SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 10
Nome autores
O imaginário épico em O
sentimento dum
Ocidental
«A estrutura narrativa do poema, perfazendo a epopeia moderna
possível depois de Camões e da entrada na era da suspeição que a
modernidade traz consigo, articula-se com a manifestação de uma
progressiva entrada numa Lisboa noturna […].»
Helena Carvalhão Buescu
O imaginário épico
O imaginário épico – Camões
O poema O sentimento dum Ocidental foi publicado em 1880, por ocasião dos
festejos do tricentenário da morte de Camões, daí que a viagem que o sujeito
poético faz pela cidade de Lisboa passe, propositadamente, pela estátua do poeta
e que este e a sua epopeia sejam evocados:
«Luta Camões no Sul, salvando um livro, a nado!» (Ave-Marias, v. 23)
«Brônzeo, monumental, de proporções guerreiras,/Um épico d’outrora ascende, num
pilar!» (Noite fechada, vv. 23-24)
O imaginário épico
O imaginário épico – Camões
Cesário Verde desenvolve, ao longo das 44 quadras, não a exaltação de uma nação, mas sim uma
crítica social à sociedade moderna, tecnicamente evoluída, no entanto, humanamente
decadente, quando comparada com o passado glorioso, feito de conquistas, facto que a
descrição da estátua de Camões revela.
«Mas num recinto público e vulgar,/Com bancos de namoro e exíguas pimenteiras,/Brônzeo,
monumental, de proporções guerreiras,/Um épico d’outrora ascende, num pilar!» (Noite fechada, vv.
21-24)
O imaginário épico
O imaginário épico – a epopeia
O poema aproxima-se do género épico, ao apresentar algumas marcas
específicas da epopeia:
Estruturação: poema longo com pendor narrativo;
Organização do poema enquanto viagem individual que representa a viagem de
uma entidade coletiva (a nação ou a civilização ocidental);
Reflexão sobre um povo (o seu passado, o presente e o futuro revelados ou
pressentidos na cidade);
Importância das referências temporais (descrição do presente por
contraste com o passado).
O imaginário épico
O imaginário épico – a epopeia
A viagem que o poeta faz pela cidade pode ser lida como atualização da viagem marítima,
narrada na epopeia Os Lusíadas (primeira e última parte).
Ave-Marias
Evocação de referências marítimas:
«E evoco, então, as crónicas navais» (v. 21)
«E algumas, à cabeça, embalam nas canastras/Os filhos que
depois naufragam nas tormentas» (vv. 39-40)
Surgimento de uma nova raça, semelhante à dos heróis dos Descobrimentos:
«Ah! Como a raça ruiva do porvir,/E as frotas dos avós, e os nómadas
ardentes,/Nós vamos explorar todos os continentes» (vv. 21-23)
Horas mortas
O imaginário épico
O imaginário épico – o antiépico
Neste poema, verifica-se, contudo, a subversão da matéria épica na descrição do presente.
«Ou erro pelos cais a que se atracam botes. / E evoco então as crónicas navais: […] / Singram soberba
naus que eu não verei jamais!” (Ave-Marias, vv. 20 e 24)
A composição poética, ao longo das quatro partes que a constituem, denuncia, em tom pessimista e
melancólico, a realidade opressora e decadente do país que outrora fora um império (o épico):
«De um couraçado inglês vogam os escaleres;» (Ave-Marias, v. 26)
«E, enorme, nesta massa irregular/De prédios sepulcrais, com dimensões de montes,/A dor
humana busca os amplos horizontes,/E tem marés, de fel, como um sinistro mar!» (Horas mortas,
vv. 41-44)
O imaginário épico
O imaginário épico
Consolida
1. Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações.
Solução
O sentimento dum Ocidental convoca algumas marcas do género épico.
A
O facto de o poema ser longo aproxima-o do género épico.
B
A deambulação do sujeito poético pela cidade implica uma reflexão apenas de caráter pessoal.
C
A viagem do eu lírico permite a observação da prosperidade do povo português, que vive numa
sociedade justa.
D
Verdadeira
Verdadeira
Falsa
Falsa
Cesário elogia a civilização ocidental, considerando-a moderna e técnica e humanamente evoluída.
E
Falsa
O imaginário épico
1. Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações.
Solução
Camões, em O sentimento dum Ocidental, é uma figura de referência, associada ao passado glorioso
da nação.
F
Verdadeira
Neste poema longo, existe uma oposição entre um passado imponente e um presente decaído.
G
Verdadeira
Em O sentimento dum Ocidental, verifica-se predominantemente um tom eufórico, marcado pelo
otimismo e pela esperança.
H
Falsa
A referência à estátua de Camões é simbólica e intencional.
I
Verdadeira
Existe em O sentimento dum Ocidental uma aproximação à epopeia camoniana.
J
Verdadeira
O imaginário épico

