SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 37
A AUTONOMIA
DE
PROFESSORES
CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São
Paulo: Cortez, 2002. 296 p
 Sobre o autor:
 José Contreras Domingo formou-se em Ciências da
Educação na Universidade Complutense de Madri e tornou-
se Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de
Málaga, onde foi professor de 1983 a 1992. Desde 1992,
atua na Universidade de Barcelona, no Departamento de
Didática e Organização Educacional.
 Na apresentação à edição brasileira da obra A
autonomia de professores, Selma Garrido Pimenta
traça um rápido panorama do contexto social
neoliberal no país e faz uma breve análise da
trajetória profissional dos docentes, responsáveis por
conduzir o processo ensino-aprendizagem na nova
sociedade da informação e do conhecimento.
Ressalta, assim, a importância e pertinência do tema
para a reflexão dos educadores brasileiros
 Na obra em questão, Contreras discute a autonomia dos
professores, conforme os múltiplos sentidos que o termo
assume em diversos contextos, as concepções educativas aí
defendidas e o papel desempenhado pelos professores em
cada circunstância.
 Aprofunda o significado de autonomia, quanto ao seu papel
em relação à educação e em relação à sociedade e
anuncia, já na introdução, que acredita na parceria
professores/sociedade unindo esforços em busca da
conquista de sua autonomia conjunta.
 A obra está dividida em três partes.
 Em um primeiro momento, o autor aborda o
profissionalismo no ensino e analisa o debate
sobre a proletarização do professor, as
diferentes maneiras de compreender o que
significa ser profissional e as ambigüidades e
contradições escondidas na construção da
profissionalidade.
 Na segunda parte, Contreras apresenta os três
modelos tradicionais dessa profissionalidade:
 – o professor como técnico,
 - o ensino como uma profissão de caráter reflexivo,
 -o papel do professor como intelectual crítico – com o
objetivo de analisar as várias faces da autonomia em
cada uma delas.
 Na última parte, o autor explicita o significado de
autonomia em sentido amplo, alertando sobre a
importância de se equilibrarem necessidades e condições
de trabalho docente.
 Nesse sentido, Contreras ressalta ser fundamental
considerarem-se não só as condições pessoais do professor,
como também as condições estruturais e políticas em que a
escola e a sociedade interagem, e como esses fatores
influenciam a construção da autonomia profissional
docente.
 Ainda, retoma as reformas educacionais ocorridas na
Espanha e aponta o papel relevante que a autonomia
assume, nesse contexto.
 Analisando tais reformas, o autor denuncia não só as
motivações políticas que as desencadearam, como
também a ideologia que subjaz nas mudanças.
 Na obra, Contreras enfatiza que há um movimento em
sentido contrário às forças hegemônicas, em que os
professores lutam para conquistar sua autonomia, em nome
do componente ético de seu trabalho, de sua
responsabilidade e de seu compromisso social.
 Finalmente, o autor afirma que será alcançada, de fato, a
autonomia profissional à medida que se consolidar a
autonomia social.
 A ausência de uma prática pedagógica mais democratizada o
que, na sua extensão, pode ser entendida como uma prática
democratizadora, impede a estruturação de uma prática
autônoma, tanto no que se refere à ação do professor, quanto
no que diz respeito à ação do aluno.
 O que talvez fosse importante destacar é que isso acaba se
tornando uma "via de mão dupla" pois, da mesma forma que a
inexperiência democrática não possibilita a formação da
autonomia, o indivíduo que não desenvolve sua autonomia
também não fortalece mecanismos individuais e sociais que
possibilitem, a ele e ao outro, uma prática democrática.
 Piaget , ao tratar a questão da autonomia, destaca
que ela não é possível sem a democracia pois, para
ele, as relações sociais baseadas na cooperação
(com intercâmbio de pontos de vista) são
imprescindíveis para a construção da autonomia.
 Aliado à vivência da cooperação e do respeito
mútuo, o exercício do autogoverno possibilita, para
esse autor, a construção de personalidades
autônomas, aptas a viver e fazer democracia.
 Se é lícito dizer que relações democráticas permitem o
exercício da autonomia pode-se dizer, também, que a
ausência da vivência democrática evidencia uma
carência na constituição da autonomia.
 Por essa razão, a autonomia não é uma capacidade
individual que depende apenas de mecanismos intrínsecos
à pessoa, ela se constrói no processo, nas situações sociais
a partir das quais as pessoas se conduzem (CONTRERAS)
 Quando transpõe-se essa discussão, tratando, mais
especificamente, da constituição da autonomia do
professor entende-se, da mesma forma, que ela não pode
ser concebida como o resultado de um movimento que
ocorre exclusivamente na esfera individual, pressupondo,
pois, passar por processos formativos que possibilitem a
constituição de uma autonomia pessoal e profissional.
 Nesse sentido, a autonomia do profissional da educação, se
constitui no entrelaçamento de dois processos: o da
autonomia profissional e o da autonomia social. Assim,
abrange uma dimensão cujo compromisso vai além da
esfera pessoal e se firma, acima de tudo, no campo
profissional.
 Nessa perspectiva, a autonomia é vista como um processo
de emancipação, o que quer dizer que ela é percebida
como um processo coletivo que visa a transformação das
condições institucionais e sociais do ensino (CONTRERAS).
Em outras palavras, a autonomia do professor é um processo
que busca uma ação consciente e transformadora, tanto
no que diz respeito às condições de trabalho, quanto no
que diz respeito à efetivação do processo de ensino e
aprendizagem, pois
 ...só compreendendo as circunstâncias (...) e as
conseqüências dos processos que se colocam em
andamento pode o professor construir e reconstruir sua
atuação autônoma, aquela que reflete sua compreensão
da situação e suas possibilidades de defender nela suas
convicções profissionais.
 Nesse movimento, o professor aprende sobre seu trabalho e
suas possibilidades pedagógicas, passando por um processo
de reconstrução da própria identidade profissional.
 Assim, o professor constrói sua autonomia a partir das
