O documento discute o autismo, definindo-o como um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação e comportamento. Ele resume que o autismo afeta cerca de 1% da população brasileira, com diagnóstico tardio, e discute fatores de risco e métodos de diagnóstico precoce, incluindo novos exames de ressonância magnética.
3. O Autismo no mundo
• 70 milhões de autistas no mundo;
• 2 milhões no Brasil;
• Cerca de 1 % da população brasileira;
• 1 em cada 68 crianças aos 8 anos tem autismo;
• Nos últimos 6 anos, aumento de 30 % dos casos;
• Estudo prevê que uma a cada duas crianças em
2025 terão algum grau de autismo;
4. Epidemia?
• Conhecimento mais detalhado/profundo dos principais sintomas e de
fatores de predisposição;
• Critérios diagnósticos mais abrangentes;
• Aumento da contribuição dos fatores ambientais dividindo os riscos com
fatores genéticos;
• Maior conscientização da população em geral– procura/avaliação
especializada;
6. Há algum tempo foram descritas anormalidades nos cromossomos
responsáveis por 10% a 20% dos casos. Os demais seriam causados por
alterações em múltiplos genes, surgidas quando os cromossomos se separam
durante o processo de divisão celular;
Nos últimos anos, no entanto, gerou entusiasmo a descoberta de que mutações em único gene
podem levar ao autismo, e que essas mutações apontam para a sinapse, o espaço através dos
quais o estímulo é transmitido de um neurônio para outro. É através da sinapse que os neurônios
se comunicam para coordenar movimentos, percepções sensoriais, aprendizados e memórias;
7. Em 2003, Huda Zoghbi, neurologista do Baylor College, no Texas, propôs que as
sinapses poderiam explicar o autismo, tendo como base os estudos conduzidos no
Instituto Pasteur, na França, que identificaram mutações em proteínas conhecidas com o
nome de neuroliginas em dois irmãos autistas suecos.
9. Na primeira avaliação, aos 18
meses, um total de 18% de 152
bebês avaliados foram
diagnosticados com transtorno
do espectro do autismo,
enquanto que no trigésimo mês
apenas 10% de 116 crianças
tiveram o mesmo diagnóstico;
Prematuridade
10. Mutaçoes genéticas: Os trabalhos mostram pela primeira vez que existem de 250 a 300
regiões no genoma humano nas quais variações genéticas podem provocar uma ou outra forma
de autismo, que afeta 1% das crianças nos Estados Unidos. Os pesquisadores confirmaram
assim a hipótese de que muitas destas mutações não seriam hereditárias.
Consaguiniedade : A deficiência mental foi observada clinicamente em todos os pacientes da
amostra e convulsão em 27,8%; distúrbios neuropsiquiátricos foram referidos em pelo menos
um familiar dos propósitos (97,14% das famílias), autismo recorrente em 11,42 % e
consanguinidade nos pais (11,42%), avós e bisavós (2,86%);
11. Idade avançada dos pais: Probabilidade de gerar criança
com a disfunção chega a ser até 65% maior;
Baixo indice de vitamina D : Diversos estudos associam baixos níveis
de vitamina D no sangue a doenças autoimunes. Um estudo publicado
em agosto de 2012 no periódico Journal of Neuroinflammation aponta
uma relação entre a falta dessa vitamina e o autismo;
12. Poluição ambiental fina: A poluição do ar é um fator ambiental que
tem sido relacionado ao autismo por diversos estudos. Uma pesquisa
de 2010, realizada na Califórnia, mostrou que crianças que viviam a
menos de 300 metros de rodovias tinham o dobro de chance de
desenvolver autismo do que aquelas que viviam mais longe;
Uma mulher grávida que vive perto de uma fazenda onde são utilizados pesticidas
tem 66% mais chances de ter uma criança autista, revelam pesquisadores da
Universidade da Califórnia Davis em um estudo publicado na última segunda-feira.
Os pesquisadores também descobriram que os riscos foram maiores quando o
contato
com o pesticida se deu entre o segundo e o terceiro mês de gravidez;
Agrotóxicos
13. O que é Autismo?
Autismo é um transtorno global do desenvolvimento, com prejuízo em
diversas áreas, como a deficiência na aquisição da fala, linguagem e
comunicação, alteração comportamental com movimentos repetitivos e
estereotipados e dificuldades com habilidades sociais e jogo ludico
entre seus pares.
14. Quando os pais desconfiam que
algo está errado com seu filho?
