SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 57
Aula 8
Cultura Organizacional e
Gestão do Conhecimento
Educação Corporativa
Carlos Luiz Alves
Entender a cultura organizacional é compreender os
comportamentos dos indivíduos, é estabelecer uma estratégia
de mudança a partir dos pressupostos da gestão do
conhecimento.
Objetivos:
- Definir cultura e cultura organizacional
- Conhecer os elementos que compõem a cultura organizacional.
- Compreender as dificuldades de implementação de mudanças
tendo como referência a cultura organizacional;
- Implementar mudanças na cultura organizacional
No nosso dia a dia, constantemente ouvimos falar que tal
indivíduo tem uma cultura fantástica, quando pretendermos
elogiar seu conhecimento e suas vivências. É comum também
ouvirmos esta expressão em projetos ditos culturais, que
representam as manifestações artísticas de uma dada cidade ou
região.
Mas, afinal o que é cultura?
Cultura é o conjunto de ideias, crenças, arte, moral, direito,
hábitos e padrões de comportamento que caracterizam uma
sociedade e que, oportunamente, modelam também os
comportamentos dos indivíduos, estabelecendo modelos
mentais (Senge) e arquétipos (Carl Jung)
É por meio das várias instituições sociais (família, clube, escola,
empresa, etc.) que aprendemos a cultura do país e da região em
que estamos inseridos. É pelo processo de socialização (tácito
para tácito) que assimilamos os valores, as crenças de uma
determinada sociedade.
É por meio das várias instituições sociais (família, clube, escola,
empresa, etc.) que aprendemos a cultura do país e da região em
que estamos inseridos. É pelo processo de socialização (tácito
para tácito) que assimilamos os valores, as crenças de uma
determinada sociedade.
Não podemos valorizar uma cultura de um povo em detrimento
de uma outra, pois são coisas totalmente distintas que
representam um universo próprio de sentidos de uma
determinada sociedade.
Precisamos também compreender que as diferenças culturais
fazem com que uma palavra, objeto, gesto ou manifestação
adquiram sentidos também diferentes. Vejam alguns exemplos:
A palavra rapariga tem uma conotação negativa no Brasil,
enquanto em Portugal trata-se de uma jovem moça. Unir os
dedos indicador e polegar, para dizer OK, nos Estados Unidos é
perfeitamente normal, enquanto no Brasil, é considerado uma
grave ofensa.
É por meio das interações sociais, da linguagem, do
vestuário, da estética e dos hábitos alimentares que uma
cultura é transmitida e se manifesta.
- Interações Sociais – hábitos de apertar as mãos (indicando
amizade, respeito), bater palmas nas frentes das casas (chamar as
pessoas), beijar o rosto (em sinal de respeito e amizade), dar
presentes, etc.
- Linguagem – algumas palavras são evitadas em determinados
contextos sociais, pois fazem referências às questões da
sexualidade.
- Vestuário – no Afeganistão as mulheres solteiras usam uma
burca (roupa que encobre todo o corpo).
- Estética – em algumas tribos africanas, algumas mulheres
possuem um pescoço alongado (mulheres-girafa) como símbolo
de beleza e prestígio. No Japão, os pés das meninas são reduzidos
por um sapatinho.
- Hábitos Alimentares – Na França, há consumo de escargots. No
Brasil, há o costume de consumir tanajuras (formigas saúvas),
corações e moelas de frango.
Em um mesmo país, podemos ter diferentes culturas. Na
Região Sul é comum o consumo do Chimarrão (mate quente
em uma cuia), enquanto na Região Nordeste há o consumo de
“buchada de bode”.
A Cultura Organizacional
Cada organização tem sua cultura, ou seja, sua maneira de gerir e
resolver problemas. Quem já transitou por várias delas, sabe o
quanto é importante ter flexibilidade e capacidade de adaptação.
As organizações trazem as culturas de seus países de origem e sofrem
influências da região, cidade ou país em que estão sediadas. Neste
contexto, saber que nenhuma organização está imune à cultura,
compreender as crenças, os valores que são compartilhados pelos
seus membros, é condição indispensável para se compreender o
funcionamento e entender a identidade de uma empresa.
Sendo assim, a cultura organizacional é um universo simbólico
que se apresenta no dia a dia através das atitudes,
comportamentos, valores, reações, linguagens, vestimenta,
ritos, mitos e etc.
O importante é compreender que uma cultura organizacional
pode ser modificada, controlada e gerenciada
intencionalmente. Por meios de recrutamentos e seleção
adequados, treinamentos constantes e orientados pelos valores
da organização, salários dignos... possibilitam o surgimento de
uma cultura mais arrojada diante dos desafios que são impostos
pela modernidade às empresas.
Desta forma, a cultura organizacional são os símbolos, imagens,
mitos, estórias, linguagem, rituais, cerimônias, hábitos e
valores, além da organização espacial, arquitetura, móveis e
espaço físico das organizações.
Alguns aspectos da cultura organizacional são bastante
evidentes, como as festas de final de ano, com a participação de
todos os colaboradores, que se tornou um ritual. Ou na hora das
refeições, que alguns líderes, como o presidente da organização,
através de um circuito interno de TV, conversa com todos os
funcionários, mostrando-lhes os resultados e motivando-os para
os próximos desafios.
Muitas empresas trabalham com mitos, como as histórias de
sucesso de seus idealizadores e formadores. Veja, por