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Caracteristicas de Cesário Verde
Caracteristicas de Cesário VerdeCaracteristicas de Cesário Verde
Caracteristicas de Cesário VerdeMariaVerde1995
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...FilipaFonseca
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaDina Baptista
 
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasFrei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasMaria Rodrigues
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lurdes Augusto
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesvermar2010
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Noite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeNoite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeDina Baptista
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoLurdes Augusto
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousananasimao
 
Lírica camoniana
Lírica camoniana Lírica camoniana
Lírica camoniana Sara Afonso
 
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoA sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoJoana Filipa Rodrigues
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoAlexandra Canané
 

Was ist angesagt? (20)

Caracteristicas de Cesário Verde
Caracteristicas de Cesário VerdeCaracteristicas de Cesário Verde
Caracteristicas de Cesário Verde
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
 
Ricardo reis
Ricardo reisRicardo reis
Ricardo reis
 
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasFrei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
Os Maias - personagens
Os Maias - personagensOs Maias - personagens
Os Maias - personagens
 
Noite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeNoite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário Verde
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
 
Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97
 
O resumo de Os Maias
O resumo de Os MaiasO resumo de Os Maias
O resumo de Os Maias
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
Canto viii 96_99
Canto viii 96_99Canto viii 96_99
Canto viii 96_99
 
Lírica camoniana
Lírica camoniana Lírica camoniana
Lírica camoniana
 
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoA sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
 

Ähnlich wie O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx

Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesHerança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesCiceroMarcosSantos1
 
Ft21 Lusiadas Textos Introdutorios
Ft21 Lusiadas Textos IntrodutoriosFt21 Lusiadas Textos Introdutorios
Ft21 Lusiadas Textos IntrodutoriosFernanda Soares
 
10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte ALurdes Augusto
 
_O sentimento dum ocidental__ visão global.pptx
_O sentimento dum ocidental__ visão global.pptx_O sentimento dum ocidental__ visão global.pptx
_O sentimento dum ocidental__ visão global.pptxDiogoMorais45
 
Ficha informativa sobre Cesário Verde
Ficha informativa sobre Cesário VerdeFicha informativa sobre Cesário Verde
Ficha informativa sobre Cesário Verdecomplementoindirecto
 
Navio Negreiro Castro Alves slidesss.pdf
Navio Negreiro Castro Alves slidesss.pdfNavio Negreiro Castro Alves slidesss.pdf
Navio Negreiro Castro Alves slidesss.pdfmariaclaraqualhato2
 
Visão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
Visão geral d´Os Lusíadas.pptttttttttttttttttttttttttttttttttttttttVisão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
Visão geral d´Os Lusíadas.pptttttttttttttttttttttttttttttttttttttttMatildeSilva37
 
Narrativa épica texto_de_apoio_Lusíadas
Narrativa épica texto_de_apoio_LusíadasNarrativa épica texto_de_apoio_Lusíadas
Narrativa épica texto_de_apoio_LusíadasCarla Ribeiro
 
As naus - Lobo Antunes
As naus  - Lobo AntunesAs naus  - Lobo Antunes
As naus - Lobo AntunesMariana Klafke
 
o_sentimento_dum_ocidental.pptx
o_sentimento_dum_ocidental.pptxo_sentimento_dum_ocidental.pptx
o_sentimento_dum_ocidental.pptxMaria Cardoso
 
Lusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciaisLusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciaisMariaGuida
 

Ähnlich wie O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx (20)

Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesHerança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
 
Ft21 Lusiadas Textos Introdutorios
Ft21 Lusiadas Textos IntrodutoriosFt21 Lusiadas Textos Introdutorios
Ft21 Lusiadas Textos Introdutorios
 
Classicismo
Classicismo Classicismo
Classicismo
 
10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
_O sentimento dum ocidental__ visão global.pptx
_O sentimento dum ocidental__ visão global.pptx_O sentimento dum ocidental__ visão global.pptx
_O sentimento dum ocidental__ visão global.pptx
 
Ficha informativa sobre Cesário Verde
Ficha informativa sobre Cesário VerdeFicha informativa sobre Cesário Verde
Ficha informativa sobre Cesário Verde
 
Heroísmo épico
Heroísmo épicoHeroísmo épico
Heroísmo épico
 
Navio Negreiro Castro Alves slidesss.pdf
Navio Negreiro Castro Alves slidesss.pdfNavio Negreiro Castro Alves slidesss.pdf
Navio Negreiro Castro Alves slidesss.pdf
 
Visão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
Visão geral d´Os Lusíadas.pptttttttttttttttttttttttttttttttttttttttVisão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
Visão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
 
