-pássaro, que vai baixando e alçando vôo, vendo o que é de ver e de não ver em sua vida: as coisas belas, tristes, injustas e escusas acontecendo em terrível simultaneidade, sujas de vida e de tempo e deixando no espaço da memória a crua e inflexível síntese de sua fotografia, revelada no momento da criação". Livro três: Poema Sujo
  • 7.  Considerados por muitos o maior poeta brasileiro vivo, o maranhense Ferreira Gullar teve papel importante no cenário cultural do país da segunda metade do século 20. Aliou-se ao movimento concretista - ao lado de Décio Pignatari e os irmãos Campos - e foi membro do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde chegou a publicar literatura de cordel. Escreveu peças de teatro, crônicas, ensaios e hoje colabora para diversas publicações. Seu maior poema é também sua maior obra. Sobre o autor Ferreira Gullar
  • 8. Galáxias, trata-se de um conglomerado de palavras, referências e recursos barrocos, dispostos num longo encadeamento de imagens e significantes que deixam entrever alguns resquícios de narração. Não há pontuação ou letras maiúsculas. Também não há interrupções, exceto pelo branco da página, que se opõe ao que nela está registrado. A unidade temática, segundo o artista-acadêmico-tradutor, está somente na "viagem como livro e o livro como viagem". Para construí-la, ele transcendeu os valores do Concretismo que ajudou a erigir para impulsionar a convergência entre literatura nacional e universal.  Trata-se de um livro pouco conhecido fora da crítica especializada e do meio literário. Isso se deve, em parte, ao baixo número de exemplares da primeira edição, por um lado; e por outro, ao próprio caráter experimental do livro, que torna sua leitura não raras vezes difícil ou hermética. Mas o livro despertou o entusiasmo não só de artistas amigos do poeta, como os já mencionados Caetano Veloso e Paulo Leminski, bem como o de vários outros intelectuais. Mereceu, em 1966, grandes elogios de Guimarães Rosa, reconhecidamente um dos maiores escritores brasileiros e uma das grandes influências para este livro. Mereceu também elogios internacionais de Octavio Paz, poeta mexicano ganhar do Nobel de Literatura. Livro quatro: Galáxias
  • 9. Haroldo Eurico Browne de Campos (São Paulo, 19 de agosto de 1929 — São Paulo, 16 de agosto de 2003 ) foi um poeta e tradutor brasileiro. Haroldo fez seus estudos secundários no Colégio São Bento, onde aprendeu os primeiros idiomas estrangeiros, como latim, inglês, espanhol e francês. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no final da década de 1940, lançando seu primeiro livro em 1949, O Auto do Possesso quando, ao lado de Décio Pignatari, participava do Clube de Poesia. Faleceu em São Paulo, tendo publicado, pouco antes, sua transcrição em português da Ilíada, de Homero. Sobre o autor Haroldo de Campos
  • 10.  Em Morte e Vida Severina, longo poema que saiu no livro Duas Águas, de 1956, harmonizam-se forma e temática social. Neste auto de Natal pernambucano, o autor trata da luta de Severino, um retirante do agreste, pela sobrevivência. Guiado pelo rio Capibaribe rumo ao litoral, Severino busca chegar à capital, almejando uma vida digna. Pelo caminho, depara-se com as diversas facetas da morte - causada pela seca; pela fome, que corrói as entranhas do país, e pela disputa por terras áridas.  Ele tenta a todo custo fugir da destruição e corre em busca da perspectiva de dias melhores, mas a cidade grande revela uma realidade tão dura quanto a do sertão. Diante de tal situação-limite, Severino planeja o suicídio atirando-se da ponte sobre o rio Capibaribe, que o guiara até ali. Contudo, após presenciar o nascimento de uma criança (filho de José, o mestre "carpina", numa clara alusão ao nascimento de Cristo), reacende-se no coração do herói a esperança de vencer a vida "severina", e Severino acaba por desistir de seu intento. Livro cinco: Morte e Vida Severina
  • 11. João Cabral de Melo Neto recifense (1920-1999), consagrou-se como um dos principais poetas brasileiros. É, pelo lado materno, primo do sociólogo e escritor Gilberto Freyre (1900-1987), enquanto, pela raiz paterna, tinha parentesco com Manuel Bandeira. Em princípio, sua poesia sofre influência surrealista pela via do colega Murilo Mendes, como se percebe na primeira obra, A Pedra do Sono, de 1942, em que emprega conceitos freudianos e elementos o  O propósito de Cabral em cortar dos versos todos os elementos supérfluos, inclusive os musicais, na busca por uma nova objetividade, empresta à sua poesia uma áspera expressividade de grande frescor.níricos. Sobre o autor João Cabral de Melo Neto
