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INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Prof Cleanto S. Vieira
A lição de anatomia do Dr. Deijman – 1656 – retrata pela primeira vez
uma aula de anatomia do sistema nervoso – Esta é uma retratação
posterior do original destruído em parte por um incêndio em
Novembro de 1723.
Neurologia I
• Revisão das estruturas
anatômicas do
Sistema Nervoso:
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Estrutura organizacional
do Sistema Nervoso:
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Funções do Sistema
Nervoso:
• O sistema nervoso dos seres
humanos realiza várias funções de
extrema importância para o perfeito
funcionamento do organismo.
• Além de executar tarefas específicas,
o sistema nervoso atua em conjunto
com outros órgãos do corpo
humano, auxiliando-os em seu
funcionamento.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• 1 – Função sensitiva:
• Estímulos e diversos tipos de
informações são captados por
receptores sensitivos (também
conhecidos como neurônios
receptores ou aferentes) do nosso
corpo.
• Um ferimento na pele, uma
inflamação, aumento e diminuição de
temperatura externa e até mesmo
um simples arranhão são captados
por estes receptores.
• Os neurônios sensitivos levam quase
que instantaneamente estas
informações e estímulos para o
encéfalo e ou medula espinal.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e
Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• 2 – Função integradora:
• Células nervosas específicas, principalmente
os interneurônios (também conhecidos
como neurônios conectores), realizam a
análise, processamento e armazenamento
destes estímulos e informações captados
pelos receptores sensitivos.
• Estas células também atuam na preparação
de uma resposta do organismo para a
situação que está ocorrendo.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• 3 – Função motora:
• É a última etapa do processo do
sistema nervoso para um
estímulo.
• É a resposta do sistema nervoso,
que é executada pelos neurônios
motores (também conhecidos
como neurônios eferentes ou
efetuadores). Células e órgãos
efetores, que estão em contato
com os neurônios motores,
recebem uma informação do
cérebro e executam uma ação de
acordo com a situação que está
ocorrendo.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
FISIOPATOLOGIA DO NEURÔNIO MOTOR
PERIFÉRICO
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e
Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurônio Motor Superior
ou neurônio primário
Origem na circunvolução
frontal ascendente
(Circunvolução de Betz),
segue pela circunvolução
interna (joelho + 2/3
anteriores do braço
posterior), lançando suas
fibras em direção ao
mesencéfalo, ponte e bulbo
onde ocorre a decussação
das pirâmides.
São neurônios do SNC que
influenciam no
funcionamento do
neurônio motor inferior.
Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurônio motor inferior ou neurônio
secundário ou neurônio motor periférico:
Origem nos núcleos motores (nervos
cranianos) ou nos corpos anteriores da
medula.
Seus dendritos deixam a medula pela
coluna anterior.
É o neurônio cujo corpo celular e
dendritos estão localizados no SNC e os
axônios se estendem através dos nervos
periféricos fazendo sinapses com os
músculos, órgãos e glândulas.
Os corpos celulares do NMP, representam
as maiores células do SN.
CONCEITO
UNIDADE
MOTORA
• É o conjunto: 1NMP + fibras musculares por ele inervadas.
• 1 NMP é capaz de inervar 100 fibras musculares (flexores de
dedos) ou ainda mais de 1000 fibras em músculos maiores
Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
MEDULA
ESPINHAL
Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
NEURÔNIO MOTOR
SUPERIOR
• Fornece sinais:
• Projeção para NMI (neurônio motor inferior)
ou NMP (neurônio motor periférico) – (alfa e
gama)
Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
ATIVIDADES DO
NMS
• Ocorrem automaticamente: ruídos.
• Reações involuntárias iniciadas no tronco encefálico.
• Através de tratos, que serão vistos a seguir (Sistema Piramidal
e Extrapiramidal)
• Funções do NMS:
• Primária -> motora
• Secundária -> modular os arcos reflexos e circuitos medulares
Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Sistema
PiramidalNeurologia I
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Via piramidal ou
voluntária:
- Tracto corticoespinal
- Tracto corticoespinoventral
- Tracto corticonuclear
Neurologia I
• As vias piramidais originadas no encéfalo se
dividem em dois tratos separados (trato córtico
espinhal lateral e trato córtico espinhal anterior).
acionadas através dos neurônios internunciais
que trazem informações da periferia.
• O córtex cerebral ativa via trato córtico espinhal o
núcleo caudado (responsável pelo aprendizado e
memória), a via córtico estriatal ativa o putâmen
(responsável pelos movimentos grosseiros).
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• O putâmen e o núcleo caudado por sua vez
ativam o globo pálido (controla os movimentos
voluntários subconscientes).
