O documento descreve as principais características da Mata Atlântica brasileira. A Mata Atlântica abriga grande biodiversidade, porém já perdeu grande parte de sua cobertura original devido à exploração ao longo dos séculos, principalmente para agricultura e pecuária. Atualmente restam apenas 7% da sua área original, tornando-a um bioma altamente ameaçado.
6. Podemos definir bioma como um conjunto de
ecossistemas que funcionam de forma
estável. Um bioma é caracterizado por um
tipo principal de vegetação (num mesmo
bioma podem existir diversos tipos de
vegetação). Os seres vivos de um bioma
vivem de forma adaptada as condições da
natureza (vegetação, chuva, umidade, calor,
etc) existentes. Os biomas brasileiros
caracterizam-se, no geral, por uma grande
diversidade de animais e vegetais
(biodiversidade).
8. O desmatamento, as queimadas, a garimpagem, o
agropastoreio e a biopirataria representam os
principais problemas ambientais enfrentados pelo
bioma amazônico. O conjunto formado por essas
ações devastadoras é responsável por graves
mudanças climáticas em todo o planeta, pois a
Amazônia é um grande “resfriador” atmosférico,
removendo o excesso de gás carbônico disperso na
atmosfera, que provoca o aquecimento global.
Atualmente a proliferação de culturas de soja tem
sido motivo de grande preocupação por estar
gerando inúmeras áreas de desmatamento, a
maioria ilegais.
14. Felizmente a Amazônia possui dois fatores de
proteção que dificultam sua rápida degradação,
que são: sua enorme extensão e sua intrincada
rede de rios e igarapés. Características que
dificultam o acesso à área e encarecem
excessivamente qualquer obra de engenharia,
como, por exemplo, a construção de usinas
hidrelétricas.
Mesmo sendo o nosso bioma mais preservado,
cerca de 16% de sua área já foi devastado, o que
equivale a duas vezes e meia a área do estado de
São Paulo, por exemplo.
16. CARACTERÍSTICAS DA REDE
1- Igarapés.Pequenos rios usados pela população.
2- furos. Pequenos rios que unem os rios entre si
ou a um lago.
3- Paranás. Extensos braços de rios que formam
ilhas. Paranás mirins ( menor tamanho).
4-Meandros. Curvas dos rios
5- Meandros Abandonados. Rios formam outros
caminhos.
17. É a maior floresta pluvial tropical do mundo,
pois abrange grande parte da região Norte do
Brasil e está presente nos estados do Acre,
Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Portanto,
a Floresta Amazônica ocupa quase metade do
território brasileiro, o que faz com que o Brasil
seja um campeão de biodiversidade,
encabeçando a lista dos países megadiversos.
FLORESTA AMAZÔNICA
19. A Floresta Amazônica é a grande responsável por boa parte da
riqueza natural do país. Com 5,5 milhões de quilômetros
quadrados, possui nada menos que um terço de todas as
espécies vivas do planeta. No Rio Amazonas e em seus mais
de 1 000 afluentes, estima-se que haja quinze vezes mais
peixes que em todo o continente europeu. Apenas 1 hectare
da floresta pode trazer até 300 tipos de árvore. A floresta
temperada dos Estados Unidos possui 13% do número de
espécies de árvores da Amazônia. A Floresta Amazônica é
considerada a grande "caixa-preta" da biodiversidade
mundial. Há estimativas que indicam existir mais de 10
milhões de espécies vivas em toda a floresta, mas o número
real é incalculável.
BIODIVERSIDADE
22. MATA DE IGAPÓ
MATA DE IGAPÓ: compreende uma cobertura
vegetal que ocorre nas áreas de relevo
suave (planícies) que se encontram às
margens de rios, portanto, sofre
inundações frequentes. A mata de igapó
possui aspecto de difícil acesso devido à
incidência de árvores baixas que não
superam 20 m, além de cipós , epífitas e
plantas aquáticas, seu destaque é a Vitória-
Régia.
23. mata de várzea: mata
de inundação temporária, de
composição vegetal variável.
Ex.: Seringueira, Jatobá e
Maçaranduba.
25. • MATA DE TERRA FIRME: ocupam a
maior parte da região e não são
inundadas pelas cheias dos rios. É uma
formação densa, úmida e escura (a
copa das árvores forma um telhado que
pode reter até 95% da luz solar). Ex:
Castanha-do-Pará, Caucho e guaraná.
Também é considerada a mais rica em
biodiversidade: em uma área de 2km2
de mata chegam a ser encontradas 300
espécies vegetais diferentes.
26. Caracterização
A Amazônia possui grande importância
para a estabilidade ambiental do Planeta.
