2. Hidroterapia
• hidroterapia é o tratamento pela
água sob suas diversas formas e a
temperaturas váriáveis.
• O valor da água na vida é
reconhecido praticamente por todas
as culturas.
• Os médicos egípcios - que eram
também sacerdotes, astrônomos e
artistas - atribuíam grande
importância a diversas medidas de
higiene relacionadas com a
alimentação, vestuário, ginástica e
aplicações hidroterápicas. A prática
da hidroterapia (do grego hydro,
"água" e therapeia, "cura"), também
é indicada por vestígios de
instalações de higiene proto-
indianas (2500 a.c) e dos banhos
caldeus.
Cap 1: Introdução
3. Hidroterapia
• Sítios arqueológicos gregos incluem locais
de banhos e há numerosas referências às
virtudes curativas da água.
• Por volta de 500 a.c, os templos de
Asclépio (Deus grego da medicina)
situavam-se perto de fontes e incluíam
locais de banho.
• Pitágoras (530 a.c) recomendava a seus
discípulos os banhos frios e a dieta
vegetariana (juntamente com algumas
ervas medicinais e a ginástica).
• Hipócrates (460-377 a.C.) fez amplo uso da
hidroterapia, destacando o papel da pele
para a desintoxicação do organismo.
Muitos dos procedimentos hidroterápicos
fundamentais (vapores, compressas
úmidas com água doce ou salgada e mel ou
azeite), ainda em uso, já eram utilizados
por Hipócrates.
Cap 1: Introdução
Sitio arqueógico em Creta
4. Hidroterapia
• As mulheres dos antigos macedônios banhavam-se
com água fria, após o parto (norma higiênica e de
prevenção de hemorragias pós-parto).
• Os escritos de Cícero, e sobretudo de Celso e Galeno
mostram como as práticas hidroterápicas (irrigações,
ingestão, duchas, banhos), tornaram-se importantes
para os romanos e se desenvolveram através da
difusão das termas, os locais destinados aos banhos
públicos, e de instalações balneárias.
• A medicina romana manteve o tratamento com água
aquecida/resfriada, que passou a ter ampla utilização.
Os banhos públicos podiam ter diversas finalidades,
entre as quais a higiene corporal e a terapia pela água
dotada de propriedades medicinais.
• As manhãs eram reservadas às mulheres, e as tardes
destinadas aos homens. Com a decadência do Império
Romano perderam-se os vestígios dessas práticas nos
séculos seguintes.
• Em 313 na cidade de Milão, Constantino, Imperador
romano do Ocidente e Licínio, Imperador romano do
Oriente preparam um documento (édito) enviado a
todos os governadores das Províncias, onde se
consagra o princípio da liberdade religiosa e/ou
proibição do paganismo e segundo alguns autores
inclusive dos banhos públicos ou termas.
Cap 1: Introdução
5. Hidroterapia
• Medicina natural.
• A Naturopatia ou Medicina Natural onde as
proposições de Vicent Priessnitz (Gräfenberg, Austria,
1799 - 1851); Sebastian Kneip(Baviera, 1821 - 1897);
Louis Kulhne(Leipzig 1835 - 1901); com sua doutrina
térmica são expoentes significativos dessa busca pela
condição ideal de existência onde o contacto com a
água limpa e outras maravilhas da vida natural é
essencial. (Bontempo; Hoisel)
• Até hoje apesar da diversidade de correntes e
tendências, especialmente quanto a prescrição
dietética (vegetarianos, ovo-lacto-vegetarianos,
crudívoros, macrobióticos, etc.) a hidroterapia se
mantém enquanto prática terapêutica. Recentemente
destaca sua associação às medicinas orientais e o seu
desenvolvimento como técnica de fisioterapia.
Cap 1: Introdução
6. Hidroterapia
• Água fria:
• A água fria excita fortemente a sensibilidade periférica, e a
excitação experimentada é levada, por via centrípeta, até
os centros corticais, produzindo diversos reflexos, dos quais
para nós os mais interessantes ocorrem na periferia, nos
vasos superficiais e nos órgãos subjacentes, na pele.