exemplo, a história de Steve Jobs na Apple, ou a de Bill Gates
na Microsoft.
Para Jung a cultura é vista como estereótipos (modelos sociais)
que “modelam” a nossa forma de ser e ou agir. São por meio
desses modelos, que compreendemos melhor o outro e
falamos basicamente na mesma linguagem. A cultura faz com
que a nossa comunicação seja mais eficiente e eficaz.
Alguns traços de uma cultura organizacional podem ser
verificados nos modos como a empresa tratam seus diversos
skateholders (clientes, fornecedores, imprensa, investidores,
etc). Podemos também ver nos modos de como negociam
(comportamento agressivo ou conservador) ou no grau de
autonomia que a organização dá a seus gerentes e demais
colaboradores, em que se estabelecem um vínculo. Um bom
exemplo de vínculo é o caso da Varig em que seus funcionários
chegaram a abrir mão de suas indenizações para salvar a
companhia da falência.
“A Varig era mais que uma empresa, era um modo de vida e uma
referência no cenário nacional e deixá-la fechar não representava
apenas o fim de uma empresa, mas o término de tudo aquilo em
que se acreditava e que havia sido construído”.
A Varig pertencia à Fundação Rubem Berta. Uma fundação, cujos
membros eram os próprios funcionários. Seu idealizador, Rubem
Berta, deixou todas as ações da empresa em mãos de seus
funcionários. Por décadas, foram os funcionários que
administraram a empresa, um modelo de gestão organizacional
que dava orgulho à nação e a todos os seus funcionários.
A cultura organizacional trata das normas informais que
orientam a ação dos membros com foco nos objetivos, visão e
missão da empresa. Ao se pensar o planejamento estratégico, é
importante que os líderes levem em consideração esses
critérios, sob pena de ir para lugar nenhum.
Aspectos da cultura brasileira que influenciam a cultura das
organizações
Quando falamos da cultura brasileira, falamos de um processo
étnico e multicultural que a caracteriza, proveniente da
miscigenação de três povos: o europeu, o africano e o indígena.
Alguns traços são perceptíveis:
1 – Hierarquia
O Brasil sempre foi marcado pela hierarquia, ou seja, a divisão
entre senhores e escravos, entre coronéis e empregados, entre
governantes e governados. Isso é proveniente de nossa época
colonial e imperial, em que reis e governadores (cultos)
detinham controle sobre a população (inculta).
Na França, devido a suas várias revoluções, há menos hierarquia
e menor distância entre ricos e pobres, devido aos seus ideais
de igualdade, fraternidade e liberdade pregados em fins do
século XVIII.
2 – Paternalismo
A família brasileira sempre foi patriarcal. Devido ao próprio
processo civilizatório. Há um grau de dependência entre
senhores de engenho e escravos, entre monarcas e súditos,
entre protetores e protegidos. As expressões “ ser amigo do
rei”, “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”, são marcas de nossa
cultura.
3 – Jeitinho
O famoso “jeitinho brasileiro” é fruto desse modo de organizar a
sociedade. Para burlar leis e normas, sempre se descobriu um
“jeitinho” para proteger amigos e pessoas ligados ao nosso
círculo. Embora tenha um traço de criatividade, o “jeitinho”
pode ser um problema, como o que pode ser visto no atual
cenário político em que se encontra a nação brasileira.
4 – Senso desbravador
Herança dos bandeirantes que exploraram a terra e dos jesuítas e
navegadores portugueses, este espírito desbravador,
“empreendedor”, é marca de nossa sociedade. Sempre há um
jeitinho para superar as dificuldades.
5 – Cordialidade
Os brasileiros são conhecidos pela cordialidade. Temos um
Cristo com braços abertos. Seguimos muitas vezes os impulsos
do coração. Veja o exemplo que ocorreu durante a Copa de
2014 em que os jogadores foram solidários com a saída
prematura de Neymar e esqueceram de jogar! Fato que
culminou com a famosa derrota diante da seleção alemã.
Esses traços de nossa cultura marcam profundamente as
organizações que operam no Brasil. Saber lidar com eles, é
fator de sucesso para uma gestão voltada ao conhecimento.
A cultura organizacional como interpretação da realidade
A partir de 1980, o conceito de cultura organizacional passou
por uma profunda restruturação. Atualmente, podemos
compreendê-lo a partir de duas vertentes: a mecanicista e a
holográfica.
1 – Mecanicista – nesta abordagem, a cultura organizacional
pode ser compreendida por diferentes elementos distintos, tais
como: crenças, valores, histórias, mitos, heróis, normas e rituais.
Acredita-se que é possível interferir e ou modificar a cultura de
uma empresa, a partir da manipulação de cada elemento
(variável). Nesta visão, a soma das partes acaba constituindo o
todo. Verificou-se também que tal abordagem não reflete
necessariamente a realidade, uma vez que os elementos podem
não pertencer necessariamente à organização, mas fazer parte
das pessoas. Neste caso, uma abordagem psicológica se faz
necessária.
2 – Holográfica - nesta abordagem, a cultura organizacional é
entendida como um reflexo da interpretação da organização feita
pelos seus colaboradores. Como em uma holografia, cada parte
contém características do todo. Em outras palavras, cada parte
reflete o todo.
A cultura organizacional na gestão do conhecimento
A gestão do conhecimento se tornou uma forma estratégica de
alavancar a produtividade e competitividade das organizações.
