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Start-ups de
Negócios Sociais
como Inovadores
de Ruptura
Carolina de Andrade
MSc Tecnologia & Gestão da
Inovação
Consultora de projetos em
Inovação Social
2




Temas
›  Premissas  e Inovação social
›  Inovação de ruptura
›  Por que negócios sociais?
›  Casos
›  Vantagens, desvantagens, críticas
›  The Green Leap
›  Insights para estratégias de fomento
›  Comportamento dos inovadores de ruptura
3




O Que é tecnologia?
›  Conjunto  de processos pelo qual uma
    organização transforma mão de obra,
    capital, materiais e informação em
    produtos e serviços de grande valor
›  Ou seja, todas as organizações tem
    alguma tecnologia




                                 (Christensen, 1997)
4

O Que é
inovação?                                  Novos
                                         produtos/
                                          serviços


Inovação é quando
uma invenção é           Novos                                Novos
implementada e é      modelos de                           métodos de
                      organização                           produção
incorporada na
                                          Tipos de
sociedade                                inovação




Em cada um desses
                                                      Novas
tipos a inovação               Novos
                                                     materias-
                              mercados
pode ser radical ou                                   primas
incremental
5




Figure 1. Socio-technical axis of innovation, Bergman et al. (2011)
Como a inovação acontece?
         How innovation happens?




                  Process               Success (?)

INVENÇÃO                              INOVAÇÃO
                É DIFERENTE DE
 IDEIA                            OPORTUNIDADE
How it really happens …..




Inovação não é linear, é iterativa, é um terreno incerto, é
específica ao contexto…
Como inovar?




COMPORTAMENTOS   FERRAMENTAS   AMBIENTE
9
Inovação Social




 Responsabilid    Tecnologia        Inovação     Empreended
 ade social       Apropriada        Nativa       orismo social
 corporativa      • Schumache       • Honeybee   • Ashoka,
 • 1930-1950        r, 1977           Network,     1980
                                      1980
10
Inovação Social




 Empresas sociais      Inovação         Tripple
 • Movimento de
   cooperativas na
                       Biomimética      Bottom line
   Itália, 1991
 • Social Enterprise
                       • Janine         • Elkington, 1997
   Initiative, 1993      Benyus, 1997
11
Inovação Social




  BOP-Base Of      Negócios             Great           Design
  the Pyramid      inclusivos           convergence,    Apropriado
  • Prahalad and   • UNDP/“Growing      Green-collar    • Design for the
    Hart, 2002       inclusive          jobs              other 90% e
                     business”, 2006                      HCD, 2009
                                        • Hart, 2007
                   •  Avina, 2007
                                        • Jones, 2008
12




Inovação de ruptura
›  O
    conceito ficou conhecido após o livro
  do Clayton Christensen (O Dilema da
  Inovação, 1997), em que ele pesquisou a
  indústria do Disk Drive para entender
  porque grandes empresas fracassaram
13




Inovação de ruptura

›  Inovação
          de ruptura é introduzir uma
 nova proposta de valor em um mercado
 emergente, ‘rompendo’ com os padrões
 de mercado (Christensen, 1997)
14


Asembis




             Source: Introducing STI studies, The oxford
          handbook of innovation, Science Studies: An
                               advanced introduction
15




Asembis
16


Nova
proposta de                            Mercado
                         para
valor                                  emergente
›  Normalmente num                  ›    Inicialmente, apenas o
    novo pacote que                        mercado emergente é
    aplica tecnologias                     atraído por essa nova
                                           proposta de valor, não o
    existentes                             ‘mainstream’
›  Produtos ou serviços             ›    Além, rompe com o
    com inovações                          mercado ‘mainstream’
    incrementais                           oferecendo uma proposta
                                           que usa outros indicadores
›  Produtos ou serviços                   de performance,
    com um novo grupo de                   desafiando como
    atributos bons o                       tecnologia é pensada e
    suficiente (A estratégia               desenvolvida, alterando o
    do oceano azul,                        padrão do mercado – a
                                           corrida tecnológica vai
    Mauborgne 2005)                        perseguir novos indicadores
17




