SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 67
RESUMOS DE TRABALHOS COM MOLUSCOS




                                           ENCONTROS NACIONAIS




                                    ENCONTRO BRASILEIRO DE MALACOLOGIA
Monitoramento da invasão da Achatina fulica Bowdich, 1822 em uma área natural do
município de Morretes, Paraná

Nicole Miuki Latoski1 ; Marta Luciane Fischer2 ; Eduardo Colley3, Robiran José dos Santos
Junior1, Lays C. Parolin1, Massao Vinicius Itou1 e Lívia H. Moraes1

   1. Graduandos do Curso do Biologia PUCPR estagiários do Laboratório núcleo de
      estudos do comportamento animal PUCPR. R. Imaculada Conceição,1155 80215-901,
      Curitiba PR. nicole.latoski@gmail.com.br
   2. Prof. Dr. do Curso de Biologia PUCPR, Laboratório núcleo de estudos do
      comportamento animal.
   3. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Zoologia Museu Nacional do Rio de
      Janeiro – Laboratório de Malacologia.



O caramujo africano Achatina fulica está presente em vida livre no estado do Paraná desde
1994, porém apenas nos últimos dois anos tem sido registrado em áreas naturais. No
município de Morretes foi localizada uma população em uma área de Floresta Ombrófila
Densa constituída de vegetação nativa bem preservada. O deslocamento das populações
invasoras da área urbana para as naturais é extremamente preocupante, uma vez que o
controle e manejo se tornam muito mais difíceis. Assim, objetivou-se monitorar a invasão de
A. fulica nesta área natural. Foi realizada a caracterização da população em três vistorias:
julho e novembro de 2005 e janeiro de 2007. Nas vistorias três grupos de duas pessoas
coletaram os animais por 2h, anotando tamanho, distância do caramujo mais próximo,
localização, altura com relação ao solo e atividade. Na última vistoria foram registradas mais
conchas do que exemplares vivos ( 2(2)=115; P<0,01) sugerindo se tratar de indivíduos
remanescentes da colonização inicial que já ocupavam a área sem uma sobreposição de
gerações. Corroborando com esses dados os animais da última amostragem foram
significativamente maiores (F(577)=9,5 P<0,01) indicando pequena taxa de reprodução e
recrutamento. Já a distância entre os co-específicos foi maior na última amostragem
(F(548)=8,3 P<0,01) elucidando uma distribuição mais esparsa, o que pode diminuir os
encontros e a reprodução. Por outro lado, a maior distribuição vertical (F (475)=14,8 P<0,01)
sugere relação com os períodos chuvosos que tornam o solo mais úmido. Os dados do
presente monitoramento evidenciam que logo após a invasão os indivíduos se caracterizam
por possuir concha forte, grande tamanho, expansão do horário de atividade, porém em todas
as amostragens ocorreram animais grandes, sendo encontradas apenas conchas de juvenis.
Provavelmente as condições ambientais com alta umidade foram limitantes para o
recrutamento dos filhotes, não permitindo a sobreposição de gerações. A alta mortalidade dos
indivíduos colonizadores contribui para o aumento da distância entre eles e conseqüentemente
para a diminuição das chances de encontro entre os animais e minimizando, assim, a
reprodução. Os resultados sugerem que as condições encontradas pelo molusco em ambientes
antrópicos sejam mais favoráveis no estabelecimento das populações do que em ambientes
naturais.
Agregação em adultos, jovens e filhotes Achatina fulica Bowdich, 1822: análise do
comportamento diante do muco do co-específico

Nicole Miuki Latoski1 & Marta Luciane Fischer2 & Francisco A. Marques3


   1. Graduanda do Curso do Biologia PUCPR estagiária do Laboratório núcleo de estudos
      do comportamento animal PUCPR. R. Imaculada Conceição,1155 80215-901,
      Curitiba PR. nicole.latoski@gmail.com.br
   2. Prof. Dr. do Curso de Biologia PUCPR, Laboratório núcleo de estudos do
      comportamento animal.
   3. Prof. Dr. do Curso de Química UFPR, Laboratório de Ecologia Química e Síntese de
      Produtos Naturais.



Os caramujos Achatina fulica normalmente ocorrem agregados durante o repouso. Questiona-
se se esse comportamento é mediado por sinais químicos presentes no muco. Assim,
objetivou-se avaliar a direção de deslocamento diante do muco de diferentes estágios
ontogenéticos. Os caramujos foram estimulados a caminhar sobre papel filtro para retirada do
muco. Em um terrário foram colocados dois papéis lado a lado, um com muco e outro sem, e
então foi colocado o molusco diante e eqüidistante dos dois papéis e verificado o tempo
despendido para o deslocamento e a direção adotada. O tempo de espera foi 50 minutos. Para
cada combinação entre adultos, jovens e recém-eclodidos foram realizadas 30 réplicas. Para
avaliação se a escolha foi devido ao muco ou à umidade, foi testado para cada categoria papel
úmido com água e papel seco e papel úmido e muco. A decisão em se deslocar em direção ao
muco ou outro estímulo variou com o estágio ontogenético. O adulto optou pouco pelo muco
independentemente do experimento. Já os jovens (muco adulto x seco: ²(2)=25;P<0,01) e os
recém-eclodidos (muco jovem x seco: ²(2)=19;P<0,01; muco adulto x úmido: ²(2)= 9,8;
P<0,01) preferiram o muco. No teste com papel seco e úmido, a maioria foi para o úmido
( ²(2)= 20,6; P<0,01). Nos testes com muco de jovem, os jovens e recém-eclodidos foram
mais para o muco do que os adultos, e os recém-eclodidos mais que os jovens. Diante do
muco de adulto, os jovens foram mais para o muco do que os adultos. Nos testes com muco e
úmido, os adultos foram mais para o muco que os jovens e os recém-eclodidos mais que os
adultos. Nos testes com papel seco e úmido, jovens e recém-eclodidos não diferiram, embora
ambos preferiram mais o úmido que os adultos. O tempo necessário para os animais iniciarem
o comportamento exploratório (F(221)=3,8;P<0,01), bem como para a decisão da escolha
(F(314)=5,6; P<0,01) diferiu entre os testes, sendo maior no adulto e menor no jovem diante do
muco de adulto. Os dados do presente estudo mostram que os jovens e recém-eclodidos têm
uma maior responsividade ao muco co-específico do que os adultos.
XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA
         UBERLÂNDIA - 2003
XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA
         Campo Grande 2004
XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA
         Campo Grande 2004
XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA
         Campo Grande 2004
XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA
         Campo Grande 2004
AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA SAZONALIDADE DA OVIPOSIÇÃO DE Achatina fulica
                                                     BODWICH,1822 (MOLLUSCA; ACHATINIDAE) EM LABORATÓRIO
XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA

                                                                      Izabel S. NERING1; Lygia HASSELMANN1; Marta L. FISCHER2; Leny C. M.COSTA2
                                    1
                                    Estagiárias do Núcleo de Estudos do Comportamento animal (NEC-PUCPR) e graduandas do curso de biologia PUCPR; izabel.nering@pucpr.br; 2Profª. Drª. Do
                                             Curso de Biologia - PUCPR/ Núcleo de Estudos do Comportamento Animal (NEC-PUCPR). marta.fischer@pucpr.br e leny.cristina@pucpr.br


                                    O caramujo africano Achatina fulica é uma espécie invasora disseminada no Brasil, ocorrendo
                                    preferencialmente no ambiente antrópico. A presença dessa espécie exótica pode causar sérios problemas de
         Campo Grande 2004




                                    saúde, ambientais e econômicos. Em diferentes países tem sido observado um ciclo sazonal de oviposição da
                                    espécie, sendo duas fases de oviposição, uma na primavera e outra no outono e ausência de posturas no
                                    inverno. Partindo-se da premissa que no sul do Brasil a espécie exiba um padrão similar, objetivou-se
                                    avaliar a sazonalidade da oviposição da A. fulica no laboratório do NEC no período de abril de 2003 a
                                    agosto de 2004. Foram acompanhados cerca de 300 indivíduos coletados no litoral paranaense. Ao longo do
                                    período de observação novos animais foram incorporados ao lote de criação e os mortos repostos. Os
                                    animais foram mantidos em grandes grupos (com mais de 30 indivíduos) em terrários de vidro de 50l e em
                                    caixas plásticas de 20l ou isolados (n=90) em recipientes de 5l. Os caramujos foram alimentados três vezes
                                    por semana com vegetais e, concomitantemente, verificada a postura de ovos. Os animais foram mantidos a
                                    temperatura e umidade relativa do ar ambiente. Durante o mês de maior oviposição foi realizada uma
                                    vistoria em espécies livres na área urbana de Guaraqueçaba, PR, a fim de verificar a ocorrência do mesmo
                                    padrão. As cópulas foram observadas durante os meses de novembro até janeiro. Em 2003 foi registrada
                                    apenas uma postura contendo 192 ovos. Novas desovas começaram somente a partir de janeiro de 2004 e
                                    ocorreram em todos os meses até junho. Foram obtidos até o presente momento 4837 ovos distribuídos em
                                    45 desovas com uma média de 120,9 ± 74,6 ovos (n=45; i.v.=3-411). O maior número de desovas
                                    (X2(4)=19,5; P<0,01) e o maior número médio de ovos por desova (H=17,4; P<0,01), foram obtidos nas
                                    oviposições de maio. Em Guaraqueçaba no outono foram registradas 62 desovas em três dias de vistorias,
                                    sendo uma média de 2±1,4 por terreno, confirmando assim o ciclo de oviposição no outono. Os dados do
                                    presente estudo sustentam a expectativa da existência do ciclo sazonal de oviposição em A. fulica, uma vez
                                    que apesar das desovas ocorrerem durante todo o verão, houve predominância no outono, e foi cessada com
                                    a entrada do inverno.
                                    Palavras-chave: caramujo africano, comportamento reprodutivo, espécie invasora, fecundidade
Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca: Achatinidae): análise da profundidade e
                 freqüência de enterramento e desenterramento

           Domitila Bonato, Marta L. Fischer e Leny Cristina Milléo Costa

O caramujo africano de importância econômica, médica e ambiental Achatina fulica
freqüentemente se refugia no solo. O conhecimento deste mecanismo é um importante
subsídio para o manejo. Portanto, objetivou-se analisar a profundidade e freqüência de
enterramento e desenterramento. Os estudos foram desenvolvidos no NEC, entre
outubro e novembro de 2003. No primeiro experimento, em um terrário de 90l
contendo 45l de terra, registrou-se tempo, profundidade e quantidade de moluscos que
se enterraram durante uma semana. No segundo, caramujos grandes e médios foram
enterrados a 16cm e pequenos a 9cm. Durante sete dias foram oferecidos estímulos
(alimentos, fezes e umidade) para verificar a freqüência de desenterramento. Em ambos
estudos foram realizadas 30 repetições com cada classe de tamanho. O enterramento foi
total ou parcial. O total foi mais freqüente nos pequenos e o parcial, nos médios
(X2(2)=34,4;P<0,01), embora estes preferiram permanecer nas paredes. O tempo médio
para enterramento diferiu nas três classes (H=20,7;P<0,01), sendo de 3+1,4dias
(n=27;i.v.=1-4) para os pequenos, 2,9+dias(n=11;i.v=1-5) para os médios e
5,5+0,7(10;4-6) para os grandes. A profundidade média de enterramento foi
2,05+1,3(n=18;i.v.=5-4) nos pequenos, 1,75+1,76(n=2;i.v=5-3) nos médios e 0,5(n=3)
nos grandes. O desenterramento foi mais freqüente nos grandes (X2(2)=13,1;P<0,01),
porém, os médios foram mais rápidos (H=9;P<0,01) e apresentaram duas mortes. A
quantidade de médios e pequenos que permaneceram enterrados foi maior
(X2(2)=14,5;P<0,01). Os dados evidenciaram que o enterramento e desenterramento
relaciona-se com o papel ecológico de cada fase de desenvolvimento, sugerindo que os
pequenos por serem mais sedentários e vulneráveis à predação se enterram mais
freqüentemente, mais fundo e mais rápido; os médios representam a fase mais ativa e
de dispersão sendo mais freqüente nas paredes, enterrando-se parcialmente e não
conseguindo desenterrar-se facilmente. Já os adultos que representam a fase
reprodutiva demoram mais para estivar, desenterram-se mais rápido e reagem a
estímulos de odor de alimento.

                                                                         Pág 289
Pág 289
Análise preliminar da dieta de Megalobulimus (Mollusca;
       Megabulimidae) em ambiente natural e cativeiro
Nicole Miyuki Latoski ¹
Marta Luciane Fischer ²
1 – Graduanda do Curso de Biologia PUCPR, Estagiária do Núcleo de Estudos do Comportamento Animal – NEC-PUCPR,
Estagiária Bióloga da Associação H2O Ambiência de Proteção Ambiental. E-mail: nicole.latoski@pucpr.br,
nicole.latoski@gmail.com
2 – Profª Drª Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Núcleo de Estudos do Comportamento Animal (NEC-PUCPR). Rua
Imaculada Conceição, 1155, CEP 80.215-901, Ctba, Pr; E-mail: marta.Fischer@pucpr.br


Os caramujos endêmicos do gênero Megalobulimus são freqüentemente encontrados em
baixas densidades próximas a áreas alteradas na Floresta Atlântica/PR, o que levanta a
suposição de apresentarem hábitos generalistas. Objetivou-se registrar os alimentos
consumidos por jovens e adultos de Megalobulimus sp em campo e cativeiro. As
observações foram realizadas na chácara da ONG H2O Ambiência no município de
Morretes e no NEC-PUCPR. No ambiente natural foram conduzidas observações
mensais ad libitum de 17 indivíduos (14 adultos, 3 jovens) de abril a setembro/2005.
Em laboratório 20 animais (10 adultos, 10 jovens) foram mantidos em pares em
terrários de 60x30cm contendo terra orgânica e água. Durante o período de agosto/2004
a agosto/2005 foram oferecidos 30 itens agrupados em: Hortaliças (agrião, alface,
couve, espinafre, repolho, rúcula), Frutos (banana, chuchu, laranja, maçã, mamão, pêra),
raízes (batata, beterraba, cenoura), Flores(Beijinho, brócolis, couve-flor, hibisco),
ornamentais (comigo-ninguém-pode, gramíneas, hibisco, serrapilheira) e secos
(farelo:milho/trigo, farinha:milho/casca de ovo e concha de ostra, giz, ração:
cães/gatos/galináceos). Em campo foi registrado o consumo de flor de beijinho,
gramíneas, microfungo(Aspergillus), serrapilheira(folhas: secas/decomposição) e terra.
Em laboratório, houve consumo de 90% dos itens oferecidos e ainda terra, Aspergillus,
que se desenvolveu sobre a ração para cães e farinha de milho umedecidas com o muco,
e papelão, utilizado como divisória.Também foi registrada a raspagem da concha de
coespecífico, de ostra e granito. Flor e folha de hibisco, laranja e casca de banana não
foram consumidos. A ingestão de diferentes itens confirma a hipótese dos hábitos
generalistas dos Megalobulimus estudados e fundamenta sua associação com ambientes
alterados. Este resultado deve servir como indicativo da possibilidade da competição
com o caramujo africano Achatina fulica, o qual, além de possuírem hábitos alimentares
generalistas, ocorrem nos microhabitats do Megalobulimus, nas bordas da Floresta
Atlântica do Paraná, porém em número muito mais elevado.
Utilização da avaliação da maturidade das gônadas para monitoramento das
              populações do caramujo invasor Achatina fulica .
  Izabel Schneider Nering, ESPECIALIZAÇÃO EM MICROBIOLOGIA PUCPR E NÚCLEO DE ESTUDOS DO
                                    COMPORTAMENTO ANIMAL PUCPR
        Dra Marta Luciane Fischer, NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL PUCPR



A elaboração de protocolos para caracterização e monitoramento de populações de A. fulica é um ponto
fundamental para o controle dessa praga, no entanto os parâmetros avaliados devem representar as
características populacionais além de serem possíveis de comparação. Desta forma, objetivou-se
relacionar características ambientais e das populações de A. fulica com o desenvolvimento das gônadas.
Os dados de campo foram obtidos nos municípios do litoral paranaense: Pontal do Paraná (25º40'25''S
e 48º30'40''W), Morretes (25°26’01”S e 48°52’26”W) e Guaraqueçaba (25º18'24''S e 48º19´44''W) em
amostragens realizadas no verão 2005/2006. Em cada município foram amostradas diferentes
populações e registradas características ambientais (tipo de terreno, vegetação e temperatura), das
populações (tamanho, altura e distância), do animal (cicatriz e descalcificação da concha, manchas e
deformações no corpo e desenvolvimento das gônadas). A análise das gônadas foi realizada em todas as
populações, sendo categorizadas em: gônada em desenvolvimento; gônada madura sem ovos; gônada
madura com ovos e gônada imatura. No município de Pontal do Paraná foram amostradas populações
caracterizadas por terem os menores tamanhos, altura e distância do co-específico, com maior
ocorrência em substratos artificiais, sendo mais freqüente a ocorrência de animais com gônadas em
desenvolvimento (x2(3) = 86,9; P< 0,01). No município de Morretes foram amostradas populações
presentes na área rural e em mata nativa caracterizada por ocorrer mais em substratos naturais. Tanto
a gônada em desenvolvimento quanto a madura sem ovos foram os mais freqüentes (x2(3) = 235; P<
0,01). O município de Guaraqueçaba caracterizou-se por possuírem animais com conchas com cicatriz
e descalcificação além de apresentar em maior quantidade caramujos com gônadas maduras, porém
sem ovos (x2(3) = 243; P< 0,01). Não foi encontrada relação entre o tamanho médio dos moluscos e os
quatro tipos de gônadas. Também não houve relação entre o tamanho dos animais com estágios de
amadurecimentos das gônadas entre os caramujos de diferentes populações e municípios. Os dados do
presente estudo se constituem de um importante subsídio para os protocolos de monitoramento
populacional, uma vez que a avaliação do desenvolvimento da gônada é fundamental para
determinação do estágio reprodutivo o que não é possível fazendo apenas a avaliação do comprimento
da concha, além de esta poder não corresponder com a fisiologia reprodutiva do caramujo.
Palavras Chave: desenvolvimento gonadal, fecundidade, manejo
Avaliação preliminar do consumo alimentar de Megalobulimus paranaguensis
                       (Gastropoda, Megalobulimidae)
                                         Cristo, G. C., PUCPR
                                         Fischer, M. L., PUCPR