Narrativa épica texto_de_apoio_Lusíadas
Narrativa épica texto_de_apoio_LusíadasNarrativa épica texto_de_apoio_Lusíadas
Narrativa épica texto_de_apoio_Lusíadas
 
As naus - Lobo Antunes
As naus  - Lobo AntunesAs naus  - Lobo Antunes
As naus - Lobo Antunes
 
OS Lusíadas
OS LusíadasOS Lusíadas
OS Lusíadas
 
Camões lírico-épico-vb
Camões lírico-épico-vbCamões lírico-épico-vb
Camões lírico-épico-vb
 
Camões e a epopeia
Camões e a epopeiaCamões e a epopeia
Camões e a epopeia
 
o_sentimento_dum_ocidental.pptx
o_sentimento_dum_ocidental.pptxo_sentimento_dum_ocidental.pptx
o_sentimento_dum_ocidental.pptx
 
Lusiadas 10º ano
Lusiadas 10º anoLusiadas 10º ano
Lusiadas 10º ano
 
Lusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciaisLusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciais
 
Abilio
AbilioAbilio
Abilio
 
Classicismo[1]
Classicismo[1]Classicismo[1]
Classicismo[1]
 

Mehr von CecliaGomes25

Apresentação 4.pptx
Apresentação 4.pptxApresentação 4.pptx
Apresentação 4.pptxCecliaGomes25
 
Ética Kantiana (1).pptx
Ética Kantiana (1).pptxÉtica Kantiana (1).pptx
Ética Kantiana (1).pptxCecliaGomes25
 
Port.-da-1a-rep.-a-ditadura-militar.pdf
Port.-da-1a-rep.-a-ditadura-militar.pdfPort.-da-1a-rep.-a-ditadura-militar.pdf
Port.-da-1a-rep.-a-ditadura-militar.pdfCecliaGomes25
 
Determinismo e liberdade na ação humana.pptx
Determinismo e liberdade na ação humana.pptxDeterminismo e liberdade na ação humana.pptx
Determinismo e liberdade na ação humana.pptxCecliaGomes25
 
A dimensão trágica em _Frei Luís de Sousa_.pptx
A dimensão trágica em _Frei Luís de Sousa_.pptxA dimensão trágica em _Frei Luís de Sousa_.pptx
A dimensão trágica em _Frei Luís de Sousa_.pptxCecliaGomes25
 
3_pp_ruptinovacaoarte_9a.pdf
3_pp_ruptinovacaoarte_9a.pdf3_pp_ruptinovacaoarte_9a.pdf
3_pp_ruptinovacaoarte_9a.pdfCecliaGomes25
 
Síntese da subunidade.ppt
Síntese da subunidade.pptSíntese da subunidade.ppt
Síntese da subunidade.pptCecliaGomes25
 

Mehr von CecliaGomes25 (9)

Apresentação 4.pptx
Apresentação 4.pptxApresentação 4.pptx
Apresentação 4.pptx
 
Ética Kantiana (1).pptx
Ética Kantiana (1).pptxÉtica Kantiana (1).pptx
Ética Kantiana (1).pptx
 
mensagem (1).pptx
mensagem (1).pptxmensagem (1).pptx
mensagem (1).pptx
 
Port.-da-1a-rep.-a-ditadura-militar.pdf
Port.-da-1a-rep.-a-ditadura-militar.pdfPort.-da-1a-rep.-a-ditadura-militar.pdf
Port.-da-1a-rep.-a-ditadura-militar.pdf
 
Determinismo e liberdade na ação humana.pptx
Determinismo e liberdade na ação humana.pptxDeterminismo e liberdade na ação humana.pptx
Determinismo e liberdade na ação humana.pptx
 
A dimensão trágica em _Frei Luís de Sousa_.pptx
A dimensão trágica em _Frei Luís de Sousa_.pptxA dimensão trágica em _Frei Luís de Sousa_.pptx
A dimensão trágica em _Frei Luís de Sousa_.pptx
 
3_pp_ruptinovacaoarte_9a.pdf
3_pp_ruptinovacaoarte_9a.pdf3_pp_ruptinovacaoarte_9a.pdf
3_pp_ruptinovacaoarte_9a.pdf
 
nteha12_ppt1.pptx
nteha12_ppt1.pptxnteha12_ppt1.pptx
nteha12_ppt1.pptx
 
Síntese da subunidade.ppt
Síntese da subunidade.pptSíntese da subunidade.ppt
Síntese da subunidade.ppt
 

Kürzlich hochgeladen

PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptPedro Luis Moraes
 
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAO PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAJulianeMelo17
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioDomingasMariaRomao
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 

Kürzlich hochgeladen (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAO PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 