  • 12.  Gabriela, Cravo e Canela é um dos mais célebres romances do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1958.  Neste romance urbano passado quase todo na rica Ilhéus, representa-se um momento de mudança na produção literária do autor que até então abordava temas sociais, nesta segunda fase faz uma crônica de costumes, marcada por tipos populares, poderosos coronéis e mulheres sensuais. Além de Gabriela, Cravo e Canela, os romances Dona Flor e seus dois maridos e Teresa Batista cansada de guerra são representativos desta fase.  A obra é um retorno ao chamado ciclo do cacau, ao citar o universo de coronéis, jagunços, prostitutas e trambiqueiros de calibre variado que desenham o horizonte da sociedade cacaueira.  Trata-se de uma crônica da modernização dos costumes, para cuja guinada ajuda a contribuir Gabriela, ou melhor, seu comportamento libertário e a reação do árabe Nacib, apaixonado por ela. A narrativa segue assim, do geral ao particular e do particular ao geral, residindo nesse movimento, em que se entrelaça o ir- e-vir de dezenas de personagens representativos. Livro seis: Gabriela, Cravo e Canela
  • 13.  Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.  Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. Sobre o autor Jorge Amado
  • 14.  O Coronel e o Lobisomem é segundo livro do escritor brasileiro José Cândido de Carvalho, sendo lançado em 1964, recebeu imediatamente a aprovação dos círculos da crítica e dos leitores.  Os méritos de O Coronel e o Lobisomem se devem às construções lingüísticas que o escritor, calculadamente, empregou. Há não apenas deliciosas inserções do folclore brasileiro na trama, mas também o uso de termos e expressões regionais em perfeita harmonia com a narrativa.  Trata-se da história do coronel Ponciano de Azeredo Furtado, membro da Guarda Nacional, de menino a herdeiro, de Mata-Cavalo (alusão à casa de Dom Casmurro) e Sobradinho, entre outras propriedades, a especulador de açúcar e cavaleiro quixotesco.  Do inicio ao fim do romance o leitor é levado ao espírito do Céu. Ponciano, sentindo suas emoções e paixões, ao qual este dá um tom narrativo na primeira pessoa, interagindo com seu grande rival Nogueira, e seu eterno amor Esmeraldina. Livro sete: O Coronel e o Lobisomem
  • 15. José Cândido de Carvalho (Campos dos Goytacazes, 5 de agosto de 1914 — Niterói, 1 de agosto de 1989) foi um advogado, jornalista e escritor brasileiro, mais conhecido como o autor da obra O coronel e o lobisomem. Iniciou suas atividades de jornalista como revisor no jornal “O Liberal”, durante a Revolução de 1930. Foi posteriormente redator, tendo colaborado em vários jornais, entre eles “O Dia”, “Gazeta do Povo” e “Monitor Campista”, todos estabelecidos em Campos. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1937, mas abandonou a profissão no primeiro caso. Seu primeiro romance foi Olha para o céu, Frederico!, publicado em 1939 pela Editora Vecchi. Sobre o autor José Cândido de Carvalho
  • 16. Publicado originalmente em 1944, AS METAMORFOSES é considerado, pelos críticos, um dos livros mais importantes do poeta mineiro Murilo Mendes. De caráter extremamente social, o livro traz poemas como A liberdade e A vida cotidiana e faz parte do projeto da Editora Record de recolocar no mercado as obras do poeta modernista. As novas edições contam com um projeto gráfico da artista plástica Regina Ferraz e prefácios de estudiosos e críticos da obra de Murilo Mendes. As Metamorfoses apresenta uma poesia muito inspirada por elementos de uma corrente das vanguardas européias do início do século 20, assim como por uma forte espiritualidade, presente desde Tempo e Eternidade (1935), escrito em parceria com Jorge de Lima. Influenciado pelas técnicas de composição do Surrealismo, o autor constrói uma poesia fortemente imagética, imbuída da forma de ver o mundo por meio de sentidos não embotados pela lógica do cotidiano. Também são fortes os elementos místicos, eróticos, de tensão entre o sagrado e o profano. A conversão ao catolicismo, suscitada pela morte do amigo Ismael Nery, ofereceu-lhe matéria poética sem retirar de sua poesia a força libertária e de luta contra a ordem estabelecida. Livro oito: As Metamorfoses