Os primeiros sinais das alterações surgem antes dos 36 meses de idade;
20% dos pais desconfiam aos 12 meses;
50% dos pais deconfiam aos 18 meses;
80% dos pais desconfiam aos 24 meses;
O diagnóstico no Brasil é tardio, faltam números;
Nos EUA, o diagnóstico ocorre, em média, aos 5,5 anos;
Na Austrália, o diagnóstico em média 4,2 anos;
O ideal seria até 24 meses
Diagnóstico precoce assegura intervenção especializada
20. Novo exame consegue identificar
autismo em 10 minutos
• O teste, desenvolvido nos EUA, utiliza um aparelho de
ressonância magnética
O exame de imagens por ressonância magnética já existe na maioria dos hospitais. (John Foxx / Think Stock/VEJA)
21. Em exames com 60 pessoas, entre sete e
26 anos, a eficiência foi de 95%
• Em apenas 10 minutos já é possível dizer se uma criança tem autismo, graças a
um novo exame desenvolvido por cientistas americanos. O teste, que usa um
aparelho de ressonância magnética comum, possibilita um diagnóstico cada vez
mais precoce. A expectativa é que ele esteja disponível nos hospitais em cinco
anos.
• A um custo de 266 reais por paciente, o método apresenta uma precisão de
95%. Mostrando como diferentes partes do cérebro se comunicam, ele deve
substituir a exaustiva série de exames tradicionais a que psicólogos, psiquiatras e
neurologistas submetem as crianças atualmente – e que mesmo assim podem
levar anos para chegar a uma conclusão.
• Pessoas autistas têm conexões mais fracas entre diferentes partes do cérebro, o
que resulta em lentidão no aprendizado e problemas de comunicação e
comportamento. O exame desenvolvido em Harvard mostra como moléculas de
água viajam pelas conexões cerebrais. Com esse dado, os médicos são capazes
de dizer se o paciente tem um cérebro autista ou não.
22. Eficiência
• Os pesquisadores afirmam que ainda é preciso realizar mais testes
para comprovar se o exame é realmente eficiente, mas estão
otimistas. Em exames com 60 pessoas, entre sete e 26 anos, a
eficiência foi de 95%. “O paciente mais jovem que testamos tinha 7
anos, mas estamos realizando testes em crianças de três”, diz
Nicholas Lange, da Harvard Medical School.
• Além da rapidez no diagnóstico, o exame pode contribuir também
para o tratamento que, conforme já se sabe, precisa começar o
quanto antes para dar resultados satisfatórios. Atualmente, há um
caso de autismo no mundo para cada grupo de 100 pessoas.
• Fonte: http://veja.abril.com.br/saude/novo-exame-consegue-identificar-autismo-em-10-minutos/
23. Exame para diagnóstico precoce do
autismo vira lei em Curitiba
• Os procedimentos clínicos que serão incluídos no Código de Saúde de Curitiba são
feitos no acompanhamento das crianças, do nascimento aos 36 meses de idade,
por profissionais especializados. O primeiro deles chama-se Indicadores Clínicos
de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI), que avalia 31 quesitos na relação
entre bebê e cuidador nos primeiros 18 meses de vida. O segundo, conhecido
como M-Chat (sigla em inglês para Modified Checklist for Autism in Toddlers), é
um questionário com 23 perguntas feito aos pais sobre as crianças, de 18 a 36
meses, sobre as habilidades sociais dos filhos.
• A proposta é semelhante a outras já aprovadas pelo Legislativo, que incluíram os
testes do coraçãozinho, da linguinha e de cariótipo, para diagnóstico da síndrome
de Down, por exemplo, no Código de Saúde. Neste caso, a proposta acrescenta o
27º item no artigo 78 do Código de Saúde, que estabelece quais devem ser as
ações de saúde da criança no âmbito de Curitiba. “Autismo não é doença”,
defendeu o autor, que vê na medida uma forma de dar visibilidade às pessoas com
deficiência.
24. Transtorno do Espectro Autista
•
A organização Autismo e Realidade, citada na justificativa do
projeto de lei, define o TEA como “uma condição geral para um
grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro,
antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se
caracterizam pela dificuldade na comunicação social e
comportamentos repetitivos”.
Formada por pais e professores especializados, a ONG frisa que,
“embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o
seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes”. Assim, essas
diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para
todos; ou podem ser mais sutis e se tornarem mais visíveis ao longo
do desenvolvimento”.
• Fonte: http://www.bemparana.com.br/noticia/462088/exame-para-diagnostico-precoce-do-autismo-vira-lei-em-curitiba