O documento descreve a evolução histórica da tabela periódica dos elementos, desde as primeiras tentativas de classificação no século XVIII até à forma atual. Detalha 11 etapas-chave, incluindo os trabalhos iniciais de Lavoisier, Newlands e Meyer, e o desenvolvimento final da tabela periódica por Mendeleev e Moseley no século XIX.
2. INTRODUÇÃO
Um pré-requisito necessário para a construção da tabela periódica, foi
a descoberta individual dos elementos químicos, embora elementos, como o
Ouro (Au), a Prata (Ag), o Estanho (Sn), o Cobre (Cu), o Chumbo (Pb) e o
Mercúrio (Hg) fossem conhecidos desde a antiguidade.
A primeira descoberta científica de um elemento, ocorreu em 1669,
quando o Henning Brand descobriu o fósforo.
Durante os 200 anos seguintes, foi adquirido um grande volume de
conhecimento relativo às propriedades dos elementos. Com o aumento do
número de elementos descobertos, os cientistas iniciaram a investigação de
modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de
classificação.
3. Continuação…
Antes de 1770 os elementos até então descobertos não estavam
organizados uma vez que ninguém sabia como agrupá-los.
A tabela periódica nem sempre foi assim, organizada e completa.
Dispor os elementos obedecendo às suas semelhanças já foi motivo de muita
discussão e estudo científico, e, embora a tabela atual seja mais eficiente, a sua
formação é derivada de muitas outras.
É muito útil para se preverem as características e tendências dos
átomos como: verificar quais são metais, quais os mais densos, os mais
pesados, os mais reativos, qual tem maior raio atómico ou energia de
ionização.
4. 1ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
ANTOINE LAVOISIER, 1789
Em 1789 foi publicada a
primeira lista extensiva que
continha 33 elementos e dividia-os
em metais e não-metais. Alguns
dos elementos era compostos e
misturas.
Esta lista foi criada por
Antoine Lavoisier, um químico
francês, que trabalhou nesta lista
de 1770-1789.
5. 2ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
JÖNS JAKOB BERZELIUS e JOHN DALTON,
1828
Jöns Jakob Berzelius e John Dalton preparam uma
lista de elementos químicos em que os agrupavam segundo
os seus pesos, cujas massas atómicas já eram então
conhecidas.
Muitos desses valores estavam longe dos atuais,
devido à ocorrência de erros na sua determinação. Os erros
foram corrigidos por outros cientistas.
Os elementos não estavam listados em qualquer
arranjo ou modelo periódico, mas simplesmente por ordem
crescente da sua massa atómica. Os químicos, ao estudar
essa lista, concluíram que ela não estava muito clara, pois os
elementos Cloro, Bromo e Iodo, que tinham propriedades
químicas semelhantes, apresentavam massas atómicas muito
separadas.
6. 3ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
JOHANN WOLFGANG DÖBEREINER, 1829
Em 1829, Johann Döbereiner observou que muitos dos elementos
poderiam ser agrupados em tríades, ou seja grupos de três elementos com
propriedades semelhantes, iniciando a noção de grupo.
Por exemplo o lítio, sódio e potássio, foram agrupados como sendo
metais reativos frágeis. Johann Döbereiner observou também que, quando
organizados por peso atómico, o segundo membro de cada tríade tinha
aproximadamente a média do primeiro e do terceiro, isto designa-se lei das
tríades.
7. 4ª ORGANIZAÇÕES DE ELEMENTOS
LEOPOLD GMELIN, 1843 / AUGUST KEKULÉ, 1858
O químico alemão Leopold Gmelin trabalhou com o sistema das
tríades e por volta de 1843 ele tinha identificado dez tríades, três grupos de
quatro, e um grupo de cinco. Jean Baptiste Dumas publicou um trabalho em
1857 descrevendo as relações entre os diversos grupos de metais.
Embora houvesse diversos químicos capazes de identificar relações
entre pequenos grupos de elementos, não havia ainda um esquema capaz de
abranger todos eles.
August Kekulé foi o primeiro químico a estudar as ligações existentes
entre elementos, introduzindo assim o termo valência. O químico alemão
Julius Meyer publicou uma tabela com os 49 elementos conhecidos
organizados pela valência, esta revelava que os elementos com propriedades
semelhantes frequentemente possuíam a mesma valência.
8.
9. 5ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
ALEXANDRE BÉGUYER DE CHANCOURTOIS, 1862
Em 1862, Alexandre Béguyer de Chancourtois criou o
modelo Parafuso Telúrico. Os elementos eram agrupados em ordem
crescente de massa atómica por uma linha espiral em volta de um
cilindro(em forma de um parafuso), em que havia 16 elementos
em cada volta. Os elementos com características semelhantes
ficavam em baixo de outros.
10. ALEXANDRE BÉGUYER DE
CHANCOURTOIS
Por exemplo, o Boro (B) está
alinhado com o Alumínio (Al) e
hoje esses dois elementos
pertencem à mesma família
(família 3) da Tabela Periódica.