dinâmicas presentes na ação educativa e, se pensada
numa dimensão mais ampla, pode-se dizer que o professor
constrói sua autonomia no pleno exercício profissional.
 Isso demonstra uma postura consciente e crítica frente ao
próprio trabalho. Essa postura, no exercício da docência,
pode possibilitar ao aluno o exercício crítico e a vivência de
processos que lhe permitam, também, a constituição da
autonomia.
 Nessa perspectiva a autonomia não pode ser
compreendida como uma capacidade que alguns têm,
independente dos processos formativos pelos quais
passaram; ela é aprendida.
 Assim, se constitui, necessariamente, nas situações de
aprendizagem, nos contextos sociais. Nesse sentido, ao se
considerar a autonomia como um estágio do
desenvolvimento da moralidade, cujas regras são
interiorizadas através de uma moral heterônoma e que a
experiência da reciprocidade e do respeito mútuo fortalece
o indivíduo para a formação de um juízo moral até "torná-lo"
autônomo, não se pode restringir a formação da
autonomia a mecanismos exclusivamente psicológicos e
individuais.
 Como era de se esperar, para analisar a temática da
autonomia, Contreras não está só nesta empreitada
teórica.
 Busca a contribuição de vários teóricos da
educação, entre os quais citam-se: Smyth, Gimeno,
Hargreaves, Gadamer, Schön, Bernstein, Apple,
Fernández Enguita, Stenhouse, Popkewitz.
 Um grande desafio proposto na obra “A autonomia de
professores” refere-se aos modelos de participação pública
na definição do currículo da escola.
 Especialmente, nas escolas públicas, os pais têm delegado
à equipe escolar a competência de se definir o melhor
currículo para seus filhos. Esse modelo requer um exercício
constante, por parte dos professores, debatendo e, assim,
contribuindo para a conscientização da família sobre esta
responsabilidade compartilhada e nunca solitária.
 Do ponto de vista conceitual, temos percebido que a
concepção de professores moldados sob a égide da
racionalidade técnica, característica dos anos 70 e que
resultou em um controle cada vez mais burocrático do
trabalho docente, tem sido superada pela discussão em
torno dos professores como profissionais reflexivos, que
investem na valorização e no desenvolvimento de seus
saberes, sendo capazes de produzir conhecimento e de
participar das decisões e da gestão da escola e dos sistemas,
o que traz perspectivas para a reinvenção da escola
democrática.
 Tem havido grande preocupação com as concepções existentes em
relação ao profissional de educação e à sua autonomia.
 Para Contreras , pauta sua análise sobre o tema das 3 categorias já
citadas: a do docente como especialista técnico, como profissional
reflexivo e como intelectual crítico.
 Cada uma pressupõe formas de entender o trabalho de ensinar e,
segundo o autor, se mostram contraditórias.
 Em uma primeira instância, o modelo dominante da racionalidade
técnica considera que a prática profissional consiste na solução
instrumental de problemas mediante a aplicação de um
conhecimento teórico e técnico, previamente disponível, que precede
da pesquisa científica. Entende-se que a prática profissional suporia a
aplicação inteligente do conhecimento científico e técnico aos
problemas enfrentados por um profissional para conseguir os resultados
desejados.
 Na perspectiva de Contreras, a relação que se estabelece
entre a prática e o conhecimento é hierárquica e
interdependente, posto que as habilidades práticas são
necessárias para a realização de técnicas, que derivam da
ciência aplicada, que se fundamenta na ciência básica.
 A atuação necessita da elaboração prévia de
conhecimentos que se produzem em outro contexto
institucional. Essa separação entre a elaboração do
conhecimento e a sua aplicação é igualmente hierárquica
no seu sentido simbólico e social, já que representa distinto
reconhecimento acadêmico e social entre as pessoas que
produzem o conhecimento e as que o aplicam.
 Os professores lidam com problemas complexos, que não
possuem apenas uma explicação.
 Na esfera educacional, os docentes devem entender as
situações no contexto específico em que se apresentam e em
suas singularidades, permitindo que a interpretação de cada
uma delas e as possíveis respostas sejam alteradas conforme a
necessidade.
 Uma definição rígida de conhecimento profissional pode,
inclusive, causar uma visão limitada das situações que enfrenta
e dos procedimentos que deve adotar.
 Segundo Contreras, os professores que entendem seu
trabalho como exercício técnico tendem a resistir às
análises que ultrapassam a maneira como o
compreendem, o que, de certa forma, evidencia o
conflito social entre os fins do ensino e as
conseqüências sociais da dinâmica da sala de aula.
 No que se refere à autonomia, ao poder de deliberação e
ao juízo, cabe explicitar que os profissionais têm sua
capacidade minimizada, na medida em que sua ação fica
reduzida a um conjunto de regras e habilidades que devem
ser seguidas.
 Não faz parte de seu exercício profissional o questionamento
permanente das pretensões do ensino, sendo que a sua
profissionalidade é identificada na aplicação, com eficácia
e eficiência, de métodos e atingimento de objetivos.
Objetivos de ensino que não são sequer um elemento de
análise, reflexão e escolha profissional, uma vez que são
preestabelecidos pelas políticas educativas ou no
pensamento dominante da comunidade
 No campo profissional, conforme a prática fica estável e
repetitiva, o conhecimento se torna mais tácito e
espontâneo. Diante de situações diferentes, contudo, se
mostra insuficiente, e o profissional necessita refletir.
 Segundo Contreras, para Schön, o processo de reflexão na
ação transforma o profissional em um pesquisador da
prática. Nessas situações, ele não depende de teorias e
técnicas preestabelecidas, mas constrói uma nova maneira
de observar o problema de forma a atender suas
peculiaridades e decidir quais soluções escolher.
 Um outro aspecto de diferenciação entre o especialista
técnico e o profissional reflexivo é que o primeiro excluía
do racional a discussão dos fins, uma vez que os tratava
como estados finais, enquanto que o segundo passa a
discerni-los em sua
 tradução no dia-a-dia.
 A prática reflexiva está guiada por valores profissionais que