Nela estão fixadas mais de uma centena de
trilhões de toneladas de carbono. Sua
massa vegetal libera algo em torno de sete
trilhões de toneladas de água anualmente
para a atmosfera, via evapotranspiração, e
seus rios descarregam cerca de 20% de
toda a água doce que é despejada nos
oceanos.
27. Durante muito tempo, atribuiu-se à
Amazônia o papel de “pulmão do
mundo”. Hoje, sabe-se que a
quantidade de oxigênio que a floresta
produz durante o dia, pelo processo da
fotossíntese, é consumida à noite. Mas,
devido às alterações climáticas que
causa no planeta, a Floresta Amazônica
vem sendo chamada como “o
condicionador de ar do mundo”.
28. Enorme riqueza sobre solo pobres
O solo amazônico apresenta baixos índices
de nutrientes, é ligeiramente ácido e
bastante arenoso, características que
permitem classificá-lo como extremamente
pobre. A presença de grande quantidade de
matéria orgânica, carregada desde os
Andes pelos rios, faz das várzeas as únicas
áreas agricultáveis da Amazônia.
29. Na verdade, como em toda mata tropical, os
nutrientes minerais encontram-se quase
totalmente na biomassa vegetal ficando uma
pequena quantidade no solo, sobretudo na
camada superficial de húmus. A rápida
reciclagem desses nutrientes, decompostos
pelos microorganismo do solo e reabsorvido
pelas árvores, garante o equilíbrio necessário a
manutenção da floresta. A única função relevante
do solo é a de dar suporte físico à vegetação. De
acordo com estudos do projeto Radam – Brasil,
apenas pouco mais de 10% da Amazônia
possuem solo de fertilidade compatível com as
atividades agrícolas.
30. Vegetação
Em geral, a vegetação amazônica é
HIGRÓFILA : adaptada à vida em
condições com excesso de água.
PERENE : sempre verde.
LATIFOLIADA : folhas largas .
DENSA: mata fechada.
FLORESTA OMBRÓFILA: grande
umidade da região.
FLORESTA PLUVIAL: chuvas.
FLORESTA EQUATORIAL : clima quente
e úmido.
31. Eco-92
Foi marcada por divergências,onde durante o
governo de George Bush ( 1988-1992),
recusou-se a assinar o reconhecimento da
soberania dos países possuidores de
biodiversidade, como o Brasil.Somente em
1993 , com Bill Clinton na presidência dos
EUA, é que houve esse reconhecimento,
dando a esses países o direito de participar
dos lucros oriundos da exploração de sua
biodiversidade.
37. MARES DE MORROS
A erosão, provocada pelo clima tropical
úmido, associada a um intemperismo
químico significativo sobre os terrenos
cristalinos (granito/gnaisse), é um dos
fatores responsáveis pela conformação do
relevo, com a presença de morros com
vertentes arredondadas (morros em Meia
Laranja,Pão-de-Açúcar).Relevo Mamelonar
38. MATA CILIAR
Mata ciliar ou ripária é a vegetação que margeia os
cursos d’água, caracterizada por espécies bem
adaptadas à abundância de água, e às frequentes
inundações. São importantes na proteção das
margens contra a erosão e na manutenção da fauna.
Servem também como barreira, evitando que
detritos das margens atinjam a calha do rio.
A arborização das margens também é um fator
importante para evitar o aquecimento de suas
águas, mantendo um bom nível de aeração
(oxigênio dissolvido).
40. Exploração das riquezas naturais da Mata
Atlântica
A Mata Atlântica brasileira foi o primeiro ambiente a ser
ocupado e explorado pelos colonizadores portugueses.
Desde então, este ecossistema, que abriga grande parte da
biodiversidade brasileira, vem sendo amplamente ocupado e
explorado. Atualmente restam apenas 7% da área original
deste ambiente que margeava o litoral do Rio Grande do
Norte ao Rio Grande do Sul. A extração do pigmento
vermelho da árvore pau-brasil (Cesalpinia echinata) pelos
indígenas e colonizadores foi apenas o começo de uma longa
história que ainda não chegou ao fim.
41. O ciclo da cana-de-açúcar, uma espécie
exótica, exerceu pressão distinta, pois a
sua produção implicava no desmatamento
em áreas férteis, principalmente no
nordeste brasileiro, conduzindo ao longo
dos cinco séculos regiões ao extremo da
perda e fragmentação da Mata Atlântica,
como os estados de Alagoas e
Pernambuco. Neste, há apenas 5% de sua
cobertura original (GALINDO-LEAL &
CÂMARA 2005).
44. O ciclo do café segue o padrão da cana-de-
açúcar, porém ocorre mais no sudeste do país.
Depois temos o ciclo com o gado que alternava-
se entre os altos e baixos das monoculturas ou
mineração.
