ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Historia da igreja aula 1
1. HISTÓRIA DA IGREJAHISTÓRIA DA IGREJA
ENSINAI – Aula 1ENSINAI – Aula 1
Pb. Lisandro CronjePb. Lisandro Cronje
Tenda da FazendinhaTenda da Fazendinha
2. HISTÓRIA DA IGREJA
INTRODUÇÃO: OS PRIMEIROS SÉCULOS DO CRISTIANISMO
O período da história que chamamos “Antiga”, que vai do
5 a.C a 590 d.C., começa com a Igreja Apostólica, passa
pelo período da Antiga Igreja Imperial, indo até o início do
sistema católico romano.
Neste período a igreja concentrou suas atividades na área
do Mediterrâneo, que incluía regiões da Ásia, África e
Europa, atuando, portanto, dentro do ambiente cultural
da civilização greco-romana, sob o domínio político do
Império Romano.
A nova instituição não teve uma trajetória tranquila nos
seus primeiros séculos. Desde cedo enfrentou
perseguições, primeiro pelos Judeus e depois pelos
imperadores romanos.
3. HISTÓRIA DA IGREJA
INTRODUÇÃO
Também sofreu ataque de dentro, tendo que combater
heresias e controvérsias doutrinárias.
No século IV o Império Romano adota o cristianismo como
sua religião oficial, cessando a perseguição e fortalecendo-
se politicamente. Entretanto, este fortalecimento e
estreitamento com o poder secular, introduziu a igreja
cristã nas trevas do materialismo e da decadência
espiritual.
A decadência da igreja foi tanta e de tal forma que passou
a ser uma religião meramente nominal, a ponto de seus
próprios membros tentarem provocar uma mudança,
muitas vezes frustrada e sufocada, mas finalmente
alcançada por Martinho Lutero (Mt 16.18)
4. HISTÓRIA DA IGREJA
1. A PLENITUDE DOS TEMPOS
Deus não haje por acaso. Todos as suas ações tem um objetivo,
contribuindo para que ocorra no momento certo da história da
humanidade.
O nascimento, a vida, o ministério, a morte e a ressurreição de
Cristo, e muito mais, tudo isso faz parte de seu plano para
recebermos a adoção de filhos. Gl 4.4,5.
A “plenitude dos tempos” foi o momento em que Deus julgou
ideal para o desenvolvimento do cristianismo. No apogeu
político, cultural e religioso do mundo civilizado, Deus
estabeleceu seu reino na terra com a contribuição de 3 povos:
Os Romanos, os Judeus e os Gregos.
5. HISTÓRIA DA IGREJA
1.1. Os Romanos
- No início do cristianismo, os romanos já dominavam o mundo
civilizado, como o 4º grande império mundial; seu território
compreendia a área que se estendia do Egito e costa norte da
África até a Europa, ao sul dos rios Reno e Danúbio, além de
parte da Inglaterra e grande porção do território asiático.
- Impondo seu poderio bélico, Roma conquistou e unificou vários
povos e raças diferentes.
- Com técnicas avançadas de engenharia, construíram 85 mil Km
de estradas, estabeleceram rotas de comércio, tornando as
viagens mais seguras, comunicação, etc,
- A Pax romana, uma paz mantida pela força, tornou a guerra
entre as nações impossíveis, sendo estas nações províncias do
império, desfrutando de certa liberdade para questões internas,
com governantes locais, a religião de cada povo era respeitada,
6. HISTÓRIA DA IGREJA
1.1. Os Romanos
- e a língua e os costumes preservados.
- este ambiente foi bastante propício para a propagação do
cristianismo no primeiro século.
1.2. Judeus
- Neste período de unificação dos povos sob este grande império, a
cultura judaica foi marcada por um profundo sentimento
religioso.
- Williston Walker: ”a grande maioria dos que sentiam
necessidades de ordem religiosa simplesmente adotavam as
religiões orientais, notadamente aquelas em que predominavam
a preocupação com a redenção. Em que o misticismo e o
sacramentalismo eram traço marcante. Isso era grandemente
favorecido pelo vasto afluxo de escravos orientais para a área
ocidental do mundo romano.”
7. HISTÓRIA DA IGREJA
1.2. Judeus
- cont... “a disseminação dessas crenças independentes do
cristianismo, e até certo porto, rivais, durante os três primeiros
séculos da nossa era, contribuiu para o aprofundamento do
sentimento religioso em todo o império, e nesse sentido,
facilitou o triunfo do cristianismo”.
- Os Judeus desempenharam um papel fundamental, pois eram
mordomos da verdadeira religião, que cria no Deus verdadeiro,
ao contrário dos outros povos pagãos que os rodeavam.