cobram autêntico significado não como objetivos finais,
mas como critérios normativos que estão presentes no
próprio desempenho profissional.
 Independente das restrições e ordens às quais estejam
submetidos, nenhum professor poderá evitar agir de acordo
com a sua própria concepção do que é o bem na
 educação.
 As ordens atuarão como pressões que se tem em conta na
consideração das circunstâncias, porém não se pode
esperar que os professores se transformem em meros
aplicadores de decisões que eles mesmos não tomariam.
 O desenvolvimento de valores educacionais não pode se
realizar a partir das instituições ou sabedorias que surgem
fora da própria prática dos docentes.
 Tomando como referência as idéias de Henry Giroux, que a
partir da década de 80 discute o papel dos educadores
como intelectuais, Contreras analisa a terceira concepção
sobre o professor: a que o vê como intelectual crítico. Em
oposição às concepções puramente técnicas ou
instrumentais, o autor defende o trabalho do docente como
tarefa intelectual.
 Os professores teriam como função uma prática intelectual
crítica relacionada aos problemas e experiências da vida
diária, em que devem não só ter uma compreensão das
circunstâncias em que ocorre o ensino, mas também
desenvolver com seus alunos a crítica e a transformação das
práticas sociais que se constituem ao redor da escola.
 Contreras considera que o reconhecimento das diferenças
não pode significar indiferença perante elas; não podemos
renunciar as aspirações que projetam nossas vidas para a
igualdade.
 Não se pode deixar de observar os valores que são a
expressão da exclusão e marginalização ainda existentes;
há ainda espaço para reivindicar a igualdade e a justiça, a
liberdade e a solidariedade, sabendo-os abertos e
problematizados, como representação de buscas.
 Outro exercício imprescindível, proposto pelo autor, é que o
professor instigue a discussão, nas reuniões pedagógicas e
nos conselhos de escola, sobre o novo sentido político que
orientará as suas ações, na sala de aula. Nesse percurso, o
docente começará a refletir sobre o sentido de suas
práticas e sobre a necessidade de se construir criticamente
um novo trabalho intelectual a serviço da transformação
social.
 Este é o ponto de partida para a emancipação pessoal e
coletiva da sociedade.
 À medida que o autor vai desenvolvendo suas idéias,
didaticamente retoma capítulos anteriores.
 Por exemplo, ao encerrar o capítulo II, faz um breve resumo
deste e do conteúdo abordado no capítulo I.
 Depois, ao explicitar as competências profissionais e debate
social, dialoga com o leitor, apontando o resumo do
percurso já trilhado, na obra, sobre a autonomia de
professores. Esse é um recurso interessante para manter vivo
o raciocínio sobre o encadeamento do tema.
 Na escola tradicional, a atividade intelectual e moral do
professor e do aluno tende a permanecer heterônoma
porque são pautadas em relações que separam os que
pensam dos que executam, situação que não favorece
condições de constituição da autonomia.
 Uma escola que se proponha emancipadora tem de
propiciar condições que permitam, ao professor e ao aluno,
o exercício da tomada de decisões, possibilitando, assim,
relações e práticas autônomas.
 Nesse sentido, autonomia deve ser entendida como
a capacidade do homem (aqui tomada tanto na sua
dimensão individual quanto na sua dimensão social)
de agir conscientemente por si e para si, procurando
garantir suas necessidades e as dos outros,
comprometido com seu bem-estar e com o bem-
estar coletivo, numa relação de cooperação e
reciprocidade, para além das relações de
subordinação e submissão.
 Na perspectiva de Contreras, conceber o trabalho dos
professores como trabalho intelectual quer dizer, pois,
desenvolver um conhecimento sobre o ensino que
reconheça e questione sua natureza socialmente construída
e o modo em que se relaciona com a ordem social, assim
como analisar as possibilidades transformadoras implícitas no
contexto social das aulas e do ensino.
 Ainda para o autor, a tomada de consciência dos valores e
significados ideológicos implícitos nas atuações docentes e
nas instituições poderia orientar uma ação transformadora
capaz de atenuar a injustiça na instituição escolar. O
processo de reflexão crítica permitiria aos professores
avançar num processo de transformação da prática
pedagógica mediante sua própria transformação como
intelectuais críticos.
 Para Contreras,a profissão docente foi afetada pelo
processo de proletarização. O trabalho dos professores vem
sofrendo um processo de desqualificação.
 Essa situação permite ocultar uma forma de controle do
conteúdo puramente ideológico para a instauração de um
processo de regulação, burocracia e tecnicidade.
 O autor sinaliza que há um aumento do processo de
regulação burocrática do ensino através de reformas
educativas, que cada vez mais resultam em acúmulo de
especificações sobre as tarefas docentes.
 Os professores se ocupam mais com o que se espera deles
do que com os problemas de autonomia e descentralização.
 Segundo o autor, há a possibilidade de resistência e de
resgate do significado e da direção do trabalho por parte
dos professores.
 A falta de controle sobre o próprio trabalho, que significa a
separação entre concepção e execução, traduz-se no
campo educativo numa desorientação ideológica e não na
perda da qualidade pessoal para uma categoria
profissional.
 Contreras afirma que o ideal no processo de
profissionalização do professor seria entender autonomia
como qualidade educativa, não profissional, o que significa
afirmar a necessidade de rever o conceito de autonomia à
margem da aderência do profissionalismo e no âmbito das
qualidades do trabalho dos professores, o que ele tem de
educativo e, assim, o que teria nele de profissão.
 A autonomia no contexto da prática educativa deve ser
entendida, assim, como um processo de construção
permanente, no qual devem ser conjugados, equilibrados e
fazer sentido muitos elementos.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Neoprodutivismo e suas variantes - Saviani
Neoprodutivismo e suas variantes - SavianiNeoprodutivismo e suas variantes - Saviani
Neoprodutivismo e suas variantes - Saviani
amiltonp
 