Características comuns
›  Mais barato
›  Mais simples
›  Menor
›  Mais conveniente
                       Disruptor      Disruptee
                       Personal       Mainframe and mini
                       computers      computers

                       Cellular       Fixed line telephony
                       phones
                       Retail medical Hospitals
                       clinics
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Por que start-ups de negócios
sociais são muitas vezes
inovadores de ruptura?
›  Porque  focam em atender novos públicos
    que antes não tinham acesso a certos
    produtos ou serviços (mercados ignorados)
›  Porque desenvolvem uma nova proposta
    de valor, com um novo conjunto de
    atributos que antes não eram oferecidos no
    mercado, na sua maioria mais baratos,
    convenientes e simples, chegando em
    produtos ou serviços mais acessíveis
19




‘Non-frills’, Inovação de
ruptura para serviços
›  Economia   de escala em serviço
 ›  Estratégias:
    ›  Garantir alto volume de clientes
    ›  Otimizar todos os ativos necessários para
        entrega do serviço via
    ›  Especialização num serviço e padronização
        do processo
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Inovação de ruptura na
saúde
›  Abordagem   ‘Non-frills’ (Ex: LifeSpring
    Hospital)
›  Otimiza horas dos médicos e aproveita
    profissionais com horas mais baratas (Ex:
    Aravind Eye Hospital)
›  Fora do ambiente hospitalar (Ex:
    VisionSpring, Asembis)
›  Produção de tecnologia própria (Ex:
    Asembis, Aurolab, Embrace)
ARAVIND
   Cirurgias de catarata                   AUROLAB
   •  Desmistifica a estrutura de custos Lentes   interoculares
   (Redução dos custos do procedimento
   cirúrgico em até 90%)
   •  Cirurgias de catarata em número
   elevado, alta qualidade e baixo custo
   •  Lentes interoculares Aurolab com
   preço de venda entre US$2 e US$4,
   enquanto o preço convencional é de
   US$150
   •  O preço cobrado varia em função da
   renda do paciente

Aravind
                             Aurolab                         Fonte:
3 milhões de cirurgias
                             700 mil unidades por ano        Material
22 milhões de pacientes
                             8% de participação no mercado   Artemisia
  ambulatoriais
                             http://www.aurolab.com
http://www.aravind.org
22




Críticas ao conceito
›  O ecossistema em cada realidade deve
    ser mais considerado: capital, políticas
    públicas de incentivo e regulamentações
    para start-ups
›  Inovação de ruptura não é mais fácil de
    replicar (por exemplo: volume)
23




Vantagens e desvantagens
1.    Contexto
      encorajador
      para start-ups
2.    Baixa barreira
      de entrada
3.    Líder de
      mercado
24




Contexto encorajador para
novos entrantes
As empresas líderes de mercado tem
dificuldade de visualizar e implementar uma
inovação de ruptura
›  Boa administração leva a ouvir os clientes e
    tendências de mercado, investindo nas
    tecnologias que o cliente quer e o mercado
    aponta
  ›    ‘Inovação de sustentação’ mantém os
        indicadores e atributos que os clientes desejam

As start-ups estão livres de cultura, estrutura e
vícios para propor inovações de ruptura
25




Mas, como se manter no
mercado?
›  Grandes  empresas tem ativos
    complementares ao negócio
    fundamentais para massificar: distribuição
    e marca
›  Muitas vezes para as grandes empresas é
    melhor: adquirir uma start-up inovadora,
    criar uma unidade de negócios a parte,
    fazer um spin-off, criar uma joint-venture
26




Baixa barreira de entrada
›  Inovação que envolve pouca tecnologia
    e um novo mercado, um ‘oceano azul’
›  Mas o desafio está nos seguidores:
  ›  Novos
          entrantes podem chegar muito
    rápido provocando:
    ›  Períodocurto de lucro
    ›  Seguidores que não garantem a mesma
        qualidade que o líder
27




Líder Vs Seguidor
›    O líder investe mais em P&D e Difusão (adoção no
      mercado)
      ›  Para uma start-up pode ser muito tempo. Esta
          precisa prever este período para garantir recursos
          suficientes para sobreviver.
      ›  O prazo médio de difusão de inovação é 13 anos
      ›  O que afeta difusão: complexidade, vantagem
          relativa, observação e teste – Quanto mais radical,
          mais tempo leva