- Somente os Judeus aguardavam um salvador divino. Além dessa
bendita esperança, tinham ainda as escrituras hebraicas,
inspiradas por Deus, que serviram de base para todo o sitema
religioso cristão.
- Não havia religião mais pura que o judaismo.
8. HISTÓRIA DA IGREJA
1.3. Gregos
- Nenhum outro povo influenciou a cultura, as artes e o
conhecimento do mundo, tanto quanto este povo. Eram de
longe os mais desenvolvido intelectualmente já desde vários
séculos antes do nascimento de Cristo.
- Na época de Cristo, esse povo também estava sob o jugo romano.
Mesmo assim, sua influência era marcante, e até nos dias de
hoje a cultura romana é chamada de “greco-romana.”
- Os Gregos literalmente ensinaram o mundo a pensar, tanto na
filosofia como na teologia, e essa maneira grega de raciocínio
era a que predominava nos primeiros séculos do cristianismo.
- Robert Hastings Nichols...(livro)
- Seu idioma, o grego coiné (comum), foi rapidamente assimilado e
tornou-se idioma comercial e diplomático da época.
9. HISTÓRIA DA IGREJA
2. A IGREJA APOSTÓLICA (0-100)
- Fundada no pentecostes, logo se desenvolveu e estabeleceu um
estilo de vida diferente do que era conhecido. Um novo conjunto
de crenças, de culto de governo, sendo composta não só de
Judeus, mas também de gentios, elas se espalharam por todo o
mundo.
2.1. Nascimento da igreja
- no Pentecostes (50 dias após após a ressurreição de Cristo) – 120
seguidores (Lc 24.49/At 2.1-4) – Igreja (morada permanente do
E.S.) - Neste mesmo dia quase 3.000 almas se converteram (At
2.5-41).
2.2. Estilo de vida
- Composta de pobres, escravos, embora houvessem alguns ricos,
formavam pequenos grupos, rodeados de uma comunidade
pagã.
10. HISTÓRIA DA IGREJA
2. A IGREJA APOSTÓLICA (0-100)
2.2. Estilo de vida
- No início era composta somente de Judeus, de helenistas, e
prosélitos do judaísmo. Posteriormente, as portas da igreja se
abriram aos gentios (At 10; 15.1-20)
- distinguiam-se das outras religiões ao se tratarem como irmãos e
agirem como tal, manifestando o amor de Cristo a todos.
- repartiam seis bens, compartilhavam com os necessitados e
doentes, sem discriminação.
- nela as mulheres alcançaram posição de honra, como em
nenhuma outra religião.
- os cristãos distinguiam-se pelo amor, fervor e pureza moral,
jamais visto em qualquer parte. Sua alegria, confiança e
comunhão eram admiráveis, pois o próprio Cristo vivia no meio
deles. Um povo perdoado, redimido e destinado a imortalidade.
11. HISTÓRIA DA IGREJA
2.3. Crenças
- Ainda com suas raízes no judaísmo, os convertidos a nova
religião tinham que crer firmemente que Jesus de Nazaré, que
fora crucificado, era o Cristo, o Messias esperado (At 2.36).
- A Ressurreição de Cristo..
- Um Deus único manifestado na trindade...
- Nenhum credo foi elaborado no início, mas se apoiavam no
testemunho daqueles que viram, falaram, ouviram e tocaram
no autor na vida.
- de acordo com a necessidade foram surgindo explicações
doutrinárias, principalmente por meio das cartas, lidas diante
de todos, repletas de uma autoria inquestionável dos
apóstolos.
12. HISTÓRIA DA IGREJA
2.4. Culto
- No cenáculo, no monte Sião e no templo - no pórtico de
Salomão (At 5.12).
- Com o ingresso dos gentios, e com o gradativo rompimento com
o judaísmo, impedidos de entrar nas sinagogas, passaram a se
reunir nas casas.
- Haviam dois tipos de culto: Oração e Ceia do amor.
2.5. Governo
- No início a liderança era apostólica, onde Pedro tinha a
supremacia (At 2.14; 5.3,15) - (12 Primeiros capítulos).
- Todas as decisões eram tomadas em conjunto (At 6.1-4).
- Mais tarde, Tiago, meio-irmão do Senhor aparece como, líder da
igreja em Jerusalém . Paulo também exerceu forte influência
(At 13-28).
13. HISTÓRIA DA IGREJA
2.6. Expansão
- A Igreja começou a se expandir muito rapidamente. Após o
pentecostes, começa uma expansão entre os estavam na cidade,
levando as boas novas as circunvizinhanças.