Tendnciaspedaggicas 130210234115-phpapp01 - c ópia (1)
Tendnciaspedaggicas 130210234115-phpapp01 - c ópia (1)Tendnciaspedaggicas 130210234115-phpapp01 - c ópia (1)
Tendnciaspedaggicas 130210234115-phpapp01 - c ópia (1)
Ilvanete Rosa Costa
 

Was ist angesagt? (20)

Educação e Sociedade
Educação e SociedadeEducação e Sociedade
Educação e Sociedade
 
Corrente racional tecnológica no contexto da cibercultura (Bira)
Corrente racional tecnológica no contexto da cibercultura (Bira)Corrente racional tecnológica no contexto da cibercultura (Bira)
Corrente racional tecnológica no contexto da cibercultura (Bira)
 
Orientação educacional slide 2
Orientação educacional   slide 2Orientação educacional   slide 2
Orientação educacional slide 2
 
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneoAs teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo
 
Teorias sociocríticas segundo Libâneo
Teorias sociocríticas segundo LibâneoTeorias sociocríticas segundo Libâneo
Teorias sociocríticas segundo Libâneo
 
Didática Ensino Superior
Didática Ensino SuperiorDidática Ensino Superior
Didática Ensino Superior
 
Metodologia e prática do ensino fundamental
Metodologia e prática do ensino fundamentalMetodologia e prática do ensino fundamental
Metodologia e prática do ensino fundamental
 
Sociologia da educação
Sociologia da educação Sociologia da educação
Sociologia da educação
 
Organização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoOrganização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógico
 
Neoprodutivismo e suas variantes - Saviani
Neoprodutivismo e suas variantes - SavianiNeoprodutivismo e suas variantes - Saviani
Neoprodutivismo e suas variantes - Saviani
 
Literatura infantil.narrativa
Literatura infantil.narrativaLiteratura infantil.narrativa
Literatura infantil.narrativa
 
Gestão Democrática "Novo Paradigma para Responder os Desafios da Escola Atual"
Gestão Democrática "Novo Paradigma para Responder os Desafios da Escola Atual" Gestão Democrática "Novo Paradigma para Responder os Desafios da Escola Atual"
Gestão Democrática "Novo Paradigma para Responder os Desafios da Escola Atual"
 
Tendnciaspedaggicas 130210234115-phpapp01 - c ópia (1)
Tendnciaspedaggicas 130210234115-phpapp01 - c ópia (1)Tendnciaspedaggicas 130210234115-phpapp01 - c ópia (1)
Tendnciaspedaggicas 130210234115-phpapp01 - c ópia (1)
 
Didática final
Didática finalDidática final
Didática final
 
Pedagogia da autonomia
Pedagogia da autonomiaPedagogia da autonomia
Pedagogia da autonomia
 
Formação de docentes
Formação de docentesFormação de docentes
Formação de docentes
 
Formação docente
Formação docenteFormação docente
Formação docente
 
Formação de Professores construída dentro da profissão . 5 pontos importantes...
Formação de Professores construída dentro da profissão . 5 pontos importantes...Formação de Professores construída dentro da profissão . 5 pontos importantes...
Formação de Professores construída dentro da profissão . 5 pontos importantes...
 
Ppt paulo freire
Ppt paulo freire Ppt paulo freire
Ppt paulo freire
 
Pratica docente es
Pratica docente esPratica docente es
Pratica docente es
 

Andere mochten auch (8)

Professora
ProfessoraProfessora
Professora
 
Primeira Professora
Primeira ProfessoraPrimeira Professora
Primeira Professora
 
profissão docente
profissão docenteprofissão docente
profissão docente
 
A profissao docente no contexto das profissões
A profissao docente no contexto das profissõesA profissao docente no contexto das profissões
A profissao docente no contexto das profissões
 
Antonio Novoa
Antonio NovoaAntonio Novoa
Antonio Novoa
 
Profissão Professor
Profissão ProfessorProfissão Professor
Profissão Professor
 
Semana Pedagógica. 13 dicas valiosas
Semana Pedagógica. 13 dicas valiosasSemana Pedagógica. 13 dicas valiosas
Semana Pedagógica. 13 dicas valiosas
 
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinar
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinarO que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinar
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinar
 

Ähnlich wie Autonomia dos Professores - José Contreas

Petroni e souza 2010
Petroni e souza 2010Petroni e souza 2010
Petroni e souza 2010
prosped
 
Petroni e souza, 2010
Petroni e souza, 2010Petroni e souza, 2010
Petroni e souza, 2010
prosped
 
A história e os caminhos da gestão escolar
A história e os caminhos da gestão escolarA história e os caminhos da gestão escolar
A história e os caminhos da gestão escolar
marliceci
 
Texto capaciação 1
Texto capaciação 1Texto capaciação 1
Texto capaciação 1
elannialins
 
Gestao da educação escolar
Gestao da educação escolarGestao da educação escolar
Gestao da educação escolar
eliasdemoch
 