Hoje, após cinco séculos de exploração e
ocupação, a área de domínio da Mata Atlântica,
que, inicialmente, correspondia a 15% do
território brasileiro, está reduzida a 1,06% desta
área, totalizando cerca de 91,4 mil km². Isto
significa que, agora, ocupa apenas 7,3% de sua
área original (AGUSTINI, 2004)
47. Nos últimos 10 anos a produção de café
aumentou de 6,2 para 7,8 milhões de
toneladas, com mais hectares sendo
cultivados principalmente no Brasil,
Indonésia e Vietnã (Fig.1).
49. Hoje, muitas espécies vegetais e animais da
Mata Atlântica constam da imensa lista de
espécies ameaçadas de extinção. Apenas entre
o grupo dos primatas, são 25 espécies
brasileiras ameaçadas de extinção, sendo
algumas delas típicas da Mata Atlântica, como é
o caso do Muriqui. As grandes alterações da
Floresta Atlântica ocorreram devido à ocupação
das terras, especialmente no Sudeste, e ao
comércio das riquezas naturais da região. A
região litorânea do Brasil, que abriga a Mata
Atlântica, foi a primeira a ser explorada, devido
à facilidade de acesso ao território e à riqueza
natural da região.
50.
51.
52.
53.
54.
55. A Mata Atlântica é um dos Biomas mais
ricos em biodiversidade do mundo e
também o segundo mais ameaçado de
extinção. 70% da população brasileira
mora em seu domínio. Por isso, viver na
Mata Atlântica é um grande privilégio,
mas também uma grande
responsabilidade
56. Distribuído ao longo de mais de 23 graus de latitude sul,
com grandes variações no relevo e regimes
pluviométricos, a Mata Atlântica é composta de uma
série de tipologias ou unidades fitogeográficas,
constituindo um mosaico vegetacional que proporciona
a grande biodiversidade reconhecida para o bioma.
Apesar da devastação acentuada, a Mata Atlântica
ainda abriga uma parcela significativa de diversidade
biológica do Brasil, com altíssimos níveis de
endemismo. A riqueza pontual é tão significativa que os
dois maiores recordes mundiais de diversidade botânica
para plantas lenhosas foram registrados nesse bioma
(454 espécies em um único hectare do sul da Bahia e
476 espécies em amostra de mesmo tamanho na região
serrana do Espírito Santo).
57. As estimativas indicam ainda que a Mata Atlântica
abriga 261 espécies de mamíferos (73 deles
endêmicos), 340 de anfíbios (253 endêmicos), 192 de
répteis (60 endêmicos), 1.020 de aves (188 endêmicas),
além de aproximadamente 20.000 espécies de plantas
vasculares, das quais aproximadamente metade estão
restritas ao bioma. Para alguns grupos, como os
primatas, mais de 2/3 das formas são endêmicas. Em
virtude da sua riqueza biológica e níveis de ameaça, a
Mata Atlântica, ao lado de outros 33 biomas localizados
em diferentes partes do planeta, foi indicada por
especialistas, em um estudo coordenado pela
Conservation International, como um dos hotspots
mundiais, ou seja, uma das prioridades para a
conservação de biodiversidade em todo o mundo.
58. CARACTERÍSTICAS DA MATA
ATLÂNTICA
- presença de árvores de médio e grande porte, formando
uma floresta fechada e densa;
- rica biodiversidade, com presença de diversas espécies
animais e vegetais;
- as árvores de grande porte formam um microclima na mata,
gerando sombra e umidade
- fauna rica com presença de diversas espécies de
mamíferos, anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis.
- na região da Serra do Mar, forma-se na Mata Atlântica uma
constante neblina.
59. Flora - Exemplos de vegetação
da Mata Atlântica :
-Palmeiras
- Bromélias, begônias, orquídeas,
cipós e briófitas
- Pau-brasil, jacarandá, peroba,
jequitibá-rosa, cedro
- Tapiriria
- Andira
- Ananas
- Figueiras
60. Fauna - Exemplos de espécies animais
da Mata Atlântica:
- Mico-leão-dourado (risco de extinção)
- Bugio (risco de extinção)
- Tamanduá bandeira (risco de extinção)
- Tatu-canastra (risco de extinção)
- Arara-azul-pequena (risco de extinção)
- Muriqui
- Anta
- Onça Pintada (risco de extinção)
- Jaguatirica
- Capivara
61. NOMES DA MATA ATLÂNTICA :
FLORESTA LATIFOLIADA TROPICAL E,
NAS ENCOSTAS ÚMIDAS:
FLORESTA LATIFOLIADA ÚMIDA DE
ENCOSTA ( UMIDADE DA MASSA DE AR
TROPICAL ATLÂNTICA OU DOS VENTOS
ALÍSIOS DE SUDESTE
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
(OMBRÓFILA – MUITA PLUVIOSIDADE)
67. É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-
se originalmente por uma área de 2 milhões de km²,
abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam
apenas 20% desse total.Típico de regiões tropicais, o
cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno
seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical,
deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga
plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e
gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de
vegetação, de formação florestal. A presença de três das
maiores bacias hidrográficas da América do Sul
(Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região
favorece sua biodiversidade .