• Água quente:
• Há fortes indicações de que os asiáticos começaram e
difundiram a prática em aproximadamente 2400 aC. O
Ofurô é um tipo de banheira feita no Japão para o usuário
tomar banho com temperatura da água entre os 36 e 40°C.
Seu maior benefício é a limpeza de pele e descontração
muscular. No Brasil o clima predominante (tropical) não
permite temperaturas tão elevadas, deve-se realizar
hidroterapia em torno de 30 °C - 32 °C, para que haja um
relaxamento do músculo e aumento de flexibilidade sem
lesionar a pele com queimaduras.
• O banho quente seguido de água fria (contraste) está
associado à efeitos vasculares e condicionamentos da
hemodinâmica, segundo os naturopatas.
Cap 1: Introdução
7. Hidroterapia
• Hidroterapia na fisioterapia.
• A Fisioterapia utiliza diferentes
combinações de exercícios na água
quente e fria, tornando a utilização da
água, tanto em piscinas quanto em
banheiras terapêuticas, um dos
recursos mais famosos e utilizados por
profissionais fisioterapeutas pelas suas
propriedades físicas, além de
proporcionar prazer ao paciente.
Cap 1: Introdução
1 pm (picometro = 0,0000000000001 m
8. Hidroterapia
• Exercícios aquáticos terapêuticos.
• É a abordagem terapêutica abrangente
que utiliza exercícios aquáticos na
reabilitação de várias patologias.
• Cada programa é organizado levando-se
em consideração componentes
específicos:
- Aquecimento;
- Alongamento;
- Resistência e força;
- Força muscular
- Relaxamento.
Cada um desses componentes requer uma
porcentagem específica de tempo.
Cap 1: Introdução
9. Hidroterapia
• Componentes de uma sessão de
exercícios aquáticos
terapêuticos.
• Aquecimento:
• Deve ser sempre executado em primeiro
lugar.
• Fisiologicamente permite o ajuste do
organismo ao começo da atividade face
à demanda física que será necessária.
• O aquecimento deve ser gradual,
preparando os grupamentos musculares
envolvidos para serem alongados ou
fortalecidos por um aumento da
temperatura e circulação nos músculos
sem causar fadiga ou reduzir os estoques
de energia. Com isso os músculos ficam
mais flexíveis, reduzindo as
possibilidades de lesões.
Cap 1: Introdução
10. Hidroterapia
• O aquecimento da água de uma
piscina terapêutica permite que
a temperatura corporal possam
aumentar muito rapidamente.
• A duração da fase de
aquecimento depende da
temperatura da água e do perfil
do grupo de pacientes.
• Os componentes de uma sessão
de exercícios aquáticos
terapêuticos e a relativa
quantidade de tempo para uma
sessão de uma hora.
Cap 1: Introdução
Componentes de exercícios aquáticos em uma
hora de sessão
Relaxamento Aquecimento Força e resistência muscular Alongamento
11. Hidroterapia
• Indicações:
1ª. Quando exercícios de alongamento
ou fortalecimento precisam ser
executados.
2ª. Quando o aquecimento ou
“relaxamento” de uma parte ou área
corporal possam ajudar a prevenir
lesões.
3ª. Quando a temperatura da piscina
estiver abaixo da média utilizada nas
piscinas terapêuticas (33° a 37°
centígrados).
Cap 1 :Introdução
12. Hidroterapia
• Objetivos:
1º. Aumentar a temperatura corporal e dos
músculos.
2º. Diminuir a possibilidade de lesões musculares ou
lesões ligamentares pelo aquecimento de músculos
específicos que serão mais tarde submetidos a
estresse.
3º. Realizar exercícios gerais de amplitude de
movimento nas áreas envolvidas primariamente, na
preparação para atividades mais extenuantes.
4º. Identificar amplitudes de movimentos doloridas
ou limitadas, que possam aumentar o nível de dor
ou interferir na recuperação.
