2. A estrutura da população mundial (pirâmides etárias)
A importância desse estudo
O número total de habitantes de uma cidade, país ou região, por si só tem
grande significado. Mas quando aliamos esses números a outros dados
populacionais, como os da economia, da saúde, da educação, da habitação, dos
transportes, da produção de alimentos entre outros, poderemos traçar um perfil
mais fidedigno dessa população.
Por idade e por sexo - Entre os dados mais importantes de uma população,
encontra-se a composição por idades e por sexo. Seu estudo possibilita uma
interpretação situacional da população para planejamento socioeconômico.
Esses dados sobre a estrutura etária informam a administração de uma cidade
ou de um país, por exemplo, quantos empregos precisam ser criados
anualmente para que se possa absorver o contingente de mão-de-obra que, a
cada ano, chega ao mercado. Podem, ainda, interferir no crescimento
demográfico, ora estimulando, caso haja necessidade, ora desestimulando o
crescimento por meio de políticas públicas.
4. Pirâmide Etária - Para representar essas informações,
utiliza-se a pirâmide etária - representação gráfica da
composição da população de um lugar em função da
idade e do sexo, em um ano determinado. "Esse gráfico é
construído marcando-se, na linha da ordenada (vertical),
as idades da população de zero até o limite superior (80
anos ou mais); na linha da abscissa, (horizontal) os
efetivos da população, ou seja, sua quantidade ou número
em cada idade - ou em cada grupo de idades - em valores
absolutos ou ainda em percentagem, representando a
população do sexo masculino de um lado da pirâmide e a
do sexo feminino de outro" (Adas, Melhem. Panorama Geográfico
do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. Moderna, p. 488.
2000).
5. Três faixas etárias - Com a finalidade de planejamento
econômico-social costuma-se dividir a população em
três faixas etárias principais: jovem, adulta ou madura e
velha ou senil. Essa divisão, porém, apresenta
diferenças quanto aos intervalos de idade de acordo
com a conveniência do país ou do organismo
interessado.
A pirâmide etária pode ser compreendida ou
interpretada a partir de suas três partes:
6. a) A base - É a parte inferior da pirâmide, onde está
relacionada a população jovem (0 - 14 anos ou 0 - 19
anos).
b) O corpo - É a porção intermediária da pirâmide,
onde está representada a população adulta (15 a 59
anos ou 20 a 59 anos).
c) O cume, o ápice ou o pico - É a porção superior da
pirâmide, onde está representada a população idosa
ou velha (igual ou acima de 60 anos).
7.
8. Pirâmide Jovem: base larga, devido à elevada natalidade e topo
estreito em consequência de uma elevada mortalidade e
esperança média de vida reduzida. As pirâmides deste tipo
representam populações muito jovens típicas dos países menos
desenvolvidos.
9. Pirâmide envelhecida: base mais estreita do que a classes
dos adultos. Reflecte uma diminuição da natalidade e um
aumento da esperança média de vida. É características dos
países desenvolvidos
10. A estrutura etária nos países desenvolvidos e
subdesenvolvidos
A pirâmide etária dos países subdesenvolvidos costuma
apresentar base mais larga e ápice bem mais estreito do
que a dos países desenvolvidos. Isso acontece porque os
países subdesenvolvidos possuem, de modo geral,
populações mais jovens, pois as taxas de natalidade são
mais elevadas do que nos países desenvolvidos. Estes,
por sua vez, apresentam índices de esperança de vida
mais elevados, o que determina maior participação de
idosos.
O fato de os países subdesenvolvidos e desenvolvidos
apresentarem contrastes marcantes quanto à estrutura
etária de seus habitantes traz uma série de diferentes
implicações sociais e econômicas para ambos os grupos.
11. Nos países subdesenvolvidos, existe a necessidade
de investimentos de grande necessidade na área
social, especialmente nos setores de saúde e da
educação. Além disso, o elevado número de
crianças resulta em um maior contingente da
população economicamente inativa, isto é, que não
trabalha.
12. Já nos países desenvolvidos, os custos são maiores no
setor previdenciário, para atender a obrigações legais
com os trabalhadores que se aposentam. Destaca-se
também a escassez de mão-de-obra ativa interna, o que
determina que, por vezes, como aconteceu na Europa
após a Segunda Guerra Mundial, sejam obrigados a
importar mão-de-obra de outros países.