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TERMOTERAPIA
Ultra-som
Cap: 6 Ultra-som
Prof: Cleanto Santos
Vieira
Termoterapia
• O ultra-som é uma modalidade
de penetração profunda, capaz
de produzir alterações nos
tecidos, por mecanismos
térmicos e não térmicos.
• A energia liberada pelo
transdutor é de origem acústica
e não eletromagnética.
• Dependendo da frequência
utilizada, pode ser utilizado para:
• - diagnóstico por imagens
• - cura terapêutica de tecido
• - Destruição de tecidos.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• Tradicionalmente o ultra-som
terapêutico tem sido empregado na
medicina esportiva.
• Dependendo dos parâmetros de
entrada, os efeitos da aplicação de
ultra-som podem incluir o aumento da
velocidade de reparo dos tecidos e
cura de lesões por:
• - Aumento do fluxo sanguíneo;
• - Aumento da extensibilidade do
tecido;
• - Dissolução de depósitos de cálcio;
• - Redução da dor;
• - Redução de espasmo muscular
devido a alteração da condução
nervosa e etc...
• Na tabela ao lado alguns parâmetros e
medidas de saída de Ultra-som
Cap: 6 Ultra-som
Parâmetros e medidas de saída de Ultra-som
Relação de não
uniformidade do feixe
(RNF)
A RNF descreve a consistência (uniformidade) da saída do ultra-som
enquanto relação. Quanto menor for a relação, mais uniforme será
o feixe. Uma RNF maior que 8:1 não é considerada segura.
Ciclo de funcionamento Um ciclo de funcionamento de 100% indica uma saída constante de
utra-som e provoca efeitos térmicos dentro do corpo. Um ciclo de
funcionamento baixo (pulsado) produz efeitos não térmicos.
Área de radiação efetiva
(ARE)
A área de uma fonte sonora que produz ondas ultra-sônicas.
Medida em cm².
Frequência A frequência determina a profundidade efetiva de penetração
(quanto > a frequência < a profundidade de penetração).
Intensidade A intensidade descreve o grau de potência gerada pela unidade
geradora.
Intensidade espacial
média (IEM)
Medida em Watts por cm², descreve o grau de potência por
unidade de área ARE da fonte sonora.
Intensidade média no
tempo (IMT)
Só significativa quando se libera ultra-som em pulsos, a IMT
descreve a quantidade média de energia liberada por segundo.
Duração do TTO A duração do TTO é determinada pela intensidade de saída e pelas
metas específicas do TTO.
Termoterapia
• Produção de utra-som.
• É produzido por uma corrente alternada que flui através de
um cristal piezoelétrico, como:
• - Quartzo;
• - Titanato de bário;
• - Zirconato de chumbo ou Titanato.
• É alojado em um transdutor, sendo que os cristais naturais
foram substituídos por cristais sintéticos que produzem um
campo de energia melhor e mais consistente (estão em
desenvolvimento geradores ultrasônicos movidos a laser,
que provavelmente fornecerão uma saída mais precisa e
mais flexível).
• Os cristais piezoelétricos produzem cargas elétricas positivas
e negativas quando se contraem ou se expandem.
• A vibração dos cristais causa a produção mecânica de ondas
sonoras de alta frequência.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• A transmissão de energia acústica depende de um meio,
e quanto mais denso for o meio, melhor é a
transmissão.
• Em um meio uniforme, o som caminha a uma
velocidade constante, que pode ser calculada como:
Velocidade= Frequência x Comprimento de onda.
• Para que sons de diferentes frequências caminhem na
mesma velocidade, seus comprimentos de onda devem
ser diferentes.
• Comprimentos de onda mais curtos devem ter uma
frequência maior para atingir a velocidade dos
comprimentos de onda mais longos.
• Ex: Imagine duas pessoas caminhando lado a lado, uma
mede 2,13m e seu passo é de 0,91 m. A outra mede
1,52m e seu passo é de 0,46 m. Despois de percorrerem
27,43 m, a pessoa mais alta deu 30 passos, a mais baixa
deu 60 passos.
• A energia produzida por ultra-som (vibração) deforma o
meio, por isso é impossível no vácuo.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• A semelhança entre um gerador de ultra-som
e o som estéreo que produz som audível é
grande.
• Quando seu Ipod toca música ele detecta
padrões dos impulsos de som gravados na
memória, esses padrões são convertidos em
energia elétrica, que é transferida para um
alto-falante.
• Ao atingir o alto-falante, um magneto é
ativado, provocando expansão e contração do
cone, essa vibração produz ondas mecânicas,
que são transmitidas pelo ar e chegam aos
nosso tímpanos gerando também vibração que
é captada pelo S.N.C.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• Transmissão de ondas por ultra-som.
• A energia da onda é transferida por
uma molécula colidindo com a
molécula vizinha e trocando energia
cinética, sem originar um
deslocamento verdadeiro de
moléculas.
• Ex: Uma folha flutua em um lago, pedra
cai perto dela, a folha balança para
cima e para baixo, conforme as ondas
passam perto dela, mas sua posição
não muda.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• Ondas longitudinais.
• Nas ondas longitudinais, as partículas se
deslocam paralelamente à direção do som.
• A alternância de pressão alta e baixa exercida
pelo feixe de ultra-som resulta em regiões de
elevada densidade de partículas (compressão) e
de baixa densidade de partículas (rarefação) ao
longo do caminho da onda sonora.
• Essas flutuações de pressão transmitem energia
dentro dos tecidos, produzindo efeitos
fisiológicos.
• As ondas longitudinais são capazes de percorrer
meios sólidos e líquidos e o ultra-som atravessa
os tecidos moles dessa forma.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• Ondas transversais.
• Nas ondas transversais as ondas se deslocam
perpendicularmente à direção da onda sonora.
• Ex: Uma corda de guitarra vibrando é um
exemplo deste tipo de onda.
• Ela vibra em paralelo ao seu comprimento.
• As ondas transversais não atravessam fluidos e
só aparecem no corpo quando o ultra-som
encontra um osso.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• A onda de Ultra-som.
• As frequências utilizadas no ultra-som terapêutico
produzem feixes cilíndricos, com extensão até
certo ponto menor que o diâmetro da fonte
sonora.
• Essas ondas têm propriedades de reflexão,
penetração e absorção.
• Próximo da fonte do transdutor, a pressão do
campo sonoro não é uniforme, formando picos de
alta intensidade e vales de baixa intensidade.
• Esta é a área do feixe ultra-sônico usada com
objetivos terapêuticos.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• As fontes de ultra-som estão
disponíveis em diferentes tamanhos
e com diferentes frequências
ressonantes de cristal.
• Cada fonte ressonante deve ter
marcada sua frequência, área de
radiação efetiva e proporção de feixe
não uniforme.
• As fontes de diâmetros maiores
produzem um feixe mais colimado, e
as fontes de diâmetros menores
originam feixes mais divergentes.
• Os ultra-sons de baixa frequência
(0,75mhz– 1mhz) possuem um feixe
que diverge mais que o de Alta
frequência (3mhz – 5mhz).
• A área de radiação efetiva (ARE)
representa todas as áreas que
produzem mais que 5% da saída da
potência máxima do transdutor.
• A ARE tem sempre uma área menor
que o tamanho real da fonte sonora.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• Frequência.
• A frequência de saída de um gerador de ultra-
som é medida em mega-hertz (MHZ) e
descrita como o número de ondas que
ocorrem em um segundo.
• A frequência de saída determina a
profundidade de penetração da energia.
• Geradores de alta frequência (3mhz) são
empregados para tratamentos superficiais,
pois a energia é rapidamente absorvida e o
gerador mais utilizado (1mhz), oferece um
ajuste entre a penetração profunda e um
aquecimento adequado, em função da
frequência relativamente baixa empregada.