O caramujo nativo da Floresta Atlântica Megalobulimus paranaguensis (Pielsbry & Ihering, 1900) ocorre
em baixa densidade no litoral paranaense principalmente depois da invasão da Achatina fulica Bowdich,
1822, sendo mais facilmente encontrado em ambientes alterados, principalmente ao redor de construções
antrópicas. Apesar de várias espécies do gênero estarem na lista de espécies ameaçadas brasileiras pouco
é conhecido a respeito de sua biologia. Assim, objetivou- se avaliar o consumo alimentar de M.
paranaguensis em cativeiro. O presente estudo foi realizado no laboratório NEC-PUCPR no período de
abril a junho de 2007. Para tal foram utilizados 10 caramujos adultos e 7 filhotes presentes no lote de
criação. Os animais foram individualizados em terrários (30x31x54) contendo terra, areia e água. Os
alimentos foram divididos em três grupos: lixo (4 tipos de alimentos testados); hortaliça (5 tipos de
alimentos testados); flores (5 tipos de alimentos testados). Foram oferecidas três poções com a medida de
54 cm² de área para os adultos e um terço da medida para os filhotes. Os alimentos ficaram disponíveis
para os animais num período de 48 horas, sendo registrado a porcentagem de consumo categorizada em:
0, 25, 50, 75, 100%. Não foi aplicado nenhum estímulo para o animal entrar em atividade. A freqüência de
consumo foi baixa em todos os grupos de alimentos testados. Porém o grupo de hortaliça foi mais
consumido e o grupo das flores menos consumidos (x2(2)=9,4 P<0,01). No entanto, quando comparadas,
as freqüências de alimento consumido entre flores e lixo, o lixo foi mais consumido (x2=25,3 P<0,01), e ao
comparar lixo e hortaliças, o último grupo foi mais consumido (x2=12,8 P=0,01). As hortaliças foram mais
consumidas, se compradas com o grupo das flores (x2=64,1 P<0,01). Dentro do grupo lixo o alimento mais
consumido foi o macarrão cozido (x2(3)=8,4 P<0,05). Nas hortaliças, o alimento mais consumido foi a
alface (x2(4)=16,8 P<0,01) e o grupo das flores não foi consumido significativamente. O presente estudo
verificou que os indivíduos da espécie M. paranaguensis têm preferência por hortaliças, porém o fato de
consumirem diferentes itens sugere a adoção de um hábito alimentar generalista, podendo a espécie
invasora A. fulica representar um potencial competidor, principalmente em ambientes alterados.
Palavras Chave: alimentação, Aruá-do-mato
Perspectivas de manejo do caramujo invasor Achatina fulica : avaliação dos aspectos
                             relacionados à colonização de substratos

    Nicole Miyuki Latoski, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO
                                                               ANIMAL
    Marta Luciane Fischer, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO
                                                               ANIMAL
                       Giovana Elisa Barrozo Da Silveira, NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL



O caramujo invasor Achatina fulica Bowdich, 1822 é um sério problema ambiental que tem se espalhado pelo Brasil podendo
causar também impactos de saúde e econômicos. Apesar de ser transportado passivamente podem exibir uma expansão territorial
ativa. Assim, objetivou-se avaliar a colonização dos substratos pelo caramujo invasor. O presente estudo foi desenvolvido no NEC-
PUCPR durante agosto/2006 a julho/2007. Foram realizados experimentos quanto à distribuição e ocupação de substratos
conforme a densidade (0,1,2, e 4 residentes e 1, 2 e 4 colonizadores) e o desenvolvimento ontogenético (combinação entre
residentes e colonizadores jovens: concha menos 4cm comprimento e adultos concha maior que 4cm), totalizando 36 experimentos
com 10 réplicas cada. O colonizador foi colocado no terrário (30 L) contendo terra e areia e foram registrados os padrões motores
exibidos durante 10min, então, registrou-se posições e comportamentos em 1, 24 e 48h. A terra e o vidro foram ocupados
preferencialmente pelos residentes, enquanto que invasores predominaram na areia, sendo adultos invasores os que usaram mais
o vidro. O residente apresentou maior tenacidade nas primeiras horas, não diferindo entre jovem e adulto. A análise de
correspondência elucidou que o residente ficou mais sedentário após 24h e o invasor, após 48h. A atividade dos animais teve
relação com período e tamanho. Quando o residente era pequeno, foram obtidas menores freqüências de repouso após 10 min;
poucos residentes com invasores adultos, após a fase do comportamento exploratório, os animais ficaram em repouso e
começaram a se enterrar. Após 24 e 48h houve predomínio do repouso, sendo a maior freqüência de enterramento em residentes.
Para adultos residentes após 10 min predominou o repouso, mas com a entrada do invasor, após 1h, a maioria dos animais se
movimentam; a maior freqüência de repouso foi com invasor jovem. Após 24 e 48h, a maioria dos animais ficaram em repouso,
sendo as maiores freqüências de enterramento em residentes, principalmente com invasores adultos. Durante a colonização, o
tamanho e a densidade se mostram fatores importantes favorecendo o deslocamento dos demais animais evidenciando que esses
são mecanismos que favorecem a locomoção ativa. Os mecanismos relacionados com a colonização de substratos pela espécie
invasora A. fulica pode envolver mecanismos de extinção e colonização intermitentemente promovendo a renovação das
populações, no entanto fatores relacionados com movimentação ativa, disputa de substratos, comunicação química são elementos
importantes que promovem a dispersão dos indivíduos pelo ambiente e, automaticamente, a ampliação do sítio de ocorrência.
Palavras Chave: Colonização, Distribuição, Ocupação.
Avaliação dos aspectos relacionados às interações interespecíficas entre Megalobulimus
   paranaguensis Pilsbry & Ihering, 1900 e Achatina fulica Bowdich, 1822: colonização de
                                        substratos.
Nicole Miyuki Latoski, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO
                                                    ANIMAL
Marta Luciane Fischer, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO
                                                    ANIMAL

O caramujo M.paranaguensis é uma espécie nativa ocorrente no litoral paranaese, 5 espécies do gênero estão na lista de
espécies ameaçadas. A A.fulica, é uma espécie problema por causar danos econômicos, de saúde e ambientais. Existe a
hipótese de que a invasora esteja competindo por sítio de repouso e recursos alimentares com a espécie nativa, uma vez que
ambas ocorrem em ambiente antrópico. Objetivou-se avaliar aspectos relacionados às interações e colonização de
substratos entre ambas as espécies. Em laboratório foram realizadas experimentalmente quatro interações entre
M.paranaguensis(Mp) e A.fulica(Af): 1 Mp residente e 1 Af invasor; 1 Af residente e 1 Mp invasor; 1 Mp residente e 5 Af
invasores; 5 Af residentes e 1 Mp invasor. A unidade experimental foram terrários contendo areia e terra. Foram
considerados residentes indivíduos que habitavam o ambiente a 48h. Foram avaliados o comportamento exploratório
adulto e interações de acordo com a densidade populacional de residentes e colonizadores simultâneos. O colonizador foi
colocado no terrário e as posições foram registradas em 10min., 1, 24 e 48h. Após 48h os colonizadores foram retirados e
novos testes iniciaram. Durante as interações entre M. paranaguensis (Mp) e A.fulica (Af), observou-se que durante a
primeira hora, Mp foi mais ativo (12,5%) que Af (2,5%), principalmente quando na posição de residente e sofreu invasão
territorial de um grupo de Af. Durante todos os testes, a espécie nativa preferiu a areia como substrato (100%), enquanto a
espécie africana variou entre vidro (teto (22,5%) e vidros laterais (15%)) e areia (12,5%). A espécie nativa, após
reconhecimento da alteração territorial e dos invasores, tendeu a buscar um sítio de repouso e permaneceu em repouso,
com exceção do experimento com 5 invasores. Não foi observado comportamento agonístico, porém, a espécie invasora
demonstrou agitação ao buscar locais vazios como sítio de repouso. A A.fulica demonstrou menor responsividade à invasão
durante a primeira hora do experimento, porém, migrou para o vidro ou o teto da unidade experimental nas 24 horas
subseqüentes, como se buscando um espaço vazio principalmente quando testada como invasora. Os dados do presente
estudo demontram que, aparentemente, diferente do que já havia sido afirmado em literatura, a espécie nativa não entra
em letargia seguido de morte após interações com a espécie invasora, ao contrário, as espécie se segregam territorialmente,
sendo que o M.paranaguensis permanece no sítio preferencial, enquanto a A.fulica se dispersa e coloniza o território de
maneira vertical, buscando sítios vazios.
Palavras Chave: Disputa territorial, Distribuição, Invasão
Avaliação da atividade de Megalobulimus paranaguensis : influência da presença do co-
                                       específico
                                               Cristo, G. C., PUCPR
                                               Fischer, M. L., PUCPR

As espécies do gênero Megalobulimus são endêmicas da Floresta Atlântica, estando algumas ameaçadas de extinção. A
densidade de M. paranaguensis (Pilsbry & Ihering, 1900), endêmica do Paraná, aparentemente tem diminuído nos
últimos anos. No entanto, além de possuírem hábitos noturnos são encontrados com pouca freqüência em atividade
tanto em ambiente natural quanto nos antrópicos. Logo, não é conhecido se os caramujos diminuíram sua atividade
devido a diminuição do contato com co-específicos e aumento do caramujo invasor, Achatina fulica (Bowdich, 1822), ou
se a baixa densidade é característica da espécie. Assim, objetivou- se avaliar a atividade de M. paranaguensis
comparativamente entre indivíduos isolados e agrupados. O presente estudo foi realizado no laboratório NEC-PUCPR
durante o período de março a junho de 2007. Os animais (10 adultos e 7 filhotes) coletados no litoral paranaense foram
mantidos em terrários de 30L (30x31x54) contendo terra orgânica e areia. Semanalmente era feita a manutenção com
reposição de água e oferecimento de alimento. Os animais foram mantidos em duplas nos finais de semana e
individualizados durante a semana. Durante 41 dias foram registradas a localização e atividade em três períodos:
manhã, tarde e noite. Foram realizados 582 registros e tanto para os animais mantidos em duplas (X2(2)=24;P<0,01)
quanto individualizados (X2(2)=384;P<0,01) ocorreram mais ações relacionadas com a inatividade (animais semi-
enterrados, enterrados, se enterrando, entrando em repouso ou em repouso) do que com comportamento de atividade
(deslocando-se, comendo ou parado) (X2(9)=210 P<0,01). No entanto, ao se comparar os dois grupos (X2(2)
=39,6;P<0,01) verificou-se que maiores freqüências de atividades foram registradas para animais mantidos em grupo.
Nos dois testes maior número de padrões motores relacionados com a atividade foi registrado durante a manhã, no
entanto maior freqüência de atividade durante a noite foi registrada para animais mantidos em duplas (X2(2)=24;
P<0,01). As atividades durante o período da tarde ocorreram quando a umidade relativa do ar mudava em decorrência
de chuvas ou após o oferecimento do alimento. Houve diferença na localização (X2(6)=55;P<0,01), sendo que maiores
freqüências de animais na areia, ocorreu nos isolados e na terra e vertical, nas duplas. A freqüência das atividades
registradas também diferiu (X2(8)=158;P<0,01), com repouso com pé para fora e repouso todo recolhido mais
freqüentes e imobilidade e semi-enterrado exclusivos dos individualizados e animais ativos e enterrando-se, para as
duplas. Os resultados preliminares subsidiam a hipótese de que a presença do co- específico aumenta a atividade dos
caramujos, sendo um ponto favorável para sua reprodução e dispersão.
Palavras Chave: comportamento, Aruá-do-mato
DIAGNÓSTICO DA INVASÃO DO CARAMUJO GIGANTE AFRICANO Achatina fulica BOWDICH, 1822
   EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA EM MORRETES, PARANÁ, BRASIL.
                                        Eduardo Colley1, Marta Luciane Fischer1, Monica Simião1, Rafael Dudeque Zenni2, Daros Augusto Teodoro da Silva2, Nicole Latoski1
                                                     Núcleo de Estudos do Comportamento Animal, NEC- PUC-PR CCBS. email: eduardocolley@yahoo.com.br.
                                                                       Acadêmico de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná.
INTRODUÇÃO
O caramujo Achatina fulica é classificado entre as cem piores espécies invasoras e ocorre no mundo inteiro (Alowe et al, 2004). No Brasil, o diagnóstico das invasões destaca
      a ocorrência da espécie apenas em áreas antrópicas (Simião & Fischer, 2004, Fischer & Colley, 2004, 2005). Porém Raut & Barcker (2002) alertam para o problema
      ambiental desencadeado pela presença de A. fulica com o estabelecimento de grandes populações em florestas primárias e secundárias, como registrado em Ilhas
      Havaianas, de Java, Sumatra e na Índia. Os autores salientaram a competição com a fauna nativa e a perturbação floristica, uma vez que representam uma espécie
      altamente voraz e generalista. Este caramujo causa sérios danos econômicos em áreas agrícolas e oferece riscos sanitários como hospedeiros de nematóides vetores
      de doenças (Teles et al., 1997). A chegada da espécie no Brasil ocorreu por volta de 1988, atualmente está disseminado em quase todo país. (Teles et al., 1997). Os
      primeiros registros para o Paraná datam de 1994, em Morretes e Antonina, e em 2002 foi constatada a ocorrência em áreas alteradas em todo litoral (Kosloski &
      Fischer, 2003). A instalação da espécie invasora no ambiente antrópico e posterior ocupação de áreas nativas, sugere o início de uma saturação da população de A.
      fulica em áreas urbanas, fato preocupante, uma vez que os ricos de impactos ambientais se acentuam e dificultam as ações de controle. Assim, o presente estudo teve
      como objetivo diagnosticar a invasão de A. fulica em um fragmento de Floresta Ombrófila Densa (FOD) localizada em Morretes, Paraná.

MÉTODOS
O estudo foi realizado no mês de julho de 2005 em um fragmento de FOD localizado no município de Morretes (25º47’S e 48º83’O). Um córrego divide o fragmento em
       duas porções, uma mais alterada do que outra. A análise fitossociológica foi realizada através da instalação de 10 parcelas temporárias de 10m x 2,5m, totalizando
       250m² amostrados. As parcelas foram orientadas no sentido leste–oeste e distavam no máximo 20m do leito do rio. O diâmetro à altura do peito mínimo estabelecido
       para medição dos indivíduos arbóreos foi de 2,5cm. Os dados foram analisados com o software FLOREXCEL. Os moluscos foram coletados usando o esforço de três
       horas de amostragem (9h00 às 12h00) e três coletores. Foi mensurado o comprimento da concha, a distância do co-específico mais próximo e a altura em relação ao
       solo. A malacofauna associada foi coletada e fixada em álcool 90ºGL. Em laboratório, foi feita a autópsia de 60 adultos (> 8,0cm) e verificada a presença de ovos com
       casca.

RESULTADOS
O fragmento florestal está inserido no domínio da FOD no ambiente Aluvial. Este fragmento, que já sofreu intervenção humana pela exploração de madeira e
      palmito, encontra-se atualmente na transição da 4º para a 5º fase de sucessão secundária (IBGE, 1992). Pela análise fitossociológica, foram encontradas 43 espécies
      arbóreas, de 22 famílias. As espécies com maiores freqüências relativas foram Euterpe edulis Mart. (9,30%), Machaerium minutiflorum Tul. (6,98%) e Casearia
      decandra Jacq. (5,81%) e com maiores valores de dominância relativa foram Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake (16,66%), M. minutiflorum (10,09%) e
      Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns (7,91%). As espécies que obtiveram maiores valores de importância foram M. minutiflorum (23,69), E. edulis (23,68) e
      S. parahyba (18,48) e as com maiores valores de cobertura foram S. parahyba (17,32), M. minutiflorum (16,71) e E. edulis (14,38). Apenas uma espécie arbórea
      exótica foi encontrada, Citrus sinensis Osbeck, com um indivíduo. Duas plantas exóticas invasoras foram encontradas no estrato herbáceo-arbustivo, Hedychium
      coronarium J. König e Impatiens walleriana Hook. f., ambas presentes ao longo das margens do rio. Com base nos índices de diversidade de Shannon e de Simpson
      obtidos, 3,40 e 0,04 respectivamente, conclui-se que existe uma grande diversidade florística e uma grande heterogeneidade no fragmento, não podendo ser
      atribuída nenhuma relação específica entre a vegetação e A. fulica, confirmando o caráter generalista da espécie.
A uma temperatura de 20ºC e umidade relativa do ar de 95% foram coletados 396 moluscos com um tamanho médio de 7 2,3cm (N=396; i.v.=0,5–11,5), evidenciando
      tratar-se de uma população composta por indivíduos adultos. O grande tamanho dos animais com até 11,5cm de concha, sugere o estabelecimento recente. Estes
      valores diferem dos registros de Fischer & Colley (2004, 2005) e Simião & Fischer (2004) em populações antigas presentes em áreas antrópicas da região tanto em
      estações secas como chuvosas, onde a população de indivíduos juvenis era maior que a de adultos. Segundo Civeyrel & Simberloff (1996), a população de A. fulica
      passa por três fases durante seu estabelecimento, a primeira é de crescimento exponencial, determinada por indivíduos grandes e vigorosos; a segunda trata do
      estabelecimento da população com duração variável e a terceira é a fase de declínio caracterizada por uma população de pequenos indivíduos.
A porção menos alterada apresentou indivíduos maiores com média de 7,7 2,7cm (N=59; i.v.=0,511,5) que a porção mais alterada com média de 6,9 2,1cm (N=332; i.v. =1–
11). A maioria dos animais foi encontrada viva ( 2(1) =63,3; P<0,01) e possuíam tamanho maior do que os animais encontrados mortos (t398=-2,3; P 0,05). A ocorrência
acentuada de animais vivos, maduros e vigorosos, e de indivíduos pequenos mortos evidenciam a suscetibilidade dos filhotes a fatores ambientais presentes em áreas naturais e
inexistentes nas antrópicas.
A altura da posição dos animais em relação ao solo foi em média 10,8 3,3cm (N=396; i.v =0–250), sendo a maioria registrada no chão ( 2(1)=117; P<0,01). Na porção menos
alterada os moluscos foram coletados apenas no solo. Dados que, somados ao registro de prevalência de ocorrência isolada ( 2(1)=190; P<0,01) sugerem menor tamanho
populacional comparado à área disponível, fator contrário a registros de agregações e deslocamento vertical verificados em habitats saturados (Simião & Fischer, 2004, Fischer
& Colley, 2004, 2005).
A maioria significativa desses animais noturnos estava ativa ( 2(2)=143; P<0,01) durante toda a manhã. Deve-se considerar que o interior do fragmento era mais úmido e
escuro que a borda. Segundo Raut & Barker (2002) a expansão do horário de forrageamento depende da qualidade e da disponibilidade do alimento. O mesmo autor relata que
a A. fulica é capaz de permanecer em atividade mesmo sob condições extremas de temperatura e umidade atmosférica. O pequeno número de animais em estivação (N=2), e a
ausência de posturas e ovos retidos nos adultos são confrontante com os resultados obtidos por Fischer & Colley (2004, 2005) e Simião & Fischer (2004) conduzidos durante o
inverno em ambientes urbanos, onde registraram a maioria dos caramujos estivando e evidências de atividade reprodutiva (Fischer & Colley, 2005).
                    Dentre a fauna associada foram registrados animais decompositores corroborando com Fischer & Colley (2005). Com destaque para quatro moluscos da
família Bulimidae, dos quais três estavam mortos. A perda da diversidade pela competição e alteração ambiental causada na presença da invasora é um sério problema
ambiental reforçado pela deficiência de estudos da sistemática, ecologia e biologia das espécies endêmicas brasileiras.