Só para se ter uma ideia dessa nova sistemática, em 1998, 28%
das empresas norte-americanas a adotavam. Entre 1998 e
2002, esta taxa aumentou para 96%, um salto quântico!
Segundo a revista Information Strategy Online, 73% dos
executivos entrevistados tratam deste tema, dada a
importância desta abordagem nos dias atuais.
Neste contexto, a cultura organizacional ganha relevância, pois
interfere significativamente no desenvolvimento do capital
intelectual das organizações. Ela é vista como uma
superestrutura que, incorporada ao coletivo humano, possibilita
a geração, o uso e o compartilhamento do conhecimento.
Algumas características presentes da cultura que possibilitam a
gestão do conhecimento:
- Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente
em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos.
- Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente
em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos.
- Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de
encontrar soluções aos problemas da organização.
- Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente
em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos.
- Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de
encontrar soluções aos problemas da organização.
- Uso intensivo do conhecimento nas soluções de problemas.
- Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente
em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos.
- Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de
encontrar soluções aos problemas da organização.
- Uso intensivo do conhecimento nas soluções de problemas.
- Crença no desenvolvimento das pessoas e da organização.
- Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente
em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos.
- Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de
encontrar soluções aos problemas da organização.
- Uso intensivo do conhecimento nas soluções de problemas.
- Crença no desenvolvimento das pessoas e da organização.
- Pressuposto de que a troca de informações é confiável.
- Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente
em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos.
- Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de
encontrar soluções aos problemas da organização.
- Uso intensivo do conhecimento nas soluções de problemas.
- Crença no desenvolvimento das pessoas e da organização.
- Pressuposto de que a troca de informações é confiável.
- Permanente análise dos múltiplos fatores que estão envolvidas
as organizações e suas inter-relações.
Trabalhando a cultura organizacional visando à gestão do
conhecimento
Partindo do entendimento de cultura e suas inter-relações com a
psique humana, as mudanças culturais de uma organização
podem ocorrer de duas maneiras: revolucionariamente ou
gradualmente.
A forma revolucionária é traumática, arriscada e potencialmente
destrutiva, como no caso de reengenharia de empresas. Já a
forma gradual é mais “humana”, ela permite que haja uma
adaptação às novas formas propostas para o ambiente
empresarial.
Há duas maneiras de trabalhar a questão cultural nas
organizações: uma externa aos indivíduos, por meio do estilo
gerencial; e a outra interna, através das mudanças de modelos
mentais.
No estilo gerencial, os líderes
- Contratam e mantém subordinados de acordo com os seus perfis.
No estilo gerencial, os líderes
- Contratam e mantém subordinados de acordo com os seus perfis.
- Doutrinam e socializam subordinados, segundo seu modo de
pensar e agir.
No estilo gerencial, os líderes
- Contratam e mantém subordinados de acordo com os seus perfis.
- Doutrinam e socializam subordinados, segundo seu modo de
pensar e agir.
- Sinalizam suas posturas e comportamentos como estilo que deve
ser seguido e imitado pelos seus subordinados.
No estilo gerencial, os líderes
- Contratam e mantém subordinados de acordo com os seus perfis.
- Doutrinam e socializam subordinados, segundo seu modo de
pensar e agir.
- Sinalizam suas posturas e comportamentos como estilo que deve
ser seguido e imitado pelos seus subordinados.
- Redefinem processos e rotinas organizacionais que servem de
apoio às mudanças pretendidas.
Embora se trate de um pensamento autoritário, este modelo pode
levar a resultados concretos em relação às mudanças incrementais
na cultura da organização.
No trabalho com modelos mentais, os líderes devem
trabalhar com componentes psicológicos de sua equipe, que
fomentam modelos mentais, que segundo Senge (1990), são
as formas pelas quais vemos e interpretamos o mundo e que
influenciam o nosso agir. Isso ocorre por meio da
comunicação e do diálogo, em que padrões e
comportamentos nocivos, que impedem às mudanças, são
“conscientizados” pelos seus membros.
CONCLUSÃO
Finalmente compreender a cultura organizacional é uma
etapa importante para uma gestão focada no
desenvolvimento do conhecimento de uma organização,
como já vimos, tornou-se fator de sucesso para o
estabelecimento da competitividade e de garantia de
sobrevivência.
REFERÊNCIAS
ANGELONI, M. T. (Org.) Organizações do Conhecimento:
infraestrutura, pessoas e tecnologia, 2. Ed. – São Paulo:
Saraiva, 2008.
SVEIBY, Karl Erick. A nova riqueza das organizações. Rio de
Janeiro: Campus, 1998.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Cultura Oganizacional
Cultura OganizacionalCultura Oganizacional
Cultura Oganizacional
guestb2a693
 

