O documento discute conceitos fundamentais da manutenção como:
1) Manutenção preventiva sistemática, manutenção condicionada e manutenção correctiva de emergência;
2) Fiabilidade, manutibilidade e disponibilidade de equipamentos;
3) Custos associados à manutenção e importância da organização da atividade.
2. FACTS & FIGURES
Equipamento bem mantido dura 30 a 40% mais;
Manutenção proactiva reduz consumo de energia 5 a 11%;
Custos de manutenção:
50 % mão de obra e restantes 50 % materiais;
Manutenção preventiva reduz tempos de
indisponibilidade e aumenta o rendimento;
Manutenção correctiva custa 2 a 4 vezes mais;
Meta: a relação “Preventiva/Correctiva” > 80%;
Implementação: 3 a 5 anos. (apontar para menos!)
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DEFINIÇÃO DE MANUTENÇÃO
A função manutenção numa organização tem por objectivo
garantir as condições normais de funcionamento de
equipamentos e instalações dentro das condicionantes
técnicas e económicas;
A manutenção deve garantir a função do equipamento;
De acordo com a NP EN 13306:2007:
“Combinação de todas as acções técnicas, administrativas e de
gestão, durante o ciclo de vida de um bem, destinadas a
mantê-lo ou repô-lo num estado em que ele pode
desempenhar a função requerida”
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3. CICLO DE VIDA (MODELO TRADICIONAL)
Taxa de falhas λ (t)
A
B
C
Tempo de (vida) funcionamento
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Considere os equipamentos “mantidos” pela FMC e tente
enquadra-los nestes padrões de falha.
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4. EXERCÍCIO
Analise de novo a “curva da
banheira” apresentada ao lado.
Identifique três grupos de
equipamentos (ex. 5008, 4008
e…), considere como sugestão
a seguinte matriz:
Fase I
Fase II
Fase III
5008
4008
Outra
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CONCEITO FUNDAMENTAL FIABILIDADE
É tida como a probabilidade de bom funcionamento;
Expressa-se em % (percentagem de um “bem” executar as
funções dentro de condições normais de funcionamento)
Esta definição considera o contexto operacional, a
manutenção e o tempo;
A fiabilidade (R) e a probabilidade de falha (F) são
complementares, ie:
F+R = 1 (ie, 100%)
A Fiabilidade (R) depende de aspectos
como a concepção, o fabrico, a
instalação, a manutenção e o
F
R
uso do bem.
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5. Às vezes torna-se difícil
torna- difí
acompanhar a evolução
evoluç
tecnológica… e tb nós
ó gica…
tecnol
precisamos de fazer up-grades
up-
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CONCEITO FUNDAMENTAL MANUTIBILIDADE
Mede-se pela facilidade de fazer a manutenção;
Quanto menor o tempo de intervenção, melhor a
manutibilidade de um equipamento;
Depende da (principalmente) da concepção e instalação do
bem (equipamento e instalações onde é colocado);
Contudo, a manutibilidade pode (e deve)
ser melhorada, por exemplo:
Alterando os equipamentos;
Formando os técnicos;
Uniformizando os setups e o back-office da manutenção.
Que sugestões mais?
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6. Não é fácil trabalhar em locais confinados…
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As decisões tomam-se com base em factos não em opiniões
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7. CONCEITO FUNDAMENTAL DISPONIBILIDADE
É a relação entre o tempo útil e o tempo disponível;
Mede-se em % e indica a parte do tempo que a máquina
está disponível para realizar a sua função;
É afectada pela Fiabilidade, pela Manutibilidade e pelo
Apoio de Back-office (ou logística de suporte);
Reliability, R
Disponibilidade
AVAILABILITY
MTBF – mean time between failure
Manutibility, M
MTTR – mean time to repair
Back-office support
MWT – mean waiting time
Estado do
equipamento
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amostra do tempo de imobilização:
TTR
Tempo entre
falhas ou de bom
funcionamento
WT TTR
Avaria ou intervenção
planeada de
manutenção
1 (up)
0 (down)
down time
Tempo de funcionamento
MDT = MTTR + MWT – este é o tempo que o cliente sente!!!
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8. PARA PENSARMOS
Que podemos fazer para:
Melhorar o MTBF dos equipamentos a que prestamos
assistência?
Reduzir o MTTR das nossas intervenções?
O que está ao nosso alcance?
O que depende da Direcção do Departamento/Empresa?
Reduzir o MWT das nossas intervenções?
O que está ao nosso alcance?