5º. Ajudar a prevenir dores musculares.
Cap 1: Introdução
13. Hidroterapia
• Orientações:
1ª. O paciente deve fazer o aquecimento
antes de executar qualquer exercício de
alongamento ou fortalecimento.
2ª. Quanto mais fria a temperatura da
água, maior deve ser a duração do
período de aquecimento.
3ª. Os exercícios de aquecimento
executados devem envolver a área e as
estruturas adjacentes.
Cap 1: Introdução
14. Hidroterapia
• Alongamentos:
• São exercícios desenvolvidos para
aumentar a amplitude de
movimentos de uma articulação, ou
de uma série de articulações.
• Uma articulação com maior
liberdade de movimentos pode
melhorar a habilidade do paciente ao
trabalho aumentando a eficiência
biomecânica.
• Isso faz com que os músculos e
tendões fiquem mais flexíveis e os
ligamentos de apoio mais maleáveis.
Cap 1: Introdução
15. Hidroterapia
• Alongamento passivo -> ocorre
quando o paciente está relaxado e
requer a aplicação de uma força
externa. A força é aplicada manual ou
mecanicamente para alongar qualquer
tecido que esteja contraído.
Cap 1: Introdução
16. Hidroterapia
• Alongamento ativo -> requer a
participação do paciente para diminuir a
tensão do músculo.
• A flexibilidade é limitada pela condição
dos ligamentos e pelas camadas de tecido
conjuntivo adjacentes à articulação. A
estrutura da articulação e a
extensibilidade muscular também limitam
a amplitude de movimento, assim como
uma patologia ou lesão.
• Se uma articulação e sua área adjacente
de partes moles forem alongadas além da
sua amplitude de movimento normal,
dizemos que ela está sendo
superalongada (overstreched).
Cap 1: Introdução
17. Hidroterapia
• Quando estiver executando exercícios de
flexibilidade o paciente deve evitar movimentos
balísticos.
• Qualquer movimento deve ser moderado na
velocidade.
• Os alongamentos estáticos são melhores porque
permitem ao músculo aumentar de comprimento
sem produzir micro lesões no tecido muscular (o
que ocorre nos alongamentos balísticos).
• Para um benefício máximo, o alongamento deve
ser mantido de 10 a 60 segundos.
• Os exercícios de alongamento devem atingir os
músculos que serão envolvidos nos movimentos
de fortalecimento mais tarde.
Cap 1: Introdução
18. Hidroterapia
• Indicações:
1ª. Quando a amplitude de movimento de uma articulação estiver
limitada por contratura ou outra anormalidade das partes moles que
levam ao encurtamento dos músculos, tecidos conjuntivos, ou pele.
2ª. Quando as limitações da movimentação articular causam
deformidades esqueléticas evitáveis que podem influenciar na
simetria corporal e postura.
3ª. Quando músculos tensos ou encurtados interferem com a
atividade de vida diária ou no tratamento.
4ª. Quando existe um desequilíbrio muscular (músculo agonista
fraco e antagonista tenso).
5ª. Quando um relaxamento muscular é necessário para reduzir as
dores musculares, tensões ou estresse, afim de obter uma
amplitude de movimento suficiente.
Cap 1: Introdução
19. Hidroterapia
• Objetivos:
1º. Restaurar a amplitude de movimento
normal da articulação envolvida e a mobilidade
das partes moles adjacentes à essa articulação.
2º. Prevenir o encurtamento ou tensionamento
irreversíveis de grupos musculares.
3º. Facilitar o relaxamento muscular.
4º. Aumentar a ADM de uma área particular do
corpo ou corporal de forma geral antes de
iniciar os exercícios de fortalecimento.
5º. Reduzir o risco de lesões músculo-
tendinosas.
Cap 1: Introdução
20. Hidroterapia
• Orientações:
1ª. O terapeuta precisa avaliar o paciente para
determinar se a ADM é limitada pelas partes moles ou
pela articulação em si, ou ainda se o alongamento em
água aquecida será benéfico ao paciente.
