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DOMANSKI - ENTREVISTA ao SITE MASSA CINZENTA CIMENTO ITAMBÉ 
Planejamento Corporativo - JOAO CARLOS DOMANSKI - 
Gestão 18 de janeiro de 2007 
Confira a entrevista com o consultor da SYNERGIA CONSULTING, João Carlos Domanski 
Itambé Empresarial – O que é planejamento corporativo? 
João Carlos Domanski - É o planejamento implementado com visão corporativa, notadamente visando antever o 
ambiente em que se vai transitar, projetando alternativas para se atingir os resultados almejados. É aplicável a 
qualquer tipo e porte de empresa, inclusive aquelas sem fins lucrativos. Dispor de um bom planejamento 
corporativo, com visão estratégica, pode significar estar muito à frente do mercado e, em especial, dos 
concorrentes diretos. 
João Carlos Domanski - fundador e dirigente da SYNERGIA CONSULTING 
IE – O que compõe um bom planejamento? 
João Carlos Domanski – O bom planejamento significa a empresa dispor dos diversos instrumentos de apoio à 
decisão necessários ao porte e complexidade do negócio associados ao preparo dos gestores na adequada 
utilização operacional e estratégica das informações disponíveis. 
IE – Começo de ano é um bom momento para se pensar sobre o planejamento de uma empresa? 
João Carlos Domanski – O ideal é começar o ano com o planejamento anual previamente elaborado. É muito 
importante os gestores e colaboradores iniciarem o ano sabendo para onde vão, que metas e objetivos devem 
atingir. Assim, o ideal é elaborar o planejamento orçamentário pelo menos 60 dias antes do final do ano para que 
se possa estudar os dados do ano em curso melhorando as condições de poder visualizar os objetivos desejados 
para o ano seguinte. Nesta fase é possível antever o cenário econômico provável para o ano seguinte, se vai ser 
de crescimento, estagnação ou recessão, e estabelecer os desafios para a empresa. 
IE – O planejamento ideal deve ser de curto, médio ou longo prazo? 
João Carlos Domanski – O ideal é a empresa dispor dos três níveis de planejamento. Se a empresa está 
iniciando a implementação dos instrumentos de planejamento, certamente terá mais facilidade em visualizar as 
ações e objetivos de curto prazo, como o Fluxo de Caixa Trimestral ou Plano de Vendas , por exemplo. Na 
seqüência, poderá implementar o Planejamento Orçamentário, normalmente para 12 meses, correspondendo ao 
médio prazo. Quando os gestores estiverem dominando o uso destes instrumentos é o momento de iniciar a 
implementação do Planejamento Estratégico, antevendo dois a três anos à frente. 
IE – Por que muitas empresas, algumas até de grande porte, ainda sofrem com a falta de planejamento? 
João Carlos Domanski – Principalmente pela falta de informações e também por mau juízo anterior. Alguns 
gestores acreditam, erroneamente, que uma empresa organizada e bem planejada venha a ficar excessivamente 
burocrática ou engessada. Ao contrário, os instrumentos de gestão suportados por indicadores de desempenho
funcionam como mostradores para onde estamos indo ou se estamos nos afastando dos objetivos preconizados 
pela alta administração ou acionistas. 
IE – Além de tornar-se uma empresa vulnerável e pouco competitiva, quais os principais problemas 
ocasionados pela falta de um bom planejamento? 
João Carlos Domanski – A dificuldade de antever o futuro próximo ou de perceber desvios ou dificuldades a 
tempo de exercer alterações ou tomadas de decisão estratégicas pode deixar uma empresa à mercê do mercado. 
A ausência de indicadores de desempenho, controle efetivo sobre o atingimento de metas, inclusive de custos e 
produtividade, permite que os concorrentes se adiantem em inovações e se tornem mais competitivas, 
aumentando sua fatia de mercado. 
IE – Qual o papel dos gestores na elaboração do planejamento? 
João Carlos Domanski – Cabe aos gestores a participação efetiva no levantamento dos dados e informações 
permitindo assim consolidar um processo mais realista possível em função das demandas e objetivos do negócio. 
Cabe aos gestores, a partir da implantação dos instrumentos de planejamento, fazer uso continuado deles para 
tomar decisões disseminando aos demais colaboradores os princípios que regem o planejamento corporativo. 