O que depende da Direcção do Departamento/Empresa?
Que exemplos podemos dar de Waiting Times?
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CONCEITO FUNDAMENTAL ORGANIZAÇÃO
O modo como organizamos (estabelecemos) a manutenção
influencia definitivamente o desempenho desta;
A organização da actividade de manutenção reflecte-se em:
Gestão do tempo;
Qualidade do serviço prestado;
Custos da actividade;
Cansaço/desgaste dos técnicos e equipa de suporte;
Erros cometidos;
Imagem que a empresa transmite aos cliente.
A actividade da manutenção
nunca deve esquecer:
“no news are good news” (Sir Winston Churchill)
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9. Ex. DAT
ENGENHARIA
DE MANUTENÇÃO
DEPARTAMENTO
DEPARTAMENTO
DE MANUTENÇÃO
DE MANUTENÇÃO
GESTÃO DA
MANUTENÇÃO
Métodos e processos
Planeamento e controlo
Estudos e desenvolvimento
Gestão de recursos
Melhoria contínua
Gestão de serviços
Qualidade
EXECUÇÃO
Equipa própria
Avaliação de resultados
Equipa externa
Controlo de
acções
Segurança
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CONCEITO FUNDAMENTAL OEE
Overall Equipment Efficiency (OEE) ou
Eficiência Global do Equipamento;
É uma das mais completas métricas para avaliar o
desempenho global de um serviço de manutenção;
Considera três vertentes fundamentais:
Qualidade do Serviço prestado – Q, %
Disponibilidade do Equipamento – A, %
Eficiência da Equipa - E, %
OEE = Q * E * D
[%]
Valor de referência actualmente: 85%
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10. OEE: DESEMPENHO DA MANUTENÇÃO
QUALIDADE
EFICIÊNCIA
Fazer bem à
primeira e de
acordo com o
estipulado (ex.
regras e normas)
Satisfação de
objectivos
DISPONIBILIDADE
FIABILIDADE
MANUTIBILIDADE
APOIO LOGÍSTICO
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11. NORMALIZAÇÃO EM MANUTENÇÃO
As normas são acordos documentados e voluntários,
originadas de um acordo entre partes interessadas,
aprovados por um Organismo de Normalização reconhecido,
que criam regras, guias ou características de produtos ou
serviços, através de resultados consolidados, científicos,
técnicos ou experimentais;
A APMI (http://www.apmi.pt/sobre-nos-/ ) é o Organismo de
Normalização Sectorial (ONS) nos domínios da actividade
“Manutenção Industrial” desde Dez 1991;
A CT94 é coordenada pelo ONS APMI responsável pela
elaboração de normas da actividade “Manutenção Industrial”,
e que acompanha os trabalhos da Comissão Técnica Europeia,
CEN/TC 319 “Maintenance Standardization”.
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AS NP’s APLICADAS À MANUTENÇÃO
NP EN 13306:2007 - Terminologia da manutenção;
NP EN 13269:2007 - Manutenção - Instruções para a
preparação de contratos de manutenção;
NP EN 15341:2009 – Manutenção – Indicadores de
desempenho da manutenção;
NP EN 13460:2009 – Manutenção – Documentação para a
manutenção;
NP 4483:2009 – Guia para a implementação de sistemas de
gestão da manutenção;
NP 4492:2009 – Requisitos para a prestação de serviços de
manutenção.
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12. MODELOS DE MANUTENÇÃO
Segundo a norma NP EN 13306 temos:
Manutenção preventiva como a manutenção realizada com uma
frequência pré-definida, com o objetivo de reduzir a probabilidade
de avaria ou deterioração do equipamento;
Manutenção preventiva sistemática é a manutenção efectuada
em períodos de tempo previamente definidos ou segundo um
número previamente definido de unidades de utilização, como por
exemplo horas de funcionamento ou peças produzidas;
Manutenção preventiva condicionada como a manutenção
baseada na vigilância do funcionamento de uma máquina, e em
parâmetros desse funcionamento, como por exemplo medições de
vibrações ou análise ao óleo do equipamento.
Manutenção correctiva como aquela que é efectuada após a
detecção de uma avaria e que tem como objectivo a reposição, o
mais breve possível, das funções do equipamento.
