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Universidade Federal de Uberlândia
                        FEELT – Faculdade de Engenharia Elétrica




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                                         Relatório:

                         Frenagem Dinâmica de Motor CC Derivação

                           Professor: Marcelo Lynce Ribeiro Chaves




Claudinei Alves Rocha                                                11011EEL060




                               Uberlândia, 4 de maio de 2011.
Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação                 2



1. Introdução
       Toda e qualquer máquina rotativa, ao longo de sua operação passa por processos de
aceleração e desaceleração em conseqüência do seu meio ou tipo de operação, porém durante
algum momento, esse processo irá demandar algum tipo de frenagem, que pode ser tanto sob
a presença ou não de energia elétrica. Os processos de frenagem têm na maioria das vezes o
intuito de reduzir o tempo necessário para a paralisação da máquina, uma vez que dependendo
de algumas circunstâncias, esse processo pode ocorrer com ou sem a presença de energia
elétrica, esta por sua vez permite um controle sobre a ação.
       Quando a frenagem ocorre na presença de energia elétrica fornecida regularmente,
essa ação se dá de forma otimizada através de circuitos eletrônicos elaboradores de forma a
ter os menores danos possíveis ao sistema, pois ocorre de forma devidamente controlada e
monitorada. Nesse processo a energia cinética presente nos equipamentos é convertida em
energia elétrica e é devolvida à rede.
       Quando há a falta de energia elétrica, seja por conta da concessionária ou por
problemas internos, não há meios para a implementação da frenagem regenerativa (exposta
acima), então a solução para a paralisação do equipamento é a chamada frenagem dinâmica,
ilustrado pela figura 1, como a tensão de velocidade passa a ser a única fonte de tensão no
circuito de armadura, a corrente de armadura é invertida e, conseqüentemente, o torque
desenvolvido também é invertido, e portanto, a máquina passa a operar no modo gerador, ao
utilizar a energia cinética armazenada nas partes girantes, como fonte primária de energia
mecânica. A função da resistência externa em série com a armadura é limitar o valor da
corrente de armadura. A polaridade da tensão de velocidade é mantida porque os sentidos da
corrente de campo e da velocidade não se alteram.




                                  Figura 1 - Frenagem Dinâmica
       O circuito elétrico equivalente da armadura da máquina de corrente contínua pode ser
representado de acordo com a figura 2.



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                  Figura 2 - Circuito Elétrico Equivalente do Motor C.C. com derivação
          Sabe-se que a força eletromotriz       , em V, de uma máquina de corrente contínua está
diretamente relacionada com o fluxo do pólo indutor                , em Wb, e com a velocidade de
rotação       , em rad/s, e que o conjugado desenvolvido pelo motor                      , em N.m, é
diretamente proporcional a corrente          , em A, e ao fluxo do indutor, temos:


          A potência mecânica desenvolvida pelo motor é dada pelo produto entre conjugado e
velocidade:


          Por outro lado, em análise a figura 2, sabe-se que:



          Como a inércia mecânica é muito maior do que a inércia elétrica, a equação acima
pode ser simplificada como sendo:
          Considerando que as perdas joulicas sejam iguais as perdas mecânicas, estima-se q a
resistência interna do motor seja dada por:



   E sendo o rendimento dado por                        , temos:



          Para o cálculo da resistência (    ) de partida, ou seja, do valor de resistência que limita
a corrente, de forma a acionar o motor de forma mais suave do que um acionamento com
partida direta, como a velocidade no momento de partida ainda é zero, pode-se calcular como
sendo:
          Após a retirada da resistência de partida, o valor de corrente passa a ser           , e de
conhecimento que o valor de resistência está inversamente proporcional ao valor da corrente,
ou seja, quanto maior a resistência, menor é a corrente para se desenvolver mesma tensão ou
potência, sendo assim:
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        Onde       é o valor de corrente que se tem depois de desconectado o estágio de cada
restistência,     é o número de estágios de resistência e é determinado por:




        Sabendo que:                       , ou seja,                                  onde
       , então:



    E sabendo ainda que:



    De posse que                     e                  , e manipulando as equações acima temos:



        Considerando        constante durante a partida e determinando o intervalo de tempo Δt
para que seja retirado o reostato de partida, ou seja,        variando de      para   , o tempo de
partida será dado por:



        Em condições de frenagem, de maneira análoga, temos as seguintes equações:




2. Diagrama de Ligação
a) Circuito de Controle
O circuito de Controle tem a função de controlar a ordem da operação a ser realizada, no caso
a frenagem dinâmica do motor cc com derivação. E é apresentado na figura 3. Cabe salientar,
que o comando da operação de frenagem, foi executado manualmente, o que nota-se pela não
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utilização de um temporizador      por exemplo, ou seja, a ordem dos comandos foram
executados manualmente.