“building such markets entails a process of mutual
discovery by customers and manufactures – and this
simply takes time” (Christensen, 1997: 135)
28



É uma questão de mercado,
não de tecnologia
“… creating new BoP consumer markets is
complex, expensive, risky, and time consuming,
and yet that may be where the best
opportunities lie” (London and Hart 2010:13)

In the case of BoP markets, as the disruptive
innovation (Christensen 1997), often a market
do not exist on an organized way, requiring the
leaders to invest in marketing awareness and
education of clients (London and Hart 2010)

É criar um novo mercado…
29


Por que negócios socio-
ambientais podem ser ainda
melhores inovadores de ruptura?
Não-consumo é melhor que mudar o hábito no
  caso de introdução de tecnologias limpas

“most truly sustainable technologies are likely to
      be disruptive – but not all disruptive
technologies will be sustainable” (Hart 2007: 89)

   “The Great Convergence” ou “The Green
              Leap” (Hart, 2007)
30




The Great Convergence
31
32




The Green Leap
›  Mais do que oferecer produtos e serviços
    para os mais pobres, na visão de Hart,
    esta estratégia pode ser a forma de
    provar e alterar o padrão de mercado
    rumo a uma sociedade mais sustentável
›  É uma oportunidade para que países
    como Brasil, China e India possam
    “leapfrogging” romper com a trajetória
    tecnológica
33




Justiça ambiental
“Quanto mais desigual é uma sociedade,
  pior é seu desenvolvimento ambiental”
 “Em toda grande tragédia ambiental, os
          pobres sofrem primeiro”

Um mundo com pobreza e desigualdade
     irá mais facilmente sofrer com
desenvolvimento ambiental e outras crises

                 Agyeman et al (2002)
                 Middleton and O’Keefe 2003:1
34




   Source: Introducing STI studies, The oxford
handbook of innovation, Science Studies: An
                     advanced introduction
35




Caso Kickstart
›  Kenya desde 1992
›  Tanzania e Mali desde 2001
›  Objetivo: aumentar produtividade de
    empreendedores rurais de pequena escala com
    ferramentas de baixo custo
›  Principal produto: Moneymaker Irrigation Pump em 3
    versões para 2, 1 ou ¾ de acre de terra
›  Venderam 163 mil ‘Pumps’ a 60 USD cada
›  Mais de 9 milhões USD de receita
›  105 mil novas empresas criadas
›  Gera 105 milhões USD/ano para os empreendedores
    rurais
36




Moneymaker Irrigation Pump
›    Aplicou tecnologias existentes em um novo pacote:

›  Contexto:                     ›  Soluções:
      1.    Menos de 10% da
            população rural         1.    Sem
            com acesso a                  necessidade de
            eletricidade                  eletricidade
      2.    Questões de
            segurança, não          2.    Portátil e leve
            podiam deixar o               para guardar em
            produto no campo
                                          casa
      3.    Abundância de
            mão de obra             3.    Força humana
      4.    Escassez de capital     4.    Barato
37
38
39




USI- Usinas Sociais Inteligentes
›  Existe
         há 6 anos
›  Oferece a cooperativas, associações ou
    pequenas empresas incremento de renda
    por meio de produção de energia
›  Produtos:
  ›  Micro bio-refinarias (11 em funcionamento)
      ›  Amido ou sacarose (USI 1000) que produz 1000
          litros de ethanol por dia
  ›  Fogão a base de ethanol
  ›  Gerador a base de ethanol
  ›  Linhas de financiamento com BNDES
40


IBEKA-People centered
Economic & Business Institute

•  MHP
•  60 comunidades rurais
•  Parcerias público-privadas para comprar a
   energia que sobra
•  Cooperativas locais - Algumas tem
   investimento privado maior que outras
•  Fundo comunitário
41




   Source: Introducing STI studies, The oxford
handbook of innovation, Science Studies: An
                     advanced introduction
Disruptive Innovation (UK and China)
Willis, R., Webb, M. & Wilsdon, J. (2007)
The Disrupters: Lessons for Low-Carbon
Innovation from the New Wave of
Environmental Pioneers. London:
NESTA.