IE – E dos colaboradores? 
João Carlos Domanski – Através de treinamento e incentivo dos gestores, cabe aos colaboradores absorver a 
cultura do planejamento corporativo, identificando cada um, através de suas atribuições e responsabilidades, qual 
o seu papel na geração de valores, busca e atingimento de resultados. 
IE – Como obter o compromisso dos colaboradores e assim viabilizar o planejamento? 
João Carlos Domanski – Fazê-los participantes ativos do processo, de maneira participativa e atuante, de forma 
a integrá-los na busca comum e incansável do atingimento dos objetivos da organização. A coesão das equipes, a 
visão de futuro e das implicações das decisões e ações reflete o nível de comprometimento dos colaboradores e 
da maturidade da empresa. 
IE – O planejamento antes era visto como um exercício numérico e foi implantado inicialmente no 
departamento financeiro. O planejamento corporativo, no entanto, deve abranger todas as áreas 
funcionais da organização. Infelizmente esta não é uma tarefa fácil, principalmente quando departamentos 
diferentes, possuem pressuposições diferentes, lógicas de negócio diferentes e ferramentas diferentes. 
Nesses casos, a falta de integração faz com que as áreas da empresa não consigam colaborar e 
compartilhar informações de maneira significativa. O que isso implica no planejamento? 
João Carlos Domanski – A empresa é uma organização onde as funções e departamentos são todos 
interdependentes. Assim, cabe à gestão superior, principalmente ao responsável pelo planejamento corporativo, 
disseminar os princípios da boa gestão através de instrumentos de apoio operando sistematicamente. Todos 
devem agir pensando no todo e nos objetivos comuns a todos. Somente assim a empresa vai atingir seus 
objetivos de forma abrangente, aumentando o grau de assertividade. 
IE – Antes que alguma coisa do planejamento dê errada, os gestores devem estar atentos à possibilidade 
de realinharem o plano em tempo real. Na prática, há como prever possíveis erros ou problemas 
antecipadamente a tempo de adaptar o planejamento? 
João Carlos Domanski – Sim, pois o planejamento corporativo, quando implementado de forma abrangente e 
bem disseminado, permite que através dos instrumentos de controle e acompanhamento permita antever os 
desvios dos objetivos e metas a tempo de corrigi-los. Uma empresa incorporada da cultura de planejamento 
dispõe dos indicadores necessários para que, de forma flexível, se possa corrigir eventuais falhas de previsão ou 
exagero no dimensionamento dos desafios. Afinal, o mercado, o ambiente e as empresas são dinâmicas por 
natureza. 
IE – Como fazer um planejamento baseado em expectativas realistas e não em números que a gestão ou 
os investidores “ querem” ver? Esse é um erro comum? 
João Carlos Domanski – Infelizmente alguns gestores ainda se deixam levar pelo otimismo exagerado ou pela 
pressão excessiva dos acionistas em acelerar o retorno sobre os investimentos. Nestes casos, as metas logo são 
percebidas pelos demais gestores e suas equipes de colaboradores como impraticáveis ou fora da realidade. Esta
postura aumenta o estresse e cobrança por resultados e afasta os integrantes da corporação do comprometimento 
almejado. 
Destaques 
1. Em Planejamento temos uma regra básica nem sempre compreendida ou respeitada. É preferível exagerar na 
previsão das despesas e ser contido ao estimar as receitas. Se houver desvios, aumentamos os resultados 
positivos e não as dificuldades. 
2. Absorver a Cultura de Planejamento significa aprender a pensar a empresa olhando para o futuro, entendendo 
as implicações de cada decisão ou ação, seja pelos gestores ou colaboradores. 
João Carlos Domanski é graduado em Administração pela UNIFAE, Especializado em Análise de Sistemas pela 
SPEI-PR, pós-graduado em Gestão Competitiva de Empresas pela PUC-PR, em Curitiba. Atuou alguns anos 
como técnico e gestor em empresas de médio e grande porte, entre elas Todeschini Alimentos, Grupo 
Nutrimental, Grupo INEPAR, TELEPAR e EDITEL. Desde 1989 é fundador e dirigente da SYNERGIA 
CONSULTING atuando como Consultor de Gestão, Qualidade e Produtividade. 