Was ist angesagt? (20)

Cultura Oganizacional
Cultura OganizacionalCultura Oganizacional
Cultura Oganizacional
 
Empreendedorismo no Brasil
Empreendedorismo no BrasilEmpreendedorismo no Brasil
Empreendedorismo no Brasil
 
Práticas Administrativas - Aulas 1 a 12
Práticas Administrativas - Aulas 1 a 12Práticas Administrativas - Aulas 1 a 12
Práticas Administrativas - Aulas 1 a 12
 
Empreendedorismo
EmpreendedorismoEmpreendedorismo
Empreendedorismo
 
Liderança
LiderançaLiderança
Liderança
 
Os 4P's do Marketing
Os 4P's do MarketingOs 4P's do Marketing
Os 4P's do Marketing
 
Mercado de trabalho
Mercado de trabalhoMercado de trabalho
Mercado de trabalho
 
Empreendedorismo
EmpreendedorismoEmpreendedorismo
Empreendedorismo
 
Recrutamento e Seleção
Recrutamento e SeleçãoRecrutamento e Seleção
Recrutamento e Seleção
 
Cultura e clima organizacional aula1
Cultura e clima organizacional aula1Cultura e clima organizacional aula1
Cultura e clima organizacional aula1
 
Empreendedorismo
EmpreendedorismoEmpreendedorismo
Empreendedorismo
 
Inovação Tecnológica
Inovação TecnológicaInovação Tecnológica
Inovação Tecnológica
 
Ética no marketing
Ética no marketingÉtica no marketing
Ética no marketing
 
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS – OSM
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS – OSMORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS – OSM
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS – OSM
 
Ética e Responsabilidade Social
Ética e Responsabilidade SocialÉtica e Responsabilidade Social
Ética e Responsabilidade Social
 
Aula 7 gestão organizacional
Aula 7 gestão organizacionalAula 7 gestão organizacional
Aula 7 gestão organizacional
 
Introdução Organização Sistemas e Metodos
Introdução Organização Sistemas e MetodosIntrodução Organização Sistemas e Metodos
Introdução Organização Sistemas e Metodos
 
Teoria do Desenvolvimento Organizacional
Teoria do Desenvolvimento OrganizacionalTeoria do Desenvolvimento Organizacional
Teoria do Desenvolvimento Organizacional
 
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
 
metodologia científica da pesquisa
 metodologia científica da pesquisa metodologia científica da pesquisa
metodologia científica da pesquisa
 

Ähnlich wie Aula 8 A Cultura Organizacional e a Gestão do Conhecimento

Organizações que aprendem
Organizações que aprendemOrganizações que aprendem
Organizações que aprendem
Celia Carvalho
 

Ähnlich wie Aula 8 A Cultura Organizacional e a Gestão do Conhecimento (20)

Aula 8 Cultura Organizacional
Aula 8   Cultura Organizacional Aula 8   Cultura Organizacional
Aula 8 Cultura Organizacional
 
Cultura organizacional
Cultura organizacionalCultura organizacional
Cultura organizacional
 
Modulo6
Modulo6Modulo6
Modulo6
 
Escola cultural
Escola culturalEscola cultural
Escola cultural
 
ATIVIDADES religiao 6 ano.pdf
ATIVIDADES religiao 6 ano.pdfATIVIDADES religiao 6 ano.pdf
ATIVIDADES religiao 6 ano.pdf
 
Comportamento do consumidor online
Comportamento do consumidor online Comportamento do consumidor online
Comportamento do consumidor online
 
Adm. Internacional - Questão Cultural, Modos de Entrada e Teorias do Comércio...
Adm. Internacional - Questão Cultural, Modos de Entrada e Teorias do Comércio...Adm. Internacional - Questão Cultural, Modos de Entrada e Teorias do Comércio...
Adm. Internacional - Questão Cultural, Modos de Entrada e Teorias do Comércio...
 
Cultura Organizacional .ppt
Cultura Organizacional .pptCultura Organizacional .ppt
Cultura Organizacional .ppt
 
Aula 01 - Introdução à Cultura Organizacional_PPT_novo.pdf
Aula 01 - Introdução à Cultura Organizacional_PPT_novo.pdfAula 01 - Introdução à Cultura Organizacional_PPT_novo.pdf
Aula 01 - Introdução à Cultura Organizacional_PPT_novo.pdf
 
Vieses inconscientes.pptx
 Vieses inconscientes.pptx Vieses inconscientes.pptx
Vieses inconscientes.pptx
 
Diversidade como fonte de inovação no setor público
Diversidade como fonte de inovação no setor públicoDiversidade como fonte de inovação no setor público
Diversidade como fonte de inovação no setor público
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 7
 
Cultura Organizacional.pptx
Cultura Organizacional.pptxCultura Organizacional.pptx
Cultura Organizacional.pptx
 
Organizações que aprendem
Organizações que aprendemOrganizações que aprendem
Organizações que aprendem
 
Cultura - Psicologia
Cultura - PsicologiaCultura - Psicologia
Cultura - Psicologia
 
Programa Comex INfoco: Como ter sucesso nas negociações com os principais mer...
Programa Comex INfoco: Como ter sucesso nas negociações com os principais mer...Programa Comex INfoco: Como ter sucesso nas negociações com os principais mer...
Programa Comex INfoco: Como ter sucesso nas negociações com os principais mer...
 