CERRADO
68. A flora do Distrito Federal caracteriza-se pelo
cerrado, cuja a vegetação é resistente e
evoluída, com plantas adaptadas ao clima. Os
fatores determinantes na fisionomia do cerrado
são a escassez de água, acidez do solo e falta de
umidade do ar. Os principais tipos de vegetação
do cerrado de Brasília são a mata ciliar, o
cerrado, o cerradão, campos e veredas.
CARACTERÍSTICAS DO CERRADO
69. A mata ciliar pode ser encontrada ao
longo de rios e riachos e distribui-se em
locais com umidade e solo adequados
para o desenvolvimento das espécies
nativas como a pindaíba e o ipê-roxo.
O cerrado é caracterizado por pequenas
árvores e arbustos, retorcidos, de casca
grossa, folhas cariáceas e esparsamente
distribuídas. Entre suas árvores nativas
estão o pau-terra, o pequi e o
barbatimão.
71. O cerradão é muito semelhante à mata ciliar,
diferenciando-se pela composição florística e
árvores com grandes copas dando uma
aparência fechada.
Existem dois tipos de campos, o campo sujo
e o campo limpo. Campos são basicamente
compostos por grama e poucas árvores, a
diferença entre os dois tipos é que o campo
sujo tem algumas árvores e arbustos
esparsos. São encontrados nas bordas de
chapadas e cabeceiras.
75. As veredas são como pântanos, com solo
cheio de água. Encontrados em lugares com
solos rasos, afloramentos rochosos e encosta
de morros. Normalmente são longas, largas.
Sua planta típica no DF é a palmeira-buriti.
Brasília além de possuir sua flora nativa
formando um tapete verde, possui espécies
originárias de outras regiões como o pau-
brasil e buganvílias lilases,brancas,
vermelhas, alaranjadas e cor-de-rosa
aumentando a beleza do cerrado.
78. O domínio das florestas e dos campos
meridionais se estende desde o Rio
Grande do Sul até parte dos estados de
Mato Grosso do Sul e São Paulo. O clima
é ameno e o solo naturalmente fértil. A
junção destes dois fatores favoreceram à
colonização acelerada no último século,
principalmente por imigrantes europeus e
japoneses que alcançaram elevados
índices de produtividade na região.
79. Esse tipo de vegetação é encontrada em dois
lugares distintos: os campos de terra firme
(savanas de gramíneas baixas) são
característicos do norte da Amazônia, Roraima,
Pará e ilhas do Bananal e de Marajó, enquanto os
campos limpos (estepes úmidas) são típicos da
região sul. De um modo geral, o campo limpo é
destituído de árvores, bastante uniforme e com
arbustos espalhados e dispersos. Já nos campos
de terra firme as árvores, baixas e espaçadas, se
integram totalmente à paisagem. Em ambos os
casos o solo é revestido de gramíneas,
subarbustos e ervas.
81. Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e
161 de mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é
seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal.O
cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu
alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali
cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é
majoritariamente urbana e enfrenta problemas como
desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A
atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região,
contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu
assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão
dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura
mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se
expandir principalmente a partir da década de 80. Nos
últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a
abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje,
menos de 2% está protegido em parques ou reservas.
83. Pequenas árvores de troncos torcidos e
recurvados e de folhas grossas, esparsas
em meio a uma vegetação rala e rasteira,
misturando-se, às vezes, com campos
limpos ou matas de árvores não muito altas
– esses são os Cerrados, uma extensa área
de cerca de 200 milhões de hectares,
equivalente, em tamanho, a toda a Europa
Ocidental. A paisagem é agressiva, e por
isso, durante muito tempo, foi considerada
uma área perdida para a economia do país.
84. 75
125
175
225
275
325
375
425
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
MT CO BR DF GO MS
Índice de crescimento do PIB do Centro-
Oeste e Estados da Região (1985 =100)
88. A Mata de Araucária, também chamada de
Pinheiros-do-paraná (Araucária angustifolia) , ou,
cientificamente, de Floresta Ombrófila Mista,
está seriamente ameaçada de extinção. Apenas
1,2% de sua cobertura original encontra-se
preservada, e apenas 0,22% (40.774 hectares)
está sob a proteção de Unidades de conservação
(UC), o que põe em risco a preservação da
floresta.
