2. •A situação atual da assistência farmacêutica no Brasil leva à
população a conviver com um duplo padrão de problemas relacionados
aos medicamentos, próprios tanto de países desenvolvidos como daqueles
em desenvolvimento.
•Por um lado, deficiências políticas, gerenciais e estruturais
comprometem o acesso oportuno de parte da população aos
medicamentos, em quantidade e qualidade suficientes.
•Por outro lado, o desenvolvimento sócio-econômico, o acesso à
informação e a medicamentos sem prescrição médica, a alta prevalência
das condições crônicas e a polimedicação criaram novas necessidades
coletivas e individuais relacionadas com os medicamentos que os serviços
farmacêuticos de hoje não atendem.
Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Revista Pan-Amazonica de Saude. 2011;2(3).
2
3. Necessidade Social:
No sistema de saúde, precisamos melhorar o controle
sobre os resultados dos medicamentos após sua
dispensação, a fim de prevenir a morbidade e
mortalidade relacionadas
Segundo HEPLER (2001), precisamos mudar de um
sistema de gestão de medicamentos em que “se espera o
melhor” para um em que “se gerencia para o melhor”
3
4. “Os farmacêuticos deveriam sair detrás
do balcão e começar a servir ao público,
provendo cuidado ao invés de apenas
pílulas. Não há futuro no simples ato de
dispensar. Essa atividade pode e será
feita pela Internet, máquinas e/ou
técnicos bem treinados. O fato de o
farmacêutico ter um treinamento
acadêmico e agir como um profissional de
saúde coloca uma obrigação sobre ele
para melhor servir à comunidade de uma
forma melhor do que faz atualmente”.
WIEDENMAYER, K. et al. – Developing pharmacy practice: a focus on patient care. Geneva,
World Health Organization, 2006.
4
7. Linha do tempo
Holland RW, Nimmo CM. Transitions, part 1: beyond pharmaceutical care. Am J Health Syst Pharm. 1999 Sep
1;56(17):1758-64.
7
8. ATENÇÃO FARMACÊUTICA
“O cuidado que um determinado
paciente necessita e recebe, que
assegura o uso racional e seguro dos
medicamentos.” (Mikeal et al., 1975)
Mikeal, R.L. et al. Quality of pharmaceutical care in hospitals. Am J Hosp Pharm 1975; 32:567-574.
8
9. ATENÇÃO FARMACÊUTICA
“Inclui a determinação das necessidades de
medicamentos para um dado indivíduo e a
provisão não somente do medicamento
requerido, mas também dos serviços
necessários (antes, durante e depois do
tratamento) para assegurar uma terapia
perfeitamente efetiva e segura.” (Brodie et
al., 1980)
Brodie,D.C. et al. Societal needs for drugs and drug-related services. Am J Pharm Ed, 1980; 44:276-278.
9
10. ATENÇÃO FARMACÊUTICA
“É uma relação baseada no acordo entre
paciente e farmacêutico, na qual o
farmacêutico realiza uma função de
controle do uso de medicamentos, baseado
na vigilância e buscando o interesse do
paciente.” (Hepler, 1987)
HEPLER, C.D. The Third wave in pharmaceutical care and the clinical movement. Am J Pharm Ed 1987; 51:369-385.
10
11. ATENÇÃO FARMACÊUTICA
“A provisão responsável da farmacoterapia
com propósito de alcançar resultados
definidos que melhorem a qualidade de
vida do paciente” (Hepler & Strand, 1990)
HEPLER, CD; STRAND LM. Opportunities and responsabilities in pharmaceutical care. Am J Hosp Pharm. 1990; 47:533-543].
11
12. ATENÇÃO FARMACÊUTICA
“Prática profissional em que o profissional
assume a responsabilidade das
necessidades do paciente com relação aos
medicamentos e adquire um compromisso
a respeito.” (Cipolle, Strand & Morley,
1997)
12
13. • Farmácia Clínica é definida como a área
da farmácia voltada para a ciência e prática do uso
racional de medicamentos.
•
Farmácia Clínica é uma ciência da saúde pela qual
farmacêuticos proporcionam cuidado ao paciente de
forma a otimizar a farmacoterapia e promover saúde,
bem estar e prevenção de doenças.
•
Farmacêuticos clínicos cuidam de pacientes em
todos os locais onde se pratica atenção à
saúde, não somente nos hospitais.
• A prática da farmácia clínica incorpora a filosofia da atenção farmacêutica ou dos cuidados
farmacêuticos. Dessa forma, combina uma orientação para o cuidado com conhecimentos
especializados de terapêutica, experiência e juízo clínico, com propósito de garantir resultados
ideais para o paciente.
• Como ciência, a farmácia clínica também tem o dever de contribuir para a geração de novos
conhecimentos que promovam avanços para a saúde e qualidade de vida da população.
American College of Clinical Pharmacy, USA. Pharmacotherapy 2008;28(6):816–817
14. Idéias-chave:
•
•
•
•
•
•
•
Relação de confiança mútua
Busca de resultado clínicos
Trabalho em equipe
Atividade generalista
Abordagem integral do paciente
Foco na terapêutica
Especialista em medicamentos
14
17. ATENÇÃO FARMACÊUTICA
É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto
da Assistência Farmacêutica.
Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos,
habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção
de doenças, promoção e recuperação da saúde,
de forma integrada à equipe de saúde.
É a interação direta do farmacêutico com o usuário,
visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados
definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade
de vida.
OPAS (org) Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica: Proposta. Brasília: OPAS, 2002.
17
18. Declaração de Tel Aviv (1999)
Associação Médica Mundial
(...)