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MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃO
PLANEADA
PREVENTIVA
SISTEMÁTICA
MPS
Não-PLANEADA
MELHORIA
CONDICIONADA
MC
CORRECTIVA DE
EMERGÊNCIA
MCE
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14. MANUTENÇÃO PREVENTIVA SISTEMÁTICA
100%
Rmin
Fiabilidade [R(t)]
R(t)]
Período entre MP
MP
MP – acções de manutenção planeada
Rmin – valor mínimo de fiabilidade
R(t) - fiabilidade
0%
Tempo de funcionamento
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Parâmetro de funcionamento
Manutenção Condicionada
Avaria!
alarme superior
Condição normal
alarme inferior
Tempo de funcionamento
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15. Manutenção Condicionada
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EXERCÍCIO/DEBATE
Identifique os pontos fortes e fracos de
cada modelo de Manutenção;
Para os equipamentos FMC que conhece
como vê a aplicabilidade generalizada da
Manutenção Condicionada?
E da Telemanutenção?
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16. MANUTENÇÃO DE MELHORIA
A manutenção que é realizada para melhorar as
características do bem no seu contexto;
Um estilo de manutenção cada vez mais assumido e
estimulado nos tempos de hoje;
Um passo em frente em relação à manutenção condicionada:
porque melhora o desempenho, o consumo energético ou
manutibilidade;
Algumas melhorias cabem na acepção de prevenção de
manutenção, quando destinadas a reduzir a quantidade de
manutenção necessária no equipamento;
Exemplos: instalação de equipamento adicional de
monitorização, controlo, automação, economizador de
energia, acessos para a manutenção, etc.
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CUSTOS DA ACTIVIDADE
Procure listar os custos da Actividade de Manutenção (DAT):
.
.
.
.
.
.
.
.
.
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17. )
Cus
tos
tota
is (
CTM
CUSTOS
Custos d
e não-m
anutenç
ão (CNM
)
nçã
e manute
Custos d
ZONA
ÓPTIMA
o (CM)
100%
DISPONIBILIDADE
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Manutenção
Ordens de trabalho,
registos e relatórios.
Contabilidade
Energia, espaços,
recursos humanos, etc.
Depart. de
MANUTENÇÃO
Compras
Consumos de materiais,
ferramentas e serviços.
Operações
Perdas de produção,
paragens,
desperdícios, etc.
Determinação de custos;
Determinaç
Determinação de indicadores;
Determinaç
Determinação de orçamentos;
Determinaç
orç
Análise de resultados;
Aná
Tomadas de decisão.
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18. Custo das Alterações
Fase de projecto
€1
Fase de protótipo
€10
Fase de construção
€100
Em serviço
€1000
Custos gerados
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A – Equipamento de qualidade (boa
manutibilidade), embora com custo
inicial mais elevado;
B – Equipamento de menor qualidade
e menor vida útil;
LCC(A) < LCC (B)
A
Abate
Abate
B
Período de
desenvolvimento
Período de funcionamento
Tempo
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19. O sucesso da FMC depende do contributo de todos!
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E AINDA MAIS DEFINIÇÕES IMPORTANTES
GESTÃO DA MANUTENÇÃO - todas as tarefas da gestão que
determinam os objectivos, a estratégia e as responsabilidades
respeitantes à manutenção e que os implementam por meios
tais como o planeamento, o controlo e supervisão da
manutenção e a melhoria de métodos na organização,
incluindo os aspectos económicos; (Fonte: EN 13306)
PLANO DE MANUTENÇÃO, conjunto estruturado de tarefas
que compreendem as actividades, os procedimentos, os
recursos e a duração necessários para executar a
manutenção. (Fonte: EN 13306)
PREPARAÇÃO DE TRABALHOS, descrição do modo
operatório a utilizar, a sequência das operações, materiais e
peças a aplicar, ferramentas e aparelhagem de medida a
utilizar, especialização, qualificação e quantidade de
executantes, normas de segurança e tempos previstos de
execução
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21. GERIR, O QUE É E O QUE NÃO É
Gerir a manutenção não é:
Computar custos;
Controlar custos;
Optimizar custos.
Gerir a manutenção é:
Um empenhamento da técnica e da engenharia
para assegurar o bom funcionamento das
instalações de que decorre a optimização dos
custos relacionados com a manutenção.