CONCLUSÃO
O presente diagnóstico retrata a situação atual da espécie invasora A.fulica no Brasil. A ocorrência deste caramujo em Floresta Ombrófila Densa sugere a saturação do
ambiente antrópico. O longo tempo de invasão em Morretes por A.fulica, somada ao grande tamanho e espaçamento populacional, existência de poucos jovens e ocorrência no
solo, sugerem que esta ocupação seja recente. Extrapolando este padrão para o Brasil, onde populações de área urbana não são contidas, alerta-se para a rápida infestação de
novas áreas naturais e irreversíveis impactos ambientais devido a métodos de controle mais custosos e difíceis. Assim, medidas de manejo eficazes são urgentes requerendo
auxílio de autoridades competentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alowe,S, Browne,M & Boudjelas,S. 2004. 100 of the world’s worst invasive alien species. A selection from the global invasive species database. Disponível: www.issg.org/database [2004].
Civeyrel,L & Simberloff,D. 1996. A tale of two snails: is the cure worse than the disease? Biodiversity and Conservation, 5: 1231-1252.
Fischer,M.L & Colley,E. 2004. Diagnóstico da ocorrência do caramujo gigante africano na APA de Guaraqueçaba. 26 (54): 43-50.
Fischer,M.L & Colley,E. 2005. Espécie invasora em reserves naturais: Caracterização da População de Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca – Achatinidae) na Ilha Rasa, Guraqueçaba, Paraná.
Brasil. 5 (1).
IBGE. 1992. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. IBGE. Rio de Janeiro. (Série Geociências, n. 1).
Kosloki,M.A & Fischer,M.L. 2002. Primeira ocorrência de Achatina fulica (Bowdich, 1822) no litoral do Estado do Paraná (Mollusca; Stylommatophora; Achatinidae). Estudos de Biologia, 24: 65-
69.
Raut,K & Barker,G. 2002. Achatina fulica Bowdich and others Achatinidae pest in tropical agriculture in Mollusks as croup pest (Barker & Hamilton eds). New Zealand: CAB Publishing.
Simião,M.S. 2003. Estimativa populacional e caracterização da população de Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca; Achatiniade) no município de Pontal do Paraná, Paraná, Brasil. TCC de
Biologia da PUCPR.
Teles,H.M.S, Vaz,J.F, Fontes,L.R. & Domingos,M.F. 1997. Registro de Achatina fullica Bowdich, 1822 (Mollusca, Gastropoda) no Brasil: caramujo hospedeiro intermediário de Angiostrongilíase.
Rev. de Saúde, 31:310-312.
XVIII Encontro de Química da Região Sul                                                                                                                     Curitiba, 11 a 13 de novembro de 2010


Comunicação química no caramujo invasor Achatina fulica Bowdich,
1822: reação a frutos em diferentes estágios de desenvolvimento.
Adam Coelho de Aguiara*(IC), Marta Luciane Fischera(PQ), Francisco de Assis Marquesb(PQ) e
Carolina Magno Kostrzepaa (IC).
*adam.toelho@yahoo.com.br
a
    Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho, Curitiba, PR, 80215 901, Brasil.
b
    Universidade Federal do Paraná, Av Cel Francisco H dos Santos, s/n, Jardim das Américas, Curitiba, PR,: 81530-900, Brasil.

Palavras Chave: caramujo, atração, armadilha.
                          Introdução                                   o estágio de desenvolvimento do alimentos e o
                                                                       estado nutricional do animal também devem ser
O caramujo africano Achatina fulica Bowdich, 1822                      considerados3,4.
é uma espécie invasora de importância mundial há                                                        x 2=0,95,p>0,01   x 2=3,2,p>0,01   x 2=4,2,p>0,01
                                                                                                                                                                        Ind ef inid o
                                                                                                                                                            x 2=3,2,p>0,01   x 2=9,8,p<0,01
                                                                                                                                                                                               Neg ativo
                                                                                                                                                                                              x 2=9,8,p<0,01
                                                                                                                                                                                                                   Po sitivo
                                                                                                                                                                                                               x 2=3,8,p>0,01                    x 2=14,6,p<0,01
                                                                                                                                                                                                                                x 2=5,6,p>0,01                     x 2=8,6,p>0,01 x 2=8,6,p>0,01

mais de um século, causadora de impactos                                                         100%
                                                                                                                                                                                  *                                                                    *                *               *
ambientais, econômicos e de saúde pública6,7.                                                    90%

                                                                                                 80%
Ocorrem em elevadas densidades e utilizam a                                                      70%




                                                                       Frequencia relativa (%)
comunicação química como forma de navegação e                                                    60%
                                                                                                                                                                                  *                                                                                     *
orientação pelo ambiente2. Logo, a compreensão                                                   50%

dos mecanismos naturais de atração do caramujo                                                   40%
                                                                                                                                                                                                   *                                                   *
pode ser um importante aliado nos planos de                                                      30%                                                                                                                                                                                    *

controle e manejo, subsidiando a elaboração de                                                   20%


armadilhas específicas. Objetivou-se avaliar a                                                   10%

                                                                                                  0%
atratividade e o comportamento de jovens e filhotes                                                       Tomate
                                                                                                        maduro (total)
                                                                                                                             Tomate
                                                                                                                             maduro
                                                                                                                          (alimentado)
                                                                                                                                         Tomate
                                                                                                                                       maduro (jejum)
                                                                                                                                                      Tomate verde             Tomate
                                                                                                                                                                             fermentado
                                                                                                                                                                                              Uva madura            Uva
                                                                                                                                                                                                                fermentada
                                                                                                                                                                                                                                   Banana
                                                                                                                                                                                                                                   madura
                                                                                                                                                                                                                                                 Banana verde        Banana
                                                                                                                                                                                                                                                                   fermentada
                                                                                                                                                                                                                                                                                     Pepino




de A. fulica diante de compostos presentes em                          Figura 1. Frequência relativa de testes positivos, negativos e indefinidos
frutos em diferentes estágios de desenvolvimento.                      obtidos com indivíduos A. fulica em jejum e alimentados. Os valores
Para tal, utilizou-se um olfatômetro de escolha                        absolutos foram comparados através do teste do qui-quadrado, sendo os
                                                                       valores significativamente diferentes (p<0,05) acompanhados de asterisco
binária em forma de Y, com tubo de 4 cm de                             (considerando todos os três resultados) e de triângulo (comparando
diâmetro e 15 cm de comprimento de braço até a                         apenas resultados negativos e positivos).
bifurcação. Trinta testes foram efetuados para cada
situação analisada.                                                                                                                                           Conclusões
               Resultados e Discussão                                  As matrizes orgânicas influenciaram na atratividade
                                                                       e nos comportamentos exibidos pelos indivíduos da
A frequência de animais que escolheram o branco                        espécie A. fulica. Além disso, foi verificada a
ou o braço contendo o atrativo foi significativamente                  influência  das   matrizes   orgânicas    em    seus
menor nos testes com indivíduos alimentados. A                         diferentes estágios de desenvolvimento sobre os
maior atratividade foi registrada em animais diante                    animais,   exercendo     maior   atração,    quando
da uva madura , do pepino e da banana verde                            utilizados  vegetais   em    estágios  iniciais   de
(Figura 1). Por outro lado, foi exercida maior                         desenvolvimento, ou repelência, quando utilizados
repelência no tomate e banana fermentados (Figura                      vegetais em alto grau de fermentação.
1). Os animais demoram em média 42,7±72,8 seg.
(N =270; i.v.=0-459) para retirada de tentáculos e                                                                                                Agradecimentos
56,4±84 seg (N =270; i.v.=1-504) para o início do
deslocamento, sendo que as maiores médias                              Os autores agradecem à pró-reitoria de pesquisa e
ocorreram, respectivamente, em animais diante da                       pós-graduação da PUCPR, à equipe do Núcleo de
banana verde e da uva (madura e fermentada) e                          Estudos do Comportamento Animal (NEC-PUCPR)
tomate verde. Além disso, os animais demoraram                         e ao Departamento de Química da UFPR.
em média 588,3±362,7 seg (N =250; i.v.=100-1711)                       ____________________
                                                                       1
                                                                        Albuquerque, F.S., Peso-Aguiar, M.C., Assunção-Abulquerque, M.J.T e Gálvez,
para chegar na bifurcação e 931,3±370,3 seg                            L. Brasil J. Biol., 2009, v. 69, n.3, p. 879-885.
                                                                       2
(N=226;i.v.=278-1800), para realizar a escolha,                         Chase, R. Journal of Comparative Physiology, 1982, v. 148, n.2, p. 225-235.
                                                                       3
                                                                        Croll, R.P. e Chase, R. Behavioral Biology, 1977 v.19, p. 261-268.
sendo as maiores e menores médias obtidas diante                       4
                                                                        Croll, R.P. e Chase, R. Journal of Comparative Physiology, 1980 v. 136, n. 3, p.
do tomate e uva fermentados e no tomate verde e                        267-277.
                                                                       5
                                                                        Fischer, M.L.; Amadigi. I.S.N., In: Fischer M.L.; Costa, L.C.M. 1ed.
pepino, respectivamente. Autores como Raut e                           Champagnat, 2010 p. 49-99.
                                                                       6
Ghose (1983a,b) verificaram que a luz induz o                          7
                                                                        Mead, A.R. Chicago: University of Chicago published, 1961, on line.
                                                                        Raut, S. K e Barker, G M. Molluscs as Crop Pests. 2002. p. 55-114.
animal ao início da locomoção8,9. A umidade5,                          8
                                                                        Raut, S.K e Ghose, L.C. Records of the Zoological Survey of India, 1983a v.80,
também exerce efeito similar, podendo, até,                            p.421-440.
                                                                       9
                                                                        Raut, S.K e Ghose, L.C. Malacological Review, 1983b v.16, p. 95-96, 1983b.
influenciar significativamente no peso total e
crescimento de indivíduos da espécie1. Além disso,
Influência de substâncias contidas em fezes e co-específico morto na
       dispesão ativa de Achatina fulica Bowdich, 1822.
                                      1*                                       1                                                              2
Carolina Magno Kostrzepa (IC), Marta Luciane Fischer (PQ), Francisco de Assis Marques                                                             (PQ),
Adam Coelho de Aguiar1 (IC).
1
    Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho, Curitiba, PR, 80215 901, Brasil.
2
    Universidade Federal do Paraná, Av Cel Francisco H dos Santos, s/n, Jardim das Américas, Curitiba, PR,: 81530-900, Brasil.

*carolinamagno_k@yahoo.com.br


Palavras Chave: Caramujo, repelência, reação.
                          Introdução                                   dos animais4, correspondendo a estímulos para a
                                                                       dispersão ativa do indivíduo de A.fulica.
O caramujo africano Achatina fulica Bowdich, 1822
é originário da África e apresenta ampla distribuição
mundial.    Seu     hábito  generalista  e    grande
fecundidade classificam esse animal como uma das
espécies invasoras mais nocivas do mundo, uma
vez     que    promovem       impactos   ecológicos,
                                  5
econômicos e de saúde pública . A espécie utiliza
senso químico para mediar seu o comportamento
                                1
social, alimentar e de homing , logo hipotetiza-se
que perceba a saturação do ambiente causada pela
superpopulação, através do acúmulo de substâncias
químicas como a amônia, liberadas com excretas e
animais mortos. Assim, objetivou-se avaliar a
reação dos animais diante de fezes (N=180 testes)                      Figura 1. Freqüência relativa de resultados positivos, negativos e
e co-específicos mortos (N=30 testes), utilizando                      indefinidos obtidos com os testes realizados com c o-específico
nos testes um olfatômetro de escolha binária em                        morto, fezes frescas do co-específico em pouca, média e grande
forma de Y.                                                            quantidade e fezes secas do co-específica em pouca, média e
                                                                       grande quantidade; Os valores absoltos foram comparados
               Resultados e Discussão                                  através     do  teste    do   qui-quadrado, sendo     os   valores
                                                                       significativamente    diferentes   (P<0,05)  acompanhados       de
A maioria dos resultados diante do co-especifico                       asterisco.
morto foi indefinido, ou seja, mesmo o animal
apresentando um monitoramento do ambiente, não                                                     Conclusões
se deslocou (Figura 1). Diante de pequena e média
quantidade fezes frescas ou secas do co-específico                     Os dados do estudo subsidiam a hipótese de que
não houve diferença significativa nas respostas                        fezes de co-especícos e co-específicos mortos
(Figura 1), porém diante de grande quantidade, a                       possuem efeito repelente sobre os indivíduos de
maioria dos animais foi repelida (Figura 1). Para os                   Achatina fulica, demonstrando, porém, que a
indivíduos de A. fulica a presença de excretas                         repelência exercida pelas fezes de co-específico
nitrogenadas pode ser fator limitante para o seu                       tanto secas, quanto frescas, tem correlação com a
bem estar levando em consideração que em                               quantidade de material ao qual são expostos, sendo
criações comercias a concentração de amônia é um                       a concentração das substâncias um fator a ser
dos fatores que deve ser controlados , uma vez que                     considerado.
que o acúmulo dessa substância apresenta relação
com perda de peso e queda na fecundidade dos                                                  Agradecimentos
caramujos3.                                                            Os autores agradecem à equipe do Núcleo de
Os resultados obtidos no olfatometro juntamente                        Estudos do Comportamento Animal da PUCPR e ao
com os padrões motores exibidos pelos animais,                         departamento de química da UFPR.
demonstram que co-específico morto e as fezes
                                                                       1
podem, de fato, ter efeito repelente. Esses dados                        Chase, R.. J. Comp. Physiol. 1982,148, 225.
                                                                       2
subsidiam a hipótese de que a supoerpopulação                            Chase, R.; Croll, R. P.; Zeichmer, L . L., Beh. and Neural Biol.1980,
                                                                       30, 218.
pode motivar o animal a se dispersar, indicando                        3
                                                                         Pacheco, P.; Martins, M. F.; Spers, A.; Salgado, A. B.; Jardini, F. H.
toxicidade do ambiente e exaustão de recursos2,                        M.; Sender, L; Marques, M. S. Congr. Bras. de Med. Vet. 1996, 183.
                                                                       4
fatores que podem levar a mecanismos de proteção                         Raut, S. K.; Barker, G. M.Molluscs as Crop Pests. 2002, 3, 55.
                                                                       5
                                                                       Fischer, M.L.; Amadigi. I.S.N., In: Fischer M.L.; Costa, L.C.M. 1ed.
como a hibernação e estivação e também á morte                         Champagnat, 2010 . 50-171.
XVIII Encontro de Química da Região Sul                                                                                           Curitiba, 11 a 13 de novembro de 2010


Comunicação química no caramujo invasor Achatina fulica Bowdich,
1822: reação a compostos presentes em folhas e flores.
Adam Coelho de Aguiara*(IC), Marta Luciane Fischera(PQ), Francisco de Assis Marquesb(PQ).
*adam.toelho@yahoo.com.br

a
    Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho, Curitiba, PR, 80215 901, Brasil.
b
    Universidade Federal do Paraná, Av Cel Francisco H dos Santos, s/n, Jardim das Américas, Curitiba, PR,: 81530-900, Brasil.

Palavras Chave: caramujo, atração, controle.
                          Introdução                                   testadas, evidenciando a presença semioquímicos
                                                                       voláteis em folhas e flores passíveis de serem
O caramujo africano Achatina fulica Bowdich, 1822                      utilizados em armadilhas específicas, possibilitando,
é caracterizado por apresentar grande potencial                        assim, planos de controle e manejo mais eficientes.
invasor desenvolvido ao longo de sua evolução em                                                             x2 =12,8, p<0,01
                                                                                                                                               Indefinido
                                                                                                                                  x2 =19,4, p<0,01
                                                                                                                                                              Negativo
                                                                                                                                                        x2 =12,8, p<0,01
                                                                                                                                                                           Positivo
                                                                                                                                                                               x2 =12,6, p<0,01    x2 =26,6, p<0,01

bordas de florestas tropicais4. No Brasil, pode ser                                                  100%
                                                                                                                    *                   *                       *                     *                   *
                                           9                                                         90%
encontrada em 24 dos 26 estados , sendo                                                                                                 Ώ
                                                                                                                                                                                                         Ώ
                                                                                                     80%
considerada uma das cem piores espécie invasoras




                                                                           Frequência relativa (%)
                                                                                                     70%                                                                              *
do Mundo1, demandando medidas de manejo                                                              60%
         5
urgentes . Logo, a compreensão dos mecanismos                                                        50%                                Ώ                                                                Ώ
naturais de atração do caramujo pode ser um                                                          40%                                 *                                                               *

importante aliado nos planos de controle e manejo,                                                   30%           *                                           *

subsidiando     a    elaboração     de    armadilhas                                                 20%


específicas. Objetivou-se avaliar a atratividade e o                                                 10%


comportamento de jovens e filhotes de A. fulica                                                       0%
                                                                                                            Folhas de beijo      Flores de beijo            Folhas de             Babosa          Folhas de Couve
                                                                                                                                                            bananeira
diante de compostos presentes em flores e folhas.
                                                                       Figura 1. Frequência relativa de testes positivos, negativos e
Para tal, utilizou-se um olfatômetro de escolha                        indefinidos obtidos com indivíduos A. fulica em jejum. Os valores
binária em forma de Y, com tubo de 4 cm de                             absolutos foram comparados através do teste do qui-quadrado,
diâmetro e 15 cm de comprimento de braço até a                         sendo    os   valores   significativamente diferentes    (p<0,05)
bifurcação. Trinta testes foram efetuados para cada                    acompanhados de asterisco (considerando todos os três
                                                                       resultados) e do símbolo ômega (Ώ) (comparando apenas
vegetal in natura testado.                                             resultados negativos e positivos).

