O documento discute a sociologia da educação e como ela estuda as relações entre indivíduos na escola e como a escola é influenciada pela sociedade. Também analisa os paradigmas do consenso e do conflito na educação e como a escola pode tanto reproduzir quanto transformar a sociedade.
1. UNIVERSIDADEREGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL – UNIJUÍ
ALUNO(A): CLAUDETE DE FATIMA MONTEIRO MENEGATT
TRABALHO DE SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Estudandoesta disciplina percebe-se a diferenciação das demais ciências sociais pela
abrangência de seu objeto de estudo, a sociologia busca conhecer, mediante métodos
científicos,atotalidade darealidadesocial,partindode umatentativade entender as ideias e
posições divididas entre dois olhares o da educação e da sociedade, o olhar sociológico na
educação, estudaas causas e efeitosdasrelações que se estabelecem entre os indivíduos na
escola, as relações sociais, as transformações por que passam essas relações, como também
as estruturas, instituições e costumes que têm origem nelas. E, com certeza, discutir as
mudanças que o processo de modernização trouxe para a vida das pessoas.
Parece-nos bastante claro que as teorias pedagógicas imbuídas de um sentimento de
resistência e transformação, que tomaram o espaço escolar como um território do conflito.
Afinal, se estes propõem saídas e mudanças a partir de uma funcionalização do sistema
educacional, suas propostas só puderam ganhar forma na medida em que a consciência
política acerca do papel reprodutor da escola se difundiu.
RepresentadoporDurkheim,Comte, oparadigmado consenso,osvaloresemcomum e
a cooperação entre professores e alunos é essencial para que a escola funcione, além de
ensinarconteúdos,aescoladeveriamoralizare,paratal,punir as infrações as normas que são
usadas consciente e rapidamente contra os transgressores das normas estabelecida.
A escola era vista como possibilidade de progresso e mobilidade social é tributária de
uma visãoliberalista,formadaapartirdo século XVIII, onde todos podem adquiri um lugar ao
sol, desde que busquem atingir metas para evoluir.
È interessante frisarque oparadigmadoconsenso,emconcordânciacomo positivismo,
o funcionalismoe odarwinismosocial;buscavaaconservaçãoda sociedade, a reprodução das
estruturasexistentes,poisoparadigmadoconsensonãoconsideraosconflitosno interior dos
sistemas educacionais.
2. RepresentadoporMarx,o paradigmado conflitoenxergaaescolacomo uma instituição
que impõem valores e que, portanto, gera conflitos entre professores e alunos.
Os ditos professores seriam representantes da cultura dominante e os educando da
cultura local, desmotivando a aprendizagem, já que usam linguagens e possuem valores
diferentes, passandoa existirconflitosnointeriordas categorias, entre professores ou entre
alunos.
É por isto que podemos afirmar que o paradigma do conflito é útil para revelar as
tensõese oposiçõesdentrodaescola,contudo,tende a enxergar conflitos onde não existem.
Apesar das boas intenções, a verdade é que o manifesto não fez mais que fomentar o
tradicionalismo, ajudando a criar um ensino dualista: de um lado a educação publica e sem
qualidade e de outro as escolas particulares cobrando pelo serviço prestado.
Assim, deveria ser função da escola estabelecer uma articulação com o meio social,
coordenando,disciplinandoe consolidandoexperiências fragmentárias colhidas no ambiente
da criança, servindo como modelo para a sociedade.
No entanto, a escola teria um papel limitado diante do poder coercitivo de outra
instituição, a família, responsável pela formação de grande parte dos padrões sociais.
Embora a escolatenhaum papel limitado,umelemento pertencente a instituição seria
de fundamental importância na formação de padrões sociais, justamente o educador.
A educação faz parte da estrutura da sociedade, sendo uma herança histórico-social,
desde aeducação familiar(maisespontânea,materna,comênfase mais na moral que procura
desgastar na medida do possível nossos instintos mais egoístas) até a educação formal, que
procura mostrar-nos como viver em sociedade e como sermos capazes de contribuir para a
nossa própria sobrevivência, afinal a educação tem papel impulsionador no processo de
crescimentoeconômicoe é instrumentode oportunidadese redistribuiçãode bens e serviços,
assim podemos perceber que as praticas pedagógicas estão diretamente relacionadas à
estruturasocial a que pertence,aescola de um modo geral tem procurado fazer seu papel de
socializador do individuo, mas isso também acaba gerando alguns conflitos.