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• Potência e intensidade.
• A potência produzida por um gerador de ultra-
som é medida em Watts (W) e representa a
quantia de energia produzida por um transdutor.
• A intensidade representa a força das ondas
sonoras, em uma área, dentro dos tecidos
tratados.
• Existem duas medidas principais:
• - Intensidade média espacial
• - Intensidade média temporal.
• Existe ainda a medida de valor de meia camada,
que representa a profundidade em que 50% da
energia ultra-sônica foi absorvida pelos tecidos.
Se o ultra-som aplicado a 1 w/cm² perde 50% de
sua energia em uma profundidade de 2,3cm, a
intensidade do feixe é, então, 0,5 w/cm².
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• Intensidade média espacial.
• (IME) descreve a quantidade de energia
que passa através de uma área específica,
nesse caso, a área da fonte sonora (a ARE).
• É expressa em Watts por cm², fornece a
medida da potência de saída pela ARE da
fonte do transdutor (centímetros
quadrados).
• Ex: se 10 w estão sendo emitidos pela fonte
de transdutor com uma ARE de 5 cm², a
intensidade média espacial será de 2 w por
cm².
• As doses de TTO variam de 0,5 a 5
watts/cm².
Cap:6 Ultra-som
Efeito da área de radiação de utra-som sobre a energia total produzida
Intensidade (w/cm²) Área de radiação
efetiva (ARE)
Potência total
produzida (w)
1,5 5 7,5
1,5 6 9,0
1,5 10 15,0
Termoterapia
• Intensidade temporal média.
• Mede a potência de energia ultra-
sônica liberada nos tecidos, em um
dado período, sendo significativa
apenas na aplicação de ultra-som
em pulso.
• A energia liberada nos tecidos, por
unidade de tempo, com o ultra-
som operando em um ciclo de
funcionamento de 50%, é metade
da liberada por modo contínuo.
• Ex: Uma intensidade espacial
média de 2 w/cm² e a fizermos
passar em pulsos de 50% do ciclo
de funcionamento, a densidade
temporal média do TTO será de 1
w/cm² (2 w/cm² x 0,5 = 1 w/cm²).
Cap: 6 Ultra-som
Termoterapia
• Não uniformidade do feixe de ultra-som.
• O grau de variação da intensidade dentro de um feixe de ultra-
som é medido em termos de relação de não uniformidade do
feixe (RNF).
• Corresponde a maior intensidade dentro do feixe, a intensidade,
isto é, a intensidade espacial de pico e a intensidade média
registrada no marcador de saída.
• A RNF ideal, porém clinicamente impossível de ser obtida é 1:1.
• Uma RNF maior que 8:1 pode ser considerada inaceitável.
• Ex: Uma RNF indicada de 3:1 e o medidor mostrar uma saída de 2
w/cm², em algum lugar do feixe, a intensidade real é de 6 w/cm²
(3 x 2 w = 6 w).
• A existência de áreas de alta intensidade dentro do feixe, os
“pontos quentes”, são a principal razão para manter a fonte do
ultra-som em movimento durante o TTO.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Duração do TTO.
• Depende do tamanho da área a ser tratada, da
intensidade de saída e das metas terapêuticas do TTO.
• Em qualquer circunstância, a área de TTO, não deve ser
maior que duas a três vezes a área de superfície da ARE da
fonte sonora.
• Ao invés de tratar uma grande área em uma única sessão
de ultra-som, a área deve ser dividida em zonas de TTO
menores.
• Quando se deseja efeito vigoroso de aquecimento, a
duração do TTO deve ser de 10 a 12 minutos, com uma
saída de 1MHz; e de 3 a 4 minutos com ultra-som de
3MHz.
• Geralmente o ultra-som é administrado em TTOs por
períodos de 10 a 14 dias, após isso a eficácia do TTO deve
ser reavaliada.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Tratamentos dose-orientados.
• A quantidade de aumento da temperatura depende da
intensidade da saída e da duração do tratamento.
• Esse método de determinação da dosagem do
tratamento é uma técnica imprecisa, embora
tradicionalmente utilizada.
• Os aperfeiçoamentos da qualidade dos geradores, os
microprocessadores e pesquisas sobre efeitos de
aquecimento provocados por ultra-som levaram ao
desenvolvimento de parâmetros de tratamento
orientados pela dose.
• Nesse caso o médico indica o total de aumento de
temperatura e as características dos tecidos alvo.
• A unidade geradora calcula os melhores parâmetros para
o tratamento.
Cap 6: Ultra-som
Taxa de aquecimento por ultra-som, por minuto,
baseada em uma área de TTO duas a três vezes
maior que a ARE
Intensidade
(w/cm²)
Profundidade
do tecido
1 MHz
5cm
3MHz
1,2cm
0,5 0,04 ºC 0,3 ºC
1,0 0,2 ºC 0,6 ºC
1,5 0,3 ºC 0,9 ºC
2,0 0,4 ºC 1,4 ºC
Termoterapia
• Transferência ultra-sônica através dos
tecidos.
• O ultra-som atravessa os tecidos moles na forma de
ondas longitudinais, até atingir um osso.
• Quando isso acontece, parte da energia é refletida e o
resto é convertido em ondas transversais.
• A propagação da energia ultra-sônica depende da
frequência das ondas sonoras e da densidade dos
tecidos.
• A energia ultra-sônica intensa refletida pelos ossos
pode provocar dor perióstea (dor ou queimadura de
localização profunda), um efeito indesejável.
• A intensidade diminui a medida que a distância que
ela percorre através dos tecidos aumenta.
• Esse processo chama-se atenuação.
Cap 6: Ultra-som
Porcentagem de reflexão de
energia ultra-sônica em várias
interfaces
Interface Energia refletida
(%)
Água – tecido mole 0,2
Tecido mole -
gordura
1
Tecido mole - osso 15-40
Tecido mole - ar 99,9
Termoterapia
• Ultra som modo contínuo.
• Aplicação contínua pode aquecer, com
eficiência, tecidos localizados a 5cm (ou mais)
de profundidade, dependendo da frequência
utilizada.
• Como a saída é liberada 100% do tempo, a
energia é medida em termos da intensidade
média espacial (Watts/cm²).
• A intensidade espacial de pico, determinada
pela RNF, não deve exceder a 8 w/cm² (saída
medida x RNF).
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Ultra-som pulsado.
• Num feixe de ultra-som pulsado, a intensidade temporal
média de saída diminui, reduzindo os efeitos térmicos e ao
mesmo tempo permitindo os efeitos não térmicos do ultra-
som.
• A relação entre o comprimento do pulso e o intervalo de pulso
é expressa como uma porcentagem do ciclo de
funcionamento:
• Ciclo de func.= __________Comp. do pulso_____________
• (Comp. do pulso + intervalo de pulso) x 100
• Quanto mais próximo de 100% o ciclo de funcionamento
chegar, maiores serão o efeitos térmicos finais do TTO.
• A saída de ultra-som pulsado é medida pela intensidade
temporal máxima, mas a quantidade de energia real liberada
no tecido depende do ciclo de funcionamento.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Agentes e métodos de acoplamento.
• As ondas de ultra-som não podem atravessar o ar, por isso
utilizamos uma agente de acoplamento para permitir que
as ondas passem do transdutor para os tecidos.
• Um bom meio é capaz de transmitir uma boa
porcentagem de ultra-som, portanto ele não deve ser
refletor.
• A água destilada é o meio ideal para a transmissão, pois
ela reflete apenas 0,2% da energia.