• O globo pálido se conecta aferentemente ao
núcleo subtalâmico ativando-o e recebendo dele
informações eferentes (controle).
• O globo pálido também se conecta
aferentemente com a substância negra
(responsável pelo movimento dos olhos,
planejamento motor, recompensa, aprendizagem
e dependência).
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e
Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Substância Negra: por sua vez inibe e recebe
informação inibitória do núcleo caudado e
putâmen.
• Inibe o tálamo e o tecto (centro visual e
somático).
• O tálamo por sua vez recebe informações
excitatórias do globo pálido e inibitórias da
substância negra, transmitindo esses sinais
motores e sensitivos para o córtex.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Núcleo rubro: recebe informações aferentes
do córtex cerebral.
• Possui duas porções, uma caudal que dará
origem as fibras do trato rubro espinhal
(sistema alternativo de motricidade) e outra
rostral que tem conexões com a oliva, o
cerebelo e aferências corticais (relacionada
com aprendizagem de padrões complexos de
motricidade).
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Núcleo Olivar: recebe conexões do núcleo
rubro está relacionada ao controle motor.
• É uma das maiores fontes de impulsos para
o cerebelo.
• Lesões no núcleo olivar estão associadas com
diminuição na habilidade para aperfeiçoar
atividades motoras altamente especializadas,
como, por exemplo, acertar um alvo com uma
bola com exatidão.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Formação reticular: está envolvida em ações como os
ciclos do sono, o despertar e a filtragem de estímulos
sensoriais, sua principal função é ativar o córtex
cerebral.
• Tem conexões com todo o SNC (córtex, tálamo,
sistema límbico, cerebelo, nervos cranianos e medula
espinhal).
• Funções: atividade elétrica cortical, sono e vigília,
atenção seletiva, centros reflexos como o respiratório,
o vasomotor e o locomotor, sistema nervoso
autônomo, controlando o sistema neuro-endócrino.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Núcleos vestibulares: são os núcleos encefálicos que
dão origem ao nervo vestibular, que compõe, por sua
vez, o oitavo par craniano (ou nervo vestibulococlear).
Eles são encontrados na ponte e no bulbo.
• A função do sistema visual depende, em parte, do
núcleo vestibular porque as informações vestibulares
contribuem para os movimentos oculares
compensatórios que mantêm a estabilidade do mundo
visual quando a cabeça se movimenta. Para o equilíbrio
corporal estático ser mantido é necessário um
conjunto de estruturas funcionalmente entrosadas.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Via vestibulo-cerebelar: o nervo vestibular recebe
informação do ouvido interno, relacionada com o
movimento, dos canais semicirculares e sobre a
posição relativamente à gravidade, do utrículo e
sáculo.
• Este nervo envia fibras aferentes diretas para o
hemisfério cerebelar homolateral pelo pedúnculo
cerebelar inferior.
• Outras fibras passam primeiro pelos núcleos
vestibulares, no tronco encefálico, onde fazem sinapses
e são retransmitidas para o cerebelo.
• Todas terminam como fibras musgosas no lobo flóculo-
nodular do cerebelo.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Trato vestíbulo espinal: é uma parte da via
extrapiramidal responsável por transmitir
através comandos do núcleo vestibular
(responsável por sentir variações na postura),
através de uma via medial-anterior da medula
anterior até músculos flexores e extensores
adequados para manter o equilíbrio.
• Também é muito importante para reflexos de
susto e posturais
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Ponte: A ponte transmite informações da medula
e do bulbo, até o córtex cerebral, fazendo
conexões com centros hierarquicamente
superiores.
• Contém centros de movimentação dos olhos, do
pescoço e do corpo em geral e também é
responsável pela manutenção da postura
corporal correta, no equilíbrio do corpo e no
estado de tensão dos músculos (tônus muscular).
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Cerebelo:
• Basicamente, o cerebelo
desempenha os
principais papéis no
sequenciamento das
atividades motoras e na
rápida progressão de um
movimento para o
seguinte; ele também
auxilia a controlar as
interações instantâneas
entre os grupos
musculares agonistas e
antagonistas.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Funções Motoras:
• Responsável pelo controle das atividades
motoras rápidas (falar, correr, tocar piano,
dirigir);
• Lesões no córtex cerebelar causam
incoordenação motora, dismetria,
decomposição do movimento, síndromes
ipsilaterais, tremor de ação, hipotonia e
ou ataxias.
• O cerebelo realiza ajustes corretivos nas
atividades motoras, dando o ritmo e a
freqüência correta do movimento – por
exemplo: subir numa escada rolante
exige uma coordenação temporal e
espacial, dada pelo cerebelo, já que ele
aprende com os erros;
• Capaz de projetar o próximo movimento,
ajustando-o.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• O cerebelo é responsável pela
coordenação ou precisão motora.