Contatos: e-mail synergia.consulting@hotmail.com 
Créditos: Caroline Veiga – Comunicação Social Cimento Itambé

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  • 1. DOMANSKI - ENTREVISTA ao SITE MASSA CINZENTA CIMENTO ITAMBÉ Planejamento Corporativo - JOAO CARLOS DOMANSKI - Gestão 18 de janeiro de 2007 Confira a entrevista com o consultor da SYNERGIA CONSULTING, João Carlos Domanski Itambé Empresarial – O que é planejamento corporativo? João Carlos Domanski - É o planejamento implementado com visão corporativa, notadamente visando antever o ambiente em que se vai transitar, projetando alternativas para se atingir os resultados almejados. É aplicável a qualquer tipo e porte de empresa, inclusive aquelas sem fins lucrativos. Dispor de um bom planejamento corporativo, com visão estratégica, pode significar estar muito à frente do mercado e, em especial, dos concorrentes diretos. João Carlos Domanski - fundador e dirigente da SYNERGIA CONSULTING IE – O que compõe um bom planejamento? João Carlos Domanski – O bom planejamento significa a empresa dispor dos diversos instrumentos de apoio à decisão necessários ao porte e complexidade do negócio associados ao preparo dos gestores na adequada utilização operacional e estratégica das informações disponíveis. IE – Começo de ano é um bom momento para se pensar sobre o planejamento de uma empresa? João Carlos Domanski – O ideal é começar o ano com o planejamento anual previamente elaborado. É muito importante os gestores e colaboradores iniciarem o ano sabendo para onde vão, que metas e objetivos devem atingir. Assim, o ideal é elaborar o planejamento orçamentário pelo menos 60 dias antes do final do ano para que se possa estudar os dados do ano em curso melhorando as condições de poder visualizar os objetivos desejados para o ano seguinte. Nesta fase é possível antever o cenário econômico provável para o ano seguinte, se vai ser de crescimento, estagnação ou recessão, e estabelecer os desafios para a empresa. IE – O planejamento ideal deve ser de curto, médio ou longo prazo? João Carlos Domanski – O ideal é a empresa dispor dos três níveis de planejamento. Se a empresa está iniciando a implementação dos instrumentos de planejamento, certamente terá mais facilidade em visualizar as ações e objetivos de curto prazo, como o Fluxo de Caixa Trimestral ou Plano de Vendas , por exemplo. Na seqüência, poderá implementar o Planejamento Orçamentário, normalmente para 12 meses, correspondendo ao médio prazo. Quando os gestores estiverem dominando o uso destes instrumentos é o momento de iniciar a implementação do Planejamento Estratégico, antevendo dois a três anos à frente. IE – Por que muitas empresas, algumas até de grande porte, ainda sofrem com a falta de planejamento? João Carlos Domanski – Principalmente pela falta de informações e também por mau juízo anterior. Alguns gestores acreditam, erroneamente, que uma empresa organizada e bem planejada venha a ficar excessivamente burocrática ou engessada. Ao contrário, os instrumentos de gestão suportados por indicadores de desempenho
  • 2. funcionam como mostradores para onde estamos indo ou se estamos nos afastando dos objetivos preconizados pela alta administração ou acionistas. IE – Além de tornar-se uma empresa vulnerável e pouco competitiva, quais os principais problemas ocasionados pela falta de um bom planejamento? João Carlos Domanski – A dificuldade de antever o futuro próximo ou de perceber desvios ou dificuldades a tempo de exercer alterações ou tomadas de decisão estratégicas pode deixar uma empresa à mercê do mercado. A ausência de indicadores de desempenho, controle efetivo sobre o atingimento de metas, inclusive de custos e produtividade, permite que os concorrentes se adiantem em inovações e se tornem mais competitivas, aumentando sua fatia de mercado. IE – Qual o papel dos gestores na elaboração do planejamento? João Carlos Domanski – Cabe aos gestores a participação efetiva no levantamento dos dados e informações permitindo assim consolidar um processo mais realista possível em função das demandas e objetivos do negócio. Cabe aos gestores, a partir da implantação dos instrumentos de planejamento, fazer uso continuado deles para tomar decisões disseminando aos demais colaboradores os