                            Tyfield, D., Jun, J. and Rooker, T. (2010)
                              Game-changing China: lessons from
                            China about low-carbon disruptive
                            innovation , London, NESTA
43




Insights para fomentar
inovação de ruptura
›  Ativos complementares, a melhor
    patente (i)
›  Líder Vs Seguidor – Não inovar em tudo (ii)
›  Planejamento não convencional (iii)
›  White spaces/niche strategy (iv)
44




(i) Ativos complementares,
melhor “patente”
Uma grande inovação precisa estar
articulada com um conjunto de
capacidades/competências e ativos do
negócio para ser comercializada: marca,
distribuição ou tecnologias
complementares (Teece 1986)
45




  (ii) Planejamentos não
  convencionais
“markets that do not exist cannot be analyzed” (Christensen 1997)

 Agilidade em falhar
 Quantidade, variação



                             The Effectuation
 cega
 Prototipagem, teste,




                                                     Little Bets
 piloto
          Discovery-driven




                             Bootstrapping
          planning
Socio-technical transition theory
                           Socio-technical’
                           landscape
                                                                      Landscape developments
                                                                       put pressure on existing regime,
                                                                        which opens up,                                           New socio-technical
                                                                         creating windows                                         regime influences
                                                                           of opportunity for novelties                           landscape
                                            Markets, user
    Strategic niche                         preferences
                           Socio-
    management:            technical   Industry
                                                     Science
                           regime                                           Pressure
    sustainable socio-                    Policy
                                                       Culture

technical regimes can be                    Technology
                                       Socio-technical regime is ‘dynamically stable’.
   induced through the                 On different dimensions there are ongoing processes
                                                                                                New configuration breaks through, taking
                                                                                                advantage of ‘windows of opportunity’.
  purposeful creation of                                                                        Adjustments occur in socio-technical regime.


      green niches
                                                                                     Elements are gradually linked together,
                                                               Variation             and stabilise in a dominant design.
                                                                                     Internal momentum increases.



                            Technological
                            niches
                                                            Learning processes take place on multiple dimensions.
                                                            Different elements are gradually linked together in a seamless web.

                                                                                                                                          Time
                                                                                                                          Source: Frank Geels
47




(iv) White spaces ou niche
strategies
›  Estratégiapara quebrar inércia e
    aprisionamento no modelo atual
›  Nichos são espaços protegidos para
    inovação radical provar conceito
›  Desafio de como traduzir do nicho para o
    ‘mainstream’
›  The Medici Effect: Culturas que incentivam
    inovação, contexto para inovar
›  Ambientes para inovação: Repensar
    incubadoras e escolas
›  Modelos lineares Vs circulares
48




Comportamento para
inovação
49




Criatividade pode ser
desenvolvida


   30% da           80-85% do
criatividade           QI é
é genética          genético
50




Habilidade para inovar
também
            2/3 da nossa
           habilidade de
         inovar podem vir
         pelo aprendizado




         Entender, praticar
             e ganhar
            confiança*
51




Pesquisa “The Innovator’s
DNA”
›  Autores:  Christensen, Dyer e Gregersen
›  8 anos de pesquisa
›  500 inovadores de ruptura
›  5000 executivos de empresas
›  Identificaram 2 perfis distintos e 5
    habilidades-chave que os distinguem
    entre si
52




Dois perfis



  “Desbravadores”    “Entregadores”
53




Associar
›  Conectar    campos, ideias e problemas
    normalmente não-relacionados entre si
›  Frans Johanssen descreve como “The Medici
    Effect” (espaço que combina ideias. Ex: Vale
    do Silício, TED conferences, China)
›  Encruzilhada entre cultura e experiência:
    cruzar fronteiras geográficas, de disciplinas,
    indústria, etc
›  “Creativity is connecting things” Steve Jobs
54




Questionar
›  Perguntas de crianças
›  Entender como as coisas realmente
    funcionam e como poderiam funcionar
55




Networking
›  Busca
        de novas ideias por meio de
  networking com pessoas que oferecem
  uma visão radicalmente diferente da sua
56




