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Análise de Risco
Credito de Clientes
INTRODUÇÃO
A cobrança nos créditos resultantes de transações comerciais é uma preocupação diária em muitas empresas.
Frequentemente, o prazo de mora estende-se muito além da data de vencimento das faturas fazendo surgir o cenário, tão temido, do incumprimento definitivo.
Se um número significativo de clientes estão em mora nos seus pagamentos, ou existe um risco elevado desses valores nunca serem pagos, tal situação pode
causar grandes dificuldades à empresa credora ao nível da sua tesouraria, ou mesmo pôr em causa a capacidade desta solver as suas próprias dívidas.
VENDAS E CONTAS A RECEBER
Questionário prévio de controlo interno
Aprovação das encomendas de clientes: está definida a política de vendas a crédito quanto plafond de crédito e restantes condições de
venda?
Controlo de crédito: está definida a política de recolha de informações comerciais e são as mesmas guardadas?
Estão definidos os responsáveis pela respetiva atribuição?
O plafond consta da “ficha” de cada cliente?
As encomendas recebidas de clientes são aprovadas antes de satisfeitas:
Pela Direcção Comercial: quanto a produtos, prazos, preços, descontos, etc
Pela Direcção Financeira: quanto a crédito concedido?
As expedições só são efetuadas com suporte em requisições da Sec. Faturação?
As faturas (de venda) (e as notas de crédito) são elaboradas por pessoas independentes de:
Pessoas que registam as encomendas?
Os que fazem os registos respetivos para fins contabilísticos ?
São as faturas preparadas com base no registo efectivo dos bens despachados ou serviços prestados?
Os preços debitados baseiam-se em listas de preços aprovadas? Verificados por pessoas diferentes dos faturadores?
(Nota: “exception reports”)
Há um controlo sobre os créditos emitidos para verificar o seu fundamento (devoluções, reclamações, documentos de suporte, etc.),
comprovar os preços?
Estas verificações são feitas por pessoas diferentes das que emitiram os créditos?
Todos os ajustamentos a contas de Clientes são devidamente suportados (documentados) e autorizados antes de lançados nos
registos?
Os recebimentos de clientes são identificados (“match”) com os movimentos individuais das suas contas?
(Conta-corrente vs. Movimentos em aberto)
É elaborado e analisado regularmente um mapa de antiguidade de saldos de clientes?
São as contas-correntes de clientes revistas regularmente, com particular atenção nos itens pendentes há mais tempo?
O balancete de clientes e/ou o mapa de antiguidade de saldos é comparado, no seu total, com a conta de controlo do Razão?
O software permite lançamentos nesta conta sem lançamentos nas c/c de clientes?
Que acções são tomadas quanto aos saldos de Clientes em atraso (précontencioso, contencioso, …)?
Há algum controlo relativo a recebimentos de clientes sobre saldos anteriormente anulados?
Qual a política de registo de perdas por imparidade em contas a receber?
Critério apenas fiscal?
Ou óptica de gestão (preferencial)?
Periodicamente, são enviados pedidos de confirmação de saldos a clientes?
Há registo de títulos a receber? O total é reconciliado com a conta do Razão?
Os saldos credores de clientes são objeto de análise e investigação cuidados?
Fraude
Qualquer acto ilegal caracterizado por um engano intencional, ocultação ou violação da confiança.
Estes atos não dependem da utilização de ameaças de violência ou da força física.
AUDITORIA INTERNA E DE GESTÃO
As fraudes são perpetradas por indivíduos e organizações para conseguir dinheiros, bens ou serviços, para evitar pagamentos ou perda
de serviços ou obter vantagens pessoais ou de negócio.
De acordo com um estudo da KPMG (2007) que identifica o perfil do prevaricador, “o primeiro alguma vez efectuado a partir de casos
reais de fraude” constatou-se:
Mais de 60 por cento dos autores de fraudes são gestores de topo;
O prevaricador típico é do sexo masculino, com idade compreendida entre os 36 e os 55 anos e tem uma antiguidade media na
empresa entre 3 a 6 anos;
Atuam de forma recorrente.