• A ação dele é especialmente visível
nas mãos.
• Se não tivéssemos o cerebelo não
conseguiríamos escrever, pois não
dosaríamos a força na mão e
acabaríamos por furar o papel.
• Também não conseguiríamos por o
suco de uma jarra em um copo, ou
um objeto dentro de uma caixa.
• Tampouco andaríamos pois não
teríamos precisão na marcha e
tropeçaríamos todo o tempo.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Anatomia Funcional:
• Subdividido em três lobos:
Anterior, Posterior e
Flóculonodular.
• Há uma zona lateral
responsável por contrações
da musculatura distal dos
membros, essa zona também
trabalha junto ao córtex
motor no planejamento do
próximo movimento.
• O vérmis cerebelar é
responsável pelo controle
motor dos músculos axiais.
• No cerebelo podemos
desenhar uma espécie de
homúnculo, não tão
específico como no córtex
mas bastante significativo no
mapeamento dos
movimentos.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Os pedúnculos cerebelares são compostos por
feixes de fibras nervosas que interconectam o
cerebelo com o tronco encefálico e com o tálamo.
• Há núcleos profundos cerebelares: núcleo
denteado, fastígio, interposto (composto pelo
núcleo emboliforme e globoso).
• Estes núcleos recebem a maioria das fibras
eferentes cerebelares provenientes do córtex
cerebelar através de projeções das células de
Purkinje e colaterais das fibras musgosas e
trepadeiras.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Vias Cerebelares, Aferentes e Eferentes:
• As vias Aferentes, recebem os impulsos
nervosos captados pelas terminações
nervosas, e os levam até o SNC.
• Já as vias Eferentes levam a “mensagem
resposta” ao corpo.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Circuito Neuronal:
• Unidade Funcional do Córtex Cerebelar :
• O cerebelo conta com uma série de conexões celulares compostas
por células de Purkinje (de caráter inibitório) e células nucleares
profundas (caráter excitatório) – eferentes.
• As fibras aferentes cerebelares contam com fibras do tipo
trepadeiras (cuja origem se dá na oliva inferior bulbar) – estas fibras
possuem um pico complexo de potencial de ação: início de
transmissão sináptica intensa com diminuição subseqüente da
intensidade do sinal.
• As fibras aferentes cerebelares também apresentam fibras
musgosas responsáveis por sinapses com células granulares e,
posteriormente, com células de Purkinje.
• As fibras musgosas possuem picos de potenciais de ação simples –
fraco, diferente das fibras trepadeiras.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Via Cerebelar Celular de Ativação:
• AFERÊNCIA: as fibras musgosas fazem sinapse com as
células granulares que vão à camada molecular do
cerebelo.
• As fibras musgosas também conectam-se com as
células nucleares profundas, estimulando-as.
• As fibras trepadeiras também aferem para o cerebelo
trazendo fibras que partem das olivas bulbares:
penetram a camada molecular dando origem às fibras
eferentes cerebelares.
• As fibras trepadeiras fazem sinapse com as células
nucleares profundas, ativando-as.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• EFERÊNCIA: Após penetração das fibras na camada
molecular a saída ocorre pelas células de Purkinje,
essencialmente inibitórias. Estas células conectam-se
com as células nucleares profundas que estão sendo
estimuladas pelas fibras trepadeiras e musgosas. Após
esta integração sináptica as fibras partem do cerebelo
seguindo seu trajeto anatômico.
• Obs.: As células de Purkinje possuem inibições laterais,
que atenuam seu potencial inibitório, dado pelas
células em cesto (inibitória), células estreladas
(inibitória) e células de Golgi (inibitória).
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Mesmo no repouso as células de Purkinje e
nucleares profundas disparam continuamente,
mantendo um tônus basal.
• Diversos sinais “ON-OFF” para os músculos
agonistas e antagonistas dos movimentos são
disparados continuamente.
• Aprendendo com os erros: as fibras trepadeiras
informam as células de Purkinje sobre seus erros
no cálculo e precisão do movimento – corrigindo-
as – “Aprendizado Cerebelar”.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Função Geral no Controle dos Movimentos:
• O cerebelo funciona no controle apenas em
associação com atividades motoras iniciadas
em um lugar qualquer do sistema nervoso.