• Muitos geradores de ultra-som modernos desligam-se
automaticamente se a aplicação estiver sendo feita sem
um meio, se o meio não for aceitável ou se houver
contato insuficiente com a pele.
• Uma fonte acoplada indevidamente produz aumento de
temperatura.
• Muitas unidades desligam se a temperatura pré-
determinada for ultrapassada.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Acoplamento direto.
• O transdutor é colocado diretamente sobre a pele,
junto com o gel que serve para excluir o ar entre a pele
e a fonte sonora.
• Os géis consistem de água destilada e um material
inerte não refletor, que aumenta a viscosidade da
mistura.
• Esse gele deve ser generosamente aplicado na área
para garantir que uma camada consistente, sem
grandes bolhas de ar, esteja disponível durante o TTO.
• A eficácia do gel diminui se a parte tratada do corpo for
provida de pelos ou for irregular.
• Quanto maior a quantidade de pelos da parte do corpo,
menor será a energia liberada nos tecidos (deve-se
considerar raspar a área de TTO quando os pelos forem
excessivos).
• Deve-se aplicar uma pressão constante e firme,
mantendo o transdutor em contato total com a pele
(pouca pressão cria acoplamento insuficiente e muita
pressão diminui a energia transferida para os tecidos
recomenda-se de 200 g a 600 g de pressão sobre o
tecido.
Cap 6: Ultra-som
Capacidade de acoplamento de potenciais meios para ultra-som
Substância Transmissão em
relação a água (%)
Envoltório de Saram 98
Gel Lidex, fluocinomida 0,05% 97
Creme tetra-gésico, metil salicilato 97
Óleo mineral 97
Gel para transmissão de ultra-som 96
Loção para transmissão de ultra-som 90
Chempad-L 68
Hidrocortisona em pó (1%) em gel para US 29
Hidrocortisona em pó (10%) em gel para
US
7
Creme Eucerine 0
Creme Myoflex, salicilato de trolamina 10% 0
Gel de petrolato branco 0
Termoterapia
• Imersão em água.
• Deve ser aplicado quando se trata de uma área irregular, como as
extremidades distais, pode-se administrar uma dose mais uniforme de
ultra-som, utilizando-se a água como condutor sonoro.
• A parte a ser tratada é imersa em água (água destilada é ideal mas
devido ao preço raramente é usada).
• Em seguida o transdutor é colocado na água, com a fonte voltada para
o corpo, a aproximadamente 2,54cm de distância.
• A mão do operador não deve ficar imersa na água (pode ser perigoso
ao longo de repetidas sessões).
• Recomenda-se o uso de banheira cerâmica para a aplicação de ultra-
som submerso, por essa ser excelente refletora, criando uma câmara de
“eco” e permitindo que as ondas atinjam o corpo em todos os ângulos.
• Quando utilizar água não destilada, pode-se aumentar a intensidade do
ultra-som em cerca de 0,5 w/cm², para compensar a atenuação
provocada pelo ar e os sais minerais da água.
• A imersão em água de torneira é menos eficaz para aumentar a
temperatura dos tecidos subcutâneos do que o método de
acoplamento direto, utilizando o transdutor de 3MHz.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Técnica da bexiga.
• Nessa técnica utiliza-se uma bexiga
cheia de água ou uma bolsa plástica
coberta com gel aplicador.
• A bexiga se adapta a áreas irregulares
como as articulações
acromioclavicular e talocrural.
• Podem ser utilizados preservativos
cheios de água (mais resistentes).
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Efeitos biofísicos da
aplicação de ultra-som.
• Podem ser agrupados em duas classes.
• Efeitos não térmicos -> alterações
dentro dos tecidos, resultantes do
efeito mecânico da energia ultra-
sônica;
• Efeitos térmicos -> alterações dentro
dos tecidos, como resultado direto da
elevação da temperatura do tecido,
provocada pelo ultra-som.
• Os dois tipos de efeitos ocorrem no
organismo, mas a proporção e a
magnitude de cada um deles
dependem do ciclo de fornecimento e
da intensidade de saída.
• Quanto maior for o ciclo (on), maiores
serão os efeitos térmicos; quanto
maior for a intensidade de saída, maior
será a magnitude dos efeitos.
Cap 6: Ultra-som
Efeitos fisiológicos da aplicação de ultra-som.
Efeitos não térmicos Efeitos térmicos
↑ da permeabilidade da membrana celular ↑ da velocidade de condução do nervo
sensorial
Taxas alteradas de difusão através da membrana celular ↑ da velocidade de condução do nervo
motor
↑ da permeabilidade vascular ↑ da extensibilidade de estruturas
ricas em colágeno
Secreção de substâncias quimiotácteis ↑ da deposição de colágeno
↑ do fluxo sanguíneo ↑ do fluxo sanguíneo
↑ da atividade fibroblástica Redução do espasmo muscular
Estimulação da fagocitose ↑ da atividade dos macrófagos
Produção de tecido de granulação sadia Melhora da adesão dos leucócitos a
células endoteliais danificadas.
Síntese de proteínas
Redução de edemas
Síntese de colágeno
Difusão de íons
Regeneração de tecido
Formação de tecido conjuntivo mais forte
Termoterapia
Cap 6: Ultra-som
Aumentos de temperatura necessários para obter efeitos terapêuticos
específicos durante a aplicação do ultra-som
Classificação dos efeitos
térmicos do ultras-som
Aumento de temperatura Utilizado para
Brando 1ºC Inflamação leve
Aceleração da taxa metabólica
Moderado 2 a 3ºC ↓ do espasmo muscular
↓ da dor
↑ do fluxo sanguíneo
↓ da inflamação crônica
Forte 3 a 5ºC Alongamento do tecido, redução de tecido cicatricial
Inibição da atividade simpática
Termoterapia
• Efeitos sobre o ciclo de resposta à lesão.
• Dependem do modo de aplicação (contínuo
ou pulsado), da frequência do som, do
tamanho da área tratada e dos tecidos
tratados (vascularização e densidade).
• Os efeitos térmicos são semelhantes aos da
termoterapia.
• O uso da energia a Laser pode ser uma
alternativa ao ultra-som (devido as
semelhanças dos efeitos biofísicos).
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Fluxo sanguíneo.
• O ultra-som pode aumentar o fluxo
sanguíneo por até 45 min. Depois do TTO,
embora esses dados não sejam
universalmente aceitos.
• Em um estudo, a aplicação de calor úmido
antes do ultra-som diminuiu muito o
aumento do fluxo sanguíneo na área em
TTO.
• Em outro estudo a aplicação de massagem
com gelo antes do ultra-som manteve o
aumento do fluxo sanguíneo no nível
observado com aplicação isolada de ultra-
som.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Cicatrização do tecido.
• A aplicação de ultra-som acelera a fase inflamatória
do processo de inflamação tissular.
• O modo contínuo influencia de forma positiva a
atividade dos macrófagos e aumenta a adesão dos
leucócitos nas células endoteliais danificadas.
• Quando o ultra-som é aplicado na fase de
proliferação, ele estimula a divisão celular.
• O ultra-som contínuo de baixa frequência (0,75-
1MHz) intensifica a liberação dos fibroblastos pré-
formados, enquanto que o ultra-som de alta
frequência (3MHz) aumenta a capacidade da célula
sintetizar e secretar partes componentes dos
fibroblastos.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Estiramento do tecido.
• O efeito térmico de aumento da extensibilidade dos
tecidos ricos em colágeno pode ser empregado de
forma vantajosa incorporando exercícios de amplitude
de movimento depois da aplicação de ultra-som
contínuo.
• É necessário um alongamento suave, ativo ou passivo.
• Para promover o alongamento a temperatura dos
tecidos a serem tratados deve subir 5ºC.