89. Originalmente as Matas de Araucárias se
estendiam entre os Estados do Rio Grande do
Sul e Paraná, com incidências em áreas
esparsas de São Paulo e Minas Gerais em
regiões altas e de clima frio com chuvas
regulares o ano todo, fazendo parte do domínio
da Mata Atlântica. Geralmente a Floresta
Ombrófila Mista se desenvolve em locais com
uma altitude maior que 500 metros e menor que
800 metros, mas, em alguns lugares, podem ser
encontradas em altitudes de 1.000 metros.
90. A Araucária angustifólia pode atingir até 50
metros de altura e produz sementes comestíveis
conhecidas como “pinhão” (existe até a "
FESTA do Pinhão", em Lages-SC, que contribui
para o desaparecimento desta espécie). Uma
característica comum nos pinheiros e que foi
um dos fatores a contribuir para a quase
extinção da espécie é a “alelopatia”, ou, a
tendência que essas plantas têm de inibir o
crescimento de outras plantas próximas a elas
facilitando sua extração.
91. Outro fator que contribuiu para a exploração da
araucária foi o fato de ela se encontrar quase que
totalmente em regiões de solo muito fértil, a
famosa “terra-roxa” (solo de origem vulcânica e
altamente produtivo presente em apenas 1% do
território nacional), fazendo com que a Araucária
fosse suprimida, na maior parte da região onde
incide, para o plantio de monoculturas e
pastoreio.
92. A Araucária pertence à família das Coníferas
(plantas gimnospermas – sem fruto – presentes
nas regiões temperadas) que é a espécie que
atinge maior longevidade entre todas as outras
espécies de plantas. Outras plantas podem ser
encontradas em uma Floresta Ombrófila Mista,
como a erva-mate que se beneficia da
alelopatia da Araucária, ou a imbuia .
93. A Araucária angustifolia é uma árvore útil: pode-se dizer
que tudo nela é aproveitável, desde a amêndoa, no
interior dos pinhões, até a resina que, destilada fornece
alcatrão, óleos diversos, terebintina e breu, para
variadas aplicações industriais. As sementes são ricas
em amido, proteínas e gorduras, constituindo um
alimento bastante nutritivo. É comum ver bandos de
pássaros, principalmente periquitos e papagaios,
pousados nos galhos das araucárias, bicando as
amêndoas. Mas é a madeira que reúne maior variedade
de aplicações. Em construção, já foi usada para forros,
assoalhos, e vigas. Vastas áreas de pinheirais foram
cultivadas exclusivamente para a confecção de caixas e
palitos de fósforos. E a madeira serviu até como mastros
em embarcações. Em aplicações rústicas, os galhos
eram apenas descascados e polidos, transformando-se
em cabos de ferramentas agrícolas
94. A araucária interage intensamente com a fauna, que constitui um
elemento muito importante para a dispersão das sementes. Entre
estes animais destacam-se os roedores e as aves. Alberts (1992)
cita, entre os roedores, as cotias, as pacas, os ouriços, os
camundongos e os esquilos. Entre as aves são citados o papagaio-
de-peito-roxo (Solórzano ,1999), a gralha-picaça e, em Minas Gerais,
Bustamante (1948) cita os airus, a gralha azul e os tucanos.
97. A Guerra do Contestado foi um conflito
que alcançou enormes proporções na
história do Brasil e, particularmente, dos
Estados do Paraná e de Santa Catarina.
GUERRA DO CONTESTADO
100. Semelhante a outros graves
momentos de crise, interesses
político-econômicos e messianismo
se misturaram ao contexto explosivo.
Ocorrido entre 1912 e 1916, o conflito
envolveu, de um lado, a população
cabocla daqueles Estados, e, de outro,
os dois governos estaduais, apoiados
pelo presidente da República, Hermes
da Fonseca.
101. A região do conflito, localizada entre os
dois Estados, era disputada pelos
governos paranaense e catarinense.
Afinal, era uma área rica em erva-mate
e, sobretudo, madeira. Originalmente, os
moradores da região eram posseiros
caboclos e pequenos fazendeiros que
viviam da comercialização daqueles
produtos.
102. No final do século 19, o governo brasileiro
autorizou a construção de uma estrada de
ferro ligando os Estados de São Paulo e
Rio Grande do Sul. Para isso,
desapropriou uma faixa de terra, de
aproximadamente 30 km de largura, que
atravessava os Estados do Paraná e de
Santa Catarina - uma espécie de
"corredor" por onde passaria a linha
férrea.
A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO
103.
104. A responsável pela construção foi a empresa
norte-americana Brazil Railway Company, de
propriedade do empresário Percival Farquhar,
que também era dono da Southern Brazil
Lumber and Colonization Company, uma
empresa de extração madeireira. A construção
da estrada acabou atraindo muitos
trabalhadores para a região onde ocorreria a
Guerra do Contestado. Com o fim das obras, o
grande número de migrantes que se deslocou
para o local ficou sem emprego e,
consequentemente, numa situação econômica
bastante precária.