               Resultados e Discussão                                                                                               Conclusões
Os experimentos de atração de indivíduos A.fulica
                                                                       As matrizes orgânicas folhas e flores testadas
diante de matrizes orgânicas totalizaram 150 testes,
                                                                       influenciaram na atratividade e nos comportamentos
sendo registrada maior atratividade em animais
diante das folhas e flores do beijinho (Malvaviscus                    exibidos pelos indivíduos da espécie A. fulica,
arboreus), e das folhas de bananeira (Musa                             existindo a possibilidade de utilizá-las na elaboração
paradisiaca) e de couve (Brassica oleracea) (Figura                    de armadilhas específicas em planos de controle e
1). Por outro lado, foi exercida maior repelência pela                 manejo.
babosa (Aloe vera) (Figura 1). Os animais
demoraram em média 33,9±65,5 seg (N =150;                                                                                       Agradecimentos
i.v.=0-387)) para a retirada dos tentáculos,                           Os autores agradecem à pró-reitoria de pesquisa e
50,3±82,2 seg (N =150; i.v.=2-498) para o início do                    pós-graduação da PUCPR, à equipe do Núcleo de
deslocamento, 502±279,4 seg (N =142; i.v.=85-                          Estudos do Comportamento Animal (NEC-PUCPR)
1504) para chegar na bifurcação e 856,6±366,5 (N                       e ao Departamento de Química da UFPR.
=142; i.v.=267-1800). Apenas os tempos de                              ___________________
chegada à bifurcação (F(137)=2,38,p<0,01) diferiram                    1
                                                                        Alowe, S., Browne, M. e Boudjelas, S. 100 of the world’s worst invasive alien
entre os testes, sendo os maiores valores exibidos                     species. A selection from the global invasive species database, 2004, on line.
                                                                       2
                                                                        Croll, R.P.; Chase, R. Behavioral Biology, 1977, v.19, p. 261-268.
por animais diante da babosa, indicando um maior                       3
                                                                        Croll, R.P.; Chase, R. Journal of Comparative Physiology, 1980, v. 136, n. 3, p.
potencial de repelência. Por outro lado, as menores                    267-277.
                                                                       4
médias foram diante flor de beijinho. Autores como                      Fischer, M.L.; Amadigi. I.S.N., In: Fischer M.L.; Costa, L.C.M. 1ed.
                                                                       Champagnat, 2010 p. 49-99.
Mead (1961,1979) enfatizam que o alimento é fator                      5
                                                                        Fischer, M.L.; Simião ,M.; Colley, E.; Zenni, R.D.; Silva, D.A.T. e Latoski, N.
vital, sendo, porém, mais flexível qualitativa e                       Biota Neotropica, 2006, v. 6, n. 2, on line.
                                                                       6
                                                                        Mead, A.R. Chicago: University of Chicago published, 1961, on line.
quantitativamente na espécie em questão do que                         7
                                                                        Mead, A.R. Pulmonates, 1979. p.1-150.
                              6,7                                      8
em qualquer outro molusco , podendo se deslocar                         Teles, H.M.S.; Vaz, J.F.; Fontes, L.R.; Domingos, M.F. Revista de Saúde Pública,
                                                                       1997, v. 31, n.3, p. 310–312.
em direção a odores de alimentos que consumiram                        9
                                                                        Thiengo, S.C., Maldonado, A., Mota, E. M., Torres, E. J. L., Caldeira, R.,
por mais de 81 dias2,3. Os dados obtidos no                            Carvalho, O.S., Oliveira, A. P. M., Simões, R.O., Fernandez, M. A. e Lanfredi, R.
presente     trabalho    mostraram      uma    grande                  M. Acta Tropica, 2010, on line.

atratividade da espécie pelas matrizes orgânicas
RESUMOS DE TRABALHOS COM MOLUSCOS




                                      ENCONTROS LOCAIS




                                    SEMANA ACADÊMICA - BIOCEC
p.9
      5ª BIOCEC
p.13
       5ª BIOCEC
5ª BIOCEC




p.14
5ª BIOCEC
p.25
       5ª BIOCEC
p.25
       5ª BIOCEC
p.32
       5ª BIOCEC
RESUMOS DE TRABALHOS COM MOLUSCOS




                                         ENCONTROS LOCAIS



                                    Seminário de Iniciação Científica
2
2

2
DESCRIÇÃO DOS PADRÕES MOTORES NOS COMPORTAMENTOS
DE FORRAGEAMENTO, DESLOCAMENTO E DAS RELAÇÕES
INTRA-ESPECÍFICAS DA Achatina fulica BOWDICH, 1882
(ACHATINIDAE)
Leny                Cristina                 Milléo                       Costa               -             Orientador
Eloane           Rosa             Abade               -              Bolsista     PIBIC            -           PUCPR
Marta                      Luciane                        Fischer                   -                      Colaborador
Curso                        de                           Biologia                        -                     CCBS

Introdução: Achatina fulica é uma espécie exótica, introduzida no Brasil na década de oitenta. O hábito generalista,
associado a políticas deficitárias de controle deste caramujo, levou a sua multiplicação, causando problemas ambientais
tais como a renovação de espécies vegetais, a competição com moluscos nativos, além de tornar-se uma praga agrícola.
Partiu-se da premissa que o estudo comportamental possa contribuir para a compreensão das adaptações deste animal
aos fatores bióticos e abióticos nos diferentes microhabitats do litoral paranaense. Objetivos: Descrever os padrões
motores dos comportamentos de forrageamento, deslocamento e das relações intra-específicas. Método: Foram
acompanhados 354 caramujos em 204 horas de estudo sendo 186 horas com experimentos no laboratório do NEC-
PUCPR, envolvendo o meio aquático, animais recém-eclodidos (aspectos ontogenéticos), preferências de substratos;
forrageamento; homing e ovoposição. Na cidade de Morretes, PR realizaram-se as observações de campo com 24
animais referentes ao deslocamento em diferentes substratos e a troca de material genético num total de 18 horas.Os
métodos utilizados foram o ad libitum e o scan. Resultados: Obteve-se 22 padrões motores de forrageamento, 18 de
homing e 18 de deslocamento. Nas relações intra-específicas foram descritos 38 padrões, sendo cinco durante a
ovoposição; 18 no comportamento de saída da estivação do meio aquático e oito durante a troca de material genético. Os
recém-eclodidos realizaram sete atividades exclusivas e vinculados aos processos de saída do ovo. Os comportamentos
de forrageamento e deslocamento foram os mais ativos, não sendo observadas ações agonísticas. O gregarismo ocorreu
mais em laboratório e a troca do material genético foi detectada tanto nos moluscos cativos quanto nos de vida livre.
Conclusão: A capacidade adaptativa dos moluscos deve-se em parte a variedade de padrões no seu repertório
comportamental o qual deve ser levado em consideração nos métodos de controle e manejo da espécie. Acrescenta-se a
este fato que mesmo sendo moluscos terrestres, executaram atos comportamentais específicos para o meio aquático
ESTIMATIVA POPULACIONAL E DISTRIBUIÇÃO DE Achatina
fulica, BOWDICH, 1822 NA ILHA RASA, GUARAQUEÇABA, PR

Drª             Profª             Marta              Luciane              Fischer             -              Orientador
Eduardo              Colley               -          Bolsista             PIBIC              PUCPR                03/04
Bacharelado                       em                       Biologia                      -                       CCBS

Introdução: O molusco africano Achatina fulica, espécie invasora disseminada mundialmente, ocorre em 23 estados
brasileiros. Sua presença, principalmente em ilhas, resulta em graves prejuízos econômicos, médicos e ambientais.
Objetivos: Estimar e caracterizar a população de A. fulica na Ilha Rasa (25º15' e 25º30'S e 48º20' e 48º30'O). Método:
Coletas diurnas da A.fulica e fauna associada foram realizadas de agosto/2003 a julho/2004, na borda e interior de
floresta, restinga, mangue e área urbana nas comunidades de Almeida e Rasa. Os moluscos foram fixados em álcool
90% para posterior análise das gônadas. Foi conduzida uma análise etinoecológica a respeito do conhecimento popular
sobre o caramujo. Resultados: Foram coletados 959 caramujos, com uma média de 66,4 animais vivos por casa
vistoriada. Considerando o total de casas (N=136), estima-se que haja em torno de 9.000 animais na ilha. Os caramujos
predominaram durante primavera e outono, sendo encontrados principalmente em repouso, porém estivando no
inverno. Os maiores foram registrados na primavera e os menores no inverno. Ocorreram apenas no ambiente
antrópico, principalmente em Almeida, que se diferenciava por apresentar mais cercas-vivas, solo úmido e lixo. A altura
e distância variaram com a estação do ano. A espécie evidenciou preferência pela utilização de plantas como sítio de
repouso, sendo a maioria exótica como: bananeira e pau-dágua. No entanto, a ocorrência em locais específicos das
plantas e dos substratos naturais e antrópicos variou de acordo com a estação do ano, tamanho dos caramujos e
comunidades. A fauna associada compôs sete filos de invertebrados, destacando o caramujo endêmico Megalobulimus
parafragilior, pertencente a um gênero com espécies ameaçadas. A análise das gônadas evidenciou mais caramujos
férteis durante a primavera e a relação entre o tamanho da concha e o desenvolvimento do sistema reprodutor. Os
entrevistados reconheceram A.fulica como espécie exótica recentemente introduzida na ilha e alguns dados biológicos
e ecológicos, porém não souberam relacionar os agravos de saúde associados à espécie. Conclusão: A recente
introdução e a pequena população de A.fulica associada ao ambiente antrópico, plantas exóticas e lixo demanda um
plano de erradicação urgente e eficaz evitando o estabelecimento e a dispersão da população para as áreas nativas.
FERTILIDADE E ESTIVAÇÃO DO MOLUSCO AFRICANO Achatina
fulica BOWDICH, 1822: RESISTÊNCIA A FATORES ABIÓTICOS
Marta                     Luciane                      Fischer                        -                     Orientadora
Domitila         Maria          da          Silva          Bonato           -              Bolsista       PIBIC/PUCPR
Leny               Cristina                Milléo                Costa                      -             Colaboradora
Licenciatura           e             Bacharelado              em                Biologia              -           CCBS

Introdução: O caramujo africano Achatina fulica causa prejuízos econômicos, ambientais e sanitários mundialmente.
O conhecimento da resistência a fatores abióticos é fundamental para desenvolver planos de manejo e prevenção à
espécie invasora. Objetivos: Avaliar a resistência de diferentes estágios ontogenéticos a fatores abióticos como
temperatura, umidade, solo, sal, água doce e salobra e avaliar os mecanismos de estivação, enterramento e força.
Método: Testou-se a resistência dos ovos, jovens e adultos em diferentes substratos, profundidades de
enterramento, temperaturas, umidades, submersão em água doce e salobra e diante da presença de sal. Avaliaram-se
como favorecedores para entrada e saída de estivação: vento, temperatura, umidade, submersão em água doce,
enterramento e alimentos. A análise de preferência de substratos para repouso, oviposição, enterramento e estivação
foi realizada em semi-cativeiro (250 litros). A força foi verificada colocando pesos sobre a concha dos animais em
deslocamento horizontal e vertical. Resultados: Os ovos apresentaram baixa resistência à manipulação, mudança de
substrato e temperatura. A maior taxa de eclosão foi na terra úmida, sendo a orgânica o substrato escolhido para
oviposição. Na maior profundidade de enterramento ocorreu menor taxa de eclosão e nenhum recém-eclodido
desenterrou-se. Poucos fatores induziram a estivação, prevalecendo o enterramento, baixas temperaturas (9ºC) e
altas umidades (87%; submersão em água doce). A freqüência de estivação e resistência à submersão em água variou
conforme a classe de tamanho do caramujo, porém sobreviveram até 5h na água salobra e 20h na doce. No semi-
cativeiro foi verificada maior freqüência de enterramento (até 2,9+0,7cm) na terra e de estivação na terra e
compostagem, ambos durante meses frios. A parede foi preferida para repouso nos meses quentes e a terra e
compostagem, nos frios. A resistência ao sal foi baixa, e o animal não se aproximou do mesmo. Os caramujos
suportaram até 1,2x seu peso na horizontal e 6,7x na vertical. Conclusão: A baixa resistência dos ovos é compensada
pelo grande tamanho da postura (mais de 200 ovos) e deve ser considerada em um plano de manejo. Métodos de
controle que envolvam submersão em água e enterramento devem ser evitados, pois jovens e adultos apresentam
grande                      resistência                        a                   esses                     fatores.
,ECOLOGIA E CO
                            NTROLE DO CAR
                                                             AMUJO AFRICAN
                                                                                     O ACHATINA FUL
                                                       DENSIDADE POP                                        ICA: INFLUÊNCIA
                                                                               ULACIONAL                                          DA
                                                   Carolina Magno Kos
                                            Marta Luciane Fisch             trzepa – Orientador
                                                                    er – Bolsista financi
                                        Jhonatan Lima e Ta                                 ado CNPq
                                                               nia Caroline Coelho
                                                      Bacharelado em Bio                – Colaboradores
                                                                              logia – CCBS
          Introdução: O cara
                                mujo af ricano Ach
         distribu ição mundi                          atina fu lica Bowdich
                              al. O hábito gene ra                              , 1822 é or iginár io
         das espécies invaso                          lista e grande fecu                             da África e aprese
                              ras mais nocivas do                            ndidade são fatore                           nta ampla
        pública. Embora os                              mundo que promov                          s que torna esse ca
                                caramu jos viva m                                e impactos ecológ ic                  ra mujo uma
        causar efeitos d iret                           normalmente agre                                os, econôm icos e de
                             os e ind iretos nas po                            gados, é possível qu                           saúde
       recursos, causando                            pulações, em de corr                              e a superpopulação
                               mortalidade, dimin                             ência da toxicidade                             possa
       Para evitar esses da                           uição da fecundid                              do ambiente ou exau
                              nos, os animais po                             ade e surgimento                              stão dos
      Objetivos: estudar                             dem se dispersar co                           de indivíduos mal-f
                               o efeito da dens                                ns tantemen te aum                        ormados.
      distribu ição, co mpo                          idade populacional                             entando a sua dist
                             rtamen to e ov ipos                                na mor talidade,                         ribuição.
      Método: O experim                            ição de ind ivíduos                                crescimento, alimen
                            ento foi realizado no                           jovens e adultos de                             tação,
     Estudos do Compo                               período de agosto de                              A. fulica em labora
                            rtamento animal-P                                  2009 a ju lho de 2010                        tório.
     caixas de madeira                            UCPR. Utilizou-se                                    no laboratório Núc
                          de 30X20 cm co m                                228 animais os qu                                leo de
    caramujos foram m                           densidades de 8, 16                              ais foram condicio
                           edidos e tiveram se                         , 32 indivíduos, em                            nados em
    registrados, co mpl                           u posicionamento,                            4 repetições. Se man
                          etando 34 observ                              co mportamen to, co                          almente os
   populacional influe                           açõe s. Resultados:                            nsumo alimentar e
                         nciou direta mente                                Os resultados indi                        ov iposição
   crescimento, promov                         na população dos an                                 cara m que a de
                           endo a compe tição                           imais, aumentando                               nsidade
  de defesa. Porém                               por sítios preferidos                          a morta lidade, dim
                        não influenciou o                                  e maximizando a ov                        inuindo o
  estratég ia para com                         consumo alimentar,                                 ipos ição co mo mec
                        petição. Conclusão:                              ev idenciando o us                            an ismo
 populacional em lo                             Os resultados confir                           o de consumo rápi
                       cais restritos to rna                            mam a hipó tese de                           do como
 no seu desenvolvim                           os caramujos mais                                que o aumento da de
                        ento e cres cimento                           susc etív eis à morta                           nsidade
liberados pe las ex                            . Provavelmente al                            lidade, uma vez qu
                      cretas dos animais,                              tas concentrações                          e inte rfere
correlação negativa                            somados ao estres                              de compostos nitr
                       com a qualidade de                             se decorren te da co                         ogenados,
                                              vida dos indivíduos                              mpetição apresentam
                                                                    .                                                    uma
Publicações na Área - Mollusca
Publicações na Área - Mollusca

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiAndre Benedito
 
Primeiro registro do Mocho-diabo, Asio stygius, para o estado do Espírito Santo
Primeiro registro do Mocho-diabo, Asio stygius, para o estado do Espírito SantoPrimeiro registro do Mocho-diabo, Asio stygius, para o estado do Espírito Santo
Primeiro registro do Mocho-diabo, Asio stygius, para o estado do Espírito Santogabrielbiologia
 
Atividade de ciencias 3 7 ano - 1° bim - 2013
Atividade de ciencias 3    7 ano - 1° bim - 2013Atividade de ciencias 3    7 ano - 1° bim - 2013
Atividade de ciencias 3 7 ano - 1° bim - 2013Luciano Mendes
 
Recuperacao de Biologia
Recuperacao de BiologiaRecuperacao de Biologia
Recuperacao de Biologia3unicocbc
 
Efeitos de espécies de timbó
Efeitos de espécies de timbóEfeitos de espécies de timbó
Efeitos de espécies de timbóNatalia Martini
 
Prova 7º ano - 1º bimestre - 2010 - SME
Prova 7º ano - 1º bimestre - 2010 - SMEProva 7º ano - 1º bimestre - 2010 - SME
Prova 7º ano - 1º bimestre - 2010 - SMELeonardo Kaplan
 
Questoes abertas
Questoes abertasQuestoes abertas
Questoes abertasraahgma
 
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
Prova 7º ano - 3º bimestre  - 2010 - SME - Cientistas do AmanhãProva 7º ano - 3º bimestre  - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME - Cientistas do AmanhãLeonardo Kaplan
 
Extincao das Especies: uma ameaca ao direito das futuras geracoes
Extincao das Especies: uma ameaca ao direito das futuras geracoesExtincao das Especies: uma ameaca ao direito das futuras geracoes
Extincao das Especies: uma ameaca ao direito das futuras geracoesnataschatrennepohl
 
40ª edição - Zoo é Notícia
40ª edição - Zoo é Notícia 40ª edição - Zoo é Notícia
40ª edição - Zoo é Notícia Lucio Borges
 
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunesAnálise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunesCarlos Alberto Monteiro
 
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SMEProva 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SMELeonardo Kaplan
 
Recomenda es jos augusto senhorini ictiofauna
Recomenda es jos augusto senhorini   ictiofaunaRecomenda es jos augusto senhorini   ictiofauna
Recomenda es jos augusto senhorini ictiofaunaAMCanastra
 
Evolução da Vassoura de Bruxa e avaliação da resistência em progênies de cupu...
Evolução da Vassoura de Bruxa e avaliação da resistência em progênies de cupu...Evolução da Vassoura de Bruxa e avaliação da resistência em progênies de cupu...
Evolução da Vassoura de Bruxa e avaliação da resistência em progênies de cupu...Thiago Pinheiro
 

Was ist angesagt? (20)

Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
 
Artigo bioterra v20_n1_01
Artigo bioterra v20_n1_01Artigo bioterra v20_n1_01
Artigo bioterra v20_n1_01
 
Primeiro registro do Mocho-diabo, Asio stygius, para o estado do Espírito Santo
Primeiro registro do Mocho-diabo, Asio stygius, para o estado do Espírito SantoPrimeiro registro do Mocho-diabo, Asio stygius, para o estado do Espírito Santo
Primeiro registro do Mocho-diabo, Asio stygius, para o estado do Espírito Santo
 
Atividade de ciencias 3 7 ano - 1° bim - 2013
Atividade de ciencias 3    7 ano - 1° bim - 2013Atividade de ciencias 3    7 ano - 1° bim - 2013
Atividade de ciencias 3 7 ano - 1° bim - 2013
 
Itapua liquens artigo
Itapua liquens artigoItapua liquens artigo
Itapua liquens artigo
 
Acão degradadores de madeira
Acão  degradadores de madeiraAcão  degradadores de madeira
Acão degradadores de madeira
 
Recuperacao de Biologia
Recuperacao de BiologiaRecuperacao de Biologia
Recuperacao de Biologia
 
Efeitos de espécies de timbó
Efeitos de espécies de timbóEfeitos de espécies de timbó
Efeitos de espécies de timbó
 
Artigo 4
Artigo 4Artigo 4
Artigo 4
 
Prova 7º ano - 1º bimestre - 2010 - SME
Prova 7º ano - 1º bimestre - 2010 - SMEProva 7º ano - 1º bimestre - 2010 - SME
Prova 7º ano - 1º bimestre - 2010 - SME
 
Questoes abertas
Questoes abertasQuestoes abertas
Questoes abertas
 
Aula 05
Aula 05Aula 05
Aula 05
 
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
Prova 7º ano - 3º bimestre  - 2010 - SME - Cientistas do AmanhãProva 7º ano - 3º bimestre  - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME - Cientistas do Amanhã
 
Extincao das Especies: uma ameaca ao direito das futuras geracoes
Extincao das Especies: uma ameaca ao direito das futuras geracoesExtincao das Especies: uma ameaca ao direito das futuras geracoes
Extincao das Especies: uma ameaca ao direito das futuras geracoes
 
40ª edição - Zoo é Notícia
40ª edição - Zoo é Notícia 40ª edição - Zoo é Notícia
40ª edição - Zoo é Notícia
 
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunesAnálise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
 
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SMEProva 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME
Prova 7º ano - 3º bimestre - 2010 - SME
 
Itapua peixes cognato
Itapua peixes cognatoItapua peixes cognato
Itapua peixes cognato
 
Recomenda es jos augusto senhorini ictiofauna
Recomenda es jos augusto senhorini   ictiofaunaRecomenda es jos augusto senhorini   ictiofauna
Recomenda es jos augusto senhorini ictiofauna
 
Evolução da Vassoura de Bruxa e avaliação da resistência em progênies de cupu...
Evolução da Vassoura de Bruxa e avaliação da resistência em progênies de cupu...Evolução da Vassoura de Bruxa e avaliação da resistência em progênies de cupu...
Evolução da Vassoura de Bruxa e avaliação da resistência em progênies de cupu...
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (20)

Livro blog
Livro blogLivro blog
Livro blog
 
Alans
AlansAlans
Alans
 
Brasil resumcat
Brasil resumcatBrasil resumcat
Brasil resumcat
 
Akka testing
Akka testingAkka testing
Akka testing
 
ADE
ADEADE
ADE
 
Ancient Greece
Ancient GreeceAncient Greece
Ancient Greece
 
Seja feijoeiro
Seja feijoeiroSeja feijoeiro
Seja feijoeiro
 
Corporate Disputes newsletter
Corporate Disputes newsletterCorporate Disputes newsletter
Corporate Disputes newsletter
 
Casa design 2014
Casa design 2014Casa design 2014
Casa design 2014
 
Bondia Lleida 19072011
Bondia Lleida 19072011Bondia Lleida 19072011
Bondia Lleida 19072011
 
INGORCEWA Y SUS ASSOCIADOS.
INGORCEWA Y SUS ASSOCIADOS.INGORCEWA Y SUS ASSOCIADOS.
INGORCEWA Y SUS ASSOCIADOS.
 