princípios que regem o planejamento corporativo. IE – E dos colaboradores? João Carlos Domanski – Através de treinamento e incentivo dos gestores, cabe aos colaboradores absorver a cultura do planejamento corporativo, identificando cada um, através de suas atribuições e responsabilidades, qual o seu papel na geração de valores, busca e atingimento de resultados. IE – Como obter o compromisso dos colaboradores e assim viabilizar o planejamento? João Carlos Domanski – Fazê-los participantes ativos do processo, de maneira participativa e atuante, de forma a integrá-los na busca comum e incansável do atingimento dos objetivos da organização. A coesão das equipes, a visão de futuro e das implicações das decisões e ações reflete o nível de comprometimento dos colaboradores e da maturidade da empresa. IE – O planejamento antes era visto como um exercício numérico e foi implantado inicialmente no departamento financeiro. O planejamento corporativo, no entanto, deve abranger todas as áreas funcionais da organização. Infelizmente esta não é uma tarefa fácil, principalmente quando departamentos diferentes, possuem pressuposições diferentes, lógicas de negócio diferentes e ferramentas diferentes. Nesses casos, a falta de integração faz com que as áreas da empresa não consigam colaborar e compartilhar informações de maneira significativa. O que isso implica no planejamento? João Carlos Domanski – A empresa é uma organização onde as funções e departamentos são todos interdependentes. Assim, cabe à gestão superior, principalmente ao responsável pelo planejamento corporativo, disseminar os princípios da boa gestão através de instrumentos de apoio operando sistematicamente. Todos devem agir pensando no todo e nos objetivos comuns a todos. Somente assim a empresa vai atingir seus objetivos de forma abrangente, aumentando o grau de assertividade. IE – Antes que alguma coisa do planejamento dê errada, os gestores devem estar atentos à possibilidade de realinharem o plano em tempo real. Na prática, há como prever possíveis erros ou problemas antecipadamente a tempo de adaptar o planejamento? João Carlos Domanski – Sim, pois o planejamento corporativo, quando implementado de forma abrangente e bem disseminado, permite que através dos instrumentos de controle e acompanhamento permita antever os desvios dos objetivos e metas a tempo de corrigi-los. Uma empresa incorporada da cultura de planejamento dispõe dos indicadores necessários para que, de forma flexível, se possa corrigir eventuais falhas de previsão ou exagero no dimensionamento dos desafios. Afinal, o mercado, o ambiente e as empresas são dinâmicas por natureza. IE – Como fazer um planejamento baseado em expectativas realistas e não em números que a gestão ou os investidores “ querem” ver? Esse é um erro comum? João Carlos Domanski – Infelizmente alguns gestores ainda se deixam levar pelo otimismo exagerado ou pela pressão excessiva dos acionistas em acelerar o retorno sobre os investimentos. Nestes casos, as metas logo são percebidas pelos demais gestores e suas equipes de colaboradores como impraticáveis ou fora da realidade. Esta
  • 3. postura aumenta o estresse e cobrança por resultados e afasta os integrantes da corporação do comprometimento almejado. Destaques 1. Em Planejamento temos uma regra básica nem sempre compreendida ou respeitada. É preferível exagerar na previsão das despesas e ser contido ao estimar as receitas. Se houver desvios, aumentamos os resultados positivos e não as dificuldades. 2. Absorver a Cultura de Planejamento significa aprender a pensar a empresa olhando para o futuro, entendendo as implicações de cada decisão ou ação, seja pelos gestores ou colaboradores. João Carlos Domanski é graduado em Administração pela UNIFAE, Especializado em Análise de Sistemas pela SPEI-PR, pós-graduado em Gestão Competitiva de Empresas pela PUC-PR, em Curitiba. Atuou alguns anos como técnico e gestor em empresas de médio e grande porte, entre elas Todeschini Alimentos, Grupo Nutrimental, Grupo INEPAR, TELEPAR e EDITEL. Desde 1989 é fundador e dirigente da SYNERGIA CONSULTING atuando como Consultor de Gestão, Qualidade e Produtividade. Contatos: e-mail synergia.consulting@hotmail.com Créditos: Caroline Veiga – Comunicação Social Cimento Itambé