Experimentar
›  Tentativas
›  Testes de hipóteses
›  Prototipagem
57




Coragem para inovar
 O que motiva é mudar o “status quo”, concertar
                 algo errado



 Inovadores passam cerca de 50% do tempo em
           atividades de descoberta



  Inovadores não consideram que devemos ter
           vergonha de nossos erros
58

›  Cultivar a coragem de inovar
›  Engajar-se em atividades de descoberta
›  Praticar pensamento associador
59




Contato
›  caroldeandrade@gmail.com
›  @andradecarol
›  http://www.slideshare.net/CarolinadeAndrade
“A dificuldade está não em gerar
   ideias, mas em escapar das
             velhas...”
        John Maynard Keynes

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Negócios Sociais como Inovadores de Ruptura

  • 1. Start-ups de Negócios Sociais como Inovadores de Ruptura Carolina de Andrade MSc Tecnologia & Gestão da Inovação Consultora de projetos em Inovação Social
  • 2. 2 Temas ›  Premissas e Inovação social ›  Inovação de ruptura ›  Por que negócios sociais? ›  Casos ›  Vantagens, desvantagens, críticas ›  The Green Leap ›  Insights para estratégias de fomento ›  Comportamento dos inovadores de ruptura
  • 3. 3 O Que é tecnologia? ›  Conjunto de processos pelo qual uma organização transforma mão de obra, capital, materiais e informação em produtos e serviços de grande valor ›  Ou seja, todas as organizações tem alguma tecnologia (Christensen, 1997)
  • 4. 4 O Que é inovação? Novos produtos/ serviços Inovação é quando uma invenção é Novos Novos implementada e é modelos de métodos de organização produção incorporada na Tipos de sociedade inovação Em cada um desses Novas tipos a inovação Novos materias- mercados pode ser radical ou primas incremental
  • 5. 5 Figure 1. Socio-technical axis of innovation, Bergman et al. (2011)
  • 6. Como a inovação acontece? How innovation happens? Process Success (?) INVENÇÃO INOVAÇÃO É DIFERENTE DE IDEIA OPORTUNIDADE
  • 7. How it really happens ….. Inovação não é linear, é iterativa, é um terreno incerto, é específica ao contexto…
  • 8. Como inovar? COMPORTAMENTOS FERRAMENTAS AMBIENTE
  • 9. 9 Inovação Social Responsabilid Tecnologia Inovação Empreended ade social Apropriada Nativa orismo social corporativa • Schumache • Honeybee • Ashoka, • 1930-1950 r, 1977 Network, 1980 1980
  • 10. 10 Inovação Social Empresas sociais Inovação Tripple • Movimento de cooperativas na Biomimética Bottom line Itália, 1991 • Social Enterprise • Janine • Elkington, 1997 Initiative, 1993 Benyus, 1997
  • 11. 11 Inovação Social BOP-Base Of Negócios Great Design the Pyramid inclusivos convergence, Apropriado • Prahalad and • UNDP/“Growing Green-collar • Design for the Hart, 2002 inclusive jobs other 90% e business”, 2006 HCD, 2009 • Hart, 2007 •  Avina, 2007 • Jones, 2008
  • 12. 12 Inovação de ruptura ›  O conceito ficou conhecido após o livro do Clayton Christensen (O Dilema da Inovação, 1997), em que ele pesquisou a indústria do Disk Drive para entender porque grandes empresas fracassaram
  • 13. 13 Inovação de ruptura ›  Inovação de ruptura é introduzir uma nova proposta de valor em um mercado emergente, ‘rompendo’ com os padrões de mercado (Christensen, 1997)
  • 14. 14 Asembis Source: Introducing STI studies, The oxford handbook of innovation, Science Studies: An advanced introduction
  • 16. 16 Nova proposta de Mercado para valor emergente ›  Normalmente num ›  Inicialmente, apenas o novo pacote que mercado emergente é aplica tecnologias atraído por essa nova proposta de valor, não o existentes ‘mainstream’ ›  Produtos ou serviços ›  Além, rompe com o com inovações mercado ‘mainstream’ incrementais oferecendo uma proposta que usa outros indicadores ›  Produtos ou serviços de performance, com um novo grupo de desafiando como atributos bons o tecnologia é pensada e suficiente (A estratégia desenvolvida, alterando o do oceano azul, padrão do mercado – a corrida tecnológica vai Mauborgne 2005) perseguir novos indicadores