  • 17.  Murilo Monteiro Mendes (Juiz de Fora, 13 de maio de 1901 — Lisboa, 13 de agosto de 1975) foi um poeta e prosador brasileiro, expoente dosurrealismo brasileiro.  Telegrafista , auxiliar de contabilidade, Porfs, notário e Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal. Foi escrivão da quarta Vara de Família do Distrito Federal, em 1946. De 1953 a 1955 percorreu diversos países da Europa, divulgando, em conferências, a cultura brasileira. Em 1957 se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira. Manteve-se fiel às imagens mineiras, mesclando-as às da Sicília e Espanha, carregadas de história. Sobre o autor Murilo Mendes
  • 18.  Na história Madona, um adolescente vai com amigos ao aeroporto do Galeão para assistir ao espetáculo dos aviões decolando. O conto conjuga a falta de perspectiva de uma juventude que não encontrou seu caminho com a perspectiva pesarosa que se instalava no Brasil com o golpe militar: "O aeroporto estava cheio, saíam vários aviões internacionais naquele dia. Havia uma urgência no ar, uma ânsia, uma pressa que não se vê no cais ou na estação ferroviária”. Em A Força Humana, um fisiculturista perde seu posto de astro de academia para um dançarino de rua, e entra em crise. A idéia de "força humana” que inicialmente é apresentada como sendo a força física logo se desfaz ao mostrar uma pessoa com um interior vazio e cheio de expectativas frustradas. O final da história é um dos mais belos concebidos pelo autor. Livro nove: A coleira do Cão
  • 19.  José Rubem Fonseca (Juiz de Fora, 11 de maio de 1925) é um escritor e roteirista de cinema brasileiro.  É formado em Direito, tendo exercido várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 2003, venceu o Prémio Camões, o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa, uma espécie de Prémio Nobel para escritores lusófonos.  Em 31 de dezembro de 1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior parte do tempo em que trabalhou, até ser exonerado em 6 de fevereiro de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço de relações públicas da polícia.  As obras de Rubem Fonseca geralmente retratam, em estilo seco e direto, a luxúria e a violência urbana, em um mundo onde marginais, assassinos, prostitutas, miseráveis e delegados se misturam. A história através da ficção é também uma marca de Rubem Fonseca, como nos romances Agosto (seu livro mais famoso) em que retratou as conspirações que resultaram no suicídio de Getúlio Vargas, e em O Selvagem da Ópera em que retrata a vida de Carlos Gomes, ou ainda A Cavalaria Vermelha, livro de Isaac Babel retratado em Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos. Sobre o autor Rubem Fontesca
  • 20.  O Quinze, de Rachel de Queiroz, lançado em 1930, quando a autora mal tinha completado 20 anos, "produziu agitação e alguma desconfiança" nas letras brasileiras, segundo Graciliano Ramos.  O romance centra-se na grande seca que abalou o sertão nordestino em 1915 (daí o título). Há duas histórias paralelas, que partem do mesmo ponto e voltam a unir-se: a trajetória da família de Chico Bento, forçada a emigrar, e o hesitante flerte entre dois jovens herdeiros, a professora Conceição e seu primo Vicente. A severidade da natureza reflete o comportamento bicudo do casal de namorados, para quem um pequeno mal-entendido pode resultar num grande obstáculo. A falta de comunicação entre eles espelha a escassez de água, que mata vegetação, animais e gente. A seca por fim se instala no útero de Conceição, que entrevê a possibilidade de ser "sempre estéril". Sem maiores pretensões no plano da ação (linear) e no aprofundamento psicológico (mínimo), O Quinze tem o mérito de aderir, pela economia de meios, pelo paralelismo justo, pelas imagens fortes e pela comunhão trágica entre natureza e homem, à prosa vigorosa do romance brasileiro da década de 1930. Livro dez: O Quinze
  • 21.  Rachel de Queiroz (Fortaleza, 17 de novembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2003) foi uma tradutora, romancista, escritora,jornalista, cronista prolífica e importante dramaturga brasileira.  Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994 na ocasião do centenário da instituição. Sobre a autora Rachel de Queiroz