A situação em si já gera conflitos, culturais, preconceitos e racismo. Diante disso, os
professores tentam encontrar uma maneira de resolver tais conflitos. Isso exige grande
comprometimentodosprofessores. A partirdaí, diferentestécnicassão utilizadas, ou melhor,
diferentes maneiras de se tentar aproximar dos alunos.
3. As tentativas são muitas, transitando do autoritarismo, onde os professores buscam
impor sua autoridade diante dos alunos (tentativa essa que não gera bons resultados,
considerandoahostilidade dos mesmos) à pedagogia progressista, que enfatiza o aluno, que
considera e valoriza as experiências e vivências dos alunos, porém tanto uma quanto outra,
não surtem efeitos satisfatórios. O que nos leva a concluir que não há uma receita pronta de
como se atingir êxito em nossa prática, mas que devemos levar em conta, a sociedade e a
cultura, comprometendo-nos a buscar sempre novas formas de transferir o conhecimento,
despertandoopensamentocríticodosalunos, porém de maneira a fazê-los perceberem seus
papéis na sociedade. Sabendo-se cidadão atuante, porém com obrigações. Reconhecer-se
importante sem desconsiderar a importância do outro.
Sob essaperspectiva,é precisoconsiderar que o processo de modernização não trouxe
benefício a todos, como discurso socialmente construído para estabelecer e promover uma
reflexãosobre políticassociaisque transformaramavidade boaparte da populaçãobrasileira.
Neste sentido, muitas pessoas, além de não terem acesso aos supostos benefícios da
modernização, tiveram, ainda, o rumo da história de suas vidas completamente alterado.
Deve ser ressaltada, ainda, a ideia de que esse processo não se deu de maneira
homogêneaemtodooBrasil.Diante dessarealidade,ossujeitoscomuns,ouseja, a população
era “examinada”, analisada, estudada e educada de acordo com os pressupostos médicos e
higienistasdaépoca.Sujeitoscomdiferentesexperiênciasde vidae diferentes modos de lidar
com as coisas do mundo eram percebidos praticamente de uma única maneira: como
vagabundos, malandros ou vadios.
Váriosobstáculosimpediramaconstituiçãodasociologiacomociência,desde que ela
surgiu,noséculoXIX.Entre os maisimportantescitam-se ainexistênciade terminologiaclara e
precisa;a tendênciaasubjetivarosfatossociais;amultiplicidade de temas de seu interesse e
aplicação; as afinidades partilhadas com outras ciências sociais; a dificuldade de
experimentação,jáque oselementos com que lidam são seres humanos; e a proliferação de
métodos, técnicas e escolas que tentaram elaborar uma teoria sociológica unificada como
construçãode elementos e de processos que constitui-se na pesquisa sobre a relação com o
saber do mundo.
A sociologia nos permite entender melhor a nossa função enquanto educadores, e a
importância do nosso trabalho dentro de uma sociedade.
Após estudos, discussões e análises, chegamos à conclusão que não há receitas prontas.
Cada pessoa tem sua própria maneira de ver a sociedade, o que envolve valores e culturas
4. diferentes.
Toda sociedade organiza-se à sua maneira, ou seja, possui um sistema cultural que
determina padrões, com normas características que devem ser obedecidas e respeitadas
tendo hábitos e costumes. Assim sendo, a sociologia tem o papel de estudar a dinâmica das
sociedades.
Atravésda sociologiabuscamosinterpretarcomoohomem se relaciona em sociedade e
como isso influencia na transformação da mesma.
A sociologiaé um tipo de interpretação e de conhecimento de tudo o que se relaciona
com o homem e com a vida humana, um método de investigação que busca identificar,
descrever, interpretar, relacionar, e explicar regularidades da vida social.