  • 17. 17 Características comuns ›  Mais barato ›  Mais simples ›  Menor ›  Mais conveniente Disruptor Disruptee Personal Mainframe and mini computers computers Cellular Fixed line telephony phones Retail medical Hospitals clinics
  • 18. 18 Por que start-ups de negócios sociais são muitas vezes inovadores de ruptura? ›  Porque focam em atender novos públicos que antes não tinham acesso a certos produtos ou serviços (mercados ignorados) ›  Porque desenvolvem uma nova proposta de valor, com um novo conjunto de atributos que antes não eram oferecidos no mercado, na sua maioria mais baratos, convenientes e simples, chegando em produtos ou serviços mais acessíveis
  • 19. 19 ‘Non-frills’, Inovação de ruptura para serviços ›  Economia de escala em serviço ›  Estratégias: ›  Garantir alto volume de clientes ›  Otimizar todos os ativos necessários para entrega do serviço via ›  Especialização num serviço e padronização do processo
  • 20. 20 Inovação de ruptura na saúde ›  Abordagem ‘Non-frills’ (Ex: LifeSpring Hospital) ›  Otimiza horas dos médicos e aproveita profissionais com horas mais baratas (Ex: Aravind Eye Hospital) ›  Fora do ambiente hospitalar (Ex: VisionSpring, Asembis) ›  Produção de tecnologia própria (Ex: Asembis, Aurolab, Embrace)
  • 21. ARAVIND Cirurgias de catarata AUROLAB •  Desmistifica a estrutura de custos Lentes interoculares (Redução dos custos do procedimento cirúrgico em até 90%) •  Cirurgias de catarata em número elevado, alta qualidade e baixo custo •  Lentes interoculares Aurolab com preço de venda entre US$2 e US$4, enquanto o preço convencional é de US$150 •  O preço cobrado varia em função da renda do paciente Aravind Aurolab Fonte: 3 milhões de cirurgias 700 mil unidades por ano Material 22 milhões de pacientes 8% de participação no mercado Artemisia ambulatoriais http://www.aurolab.com http://www.aravind.org
  • 22. 22 Críticas ao conceito ›  O ecossistema em cada realidade deve ser mais considerado: capital, políticas públicas de incentivo e regulamentações para start-ups ›  Inovação de ruptura não é mais fácil de replicar (por exemplo: volume)
  • 23. 23 Vantagens e desvantagens 1.  Contexto encorajador para start-ups 2.  Baixa barreira de entrada 3.  Líder de mercado
  • 24. 24 Contexto encorajador para novos entrantes As empresas líderes de mercado tem dificuldade de visualizar e implementar uma inovação de ruptura ›  Boa administração leva a ouvir os clientes e tendências de mercado, investindo nas tecnologias que o cliente quer e o mercado aponta ›  ‘Inovação de sustentação’ mantém os indicadores e atributos que os clientes desejam As start-ups estão livres de cultura, estrutura e vícios para propor inovações de ruptura
  • 25. 25 Mas, como se manter no mercado? ›  Grandes empresas tem ativos complementares ao negócio fundamentais para massificar: distribuição e marca ›  Muitas vezes para as grandes empresas é melhor: adquirir uma start-up inovadora, criar uma unidade de negócios a parte, fazer um spin-off, criar uma joint-venture
  • 26. 26 Baixa barreira de entrada ›  Inovação que envolve pouca tecnologia e um novo mercado, um ‘oceano azul’ ›  Mas o desafio está nos seguidores: ›  Novos entrantes podem chegar muito rápido provocando: ›  Períodocurto de lucro ›  Seguidores que não garantem a mesma qualidade que o líder
  • 27. 27 Líder Vs Seguidor ›  O líder investe mais em P&D e Difusão (adoção no mercado) ›  Para uma start-up pode ser muito tempo. Esta precisa prever este período para garantir recursos suficientes para sobreviver. ›  O prazo médio de difusão de inovação é 13 anos ›  O que afeta difusão: complexidade, vantagem relativa, observação e teste – Quanto mais radical, mais tempo leva “building such markets entails a process of mutual discovery by customers and manufactures – and this simply takes time” (Christensen, 1997: 135)