• Depois da aplicação do ultra-som, a oportunidade da
“janela de alongamento” de Draper dura pouco.
• Qualquer alongamento subsequente deve ser realizado
imediatamente após o término do TTO.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Controle da dor.
• O ultra-som pode controlar a dor pelo efeito direto que a
energia exerce sobre o S.N.P.
• A permeabilidade da membrana celular aos íons de sódio
é modificada, alterando a atividade elétrica da fibra
nervosa e elevando o limiar de dor.
• A velocidade da condução nervosa aumenta devido aos
efeitos térmicos da aplicação do ultra-som e também
pode produzir efeito contra-irritante.
• A redução indireta da dor é decorrente de outros efeitos
da aplicação do ultra-som.
• O ↑ do fluxo sanguíneo e da permeabilidade capilar eleva
a liberação de O² na área hipóxica, reduzindo a atividade
dos quimioceptores de dor.
• A estimulação dos receptores mecânicos de dor ↓ por
causa do espasmo muscular e do ↑ do relaxamento
muscular.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Fonoforese.
• A energia ultrasônica pode ser
utilizada para liberar medicamentos
nos tecidos pelo processo de
fonoforese.
• O processo é semelhante ao da
iontoforese ,mas não necessita que a
medicação seja eletricamente
carregada.
• Os efeitos da energia ultra-sônica
abrem caminhos que permitem que a
medicação se difunda através da pele
e penetre mais profundamente nos
tecidos.
• A vantagem é que a droga é
espalhada sobre uma área maior e
essa técnica não é invasiva.
Cap 6: Ultra-som
Fatores da pele que determinam a taxa de difusão do medicamento
durante a aplicação transdérmica
Fator Efeito
Hidratação Quanto maior o conteúdo de água, mais permeável é a pele à
passagem de medicamentos.
Idade A desidratação ocorre como o envelhecimento da pele; também
diminuem o contéude de lipídeos e a circulação.
Composição A passagem mais fácil de medicação através da pele ocorre perto de
folículos pilosos, glândulas sebáceas e ductos sudoríparos.
Embora os folículos pilosos estimulem a passagem de medicamento
através da pele, o excesso de pelos deve ser retirado da área a ser
tratada.
Vascularização Áreas altamente vascularizadas são mais aptas a permitir a
transferência de medicamentos para tecidos profundos. Os vasos
contraídos localizam os efeitos, ao passo que vasos dilatados
aumentam a liberação sistêmica da medicação.
Espessura A pele espessa oferece uma barreira mais incômoda à medicação do
que a pele fina. Quando aplicar fonoforese em uma área espessa,
tente aplica-la sobre áreas de baixa densidade de pele (fasciite
plantar-> aspecto médio do calcâneo).
Termoterapia
• Na aplicação da fonoforese, o
substituto do gel acoplador
padrão é um gel ou creme
contendo a medicação, que é
bastante variada e pode exigir
prescrição médica.
• As técnicas permitem a introdução
nos tecidos apenas de moléculas
de tamanho relativamente
pequeno e de baixo peso
molecular.
• Uma ampla variedade de
substâncias é empregada e a mais
comum é a hidrocortisona.
Cap 6: Ultra-som
Substâncias comumente administradas por fonoforese
Classificação Indicação Tecidos-alvo Exemplos
Corticoesteróides Quadros inflamatórios Tecidos
subcutâneos
Nervos
Músculo
Hidrocortison
a
Dexametason
a
Salicilatos Quadros inflamatórios
Dor
Tecidos
subcutâneos
Myoflex
Anestésicos Dor
Pontos-gatilho
Nervos
Sistema circulatório
Lidocaína
As seguintes recomendações foram estabelecidas, a fim de fornecer a melhor aplicação de fonoforese:
- Utilizar apenas meios aprovados de transmissão de ultra-som.
- Assegurar-se de que a pele esteja bem úmida; áreas de pele seca devem ser evitadas.
- Antes do TTO, tricotomizar a área para melhorar a capacidade de difusão do medicamento.
- Posicionar a extremidade de forma a estimular a medicação
- Utilizar o método contínuo para maximizar o efeito da fonoforese (a menos que sejam contra-indicados).
Termoterapia
• Cicatrização de fraturas.
• Uma saída de 1,5Mhz em pulso de baixa intensidade
(30mW/cm²), aplicado durante 20 min. por dia, é
promissora para acelerar a cicatrização de fraturas
agudas (Esses parâmetros de saída não são
encontrados em ultra-sons comerciais).
• Utra-som e estimulação elétrica.
• Ultra-som e estimulação elétrica vem sendo
aplicados em conjunto há bastante tempo para TTO
de pontos-gatilho e outras síndromes miofasciais.
• A fonte ultrasônica fornece tanto a corrente elétrica
como o feixe sonoro.
• Em teoria forneceria os mesmos benefícios do ultra-
som (térmico e mecânico) e da estimulação elétrica
(circulação, redução do espasmo, diminuição da
aderência do tecido cicatricial.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Duração e frequência do TTO.
• Varia de 3 a 12 min. Dependendo do tamanho da área tratada,
da intensidade do TTO.
• Em geral uma vez por dia, durante 10 a 14 dias.
• Nesse período a eficácia do TTO deve ser avaliada.
• Precauções.
• Os sintomas podem piorar depois dos primeiros 2 TTOs em
razão do aumento da inflamação na área, se a piora persistir
depois do 3º ou 4º TTOs, o uso dessa modalidade deve ser
interrompido.
• Cuidado ao aplicar ultra-som ao redor da medula espinhal
(vários fabricantes contra-indicam).
• O uso sobre implantes metálicos não é contra-indicado,
contando que a fonte seja mantida em movimento e que a
área tratada esteja com as funções sensoriais normais.
• O uso sobre placas epifisiárias de ossos em crescimento deve
ser feito com cuidado. Muitos autores contra-indicam essa
modalidade.
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Indicações:
• - Contraturas articulares;
• - Espasmo muscular;
• - Neuroma;
• - Tecido cicatricial;
• - Distúrbios do sistema nervoso simpático;
• - Pontos-gatilho;
• - Verrugas;
• - Espasticidade;
• - Redução pós-aguda de miosite ossificante;
• - Condições inflamatórias agudas (saída pulsada);
• - Condições inflamatórias crônicas (Saída pulsada
ou contínua).
Cap 6: Ultra-som
Termoterapia
• Contra-indicações:
• - Patologias agudas (saída contínua);
• - Áreas isquêmicas;
• - Tendência a hemorragia;
• - áreas ao redor dos olhos, crânio ou genitália;
• - Gravidez, quando a aplicação for em áreas pélvicas ou
lombares;
• - Sobre timores cancerígenos;
• - Medula espinhal;
• - Áreas anestesiadas;
• - Sobre locais de fratura, antes de sua consolidação;
• - Locais de fraturas por tensão;
• - Sobre locais de infecção ativa;
• - Sobre área pélvica ou lombar de pacientes menstruadas;
• - áreas cuja circulação está prejudicada.
Cap 6: Ultra-som
Referências bibliográficas
• MARCUCCI, Fernando C. I. Histórico da Eletroterapia e
Eletroacupuntura. O Fisioterapeuta [site]. Disponível em:
http://ofisioterapeuta.blogspot.com/
• Starkey C. Agentes elétricos. In: Starkey C. Recursos terapêuticos em
fisioterapia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2001.
• Low J, Reed A. Electrical stimulation of nerve and muscle. In:
Electrotherapy explained: principles and practice. 3ª ed. Oxford:
Butterworth-Heinemann; 2000.