É cada vezmais frequenteousode drogas na adolescênciae juventude,emespecial o tabaco
e o álcool e que são consideradas porta de entrada para outros tipos de drogas.
A violência na escola, vista como fenômeno social precisa de uma articulação com
analise por parte dos professores e diretores, baseada na sociedade que vivem.
A escola deve ser mais atrativa que a droga, que a violência, oferecendo não só conteúdos
básicos, mas também passando valores que os afastarão destas armadilhas. A escola precisa
desenvolver uma política de prevenção escolar própria com regras claras e definidas. É
fundamental fornecer informações sobre os riscos que os alunos correm demonstrar,
preocupação,saberouvir,nãojulgare encaminharparaprofissionaise serviçosespecializados
quando necessário.
Nessa política de prevenção família e escola têm papel fundamental, devem cuidar
estabelecer limites, orientar e ser ponto de apoio aos jovens.
Os autoresclaramente indicamque,nadécadade 1960, Bourdieuofereceuum“novomodelo”
de interpretaçãosobre escolae a educaçãoque,ao menosnum primeiro momento, apareceu
como “capaz de explicartudooque a perspectivaanterior não conseguia”, pois na instituição
social em que as pessoas enxergavam “igualdade de oportunidades, meritocracia, justiça
social, Bourdieu passa a ver reprodução e legitimação das desigualdades sociais.” Apontam,
igualmente,que navisãodosociólogoaescolaperdeuseupapel de instância“transformadora
e democratizadoradassociedades”e passoua ser vista como “uma das principais instituições
por meiodaqual se mantême se legitimamosprivilégiossociais.”(p.14-15).De acordo com os
autores, portanto, a obra de Bourdieu demonstra que “a cultura escolar, socialmente
legitimada, seria, basicamente, a cultura imposta como legitima pelas classes dominantes.”
(p.85)
5. ...um novo prisma de análise, que somente desponta no procura dentro da escola o que lhe é
específico, sem descuidar nem horizonte da pesquisa educacional e, ainda assim, com alcance muito
restrito: falamos de uma perspectiva de análise que incorpora o contexto socioeconômico e político
de forma menos fatalista e que do indivíduo nem do social, mas procurando incorporar a categoria
"totalidade" na análise da prática escolar. (Idem, p. 12)
Com a chegada da década de 80, portanto, a crítica ao positivismo e ao caráter
demasiadamente genérico das enquetes estatísticas– distantes dos problemas das escolas e
das salasde aula – provocouuma viradahegemônicanocampodas estratégiasmetodológicas
na sociologia da educação. Os estudos de caso, a observação participante e as estratégias de
pesquisa qualitativa foram gradativamente dominando a pesquisa em educação. Essa
mudançaocorreu com tal ênfase nessasduasúltimasdécadasque,emdeterminadosfóruns, a
presença de estatísticas educacionais passou a ser associada, com boa dose de preconceito,
aos "aparelhos do Estado". As "abordagens etnográficas", histórias de vida e entrevistas em
profundidade tornaram-se osrecursospreferenciaisdasabordagensmicrossociais que, ainda,
neste final de década,dominamapesquisanasociologiadaeducação.Porém diferentemente
da expectativa que expressávamos em 82, a proliferação dessas abordagens indica que o
"novomovimentoteórico"de articulaçãoentre asperspectivasmacroe micro,a que se referiu
Alexander (1987), não encontrou muitos adeptos entre nós.
Entretanto, rediscutir a avaliação educacional impulsionada quer pelas políticas
neoliberais, quer pelas estratégias de aprofundamento das políticas de democratização –
como a institucionalização dos ciclos escolares ou a promoção automática – trouxe um novo
impulso às análises macrossociais e ao recurso às estatísticas para a caracterização, análise e
interpretação dos sistemas escolares em suas relações internas (subsistemas estaduais,
municipais, privados etc.) e externas (perfis familiares, características socioculturais dos
professores, categorias socioprofissionais das populações etc.).
Tudo indicaque a ligaçãodosníveismacro e microssocial tem-se tornado um horizonte
cada vezmais atraente paraaquelesque tomamconsciênciadainextrincável complexidade do
mundo social e, nele, da educação.