2ª. Selecione cada exercício de flexibilidade de acordo
com as recomendações médicas e estabeleça metas e
objetivos realistas.
3ª. O paciente deve de qualquer forma usar
equipamentos auxiliares que sejam necessários para
garantir um posição estável e confortável, isto garantirá
a biomecânica correta durante a execução de cada
exercício.
4ª. O alongamento deve ser executado em oposição
direta ao encurtamento ou tensionamento. O paciente
deve se manter relaxado durante a execução de cada
exercício, e padrões respiratórios corretos precisam ser
salientados.
Cap 1: Introdução
21. Hidroterapia
• 5ª. Manter um equilíbrio entre os grupos musculares
agonistas e antagonistas.
• 6ª. É preferível executar alongamentos estáticos em lugar de
balísticos. O paciente precisa manter a posição por no
mínimo 10 segundos. Um alongamento efetivo produz uma
sensação de “puxar” o músculo em tensão e não de dor.
• 7ª. Alongar os músculos que serão fortalecidos (certifique-se
de que a articulação tenha uma ADM adequada).
• 8ª. Não estresse as articulações e ligamentos no final da
amplitude, nem trave as articulações ginglimóides. O
paciente deve sempre proteger as articulações vulneráveis
executando movimentos lentos e controlados na água.
• 9ª. É necessário usar flutuação para auxiliar o paciente,
especialmente na fase inicial de recuperação após lesão.
• 10ª. Use as propriedades de suporte na água para
providenciar estabilidade ás articulações vulneráveis.
Cap 1: Introdução
22. Hidroterapia
• Força e resistência muscular:
• A força muscular é a máxima tensão que o músculo
pode exercer em uma única contração.
• A contração pode ser produzida estática ou
dinamicamente e é específica para o músculo
envolvido.
• O tamanho e a força de um músculo aumentam
com o uso e diminui com o desuso.
• A restauração da função muscular é crítica após
uma lesão, cirurgia ou qualquer período de restrição
de movimento mais prolongado.
• A água proporciona um meio excelente para
produzir progressões de exercícios em estágio
inicial, pois oferece mais resistência que o ar e ao
mesmo tempo dá apoio as estruturas instáveis ou
em restabelecimento.
Cap 1: Introdução
23. Hidroterapia
• Resistência muscular é a habilidade de
um grupo muscular executar
repetidas contrações em um
determinado período de tempo.
• Refere-se a quantas vezes o paciente
pode levantar ou movimentar uma
quantidade submáxima.
• A resistência muscular é específica ao
grupo muscular e é importante na
recuperação de uma lesão.
Cap 1: Introdução
24. Hidroterapia
• Indicações:
1ª. Quando há um músculo fraco após lesão,
procedimento cirúrgico, ou período de restrição de
movimento prolongado.
2ª. Quando o apoio da flutuação pode reduzir ou eliminar
uma dor que pode desencadear tensão ou espasticidade
em um músculo ou grupo e limitar o
movimento.
3ª. Quando o paciente não pode andar em terra em razão
de doença ou lesão ou ainda não dispõe de habilidade
necessária para as AVDS.
4ª. Os exercícios na água são adequados a qualquer nível
de fraqueza muscular.
5ª. Para melhorar o rendimento e preparar o paciente
para a prática de exercícios de fortalecimento em terra.
Cap 1: Introdução
25. Hidroterapia
• Orientações:
1ª. Todos os movimentos e exercícios devem ser cuidadosamente
controlados e inicialmente guiados pela “dor”.
2ª. Membros inchados devem ser exercitados em piscina funda pois a
pressão hidrostática ajuda a eliminar o edema.
3ª. Garanta sempre que o paciente esteja bem confortável e apoiado
entes de iniciar um exercício. A porção do corpo que não estiver
participando do exercício deve estar segura e estabilizada pelo uso de
uma força externa, como a parede da piscina ou uma cadeira, ou uma
força interna, como a musculatura.