  • 28. 28 É uma questão de mercado, não de tecnologia “… creating new BoP consumer markets is complex, expensive, risky, and time consuming, and yet that may be where the best opportunities lie” (London and Hart 2010:13) In the case of BoP markets, as the disruptive innovation (Christensen 1997), often a market do not exist on an organized way, requiring the leaders to invest in marketing awareness and education of clients (London and Hart 2010) É criar um novo mercado…
  • 29. 29 Por que negócios socio- ambientais podem ser ainda melhores inovadores de ruptura? Não-consumo é melhor que mudar o hábito no caso de introdução de tecnologias limpas “most truly sustainable technologies are likely to be disruptive – but not all disruptive technologies will be sustainable” (Hart 2007: 89) “The Great Convergence” ou “The Green Leap” (Hart, 2007)
  • 31. 31
  • 32. 32 The Green Leap ›  Mais do que oferecer produtos e serviços para os mais pobres, na visão de Hart, esta estratégia pode ser a forma de provar e alterar o padrão de mercado rumo a uma sociedade mais sustentável ›  É uma oportunidade para que países como Brasil, China e India possam “leapfrogging” romper com a trajetória tecnológica
  • 33. 33 Justiça ambiental “Quanto mais desigual é uma sociedade, pior é seu desenvolvimento ambiental” “Em toda grande tragédia ambiental, os pobres sofrem primeiro” Um mundo com pobreza e desigualdade irá mais facilmente sofrer com desenvolvimento ambiental e outras crises Agyeman et al (2002) Middleton and O’Keefe 2003:1
  • 34. 34 Source: Introducing STI studies, The oxford handbook of innovation, Science Studies: An advanced introduction
  • 35. 35 Caso Kickstart ›  Kenya desde 1992 ›  Tanzania e Mali desde 2001 ›  Objetivo: aumentar produtividade de empreendedores rurais de pequena escala com ferramentas de baixo custo ›  Principal produto: Moneymaker Irrigation Pump em 3 versões para 2, 1 ou ¾ de acre de terra ›  Venderam 163 mil ‘Pumps’ a 60 USD cada ›  Mais de 9 milhões USD de receita ›  105 mil novas empresas criadas ›  Gera 105 milhões USD/ano para os empreendedores rurais
  • 36. 36 Moneymaker Irrigation Pump ›  Aplicou tecnologias existentes em um novo pacote: ›  Contexto: ›  Soluções: 1.  Menos de 10% da população rural 1.  Sem com acesso a necessidade de eletricidade eletricidade 2.  Questões de segurança, não 2.  Portátil e leve podiam deixar o para guardar em produto no campo casa 3.  Abundância de mão de obra 3.  Força humana 4.  Escassez de capital 4.  Barato
  • 37. 37
  • 38. 38
  • 39. 39 USI- Usinas Sociais Inteligentes ›  Existe há 6 anos ›  Oferece a cooperativas, associações ou pequenas empresas incremento de renda por meio de produção de energia ›  Produtos: ›  Micro bio-refinarias (11 em funcionamento) ›  Amido ou sacarose (USI 1000) que produz 1000 litros de ethanol por dia ›  Fogão a base de ethanol ›  Gerador a base de ethanol ›  Linhas de financiamento com BNDES
  • 40. 40 IBEKA-People centered Economic & Business Institute •  MHP •  60 comunidades rurais •  Parcerias público-privadas para comprar a energia que sobra •  Cooperativas locais - Algumas tem investimento privado maior que outras •  Fundo comunitário
  • 41. 41 Source: Introducing STI studies, The oxford handbook of innovation, Science Studies: An advanced introduction
  • 42. Disruptive Innovation (UK and China) Willis, R., Webb, M. & Wilsdon, J. (2007) The Disrupters: Lessons for Low-Carbon Innovation from the New Wave of Environmental Pioneers. London: NESTA. Tyfield, D., Jun, J. and Rooker, T. (2010) Game-changing China: lessons from China about low-carbon disruptive innovation , London, NESTA