                                 Figura 3 - Circuito de Controle
b) Circuito de Potência
A montagem do circuito de Potência foi realizada de acordo com a figura 4.




                                 Figura 4 - Circuito de Potência
       De acordo com o circuito de potência, nota-se que o motor considerado é um motor cc
de derivação.

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3. Seqüência de Operação
         Inicialmente realiza-se a partida do motor, processo esse feito com uma resistência de
partida r1, e em seguida se realiza a frenagem da máquina.
         Ao pressionar a botoeira b1 alimenta-se a bobina do contator D1 que fecha seus NA
(contato do circuito de controle) e energiza as bobinas do contator M, que fecha seus
contatores NA do circuito de controle e de potência, o que promove a partida do motor.
         O processo de intertravamento da bobina D1 energiza a bobina de D2, que fecha seu
contato NA do circuito de controle e energiza a bobina 1A. Essa energização da bobina 1A
promove o fechamento do contato NA do circuito de controle e do circuito de potência, curto-
circuitando a resistência de partida. Em seguida energiza-se a bobina do contator D3, que
fecha seu contato NA energizando conseqüentemente a bobina D4, que abre seu contator NF
que se encontra em série com a bobina do contator M, cortando dessa forma a alimentação da
bobina do mesmo, a partir daí temos o processo de frenagem.
         Pressionando novamente a botoeira b1, abre-se seu contato que havia sido fechado no
primeiro toque (durante a partida), alimentando dessa forma a bobina do contator F, que por
sua vez fecha seu contato NA do circuito de potência, adicionando dessa maneira o reostato
      em paralelo com a bobina do motor. Quando esse reostato é adicionado ao circuito em
paralelo com a armadura, a circulação da corrente no mesmo provoca um fluxo na armadura,
e de acordo com a lei de Lenz, é produzido na armadura um fluxo no sentido contrário ao que
a corrente provoca, sendo assim, há a redução gradativa da velocidade do motor, fazendo com
que o tempo que o motor leva para parar seja menor do que se não houve tal proceso.
         O reostato     montado em série com a bobina do estator tem como objetivo limitar a
corrente cc. Variando a tensão de saída do varivolt trifásico, altera-se o valor da corrente
contínua, o que permite variar o intervalo de tempo do regime de frenagem.
4. Escolha do motor
         Os dados do motor escolhido estão abaixo, e seu catálogo está em anexo (figuras 5 e
6):
Modelo: 1GG5 108-0ED40
Fabricante: Siemens
5. Cálculo dos parâmetros do motor
Dados fornecidos pelo fabricante (figuras 5 e 6):
  = 310 V;            = 6,15 A;       = 1,37 kW;          = 10,1 N.m;          = 1600 rpm;
             ;   = 0,64;   = 40,5 mH; J= 0,025 Kg.m². Considerando que se deseja limitar a

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corrente de partida em 2,0 pu                                   , devido às características dos
motores de corrente contínua. E considerando ainda que o motor esteja operando com carga
de 50% da nominal. Sabendo que           , onde    é a corrente de acordo com a carga aplicada
ao motor, daí considera-se inicialmente que                            , uma vez que
Baseado nos valores fornecidos pode-se calcular:




   Logo para o controle da corrente de partida, será necessário apenas um estágio de
resistência com o valor de                    . Sendo                , ou seja, resistência de
armadura mais resistência externa para controle de corrente, que tem o valor de        .