- Em Jerusalém a igreja rapidamente atingiu 5 mil convertidos (At
4.4).
- Somente após a morte de Estevão (At 6.8-8.1), devido a
perseguição liderada por Saulo, inicia-se o trabalho missionário,
pois os crentes fugiram para vários lugares, levando a semente
do evangelho (Damasco, Antioquia, Samaria, Gaza, Jope e
Cesareia). (primeiros 15 anos)
- Depois disso houve relativa paz, mas no ano 44, Herodes Agripa I
proveu outra perseguição, matando o apóstolo Tiago
decapitado (At 2.2). os outros apóstolos deixaram a cidade e
começaram um trabalho missionário por todo o mundo romano.
14. HISTÓRIA DA IGREJA
2.6. Expansão
- Neste período se destacaram Pedro e Paulo. A igreja
experimentou um crescimento assombroso em apenas 35-50
anos.
- As perseguições relatadas em Atos partiram dos Judeus e não dos
Romanos, sendo considerada por estes uma disputa interna do
judaísmo.
15. HISTÓRIA DA IGREJA
3. PERÍODO OBSCURO (68-100)
- Assim chamado por duas razões: a perseguição sobre a igreja e a
pouca informação que existe a respeito deses anos sombrios.
- Ao findar o livro de Atos, nenhum outro historiador ocupou o
lugar de Lucas. Foi um tempo de grandes mudanças para a
igreja.
- A Igreja dispersa – a carta aos romanos endereçada aos cristãos
da capital – a pouca atenção dada pelos romanos à nova religião,
então tudo começa a mudar. (Livro)
- O Incêndio de Roma em 19 de julho de 64 destruiu um bairro de
trabalhadores. O Imperador Nero acusa os cristãos.
- Pedro e Paulo foram martirizados – os jardins de Roma.
- Em 66, inicia-se nova revolta dos Judeus, findando com a queda
de Jerusalém em 70. a partir daí o cristianismo se desvencilha,
mas não definitivamente, do judaísmo.
16. HISTÓRIA DA IGREJA
3. PERÍODO OBSCURO (68-100)
- ano 90, Domiciano inicia nova perseguição aos cristãos. Milhares
foram mortos, principalmente em Roma e em toda Itália; nesta
época João vivia em Éfeso, sendo preso em Patmos, no mar
egeu, onde recebe a revelação de Jesus Cristo.
- Neste fim de século as doutrinas ensinadas por Paulo são aceitas
por todas as igreja como regra de fé, sendo o batismo por
imersão o ato de ingresso na comunidade dos fiéis, contudo já
em 120. d.C., já haviam relatos de batismos por aspersão.
- o Cânon ainda não estava completamente consolidado, mas a
igreja se mostrava forte, ativa, próspera e missionária.
17.
18. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
- Aproximadamente 10% da população do Império Romano já era
cristã, mas principalmente na Síria, Macedônia, Grécia, Sul da
Gália, Espanha, Roma(Itália) e Ásia Menor.
- Ascensão dos Pais da Igreja (pais apostólicos) – Instituição do
episcopado – período de grande perseguição – presença dos
apologistas (defensores da fé e do cristianismo) –
desenvolvimento das doutrinas – surgimentos de heresias –
Neste período surge o conceito de uma igreja
“católica”=universal.
- Ataques externos – Império Romano + ataques internos – Hereges
e heresias.
Em 313 finda a perseguição com o Édito de Milão que aproxima a
igreja do império.
19. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
4.1. Os pais apostólicos
- Após a morte do apóstolo João, surge uma nova geração de
líderes que receberam a denominação de pais apostólicos (ou
pais antenicenos), pois acredita-se terem recebido orientações
diretamente dos apóstolos.
- Entre eles citamos Barnabé (provavelmente de Alexandria),
Clemente de Roma, Hermes de Roma, Inácio de Antioquia, e
Policarpo de Esmirna. Eles deram continuidade à produção
literária cristã, interpretando a doutrina dos apóstolos e
instruindo a igreja da época.
- Escritos principais: Didaquê ou Ensino dos Doze Apóstolos;
Epístola a Diogneto; Epístola de Barnabé (90-120); Epístolas de
Inácio (110); Epístola de Policarpo (110); O Pastor, de Hermas
(150); Segunda Clemente (160).
20. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
4.2. A Instituição do episcopado monárquico
- As Epístolas de Inácio, mostram o surgimento do “bispo
monárquico”, aquele que é a autoridade eclesiástica principal em
uma igreja ou grupo de igrejas; a jurisdição, em geral era restrita
ao limite das cidades.