Aula 2 sociedade e cultura
Aula 2   sociedade e culturaAula 2   sociedade e cultura
Aula 2 sociedade e cultura
 
Administração de Recursos Humanos
Administração de Recursos HumanosAdministração de Recursos Humanos
Administração de Recursos Humanos
 
GERENCIANDO FUNCIONÁRIOS DIVERSIFICADOS EM UM AMBIENTE MULTICULTURAL
GERENCIANDO FUNCIONÁRIOS DIVERSIFICADOS EM UM AMBIENTE MULTICULTURALGERENCIANDO FUNCIONÁRIOS DIVERSIFICADOS EM UM AMBIENTE MULTICULTURAL
GERENCIANDO FUNCIONÁRIOS DIVERSIFICADOS EM UM AMBIENTE MULTICULTURAL
 
Artigo geracoes - Uma confluencia ciclica
Artigo geracoes - Uma confluencia ciclicaArtigo geracoes - Uma confluencia ciclica
Artigo geracoes - Uma confluencia ciclica
 

Mehr von Carlos Alves

Aula 13 Universidade Corporativa e Gestão do Conhecimento
Aula 13 Universidade Corporativa e Gestão do ConhecimentoAula 13 Universidade Corporativa e Gestão do Conhecimento
Aula 13 Universidade Corporativa e Gestão do Conhecimento
Carlos Alves
 
Aula 12 Educação Corporativa
Aula 12 Educação CorporativaAula 12 Educação Corporativa
Aula 12 Educação Corporativa
Carlos Alves
 
Aula 11 Criatividade e Inovação
Aula 11 Criatividade e InovaçãoAula 11 Criatividade e Inovação
Aula 11 Criatividade e Inovação
Carlos Alves
 
Aula 11 Relação com os investidores
Aula 11   Relação com os investidoresAula 11   Relação com os investidores
Aula 11 Relação com os investidores
Carlos Alves
 
Aula 9 Estruturas Organizacionais e a Gestão do Conhecimento
Aula 9 Estruturas Organizacionais e a Gestão do ConhecimentoAula 9 Estruturas Organizacionais e a Gestão do Conhecimento
Aula 9 Estruturas Organizacionais e a Gestão do Conhecimento
Carlos Alves
 
Aula 8 comunicação de marketing
Aula 8 comunicação de marketing Aula 8 comunicação de marketing
Aula 8 comunicação de marketing
Carlos Alves
 
Aula 6 Modelos Mentais: conceito e análise
Aula 6  Modelos Mentais: conceito e análiseAula 6  Modelos Mentais: conceito e análise
Aula 6 Modelos Mentais: conceito e análise
Carlos Alves
 
Aula 7 Comunicação Institucional
Aula 7   Comunicação InstitucionalAula 7   Comunicação Institucional
Aula 7 Comunicação Institucional
Carlos Alves
 

Mehr von Carlos Alves (20)

Aula 4 capital intelectual
Aula 4 capital intelectualAula 4 capital intelectual
Aula 4 capital intelectual
 
Revisão Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento
Revisão Educação Corporativa e Gestão do ConhecimentoRevisão Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento
Revisão Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento
 
Comunicação Empresarial: uma ferramenta estratégica
Comunicação Empresarial: uma ferramenta estratégicaComunicação Empresarial: uma ferramenta estratégica
Comunicação Empresarial: uma ferramenta estratégica
 
Comunicação Empresarial CE Básico
Comunicação Empresarial CE BásicoComunicação Empresarial CE Básico
Comunicação Empresarial CE Básico
 
Plano de comunicação e reflexões sobre a linguagem
Plano de comunicação e reflexões sobre a linguagemPlano de comunicação e reflexões sobre a linguagem
Plano de comunicação e reflexões sobre a linguagem
 
Aula 13 Universidade Corporativa e Gestão do Conhecimento
Aula 13 Universidade Corporativa e Gestão do ConhecimentoAula 13 Universidade Corporativa e Gestão do Conhecimento
Aula 13 Universidade Corporativa e Gestão do Conhecimento
 
Aula 12 Educação Corporativa
Aula 12 Educação CorporativaAula 12 Educação Corporativa
Aula 12 Educação Corporativa
 
Aula 11 Criatividade e Inovação
Aula 11 Criatividade e InovaçãoAula 11 Criatividade e Inovação
Aula 11 Criatividade e Inovação
 
Aula 10 Estilos de liderança e gestão do conhecimento
Aula 10   Estilos de liderança e gestão do conhecimentoAula 10   Estilos de liderança e gestão do conhecimento
Aula 10 Estilos de liderança e gestão do conhecimento
 
Aula 11 Relação com os investidores
Aula 11   Relação com os investidoresAula 11   Relação com os investidores
Aula 11 Relação com os investidores
 
Aula 9 Estruturas Organizacionais e a Gestão do Conhecimento
Aula 9 Estruturas Organizacionais e a Gestão do ConhecimentoAula 9 Estruturas Organizacionais e a Gestão do Conhecimento
Aula 9 Estruturas Organizacionais e a Gestão do Conhecimento
 
Aula 10 - Propaganda Corporativa
Aula 10 -  Propaganda CorporativaAula 10 -  Propaganda Corporativa
Aula 10 - Propaganda Corporativa
 
Aula 9 Identidade Imagem e Reputação
Aula 9 Identidade Imagem e ReputaçãoAula 9 Identidade Imagem e Reputação
Aula 9 Identidade Imagem e Reputação
 
Aula 8 comunicação de marketing
Aula 8 comunicação de marketing Aula 8 comunicação de marketing
Aula 8 comunicação de marketing
 
Aula 6 Modelos Mentais: conceito e análise
Aula 6  Modelos Mentais: conceito e análiseAula 6  Modelos Mentais: conceito e análise
Aula 6 Modelos Mentais: conceito e análise
 
Aula 7 Comunicação Institucional
Aula 7   Comunicação InstitucionalAula 7   Comunicação Institucional
Aula 7 Comunicação Institucional
 