Prof: Cleanto Santos Vieira – contato – cleantosantos@Hotmail.com

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Ultra-som na termoterapia: parâmetros, produção e efeitos

  • 2. Termoterapia • O ultra-som é uma modalidade de penetração profunda, capaz de produzir alterações nos tecidos, por mecanismos térmicos e não térmicos. • A energia liberada pelo transdutor é de origem acústica e não eletromagnética. • Dependendo da frequência utilizada, pode ser utilizado para: • - diagnóstico por imagens • - cura terapêutica de tecido • - Destruição de tecidos. Cap: 6 Ultra-som
  • 3. Termoterapia • Tradicionalmente o ultra-som terapêutico tem sido empregado na medicina esportiva. • Dependendo dos parâmetros de entrada, os efeitos da aplicação de ultra-som podem incluir o aumento da velocidade de reparo dos tecidos e cura de lesões por: • - Aumento do fluxo sanguíneo; • - Aumento da extensibilidade do tecido; • - Dissolução de depósitos de cálcio; • - Redução da dor; • - Redução de espasmo muscular devido a alteração da condução nervosa e etc... • Na tabela ao lado alguns parâmetros e medidas de saída de Ultra-som Cap: 6 Ultra-som Parâmetros e medidas de saída de Ultra-som Relação de não uniformidade do feixe (RNF) A RNF descreve a consistência (uniformidade) da saída do ultra-som enquanto relação. Quanto menor for a relação, mais uniforme será o feixe. Uma RNF maior que 8:1 não é considerada segura. Ciclo de funcionamento Um ciclo de funcionamento de 100% indica uma saída constante de utra-som e provoca efeitos térmicos dentro do corpo. Um ciclo de funcionamento baixo (pulsado) produz efeitos não térmicos. Área de radiação efetiva (ARE) A área de uma fonte sonora que produz ondas ultra-sônicas. Medida em cm². Frequência A frequência determina a profundidade efetiva de penetração (quanto > a frequência < a profundidade de penetração). Intensidade A intensidade descreve o grau de potência gerada pela unidade geradora. Intensidade espacial média (IEM) Medida em Watts por cm², descreve o grau de potência por unidade de área ARE da fonte sonora. Intensidade média no tempo (IMT) Só significativa quando se libera ultra-som em pulsos, a IMT descreve a quantidade média de energia liberada por segundo. Duração do TTO A duração do TTO é determinada pela intensidade de saída e pelas metas específicas do TTO.
  • 4. Termoterapia • Produção de utra-som. • É produzido por uma corrente alternada que flui através de um cristal piezoelétrico, como: • - Quartzo; • - Titanato de bário; • - Zirconato de chumbo ou Titanato. • É alojado em um transdutor, sendo que os cristais naturais foram substituídos por cristais sintéticos que produzem um campo de energia melhor e mais consistente (estão em desenvolvimento geradores ultrasônicos movidos a laser, que provavelmente fornecerão uma saída mais precisa e mais flexível). • Os cristais piezoelétricos produzem cargas elétricas positivas e negativas quando se contraem ou se expandem. • A vibração dos cristais causa a produção mecânica de ondas sonoras de alta frequência. Cap: 6 Ultra-som
  • 5. Termoterapia • A transmissão de energia acústica depende de um meio, e quanto mais denso for o meio, melhor é a transmissão. • Em um meio uniforme, o som caminha a uma velocidade constante, que pode ser calculada como: Velocidade= Frequência x Comprimento de onda. • Para que sons de diferentes frequências caminhem na mesma velocidade, seus comprimentos de onda devem ser diferentes. • Comprimentos de onda mais curtos devem ter uma frequência maior para atingir a velocidade dos comprimentos de onda mais longos. • Ex: Imagine duas pessoas caminhando lado a lado, uma mede 2,13m e seu passo é de 0,91 m. A outra mede 1,52m e seu passo é de 0,46 m. Despois de percorrerem 27,43 m, a pessoa mais alta deu 30 passos, a mais baixa deu 60 passos. • A energia produzida por ultra-som (vibração) deforma o meio, por isso é impossível no vácuo. Cap: 6 Ultra-som
  • 6. Termoterapia • A semelhança entre um gerador de ultra-som e o som estéreo que produz som audível é grande. • Quando seu Ipod toca música ele detecta padrões dos impulsos de som gravados na memória, esses padrões são convertidos em energia elétrica, que é transferida para um alto-falante. • Ao atingir o alto-falante, um magneto é ativado, provocando expansão e contração do cone, essa vibração produz ondas mecânicas, que são transmitidas pelo ar e chegam aos nosso tímpanos gerando também vibração que é captada pelo S.N.C. Cap: 6 Ultra-som
  • 7. Termoterapia • Transmissão de ondas por ultra-som. • A energia da onda é transferida por uma molécula colidindo com a molécula vizinha e trocando energia cinética, sem originar um deslocamento verdadeiro de moléculas. • Ex: Uma folha flutua em um lago, pedra cai perto dela, a folha balança para cima e para baixo, conforme as ondas passam perto dela, mas sua posição não muda. Cap: 6 Ultra-som
  • 8. Termoterapia • Ondas longitudinais. • Nas ondas longitudinais, as partículas se deslocam paralelamente à direção do som. • A alternância de pressão alta e baixa exercida pelo feixe de ultra-som resulta em regiões de elevada densidade de partículas (compressão) e de baixa densidade de partículas (rarefação) ao longo do caminho da onda sonora. • Essas flutuações de pressão transmitem energia dentro dos tecidos, produzindo efeitos fisiológicos. • As ondas longitudinais são capazes de percorrer meios sólidos e líquidos e o ultra-som atravessa os tecidos moles dessa forma. Cap: 6 Ultra-som
  • 9. Termoterapia • Ondas transversais. • Nas ondas transversais as ondas se deslocam perpendicularmente à direção da onda sonora. • Ex: Uma corda de guitarra vibrando é um exemplo deste tipo de onda. • Ela vibra em paralelo ao seu comprimento. • As ondas transversais não atravessam fluidos e só aparecem no corpo quando o ultra-som encontra um osso. Cap: 6 Ultra-som
  • 10. Termoterapia • A onda de Ultra-som. • As frequências utilizadas no ultra-som terapêutico produzem feixes cilíndricos, com extensão até certo ponto menor que o diâmetro da fonte sonora. • Essas ondas têm propriedades de reflexão, penetração e absorção. • Próximo da fonte do transdutor, a pressão do campo sonoro não é uniforme, formando picos de alta intensidade e vales de baixa intensidade. • Esta é a área do feixe ultra-sônico usada com objetivos terapêuticos. Cap: 6 Ultra-som
  • 11. Termoterapia • As fontes de ultra-som estão disponíveis em diferentes tamanhos e com diferentes frequências ressonantes de cristal. • Cada fonte ressonante deve ter marcada sua frequência, área de radiação efetiva e proporção de feixe não uniforme. • As fontes de diâmetros maiores produzem um feixe mais colimado, e as fontes de diâmetros menores originam feixes mais divergentes. • Os ultra-sons de baixa frequência (0,75mhz– 1mhz) possuem um feixe que diverge mais que o de Alta frequência (3mhz – 5mhz). • A área de radiação efetiva (ARE) representa todas as áreas que produzem mais que 5% da saída da potência máxima do transdutor. • A ARE tem sempre uma área menor que o tamanho real da fonte sonora. Cap: 6 Ultra-som