C. Responsabilidades do farmacêutico
13. Assegurar a obtenção, armazenamento e distribuição
segura de medicamentos (dentro das regulamentações
pertinentes).
14. Repasse de informações aos pacientes, que pode
incluir o nome do medicamento, sua ação, interações
potenciais e efeitos secundários, como também o uso
e armazenamento corretos.
18
19. Declaração de Tel Aviv (1999)
Associação Médica Mundial
15. Seguimento da prescrição para identificar
interações, reações alérgicas, contra-indicações e
duplicações terapêuticas. As preocupações
devem discutidas com o médico.
16. A solicitação do paciente, discussão dos
problemas relacionados com medicamentos ou
preocupações com respeito aos medicamentos
prescritos.
19
20. Declaração de Tel Aviv (1999)
Associação Médica Mundial
17. Assessoramento aos pacientes, quando corresponda, sobre
a seleção e utilização dos medicamentos não prescritos e o
manejo dos sintomas ou mal-estares menores (aceitando a
responsabilidade do dito assessoramento). Quando a automedicação não é apropriada, pedir aos pacientes que
consultem a seus médicos para tratamento e diagnóstico.
18. Informar as reações adversas aos medicamentos, às
autoridades de saúde, quando necessário.
20
21. Declaração de Tel Aviv (1999)
Associação Médica Mundial
19. Repasse e repartição de informação geral e específica
relacionada com os medicamentos, e assessorar ao
público e provedores de atenção médica.
20. Manter um alto nível de conhecimentos sobre a terapia
de medicamentos, através de um desenvolvimento
profissional continuado.
21
22. Rede de Cuidado e Informações de alta
relevância para o paciente
FARMACÊUTICO
DEMAIS PROF.
SAÚDE
MÉDICO
PACIENTE
PSICÓLOGO
NUTRICIONISTA
22
24. Serviços Farmacêuticos Clínicos
11
Aconselhamento
Aconselhamento
ao paciente
ao paciente
2
Programas de
rastreamento
33
Adesão ao
Adesão ao
tratamento
tratamento
4
Revisão da
farmacoterapia
5
Acompanhamento
da farmacoterapia
66
Reconciliação
Reconciliação
terapêutica
terapêutica
7
Informação e
suporte à equipe
88
Prescrição
Prescrição
independente
independente
Correr CJ, Rotta I, Salgado TM, Fernandez-Llimos F. Tipos de Serviços Farmacêuticos Clínicos: O que dizem
as Revisões Sistemáticas? Acta Farmaceutica Portuguesa. 2012;1(2):23–42.
24
25. Serviços Clínicos
Aconselhamento
Aconselhamento
ao paciente
ao paciente
Aconselhamento sobre os medicamentos, doenças
e medidas não farmacológicas
Promover o uso correto de medicamentos e o
autocuidado
Juntamente ou não com a entrega de
medicamentos
Pode utilizar materiais educativos impressos ou
multimídia
25
26. Serviços Clínicos
Programas de
Programas de
rastreamento
rastreamento
Programas para detecção, prevenção ou controle de fatores de risco
específicos (p.ex. tabagismo, point-of-care tests)
Intervenções centradas em técnicas comportamentais e educação
individual ou em grupo
26
27. Serviços Clínicos
Adesão ao
Adesão ao
tratamento
tratamento
Serviços focados na adesão do paciente ao tratamento
Técnicas diversas, como educação e aconselhamento, dispositivos,
recursos facilitadores, consultas domiciliares, na farmácia comunitária ou
remotas (telefone, web, email).
27
28. Serviços Clínicos
Revisão e ajustes na farmacoterapia, em contato
direto com o paciente ou não.
Corrigir falhas na utilização pelo paciente,
seleção inapropriada e regime terapêutico,
custos do tratamento ou minimizar efeitos
secundários
Revisão da
Revisão da
farmacoterapia
farmacoterapia
Recomendações ao paciente ou ao médico
Farmacêutico com maior ou menor autonomia
para realizar modificações no tratamento.
28
29. Serviços Clínicos
Acompanhamento da evolução do doente, com
foco nos resultados em saúde (outcomes) obtidos
e no cuidado contínuo da condição de saúde
Acompanha-mento
Acompanha-mento
da farmacoterapia
da farmacoterapia
Diversas formas de contato com o doente e com
o médico (consulta presencial, telefone, fax, web,
email)
Tempo de seguimento ou número de consultas
variados.
29
30. Serviços Clínicos
Elaboração e aprimoramento da história farmacoterapêutica completa e
confiável
No internamento hospitalar, na transferência entre centros ou após a alta
hospitalar
Informações ao médico para corrigir discrepâncias na medicação.
Reconciliação
Reconciliação
terapêutica
terapêutica
30
31. Serviços Clínicos
Informações ao médico e equipe de saúde, sem haver necessariamente
cuidado direto do paciente
Discussões de caso, rondas, protocolos clínicos, prontuários terapêuticos e
relações mais próximas com a equipe
Visitas ao médico, a fim de divulgar informações científicas
Informação ee
Informação
suporte ààequipe
suporte equipe
31
32. Serviços Clínicos
Autonomia para prescrever ou iniciar um tratamento
farmacológico
Segundo protocolos definidos ou convênios
colaborativos entre centros de saúde
Inclui experiências com medicamentos isentos de
prescrição médica
Prescrição
Prescrição
independente
independente
32
33. “As expectativas que os
pacientes têm hoje em dia são
resultado do que foi feito por
eles no passado...
...As expectativas que os
pacientes desenvolverão no
futuro serão resultado do
trabalho que se faz hoje”
CIPOLLE, STRAND & MORLEY, 1998
33