106. Além de construir a estrada de ferro,
Farquhar, por meio da Southern Brazil
Lumber, passou a exportar para os Estados
Unidos a madeira extraída ao longo da
faixa de terra concedida pelo governo
brasileiro. Com isso, os pequenos
fazendeiros que trabalhavam na extração
da madeira foram arruinados pelo domínio
da Lumber sobre as florestas da região.
107. A ESTRADA DE FERRO
A construção da estrada de ferro ligando São
Paulo ao Rio Grande do Sul trouxe consigo os
principais elementos político-econômicos que
levaram à eclosão da Guerra do Contestado.
Afinal, a presença das empresas de Farquhar na
região e os termos do acordo firmado com o
governo brasileiro levaram, de uma só vez, à
expulsão dos posseiros que trabalhavam no local,
à falência de vários pequenos fazendeiros que
viviam da extração da madeira e à formação de
um contingente de mão-de-obra disponível e
desempregada ao fim da construção.
112. Entretanto, havia também um outro
elemento importante para o início do
conflito: o messianismo. A região era
frequentada por monges que faziam
trabalhos sociais e espirituais e, vez ou
outra, envolviam-se também com questões
políticas - o que lhes dava certo destaque
entre os moradores daquela localidade.
113. Em 1912, apareceu na região um monge chamado José
Maria de Santo Agostinho, nome que mais tarde a polícia
descobriria ser falso. José Maria foi saudado pelos
habitantes do local como a ressurreição de outro monge
que vivera ali até 1908, o monge João Maria: era como se
o antigo líder espiritual tivesse voltado.
José Maria rapidamente ganhou fama na região por seu
suposto dom de cura. Em meio aos problemas político-
econômicos provocados pelas atividades das empresas
de Percival Fraquhar, o monge passou a envolver-se
também com questões que estavam muito além dos
problemas espirituais dos seus seguidores.
114. A GUERRA
Sob a liderança de José Maria, os camponeses
expulsos de suas terras e os antigos trabalhadores
da Brazil Railway organizaram uma comunidade no
intuito de solucionar os problemas ocasionados
pela tomada das terras e pelo desemprego. Uniram-
se ao grupo os fazendeiros prejudicados pela
presença da Lumber na região. Tudo isso reforçado
pelo discurso messiânico do monge José Maria, que
logo declarou a comunidade sob sua liderança
como um governo independente.
115. A mobilização na região passou a
incomodar o governo federal não apenas
por crescer rapidamente, com a formação
de novas comunidades, mas também
porque os rebeldes passaram a associar
os problemas econômicos e sociais à
República. Ao mesmo tempo, os coronéis
locais ficaram incomodados com o
surgimento de lideranças paralelas, como
José Maria. Já a Igreja, diante do
messianismo que envolvia o movimento,
também defendeu a intervenção na região.
116. De forma autoritária e repressiva, os
governos do Paraná e de Santa Catarina,
articulados com o presidente Hermes da
Fonseca, começaram a combater os
rebeldes. Embora tenham tido pouco
sucesso nos dois primeiros anos do
conflito, as forças oficiais obtiveram, a
partir de 1914, sucessivas vitórias sobre
os revoltosos - graças à truculência das
tropas e ao seu numeroso efetivo, que
contava com homens do Exército
brasileiro e das polícias dos dois estados.
117. Com quase 46 meses de conflito, a
Guerra do Contestado superou até
mesmo Canudos em duração e número
de mortes. Famintos e com cada vez
mais baixas, diante do conflito
prolongado, da força e crueldade das
tropas oficiais e da epidemia de tifo, os
revoltos caminharam para a derrota
final, consumada em agosto de 1916
com a prisão de Deodato Manuel
Ramos, último líder do Contestado.
118.
119.
120.
121.
122.
123.
124.
125. IMPORTANTE
PINHEIRO DO PARANÁ
ARAUCÁRIA ANGUSTIFOLIA
FLORESTA OMBRÓFILA MISTA
FLORESTA SUBCADUCIFOLIA OU
DECÍDUA
ACICULIFOLIADA – PEQUENA AGULHA
MATA SUBTROPICAL
PERTENCENTE AO BIOMA MATA
ATLÂNTICA
128. A Caatinga é uma cobertura vegetal
genuinamente brasileira, ou seja, endêmica, uma
vez que as espécies que a compõe não são
encontradas em outra parte do mundo. Essa
vegetação, originalmente, cobria uma área de
734.478 km², o que equivale a cerca de 11% do
território brasileiro. No interior dessa imensa
região se encontram os Estados do Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e a porção norte
de Minas Gerais.
CAATINGA
129.