Em 91 por cento dos casos cometem diversas fraudes antes de serem descobertos. Cerca de metade cometem entre 10 a 100 fraudes;
As fraudes são quase sempre cometidas durante um período longo de tempo: em 76 por cento das situações, os casos remontam a mais
de 6 meses e em 33 por cento delas, a três anos ou mais;
Na maioria dos casos, os prevaricadores aproveitam-se de sistemas de controlo interno fracos;
As fraudes são descobertas com base em denúncias anónimas só raramente são identificadas pelos sistemas de controlo interno;
Criada a oportunidade, o autor é compelido a cometer a fraude por forte pressão financeira – em virtude de um estilo de vida excessivo,
ou por uma ambição desmesurada, atuando geralmente sozinho.
Sinais de Aviso – “Red Flags”
Empregados com relações estreitas com fornecedores ou clientes
Apresentar um desempenho demasiado bom para ser verdade
Colaboradores da empresa (a todos os níveis) com estilos de vida aparentemente acima das suas posses
Fontes de informação – Externas de consulta on line
Einforma –
http://www.einforma.pt/relatorios-empresas-portugal
Citius
https://www.citius.mj.pt/portal/consultas/ConsultasCire.aspx
Google Maps –
https://www.google.pt/maps/@41.1473385,-8.6124967,15z?hl=pt-PT
Sites próprios das empresas.
Social Media – Facebook, linkedin
Externas
Visita Comercial ao Cliente.
Observação externa, instalações, parque de viaturas, equipamentos.
Na conversa negocial como foi abordado o tema de Credito?
Iniciativa do Cliente
Iniciativa do nosso Comercial.
Razões invocadas pela parte negocial?
Internas
Conhecimento do Negócio- Fatores económicos gerais e condições do sector de actividade que afectam o negócio da entidade.
Fatores Económicos Gerais
Crise conjuntural
Crise estrutural
Ciclo Economico
Mudança de Paradigma Economico
Setor Atividade
Produtos e Serviços – ciclo de vida
Concorrência
Razoes de estratégia da empresa para conceder Credito
Captura de quota de mercado
Captura de novos clientes
Incremento da Concorrência
Dimensão do Cliente
Imposição negocial
Implicações de Concessão de Credito na Empresa
Rácio indicador
Prazo Médio de Recebimentos (PMR), que determina quanto tempo (em meses ou em dias) demora a empresa, em média, a receber os
créditos que concede aos seus Clientes.
PMR = (Clientes / Volume de Negócios) x 12 meses (ou 360 dias)
Recomendação:
Não existe um valor de referência universal, pois este depende largamente da actividade da empresa e das condições usualmente
praticadas no seu sector.
O valor obtido, que reflete o prazo real ou efectivo que a empresa demora a receber dos seus Clientes, deve ser confrontado com os
prazos negociados com os mesmos, a fim de averiguar a existência de diferenças significativas e a tomada de ações corretivas se
necessário.
1ª situação:
PMR real ou efectivo> PMR negociado
situação que reflete atrasos nos pagamentos por parte dos Clientes.
A empresa deve rever as condições comerciais negociadas com os Clientes ou exercer maior pressão de cobrança sobre os mesmos.
2ª situação
PMR real ou efectivo ≤PMR negociado
situação que reflete o cumprimento dos prazos por parte dos Clientes.
Notas
Clientes - Total de crédito concedido, ou seja, incluir os Clientes com Títulos e o valor das letras descontadas e ainda não vencidas.
Volume Negócios - Valor com IVA incluído, uma vez que o IVA também se encontra incluído no valor da conta de Clientes.
Tipos de Movimentos de Clientes e Possibilidade de receber o Credito
Clientes Conta Corrente- Faturas, Notas de Debito, Notas de Credito, Avisos de Lançamento, Recebimentos
Clientes Titulos a Receber – Letras e outros títulos de credito imediatamente executáveis
Clientes Cobrança Duvidosa – Relevação dos Factos de Gestão, quando existem fundados factos que permitam prever da dificuldade de Recebimento
Provisões para Cobrança Duvidosa – Gestão prudencial no domínio da resolução judicial do diferendo de credito
Exemplo:
No caso de créditos de clientes em mora, a dedutibilidade fiscal é efetuada de acordo com o prazo da mora:
– 25% para créditos em mora mais de 6 meses e até 12 meses;
– 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;
– 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;
– 100% para créditos em mora há mais de 24 meses.