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O PROCESSO DE PLANEAMENTO
FICHEIROS MESTRE
ESTRATÉGIA DO
NEGÓCIO
Pedidos das Operações
ou outros clientes
Base de dados
de equipamentos
e instalações
Programa de
manutenção
(acções e rotinas)
Registo histórico
de manutenção
Estratégia da
manutenção
Acções de manutenção
correctiva planeada
(Engenharia de manutenção)
Acções de MCE
PLANEAMENTO
DA MANUTENÇÃO
PROGRAMAÇÃO DA
MANUTENÇÃO
SOLICITAÇÕES DO CLIENTE
Preparação
detalhada do trabalho
EXECUÇÃO
Registo e análise
de dados
Report e feedback
de informação
CONTROLO
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22. FICHEIROS MESTRE
Pedidos das Operações
ou outros clientes
Base de dados
de equipamentos
e instalações
GESTÃO DA MANUTENÇÃO
ASSISTIDA POR
COMPUTADOR
Acções de manutenção
correctiva planeada
(Engenharia de manutenção)
Programa de
manutenção
(acções e rotinas)
Registo histórico
de manutenção
Disponibilidade de RH da manutenção
Disponibilidade de materiais e peças de reserva
Acções de MCE
PLANEAMENTO
DA MANUTENÇÃO
SOLICITAÇÕES DE CLIENTES
PROGRAMAÇÃO DA
MANUTENÇÃO
Backlog (ie, OT’s atrasadas)
Emissão das OT’s
Preparação do trabalho
EXECUÇÃO
tratamento de dados
Monitorização dos trabalhos
Informação ao cliente(s)
Registo de dados
CONTROLO
Avaliação e
correcção se necessário
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NOVOS DESAFIOS PARA A
ACTIVIDADE DA
MANUTENÇÃO
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23. MELHORIAS FOCALIZADAS
MANUTENÇÃO PLANEADA
MANUTENÇÃO AUTÓNOMA
GESTÃO INICIAL DO EQUIPAMENTO
MANUTENÇÃO PARA A QUALIDADE
OFFICE TPM
AMBIENTE E SEGURANÇA
FORMAÇÃO E TREINO
TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE
1
2
3
4
5
6
7
8
MELHORIA CONTÍNUA e 5S
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REVELAR OS PROBLEMAS ESCONDIDOS
Uma nova atitude perante os problemas
Problemas escondem oportunidades
Realizar oportunidades é gerar
ganhos para todos
Manter as condições
básicas de
operacionalidade
do equipamento
Manter os padrões
de qualidade,
de segurança e de
produção
Restaurar o
desgaste e a
deterioração do
equipamento
Melhorar a
manutibilidade
do equipamento
Melhorar
conhecimentos
e práticas
COMUNICAÇÃO E PARTILHA
Dept. de OPERAÇÕES
(fabrico e/ou serviços)
Dept. de MANUTENÇÃO
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24. GENCHI-GENBUTSU
“Vai ao genba e
percebe por ti!”
PROBLEMA
DESAFIO
5W
Porquê?
5W2H
PLANO DE ACÇÃO
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TRABALHO S1.
Liste as cinco actividades que faz com mais frequência
no seu dia-a-dia (em primeiro lugar a mais frequente,
enviar por chat ou email);
Liste as cinco actividades têm mais impacto na
satisfação do vosso Cliente (em primeiro lugar a mais
frequente, enviar por chat ou email);
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25. TRABALHO S2.
Para fazer em grupo…
Que imagem devemos transmitir ao nosso cliente?
Na resposta considere os seguintes aspectos:
Qualidade do atendimento
Rapidez de resposta
Postura e presença do técnico
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TRABALHO PRÁTICO
APRESENTAÇÃO AGENDADA PARA
A SESSÃO PRESENCIAL
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26. Vamos trabalhar em equipa…
Pretende-se definir um scorecard (métricas ou kpi) de
manutenção considerando várias vertentes:
Serviço ao cliente;
Desenvolvimento humano;
Tempo e Custo;
Utilização dos recursos FMC.
Para 2014, definir os objectivos para cada métrica;
Quais os requisitos para alcançar esses objectivos?
DAT - Que estratégia para 2014?
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Referências
http://btsmiforges.free.fr/afim07/annexe/documents/docafnor/FA048183.pdf
http://btsmiforges.free.fr/afim07/annexe/documents/docafnor/FA049581.pdf
http://btsmiforges.free.fr/afim07/annexe/documents/docafnor/FA137326.pdf
http://btsmiforges.free.fr/afim07/annexe/documents/docafnor/FA136223.pdf
http://www.euromaint.hu.nl/images/Booklet%20EuroMaint.pdf
http://pure.ltu.se/portal/files/34617093/Article.pdf
www.manwinwin.com/pt/docs/gesedificios_si_p_01.pdf
Pinto, JP, 2013. Manutenção lean, Edições Lídel.
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