Aula 4 capital intelectual
Aula 4 capital intelectualAula 4 capital intelectual
Aula 4 capital intelectual
 
Aula 6 endomarketing
Aula 6 endomarketingAula 6 endomarketing
Aula 6 endomarketing
 
Aula 5 aprendizagem_organizacional
Aula 5 aprendizagem_organizacionalAula 5 aprendizagem_organizacional
Aula 5 aprendizagem_organizacional
 
Comunicação interna
Comunicação internaComunicação interna
Comunicação interna
 

Kürzlich hochgeladen

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 

Aula 8 A Cultura Organizacional e a Gestão do Conhecimento

  • 1. Aula 8 Cultura Organizacional e Gestão do Conhecimento Educação Corporativa Carlos Luiz Alves
  • 2. Entender a cultura organizacional é compreender os comportamentos dos indivíduos, é estabelecer uma estratégia de mudança a partir dos pressupostos da gestão do conhecimento.
  • 3. Objetivos: - Definir cultura e cultura organizacional - Conhecer os elementos que compõem a cultura organizacional. - Compreender as dificuldades de implementação de mudanças tendo como referência a cultura organizacional; - Implementar mudanças na cultura organizacional
  • 4. No nosso dia a dia, constantemente ouvimos falar que tal indivíduo tem uma cultura fantástica, quando pretendermos elogiar seu conhecimento e suas vivências. É comum também ouvirmos esta expressão em projetos ditos culturais, que representam as manifestações artísticas de uma dada cidade ou região. Mas, afinal o que é cultura?
  • 5. Cultura é o conjunto de ideias, crenças, arte, moral, direito, hábitos e padrões de comportamento que caracterizam uma sociedade e que, oportunamente, modelam também os comportamentos dos indivíduos, estabelecendo modelos mentais (Senge) e arquétipos (Carl Jung)
  • 6. É por meio das várias instituições sociais (família, clube, escola, empresa, etc.) que aprendemos a cultura do país e da região em que estamos inseridos. É pelo processo de socialização (tácito para tácito) que assimilamos os valores, as crenças de uma determinada sociedade.
  • 7. É por meio das várias instituições sociais (família, clube, escola, empresa, etc.) que aprendemos a cultura do país e da região em que estamos inseridos. É pelo processo de socialização (tácito para tácito) que assimilamos os valores, as crenças de uma determinada sociedade. Não podemos valorizar uma cultura de um povo em detrimento de uma outra, pois são coisas totalmente distintas que representam um universo próprio de sentidos de uma determinada sociedade.
  • 8. Precisamos também compreender que as diferenças culturais fazem com que uma palavra, objeto, gesto ou manifestação adquiram sentidos também diferentes. Vejam alguns exemplos:
  • 9. A palavra rapariga tem uma conotação negativa no Brasil, enquanto em Portugal trata-se de uma jovem moça. Unir os dedos indicador e polegar, para dizer OK, nos Estados Unidos é perfeitamente normal, enquanto no Brasil, é considerado uma grave ofensa.
  • 10. É por meio das interações sociais, da linguagem, do vestuário, da estética e dos hábitos alimentares que uma cultura é transmitida e se manifesta.
  • 11. - Interações Sociais – hábitos de apertar as mãos (indicando amizade, respeito), bater palmas nas frentes das casas (chamar as pessoas), beijar o rosto (em sinal de respeito e amizade), dar presentes, etc.
  • 12. - Linguagem – algumas palavras são evitadas em determinados contextos sociais, pois fazem referências às questões da sexualidade.
  • 13. - Vestuário – no Afeganistão as mulheres solteiras usam uma burca (roupa que encobre todo o corpo).
  • 14. - Estética – em algumas tribos africanas, algumas mulheres possuem um pescoço alongado (mulheres-girafa) como símbolo de beleza e prestígio. No Japão, os pés das meninas são reduzidos por um sapatinho.
  • 15. - Hábitos Alimentares – Na França, há consumo de escargots. No Brasil, há o costume de consumir tanajuras (formigas saúvas), corações e moelas de frango.
  • 16. Em um mesmo país, podemos ter diferentes culturas. Na Região Sul é comum o consumo do Chimarrão (mate quente em uma cuia), enquanto na Região Nordeste há o consumo de “buchada de bode”.
  • 17. A Cultura Organizacional Cada organização tem sua cultura, ou seja, sua maneira de gerir e resolver problemas. Quem já transitou por várias delas, sabe o quanto é importante ter flexibilidade e capacidade de adaptação.
  • 18. As organizações trazem as culturas de seus países de origem e sofrem influências da região, cidade ou país em que estão sediadas. Neste contexto, saber que nenhuma organização está imune à cultura, compreender as crenças, os valores que são compartilhados pelos seus membros, é condição indispensável para se compreender o funcionamento e entender a identidade de uma empresa.
  • 19. Sendo assim, a cultura organizacional é um universo simbólico que se apresenta no dia a dia através das atitudes, comportamentos, valores, reações, linguagens, vestimenta, ritos, mitos e etc.
  • 20. O importante é compreender que uma cultura organizacional pode ser modificada, controlada e gerenciada intencionalmente. Por meios de recrutamentos e seleção adequados, treinamentos constantes e orientados pelos valores da organização, salários dignos... possibilitam o surgimento de uma cultura mais arrojada diante dos desafios que são impostos pela modernidade às empresas.
  • 21. Desta forma, a cultura organizacional são os símbolos, imagens, mitos, estórias, linguagem, rituais, cerimônias, hábitos e valores, além da organização espacial, arquitetura, móveis e espaço físico das organizações.