130. Os vegetais que formam a Caatinga, em
geral, possuem folhas atrofiadas, que
permitem enfrentar os extensos períodos
sem chuva. Atualmente, existe somente
50% da vegetação original. Algumas áreas
da Caatinga, que se encontram
degradadas, estão ingressando no
processo de desertificação, formando
manchas de desertos entre a vegetação
original
131.
132.
133. Na Caatinga, a atividade econômica
mais praticada é a agropecuária,
desenvolvida de maneira tradicional,
alcançando uma baixa produtividade.
A falta de manejo técnico na utilização
do solo promove impactos negativos
nesse ecossistema.
134. A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com
índices pluviométricos muito baixos, em torno de
500 a 700 mm anuais. Em certas regiões do Ceará,
por exemplo, embora a média para anos ricos em
chuvas seja de 1.000 mm, pode chegar a apenas
200 mm nos anos secos.
A temperatura se situa entre 24 e 26 graus e varia
pouco durante o ano. Além dessas condições
climáticas rigorosas, a região das caatingas está
submetida a ventos fortes e secos, que
contribuem para a aridez da paisagem nos meses
de seca.
135. As plantas da caatinga possuem adaptações ao
clima, tais como folhas transformadas em
espinhos, cutículas altamente impermeáveis,
caules suculentos etc. Todas essas adaptações
lhes conferem um aspecto característico
denominado xeromorfismo (do grego xeros,
seco, e morphos, forma, aspecto).
Duas adaptações importantes à vida das plantas
nas caatingas são a queda das folhas na
estação seca e a presença de sistemas de raízes
bem desenvolvidos. A perda das folhas é uma
adaptação para reduzir a perda de água por
transpiração e raízes bem desenvolvidas
aumentam a capacidade de obter água do solo.
143. Fitofisionomia da mata dos cocais.
Mata dos cocais é um tipo de vegetação brasileira que ocorre
entre a região norte e nordeste do Brasil, região denominada
de meio-norte. Corresponde a uma área de transição
envolvendo vários estados e vegetações distintas. Na região
onde se encontra o meio-norte é possível identificar climas
totalmente diferentes, como equatorial superúmido e
semiárido.
144. A mata dos cocais é composta por babaçu,
carnaúba, oiticica e buriti; se estabelece entre a
Amazônia e a caatinga.
Nas áreas mais úmidas do meio-norte, que se
encontram no Maranhão, norte do Tocantins e
oeste do Piauí, ocorre o desenvolvimento de
uma espécie de coqueiro ou palmeira chamada
de babaçu. Essa planta possui uma altura que
oscila entre 15 e 20 metros. O babaçu produz
amêndoas que são retiradas de cachos de
coquinhos do qual é extraído um óleo com uso
difundido na indústria de cosméticos e
alimentos.
145. Considerada a mais rica palmeira utilizada na
indústria extrativista brasileira, o babaçu
serve de fonte de renda para pelo menos 400
mil quebradeiras de coco no Brasil, segundo
estimativas do Ministério do Meio Ambiente.
Da folha da palmeira, que pode chegar a 20
metros de altura, pode se fazer telhado para
as casas e artesanato; do caule, adubo e
estrutura de construções; da casca do coco,
carvão para alimentar as caldeiras da
indústria; do mesocarpo, a multimistura usada
na nutrição infantil; da amêndoa pode obter-se
ainda o óleo, empregado na alimentação e na
produção de combustível, lubrificante e até
mesmo sabão.
146.
147. A Carnaúba é uma árvore endêmica no semi-árido do
nordeste brasileiro, árvore símbolo dos Estados do Piauí e
Ceará, conhecida como árvore da vida, pois oferece uma
infinidade de usos ao homem: as raízes têm uso medicinal
como eficiente diurético; os frutos são um rico nutriente para a
ração animal; o tronco é madeira de qualidade para
construções; as palhas servem para a produção artesanal,
adubação do solo e extração de cera, um insumo valioso que
entra na composição de diversos produtos industriais como
cosméticos, cápsulas de remédios, componentes eletrônicos,
produtos alimentícios, ceras polidoras e revestimentos
154. Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil,
o Pantanal, estende-se pelos territórios do
Mato-Grosso (região sul), Mato-Grosso do
Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia
(leste). Ao todo são aproximadamente 228
mil quilômetros quadrados. Em função de
sua importância e diversidade ecológica, o
Pantanal é considerado pela UNESCO como
um Patrimônio Natural Mundial e Reserva
da Biosfera.
155. Aspectos Geográficos
O Pantanal é formado por uma planície e está
situado na Bacia Hidrográfica do Alto
Paraguai. Recebe uma grande influência do
Rio Paraguai e seus afluentes, que alagam a
região formando extensas áreas alagadiças
(pântanos) e favorecendo a existência de
uma rica biodiversidade. A época de chuvas e
cheias dos rios ocorre durante os meses de
novembro a abril.