       O tempo para curto-circuitar a resistência de partida é de:



       De posse que               , para o processo de frenagem, de acordo com as equações
especificadas na introdução teórica acima temos corrente, conjugado e tempo de frenagem
respectivamente:




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6. Dimensionamento de contatores e equipamentos de proteção
       De acordo com os diagramas de controle e de potência, deve-se dimensionar: b1, D1,
D2, D3, D4, M, 1A e F, além dos fusíveis de proteção e dos relés térmicos. Dispositivos estes
apresentados tanto no diagrama de controle quanto no de potência (figuras 3 e 4).
       Os contatores escolhidos são especialmente para corrente contínua com categoria de
emprego DC1 e DC3. Os contatores para esse tipo de corrente possuem uma distância maior
entre seus contatos, para impedir a formação do arco elétrico, o que poderia comprometer
tanto o sistema quanto os equipamentos a eles conectados.
       Como a corrente de partida foi limitada em apenas 2 vezes a nominal, não apresentará
um pico de corrente alto, quando comparado com o nível que a corrente alcança em
acionamentos estrela-triângulo, partida direta, entre outras. Para o dimensionamento dos
contatores, temos:
       Contatores 1A e 2A:


       Esses contatores podem ser aplicados à categoria DC1, pois são acionados durante o
funcionamento normal da máquina. Observando o catálogo de contatores em anexo na figura
7,a melhor opção é o contator AL9, apropriado para tensões menores do que 440 V, no caso a
tensão aplicada é 310 V, possui uma corrente   = 10 A que é maior do que a corrente nominal
do motor. Esse contator será aplicado aos contatores: b1, D1, D2, D3, D4 e 1A.
       Contatores M e F


       Esses contatores podem ser aplicados à categoria DC3, pois seu funcionamento
envolve situações que merecem uma atenção maior, como por exemplo partida, além de ser
aplicada a um motor shunt. Observando o catálogo de contatores em anexo na figura 8,a
melhor opção é o contator AL12, apropriado para tensões menores do que 440 V, no caso a
tensão aplicada é 310 V, possui uma corrente    = 7 A que é maior do que a corrente nominal
do motor.
       Relé Térmico
       No caso de motores de corrente contínua, a corrente de ajuste é igual a corrente
nominal, portanto,                , sendo assim o relé térmico escolhido é o de faixa de
corrente de 5,6 a 8 A, que é o relé RW17-1D3-U008, que atuará em 5 s, tempo menor que o
tempo de partida do motor, o que representa uma ótima coordenação, entre contatores e relés.


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       Fusíveis
       Enquanto que o fusível selecionado foi escolhido baseando nas características do relé
térmico escolhido, que solicita para a coordenação ideal entre tais dispositivos, um fusível de
corrente máxima igual a 20 A, como observado nas figuras 9 e 10.
       Dessa forma, têm-se a coordenação entre fusíveis, relés térmicos e contatores, de
forma que todo o processo de acionamento e frenagem seja realizado com sucesso. O fusível
escolhido é o 5SB2 71, que possui suas características descritas na figura 10 do anexo.


7. Conclusão
       A utilização de motores de corrente contínua não é tão acentuada quanto a de motores
de corrente alternada, porém não menos importante. E requer, similar aos motores C.A.,
formas de controle de maneira a se ter a eficiência deseja para tal equipamento.
       O dimensionamento tanto do acionamento quanto da proteção de máquinas, sejam elas
C.C. ou C.A., deve ser feito de forma consciente e baseado em valores fornecidos pelo
fabricando da máquina que se deseja proteger, de forma a manter a integridade tanto do
sistema quanto do equipamento.


8. Referências Bibliográficas


http://www.automation.siemens.com/mcms/infocenter/dokumentencenter/ld/Documentsu20C
atalogs/dc-motor/da12-2008-en.pdf


http://www.weg.net/files/products/WEG-contatores-e-reles-de-sobrecarga-catalogo-completo-
50026112-catalogo-portugues-br.pdf


http://www.itapeva.unesp.br/docentes/manoel/fusiveis%5B1%5D.pdf


http://www.valog.com.br/site/pdf/abbmanobra-catalogogeral2006.pdf


BIM, E. Máquinas Elétricas e Acionamento. Unicamp


FITZGERALD, A. E. Máquinas Elétricas com introdução à eletrônica de potência.