  • 22. Alguns aspectos da cultura organizacional são bastante evidentes, como as festas de final de ano, com a participação de todos os colaboradores, que se tornou um ritual. Ou na hora das refeições, que alguns líderes, como o presidente da organização, através de um circuito interno de TV, conversa com todos os funcionários, mostrando-lhes os resultados e motivando-os para os próximos desafios.
  • 23. Muitas empresas trabalham com mitos, como as histórias de sucesso de seus idealizadores e formadores. Veja, por exemplo, a história de Steve Jobs na Apple, ou a de Bill Gates na Microsoft.
  • 24. Para Jung a cultura é vista como estereótipos (modelos sociais) que “modelam” a nossa forma de ser e ou agir. São por meio desses modelos, que compreendemos melhor o outro e falamos basicamente na mesma linguagem. A cultura faz com que a nossa comunicação seja mais eficiente e eficaz.
  • 25. Alguns traços de uma cultura organizacional podem ser verificados nos modos como a empresa tratam seus diversos skateholders (clientes, fornecedores, imprensa, investidores, etc). Podemos também ver nos modos de como negociam (comportamento agressivo ou conservador) ou no grau de autonomia que a organização dá a seus gerentes e demais colaboradores, em que se estabelecem um vínculo. Um bom exemplo de vínculo é o caso da Varig em que seus funcionários chegaram a abrir mão de suas indenizações para salvar a companhia da falência.
  • 26. “A Varig era mais que uma empresa, era um modo de vida e uma referência no cenário nacional e deixá-la fechar não representava apenas o fim de uma empresa, mas o término de tudo aquilo em que se acreditava e que havia sido construído”.
  • 27. A Varig pertencia à Fundação Rubem Berta. Uma fundação, cujos membros eram os próprios funcionários. Seu idealizador, Rubem Berta, deixou todas as ações da empresa em mãos de seus funcionários. Por décadas, foram os funcionários que administraram a empresa, um modelo de gestão organizacional que dava orgulho à nação e a todos os seus funcionários.
  • 28. A cultura organizacional trata das normas informais que orientam a ação dos membros com foco nos objetivos, visão e missão da empresa. Ao se pensar o planejamento estratégico, é importante que os líderes levem em consideração esses critérios, sob pena de ir para lugar nenhum.
  • 29. Aspectos da cultura brasileira que influenciam a cultura das organizações Quando falamos da cultura brasileira, falamos de um processo étnico e multicultural que a caracteriza, proveniente da miscigenação de três povos: o europeu, o africano e o indígena. Alguns traços são perceptíveis:
  • 30. 1 – Hierarquia O Brasil sempre foi marcado pela hierarquia, ou seja, a divisão entre senhores e escravos, entre coronéis e empregados, entre governantes e governados. Isso é proveniente de nossa época colonial e imperial, em que reis e governadores (cultos) detinham controle sobre a população (inculta).
  • 31. Na França, devido a suas várias revoluções, há menos hierarquia e menor distância entre ricos e pobres, devido aos seus ideais de igualdade, fraternidade e liberdade pregados em fins do século XVIII.
  • 32. 2 – Paternalismo A família brasileira sempre foi patriarcal. Devido ao próprio processo civilizatório. Há um grau de dependência entre senhores de engenho e escravos, entre monarcas e súditos, entre protetores e protegidos. As expressões “ ser amigo do rei”, “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”, são marcas de nossa cultura.
  • 33. 3 – Jeitinho O famoso “jeitinho brasileiro” é fruto desse modo de organizar a sociedade. Para burlar leis e normas, sempre se descobriu um “jeitinho” para proteger amigos e pessoas ligados ao nosso círculo. Embora tenha um traço de criatividade, o “jeitinho” pode ser um problema, como o que pode ser visto no atual cenário político em que se encontra a nação brasileira.
  • 34. 4 – Senso desbravador Herança dos bandeirantes que exploraram a terra e dos jesuítas e navegadores portugueses, este espírito desbravador, “empreendedor”, é marca de nossa sociedade. Sempre há um jeitinho para superar as dificuldades.
  • 35. 5 – Cordialidade Os brasileiros são conhecidos pela cordialidade. Temos um Cristo com braços abertos. Seguimos muitas vezes os impulsos do coração. Veja o exemplo que ocorreu durante a Copa de 2014 em que os jogadores foram solidários com a saída prematura de Neymar e esqueceram de jogar! Fato que culminou com a famosa derrota diante da seleção alemã. Esses traços de nossa cultura marcam profundamente as organizações que operam no Brasil. Saber lidar com eles, é fator de sucesso para uma gestão voltada ao conhecimento.
  • 36. A cultura organizacional como interpretação da realidade A partir de 1980, o conceito de cultura organizacional passou por uma profunda restruturação. Atualmente, podemos compreendê-lo a partir de duas vertentes: a mecanicista e a holográfica.
  • 37. 1 – Mecanicista – nesta abordagem, a cultura organizacional pode ser compreendida por diferentes elementos distintos, tais como: crenças, valores, histórias, mitos, heróis, normas e rituais. Acredita-se que é possível interferir e ou modificar a cultura de uma empresa, a partir da manipulação de cada elemento (variável). Nesta visão, a soma das partes acaba constituindo o todo. Verificou-se também que tal abordagem não reflete necessariamente a realidade, uma vez que os elementos podem não pertencer necessariamente à organização, mas fazer parte das pessoas. Neste caso, uma abordagem psicológica se faz necessária.