4ª. Utilize-se da resistência da água para obter adaptações visando ao
fortalecimento muscular, de modo progressivo.
5ª. Maximize os efeitos da diminuição do peso na água exercitando os
membros inferiores e coluna em várias profundidades.
Cap 1: Introdução
26. Hidroterapia
• Relaxamento:
• É um esforço consciente para eliminar
tensão nos músculos.
• A tensão muscular pode ser produzida
fisiologicamente, como resultado de dor
aguda ou lesão, ou psicologicamente
como resultado de ansiedade ou
estresse.
• Fatores como fadiga e “overuse”
também contribuem para a tensão
experimentada pelo músculo.
• A água aquecida de uma piscina
terapêutica promove um relaxamento
muscular, aumenta a circulação, reduz
espasmos e reduz efetivamente o nível
de dor.
• Esses efeitos produzem uma interrupção
progressiva no ciclo da dor.
Cap 1: Introdução
27. Hidroterapia
• Muitas técnicas de relaxamento podem ser usadas pelo
terapeuta, incluindo combinações de métodos para
relaxamento local e geral.
• Técnicas para relaxamento local:
- Calor -> A aplicação superficial ou profunda de calor nas
partes moles antes da sessão na piscina ajuda a aumentar a
extensibilidade dos tecidos encurtados. A aplicação de
calor após trabalho na piscina ajuda a manter o
relaxamento muscular.
- Massagem -> Para pacientes que experimentam extrema
dor ou que têm dificuldades de trabalhar em terra. A água
torna-se um excelente meio de aplicação de diversas
técnicas de massagem. A massagem aumenta a circulação,
diminui a sensibilidade à dor e proporciona relaxamento.
- Tração nas articulações -> A tração ocorre quando as
superfícies de uma articulação são “puxadas” ou
separadas. O uso da mobilização articular ou técnicas de
alongamento antes ou em conjunto com a tração da
articulação pode diminuir a dor e os espasmos dos
músculos adjacentes à articulação.
Cap 1: Introdução
28. Hidroterapia
• Pesos – Trabalho com pesos em oposição ao
centro de flutuação. Segurar um peso ou colocar
um peso ao redor de uma área particular pode
causar “separação da articulação”. A tração em
flutuação vertical é efetiva em algumas patologias
lombares.
• Manipulação – A manipulação articular envolve
fixar o corpo ou o aspecto proximal à articulação
com uma das mãos e tracionar à distancia ou
para fora a outra mão.
Cap 1: Introdução
29. Hidroterapia
• Tracionamento – Essa técnica envolve
tracionamento do corpo ou membro numa
movimentação contínua e prolongada. É
executado muito lentamente e em apenas uma
direção.
• Movimentos pendulares – Executados na água,
os movimentos pendulares asseguram um
exercício de aquecimento eficaz. Utiliza-se pesos
no membro para tracionar as superfícies
articulares opostas e assim relaxar e aumentar a
mobilidade do membro.
Cap 1: Introdução
30. Hidroterapia
• Técnicas de relaxamento geral.
• Algumas necessitam de treinamento extensivo e prática
até que sejam dominadas.
• O paciente pode usar técnica específica ou uma
combinação de técnicas.
Flutuação – O paciente pode ou não estar assistido por
flutuadores. O benefício da falta de peso é suficiente para
trazer alívio às articulações doloridas e facilitar o
relaxamento.
Relaxamento autogênico – Esta técnica busca a
diminuição da tensão muscular através de esforço
consciente e pensamento (auto-sugestão sobre
relaxamento, meditação em um foco, meditação sobre
qualidades abstratas).
Cap 1: Introdução
31. Hidroterapia
• Relaxamento progressivo - Esta técnica
requer que o paciente alterne tensão e
relaxamento na musculatura envolvida. Ele
deve ser encorajado a desenvolver um
conhecimento para os sinais de tensão
quando os músculos estão contraídos.
Cap 1: Introdução
32. Hidroterapia
• Indicações:
1ª. Quando há uma tensão muscular aguda ou
crônica.