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9. Anexos




                               Figura 5 - Catálogo Motor Escolhido




                      Figura 6 - Características Mecânicas do Motor Escolhido




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                      Figura 7 - Catálogo Contatores categoria DC1




                      Figura 8 - Catálogo Contatores categoria DC3




                          Figura 9 - Catálogo de Relé Térmico


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                             Figura 10 - Catálogo Fusíveis




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Relatório frenagem dinâmica_motor_cc

  • 1. Universidade Federal de Uberlândia FEELT – Faculdade de Engenharia Elétrica Acionamentos Relatório: Frenagem Dinâmica de Motor CC Derivação Professor: Marcelo Lynce Ribeiro Chaves Claudinei Alves Rocha 11011EEL060 Uberlândia, 4 de maio de 2011.
  • 2. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 2 1. Introdução Toda e qualquer máquina rotativa, ao longo de sua operação passa por processos de aceleração e desaceleração em conseqüência do seu meio ou tipo de operação, porém durante algum momento, esse processo irá demandar algum tipo de frenagem, que pode ser tanto sob a presença ou não de energia elétrica. Os processos de frenagem têm na maioria das vezes o intuito de reduzir o tempo necessário para a paralisação da máquina, uma vez que dependendo de algumas circunstâncias, esse processo pode ocorrer com ou sem a presença de energia elétrica, esta por sua vez permite um controle sobre a ação. Quando a frenagem ocorre na presença de energia elétrica fornecida regularmente, essa ação se dá de forma otimizada através de circuitos eletrônicos elaboradores de forma a ter os menores danos possíveis ao sistema, pois ocorre de forma devidamente controlada e monitorada. Nesse processo a energia cinética presente nos equipamentos é convertida em energia elétrica e é devolvida à rede. Quando há a falta de energia elétrica, seja por conta da concessionária ou por problemas internos, não há meios para a implementação da frenagem regenerativa (exposta acima), então a solução para a paralisação do equipamento é a chamada frenagem dinâmica, ilustrado pela figura 1, como a tensão de velocidade passa a ser a única fonte de tensão no circuito de armadura, a corrente de armadura é invertida e, conseqüentemente, o torque desenvolvido também é invertido, e portanto, a máquina passa a operar no modo gerador, ao utilizar a energia cinética armazenada nas partes girantes, como fonte primária de energia mecânica. A função da resistência externa em série com a armadura é limitar o valor da corrente de armadura. A polaridade da tensão de velocidade é mantida porque os sentidos da corrente de campo e da velocidade não se alteram. Figura 1 - Frenagem Dinâmica O circuito elétrico equivalente da armadura da máquina de corrente contínua pode ser representado de acordo com a figura 2. Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 3. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 3 Figura 2 - Circuito Elétrico Equivalente do Motor C.C. com derivação Sabe-se que a força eletromotriz , em V, de uma máquina de corrente contínua está diretamente relacionada com o fluxo do pólo indutor , em Wb, e com a velocidade de rotação , em rad/s, e que o conjugado desenvolvido pelo motor , em N.m, é diretamente proporcional a corrente , em A, e ao fluxo do indutor, temos: A potência mecânica desenvolvida pelo motor é dada pelo produto entre conjugado e velocidade: Por outro lado, em análise a figura 2, sabe-se que: Como a inércia mecânica é muito maior do que a inércia elétrica, a equação acima pode ser simplificada como sendo: Considerando que as perdas joulicas sejam iguais as perdas mecânicas, estima-se q a resistência interna do motor seja dada por: E sendo o rendimento dado por , temos: Para o cálculo da resistência ( ) de partida, ou seja, do valor de resistência que limita a corrente, de forma a acionar o motor de forma mais suave do que um acionamento com partida direta, como a velocidade no momento de partida ainda é zero, pode-se calcular como sendo: Após a retirada da resistência de partida, o valor de corrente passa a ser , e de conhecimento que o valor de resistência está inversamente proporcional ao valor da corrente, ou seja, quanto maior a resistência, menor é a corrente para se desenvolver mesma tensão ou potência, sendo assim: Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 4. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 4 Onde é o valor de corrente que se tem depois de desconectado o estágio de cada restistência, é o número de estágios de resistência e é determinado por: Sabendo que: , ou seja, onde , então: E sabendo ainda que: De posse que e , e manipulando as equações acima temos: Considerando constante durante a partida e determinando o intervalo de tempo Δt para que seja retirado o reostato de partida, ou seja, variando de para , o tempo de partida será dado por: Em condições de frenagem, de maneira análoga, temos as seguintes equações: 2. Diagrama de Ligação a) Circuito de Controle O circuito de Controle tem a função de controlar a ordem da operação a ser realizada, no caso a frenagem dinâmica do motor cc com derivação. E é apresentado na figura 3. Cabe salientar, que o comando da operação de frenagem, foi executado manualmente, o que nota-se pela não Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 5. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 5 utilização de um temporizador por exemplo, ou seja, a ordem dos comandos foram executados manualmente. Figura 3 - Circuito de Controle b) Circuito de Potência A montagem do circuito de Potência foi realizada de acordo com a figura 4. Figura 4 - Circuito de Potência De acordo com o circuito de potência, nota-se que o motor considerado é um motor cc de derivação. Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 6. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 6 3. Seqüência de Operação Inicialmente realiza-se a partida do motor, processo esse feito com uma resistência de partida r1, e em seguida se realiza a frenagem da máquina. Ao pressionar a botoeira b1 alimenta-se a bobina do contator D1 que fecha seus NA (contato do circuito de controle) e energiza as bobinas do contator M, que fecha seus contatores NA do circuito de controle e de potência, o que promove a partida do motor. O processo de intertravamento da bobina D1 energiza a bobina de D2, que fecha seu contato NA do circuito de controle e energiza a bobina 1A. Essa energização da bobina 1A promove o fechamento do contato NA do circuito de controle e do circuito de potência, curto- circuitando a resistência de partida. Em seguida energiza-se a bobina do contator D3, que fecha seu contato NA energizando conseqüentemente a bobina D4, que abre seu contator NF que se encontra em série com a bobina do contator M, cortando dessa forma a alimentação da bobina do mesmo, a partir daí temos o processo de frenagem. Pressionando novamente a botoeira b1, abre-se seu contato que havia sido fechado no primeiro toque (durante a partida), alimentando dessa forma a bobina do contator F, que por sua vez fecha seu contato NA do circuito de potência, adicionando dessa maneira o reostato em paralelo com a bobina do motor. Quando esse reostato é adicionado ao circuito em paralelo com a armadura, a circulação da corrente no mesmo provoca um fluxo na armadura, e de acordo com a lei de Lenz, é produzido na armadura um fluxo no sentido contrário ao que a corrente provoca, sendo assim, há a redução gradativa da velocidade do motor, fazendo com que o tempo que o motor leva para parar seja menor do que se não houve tal proceso. O reostato montado em série com a bobina do estator tem como objetivo limitar a corrente cc. Variando a tensão de saída do varivolt trifásico, altera-se o valor da corrente contínua, o que permite variar o intervalo de tempo do regime de frenagem. 4. Escolha do motor Os dados do motor escolhido estão abaixo, e seu catálogo está em anexo (figuras 5 e 6): Modelo: 1GG5 108-0ED40 Fabricante: Siemens 5. Cálculo dos parâmetros do motor Dados fornecidos pelo fabricante (figuras 5 e 6): = 310 V; = 6,15 A; = 1,37 kW; = 10,1 N.m; = 1600 rpm; ; = 0,64; = 40,5 mH; J= 0,025 Kg.m². Considerando que se deseja limitar a Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 7. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 7 corrente de partida em 2,0 pu , devido às características dos motores de corrente contínua. E considerando ainda que o motor esteja operando com carga de 50% da nominal. Sabendo que , onde é a corrente de acordo com a carga aplicada ao motor, daí considera-se inicialmente que , uma vez que Baseado nos valores fornecidos pode-se calcular: Logo para o controle da corrente de partida, será necessário apenas um estágio de resistência com o valor de . Sendo , ou seja, resistência de armadura mais resistência externa para controle de corrente, que tem o valor de . O tempo para curto-circuitar a resistência de partida é de: De posse que , para o processo de frenagem, de acordo com as equações especificadas na introdução teórica acima temos corrente, conjugado e tempo de frenagem respectivamente: Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 8. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 8 6. Dimensionamento de contatores e equipamentos de proteção De acordo com os diagramas de controle e de potência, deve-se dimensionar: b1, D1, D2, D3, D4, M, 1A e F, além dos fusíveis de proteção e dos relés térmicos. Dispositivos estes apresentados tanto no diagrama de controle quanto no de potência (figuras 3 e 4). Os contatores escolhidos são especialmente para corrente contínua com categoria de emprego DC1 e DC3. Os contatores para esse tipo de corrente possuem uma distância maior entre seus contatos, para impedir a formação do arco elétrico, o que poderia comprometer tanto o sistema quanto os equipamentos a eles conectados. Como a corrente de partida foi limitada em apenas 2 vezes a nominal, não apresentará um pico de corrente alto, quando comparado com o nível que a corrente alcança em acionamentos estrela-triângulo, partida direta, entre outras. Para o dimensionamento dos contatores, temos: Contatores 1A e 2A: Esses contatores podem ser aplicados à categoria DC1, pois são acionados durante o funcionamento normal da máquina. Observando o catálogo de contatores em anexo na figura 7,a melhor opção é o contator AL9, apropriado para tensões menores do que 440 V, no caso a tensão aplicada é 310 V, possui uma corrente = 10 A que é maior do que a corrente nominal do motor. Esse contator será aplicado aos contatores: b1, D1, D2, D3, D4 e 1A. Contatores M e F Esses contatores podem ser aplicados à categoria DC3, pois seu funcionamento envolve situações que merecem uma atenção maior, como por exemplo partida, além de ser aplicada a um motor shunt. Observando o catálogo de contatores em anexo na figura 8,a melhor opção é o contator AL12, apropriado para tensões menores do que 440 V, no caso a tensão aplicada é 310 V, possui uma corrente = 7 A que é maior do que a corrente nominal do motor. Relé Térmico No caso de motores de corrente contínua, a corrente de ajuste é igual a corrente nominal, portanto, , sendo assim o relé térmico escolhido é o de faixa de corrente de 5,6 a 8 A, que é o relé RW17-1D3-U008, que atuará em 5 s, tempo menor que o tempo de partida do motor, o que representa uma ótima coordenação, entre contatores e relés. Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 9. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 9 Fusíveis Enquanto que o fusível selecionado foi escolhido baseando nas características do relé térmico escolhido, que solicita para a coordenação ideal entre tais dispositivos, um fusível de corrente máxima igual a 20 A, como observado nas figuras 9 e 10. Dessa forma, têm-se a coordenação entre fusíveis, relés térmicos e contatores, de forma que todo o processo de acionamento e frenagem seja realizado com sucesso. O fusível escolhido é o 5SB2 71, que possui suas características descritas na figura 10 do anexo. 7. Conclusão A utilização de motores de corrente contínua não é tão acentuada quanto a de motores de corrente alternada, porém não menos importante. E requer, similar aos motores C.A., formas de controle de maneira a se ter a eficiência deseja para tal equipamento. O dimensionamento tanto do acionamento quanto da proteção de máquinas, sejam elas C.C. ou C.A., deve ser feito de forma consciente e baseado em valores fornecidos pelo fabricando da máquina que se deseja proteger, de forma a manter a integridade tanto do sistema quanto do equipamento. 8. Referências Bibliográficas http://www.automation.siemens.com/mcms/infocenter/dokumentencenter/ld/Documentsu20C atalogs/dc-motor/da12-2008-en.pdf http://www.weg.net/files/products/WEG-contatores-e-reles-de-sobrecarga-catalogo-completo- 50026112-catalogo-portugues-br.pdf http://www.itapeva.unesp.br/docentes/manoel/fusiveis%5B1%5D.pdf http://www.valog.com.br/site/pdf/abbmanobra-catalogogeral2006.pdf BIM, E. Máquinas Elétricas e Acionamento. Unicamp FITZGERALD, A. E. Máquinas Elétricas com introdução à eletrônica de potência. Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 10. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 10 9. Anexos Figura 5 - Catálogo Motor Escolhido Figura 6 - Características Mecânicas do Motor Escolhido Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 11. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 11 Figura 7 - Catálogo Contatores categoria DC1 Figura 8 - Catálogo Contatores categoria DC3 Figura 9 - Catálogo de Relé Térmico Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060
  • 12. Frenagem Dinâmica de Motor de Corrente Contínua com Derivação 12 Figura 10 - Catálogo Fusíveis Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Elétrica – UFU/FEELT – Claudinei Alves Rocha – 11011EEL060