Gestão da educação escolar unieubra
Gestão da educação escolar   unieubraGestão da educação escolar   unieubra
Gestão da educação escolar unieubra
unieubra
 

Ähnlich wie Autonomia dos Professores - José Contreas (20)

A autonomia dos professores
A autonomia dos professoresA autonomia dos professores
A autonomia dos professores
 
INGRESSO PROFISSIONAL: O APRENDIZADO DA DOCÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR
INGRESSO PROFISSIONAL: O APRENDIZADO DA DOCÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLARINGRESSO PROFISSIONAL: O APRENDIZADO DA DOCÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR
INGRESSO PROFISSIONAL: O APRENDIZADO DA DOCÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR
 
Petroni e souza 2010
Petroni e souza 2010Petroni e souza 2010
Petroni e souza 2010
 
Petroni e souza, 2010
Petroni e souza, 2010Petroni e souza, 2010
Petroni e souza, 2010
 
A eficacia-das-escolas-nao-se-mede
A eficacia-das-escolas-nao-se-medeA eficacia-das-escolas-nao-se-mede
A eficacia-das-escolas-nao-se-mede
 
Pacto EM
Pacto EMPacto EM
Pacto EM
 
G ped didp_3_1_05
G ped didp_3_1_05G ped didp_3_1_05
G ped didp_3_1_05
 
Pcn Quimica
Pcn QuimicaPcn Quimica
Pcn Quimica
 
05 luis fernando_sc_da_silva
05 luis fernando_sc_da_silva05 luis fernando_sc_da_silva
05 luis fernando_sc_da_silva
 
Bases epistemológicas da gestão
Bases epistemológicas da gestãoBases epistemológicas da gestão
Bases epistemológicas da gestão
 
A história e os caminhos da gestão escolar
A história e os caminhos da gestão escolarA história e os caminhos da gestão escolar
A história e os caminhos da gestão escolar
 
TEXTO 1.pdf
TEXTO 1.pdfTEXTO 1.pdf
TEXTO 1.pdf
 
Eixo2
Eixo2Eixo2
Eixo2
 
Texto capaciação 1
Texto capaciação 1Texto capaciação 1
Texto capaciação 1
 
Ser ou estar professor a construção da ética no contexto escolar
Ser ou estar professor a construção da ética no contexto escolarSer ou estar professor a construção da ética no contexto escolar
Ser ou estar professor a construção da ética no contexto escolar
 
G ped didp_3_1_05
G ped didp_3_1_05G ped didp_3_1_05
G ped didp_3_1_05
 
18 jul 2014_aspectos_da_gestao_democratica_nas_atividades_do_coordenador_peda...
18 jul 2014_aspectos_da_gestao_democratica_nas_atividades_do_coordenador_peda...18 jul 2014_aspectos_da_gestao_democratica_nas_atividades_do_coordenador_peda...
18 jul 2014_aspectos_da_gestao_democratica_nas_atividades_do_coordenador_peda...
 
Slide informatica educatia i tarefa 2
Slide informatica educatia i tarefa 2Slide informatica educatia i tarefa 2
Slide informatica educatia i tarefa 2
 
Gestao da educação escolar
Gestao da educação escolarGestao da educação escolar
Gestao da educação escolar
 
Gestão da educação escolar unieubra
Gestão da educação escolar   unieubraGestão da educação escolar   unieubra
Gestão da educação escolar unieubra
 

Mehr von Cristiano Pereira

Mehr von Cristiano Pereira (12)

Aprender a ler e a escrever - Ana Teberosky
Aprender a ler e a escrever  - Ana TeberoskyAprender a ler e a escrever  - Ana Teberosky
Aprender a ler e a escrever - Ana Teberosky
 
Didática
DidáticaDidática
Didática
 
Bullying - Não é Legal!
Bullying - Não é Legal!Bullying - Não é Legal!
Bullying - Não é Legal!
 
Resposta de Piaget a Vygotsky
Resposta de Piaget a VygotskyResposta de Piaget a Vygotsky
Resposta de Piaget a Vygotsky
 
The 4 Pillars of Education
The 4 Pillars of EducationThe 4 Pillars of Education
The 4 Pillars of Education
 
Educação, Tecnologia e Contemporaneidade
Educação, Tecnologia e ContemporaneidadeEducação, Tecnologia e Contemporaneidade
Educação, Tecnologia e Contemporaneidade
 
Quadro sinopse das Tendências Pedagógicas
Quadro sinopse das Tendências PedagógicasQuadro sinopse das Tendências Pedagógicas
Quadro sinopse das Tendências Pedagógicas
 
Concepções Pedagógicas na História da Educação Brasileira
Concepções Pedagógicas na História da Educação BrasileiraConcepções Pedagógicas na História da Educação Brasileira
Concepções Pedagógicas na História da Educação Brasileira
 
Políticas públicas de educação
Políticas públicas de educaçãoPolíticas públicas de educação
Políticas públicas de educação
 
21 Sugestões de Palavras para escrever em Relatórios Pedagógicos
21 Sugestões de Palavras para escrever em Relatórios Pedagógicos 21 Sugestões de Palavras para escrever em Relatórios Pedagógicos
21 Sugestões de Palavras para escrever em Relatórios Pedagógicos
 
Ficha de Avaliação - Educação Infantil
Ficha de Avaliação - Educação InfantilFicha de Avaliação - Educação Infantil
Ficha de Avaliação - Educação Infantil
 
Ficha de Avaliação - Educação Infantil
Ficha de Avaliação - Educação InfantilFicha de Avaliação - Educação Infantil
Ficha de Avaliação - Educação Infantil
 

Kürzlich hochgeladen

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
LeloIurk1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 