11. 6ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
JOHN NEWLANDS, 1864
O químico inglês John Newlands publicou uma série de trabalhos de
1863 a 1866 que descreviam a sua tentativa de classificar os elementos.
Numa tabela ele colocou os elementos agrupados de sete em sete, em
ordem crescente de massa atómica, e reparou que o primeiro elemento tinha
propriedades semelhantes ao oitavo, e assim por diante. Ele chamou de Lei das
oitavas porque as características se repetiam de sete em sete, como as notas
musicais.
A Lei das oitavas tinha alguns
erros, ela só funcionava
corretamente nas duas
primeiras oitavas. No entanto
os elementos mantinham se na
mesma coluna, mesmo não
sendo com características
semelhantes.
12. 7ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
LOTHAR MEYER, 1869
Meyer procurou calcular o volume atómico dos 63 elementos
descobertos até então.
Em 1869, Meyer mostrou a ligação de periodicidade entre volume
atómico e massa atómica, traçando um gráfico destas propriedades. Após isso
ele tentou mostrar a mesma ligação de periodicidade de outras propriedades
dos elementos, em função da massa atómica.
Praticamente na mesma época, Dmitri Mendeleev consegue mostrar
uma ligação de periodicidade de várias propriedades dos elementos em função
da massa atómica.
14. 8ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
DMITRI MENDELEEV, 1869
Em 1869, Mendeleev enquanto escrevia o seu livro de química
inorgânica, organizou os elementos na forma da tabela periódica atual.
Mendeleev criou uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos.
Cada carta continha o símbolo do elemento, a massa atómica e as suas
propriedades químicas e físicas.
Ordenou os 63 elementos químicos, por ordem crescente de peso
atómico, de certa forma que, na vertical ficavam os elementos com propriedades
químicas semelhantes, constituindo as famílias químicas.
A classificação de Mendeleev deixava espaços vazios na tabela quando
parecia que o elemento ainda não tinha sido descoberto, prevendo as propriedades
do mesmo.
Formou-se então a tabela periódica.
A vantagem da tabela periódica de Mendeleev sobre as outras, é que esta
mostrava semelhanças, não apenas em pequenos conjuntos como as tríades, mas
semelhanças na vertical, horizontal e diagonal.
Em 1906, Mendeleev recebeu o Prémio Nobel por este trabalho.
16. 9ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
WILLIAM RAMSAY, 1894-1898
William Ramsay entre 1885 e 1890 publicou estudos sobre os
óxidos de nitrogénio.
Descobriu cinco elementos gasoso inertes, os gases nobres:
o árgon em 1894 com a ajuda de Rayleigh;
o hélio, em 1895
o crípton, o néon e o xénon, em 1898 com Morris Travers
Recebeu o Nobel de Química de 1904, em reconhecimento de
seus trabalhos sobre os gases e da determinação da posição que ocupam
no sistema periódico.
18. 10ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
HENRY MOSELEY, 1913
Em 1913, Henry Moseley examinou o espectro de raios x dos
elementos, e descobriu que todos os átomos de um mesmo elemento
químico apresentavam a mesma carga nuclear, portanto, tinham o mesmo
número de protões, que consistem no número atómico do elemento. Foi o
primeiro a conseguir determinar os números atómicos dos elementos com
precisão.
Não demorou muito tempo para que se chegasse à conclusão que
os elementos ficariam num modelo mais regular, se tivessem organizados
numa tabela por ordem crescente do seu número atómico, em vez da
massa atómica.
A lei periódica, estabelece que quando os elementos colocados
numa lista, sequencialmente, em ordem crescente de seu número atómico,
é observada uma repetição periódica nas suas propriedades.
20. 11ª ORGANIZAÇÃO DE ELEMENTOS
GLENN SEABORG, 1940…
A última maior alteração na tabela periódica, resultou do trabalho
de Glenn Seaborg.
A partir da descoberta do plutónio em 1940, Seaborg descobriu
todos os elementos transurânicos (elementos de números atómicos 94 até
102).
Reconfigurou a tabela periódica colocando a série dos actinídeos
abaixo da série dos lantanídeos.
Em 1951, Seaborg recebeu o Prémio Nobel em química, pelo seu
trabalho.
O elemento 106 tabela periódica é chamado Seabórgio, em sua
homenagem. O sistema de numeração dos grupos da tabela periódica,
usados atualmente, são recomendados pela União Internacional de
Química Pura e Aplicada (IUPAC).
23. TABELA PERIÓDICA
Os elementos estão colocados em faixas horizontais (períodos) e
faixas verticais (grupos ou famílias).
Num grupo, os elementos têm propriedades semelhantes e num
período, as propriedades são diferentes.
Na tabela há sete períodos e 18 grupos.
FAMÍLIAS dos elementos mais conhecidas:
-Metais Alcalino (Grupo 1)
-Metais Alcalino-terrosos (Grupo 2)
-Familia do oxigénio ou Calcogéneo (Grupo 16)
-Halogéneos (Grupo 17)
-Gases Nobres (Grupo 18)