O clima do Pantanal é úmido (alto índice
pluviométrico), quente no verão e seco e frio
na época do inverno.
156. Flora do Pantanal
Assim como ocorre com a vida animal, o Pantanal possui
uma extensa variedade de árvores, plantas, ervas e outros
tipos de vegetação. Nesta região, podemos encontrar
espécies da Amazônia, do Cerrado e do Chaco Boliviano.
Nas planícies (região que alaga na época das cheias)
encontramos uma vegetação de gramíneas. Nas regiões
intermediárias, desenvolvem-se pequenos arbustos e
vegetação rasteira. Já nas regiões mais altas, podemos
encontrar árvores de grande porte.
As principais árvores do Pantanal são: aroeira, ipê,
figueira, palmeira e angico.
157.
158. As chuvas fortes são comuns nesse
bioma. Os terrenos, quase sempre planos,
são alagados periodicamente por
inúmeros corixos e vazantes entremeados
de lagoas e leques aluviais. Na época das
cheias estes corpos comunicam-se e
mesclam-se com as águas do Rio
Paraguai, renovando e fertilizando a
região.
159. BAÍAS E CORIXOS SÃO DECORADOS
COM VEGETAÇÃO FLUTUANTE
COMO AGUAPÉ E VITÓRIA-RÉGIA
160. Ameaças ao Pantanal
Embora boa parte da região continue inexplorada,
muitas ameaças surgem em decorrência do interesse
econômico que existe sobre essa área. A situação
começou a se agravar nos últimos 20 anos, sobretudo
pela introdução de pastagens artificiais e pela
exploração das áreas de mata. O Pantanal tem passado
por transformações lentas, mas significativas, nas
últimas décadas. O avanço das populações e o
crescimento das cidades são uma ameaça constante. A
ocupação desordenada das regiões mais altas, onde
nasce a maioria dos rios, é o risco mais grave.
161. A agricultura indiscriminada está
provocando a erosão do solo, além de
contaminá-lo com o uso excessivo de
agrotóxicos. O resultado da destruição
do solo é o assoreamento dos rios
(bloqueio por terra), fenômeno que tem
mudado a vida na região. Áreas que
antes ficavam alagadas nas cheias e
completamente secas quando as chuvas
paravam, agora ficam permanentemente
sob as águas.
162. Curiosidades sobre o Pantanal
· A maior cobra do Pantanal é a sucuri
amarela. Mede até 4,5 metros e se alimenta de
peixes, aves e pequenos mamíferos.
· Tuiuiú, ave-símbolo do Pantanal, tem mais
de 2 metros de envergadura com as asas
abertas.
· O jacaré do Pantanal mede até 2,5 metros de
comprimento, alimentando-se principalmente
de peixes.
· O maior peixe do Pantanal é o jaú, um bagre
gigante que chega a 1,5 metro de
comprimento, pesando até 120 quilos.
166. Hidrovia Paraguai-Paraná
A Hidrovia Paraguai-Paraná é um dos mais
extensos e importantes eixos continentais de
integração política, social e econômica. Ela
corta metade da América do Sul, vai desde a
cidade de Cáceres, no estado de Mato Grosso,
até Nova Palmira, no Uruguai. São 3.442 km,
sendo 2.202 km até a divisa com o Paraguai e
Argentina, e servem a cinco países: Brasil,
Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
169. Os mangues correspondem a uma
característica vegetativa que se
apresenta em áreas costeiras,
compreende uma faixa de transição
entre aspectos terrestres e marinhos,
esse tipo de cobertura vegetal se
estabelece em lugares no qual
predominam o clima tropical e
subtropical.
170. Os mangues se encontram em ambientes
alagados com águas salobras, os vegetais
do mangue são constituídos por raízes
expostas favorecendo uma maior retirada
de oxigênio e também proporcionando
maior fixação.
O mangue é formado por plantas com aspecto
arbustivo e também arbóreo, no entanto, os
manguezais não são homogêneos, uma vez
que há diferenças entre eles, desse modo são
classificados ou divididos em: mangue
vermelho, mangue branco e mangue-siriuba.
172. Vegetação de praia: ocorrem vegetações do
tipo arbóreo e arbustivo adaptadas a
lugares com grande concentração de sal,
como a salsa-da-praia, grama-da-praia,
pinheirinho-da-praia, feijão-boi, jundu etc.
173. Vegetação de dunas: desenvolve uma
vegetação rasteira, cujas raízes são
extensas e profundas. Em dunas semi-
fixas ocorre aroeira-vermelha, pau-de-
bruge, além da capororoca, maria-mole,
guamirim entre outras.
Restinga: apresenta diversas
características vegetais, como espécies
herbáceas, arbustivas e arbóreas.