Autonomia dos Professores - José Contreas

  • 1. A AUTONOMIA DE PROFESSORES CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002. 296 p
  • 2.  Sobre o autor:  José Contreras Domingo formou-se em Ciências da Educação na Universidade Complutense de Madri e tornou- se Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Málaga, onde foi professor de 1983 a 1992. Desde 1992, atua na Universidade de Barcelona, no Departamento de Didática e Organização Educacional.
  • 3.  Na apresentação à edição brasileira da obra A autonomia de professores, Selma Garrido Pimenta traça um rápido panorama do contexto social neoliberal no país e faz uma breve análise da trajetória profissional dos docentes, responsáveis por conduzir o processo ensino-aprendizagem na nova sociedade da informação e do conhecimento. Ressalta, assim, a importância e pertinência do tema para a reflexão dos educadores brasileiros
  • 4.  Na obra em questão, Contreras discute a autonomia dos professores, conforme os múltiplos sentidos que o termo assume em diversos contextos, as concepções educativas aí defendidas e o papel desempenhado pelos professores em cada circunstância.  Aprofunda o significado de autonomia, quanto ao seu papel em relação à educação e em relação à sociedade e anuncia, já na introdução, que acredita na parceria professores/sociedade unindo esforços em busca da conquista de sua autonomia conjunta.
  • 5.  A obra está dividida em três partes.  Em um primeiro momento, o autor aborda o profissionalismo no ensino e analisa o debate sobre a proletarização do professor, as diferentes maneiras de compreender o que significa ser profissional e as ambigüidades e contradições escondidas na construção da profissionalidade.
  • 6.  Na segunda parte, Contreras apresenta os três modelos tradicionais dessa profissionalidade:  – o professor como técnico,  - o ensino como uma profissão de caráter reflexivo,  -o papel do professor como intelectual crítico – com o objetivo de analisar as várias faces da autonomia em cada uma delas.
  • 7.  Na última parte, o autor explicita o significado de autonomia em sentido amplo, alertando sobre a importância de se equilibrarem necessidades e condições de trabalho docente.  Nesse sentido, Contreras ressalta ser fundamental considerarem-se não só as condições pessoais do professor, como também as condições estruturais e políticas em que a escola e a sociedade interagem, e como esses fatores influenciam a construção da autonomia profissional docente.
  • 8.  Ainda, retoma as reformas educacionais ocorridas na Espanha e aponta o papel relevante que a autonomia assume, nesse contexto.  Analisando tais reformas, o autor denuncia não só as motivações políticas que as desencadearam, como também a ideologia que subjaz nas mudanças.
  • 9.  Na obra, Contreras enfatiza que há um movimento em sentido contrário às forças hegemônicas, em que os professores lutam para conquistar sua autonomia, em nome do componente ético de seu trabalho, de sua responsabilidade e de seu compromisso social.  Finalmente, o autor afirma que será alcançada, de fato, a autonomia profissional à medida que se consolidar a autonomia social.
  • 10.  A ausência de uma prática pedagógica mais democratizada o que, na sua extensão, pode ser entendida como uma prática democratizadora, impede a estruturação de uma prática autônoma, tanto no que se refere à ação do professor, quanto no que diz respeito à ação do aluno.  O que talvez fosse importante destacar é que isso acaba se tornando uma "via de mão dupla" pois, da mesma forma que a inexperiência democrática não possibilita a formação da autonomia, o indivíduo que não desenvolve sua autonomia também não fortalece mecanismos individuais e sociais que possibilitem, a ele e ao outro, uma prática democrática.
  • 11.  Piaget , ao tratar a questão da autonomia, destaca que ela não é possível sem a democracia pois, para ele, as relações sociais baseadas na cooperação (com intercâmbio de pontos de vista) são imprescindíveis para a construção da autonomia.  Aliado à vivência da cooperação e do respeito mútuo, o exercício do autogoverno possibilita, para esse autor, a construção de personalidades autônomas, aptas a viver e fazer democracia.
  • 12.  Se é lícito dizer que relações democráticas permitem o exercício da autonomia pode-se dizer, também, que a ausência da vivência democrática evidencia uma carência na constituição da autonomia.  Por essa razão, a autonomia não é uma capacidade individual que depende apenas de mecanismos intrínsecos à pessoa, ela se constrói no processo, nas situações sociais a partir das quais as pessoas se conduzem (CONTRERAS)
  • 13.  Quando transpõe-se essa discussão, tratando, mais especificamente, da constituição da autonomia do professor entende-se, da mesma forma, que ela não pode ser concebida como o resultado de um movimento que ocorre exclusivamente na esfera individual, pressupondo, pois, passar por processos formativos que possibilitem a constituição de uma autonomia pessoal e profissional.  Nesse sentido, a autonomia do profissional da educação, se constitui no entrelaçamento de dois processos: o da autonomia profissional e o da autonomia social. Assim, abrange uma dimensão cujo compromisso vai além da esfera pessoal e se firma, acima de tudo, no campo profissional.
  • 14.  Nessa perspectiva, a autonomia é vista como um processo de emancipação, o que quer dizer que ela é percebida como um processo coletivo que visa a transformação das condições institucionais e sociais do ensino (CONTRERAS). Em outras palavras, a autonomia do professor é um processo que busca uma ação consciente e transformadora, tanto no que diz respeito às condições de trabalho, quanto no que diz respeito à efetivação do processo de ensino e aprendizagem, pois  ...só compreendendo as circunstâncias (...) e as conseqüências dos processos que se colocam em andamento pode o professor construir e reconstruir sua atuação autônoma, aquela que reflete sua compreensão da situação e suas possibilidades de defender nela suas convicções profissionais.