  • 12. Termoterapia • Frequência. • A frequência de saída de um gerador de ultra- som é medida em mega-hertz (MHZ) e descrita como o número de ondas que ocorrem em um segundo. • A frequência de saída determina a profundidade de penetração da energia. • Geradores de alta frequência (3mhz) são empregados para tratamentos superficiais, pois a energia é rapidamente absorvida e o gerador mais utilizado (1mhz), oferece um ajuste entre a penetração profunda e um aquecimento adequado, em função da frequência relativamente baixa empregada. Cap: 6 Ultra-som
  • 13. Termoterapia • Potência e intensidade. • A potência produzida por um gerador de ultra- som é medida em Watts (W) e representa a quantia de energia produzida por um transdutor. • A intensidade representa a força das ondas sonoras, em uma área, dentro dos tecidos tratados. • Existem duas medidas principais: • - Intensidade média espacial • - Intensidade média temporal. • Existe ainda a medida de valor de meia camada, que representa a profundidade em que 50% da energia ultra-sônica foi absorvida pelos tecidos. Se o ultra-som aplicado a 1 w/cm² perde 50% de sua energia em uma profundidade de 2,3cm, a intensidade do feixe é, então, 0,5 w/cm². Cap: 6 Ultra-som
  • 14. Termoterapia • Intensidade média espacial. • (IME) descreve a quantidade de energia que passa através de uma área específica, nesse caso, a área da fonte sonora (a ARE). • É expressa em Watts por cm², fornece a medida da potência de saída pela ARE da fonte do transdutor (centímetros quadrados). • Ex: se 10 w estão sendo emitidos pela fonte de transdutor com uma ARE de 5 cm², a intensidade média espacial será de 2 w por cm². • As doses de TTO variam de 0,5 a 5 watts/cm². Cap:6 Ultra-som Efeito da área de radiação de utra-som sobre a energia total produzida Intensidade (w/cm²) Área de radiação efetiva (ARE) Potência total produzida (w) 1,5 5 7,5 1,5 6 9,0 1,5 10 15,0
  • 15. Termoterapia • Intensidade temporal média. • Mede a potência de energia ultra- sônica liberada nos tecidos, em um dado período, sendo significativa apenas na aplicação de ultra-som em pulso. • A energia liberada nos tecidos, por unidade de tempo, com o ultra- som operando em um ciclo de funcionamento de 50%, é metade da liberada por modo contínuo. • Ex: Uma intensidade espacial média de 2 w/cm² e a fizermos passar em pulsos de 50% do ciclo de funcionamento, a densidade temporal média do TTO será de 1 w/cm² (2 w/cm² x 0,5 = 1 w/cm²). Cap: 6 Ultra-som
  • 16. Termoterapia • Não uniformidade do feixe de ultra-som. • O grau de variação da intensidade dentro de um feixe de ultra- som é medido em termos de relação de não uniformidade do feixe (RNF). • Corresponde a maior intensidade dentro do feixe, a intensidade, isto é, a intensidade espacial de pico e a intensidade média registrada no marcador de saída. • A RNF ideal, porém clinicamente impossível de ser obtida é 1:1. • Uma RNF maior que 8:1 pode ser considerada inaceitável. • Ex: Uma RNF indicada de 3:1 e o medidor mostrar uma saída de 2 w/cm², em algum lugar do feixe, a intensidade real é de 6 w/cm² (3 x 2 w = 6 w). • A existência de áreas de alta intensidade dentro do feixe, os “pontos quentes”, são a principal razão para manter a fonte do ultra-som em movimento durante o TTO. Cap 6: Ultra-som
  • 17. Termoterapia • Duração do TTO. • Depende do tamanho da área a ser tratada, da intensidade de saída e das metas terapêuticas do TTO. • Em qualquer circunstância, a área de TTO, não deve ser maior que duas a três vezes a área de superfície da ARE da fonte sonora. • Ao invés de tratar uma grande área em uma única sessão de ultra-som, a área deve ser dividida em zonas de TTO menores. • Quando se deseja efeito vigoroso de aquecimento, a duração do TTO deve ser de 10 a 12 minutos, com uma saída de 1MHz; e de 3 a 4 minutos com ultra-som de 3MHz. • Geralmente o ultra-som é administrado em TTOs por períodos de 10 a 14 dias, após isso a eficácia do TTO deve ser reavaliada. Cap 6: Ultra-som
  • 18. Termoterapia • Tratamentos dose-orientados. • A quantidade de aumento da temperatura depende da intensidade da saída e da duração do tratamento. • Esse método de determinação da dosagem do tratamento é uma técnica imprecisa, embora tradicionalmente utilizada. • Os aperfeiçoamentos da qualidade dos geradores, os microprocessadores e pesquisas sobre efeitos de aquecimento provocados por ultra-som levaram ao desenvolvimento de parâmetros de tratamento orientados pela dose. • Nesse caso o médico indica o total de aumento de temperatura e as características dos tecidos alvo. • A unidade geradora calcula os melhores parâmetros para o tratamento. Cap 6: Ultra-som Taxa de aquecimento por ultra-som, por minuto, baseada em uma área de TTO duas a três vezes maior que a ARE Intensidade (w/cm²) Profundidade do tecido 1 MHz 5cm 3MHz 1,2cm 0,5 0,04 ºC 0,3 ºC 1,0 0,2 ºC 0,6 ºC 1,5 0,3 ºC 0,9 ºC 2,0 0,4 ºC 1,4 ºC
  • 19. Termoterapia • Transferência ultra-sônica através dos tecidos. • O ultra-som atravessa os tecidos moles na forma de ondas longitudinais, até atingir um osso. • Quando isso acontece, parte da energia é refletida e o resto é convertido em ondas transversais. • A propagação da energia ultra-sônica depende da frequência das ondas sonoras e da densidade dos tecidos. • A energia ultra-sônica intensa refletida pelos ossos pode provocar dor perióstea (dor ou queimadura de localização profunda), um efeito indesejável. • A intensidade diminui a medida que a distância que ela percorre através dos tecidos aumenta. • Esse processo chama-se atenuação. Cap 6: Ultra-som Porcentagem de reflexão de energia ultra-sônica em várias interfaces Interface Energia refletida (%) Água – tecido mole 0,2 Tecido mole - gordura 1 Tecido mole - osso 15-40 Tecido mole - ar 99,9
  • 20. Termoterapia • Ultra som modo contínuo. • Aplicação contínua pode aquecer, com eficiência, tecidos localizados a 5cm (ou mais) de profundidade, dependendo da frequência utilizada. • Como a saída é liberada 100% do tempo, a energia é medida em termos da intensidade média espacial (Watts/cm²). • A intensidade espacial de pico, determinada pela RNF, não deve exceder a 8 w/cm² (saída medida x RNF). Cap 6: Ultra-som
  • 21. Termoterapia • Ultra-som pulsado. • Num feixe de ultra-som pulsado, a intensidade temporal média de saída diminui, reduzindo os efeitos térmicos e ao mesmo tempo permitindo os efeitos não térmicos do ultra- som. • A relação entre o comprimento do pulso e o intervalo de pulso é expressa como uma porcentagem do ciclo de funcionamento: • Ciclo de func.= __________Comp. do pulso_____________ • (Comp. do pulso + intervalo de pulso) x 100 • Quanto mais próximo de 100% o ciclo de funcionamento chegar, maiores serão o efeitos térmicos finais do TTO. • A saída de ultra-som pulsado é medida pela intensidade temporal máxima, mas a quantidade de energia real liberada no tecido depende do ciclo de funcionamento. Cap 6: Ultra-som