Understanding industries
Understanding industriesUnderstanding industries
Understanding industries
 
Bondia.cat 28/02/2013
Bondia.cat 28/02/2013Bondia.cat 28/02/2013
Bondia.cat 28/02/2013
 
Prince akhal
Prince akhalPrince akhal
Prince akhal
 
fertilizantesFertilizantes
fertilizantesFertilizantesfertilizantesFertilizantes
fertilizantesFertilizantes
 
Koszule marki Agonista
Koszule marki AgonistaKoszule marki Agonista
Koszule marki Agonista
 
Cataleg de serveis de Dipsalut 2016
Cataleg de serveis de Dipsalut 2016Cataleg de serveis de Dipsalut 2016
Cataleg de serveis de Dipsalut 2016
 
Adlerian theraphy
Adlerian theraphyAdlerian theraphy
Adlerian theraphy
 
Diari del 20 de març de 2014
Diari del 20 de març de 2014Diari del 20 de març de 2014
Diari del 20 de març de 2014
 
Biossegurança
BiossegurançaBiossegurança
Biossegurança
 

Ähnlich wie Publicações na Área - Mollusca

Iniciação Científica e Trabalhos Desenvolvidos no NEC PUCPR - Caramujo Gigant...
Iniciação Científica e Trabalhos Desenvolvidos no NEC PUCPR - Caramujo Gigant...Iniciação Científica e Trabalhos Desenvolvidos no NEC PUCPR - Caramujo Gigant...
Iniciação Científica e Trabalhos Desenvolvidos no NEC PUCPR - Caramujo Gigant...ConexaoCaramujo
 
Banhado pachecos avifauna_accordi
Banhado pachecos avifauna_accordiBanhado pachecos avifauna_accordi
Banhado pachecos avifauna_accordiavisaassociacao
 
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de mata atlantica em join...
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de mata atlantica em join...Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de mata atlantica em join...
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de mata atlantica em join...Label-ha
 
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de amta atlantica (piraí)
Diversidade de abelhas (hymenoptera  apidae) em área de amta atlantica (piraí)Diversidade de abelhas (hymenoptera  apidae) em área de amta atlantica (piraí)
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de amta atlantica (piraí)Label-ha
 
Aula 2 classificação dos seres vivos-2º ano
Aula 2 classificação dos seres vivos-2º anoAula 2 classificação dos seres vivos-2º ano
Aula 2 classificação dos seres vivos-2º anocamaceio
 
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...Label-ha
 
Itapua bromelias microbiologia_landell_tese
Itapua bromelias microbiologia_landell_teseItapua bromelias microbiologia_landell_tese
Itapua bromelias microbiologia_landell_teseavisaassociacao
 
avaliação 3o serie bio 3o bi 2022.pdf
avaliação 3o serie bio 3o bi 2022.pdfavaliação 3o serie bio 3o bi 2022.pdf
avaliação 3o serie bio 3o bi 2022.pdfRicardoEliasValeLima
 
Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no parq...
Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no parq...Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no parq...
Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no parq...Label-ha
 
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiAndre Benedito
 

Ähnlich wie Publicações na Área - Mollusca (20)

Iniciação Científica e Trabalhos Desenvolvidos no NEC PUCPR - Caramujo Gigant...
Iniciação Científica e Trabalhos Desenvolvidos no NEC PUCPR - Caramujo Gigant...Iniciação Científica e Trabalhos Desenvolvidos no NEC PUCPR - Caramujo Gigant...
Iniciação Científica e Trabalhos Desenvolvidos no NEC PUCPR - Caramujo Gigant...
 
R0746 1
R0746 1R0746 1
R0746 1
 
Textos novas espécies
Textos novas espéciesTextos novas espécies
Textos novas espécies
 
Achatina fulica 2003
Achatina fulica 2003Achatina fulica 2003
Achatina fulica 2003
 
Livro de resumos do II EIEP
Livro de resumos do II EIEPLivro de resumos do II EIEP
Livro de resumos do II EIEP
 
Banhado pachecos avifauna_accordi
Banhado pachecos avifauna_accordiBanhado pachecos avifauna_accordi
Banhado pachecos avifauna_accordi
 
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de mata atlantica em join...
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de mata atlantica em join...Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de mata atlantica em join...
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de mata atlantica em join...
 
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de amta atlantica (piraí)
Diversidade de abelhas (hymenoptera  apidae) em área de amta atlantica (piraí)Diversidade de abelhas (hymenoptera  apidae) em área de amta atlantica (piraí)
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de amta atlantica (piraí)
 
Aula 2 classificação dos seres vivos-2º ano
Aula 2 classificação dos seres vivos-2º anoAula 2 classificação dos seres vivos-2º ano
Aula 2 classificação dos seres vivos-2º ano
 
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
 
Tubaraozoo
TubaraozooTubaraozoo
Tubaraozoo
 
R0920 1
R0920 1R0920 1
R0920 1
 
Coccinellidae
CoccinellidaeCoccinellidae
Coccinellidae
 
Artigo bioterra v21_n2_06
Artigo bioterra v21_n2_06Artigo bioterra v21_n2_06
Artigo bioterra v21_n2_06
 
Artigo bioterra v14_n2_04
Artigo bioterra v14_n2_04Artigo bioterra v14_n2_04
Artigo bioterra v14_n2_04
 
Achatina fulica 2003
Achatina fulica 2003Achatina fulica 2003
Achatina fulica 2003
 
Itapua bromelias microbiologia_landell_tese
Itapua bromelias microbiologia_landell_teseItapua bromelias microbiologia_landell_tese
Itapua bromelias microbiologia_landell_tese
 
avaliação 3o serie bio 3o bi 2022.pdf
avaliação 3o serie bio 3o bi 2022.pdfavaliação 3o serie bio 3o bi 2022.pdf
avaliação 3o serie bio 3o bi 2022.pdf
 
Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no parq...
Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no parq...Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no parq...
Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no parq...
 
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
 

Mehr von ConexaoCaramujo

Protocolo para Diagnóstico de Populações Achatina fulica
Protocolo para Diagnóstico de Populações Achatina fulica Protocolo para Diagnóstico de Populações Achatina fulica
Protocolo para Diagnóstico de Populações Achatina fulica ConexaoCaramujo
 
Caramujo Gigante Africano - Saúde
Caramujo Gigante Africano - SaúdeCaramujo Gigante Africano - Saúde
Caramujo Gigante Africano - SaúdeConexaoCaramujo
 
Modelo cartaz Divulgação - 2
Modelo cartaz Divulgação - 2Modelo cartaz Divulgação - 2
Modelo cartaz Divulgação - 2ConexaoCaramujo
 
Modelo cartaz Divulgação 1
Modelo cartaz Divulgação 1Modelo cartaz Divulgação 1
Modelo cartaz Divulgação 1ConexaoCaramujo
 
Modelo Folder Conexão Caramujo
Modelo Folder Conexão CaramujoModelo Folder Conexão Caramujo
Modelo Folder Conexão CaramujoConexaoCaramujo
 
Primeira ocorrência de achatina fulica
Primeira ocorrência de achatina fulicaPrimeira ocorrência de achatina fulica
Primeira ocorrência de achatina fulicaConexaoCaramujo
 
Referencias achatina fulica
Referencias achatina fulicaReferencias achatina fulica
Referencias achatina fulicaConexaoCaramujo
 

Mehr von ConexaoCaramujo (11)

Protocolo para Diagnóstico de Populações Achatina fulica
Protocolo para Diagnóstico de Populações Achatina fulica Protocolo para Diagnóstico de Populações Achatina fulica
Protocolo para Diagnóstico de Populações Achatina fulica
 
Material controle prezi
Material controle preziMaterial controle prezi
Material controle prezi
 
Controle de ovos prezi
Controle de ovos preziControle de ovos prezi
Controle de ovos prezi
 
Declínio espontaneo
Declínio espontaneoDeclínio espontaneo
Declínio espontaneo
 
Caramujo Gigante Africano - Saúde
Caramujo Gigante Africano - SaúdeCaramujo Gigante Africano - Saúde
Caramujo Gigante Africano - Saúde
 
Modelo cartaz Divulgação - 2
Modelo cartaz Divulgação - 2Modelo cartaz Divulgação - 2
Modelo cartaz Divulgação - 2
 
Modelo cartaz Divulgação 1
Modelo cartaz Divulgação 1Modelo cartaz Divulgação 1
Modelo cartaz Divulgação 1
 
Modelo Folder Conexão Caramujo
Modelo Folder Conexão CaramujoModelo Folder Conexão Caramujo
Modelo Folder Conexão Caramujo
 
Achatina x Mega
Achatina x Mega Achatina x Mega
Achatina x Mega
 
Primeira ocorrência de achatina fulica
Primeira ocorrência de achatina fulicaPrimeira ocorrência de achatina fulica
Primeira ocorrência de achatina fulica
 
Referencias achatina fulica
Referencias achatina fulicaReferencias achatina fulica
Referencias achatina fulica
 

Kürzlich hochgeladen

apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 

Kürzlich hochgeladen (20)

apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 

Publicações na Área - Mollusca

  • 1. RESUMOS DE TRABALHOS COM MOLUSCOS ENCONTROS NACIONAIS ENCONTRO BRASILEIRO DE MALACOLOGIA
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Monitoramento da invasão da Achatina fulica Bowdich, 1822 em uma área natural do município de Morretes, Paraná Nicole Miuki Latoski1 ; Marta Luciane Fischer2 ; Eduardo Colley3, Robiran José dos Santos Junior1, Lays C. Parolin1, Massao Vinicius Itou1 e Lívia H. Moraes1 1. Graduandos do Curso do Biologia PUCPR estagiários do Laboratório núcleo de estudos do comportamento animal PUCPR. R. Imaculada Conceição,1155 80215-901, Curitiba PR. nicole.latoski@gmail.com.br 2. Prof. Dr. do Curso de Biologia PUCPR, Laboratório núcleo de estudos do comportamento animal. 3. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Zoologia Museu Nacional do Rio de Janeiro – Laboratório de Malacologia. O caramujo africano Achatina fulica está presente em vida livre no estado do Paraná desde 1994, porém apenas nos últimos dois anos tem sido registrado em áreas naturais. No município de Morretes foi localizada uma população em uma área de Floresta Ombrófila Densa constituída de vegetação nativa bem preservada. O deslocamento das populações invasoras da área urbana para as naturais é extremamente preocupante, uma vez que o controle e manejo se tornam muito mais difíceis. Assim, objetivou-se monitorar a invasão de A. fulica nesta área natural. Foi realizada a caracterização da população em três vistorias: julho e novembro de 2005 e janeiro de 2007. Nas vistorias três grupos de duas pessoas coletaram os animais por 2h, anotando tamanho, distância do caramujo mais próximo, localização, altura com relação ao solo e atividade. Na última vistoria foram registradas mais conchas do que exemplares vivos ( 2(2)=115; P<0,01) sugerindo se tratar de indivíduos remanescentes da colonização inicial que já ocupavam a área sem uma sobreposição de gerações. Corroborando com esses dados os animais da última amostragem foram significativamente maiores (F(577)=9,5 P<0,01) indicando pequena taxa de reprodução e recrutamento. Já a distância entre os co-específicos foi maior na última amostragem (F(548)=8,3 P<0,01) elucidando uma distribuição mais esparsa, o que pode diminuir os encontros e a reprodução. Por outro lado, a maior distribuição vertical (F (475)=14,8 P<0,01) sugere relação com os períodos chuvosos que tornam o solo mais úmido. Os dados do presente monitoramento evidenciam que logo após a invasão os indivíduos se caracterizam por possuir concha forte, grande tamanho, expansão do horário de atividade, porém em todas as amostragens ocorreram animais grandes, sendo encontradas apenas conchas de juvenis. Provavelmente as condições ambientais com alta umidade foram limitantes para o recrutamento dos filhotes, não permitindo a sobreposição de gerações. A alta mortalidade dos indivíduos colonizadores contribui para o aumento da distância entre eles e conseqüentemente para a diminuição das chances de encontro entre os animais e minimizando, assim, a reprodução. Os resultados sugerem que as condições encontradas pelo molusco em ambientes antrópicos sejam mais favoráveis no estabelecimento das populações do que em ambientes naturais.
  • 17. Agregação em adultos, jovens e filhotes Achatina fulica Bowdich, 1822: análise do comportamento diante do muco do co-específico Nicole Miuki Latoski1 & Marta Luciane Fischer2 & Francisco A. Marques3 1. Graduanda do Curso do Biologia PUCPR estagiária do Laboratório núcleo de estudos do comportamento animal PUCPR. R. Imaculada Conceição,1155 80215-901, Curitiba PR. nicole.latoski@gmail.com.br 2. Prof. Dr. do Curso de Biologia PUCPR, Laboratório núcleo de estudos do comportamento animal. 3. Prof. Dr. do Curso de Química UFPR, Laboratório de Ecologia Química e Síntese de Produtos Naturais. Os caramujos Achatina fulica normalmente ocorrem agregados durante o repouso. Questiona- se se esse comportamento é mediado por sinais químicos presentes no muco. Assim, objetivou-se avaliar a direção de deslocamento diante do muco de diferentes estágios ontogenéticos. Os caramujos foram estimulados a caminhar sobre papel filtro para retirada do muco. Em um terrário foram colocados dois papéis lado a lado, um com muco e outro sem, e então foi colocado o molusco diante e eqüidistante dos dois papéis e verificado o tempo despendido para o deslocamento e a direção adotada. O tempo de espera foi 50 minutos. Para cada combinação entre adultos, jovens e recém-eclodidos foram realizadas 30 réplicas. Para avaliação se a escolha foi devido ao muco ou à umidade, foi testado para cada categoria papel úmido com água e papel seco e papel úmido e muco. A decisão em se deslocar em direção ao muco ou outro estímulo variou com o estágio ontogenético. O adulto optou pouco pelo muco independentemente do experimento. Já os jovens (muco adulto x seco: ²(2)=25;P<0,01) e os recém-eclodidos (muco jovem x seco: ²(2)=19;P<0,01; muco adulto x úmido: ²(2)= 9,8; P<0,01) preferiram o muco. No teste com papel seco e úmido, a maioria foi para o úmido ( ²(2)= 20,6; P<0,01). Nos testes com muco de jovem, os jovens e recém-eclodidos foram mais para o muco do que os adultos, e os recém-eclodidos mais que os jovens. Diante do muco de adulto, os jovens foram mais para o muco do que os adultos. Nos testes com muco e úmido, os adultos foram mais para o muco que os jovens e os recém-eclodidos mais que os adultos. Nos testes com papel seco e úmido, jovens e recém-eclodidos não diferiram, embora ambos preferiram mais o úmido que os adultos. O tempo necessário para os animais iniciarem o comportamento exploratório (F(221)=3,8;P<0,01), bem como para a decisão da escolha (F(314)=5,6; P<0,01) diferiu entre os testes, sendo maior no adulto e menor no jovem diante do muco de adulto. Os dados do presente estudo mostram que os jovens e recém-eclodidos têm uma maior responsividade ao muco co-específico do que os adultos.
  • 18.
  • 19. XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA UBERLÂNDIA - 2003
  • 20.
  • 21. XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA Campo Grande 2004
  • 22. XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA Campo Grande 2004
  • 23. XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA Campo Grande 2004
  • 24. XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA Campo Grande 2004
  • 25. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA SAZONALIDADE DA OVIPOSIÇÃO DE Achatina fulica BODWICH,1822 (MOLLUSCA; ACHATINIDAE) EM LABORATÓRIO XXI ENCONTRO NACIONAL DE ETOLOGIA Izabel S. NERING1; Lygia HASSELMANN1; Marta L. FISCHER2; Leny C. M.COSTA2 1 Estagiárias do Núcleo de Estudos do Comportamento animal (NEC-PUCPR) e graduandas do curso de biologia PUCPR; izabel.nering@pucpr.br; 2Profª. Drª. Do Curso de Biologia - PUCPR/ Núcleo de Estudos do Comportamento Animal (NEC-PUCPR). marta.fischer@pucpr.br e leny.cristina@pucpr.br O caramujo africano Achatina fulica é uma espécie invasora disseminada no Brasil, ocorrendo preferencialmente no ambiente antrópico. A presença dessa espécie exótica pode causar sérios problemas de Campo Grande 2004 saúde, ambientais e econômicos. Em diferentes países tem sido observado um ciclo sazonal de oviposição da espécie, sendo duas fases de oviposição, uma na primavera e outra no outono e ausência de posturas no inverno. Partindo-se da premissa que no sul do Brasil a espécie exiba um padrão similar, objetivou-se avaliar a sazonalidade da oviposição da A. fulica no laboratório do NEC no período de abril de 2003 a agosto de 2004. Foram acompanhados cerca de 300 indivíduos coletados no litoral paranaense. Ao longo do período de observação novos animais foram incorporados ao lote de criação e os mortos repostos. Os animais foram mantidos em grandes grupos (com mais de 30 indivíduos) em terrários de vidro de 50l e em caixas plásticas de 20l ou isolados (n=90) em recipientes de 5l. Os caramujos foram alimentados três vezes por semana com vegetais e, concomitantemente, verificada a postura de ovos. Os animais foram mantidos a temperatura e umidade relativa do ar ambiente. Durante o mês de maior oviposição foi realizada uma vistoria em espécies livres na área urbana de Guaraqueçaba, PR, a fim de verificar a ocorrência do mesmo padrão. As cópulas foram observadas durante os meses de novembro até janeiro. Em 2003 foi registrada apenas uma postura contendo 192 ovos. Novas desovas começaram somente a partir de janeiro de 2004 e ocorreram em todos os meses até junho. Foram obtidos até o presente momento 4837 ovos distribuídos em 45 desovas com uma média de 120,9 ± 74,6 ovos (n=45; i.v.=3-411). O maior número de desovas (X2(4)=19,5; P<0,01) e o maior número médio de ovos por desova (H=17,4; P<0,01), foram obtidos nas oviposições de maio. Em Guaraqueçaba no outono foram registradas 62 desovas em três dias de vistorias, sendo uma média de 2±1,4 por terreno, confirmando assim o ciclo de oviposição no outono. Os dados do presente estudo sustentam a expectativa da existência do ciclo sazonal de oviposição em A. fulica, uma vez que apesar das desovas ocorrerem durante todo o verão, houve predominância no outono, e foi cessada com a entrada do inverno. Palavras-chave: caramujo africano, comportamento reprodutivo, espécie invasora, fecundidade
  • 26. Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca: Achatinidae): análise da profundidade e freqüência de enterramento e desenterramento Domitila Bonato, Marta L. Fischer e Leny Cristina Milléo Costa O caramujo africano de importância econômica, médica e ambiental Achatina fulica freqüentemente se refugia no solo. O conhecimento deste mecanismo é um importante subsídio para o manejo. Portanto, objetivou-se analisar a profundidade e freqüência de enterramento e desenterramento. Os estudos foram desenvolvidos no NEC, entre outubro e novembro de 2003. No primeiro experimento, em um terrário de 90l contendo 45l de terra, registrou-se tempo, profundidade e quantidade de moluscos que se enterraram durante uma semana. No segundo, caramujos grandes e médios foram enterrados a 16cm e pequenos a 9cm. Durante sete dias foram oferecidos estímulos (alimentos, fezes e umidade) para verificar a freqüência de desenterramento. Em ambos estudos foram realizadas 30 repetições com cada classe de tamanho. O enterramento foi total ou parcial. O total foi mais freqüente nos pequenos e o parcial, nos médios (X2(2)=34,4;P<0,01), embora estes preferiram permanecer nas paredes. O tempo médio para enterramento diferiu nas três classes (H=20,7;P<0,01), sendo de 3+1,4dias (n=27;i.v.=1-4) para os pequenos, 2,9+dias(n=11;i.v=1-5) para os médios e 5,5+0,7(10;4-6) para os grandes. A profundidade média de enterramento foi 2,05+1,3(n=18;i.v.=5-4) nos pequenos, 1,75+1,76(n=2;i.v=5-3) nos médios e 0,5(n=3) nos grandes. O desenterramento foi mais freqüente nos grandes (X2(2)=13,1;P<0,01), porém, os médios foram mais rápidos (H=9;P<0,01) e apresentaram duas mortes. A quantidade de médios e pequenos que permaneceram enterrados foi maior (X2(2)=14,5;P<0,01). Os dados evidenciaram que o enterramento e desenterramento relaciona-se com o papel ecológico de cada fase de desenvolvimento, sugerindo que os pequenos por serem mais sedentários e vulneráveis à predação se enterram mais freqüentemente, mais fundo e mais rápido; os médios representam a fase mais ativa e de dispersão sendo mais freqüente nas paredes, enterrando-se parcialmente e não conseguindo desenterrar-se facilmente. Já os adultos que representam a fase reprodutiva demoram mais para estivar, desenterram-se mais rápido e reagem a estímulos de odor de alimento. Pág 289
  • 28.
  • 29.
  • 30. Análise preliminar da dieta de Megalobulimus (Mollusca; Megabulimidae) em ambiente natural e cativeiro Nicole Miyuki Latoski ¹ Marta Luciane Fischer ² 1 – Graduanda do Curso de Biologia PUCPR, Estagiária do Núcleo de Estudos do Comportamento Animal – NEC-PUCPR, Estagiária Bióloga da Associação H2O Ambiência de Proteção Ambiental. E-mail: nicole.latoski@pucpr.br, nicole.latoski@gmail.com 2 – Profª Drª Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Núcleo de Estudos do Comportamento Animal (NEC-PUCPR). Rua Imaculada Conceição, 1155, CEP 80.215-901, Ctba, Pr; E-mail: marta.Fischer@pucpr.br Os caramujos endêmicos do gênero Megalobulimus são freqüentemente encontrados em baixas densidades próximas a áreas alteradas na Floresta Atlântica/PR, o que levanta a suposição de apresentarem hábitos generalistas. Objetivou-se registrar os alimentos consumidos por jovens e adultos de Megalobulimus sp em campo e cativeiro. As observações foram realizadas na chácara da ONG H2O Ambiência no município de Morretes e no NEC-PUCPR. No ambiente natural foram conduzidas observações mensais ad libitum de 17 indivíduos (14 adultos, 3 jovens) de abril a setembro/2005. Em laboratório 20 animais (10 adultos, 10 jovens) foram mantidos em pares em terrários de 60x30cm contendo terra orgânica e água. Durante o período de agosto/2004 a agosto/2005 foram oferecidos 30 itens agrupados em: Hortaliças (agrião, alface, couve, espinafre, repolho, rúcula), Frutos (banana, chuchu, laranja, maçã, mamão, pêra), raízes (batata, beterraba, cenoura), Flores(Beijinho, brócolis, couve-flor, hibisco), ornamentais (comigo-ninguém-pode, gramíneas, hibisco, serrapilheira) e secos (farelo:milho/trigo, farinha:milho/casca de ovo e concha de ostra, giz, ração: cães/gatos/galináceos). Em campo foi registrado o consumo de flor de beijinho, gramíneas, microfungo(Aspergillus), serrapilheira(folhas: secas/decomposição) e terra. Em laboratório, houve consumo de 90% dos itens oferecidos e ainda terra, Aspergillus, que se desenvolveu sobre a ração para cães e farinha de milho umedecidas com o muco, e papelão, utilizado como divisória.Também foi registrada a raspagem da concha de coespecífico, de ostra e granito. Flor e folha de hibisco, laranja e casca de banana não foram consumidos. A ingestão de diferentes itens confirma a hipótese dos hábitos generalistas dos Megalobulimus estudados e fundamenta sua associação com ambientes alterados. Este resultado deve servir como indicativo da possibilidade da competição com o caramujo africano Achatina fulica, o qual, além de possuírem hábitos alimentares generalistas, ocorrem nos microhabitats do Megalobulimus, nas bordas da Floresta Atlântica do Paraná, porém em número muito mais elevado.
  • 31. Utilização da avaliação da maturidade das gônadas para monitoramento das populações do caramujo invasor Achatina fulica . Izabel Schneider Nering, ESPECIALIZAÇÃO EM MICROBIOLOGIA PUCPR E NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL PUCPR Dra Marta Luciane Fischer, NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL PUCPR A elaboração de protocolos para caracterização e monitoramento de populações de A. fulica é um ponto fundamental para o controle dessa praga, no entanto os parâmetros avaliados devem representar as características populacionais além de serem possíveis de comparação. Desta forma, objetivou-se relacionar características ambientais e das populações de A. fulica com o desenvolvimento das gônadas. Os dados de campo foram obtidos nos municípios do litoral paranaense: Pontal do Paraná (25º40'25''S e 48º30'40''W), Morretes (25°26’01”S e 48°52’26”W) e Guaraqueçaba (25º18'24''S e 48º19´44''W) em amostragens realizadas no verão 2005/2006. Em cada município foram amostradas diferentes populações e registradas características ambientais (tipo de terreno, vegetação e temperatura), das populações (tamanho, altura e distância), do animal (cicatriz e descalcificação da concha, manchas e deformações no corpo e desenvolvimento das gônadas). A análise das gônadas foi realizada em todas as populações, sendo categorizadas em: gônada em desenvolvimento; gônada madura sem ovos; gônada madura com ovos e gônada imatura. No município de Pontal do Paraná foram amostradas populações caracterizadas por terem os menores tamanhos, altura e distância do co-específico, com maior ocorrência em substratos artificiais, sendo mais freqüente a ocorrência de animais com gônadas em desenvolvimento (x2(3) = 86,9; P< 0,01). No município de Morretes foram amostradas populações presentes na área rural e em mata nativa caracterizada por ocorrer mais em substratos naturais. Tanto a gônada em desenvolvimento quanto a madura sem ovos foram os mais freqüentes (x2(3) = 235; P< 0,01). O município de Guaraqueçaba caracterizou-se por possuírem animais com conchas com cicatriz e descalcificação além de apresentar em maior quantidade caramujos com gônadas maduras, porém sem ovos (x2(3) = 243; P< 0,01). Não foi encontrada relação entre o tamanho médio dos moluscos e os quatro tipos de gônadas. Também não houve relação entre o tamanho dos animais com estágios de amadurecimentos das gônadas entre os caramujos de diferentes populações e municípios. Os dados do presente estudo se constituem de um importante subsídio para os protocolos de monitoramento populacional, uma vez que a avaliação do desenvolvimento da gônada é fundamental para determinação do estágio reprodutivo o que não é possível fazendo apenas a avaliação do comprimento da concha, além de esta poder não corresponder com a fisiologia reprodutiva do caramujo. Palavras Chave: desenvolvimento gonadal, fecundidade, manejo
  • 32. Avaliação preliminar do consumo alimentar de Megalobulimus paranaguensis (Gastropoda, Megalobulimidae) Cristo, G. C., PUCPR Fischer, M. L., PUCPR O caramujo nativo da Floresta Atlântica Megalobulimus paranaguensis (Pielsbry & Ihering, 1900) ocorre em baixa densidade no litoral paranaense principalmente depois da invasão da Achatina fulica Bowdich, 1822, sendo mais facilmente encontrado em ambientes alterados, principalmente ao redor de construções antrópicas. Apesar de várias espécies do gênero estarem na lista de espécies ameaçadas brasileiras pouco é conhecido a respeito de sua biologia. Assim, objetivou- se avaliar o consumo alimentar de M. paranaguensis em cativeiro. O presente estudo foi realizado no laboratório NEC-PUCPR no período de abril a junho de 2007. Para tal foram utilizados 10 caramujos adultos e 7 filhotes presentes no lote de criação. Os animais foram individualizados em terrários (30x31x54) contendo terra, areia e água. Os alimentos foram divididos em três grupos: lixo (4 tipos de alimentos testados); hortaliça (5 tipos de alimentos testados); flores (5 tipos de alimentos testados). Foram oferecidas três poções com a medida de 54 cm² de área para os adultos e um terço da medida para os filhotes. Os alimentos ficaram disponíveis para os animais num período de 48 horas, sendo registrado a porcentagem de consumo categorizada em: 0, 25, 50, 75, 100%. Não foi aplicado nenhum estímulo para o animal entrar em atividade. A freqüência de consumo foi baixa em todos os grupos de alimentos testados. Porém o grupo de hortaliça foi mais consumido e o grupo das flores menos consumidos (x2(2)=9,4 P<0,01). No entanto, quando comparadas, as freqüências de alimento consumido entre flores e lixo, o lixo foi mais consumido (x2=25,3 P<0,01), e ao comparar lixo e hortaliças, o último grupo foi mais consumido (x2=12,8 P=0,01). As hortaliças foram mais consumidas, se compradas com o grupo das flores (x2=64,1 P<0,01). Dentro do grupo lixo o alimento mais consumido foi o macarrão cozido (x2(3)=8,4 P<0,05). Nas hortaliças, o alimento mais consumido foi a alface (x2(4)=16,8 P<0,01) e o grupo das flores não foi consumido significativamente. O presente estudo verificou que os indivíduos da espécie M. paranaguensis têm preferência por hortaliças, porém o fato de consumirem diferentes itens sugere a adoção de um hábito alimentar generalista, podendo a espécie invasora A. fulica representar um potencial competidor, principalmente em ambientes alterados. Palavras Chave: alimentação, Aruá-do-mato