- O Cargo de bispo passa a distinguir-se do presbítero.
- Cada igreja tinha um bispo, presbíteros e diáconos.
4.3. As perseguições
- O grande destaque dos sec. II e III, foram as perseguições ao
cristianismo. Seu principal motivo era a recusa dos cristãos a
idolatria, tanto das imagens quanto do imperador.
- Após a queda de jerusalém, a nova religião desvinculada do
judaísmo, sem pátria, passou a ser secreta, nas cavernas,
catacumbas, etc. passou a ser proibida e fora- da-lei.
21. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
4.3.1. Os imperadores
- Sec. I: Nero (66); Domiciano (90-95); Vespasiano (não perseguiu)
- Após Domiciano seguiram os “cinco imperadores bons”: Nerva,
Trajano, Adriano, Antônio Pio e Marco Aurélio (até 180).
- Ao fim de seu reinado Marco Aurélio intensificou a perseguição
aos Cristãos, mas seu sucessor, Cômodo (180-192), fez tudo
voltar a calma.
- Sétimo Severo - Cruel com os Cristãos
- Tertuliano
- Houve perseguição generalizada até 250, com as comemorações
de 1000 anos de sua fundação. Décio (249-251) inaugurou a era
da perseguição universal ao cristianismo. Também Galo (251-
253) manteve a mesma política de perseguições e depois
Valeriano (253-260); Galiano (260-268)-indiferente...
22. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
4.3.1. Os imperadores
- Aureliano (270-275) – perseguidor.
- Diocleciano e seus sucessores (303-310) – levantou a mais cruel de
todas as perseguições; queimou bíblias, lideres da igreja foram
sacrificados aos ídolos, tempos incendiados com os cristãos
ainda dentro, prisões torturas e assassinatos. A perseguição
separava o joio do trigo.
- Neste período foi que a igreja experimentou um crescimento
assombroso.
4.3.2. Os mártires
- Inácio, Policarpo e Justino (Livro).
23. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
4.4. Os apologistas
- Um uma época em que o cristianismo enfrentava toda espécie de
acusações e era vítima da hostilidade do governo romano,
surgiram os apologistas, dedicados à defesa da fé cristã. Dentre
eles:
4.4.1. Justino Mártir – A Apologia (150) destinada ao imperador
Antônio Pio, para defender o cristianismo da perseguição
promovida pelo governo e rebater as críticas dos pagãos.
Escreveu também Diálogo com Trifo (ou Trifão), combatendo
objeções dos Judeus.
4.4.2. Tertuliano – (160-220) – era advogado e brilhante orador.
Nutria profundo zelo por Cristo e elevado senso de moralidade.
4.4.3. Ireneu – Bispo e teólogo (140-200) importante apologista.
Sua obra mais importante, em cinco volumes, tinha o propósito
de combater o gnosticismo.
24. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
4.5. O desenvolvimento da doutrina
- A Fé passou gradativamente a ser mental, surgindo um sistema
rigoroso e inflexível de doutrinas. Surgem as três escolas
teológicas.
1ª) Alexandria - Orígenes
2ª) Ásia Menor - Ireneu
3ª) Cartago – Tertuliano e Cipriano
- Neste período surge a referência à igreja universal – católica
Livro (texto em destaque)
25. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
4.6. As heresias
- No período das perseguições a igreja sofreu também ataque das
heresias.
- Principais grupos heréticos: Gnósticos, Ebionitas, Maniqueus e os
Montanistas.
4.6.1. Os gnósticos -seita que se firmava no conhecimento (gnosis).
Acreditavam que do Deus supremo emanavam todas as outras
divindades inferiores, algumas benéficas e outras maléficas.
Para eles a matéria era mau e inferior.
4.6.2. Os ebionitas – eram judeus cristãos obstinados pelo
cumprimento da lei e dos costumes judaicos. Rejeitavam as
cartas paulinas, por estas reconhecerem os gentios convertidos
como cristãos.
26. HISTÓRIA DA IGREJA
4. A IGREJA SOB ATAQUE (100-313)
4.6. As heresias
4.6.3. Os maniqueus – fundada por Mani (sec. III), que acreditava
ser o último profeta enviado por Deus, para aperfeiçoar as
religiões persa, cristã e budista.
4.6.4. Os montanistas – um polígamo do sec. II, era puritano e
exigia a volta à simplicidade dos cristãos primitivos. Criam no
sacerdócio de todos os crentes, e nos cargos do ministério. Foi
acusado de diminuir a autoridade das escrituras.