  • 22. Termoterapia • Agentes e métodos de acoplamento. • As ondas de ultra-som não podem atravessar o ar, por isso utilizamos uma agente de acoplamento para permitir que as ondas passem do transdutor para os tecidos. • Um bom meio é capaz de transmitir uma boa porcentagem de ultra-som, portanto ele não deve ser refletor. • A água destilada é o meio ideal para a transmissão, pois ela reflete apenas 0,2% da energia. • Muitos geradores de ultra-som modernos desligam-se automaticamente se a aplicação estiver sendo feita sem um meio, se o meio não for aceitável ou se houver contato insuficiente com a pele. • Uma fonte acoplada indevidamente produz aumento de temperatura. • Muitas unidades desligam se a temperatura pré- determinada for ultrapassada. Cap 6: Ultra-som
  • 23. Termoterapia • Acoplamento direto. • O transdutor é colocado diretamente sobre a pele, junto com o gel que serve para excluir o ar entre a pele e a fonte sonora. • Os géis consistem de água destilada e um material inerte não refletor, que aumenta a viscosidade da mistura. • Esse gele deve ser generosamente aplicado na área para garantir que uma camada consistente, sem grandes bolhas de ar, esteja disponível durante o TTO. • A eficácia do gel diminui se a parte tratada do corpo for provida de pelos ou for irregular. • Quanto maior a quantidade de pelos da parte do corpo, menor será a energia liberada nos tecidos (deve-se considerar raspar a área de TTO quando os pelos forem excessivos). • Deve-se aplicar uma pressão constante e firme, mantendo o transdutor em contato total com a pele (pouca pressão cria acoplamento insuficiente e muita pressão diminui a energia transferida para os tecidos recomenda-se de 200 g a 600 g de pressão sobre o tecido. Cap 6: Ultra-som Capacidade de acoplamento de potenciais meios para ultra-som Substância Transmissão em relação a água (%) Envoltório de Saram 98 Gel Lidex, fluocinomida 0,05% 97 Creme tetra-gésico, metil salicilato 97 Óleo mineral 97 Gel para transmissão de ultra-som 96 Loção para transmissão de ultra-som 90 Chempad-L 68 Hidrocortisona em pó (1%) em gel para US 29 Hidrocortisona em pó (10%) em gel para US 7 Creme Eucerine 0 Creme Myoflex, salicilato de trolamina 10% 0 Gel de petrolato branco 0
  • 24. Termoterapia • Imersão em água. • Deve ser aplicado quando se trata de uma área irregular, como as extremidades distais, pode-se administrar uma dose mais uniforme de ultra-som, utilizando-se a água como condutor sonoro. • A parte a ser tratada é imersa em água (água destilada é ideal mas devido ao preço raramente é usada). • Em seguida o transdutor é colocado na água, com a fonte voltada para o corpo, a aproximadamente 2,54cm de distância. • A mão do operador não deve ficar imersa na água (pode ser perigoso ao longo de repetidas sessões). • Recomenda-se o uso de banheira cerâmica para a aplicação de ultra- som submerso, por essa ser excelente refletora, criando uma câmara de “eco” e permitindo que as ondas atinjam o corpo em todos os ângulos. • Quando utilizar água não destilada, pode-se aumentar a intensidade do ultra-som em cerca de 0,5 w/cm², para compensar a atenuação provocada pelo ar e os sais minerais da água. • A imersão em água de torneira é menos eficaz para aumentar a temperatura dos tecidos subcutâneos do que o método de acoplamento direto, utilizando o transdutor de 3MHz. Cap 6: Ultra-som
  • 25. Termoterapia • Técnica da bexiga. • Nessa técnica utiliza-se uma bexiga cheia de água ou uma bolsa plástica coberta com gel aplicador. • A bexiga se adapta a áreas irregulares como as articulações acromioclavicular e talocrural. • Podem ser utilizados preservativos cheios de água (mais resistentes). Cap 6: Ultra-som
  • 26. Termoterapia • Efeitos biofísicos da aplicação de ultra-som. • Podem ser agrupados em duas classes. • Efeitos não térmicos -> alterações dentro dos tecidos, resultantes do efeito mecânico da energia ultra- sônica; • Efeitos térmicos -> alterações dentro dos tecidos, como resultado direto da elevação da temperatura do tecido, provocada pelo ultra-som. • Os dois tipos de efeitos ocorrem no organismo, mas a proporção e a magnitude de cada um deles dependem do ciclo de fornecimento e da intensidade de saída. • Quanto maior for o ciclo (on), maiores serão os efeitos térmicos; quanto maior for a intensidade de saída, maior será a magnitude dos efeitos. Cap 6: Ultra-som Efeitos fisiológicos da aplicação de ultra-som. Efeitos não térmicos Efeitos térmicos ↑ da permeabilidade da membrana celular ↑ da velocidade de condução do nervo sensorial Taxas alteradas de difusão através da membrana celular ↑ da velocidade de condução do nervo motor ↑ da permeabilidade vascular ↑ da extensibilidade de estruturas ricas em colágeno Secreção de substâncias quimiotácteis ↑ da deposição de colágeno ↑ do fluxo sanguíneo ↑ do fluxo sanguíneo ↑ da atividade fibroblástica Redução do espasmo muscular Estimulação da fagocitose ↑ da atividade dos macrófagos Produção de tecido de granulação sadia Melhora da adesão dos leucócitos a células endoteliais danificadas. Síntese de proteínas Redução de edemas Síntese de colágeno Difusão de íons Regeneração de tecido Formação de tecido conjuntivo mais forte
  • 27. Termoterapia Cap 6: Ultra-som Aumentos de temperatura necessários para obter efeitos terapêuticos específicos durante a aplicação do ultra-som Classificação dos efeitos térmicos do ultras-som Aumento de temperatura Utilizado para Brando 1ºC Inflamação leve Aceleração da taxa metabólica Moderado 2 a 3ºC ↓ do espasmo muscular ↓ da dor ↑ do fluxo sanguíneo ↓ da inflamação crônica Forte 3 a 5ºC Alongamento do tecido, redução de tecido cicatricial Inibição da atividade simpática
  • 28. Termoterapia • Efeitos sobre o ciclo de resposta à lesão. • Dependem do modo de aplicação (contínuo ou pulsado), da frequência do som, do tamanho da área tratada e dos tecidos tratados (vascularização e densidade). • Os efeitos térmicos são semelhantes aos da termoterapia. • O uso da energia a Laser pode ser uma alternativa ao ultra-som (devido as semelhanças dos efeitos biofísicos). Cap 6: Ultra-som
  • 29. Termoterapia • Fluxo sanguíneo. • O ultra-som pode aumentar o fluxo sanguíneo por até 45 min. Depois do TTO, embora esses dados não sejam universalmente aceitos. • Em um estudo, a aplicação de calor úmido antes do ultra-som diminuiu muito o aumento do fluxo sanguíneo na área em TTO. • Em outro estudo a aplicação de massagem com gelo antes do ultra-som manteve o aumento do fluxo sanguíneo no nível observado com aplicação isolada de ultra- som. Cap 6: Ultra-som
  • 30. Termoterapia • Cicatrização do tecido. • A aplicação de ultra-som acelera a fase inflamatória do processo de inflamação tissular. • O modo contínuo influencia de forma positiva a atividade dos macrófagos e aumenta a adesão dos leucócitos nas células endoteliais danificadas. • Quando o ultra-som é aplicado na fase de proliferação, ele estimula a divisão celular. • O ultra-som contínuo de baixa frequência (0,75- 1MHz) intensifica a liberação dos fibroblastos pré- formados, enquanto que o ultra-som de alta frequência (3MHz) aumenta a capacidade da célula sintetizar e secretar partes componentes dos fibroblastos. Cap 6: Ultra-som