  • 33. Perspectivas de manejo do caramujo invasor Achatina fulica : avaliação dos aspectos relacionados à colonização de substratos Nicole Miyuki Latoski, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL Marta Luciane Fischer, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL Giovana Elisa Barrozo Da Silveira, NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL O caramujo invasor Achatina fulica Bowdich, 1822 é um sério problema ambiental que tem se espalhado pelo Brasil podendo causar também impactos de saúde e econômicos. Apesar de ser transportado passivamente podem exibir uma expansão territorial ativa. Assim, objetivou-se avaliar a colonização dos substratos pelo caramujo invasor. O presente estudo foi desenvolvido no NEC- PUCPR durante agosto/2006 a julho/2007. Foram realizados experimentos quanto à distribuição e ocupação de substratos conforme a densidade (0,1,2, e 4 residentes e 1, 2 e 4 colonizadores) e o desenvolvimento ontogenético (combinação entre residentes e colonizadores jovens: concha menos 4cm comprimento e adultos concha maior que 4cm), totalizando 36 experimentos com 10 réplicas cada. O colonizador foi colocado no terrário (30 L) contendo terra e areia e foram registrados os padrões motores exibidos durante 10min, então, registrou-se posições e comportamentos em 1, 24 e 48h. A terra e o vidro foram ocupados preferencialmente pelos residentes, enquanto que invasores predominaram na areia, sendo adultos invasores os que usaram mais o vidro. O residente apresentou maior tenacidade nas primeiras horas, não diferindo entre jovem e adulto. A análise de correspondência elucidou que o residente ficou mais sedentário após 24h e o invasor, após 48h. A atividade dos animais teve relação com período e tamanho. Quando o residente era pequeno, foram obtidas menores freqüências de repouso após 10 min; poucos residentes com invasores adultos, após a fase do comportamento exploratório, os animais ficaram em repouso e começaram a se enterrar. Após 24 e 48h houve predomínio do repouso, sendo a maior freqüência de enterramento em residentes. Para adultos residentes após 10 min predominou o repouso, mas com a entrada do invasor, após 1h, a maioria dos animais se movimentam; a maior freqüência de repouso foi com invasor jovem. Após 24 e 48h, a maioria dos animais ficaram em repouso, sendo as maiores freqüências de enterramento em residentes, principalmente com invasores adultos. Durante a colonização, o tamanho e a densidade se mostram fatores importantes favorecendo o deslocamento dos demais animais evidenciando que esses são mecanismos que favorecem a locomoção ativa. Os mecanismos relacionados com a colonização de substratos pela espécie invasora A. fulica pode envolver mecanismos de extinção e colonização intermitentemente promovendo a renovação das populações, no entanto fatores relacionados com movimentação ativa, disputa de substratos, comunicação química são elementos importantes que promovem a dispersão dos indivíduos pelo ambiente e, automaticamente, a ampliação do sítio de ocorrência. Palavras Chave: Colonização, Distribuição, Ocupação.
  • 34. Avaliação dos aspectos relacionados às interações interespecíficas entre Megalobulimus paranaguensis Pilsbry & Ihering, 1900 e Achatina fulica Bowdich, 1822: colonização de substratos. Nicole Miyuki Latoski, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL Marta Luciane Fischer, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - NÚCLEO DE ESTUDOS DO COMPORTAMENTO ANIMAL O caramujo M.paranaguensis é uma espécie nativa ocorrente no litoral paranaese, 5 espécies do gênero estão na lista de espécies ameaçadas. A A.fulica, é uma espécie problema por causar danos econômicos, de saúde e ambientais. Existe a hipótese de que a invasora esteja competindo por sítio de repouso e recursos alimentares com a espécie nativa, uma vez que ambas ocorrem em ambiente antrópico. Objetivou-se avaliar aspectos relacionados às interações e colonização de substratos entre ambas as espécies. Em laboratório foram realizadas experimentalmente quatro interações entre M.paranaguensis(Mp) e A.fulica(Af): 1 Mp residente e 1 Af invasor; 1 Af residente e 1 Mp invasor; 1 Mp residente e 5 Af invasores; 5 Af residentes e 1 Mp invasor. A unidade experimental foram terrários contendo areia e terra. Foram considerados residentes indivíduos que habitavam o ambiente a 48h. Foram avaliados o comportamento exploratório adulto e interações de acordo com a densidade populacional de residentes e colonizadores simultâneos. O colonizador foi colocado no terrário e as posições foram registradas em 10min., 1, 24 e 48h. Após 48h os colonizadores foram retirados e novos testes iniciaram. Durante as interações entre M. paranaguensis (Mp) e A.fulica (Af), observou-se que durante a primeira hora, Mp foi mais ativo (12,5%) que Af (2,5%), principalmente quando na posição de residente e sofreu invasão territorial de um grupo de Af. Durante todos os testes, a espécie nativa preferiu a areia como substrato (100%), enquanto a espécie africana variou entre vidro (teto (22,5%) e vidros laterais (15%)) e areia (12,5%). A espécie nativa, após reconhecimento da alteração territorial e dos invasores, tendeu a buscar um sítio de repouso e permaneceu em repouso, com exceção do experimento com 5 invasores. Não foi observado comportamento agonístico, porém, a espécie invasora demonstrou agitação ao buscar locais vazios como sítio de repouso. A A.fulica demonstrou menor responsividade à invasão durante a primeira hora do experimento, porém, migrou para o vidro ou o teto da unidade experimental nas 24 horas subseqüentes, como se buscando um espaço vazio principalmente quando testada como invasora. Os dados do presente estudo demontram que, aparentemente, diferente do que já havia sido afirmado em literatura, a espécie nativa não entra em letargia seguido de morte após interações com a espécie invasora, ao contrário, as espécie se segregam territorialmente, sendo que o M.paranaguensis permanece no sítio preferencial, enquanto a A.fulica se dispersa e coloniza o território de maneira vertical, buscando sítios vazios. Palavras Chave: Disputa territorial, Distribuição, Invasão
  • 35. Avaliação da atividade de Megalobulimus paranaguensis : influência da presença do co- específico Cristo, G. C., PUCPR Fischer, M. L., PUCPR As espécies do gênero Megalobulimus são endêmicas da Floresta Atlântica, estando algumas ameaçadas de extinção. A densidade de M. paranaguensis (Pilsbry & Ihering, 1900), endêmica do Paraná, aparentemente tem diminuído nos últimos anos. No entanto, além de possuírem hábitos noturnos são encontrados com pouca freqüência em atividade tanto em ambiente natural quanto nos antrópicos. Logo, não é conhecido se os caramujos diminuíram sua atividade devido a diminuição do contato com co-específicos e aumento do caramujo invasor, Achatina fulica (Bowdich, 1822), ou se a baixa densidade é característica da espécie. Assim, objetivou- se avaliar a atividade de M. paranaguensis comparativamente entre indivíduos isolados e agrupados. O presente estudo foi realizado no laboratório NEC-PUCPR durante o período de março a junho de 2007. Os animais (10 adultos e 7 filhotes) coletados no litoral paranaense foram mantidos em terrários de 30L (30x31x54) contendo terra orgânica e areia. Semanalmente era feita a manutenção com reposição de água e oferecimento de alimento. Os animais foram mantidos em duplas nos finais de semana e individualizados durante a semana. Durante 41 dias foram registradas a localização e atividade em três períodos: manhã, tarde e noite. Foram realizados 582 registros e tanto para os animais mantidos em duplas (X2(2)=24;P<0,01) quanto individualizados (X2(2)=384;P<0,01) ocorreram mais ações relacionadas com a inatividade (animais semi- enterrados, enterrados, se enterrando, entrando em repouso ou em repouso) do que com comportamento de atividade (deslocando-se, comendo ou parado) (X2(9)=210 P<0,01). No entanto, ao se comparar os dois grupos (X2(2) =39,6;P<0,01) verificou-se que maiores freqüências de atividades foram registradas para animais mantidos em grupo. Nos dois testes maior número de padrões motores relacionados com a atividade foi registrado durante a manhã, no entanto maior freqüência de atividade durante a noite foi registrada para animais mantidos em duplas (X2(2)=24; P<0,01). As atividades durante o período da tarde ocorreram quando a umidade relativa do ar mudava em decorrência de chuvas ou após o oferecimento do alimento. Houve diferença na localização (X2(6)=55;P<0,01), sendo que maiores freqüências de animais na areia, ocorreu nos isolados e na terra e vertical, nas duplas. A freqüência das atividades registradas também diferiu (X2(8)=158;P<0,01), com repouso com pé para fora e repouso todo recolhido mais freqüentes e imobilidade e semi-enterrado exclusivos dos individualizados e animais ativos e enterrando-se, para as duplas. Os resultados preliminares subsidiam a hipótese de que a presença do co- específico aumenta a atividade dos caramujos, sendo um ponto favorável para sua reprodução e dispersão. Palavras Chave: comportamento, Aruá-do-mato
  • 36.
  • 37.
  • 38. DIAGNÓSTICO DA INVASÃO DO CARAMUJO GIGANTE AFRICANO Achatina fulica BOWDICH, 1822 EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA EM MORRETES, PARANÁ, BRASIL. Eduardo Colley1, Marta Luciane Fischer1, Monica Simião1, Rafael Dudeque Zenni2, Daros Augusto Teodoro da Silva2, Nicole Latoski1 Núcleo de Estudos do Comportamento Animal, NEC- PUC-PR CCBS. email: eduardocolley@yahoo.com.br. Acadêmico de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná. INTRODUÇÃO O caramujo Achatina fulica é classificado entre as cem piores espécies invasoras e ocorre no mundo inteiro (Alowe et al, 2004). No Brasil, o diagnóstico das invasões destaca a ocorrência da espécie apenas em áreas antrópicas (Simião & Fischer, 2004, Fischer & Colley, 2004, 2005). Porém Raut & Barcker (2002) alertam para o problema ambiental desencadeado pela presença de A. fulica com o estabelecimento de grandes populações em florestas primárias e secundárias, como registrado em Ilhas Havaianas, de Java, Sumatra e na Índia. Os autores salientaram a competição com a fauna nativa e a perturbação floristica, uma vez que representam uma espécie altamente voraz e generalista. Este caramujo causa sérios danos econômicos em áreas agrícolas e oferece riscos sanitários como hospedeiros de nematóides vetores de doenças (Teles et al., 1997). A chegada da espécie no Brasil ocorreu por volta de 1988, atualmente está disseminado em quase todo país. (Teles et al., 1997). Os primeiros registros para o Paraná datam de 1994, em Morretes e Antonina, e em 2002 foi constatada a ocorrência em áreas alteradas em todo litoral (Kosloski & Fischer, 2003). A instalação da espécie invasora no ambiente antrópico e posterior ocupação de áreas nativas, sugere o início de uma saturação da população de A. fulica em áreas urbanas, fato preocupante, uma vez que os ricos de impactos ambientais se acentuam e dificultam as ações de controle. Assim, o presente estudo teve como objetivo diagnosticar a invasão de A. fulica em um fragmento de Floresta Ombrófila Densa (FOD) localizada em Morretes, Paraná. MÉTODOS O estudo foi realizado no mês de julho de 2005 em um fragmento de FOD localizado no município de Morretes (25º47’S e 48º83’O). Um córrego divide o fragmento em duas porções, uma mais alterada do que outra. A análise fitossociológica foi realizada através da instalação de 10 parcelas temporárias de 10m x 2,5m, totalizando 250m² amostrados. As parcelas foram orientadas no sentido leste–oeste e distavam no máximo 20m do leito do rio. O diâmetro à altura do peito mínimo estabelecido para medição dos indivíduos arbóreos foi de 2,5cm. Os dados foram analisados com o software FLOREXCEL. Os moluscos foram coletados usando o esforço de três horas de amostragem (9h00 às 12h00) e três coletores. Foi mensurado o comprimento da concha, a distância do co-específico mais próximo e a altura em relação ao solo. A malacofauna associada foi coletada e fixada em álcool 90ºGL. Em laboratório, foi feita a autópsia de 60 adultos (> 8,0cm) e verificada a presença de ovos com casca. RESULTADOS O fragmento florestal está inserido no domínio da FOD no ambiente Aluvial. Este fragmento, que já sofreu intervenção humana pela exploração de madeira e palmito, encontra-se atualmente na transição da 4º para a 5º fase de sucessão secundária (IBGE, 1992). Pela análise fitossociológica, foram encontradas 43 espécies arbóreas, de 22 famílias. As espécies com maiores freqüências relativas foram Euterpe edulis Mart. (9,30%), Machaerium minutiflorum Tul. (6,98%) e Casearia decandra Jacq. (5,81%) e com maiores valores de dominância relativa foram Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake (16,66%), M. minutiflorum (10,09%) e Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns (7,91%). As espécies que obtiveram maiores valores de importância foram M. minutiflorum (23,69), E. edulis (23,68) e S. parahyba (18,48) e as com maiores valores de cobertura foram S. parahyba (17,32), M. minutiflorum (16,71) e E. edulis (14,38). Apenas uma espécie arbórea exótica foi encontrada, Citrus sinensis Osbeck, com um indivíduo. Duas plantas exóticas invasoras foram encontradas no estrato herbáceo-arbustivo, Hedychium coronarium J. König e Impatiens walleriana Hook. f., ambas presentes ao longo das margens do rio. Com base nos índices de diversidade de Shannon e de Simpson obtidos, 3,40 e 0,04 respectivamente, conclui-se que existe uma grande diversidade florística e uma grande heterogeneidade no fragmento, não podendo ser atribuída nenhuma relação específica entre a vegetação e A. fulica, confirmando o caráter generalista da espécie. A uma temperatura de 20ºC e umidade relativa do ar de 95% foram coletados 396 moluscos com um tamanho médio de 7 2,3cm (N=396; i.v.=0,5–11,5), evidenciando tratar-se de uma população composta por indivíduos adultos. O grande tamanho dos animais com até 11,5cm de concha, sugere o estabelecimento recente. Estes valores diferem dos registros de Fischer & Colley (2004, 2005) e Simião & Fischer (2004) em populações antigas presentes em áreas antrópicas da região tanto em estações secas como chuvosas, onde a população de indivíduos juvenis era maior que a de adultos. Segundo Civeyrel & Simberloff (1996), a população de A. fulica passa por três fases durante seu estabelecimento, a primeira é de crescimento exponencial, determinada por indivíduos grandes e vigorosos; a segunda trata do estabelecimento da população com duração variável e a terceira é a fase de declínio caracterizada por uma população de pequenos indivíduos.
  • 39. A porção menos alterada apresentou indivíduos maiores com média de 7,7 2,7cm (N=59; i.v.=0,511,5) que a porção mais alterada com média de 6,9 2,1cm (N=332; i.v. =1– 11). A maioria dos animais foi encontrada viva ( 2(1) =63,3; P<0,01) e possuíam tamanho maior do que os animais encontrados mortos (t398=-2,3; P 0,05). A ocorrência acentuada de animais vivos, maduros e vigorosos, e de indivíduos pequenos mortos evidenciam a suscetibilidade dos filhotes a fatores ambientais presentes em áreas naturais e inexistentes nas antrópicas. A altura da posição dos animais em relação ao solo foi em média 10,8 3,3cm (N=396; i.v =0–250), sendo a maioria registrada no chão ( 2(1)=117; P<0,01). Na porção menos alterada os moluscos foram coletados apenas no solo. Dados que, somados ao registro de prevalência de ocorrência isolada ( 2(1)=190; P<0,01) sugerem menor tamanho populacional comparado à área disponível, fator contrário a registros de agregações e deslocamento vertical verificados em habitats saturados (Simião & Fischer, 2004, Fischer & Colley, 2004, 2005). A maioria significativa desses animais noturnos estava ativa ( 2(2)=143; P<0,01) durante toda a manhã. Deve-se considerar que o interior do fragmento era mais úmido e escuro que a borda. Segundo Raut & Barker (2002) a expansão do horário de forrageamento depende da qualidade e da disponibilidade do alimento. O mesmo autor relata que a A. fulica é capaz de permanecer em atividade mesmo sob condições extremas de temperatura e umidade atmosférica. O pequeno número de animais em estivação (N=2), e a ausência de posturas e ovos retidos nos adultos são confrontante com os resultados obtidos por Fischer & Colley (2004, 2005) e Simião & Fischer (2004) conduzidos durante o inverno em ambientes urbanos, onde registraram a maioria dos caramujos estivando e evidências de atividade reprodutiva (Fischer & Colley, 2005). Dentre a fauna associada foram registrados animais decompositores corroborando com Fischer & Colley (2005). Com destaque para quatro moluscos da família Bulimidae, dos quais três estavam mortos. A perda da diversidade pela competição e alteração ambiental causada na presença da invasora é um sério problema ambiental reforçado pela deficiência de estudos da sistemática, ecologia e biologia das espécies endêmicas brasileiras. CONCLUSÃO O presente diagnóstico retrata a situação atual da espécie invasora A.fulica no Brasil. A ocorrência deste caramujo em Floresta Ombrófila Densa sugere a saturação do ambiente antrópico. O longo tempo de invasão em Morretes por A.fulica, somada ao grande tamanho e espaçamento populacional, existência de poucos jovens e ocorrência no solo, sugerem que esta ocupação seja recente. Extrapolando este padrão para o Brasil, onde populações de área urbana não são contidas, alerta-se para a rápida infestação de novas áreas naturais e irreversíveis impactos ambientais devido a métodos de controle mais custosos e difíceis. Assim, medidas de manejo eficazes são urgentes requerendo auxílio de autoridades competentes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alowe,S, Browne,M & Boudjelas,S. 2004. 100 of the world’s worst invasive alien species. A selection from the global invasive species database. Disponível: www.issg.org/database [2004]. Civeyrel,L & Simberloff,D. 1996. A tale of two snails: is the cure worse than the disease? Biodiversity and Conservation, 5: 1231-1252. Fischer,M.L & Colley,E. 2004. Diagnóstico da ocorrência do caramujo gigante africano na APA de Guaraqueçaba. 26 (54): 43-50. Fischer,M.L & Colley,E. 2005. Espécie invasora em reserves naturais: Caracterização da População de Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca – Achatinidae) na Ilha Rasa, Guraqueçaba, Paraná. Brasil. 5 (1). IBGE. 1992. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. IBGE. Rio de Janeiro. (Série Geociências, n. 1). Kosloki,M.A & Fischer,M.L. 2002. Primeira ocorrência de Achatina fulica (Bowdich, 1822) no litoral do Estado do Paraná (Mollusca; Stylommatophora; Achatinidae). Estudos de Biologia, 24: 65- 69. Raut,K & Barker,G. 2002. Achatina fulica Bowdich and others Achatinidae pest in tropical agriculture in Mollusks as croup pest (Barker & Hamilton eds). New Zealand: CAB Publishing. Simião,M.S. 2003. Estimativa populacional e caracterização da população de Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca; Achatiniade) no município de Pontal do Paraná, Paraná, Brasil. TCC de Biologia da PUCPR. Teles,H.M.S, Vaz,J.F, Fontes,L.R. & Domingos,M.F. 1997. Registro de Achatina fullica Bowdich, 1822 (Mollusca, Gastropoda) no Brasil: caramujo hospedeiro intermediário de Angiostrongilíase. Rev. de Saúde, 31:310-312.
  • 40.
  • 41. XVIII Encontro de Química da Região Sul Curitiba, 11 a 13 de novembro de 2010 Comunicação química no caramujo invasor Achatina fulica Bowdich, 1822: reação a frutos em diferentes estágios de desenvolvimento. Adam Coelho de Aguiara*(IC), Marta Luciane Fischera(PQ), Francisco de Assis Marquesb(PQ) e Carolina Magno Kostrzepaa (IC). *adam.toelho@yahoo.com.br a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho, Curitiba, PR, 80215 901, Brasil. b Universidade Federal do Paraná, Av Cel Francisco H dos Santos, s/n, Jardim das Américas, Curitiba, PR,: 81530-900, Brasil. Palavras Chave: caramujo, atração, armadilha. Introdução o estágio de desenvolvimento do alimentos e o estado nutricional do animal também devem ser O caramujo africano Achatina fulica Bowdich, 1822 considerados3,4. é uma espécie invasora de importância mundial há x 2=0,95,p>0,01 x 2=3,2,p>0,01 x 2=4,2,p>0,01 Ind ef inid o x 2=3,2,p>0,01 x 2=9,8,p<0,01 Neg ativo x 2=9,8,p<0,01 Po sitivo x 2=3,8,p>0,01 x 2=14,6,p<0,01 x 2=5,6,p>0,01 x 2=8,6,p>0,01 x 2=8,6,p>0,01 mais de um século, causadora de impactos 100% * * * * ambientais, econômicos e de saúde pública6,7. 90% 80% Ocorrem em elevadas densidades e utilizam a 70% Frequencia relativa (%) comunicação química como forma de navegação e 60% * * orientação pelo ambiente2. Logo, a compreensão 50% dos mecanismos naturais de atração do caramujo 40% * * pode ser um importante aliado nos planos de 30% * controle e manejo, subsidiando a elaboração de 20% armadilhas específicas. Objetivou-se avaliar a 10% 0% atratividade e o comportamento de jovens e filhotes Tomate maduro (total) Tomate maduro (alimentado) Tomate maduro (jejum) Tomate verde Tomate fermentado Uva madura Uva fermentada Banana madura Banana verde Banana fermentada Pepino de A. fulica diante de compostos presentes em Figura 1. Frequência relativa de testes positivos, negativos e indefinidos frutos em diferentes estágios de desenvolvimento. obtidos com indivíduos A. fulica em jejum e alimentados. Os valores Para tal, utilizou-se um olfatômetro de escolha absolutos foram comparados através do teste do qui-quadrado, sendo os valores significativamente diferentes (p<0,05) acompanhados de asterisco binária em forma de Y, com tubo de 4 cm de (considerando todos os três resultados) e de triângulo (comparando diâmetro e 15 cm de comprimento de braço até a apenas resultados negativos e positivos). bifurcação. Trinta testes foram efetuados para cada situação analisada. Conclusões Resultados e Discussão As matrizes orgânicas influenciaram na atratividade e nos comportamentos exibidos pelos indivíduos da A frequência de animais que escolheram o branco espécie A. fulica. Além disso, foi verificada a ou o braço contendo o atrativo foi significativamente influência das matrizes orgânicas em seus menor nos testes com indivíduos alimentados. A diferentes estágios de desenvolvimento sobre os maior atratividade foi registrada em animais diante animais, exercendo maior atração, quando da uva madura , do pepino e da banana verde utilizados vegetais em estágios iniciais de (Figura 1). Por outro lado, foi exercida maior desenvolvimento, ou repelência, quando utilizados repelência no tomate e banana fermentados (Figura vegetais em alto grau de fermentação. 1). Os animais demoram em média 42,7±72,8 seg. (N =270; i.v.=0-459) para retirada de tentáculos e Agradecimentos 56,4±84 seg (N =270; i.v.=1-504) para o início do deslocamento, sendo que as maiores médias Os autores agradecem à pró-reitoria de pesquisa e ocorreram, respectivamente, em animais diante da pós-graduação da PUCPR, à equipe do Núcleo de banana verde e da uva (madura e fermentada) e Estudos do Comportamento Animal (NEC-PUCPR) tomate verde. Além disso, os animais demoraram e ao Departamento de Química da UFPR. em média 588,3±362,7 seg (N =250; i.v.=100-1711) ____________________ 1 Albuquerque, F.S., Peso-Aguiar, M.C., Assunção-Abulquerque, M.J.T e Gálvez, para chegar na bifurcação e 931,3±370,3 seg L. Brasil J. Biol., 2009, v. 69, n.3, p. 879-885. 2 (N=226;i.v.=278-1800), para realizar a escolha, Chase, R. Journal of Comparative Physiology, 1982, v. 148, n.2, p. 225-235. 3 Croll, R.P. e Chase, R. Behavioral Biology, 1977 v.19, p. 261-268. sendo as maiores e menores médias obtidas diante 4 Croll, R.P. e Chase, R. Journal of Comparative Physiology, 1980 v. 136, n. 3, p. do tomate e uva fermentados e no tomate verde e 267-277. 5 Fischer, M.L.; Amadigi. I.S.N., In: Fischer M.L.; Costa, L.C.M. 1ed. pepino, respectivamente. Autores como Raut e Champagnat, 2010 p. 49-99. 6 Ghose (1983a,b) verificaram que a luz induz o 7 Mead, A.R. Chicago: University of Chicago published, 1961, on line. Raut, S. K e Barker, G M. Molluscs as Crop Pests. 2002. p. 55-114. animal ao início da locomoção8,9. A umidade5, 8 Raut, S.K e Ghose, L.C. Records of the Zoological Survey of India, 1983a v.80, também exerce efeito similar, podendo, até, p.421-440. 9 Raut, S.K e Ghose, L.C. Malacological Review, 1983b v.16, p. 95-96, 1983b. influenciar significativamente no peso total e crescimento de indivíduos da espécie1. Além disso,