  • 15.  Nesse movimento, o professor aprende sobre seu trabalho e suas possibilidades pedagógicas, passando por um processo de reconstrução da própria identidade profissional.  Assim, o professor constrói sua autonomia a partir das dinâmicas presentes na ação educativa e, se pensada numa dimensão mais ampla, pode-se dizer que o professor constrói sua autonomia no pleno exercício profissional.  Isso demonstra uma postura consciente e crítica frente ao próprio trabalho. Essa postura, no exercício da docência, pode possibilitar ao aluno o exercício crítico e a vivência de processos que lhe permitam, também, a constituição da autonomia.
  • 16.  Nessa perspectiva a autonomia não pode ser compreendida como uma capacidade que alguns têm, independente dos processos formativos pelos quais passaram; ela é aprendida.  Assim, se constitui, necessariamente, nas situações de aprendizagem, nos contextos sociais. Nesse sentido, ao se considerar a autonomia como um estágio do desenvolvimento da moralidade, cujas regras são interiorizadas através de uma moral heterônoma e que a experiência da reciprocidade e do respeito mútuo fortalece o indivíduo para a formação de um juízo moral até "torná-lo" autônomo, não se pode restringir a formação da autonomia a mecanismos exclusivamente psicológicos e individuais.
  • 17.  Como era de se esperar, para analisar a temática da autonomia, Contreras não está só nesta empreitada teórica.  Busca a contribuição de vários teóricos da educação, entre os quais citam-se: Smyth, Gimeno, Hargreaves, Gadamer, Schön, Bernstein, Apple, Fernández Enguita, Stenhouse, Popkewitz.
  • 18.  Um grande desafio proposto na obra “A autonomia de professores” refere-se aos modelos de participação pública na definição do currículo da escola.  Especialmente, nas escolas públicas, os pais têm delegado à equipe escolar a competência de se definir o melhor currículo para seus filhos. Esse modelo requer um exercício constante, por parte dos professores, debatendo e, assim, contribuindo para a conscientização da família sobre esta responsabilidade compartilhada e nunca solitária.
  • 19.  Do ponto de vista conceitual, temos percebido que a concepção de professores moldados sob a égide da racionalidade técnica, característica dos anos 70 e que resultou em um controle cada vez mais burocrático do trabalho docente, tem sido superada pela discussão em torno dos professores como profissionais reflexivos, que investem na valorização e no desenvolvimento de seus saberes, sendo capazes de produzir conhecimento e de participar das decisões e da gestão da escola e dos sistemas, o que traz perspectivas para a reinvenção da escola democrática.
  • 20.  Tem havido grande preocupação com as concepções existentes em relação ao profissional de educação e à sua autonomia.  Para Contreras , pauta sua análise sobre o tema das 3 categorias já citadas: a do docente como especialista técnico, como profissional reflexivo e como intelectual crítico.  Cada uma pressupõe formas de entender o trabalho de ensinar e, segundo o autor, se mostram contraditórias.  Em uma primeira instância, o modelo dominante da racionalidade técnica considera que a prática profissional consiste na solução instrumental de problemas mediante a aplicação de um conhecimento teórico e técnico, previamente disponível, que precede da pesquisa científica. Entende-se que a prática profissional suporia a aplicação inteligente do conhecimento científico e técnico aos problemas enfrentados por um profissional para conseguir os resultados desejados.
  • 21.  Na perspectiva de Contreras, a relação que se estabelece entre a prática e o conhecimento é hierárquica e interdependente, posto que as habilidades práticas são necessárias para a realização de técnicas, que derivam da ciência aplicada, que se fundamenta na ciência básica.  A atuação necessita da elaboração prévia de conhecimentos que se produzem em outro contexto institucional. Essa separação entre a elaboração do conhecimento e a sua aplicação é igualmente hierárquica no seu sentido simbólico e social, já que representa distinto reconhecimento acadêmico e social entre as pessoas que produzem o conhecimento e as que o aplicam.
  • 22.  Os professores lidam com problemas complexos, que não possuem apenas uma explicação.  Na esfera educacional, os docentes devem entender as situações no contexto específico em que se apresentam e em suas singularidades, permitindo que a interpretação de cada uma delas e as possíveis respostas sejam alteradas conforme a necessidade.  Uma definição rígida de conhecimento profissional pode, inclusive, causar uma visão limitada das situações que enfrenta e dos procedimentos que deve adotar.
  • 23.  Segundo Contreras, os professores que entendem seu trabalho como exercício técnico tendem a resistir às análises que ultrapassam a maneira como o compreendem, o que, de certa forma, evidencia o conflito social entre os fins do ensino e as conseqüências sociais da dinâmica da sala de aula.
  • 24.  No que se refere à autonomia, ao poder de deliberação e ao juízo, cabe explicitar que os profissionais têm sua capacidade minimizada, na medida em que sua ação fica reduzida a um conjunto de regras e habilidades que devem ser seguidas.  Não faz parte de seu exercício profissional o questionamento permanente das pretensões do ensino, sendo que a sua profissionalidade é identificada na aplicação, com eficácia e eficiência, de métodos e atingimento de objetivos. Objetivos de ensino que não são sequer um elemento de análise, reflexão e escolha profissional, uma vez que são preestabelecidos pelas políticas educativas ou no pensamento dominante da comunidade
  • 25.  No campo profissional, conforme a prática fica estável e repetitiva, o conhecimento se torna mais tácito e espontâneo. Diante de situações diferentes, contudo, se mostra insuficiente, e o profissional necessita refletir.  Segundo Contreras, para Schön, o processo de reflexão na ação transforma o profissional em um pesquisador da prática. Nessas situações, ele não depende de teorias e técnicas preestabelecidas, mas constrói uma nova maneira de observar o problema de forma a atender suas peculiaridades e decidir quais soluções escolher.