  • 31. Termoterapia • Estiramento do tecido. • O efeito térmico de aumento da extensibilidade dos tecidos ricos em colágeno pode ser empregado de forma vantajosa incorporando exercícios de amplitude de movimento depois da aplicação de ultra-som contínuo. • É necessário um alongamento suave, ativo ou passivo. • Para promover o alongamento a temperatura dos tecidos a serem tratados deve subir 5ºC. • Depois da aplicação do ultra-som, a oportunidade da “janela de alongamento” de Draper dura pouco. • Qualquer alongamento subsequente deve ser realizado imediatamente após o término do TTO. Cap 6: Ultra-som
  • 32. Termoterapia • Controle da dor. • O ultra-som pode controlar a dor pelo efeito direto que a energia exerce sobre o S.N.P. • A permeabilidade da membrana celular aos íons de sódio é modificada, alterando a atividade elétrica da fibra nervosa e elevando o limiar de dor. • A velocidade da condução nervosa aumenta devido aos efeitos térmicos da aplicação do ultra-som e também pode produzir efeito contra-irritante. • A redução indireta da dor é decorrente de outros efeitos da aplicação do ultra-som. • O ↑ do fluxo sanguíneo e da permeabilidade capilar eleva a liberação de O² na área hipóxica, reduzindo a atividade dos quimioceptores de dor. • A estimulação dos receptores mecânicos de dor ↓ por causa do espasmo muscular e do ↑ do relaxamento muscular. Cap 6: Ultra-som
  • 33. Termoterapia • Fonoforese. • A energia ultrasônica pode ser utilizada para liberar medicamentos nos tecidos pelo processo de fonoforese. • O processo é semelhante ao da iontoforese ,mas não necessita que a medicação seja eletricamente carregada. • Os efeitos da energia ultra-sônica abrem caminhos que permitem que a medicação se difunda através da pele e penetre mais profundamente nos tecidos. • A vantagem é que a droga é espalhada sobre uma área maior e essa técnica não é invasiva. Cap 6: Ultra-som Fatores da pele que determinam a taxa de difusão do medicamento durante a aplicação transdérmica Fator Efeito Hidratação Quanto maior o conteúdo de água, mais permeável é a pele à passagem de medicamentos. Idade A desidratação ocorre como o envelhecimento da pele; também diminuem o contéude de lipídeos e a circulação. Composição A passagem mais fácil de medicação através da pele ocorre perto de folículos pilosos, glândulas sebáceas e ductos sudoríparos. Embora os folículos pilosos estimulem a passagem de medicamento através da pele, o excesso de pelos deve ser retirado da área a ser tratada. Vascularização Áreas altamente vascularizadas são mais aptas a permitir a transferência de medicamentos para tecidos profundos. Os vasos contraídos localizam os efeitos, ao passo que vasos dilatados aumentam a liberação sistêmica da medicação. Espessura A pele espessa oferece uma barreira mais incômoda à medicação do que a pele fina. Quando aplicar fonoforese em uma área espessa, tente aplica-la sobre áreas de baixa densidade de pele (fasciite plantar-> aspecto médio do calcâneo).
  • 34. Termoterapia • Na aplicação da fonoforese, o substituto do gel acoplador padrão é um gel ou creme contendo a medicação, que é bastante variada e pode exigir prescrição médica. • As técnicas permitem a introdução nos tecidos apenas de moléculas de tamanho relativamente pequeno e de baixo peso molecular. • Uma ampla variedade de substâncias é empregada e a mais comum é a hidrocortisona. Cap 6: Ultra-som Substâncias comumente administradas por fonoforese Classificação Indicação Tecidos-alvo Exemplos Corticoesteróides Quadros inflamatórios Tecidos subcutâneos Nervos Músculo Hidrocortison a Dexametason a Salicilatos Quadros inflamatórios Dor Tecidos subcutâneos Myoflex Anestésicos Dor Pontos-gatilho Nervos Sistema circulatório Lidocaína As seguintes recomendações foram estabelecidas, a fim de fornecer a melhor aplicação de fonoforese: - Utilizar apenas meios aprovados de transmissão de ultra-som. - Assegurar-se de que a pele esteja bem úmida; áreas de pele seca devem ser evitadas. - Antes do TTO, tricotomizar a área para melhorar a capacidade de difusão do medicamento. - Posicionar a extremidade de forma a estimular a medicação - Utilizar o método contínuo para maximizar o efeito da fonoforese (a menos que sejam contra-indicados).
  • 35. Termoterapia • Cicatrização de fraturas. • Uma saída de 1,5Mhz em pulso de baixa intensidade (30mW/cm²), aplicado durante 20 min. por dia, é promissora para acelerar a cicatrização de fraturas agudas (Esses parâmetros de saída não são encontrados em ultra-sons comerciais). • Utra-som e estimulação elétrica. • Ultra-som e estimulação elétrica vem sendo aplicados em conjunto há bastante tempo para TTO de pontos-gatilho e outras síndromes miofasciais. • A fonte ultrasônica fornece tanto a corrente elétrica como o feixe sonoro. • Em teoria forneceria os mesmos benefícios do ultra- som (térmico e mecânico) e da estimulação elétrica (circulação, redução do espasmo, diminuição da aderência do tecido cicatricial. Cap 6: Ultra-som
  • 36. Termoterapia • Duração e frequência do TTO. • Varia de 3 a 12 min. Dependendo do tamanho da área tratada, da intensidade do TTO. • Em geral uma vez por dia, durante 10 a 14 dias. • Nesse período a eficácia do TTO deve ser avaliada. • Precauções. • Os sintomas podem piorar depois dos primeiros 2 TTOs em razão do aumento da inflamação na área, se a piora persistir depois do 3º ou 4º TTOs, o uso dessa modalidade deve ser interrompido. • Cuidado ao aplicar ultra-som ao redor da medula espinhal (vários fabricantes contra-indicam). • O uso sobre implantes metálicos não é contra-indicado, contando que a fonte seja mantida em movimento e que a área tratada esteja com as funções sensoriais normais. • O uso sobre placas epifisiárias de ossos em crescimento deve ser feito com cuidado. Muitos autores contra-indicam essa modalidade. Cap 6: Ultra-som
  • 37. Termoterapia • Indicações: • - Contraturas articulares; • - Espasmo muscular; • - Neuroma; • - Tecido cicatricial; • - Distúrbios do sistema nervoso simpático; • - Pontos-gatilho; • - Verrugas; • - Espasticidade; • - Redução pós-aguda de miosite ossificante; • - Condições inflamatórias agudas (saída pulsada); • - Condições inflamatórias crônicas (Saída pulsada ou contínua). Cap 6: Ultra-som
  • 38. Termoterapia • Contra-indicações: • - Patologias agudas (saída contínua); • - Áreas isquêmicas; • - Tendência a hemorragia; • - áreas ao redor dos olhos, crânio ou genitália; • - Gravidez, quando a aplicação for em áreas pélvicas ou lombares; • - Sobre timores cancerígenos; • - Medula espinhal; • - Áreas anestesiadas; • - Sobre locais de fratura, antes de sua consolidação; • - Locais de fraturas por tensão; • - Sobre locais de infecção ativa; • - Sobre área pélvica ou lombar de pacientes menstruadas; • - áreas cuja circulação está prejudicada. Cap 6: Ultra-som
  • 39. Referências bibliográficas • MARCUCCI, Fernando C. I. Histórico da Eletroterapia e Eletroacupuntura. O Fisioterapeuta [site]. Disponível em: http://ofisioterapeuta.blogspot.com/ • Starkey C. Agentes elétricos. In: Starkey C. Recursos terapêuticos em fisioterapia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2001. • Low J, Reed A. Electrical stimulation of nerve and muscle. In: Electrotherapy explained: principles and practice. 3ª ed. Oxford: Butterworth-Heinemann; 2000. Prof: Cleanto Santos Vieira – contato – cleantosantos@Hotmail.com