• Essas atividades podem se iniciar na medula,
nos núcleos reticulares do tronco cerebral ou
no córtex cerebral.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Funções juntamente com a Medula Espinhal e o
Tronco Cerebral:
• Os sinais procedentes da periferia dizem ao
cérebro não apenas as posições das diferentes
partes corporais, mas, também, quão
rapidamente e em quais direções elas estão se
movendo. A função do cerebelo consiste, então,
em calcular, a partir desses dados de velocidades
e direções, onde estarão as diferentes regiões
corporais nos próximos poucos milissegundos.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Durante o controle do equilíbrio, presume-se que
a informação procedente do aparelho vestibular
seja usada em circuito típico de controle por
feedback no sentido de fornecer uma correção
quase instantânea dos sinais motores posturais,
nos momentos em que ela for necessária para a
manutenção do equilíbrio, mesmo durante
movimentos extremamente rápidos, incluindo
alterações nas direções dos movimentos que
ocorreram rapidamente.
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Sinais de liberação:
• Hipereflexia profunda
(policinéticos, mais amplos e
bruscos);
• Aumento da área reflexógena;
• Clônus;
• Hipertonia espástica;
• Sincinesias (movimento
involuntário, ocorre num grupo
de músculos por ocasião de um
movimento voluntário ou de um
reflexo de outra parte do corpo)
• Sinal de Babinski.
Síndrome
Piramidal
Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso
e Fisiopatologia do Neurônio motor
superior e periférico
Neurologia I
• Lesão cortical ou das
vias centrais
relacionadas com a
motricidade:
• Tratos córtico-
espinhais e trato
retículo-espinhal
inibidor ou bulbar.
Síndromes do NMS
Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
Síndromes do NMS
• Sinais deficitários:
• -> Paresia ou Plegia
• -> Abolição de
reflexos superficiais
• -> Hipertonia e
velocidade
dependente
Neurologia I
Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL
• Via extrapiramidal
ou involuntária:
• - Tracto rubroespinal
• - Tracto olivoespinal
• - Tracto reticuloespinal
• - Tracto tectoespinal
• - Tracto vestibuloespinal
Neurologia I
Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
Sistema
extrapiramidal
• Filogenéticamente o mais
antigo.
• Segundo DeJong “conceito
funcional e conhecimentos
provenientes de estudos de
doenças e distúrbios do tônus,
movimento e postura”.
• São lesões anatômicas dos
neurônios motores corticais
(córtex frontal, prémotor) ou
subcorticais (Gânglios da base,
tálamo, subtálamo, formação
reticular), cujos axônios não
decussam na pirâmide.
Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
ENeurologia I SÍNDROMES
EXTRAPIRAMIDAIS
Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
São lesões anatômicas dos neurônios motores
corticais (córtex frontal, prémotor) ou
subcorticais (Gânglios da base, tálamo,
subtálamo, formação reticular), cujos axônios
não decussam na pirâmide.
Academicamente ensina-se os núcleos da base
(núcleo caudado e lenticular formando o corpo
estriado) como centro das manifestações
extrapiramidais.
Pode-se classificar as síndromes
extrapiramidais subdividindo-se em duas:
A do Paleoestriado constituído pelo sistema
nigropalidal e o neoestriado pelo sistema
putamencaudado.
ENeurologia I
• Desordens hipocinéticas:
• Bradicinesia, acinesia,
ocorre principalmente nas
síndromes Parkinsonianas.
• Desordens hipercinéticas:
• Grupos de movimentos
anormais, expontâneos,
podem ser de origem
extrapiramidal ou de outros
setores, como os
movimentos convulsivos,
mioclonias e histéricas.
SÍNDROMES
EXTRAPIRAMIDAIS
Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
Neurologia I
Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
• Origem:
• Núcleo caudado ou
corno anterior da
medula.
• Término:
• Sistema nervoso
periférico.
• Função:
• Transmitir sinais
nervosos para os
músculos.
Neurônio motor
inferior
Neurologia I
• Síndromes do
neurônio motor
inferior:
• Fraqueza, fadiga e mialgia;
• Distúrbios da unidade motora
(motoneurônio + fibras
musculares);
• Diminuição ou abolição dos
reflexos miotáticos;
• Reflexos cutâneo-abdominal e
cutâneo plantar em flexão –
preservados/diminuídos/abolid
os
Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
Neurônio motor
inferior
Neurologia I Neurônio motor
inferior
Aula 1: Introdução ao Sistema
Nervoso e Fisiopatologia do
Neurônio motor periférico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• DORETTO, D. Fisiopatologia Clínica do Sistema Nervoso:
Fundamentos da Semiologia. 2ed. São Paulo: Atheneu. 2001.
• LUNDY-EKMAN, L. Neurociência – Fundamentos para a Reabilitação.
3ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2008
• UMPHRED, DARCY A. Reabilitação Neurológica. 4ª edição. Ed.
Manole. SP. 2004.
• PORTER, STUART B. Fisioterapia de Tidy. 13ª edição. Ed. Elsevier –
Rio de Janiero. 2005.