2ª. Quando há distúrbios no sono.
3ª. Quando a musculatura tensa restringe a
movimentação ou função articular.
4ª. Quando a ansiedade e o estresse produzem
indisposições fisiológicas (úlcera péptica).
5ª. Após um acometimento causando fadiga,
“overuse” ou exaustão.
6ª. Em várias condições pré e pós-cirúrgicas.
Cap 1: Introdução
33. Hidroterapia
• Objetivos.
1º. Diminuir a tensão e facilitar o relaxamento
muscular.
2º. Reduzir o estresse e a ansiedade.
3º. Reconhecer tensão muscular prolongada e
inibi-la com exercícios terapêuticos.
4º. Maximizar os efeitos terapêuticos da água
aquecida, aumentando a circulação, reduzindo a
sensibilidade à dor e aumentando o relaxamento
muscular.
5º. Quebrar o ciclo da dor.
Cap 1: Introdução
34. Hidroterapia
• Orientações.
1ª. Certifique-se de que o paciente não tem
receio da água, pois a tensão muscular pode
inibir a recuperação.
2ª. Escolha a técnica ou combinações de
exercícios que melhor servirem a patologia de
seu paciente.
3ª. Explique os procedimentos ao paciente, de
forma que ele compreenda a razão
fundamental das técnicas escolhidas.
4ª. O paciente deve estar sempre em posição
confortável, com todas partes do corpo bem
apoiadas.
5ª. Acentue a necessidade da prática regular
após as técnicas terem sido aprendidas.
6ª. Explique e determine objetivos a longo,
médio e curto prazo, para o treinamento de
relaxamento.
Cap 1: Introdução
35. Hidroterapia
• O componente aeróbio.
• Não há componente aeróbio na fase inicial dos
exercícios aquáticos terapêuticos.
• Como as temperaturas são elevadas, atividades
de alta intensidade e longa duração não são
recomendáveis.
• Um paciente lesionado raramente pode se
exercitar com o vigor suficiente para receber
algum benefício pelo aumento da frequência
cardíaca.
• Só depois os exercícios aeróbios podem ser
acrescentados ao programa total.
• Cada programa deve ser desenvolvido
individualmente, tendo em mente a patologia e
suas debilidades.
Cap 1: Introdução
36. Hidroterapia
• Benefícios do exercício em água
aquecida.
• Qualquer desvio mínimo na
temperatura da água pode pode
mudanças significativas no sistema
circulatório. Em vez de ficar nos
membros, o sangue é redistribuído e
esta redistribuição causa aumento do
retorno venoso, sendo considerada a
base para todas as modificações
fisiológicas associadas à imersão.
• Os elementos que influenciam são:
- A temperatura da água;
- A duração da sessão;
- O tipo e a intensidade do exercício;
- A condição patológica do paciente.
Cap 1: Introdução
37. Hidroterapia
• Os efeitos terapêuticos.
• Promoção do relaxamento muscular ->
depende do quanto o paciente está
confortável na água, o aquecimento reduz a
tensão muscular e ajuda na prevenção da
restrição da ADM, quanto mais quente a
água melhor.
• Redução da sensibilidade à dor -> A água
quente ajuda no alívio das dores, a
flutuação age contra a gravidade aliviando o
peso corporal, reduzindo as forças
compressivas nas articulações, permitindo
obter uma posição confortável sem
aumentar a dor e com isso interrompendo
seu ciclo. Durante a imersão em água
quente, os estímulos sensoriais estão
competindo com os estímulos dolorosos e
como resultado a percepção de dor é
bloqueada.
Cap 1: Introdução
38. Hidroterapia
• Redução dos espasmos
musculares -> O aquecimento
provoca uma redução do
tônus muscular anormal e da
espasticidade.
• Aumento da facilidade do
movimento articular ->
Movimentar-se na água é mais
fácil e reduz a dor, promove
relaxamento e ajuda a
preparar o tecido conjuntivo
para ser alongado, diminuindo
o risco de lesões e ainda da
dor após o exercício.