  • 38. 2 – Holográfica - nesta abordagem, a cultura organizacional é entendida como um reflexo da interpretação da organização feita pelos seus colaboradores. Como em uma holografia, cada parte contém características do todo. Em outras palavras, cada parte reflete o todo.
  • 39. A cultura organizacional na gestão do conhecimento A gestão do conhecimento se tornou uma forma estratégica de alavancar a produtividade e competitividade das organizações. Só para se ter uma ideia dessa nova sistemática, em 1998, 28% das empresas norte-americanas a adotavam. Entre 1998 e 2002, esta taxa aumentou para 96%, um salto quântico! Segundo a revista Information Strategy Online, 73% dos executivos entrevistados tratam deste tema, dada a importância desta abordagem nos dias atuais.
  • 40. Neste contexto, a cultura organizacional ganha relevância, pois interfere significativamente no desenvolvimento do capital intelectual das organizações. Ela é vista como uma superestrutura que, incorporada ao coletivo humano, possibilita a geração, o uso e o compartilhamento do conhecimento. Algumas características presentes da cultura que possibilitam a gestão do conhecimento:
  • 41. - Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos.
  • 42. - Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos. - Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de encontrar soluções aos problemas da organização.
  • 43. - Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos. - Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de encontrar soluções aos problemas da organização. - Uso intensivo do conhecimento nas soluções de problemas.
  • 44. - Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos. - Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de encontrar soluções aos problemas da organização. - Uso intensivo do conhecimento nas soluções de problemas. - Crença no desenvolvimento das pessoas e da organização.
  • 45. - Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos. - Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de encontrar soluções aos problemas da organização. - Uso intensivo do conhecimento nas soluções de problemas. - Crença no desenvolvimento das pessoas e da organização. - Pressuposto de que a troca de informações é confiável.
  • 46. - Crença na possibilidade das organizações em gerir o ambiente em que estão inseridas, onde exigem novos conhecimentos. - Pressuposto ou crença de que as pessoas são capazes de encontrar soluções aos problemas da organização. - Uso intensivo do conhecimento nas soluções de problemas. - Crença no desenvolvimento das pessoas e da organização. - Pressuposto de que a troca de informações é confiável. - Permanente análise dos múltiplos fatores que estão envolvidas as organizações e suas inter-relações.
  • 47. Trabalhando a cultura organizacional visando à gestão do conhecimento Partindo do entendimento de cultura e suas inter-relações com a psique humana, as mudanças culturais de uma organização podem ocorrer de duas maneiras: revolucionariamente ou gradualmente.
  • 48. A forma revolucionária é traumática, arriscada e potencialmente destrutiva, como no caso de reengenharia de empresas. Já a forma gradual é mais “humana”, ela permite que haja uma adaptação às novas formas propostas para o ambiente empresarial.
  • 49. Há duas maneiras de trabalhar a questão cultural nas organizações: uma externa aos indivíduos, por meio do estilo gerencial; e a outra interna, através das mudanças de modelos mentais.
  • 50. No estilo gerencial, os líderes - Contratam e mantém subordinados de acordo com os seus perfis.
  • 51. No estilo gerencial, os líderes - Contratam e mantém subordinados de acordo com os seus perfis. - Doutrinam e socializam subordinados, segundo seu modo de pensar e agir.
  • 52. No estilo gerencial, os líderes - Contratam e mantém subordinados de acordo com os seus perfis. - Doutrinam e socializam subordinados, segundo seu modo de pensar e agir. - Sinalizam suas posturas e comportamentos como estilo que deve ser seguido e imitado pelos seus subordinados.
  • 53. No estilo gerencial, os líderes - Contratam e mantém subordinados de acordo com os seus perfis. - Doutrinam e socializam subordinados, segundo seu modo de pensar e agir. - Sinalizam suas posturas e comportamentos como estilo que deve ser seguido e imitado pelos seus subordinados. - Redefinem processos e rotinas organizacionais que servem de apoio às mudanças pretendidas.
  • 54. Embora se trate de um pensamento autoritário, este modelo pode levar a resultados concretos em relação às mudanças incrementais na cultura da organização.
  • 55. No trabalho com modelos mentais, os líderes devem trabalhar com componentes psicológicos de sua equipe, que fomentam modelos mentais, que segundo Senge (1990), são as formas pelas quais vemos e interpretamos o mundo e que influenciam o nosso agir. Isso ocorre por meio da comunicação e do diálogo, em que padrões e comportamentos nocivos, que impedem às mudanças, são “conscientizados” pelos seus membros.
  • 56. CONCLUSÃO Finalmente compreender a cultura organizacional é uma etapa importante para uma gestão focada no desenvolvimento do conhecimento de uma organização, como já vimos, tornou-se fator de sucesso para o estabelecimento da competitividade e de garantia de sobrevivência.
  • 57. REFERÊNCIAS ANGELONI, M. T. (Org.) Organizações do Conhecimento: infraestrutura, pessoas e tecnologia, 2. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2008. SVEIBY, Karl Erick. A nova riqueza das organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998.