“A Madonna e a criança” – Rafael
Sanzio – 1505
Observa-se o sinal de Babinsk
(fisiológico) no pé esquerdo da
criança

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  • 1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico Prof Cleanto S. Vieira A lição de anatomia do Dr. Deijman – 1656 – retrata pela primeira vez uma aula de anatomia do sistema nervoso – Esta é uma retratação posterior do original destruído em parte por um incêndio em Novembro de 1723.
  • 2. Neurologia I • Revisão das estruturas anatômicas do Sistema Nervoso: Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 3. Neurologia I • Estrutura organizacional do Sistema Nervoso: Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 4. Neurologia I • Funções do Sistema Nervoso: • O sistema nervoso dos seres humanos realiza várias funções de extrema importância para o perfeito funcionamento do organismo. • Além de executar tarefas específicas, o sistema nervoso atua em conjunto com outros órgãos do corpo humano, auxiliando-os em seu funcionamento. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 5. Neurologia I • 1 – Função sensitiva: • Estímulos e diversos tipos de informações são captados por receptores sensitivos (também conhecidos como neurônios receptores ou aferentes) do nosso corpo. • Um ferimento na pele, uma inflamação, aumento e diminuição de temperatura externa e até mesmo um simples arranhão são captados por estes receptores. • Os neurônios sensitivos levam quase que instantaneamente estas informações e estímulos para o encéfalo e ou medula espinal. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 6. Neurologia I • 2 – Função integradora: • Células nervosas específicas, principalmente os interneurônios (também conhecidos como neurônios conectores), realizam a análise, processamento e armazenamento destes estímulos e informações captados pelos receptores sensitivos. • Estas células também atuam na preparação de uma resposta do organismo para a situação que está ocorrendo. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 7. Neurologia I • 3 – Função motora: • É a última etapa do processo do sistema nervoso para um estímulo. • É a resposta do sistema nervoso, que é executada pelos neurônios motores (também conhecidos como neurônios eferentes ou efetuadores). Células e órgãos efetores, que estão em contato com os neurônios motores, recebem uma informação do cérebro e executam uma ação de acordo com a situação que está ocorrendo. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 8. Neurologia I FISIOPATOLOGIA DO NEURÔNIO MOTOR PERIFÉRICO Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 9. Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico Neurônio Motor Superior ou neurônio primário Origem na circunvolução frontal ascendente (Circunvolução de Betz), segue pela circunvolução interna (joelho + 2/3 anteriores do braço posterior), lançando suas fibras em direção ao mesencéfalo, ponte e bulbo onde ocorre a decussação das pirâmides. São neurônios do SNC que influenciam no funcionamento do neurônio motor inferior.
  • 10. Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico Neurônio motor inferior ou neurônio secundário ou neurônio motor periférico: Origem nos núcleos motores (nervos cranianos) ou nos corpos anteriores da medula. Seus dendritos deixam a medula pela coluna anterior. É o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no SNC e os axônios se estendem através dos nervos periféricos fazendo sinapses com os músculos, órgãos e glândulas. Os corpos celulares do NMP, representam as maiores células do SN. CONCEITO
  • 11. UNIDADE MOTORA • É o conjunto: 1NMP + fibras musculares por ele inervadas. • 1 NMP é capaz de inervar 100 fibras musculares (flexores de dedos) ou ainda mais de 1000 fibras em músculos maiores Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 12. MEDULA ESPINHAL Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 13. NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR • Fornece sinais: • Projeção para NMI (neurônio motor inferior) ou NMP (neurônio motor periférico) – (alfa e gama) Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 14. ATIVIDADES DO NMS • Ocorrem automaticamente: ruídos. • Reações involuntárias iniciadas no tronco encefálico. • Através de tratos, que serão vistos a seguir (Sistema Piramidal e Extrapiramidal) • Funções do NMS: • Primária -> motora • Secundária -> modular os arcos reflexos e circuitos medulares Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 15. Sistema PiramidalNeurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico Via piramidal ou voluntária: - Tracto corticoespinal - Tracto corticoespinoventral - Tracto corticonuclear