Cap 1: Introdução
Modificações fisiológicas durante o exercício em água aquecida
1. ↑ da frequência respiratória.
2. ↓ da pressão sanguínea.
3. ↑ do suprimento de sangue para os músculos.
4. ↑ do metabolismo muscular.
5. ↑ da circulação periférica.
6. ↑ da frequência cardíaca.
7. ↑ da quantidade de retorno de sangue ao coração.
8. ↑ da taxa metabólica.
9. ↓ de edemas das partes do corpo submersas (devido à pressão hidrostática da água 14,7
psi mais o aumento de 0,43 psi por pé de profundidade).
10. ↓ da sensibilidade nos terminais nervosos.
11. Relaxamento muscular geral.
39. Hidroterapia
• Aumento da força e resistência
muscular em casos de fraqueza
excessiva -> A água gera mais
resistência ao movimento do que
o ar, as partes submersas
encontram resistência em todas as
direções, o que requer uma
quantidade maior de gasto
energético.
• Redução da força gravitacional ->
Quanto mais submerso o corpo,
menor o efeito da gravidade. Após
uma lesão o paciente pode
precocemente iniciar o
treinamento da marcha de pé já
que os efeitos da gravidade serão
reduzidos. Uma redução gradual
no nível da água permite fazer o
re-treinamento da sustentação do
peso no treino da marcha.
Cap 1: Introdução
Benefícios terapêuticos dos exercícios em água aquecida
1. Promove relaxamento muscular.
2. Reduz a sensibilidade à dor.
3. Reduz espasmos musculares.
4. Facilita a movimentação articular.
5. Aumenta a força e resistência muscular em casos de excessiva
fraqueza.
6. Reduz a atuação da força gravitacional (inicio do treino de marcha).
7. Aumenta a circulação periférica.
8. Melhora a musculatura respiratória.
9. Melhora a consciência corporal, o equilíbrio e a estabilidade
proximal do tronco.
10. Melhora a moral e autoconfiança do paciente (efeito psicológico).
40. Hidroterapia
• Aumento da circulação periférica ->
acima de 34°, ocorre aumento de
circulação, durante a imersão, a
redistribuição do sangue causa um
aumento de temperatura da pele,
favorecendo o fluxo periférico.
• Melhoria da musculatura respiratória ->
Com a água na altura do peito, há um
aumento da pressão hidrostática nas
paredes do peito e abdominais durante
a respiração. A água faz resistência à
inspiração. Isso fica mais evidente em
pacientes com baixa capacidade vital
(abaixo de 1500ml), e em pacientes
cardíacos (Ex: soprar bolhas na água,
natação), são benéficos aos pacientes
que tenham problemas respiratórios.
Cap 1: Introdução
41. Hidroterapia
• Melhoria da consciência corporal, equilíbrio e
estabilidade do tronco -> a água aquecida
estimula a consciência da movimentação das
partes do corpo e propicia um meio ideal para a
reeducação dos músculos envolvidos. As
propriedades da água dão aos pacientes com
pouco equilíbrio, tempo para reagir quando
tendem a cair utilizando a diminuição da
velocidade de movimento na água.
• Melhoria moral e na autoconfiança do paciente
-> Para pacientes com dor e aqueles que ainda
não podem se exercitar na terra, a água
proporciona um meio positivo onde se
movimentar e relaxar.
Cap 1: Introdução
42. Referências
• Krejci V.,Koch P. Muscle and Tendon Injuries in Atletes. Chicago, Year
Book Medical Publishers. 1976.
• Kisner C., Colby L. Therapeutic Exercise:Foundations and techniques.
2.ed. Philadéphia, F.A. Davis, 1990.
• Arnheim D. Modern Principles of Athletic Training. 6.ed. St. Louis,
Times Mirror/Mosby College Publishing, 1993.
• Bates, A. & Hanson., Exercícios aquáticos terapêuticos. 1. ed brasileira
– 1998 – Editora Manole.
O batismo de Jesus – 1475 - Leonardo da Vinci