  • 26.  Um outro aspecto de diferenciação entre o especialista técnico e o profissional reflexivo é que o primeiro excluía do racional a discussão dos fins, uma vez que os tratava como estados finais, enquanto que o segundo passa a discerni-los em sua  tradução no dia-a-dia.  A prática reflexiva está guiada por valores profissionais que cobram autêntico significado não como objetivos finais, mas como critérios normativos que estão presentes no próprio desempenho profissional.
  • 27.  Independente das restrições e ordens às quais estejam submetidos, nenhum professor poderá evitar agir de acordo com a sua própria concepção do que é o bem na  educação.  As ordens atuarão como pressões que se tem em conta na consideração das circunstâncias, porém não se pode esperar que os professores se transformem em meros aplicadores de decisões que eles mesmos não tomariam.  O desenvolvimento de valores educacionais não pode se realizar a partir das instituições ou sabedorias que surgem fora da própria prática dos docentes.
  • 28.  Tomando como referência as idéias de Henry Giroux, que a partir da década de 80 discute o papel dos educadores como intelectuais, Contreras analisa a terceira concepção sobre o professor: a que o vê como intelectual crítico. Em oposição às concepções puramente técnicas ou instrumentais, o autor defende o trabalho do docente como tarefa intelectual.  Os professores teriam como função uma prática intelectual crítica relacionada aos problemas e experiências da vida diária, em que devem não só ter uma compreensão das circunstâncias em que ocorre o ensino, mas também desenvolver com seus alunos a crítica e a transformação das práticas sociais que se constituem ao redor da escola.
  • 29.  Contreras considera que o reconhecimento das diferenças não pode significar indiferença perante elas; não podemos renunciar as aspirações que projetam nossas vidas para a igualdade.  Não se pode deixar de observar os valores que são a expressão da exclusão e marginalização ainda existentes; há ainda espaço para reivindicar a igualdade e a justiça, a liberdade e a solidariedade, sabendo-os abertos e problematizados, como representação de buscas.
  • 30.  Outro exercício imprescindível, proposto pelo autor, é que o professor instigue a discussão, nas reuniões pedagógicas e nos conselhos de escola, sobre o novo sentido político que orientará as suas ações, na sala de aula. Nesse percurso, o docente começará a refletir sobre o sentido de suas práticas e sobre a necessidade de se construir criticamente um novo trabalho intelectual a serviço da transformação social.  Este é o ponto de partida para a emancipação pessoal e coletiva da sociedade.
  • 31.  À medida que o autor vai desenvolvendo suas idéias, didaticamente retoma capítulos anteriores.  Por exemplo, ao encerrar o capítulo II, faz um breve resumo deste e do conteúdo abordado no capítulo I.  Depois, ao explicitar as competências profissionais e debate social, dialoga com o leitor, apontando o resumo do percurso já trilhado, na obra, sobre a autonomia de professores. Esse é um recurso interessante para manter vivo o raciocínio sobre o encadeamento do tema.
  • 32.  Na escola tradicional, a atividade intelectual e moral do professor e do aluno tende a permanecer heterônoma porque são pautadas em relações que separam os que pensam dos que executam, situação que não favorece condições de constituição da autonomia.  Uma escola que se proponha emancipadora tem de propiciar condições que permitam, ao professor e ao aluno, o exercício da tomada de decisões, possibilitando, assim, relações e práticas autônomas.
  • 33.  Nesse sentido, autonomia deve ser entendida como a capacidade do homem (aqui tomada tanto na sua dimensão individual quanto na sua dimensão social) de agir conscientemente por si e para si, procurando garantir suas necessidades e as dos outros, comprometido com seu bem-estar e com o bem- estar coletivo, numa relação de cooperação e reciprocidade, para além das relações de subordinação e submissão.
  • 34.  Na perspectiva de Contreras, conceber o trabalho dos professores como trabalho intelectual quer dizer, pois, desenvolver um conhecimento sobre o ensino que reconheça e questione sua natureza socialmente construída e o modo em que se relaciona com a ordem social, assim como analisar as possibilidades transformadoras implícitas no contexto social das aulas e do ensino.  Ainda para o autor, a tomada de consciência dos valores e significados ideológicos implícitos nas atuações docentes e nas instituições poderia orientar uma ação transformadora capaz de atenuar a injustiça na instituição escolar. O processo de reflexão crítica permitiria aos professores avançar num processo de transformação da prática pedagógica mediante sua própria transformação como intelectuais críticos.
  • 35.  Para Contreras,a profissão docente foi afetada pelo processo de proletarização. O trabalho dos professores vem sofrendo um processo de desqualificação.  Essa situação permite ocultar uma forma de controle do conteúdo puramente ideológico para a instauração de um processo de regulação, burocracia e tecnicidade.  O autor sinaliza que há um aumento do processo de regulação burocrática do ensino através de reformas educativas, que cada vez mais resultam em acúmulo de especificações sobre as tarefas docentes.  Os professores se ocupam mais com o que se espera deles do que com os problemas de autonomia e descentralização.
  • 36.  Segundo o autor, há a possibilidade de resistência e de resgate do significado e da direção do trabalho por parte dos professores.  A falta de controle sobre o próprio trabalho, que significa a separação entre concepção e execução, traduz-se no campo educativo numa desorientação ideológica e não na perda da qualidade pessoal para uma categoria profissional.
  • 37.  Contreras afirma que o ideal no processo de profissionalização do professor seria entender autonomia como qualidade educativa, não profissional, o que significa afirmar a necessidade de rever o conceito de autonomia à margem da aderência do profissionalismo e no âmbito das qualidades do trabalho dos professores, o que ele tem de educativo e, assim, o que teria nele de profissão.  A autonomia no contexto da prática educativa deve ser entendida, assim, como um processo de construção permanente, no qual devem ser conjugados, equilibrados e fazer sentido muitos elementos.