O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx

  • 1. Nome autores O imaginário épico em O sentimento dum Ocidental
  • 2. «A estrutura narrativa do poema, perfazendo a epopeia moderna possível depois de Camões e da entrada na era da suspeição que a modernidade traz consigo, articula-se com a manifestação de uma progressiva entrada numa Lisboa noturna […].» Helena Carvalhão Buescu O imaginário épico
  • 3. O imaginário épico – Camões O poema O sentimento dum Ocidental foi publicado em 1880, por ocasião dos festejos do tricentenário da morte de Camões, daí que a viagem que o sujeito poético faz pela cidade de Lisboa passe, propositadamente, pela estátua do poeta e que este e a sua epopeia sejam evocados: «Luta Camões no Sul, salvando um livro, a nado!» (Ave-Marias, v. 23) «Brônzeo, monumental, de proporções guerreiras,/Um épico d’outrora ascende, num pilar!» (Noite fechada, vv. 23-24) O imaginário épico
  • 4. O imaginário épico – Camões Cesário Verde desenvolve, ao longo das 44 quadras, não a exaltação de uma nação, mas sim uma crítica social à sociedade moderna, tecnicamente evoluída, no entanto, humanamente decadente, quando comparada com o passado glorioso, feito de conquistas, facto que a descrição da estátua de Camões revela. «Mas num recinto público e vulgar,/Com bancos de namoro e exíguas pimenteiras,/Brônzeo, monumental, de proporções guerreiras,/Um épico d’outrora ascende, num pilar!» (Noite fechada, vv. 21-24) O imaginário épico
  • 5. O imaginário épico – a epopeia O poema aproxima-se do género épico, ao apresentar algumas marcas específicas da epopeia: Estruturação: poema longo com pendor narrativo; Organização do poema enquanto viagem individual que representa a viagem de uma entidade coletiva (a nação ou a civilização ocidental); Reflexão sobre um povo (o seu passado, o presente e o futuro revelados ou pressentidos na cidade); Importância das referências temporais (descrição do presente por contraste com o passado). O imaginário épico
  • 6. O imaginário épico – a epopeia A viagem que o poeta faz pela cidade pode ser lida como atualização da viagem marítima, narrada na epopeia Os Lusíadas (primeira e última parte). Ave-Marias Evocação de referências marítimas: «E evoco, então, as crónicas navais» (v. 21) «E algumas, à cabeça, embalam nas canastras/Os filhos que depois naufragam nas tormentas» (vv. 39-40) Surgimento de uma nova raça, semelhante à dos heróis dos Descobrimentos: «Ah! Como a raça ruiva do porvir,/E as frotas dos avós, e os nómadas ardentes,/Nós vamos explorar todos os continentes» (vv. 21-23) Horas mortas O imaginário épico
  • 7. O imaginário épico – o antiépico Neste poema, verifica-se, contudo, a subversão da matéria épica na descrição do presente. «Ou erro pelos cais a que se atracam botes. / E evoco então as crónicas navais: […] / Singram soberba naus que eu não verei jamais!” (Ave-Marias, vv. 20 e 24) A composição poética, ao longo das quatro partes que a constituem, denuncia, em tom pessimista e melancólico, a realidade opressora e decadente do país que outrora fora um império (o épico): «De um couraçado inglês vogam os escaleres;» (Ave-Marias, v. 26) «E, enorme, nesta massa irregular/De prédios sepulcrais, com dimensões de montes,/A dor humana busca os amplos horizontes,/E tem marés, de fel, como um sinistro mar!» (Horas mortas, vv. 41-44) O imaginário épico
  • 9. 1. Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações. Solução O sentimento dum Ocidental convoca algumas marcas do género épico. A O facto de o poema ser longo aproxima-o do género épico. B A deambulação do sujeito poético pela cidade implica uma reflexão apenas de caráter pessoal. C A viagem do eu lírico permite a observação da prosperidade do povo português, que vive numa sociedade justa. D Verdadeira Verdadeira Falsa Falsa Cesário elogia a civilização ocidental, considerando-a moderna e técnica e humanamente evoluída. E Falsa O imaginário épico
  • 10. 1. Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações. Solução Camões, em O sentimento dum Ocidental, é uma figura de referência, associada ao passado glorioso da nação. F Verdadeira Neste poema longo, existe uma oposição entre um passado imponente e um presente decaído. G Verdadeira Em O sentimento dum Ocidental, verifica-se predominantemente um tom eufórico, marcado pelo otimismo e pela esperança. H Falsa A referência à estátua de Camões é simbólica e intencional. I Verdadeira Existe em O sentimento dum Ocidental uma aproximação à epopeia camoniana. J Verdadeira O imaginário épico