  • 43. 43 Insights para fomentar inovação de ruptura ›  Ativos complementares, a melhor patente (i) ›  Líder Vs Seguidor – Não inovar em tudo (ii) ›  Planejamento não convencional (iii) ›  White spaces/niche strategy (iv)
  • 44. 44 (i) Ativos complementares, melhor “patente” Uma grande inovação precisa estar articulada com um conjunto de capacidades/competências e ativos do negócio para ser comercializada: marca, distribuição ou tecnologias complementares (Teece 1986)
  • 45. 45 (ii) Planejamentos não convencionais “markets that do not exist cannot be analyzed” (Christensen 1997) Agilidade em falhar Quantidade, variação The Effectuation cega Prototipagem, teste, Little Bets piloto Discovery-driven Bootstrapping planning
  • 46. Socio-technical transition theory Socio-technical’ landscape Landscape developments put pressure on existing regime, which opens up, New socio-technical creating windows regime influences of opportunity for novelties landscape Markets, user Strategic niche preferences Socio- management: technical Industry Science regime Pressure sustainable socio- Policy Culture technical regimes can be Technology Socio-technical regime is ‘dynamically stable’. induced through the On different dimensions there are ongoing processes New configuration breaks through, taking advantage of ‘windows of opportunity’. purposeful creation of Adjustments occur in socio-technical regime. green niches Elements are gradually linked together, Variation and stabilise in a dominant design. Internal momentum increases. Technological niches Learning processes take place on multiple dimensions. Different elements are gradually linked together in a seamless web. Time Source: Frank Geels
  • 47. 47 (iv) White spaces ou niche strategies ›  Estratégiapara quebrar inércia e aprisionamento no modelo atual ›  Nichos são espaços protegidos para inovação radical provar conceito ›  Desafio de como traduzir do nicho para o ‘mainstream’ ›  The Medici Effect: Culturas que incentivam inovação, contexto para inovar ›  Ambientes para inovação: Repensar incubadoras e escolas ›  Modelos lineares Vs circulares
  • 49. 49 Criatividade pode ser desenvolvida 30% da 80-85% do criatividade QI é é genética genético
  • 50. 50 Habilidade para inovar também 2/3 da nossa habilidade de inovar podem vir pelo aprendizado Entender, praticar e ganhar confiança*
  • 51. 51 Pesquisa “The Innovator’s DNA” ›  Autores: Christensen, Dyer e Gregersen ›  8 anos de pesquisa ›  500 inovadores de ruptura ›  5000 executivos de empresas ›  Identificaram 2 perfis distintos e 5 habilidades-chave que os distinguem entre si
  • 52. 52 Dois perfis “Desbravadores” “Entregadores”
  • 53. 53 Associar ›  Conectar campos, ideias e problemas normalmente não-relacionados entre si ›  Frans Johanssen descreve como “The Medici Effect” (espaço que combina ideias. Ex: Vale do Silício, TED conferences, China) ›  Encruzilhada entre cultura e experiência: cruzar fronteiras geográficas, de disciplinas, indústria, etc ›  “Creativity is connecting things” Steve Jobs
  • 54. 54 Questionar ›  Perguntas de crianças ›  Entender como as coisas realmente funcionam e como poderiam funcionar
  • 55. 55 Networking ›  Busca de novas ideias por meio de networking com pessoas que oferecem uma visão radicalmente diferente da sua
  • 56. 56 Experimentar ›  Tentativas ›  Testes de hipóteses ›  Prototipagem
  • 57. 57 Coragem para inovar O que motiva é mudar o “status quo”, concertar algo errado Inovadores passam cerca de 50% do tempo em atividades de descoberta Inovadores não consideram que devemos ter vergonha de nossos erros
  • 58. 58 ›  Cultivar a coragem de inovar ›  Engajar-se em atividades de descoberta ›  Praticar pensamento associador
  • 60. “A dificuldade está não em gerar ideias, mas em escapar das velhas...” John Maynard Keynes