  • 42. Influência de substâncias contidas em fezes e co-específico morto na dispesão ativa de Achatina fulica Bowdich, 1822. 1* 1 2 Carolina Magno Kostrzepa (IC), Marta Luciane Fischer (PQ), Francisco de Assis Marques (PQ), Adam Coelho de Aguiar1 (IC). 1 Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho, Curitiba, PR, 80215 901, Brasil. 2 Universidade Federal do Paraná, Av Cel Francisco H dos Santos, s/n, Jardim das Américas, Curitiba, PR,: 81530-900, Brasil. *carolinamagno_k@yahoo.com.br Palavras Chave: Caramujo, repelência, reação. Introdução dos animais4, correspondendo a estímulos para a dispersão ativa do indivíduo de A.fulica. O caramujo africano Achatina fulica Bowdich, 1822 é originário da África e apresenta ampla distribuição mundial. Seu hábito generalista e grande fecundidade classificam esse animal como uma das espécies invasoras mais nocivas do mundo, uma vez que promovem impactos ecológicos, 5 econômicos e de saúde pública . A espécie utiliza senso químico para mediar seu o comportamento 1 social, alimentar e de homing , logo hipotetiza-se que perceba a saturação do ambiente causada pela superpopulação, através do acúmulo de substâncias químicas como a amônia, liberadas com excretas e animais mortos. Assim, objetivou-se avaliar a reação dos animais diante de fezes (N=180 testes) Figura 1. Freqüência relativa de resultados positivos, negativos e e co-específicos mortos (N=30 testes), utilizando indefinidos obtidos com os testes realizados com c o-específico nos testes um olfatômetro de escolha binária em morto, fezes frescas do co-específico em pouca, média e grande forma de Y. quantidade e fezes secas do co-específica em pouca, média e grande quantidade; Os valores absoltos foram comparados Resultados e Discussão através do teste do qui-quadrado, sendo os valores significativamente diferentes (P<0,05) acompanhados de A maioria dos resultados diante do co-especifico asterisco. morto foi indefinido, ou seja, mesmo o animal apresentando um monitoramento do ambiente, não Conclusões se deslocou (Figura 1). Diante de pequena e média quantidade fezes frescas ou secas do co-específico Os dados do estudo subsidiam a hipótese de que não houve diferença significativa nas respostas fezes de co-especícos e co-específicos mortos (Figura 1), porém diante de grande quantidade, a possuem efeito repelente sobre os indivíduos de maioria dos animais foi repelida (Figura 1). Para os Achatina fulica, demonstrando, porém, que a indivíduos de A. fulica a presença de excretas repelência exercida pelas fezes de co-específico nitrogenadas pode ser fator limitante para o seu tanto secas, quanto frescas, tem correlação com a bem estar levando em consideração que em quantidade de material ao qual são expostos, sendo criações comercias a concentração de amônia é um a concentração das substâncias um fator a ser dos fatores que deve ser controlados , uma vez que considerado. que o acúmulo dessa substância apresenta relação com perda de peso e queda na fecundidade dos Agradecimentos caramujos3. Os autores agradecem à equipe do Núcleo de Os resultados obtidos no olfatometro juntamente Estudos do Comportamento Animal da PUCPR e ao com os padrões motores exibidos pelos animais, departamento de química da UFPR. demonstram que co-específico morto e as fezes 1 podem, de fato, ter efeito repelente. Esses dados Chase, R.. J. Comp. Physiol. 1982,148, 225. 2 subsidiam a hipótese de que a supoerpopulação Chase, R.; Croll, R. P.; Zeichmer, L . L., Beh. and Neural Biol.1980, 30, 218. pode motivar o animal a se dispersar, indicando 3 Pacheco, P.; Martins, M. F.; Spers, A.; Salgado, A. B.; Jardini, F. H. toxicidade do ambiente e exaustão de recursos2, M.; Sender, L; Marques, M. S. Congr. Bras. de Med. Vet. 1996, 183. 4 fatores que podem levar a mecanismos de proteção Raut, S. K.; Barker, G. M.Molluscs as Crop Pests. 2002, 3, 55. 5 Fischer, M.L.; Amadigi. I.S.N., In: Fischer M.L.; Costa, L.C.M. 1ed. como a hibernação e estivação e também á morte Champagnat, 2010 . 50-171.
  • 43. XVIII Encontro de Química da Região Sul Curitiba, 11 a 13 de novembro de 2010 Comunicação química no caramujo invasor Achatina fulica Bowdich, 1822: reação a compostos presentes em folhas e flores. Adam Coelho de Aguiara*(IC), Marta Luciane Fischera(PQ), Francisco de Assis Marquesb(PQ). *adam.toelho@yahoo.com.br a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho, Curitiba, PR, 80215 901, Brasil. b Universidade Federal do Paraná, Av Cel Francisco H dos Santos, s/n, Jardim das Américas, Curitiba, PR,: 81530-900, Brasil. Palavras Chave: caramujo, atração, controle. Introdução testadas, evidenciando a presença semioquímicos voláteis em folhas e flores passíveis de serem O caramujo africano Achatina fulica Bowdich, 1822 utilizados em armadilhas específicas, possibilitando, é caracterizado por apresentar grande potencial assim, planos de controle e manejo mais eficientes. invasor desenvolvido ao longo de sua evolução em x2 =12,8, p<0,01 Indefinido x2 =19,4, p<0,01 Negativo x2 =12,8, p<0,01 Positivo x2 =12,6, p<0,01 x2 =26,6, p<0,01 bordas de florestas tropicais4. No Brasil, pode ser 100% * * * * * 9 90% encontrada em 24 dos 26 estados , sendo Ώ Ώ 80% considerada uma das cem piores espécie invasoras Frequência relativa (%) 70% * do Mundo1, demandando medidas de manejo 60% 5 urgentes . Logo, a compreensão dos mecanismos 50% Ώ Ώ naturais de atração do caramujo pode ser um 40% * * importante aliado nos planos de controle e manejo, 30% * * subsidiando a elaboração de armadilhas 20% específicas. Objetivou-se avaliar a atratividade e o 10% comportamento de jovens e filhotes de A. fulica 0% Folhas de beijo Flores de beijo Folhas de Babosa Folhas de Couve bananeira diante de compostos presentes em flores e folhas. Figura 1. Frequência relativa de testes positivos, negativos e Para tal, utilizou-se um olfatômetro de escolha indefinidos obtidos com indivíduos A. fulica em jejum. Os valores binária em forma de Y, com tubo de 4 cm de absolutos foram comparados através do teste do qui-quadrado, diâmetro e 15 cm de comprimento de braço até a sendo os valores significativamente diferentes (p<0,05) bifurcação. Trinta testes foram efetuados para cada acompanhados de asterisco (considerando todos os três resultados) e do símbolo ômega (Ώ) (comparando apenas vegetal in natura testado. resultados negativos e positivos). Resultados e Discussão Conclusões Os experimentos de atração de indivíduos A.fulica As matrizes orgânicas folhas e flores testadas diante de matrizes orgânicas totalizaram 150 testes, influenciaram na atratividade e nos comportamentos sendo registrada maior atratividade em animais diante das folhas e flores do beijinho (Malvaviscus exibidos pelos indivíduos da espécie A. fulica, arboreus), e das folhas de bananeira (Musa existindo a possibilidade de utilizá-las na elaboração paradisiaca) e de couve (Brassica oleracea) (Figura de armadilhas específicas em planos de controle e 1). Por outro lado, foi exercida maior repelência pela manejo. babosa (Aloe vera) (Figura 1). Os animais demoraram em média 33,9±65,5 seg (N =150; Agradecimentos i.v.=0-387)) para a retirada dos tentáculos, Os autores agradecem à pró-reitoria de pesquisa e 50,3±82,2 seg (N =150; i.v.=2-498) para o início do pós-graduação da PUCPR, à equipe do Núcleo de deslocamento, 502±279,4 seg (N =142; i.v.=85- Estudos do Comportamento Animal (NEC-PUCPR) 1504) para chegar na bifurcação e 856,6±366,5 (N e ao Departamento de Química da UFPR. =142; i.v.=267-1800). Apenas os tempos de ___________________ chegada à bifurcação (F(137)=2,38,p<0,01) diferiram 1 Alowe, S., Browne, M. e Boudjelas, S. 100 of the world’s worst invasive alien entre os testes, sendo os maiores valores exibidos species. A selection from the global invasive species database, 2004, on line. 2 Croll, R.P.; Chase, R. Behavioral Biology, 1977, v.19, p. 261-268. por animais diante da babosa, indicando um maior 3 Croll, R.P.; Chase, R. Journal of Comparative Physiology, 1980, v. 136, n. 3, p. potencial de repelência. Por outro lado, as menores 267-277. 4 médias foram diante flor de beijinho. Autores como Fischer, M.L.; Amadigi. I.S.N., In: Fischer M.L.; Costa, L.C.M. 1ed. Champagnat, 2010 p. 49-99. Mead (1961,1979) enfatizam que o alimento é fator 5 Fischer, M.L.; Simião ,M.; Colley, E.; Zenni, R.D.; Silva, D.A.T. e Latoski, N. vital, sendo, porém, mais flexível qualitativa e Biota Neotropica, 2006, v. 6, n. 2, on line. 6 Mead, A.R. Chicago: University of Chicago published, 1961, on line. quantitativamente na espécie em questão do que 7 Mead, A.R. Pulmonates, 1979. p.1-150. 6,7 8 em qualquer outro molusco , podendo se deslocar Teles, H.M.S.; Vaz, J.F.; Fontes, L.R.; Domingos, M.F. Revista de Saúde Pública, 1997, v. 31, n.3, p. 310–312. em direção a odores de alimentos que consumiram 9 Thiengo, S.C., Maldonado, A., Mota, E. M., Torres, E. J. L., Caldeira, R., por mais de 81 dias2,3. Os dados obtidos no Carvalho, O.S., Oliveira, A. P. M., Simões, R.O., Fernandez, M. A. e Lanfredi, R. presente trabalho mostraram uma grande M. Acta Tropica, 2010, on line. atratividade da espécie pelas matrizes orgânicas
  • 44. RESUMOS DE TRABALHOS COM MOLUSCOS ENCONTROS LOCAIS SEMANA ACADÊMICA - BIOCEC
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49. p.9 5ª BIOCEC
  • 50. p.13 5ª BIOCEC
  • 53. p.25 5ª BIOCEC
  • 54. p.25 5ª BIOCEC
  • 55. p.32 5ª BIOCEC
  • 56. RESUMOS DE TRABALHOS COM MOLUSCOS ENCONTROS LOCAIS Seminário de Iniciação Científica
  • 57. 2
  • 58. 2 2
  • 59. DESCRIÇÃO DOS PADRÕES MOTORES NOS COMPORTAMENTOS DE FORRAGEAMENTO, DESLOCAMENTO E DAS RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS DA Achatina fulica BOWDICH, 1882 (ACHATINIDAE) Leny Cristina Milléo Costa - Orientador Eloane Rosa Abade - Bolsista PIBIC - PUCPR Marta Luciane Fischer - Colaborador Curso de Biologia - CCBS Introdução: Achatina fulica é uma espécie exótica, introduzida no Brasil na década de oitenta. O hábito generalista, associado a políticas deficitárias de controle deste caramujo, levou a sua multiplicação, causando problemas ambientais tais como a renovação de espécies vegetais, a competição com moluscos nativos, além de tornar-se uma praga agrícola. Partiu-se da premissa que o estudo comportamental possa contribuir para a compreensão das adaptações deste animal aos fatores bióticos e abióticos nos diferentes microhabitats do litoral paranaense. Objetivos: Descrever os padrões motores dos comportamentos de forrageamento, deslocamento e das relações intra-específicas. Método: Foram acompanhados 354 caramujos em 204 horas de estudo sendo 186 horas com experimentos no laboratório do NEC- PUCPR, envolvendo o meio aquático, animais recém-eclodidos (aspectos ontogenéticos), preferências de substratos; forrageamento; homing e ovoposição. Na cidade de Morretes, PR realizaram-se as observações de campo com 24 animais referentes ao deslocamento em diferentes substratos e a troca de material genético num total de 18 horas.Os métodos utilizados foram o ad libitum e o scan. Resultados: Obteve-se 22 padrões motores de forrageamento, 18 de homing e 18 de deslocamento. Nas relações intra-específicas foram descritos 38 padrões, sendo cinco durante a ovoposição; 18 no comportamento de saída da estivação do meio aquático e oito durante a troca de material genético. Os recém-eclodidos realizaram sete atividades exclusivas e vinculados aos processos de saída do ovo. Os comportamentos de forrageamento e deslocamento foram os mais ativos, não sendo observadas ações agonísticas. O gregarismo ocorreu mais em laboratório e a troca do material genético foi detectada tanto nos moluscos cativos quanto nos de vida livre. Conclusão: A capacidade adaptativa dos moluscos deve-se em parte a variedade de padrões no seu repertório comportamental o qual deve ser levado em consideração nos métodos de controle e manejo da espécie. Acrescenta-se a este fato que mesmo sendo moluscos terrestres, executaram atos comportamentais específicos para o meio aquático
  • 60. ESTIMATIVA POPULACIONAL E DISTRIBUIÇÃO DE Achatina fulica, BOWDICH, 1822 NA ILHA RASA, GUARAQUEÇABA, PR Drª Profª Marta Luciane Fischer - Orientador Eduardo Colley - Bolsista PIBIC PUCPR 03/04 Bacharelado em Biologia - CCBS Introdução: O molusco africano Achatina fulica, espécie invasora disseminada mundialmente, ocorre em 23 estados brasileiros. Sua presença, principalmente em ilhas, resulta em graves prejuízos econômicos, médicos e ambientais. Objetivos: Estimar e caracterizar a população de A. fulica na Ilha Rasa (25º15' e 25º30'S e 48º20' e 48º30'O). Método: Coletas diurnas da A.fulica e fauna associada foram realizadas de agosto/2003 a julho/2004, na borda e interior de floresta, restinga, mangue e área urbana nas comunidades de Almeida e Rasa. Os moluscos foram fixados em álcool 90% para posterior análise das gônadas. Foi conduzida uma análise etinoecológica a respeito do conhecimento popular sobre o caramujo. Resultados: Foram coletados 959 caramujos, com uma média de 66,4 animais vivos por casa vistoriada. Considerando o total de casas (N=136), estima-se que haja em torno de 9.000 animais na ilha. Os caramujos predominaram durante primavera e outono, sendo encontrados principalmente em repouso, porém estivando no inverno. Os maiores foram registrados na primavera e os menores no inverno. Ocorreram apenas no ambiente antrópico, principalmente em Almeida, que se diferenciava por apresentar mais cercas-vivas, solo úmido e lixo. A altura e distância variaram com a estação do ano. A espécie evidenciou preferência pela utilização de plantas como sítio de repouso, sendo a maioria exótica como: bananeira e pau-dágua. No entanto, a ocorrência em locais específicos das plantas e dos substratos naturais e antrópicos variou de acordo com a estação do ano, tamanho dos caramujos e comunidades. A fauna associada compôs sete filos de invertebrados, destacando o caramujo endêmico Megalobulimus parafragilior, pertencente a um gênero com espécies ameaçadas. A análise das gônadas evidenciou mais caramujos férteis durante a primavera e a relação entre o tamanho da concha e o desenvolvimento do sistema reprodutor. Os entrevistados reconheceram A.fulica como espécie exótica recentemente introduzida na ilha e alguns dados biológicos e ecológicos, porém não souberam relacionar os agravos de saúde associados à espécie. Conclusão: A recente introdução e a pequena população de A.fulica associada ao ambiente antrópico, plantas exóticas e lixo demanda um plano de erradicação urgente e eficaz evitando o estabelecimento e a dispersão da população para as áreas nativas.
  • 61. FERTILIDADE E ESTIVAÇÃO DO MOLUSCO AFRICANO Achatina fulica BOWDICH, 1822: RESISTÊNCIA A FATORES ABIÓTICOS Marta Luciane Fischer - Orientadora Domitila Maria da Silva Bonato - Bolsista PIBIC/PUCPR Leny Cristina Milléo Costa - Colaboradora Licenciatura e Bacharelado em Biologia - CCBS Introdução: O caramujo africano Achatina fulica causa prejuízos econômicos, ambientais e sanitários mundialmente. O conhecimento da resistência a fatores abióticos é fundamental para desenvolver planos de manejo e prevenção à espécie invasora. Objetivos: Avaliar a resistência de diferentes estágios ontogenéticos a fatores abióticos como temperatura, umidade, solo, sal, água doce e salobra e avaliar os mecanismos de estivação, enterramento e força. Método: Testou-se a resistência dos ovos, jovens e adultos em diferentes substratos, profundidades de enterramento, temperaturas, umidades, submersão em água doce e salobra e diante da presença de sal. Avaliaram-se como favorecedores para entrada e saída de estivação: vento, temperatura, umidade, submersão em água doce, enterramento e alimentos. A análise de preferência de substratos para repouso, oviposição, enterramento e estivação foi realizada em semi-cativeiro (250 litros). A força foi verificada colocando pesos sobre a concha dos animais em deslocamento horizontal e vertical. Resultados: Os ovos apresentaram baixa resistência à manipulação, mudança de substrato e temperatura. A maior taxa de eclosão foi na terra úmida, sendo a orgânica o substrato escolhido para oviposição. Na maior profundidade de enterramento ocorreu menor taxa de eclosão e nenhum recém-eclodido desenterrou-se. Poucos fatores induziram a estivação, prevalecendo o enterramento, baixas temperaturas (9ºC) e altas umidades (87%; submersão em água doce). A freqüência de estivação e resistência à submersão em água variou conforme a classe de tamanho do caramujo, porém sobreviveram até 5h na água salobra e 20h na doce. No semi- cativeiro foi verificada maior freqüência de enterramento (até 2,9+0,7cm) na terra e de estivação na terra e compostagem, ambos durante meses frios. A parede foi preferida para repouso nos meses quentes e a terra e compostagem, nos frios. A resistência ao sal foi baixa, e o animal não se aproximou do mesmo. Os caramujos suportaram até 1,2x seu peso na horizontal e 6,7x na vertical. Conclusão: A baixa resistência dos ovos é compensada pelo grande tamanho da postura (mais de 200 ovos) e deve ser considerada em um plano de manejo. Métodos de controle que envolvam submersão em água e enterramento devem ser evitados, pois jovens e adultos apresentam grande resistência a esses fatores.
  • 62.
  • 63.
  • 64.
  • 65. ,ECOLOGIA E CO NTROLE DO CAR AMUJO AFRICAN O ACHATINA FUL DENSIDADE POP ICA: INFLUÊNCIA ULACIONAL DA Carolina Magno Kos Marta Luciane Fisch trzepa – Orientador er – Bolsista financi Jhonatan Lima e Ta ado CNPq nia Caroline Coelho Bacharelado em Bio – Colaboradores logia – CCBS Introdução: O cara mujo af ricano Ach distribu ição mundi atina fu lica Bowdich al. O hábito gene ra , 1822 é or iginár io das espécies invaso lista e grande fecu da África e aprese ras mais nocivas do ndidade são fatore nta ampla pública. Embora os mundo que promov s que torna esse ca caramu jos viva m e impactos ecológ ic ra mujo uma causar efeitos d iret normalmente agre os, econôm icos e de os e ind iretos nas po gados, é possível qu saúde recursos, causando pulações, em de corr e a superpopulação mortalidade, dimin ência da toxicidade possa Para evitar esses da uição da fecundid do ambiente ou exau nos, os animais po ade e surgimento stão dos Objetivos: estudar dem se dispersar co de indivíduos mal-f o efeito da dens ns tantemen te aum ormados. distribu ição, co mpo idade populacional entando a sua dist rtamen to e ov ipos na mor talidade, ribuição. Método: O experim ição de ind ivíduos crescimento, alimen ento foi realizado no jovens e adultos de tação, Estudos do Compo período de agosto de A. fulica em labora rtamento animal-P 2009 a ju lho de 2010 tório. caixas de madeira UCPR. Utilizou-se no laboratório Núc de 30X20 cm co m 228 animais os qu leo de caramujos foram m densidades de 8, 16 ais foram condicio edidos e tiveram se , 32 indivíduos, em nados em registrados, co mpl u posicionamento, 4 repetições. Se man etando 34 observ co mportamen to, co almente os populacional influe açõe s. Resultados: nsumo alimentar e nciou direta mente Os resultados indi ov iposição crescimento, promov na população dos an cara m que a de endo a compe tição imais, aumentando nsidade de defesa. Porém por sítios preferidos a morta lidade, dim não influenciou o e maximizando a ov inuindo o estratég ia para com consumo alimentar, ipos ição co mo mec petição. Conclusão: ev idenciando o us an ismo populacional em lo Os resultados confir o de consumo rápi cais restritos to rna mam a hipó tese de do como no seu desenvolvim os caramujos mais que o aumento da de ento e cres cimento susc etív eis à morta nsidade liberados pe las ex . Provavelmente al lidade, uma vez qu cretas dos animais, tas concentrações e inte rfere correlação negativa somados ao estres de compostos nitr com a qualidade de se decorren te da co ogenados, vida dos indivíduos mpetição apresentam . uma