  • 16. Neurologia I • As vias piramidais originadas no encéfalo se dividem em dois tratos separados (trato córtico espinhal lateral e trato córtico espinhal anterior). acionadas através dos neurônios internunciais que trazem informações da periferia. • O córtex cerebral ativa via trato córtico espinhal o núcleo caudado (responsável pelo aprendizado e memória), a via córtico estriatal ativa o putâmen (responsável pelos movimentos grosseiros). Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 17. Neurologia I • O putâmen e o núcleo caudado por sua vez ativam o globo pálido (controla os movimentos voluntários subconscientes). • O globo pálido se conecta aferentemente ao núcleo subtalâmico ativando-o e recebendo dele informações eferentes (controle). • O globo pálido também se conecta aferentemente com a substância negra (responsável pelo movimento dos olhos, planejamento motor, recompensa, aprendizagem e dependência). Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 18. Neurologia I • Substância Negra: por sua vez inibe e recebe informação inibitória do núcleo caudado e putâmen. • Inibe o tálamo e o tecto (centro visual e somático). • O tálamo por sua vez recebe informações excitatórias do globo pálido e inibitórias da substância negra, transmitindo esses sinais motores e sensitivos para o córtex. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 19. Neurologia I • Núcleo rubro: recebe informações aferentes do córtex cerebral. • Possui duas porções, uma caudal que dará origem as fibras do trato rubro espinhal (sistema alternativo de motricidade) e outra rostral que tem conexões com a oliva, o cerebelo e aferências corticais (relacionada com aprendizagem de padrões complexos de motricidade). Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 20. Neurologia I • Núcleo Olivar: recebe conexões do núcleo rubro está relacionada ao controle motor. • É uma das maiores fontes de impulsos para o cerebelo. • Lesões no núcleo olivar estão associadas com diminuição na habilidade para aperfeiçoar atividades motoras altamente especializadas, como, por exemplo, acertar um alvo com uma bola com exatidão. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 21. Neurologia I • Formação reticular: está envolvida em ações como os ciclos do sono, o despertar e a filtragem de estímulos sensoriais, sua principal função é ativar o córtex cerebral. • Tem conexões com todo o SNC (córtex, tálamo, sistema límbico, cerebelo, nervos cranianos e medula espinhal). • Funções: atividade elétrica cortical, sono e vigília, atenção seletiva, centros reflexos como o respiratório, o vasomotor e o locomotor, sistema nervoso autônomo, controlando o sistema neuro-endócrino. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 22. Neurologia I • Núcleos vestibulares: são os núcleos encefálicos que dão origem ao nervo vestibular, que compõe, por sua vez, o oitavo par craniano (ou nervo vestibulococlear). Eles são encontrados na ponte e no bulbo. • A função do sistema visual depende, em parte, do núcleo vestibular porque as informações vestibulares contribuem para os movimentos oculares compensatórios que mantêm a estabilidade do mundo visual quando a cabeça se movimenta. Para o equilíbrio corporal estático ser mantido é necessário um conjunto de estruturas funcionalmente entrosadas. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 23. Neurologia I • Via vestibulo-cerebelar: o nervo vestibular recebe informação do ouvido interno, relacionada com o movimento, dos canais semicirculares e sobre a posição relativamente à gravidade, do utrículo e sáculo. • Este nervo envia fibras aferentes diretas para o hemisfério cerebelar homolateral pelo pedúnculo cerebelar inferior. • Outras fibras passam primeiro pelos núcleos vestibulares, no tronco encefálico, onde fazem sinapses e são retransmitidas para o cerebelo. • Todas terminam como fibras musgosas no lobo flóculo- nodular do cerebelo. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 24. Neurologia I • Trato vestíbulo espinal: é uma parte da via extrapiramidal responsável por transmitir através comandos do núcleo vestibular (responsável por sentir variações na postura), através de uma via medial-anterior da medula anterior até músculos flexores e extensores adequados para manter o equilíbrio. • Também é muito importante para reflexos de susto e posturais Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 25. Neurologia I • Ponte: A ponte transmite informações da medula e do bulbo, até o córtex cerebral, fazendo conexões com centros hierarquicamente superiores. • Contém centros de movimentação dos olhos, do pescoço e do corpo em geral e também é responsável pela manutenção da postura corporal correta, no equilíbrio do corpo e no estado de tensão dos músculos (tônus muscular). Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 26. Neurologia I • Cerebelo: • Basicamente, o cerebelo desempenha os principais papéis no sequenciamento das atividades motoras e na rápida progressão de um movimento para o seguinte; ele também auxilia a controlar as interações instantâneas entre os grupos musculares agonistas e antagonistas. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 27. Neurologia I • Funções Motoras: • Responsável pelo controle das atividades motoras rápidas (falar, correr, tocar piano, dirigir); • Lesões no córtex cerebelar causam incoordenação motora, dismetria, decomposição do movimento, síndromes ipsilaterais, tremor de ação, hipotonia e ou ataxias. • O cerebelo realiza ajustes corretivos nas atividades motoras, dando o ritmo e a freqüência correta do movimento – por exemplo: subir numa escada rolante exige uma coordenação temporal e espacial, dada pelo cerebelo, já que ele aprende com os erros; • Capaz de projetar o próximo movimento, ajustando-o. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 28. Neurologia I • O cerebelo é responsável pela coordenação ou precisão motora. • A ação dele é especialmente visível nas mãos. • Se não tivéssemos o cerebelo não conseguiríamos escrever, pois não dosaríamos a força na mão e acabaríamos por furar o papel. • Também não conseguiríamos por o suco de uma jarra em um copo, ou um objeto dentro de uma caixa. • Tampouco andaríamos pois não teríamos precisão na marcha e tropeçaríamos todo o tempo. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 29. Neurologia I • Anatomia Funcional: • Subdividido em três lobos: Anterior, Posterior e Flóculonodular. • Há uma zona lateral responsável por contrações da musculatura distal dos membros, essa zona também trabalha junto ao córtex motor no planejamento do próximo movimento. • O vérmis cerebelar é responsável pelo controle motor dos músculos axiais. • No cerebelo podemos desenhar uma espécie de homúnculo, não tão específico como no córtex mas bastante significativo no mapeamento dos movimentos. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 30. Neurologia I • Os pedúnculos cerebelares são compostos por feixes de fibras nervosas que interconectam o cerebelo com o tronco encefálico e com o tálamo. • Há núcleos profundos cerebelares: núcleo denteado, fastígio, interposto (composto pelo núcleo emboliforme e globoso). • Estes núcleos recebem a maioria das fibras eferentes cerebelares provenientes do córtex cerebelar através de projeções das células de Purkinje e colaterais das fibras musgosas e trepadeiras. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 31. Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 32. Neurologia I • Vias Cerebelares, Aferentes e Eferentes: • As vias Aferentes, recebem os impulsos nervosos captados pelas terminações nervosas, e os levam até o SNC. • Já as vias Eferentes levam a “mensagem resposta” ao corpo. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 33. Neurologia I • Circuito Neuronal: • Unidade Funcional do Córtex Cerebelar : • O cerebelo conta com uma série de conexões celulares compostas por células de Purkinje (de caráter inibitório) e células nucleares profundas (caráter excitatório) – eferentes. • As fibras aferentes cerebelares contam com fibras do tipo trepadeiras (cuja origem se dá na oliva inferior bulbar) – estas fibras possuem um pico complexo de potencial de ação: início de transmissão sináptica intensa com diminuição subseqüente da intensidade do sinal. • As fibras aferentes cerebelares também apresentam fibras musgosas responsáveis por sinapses com células granulares e, posteriormente, com células de Purkinje. • As fibras musgosas possuem picos de potenciais de ação simples – fraco, diferente das fibras trepadeiras. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 34. Neurologia I • Via Cerebelar Celular de Ativação: • AFERÊNCIA: as fibras musgosas fazem sinapse com as células granulares que vão à camada molecular do cerebelo. • As fibras musgosas também conectam-se com as células nucleares profundas, estimulando-as. • As fibras trepadeiras também aferem para o cerebelo trazendo fibras que partem das olivas bulbares: penetram a camada molecular dando origem às fibras eferentes cerebelares. • As fibras trepadeiras fazem sinapse com as células nucleares profundas, ativando-as. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 35. Neurologia I • EFERÊNCIA: Após penetração das fibras na camada molecular a saída ocorre pelas células de Purkinje, essencialmente inibitórias. Estas células conectam-se com as células nucleares profundas que estão sendo estimuladas pelas fibras trepadeiras e musgosas. Após esta integração sináptica as fibras partem do cerebelo seguindo seu trajeto anatômico. • Obs.: As células de Purkinje possuem inibições laterais, que atenuam seu potencial inibitório, dado pelas células em cesto (inibitória), células estreladas (inibitória) e células de Golgi (inibitória). Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 36. Neurologia I • Mesmo no repouso as células de Purkinje e nucleares profundas disparam continuamente, mantendo um tônus basal. • Diversos sinais “ON-OFF” para os músculos agonistas e antagonistas dos movimentos são disparados continuamente. • Aprendendo com os erros: as fibras trepadeiras informam as células de Purkinje sobre seus erros no cálculo e precisão do movimento – corrigindo- as – “Aprendizado Cerebelar”. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 37. Neurologia I • Função Geral no Controle dos Movimentos: • O cerebelo funciona no controle apenas em associação com atividades motoras iniciadas em um lugar qualquer do sistema nervoso. • Essas atividades podem se iniciar na medula, nos núcleos reticulares do tronco cerebral ou no córtex cerebral. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 38. Neurologia I • Funções juntamente com a Medula Espinhal e o Tronco Cerebral: • Os sinais procedentes da periferia dizem ao cérebro não apenas as posições das diferentes partes corporais, mas, também, quão rapidamente e em quais direções elas estão se movendo. A função do cerebelo consiste, então, em calcular, a partir desses dados de velocidades e direções, onde estarão as diferentes regiões corporais nos próximos poucos milissegundos. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 39. Neurologia I • Durante o controle do equilíbrio, presume-se que a informação procedente do aparelho vestibular seja usada em circuito típico de controle por feedback no sentido de fornecer uma correção quase instantânea dos sinais motores posturais, nos momentos em que ela for necessária para a manutenção do equilíbrio, mesmo durante movimentos extremamente rápidos, incluindo alterações nas direções dos movimentos que ocorreram rapidamente. Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 40. Neurologia I • Sinais de liberação: • Hipereflexia profunda (policinéticos, mais amplos e bruscos); • Aumento da área reflexógena; • Clônus; • Hipertonia espástica; • Sincinesias (movimento involuntário, ocorre num grupo de músculos por ocasião de um movimento voluntário ou de um reflexo de outra parte do corpo) • Sinal de Babinski. Síndrome Piramidal Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor superior e periférico
  • 41. Neurologia I • Lesão cortical ou das vias centrais relacionadas com a motricidade: • Tratos córtico- espinhais e trato retículo-espinhal inibidor ou bulbar. Síndromes do NMS Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico
  • 42. Síndromes do NMS • Sinais deficitários: • -> Paresia ou Plegia • -> Abolição de reflexos superficiais • -> Hipertonia e velocidade dependente Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico
  • 43. SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL • Via extrapiramidal ou involuntária: • - Tracto rubroespinal • - Tracto olivoespinal • - Tracto reticuloespinal • - Tracto tectoespinal • - Tracto vestibuloespinal Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico
  • 44. Sistema extrapiramidal • Filogenéticamente o mais antigo. • Segundo DeJong “conceito funcional e conhecimentos provenientes de estudos de doenças e distúrbios do tônus, movimento e postura”. • São lesões anatômicas dos neurônios motores corticais (córtex frontal, prémotor) ou subcorticais (Gânglios da base, tálamo, subtálamo, formação reticular), cujos axônios não decussam na pirâmide. Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico
  • 45. ENeurologia I SÍNDROMES EXTRAPIRAMIDAIS Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico São lesões anatômicas dos neurônios motores corticais (córtex frontal, prémotor) ou subcorticais (Gânglios da base, tálamo, subtálamo, formação reticular), cujos axônios não decussam na pirâmide. Academicamente ensina-se os núcleos da base (núcleo caudado e lenticular formando o corpo estriado) como centro das manifestações extrapiramidais. Pode-se classificar as síndromes extrapiramidais subdividindo-se em duas: A do Paleoestriado constituído pelo sistema nigropalidal e o neoestriado pelo sistema putamencaudado.
  • 46. ENeurologia I • Desordens hipocinéticas: • Bradicinesia, acinesia, ocorre principalmente nas síndromes Parkinsonianas. • Desordens hipercinéticas: • Grupos de movimentos anormais, expontâneos, podem ser de origem extrapiramidal ou de outros setores, como os movimentos convulsivos, mioclonias e histéricas. SÍNDROMES EXTRAPIRAMIDAIS Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico
  • 47. Neurologia I Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico • Origem: • Núcleo caudado ou corno anterior da medula. • Término: • Sistema nervoso periférico. • Função: • Transmitir sinais nervosos para os músculos. Neurônio motor inferior
  • 48. Neurologia I • Síndromes do neurônio motor inferior: • Fraqueza, fadiga e mialgia; • Distúrbios da unidade motora (motoneurônio + fibras musculares); • Diminuição ou abolição dos reflexos miotáticos; • Reflexos cutâneo-abdominal e cutâneo plantar em flexão – preservados/diminuídos/abolid os Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico Neurônio motor inferior
  • 49. Neurologia I Neurônio motor inferior Aula 1: Introdução ao Sistema Nervoso e Fisiopatologia do Neurônio motor periférico
  • 50. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • DORETTO, D. Fisiopatologia Clínica do Sistema Nervoso: Fundamentos da Semiologia. 2ed. São Paulo: Atheneu. 2001. • LUNDY-EKMAN, L. Neurociência – Fundamentos para a Reabilitação. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2008 • UMPHRED, DARCY A. Reabilitação Neurológica. 4ª edição. Ed. Manole. SP. 2004. • PORTER, STUART B. Fisioterapia de Tidy. 13ª edição. Ed. Elsevier – Rio de Janiero. 2005. “A Madonna e a criança” – Rafael Sanzio – 1505 Observa-se o sinal de Babinsk (fisiológico) no pé esquerdo da criança