Imparidades em Clientes- Reflete a Quase Efetiva não cobrança dos Créditos.
Insolvências
Falências
PER
Fuga dos Gestores
Gestão Danosa
Graduação de Créditos em Situação de Insolvência
Prevê-se a hierarquização dos créditos sobre a massa insolvente
nas seguintes quatro classes:
a) créditos garantidos;
b) créditos privilegiados;
c) créditos comuns;
d) créditos subordinados.
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  • 2. INTRODUÇÃO A cobrança nos créditos resultantes de transações comerciais é uma preocupação diária em muitas empresas. Frequentemente, o prazo de mora estende-se muito além da data de vencimento das faturas fazendo surgir o cenário, tão temido, do incumprimento definitivo. Se um número significativo de clientes estão em mora nos seus pagamentos, ou existe um risco elevado desses valores nunca serem pagos, tal situação pode causar grandes dificuldades à empresa credora ao nível da sua tesouraria, ou mesmo pôr em causa a capacidade desta solver as suas próprias dívidas.
  • 3. VENDAS E CONTAS A RECEBER Questionário prévio de controlo interno Aprovação das encomendas de clientes: está definida a política de vendas a crédito quanto plafond de crédito e restantes condições de venda? Controlo de crédito: está definida a política de recolha de informações comerciais e são as mesmas guardadas? Estão definidos os responsáveis pela respetiva atribuição? O plafond consta da “ficha” de cada cliente? As encomendas recebidas de clientes são aprovadas antes de satisfeitas: Pela Direcção Comercial: quanto a produtos, prazos, preços, descontos, etc Pela Direcção Financeira: quanto a crédito concedido? As expedições só são efetuadas com suporte em requisições da Sec. Faturação?
  • 4. As faturas (de venda) (e as notas de crédito) são elaboradas por pessoas independentes de: Pessoas que registam as encomendas? Os que fazem os registos respetivos para fins contabilísticos ? São as faturas preparadas com base no registo efectivo dos bens despachados ou serviços prestados? Os preços debitados baseiam-se em listas de preços aprovadas? Verificados por pessoas diferentes dos faturadores? (Nota: “exception reports”) Há um controlo sobre os créditos emitidos para verificar o seu fundamento (devoluções, reclamações, documentos de suporte, etc.), comprovar os preços? Estas verificações são feitas por pessoas diferentes das que emitiram os créditos? Todos os ajustamentos a contas de Clientes são devidamente suportados (documentados) e autorizados antes de lançados nos registos?
  • 5. Os recebimentos de clientes são identificados (“match”) com os movimentos individuais das suas contas? (Conta-corrente vs. Movimentos em aberto) É elaborado e analisado regularmente um mapa de antiguidade de saldos de clientes? São as contas-correntes de clientes revistas regularmente, com particular atenção nos itens pendentes há mais tempo? O balancete de clientes e/ou o mapa de antiguidade de saldos é comparado, no seu total, com a conta de controlo do Razão? O software permite lançamentos nesta conta sem lançamentos nas c/c de clientes? Que acções são tomadas quanto aos saldos de Clientes em atraso (précontencioso, contencioso, …)? Há algum controlo relativo a recebimentos de clientes sobre saldos anteriormente anulados? Qual a política de registo de perdas por imparidade em contas a receber? Critério apenas fiscal? Ou óptica de gestão (preferencial)?
  • 6. Periodicamente, são enviados pedidos de confirmação de saldos a clientes? Há registo de títulos a receber? O total é reconciliado com a conta do Razão? Os saldos credores de clientes são objeto de análise e investigação cuidados?
  • 7. Fraude Qualquer acto ilegal caracterizado por um engano intencional, ocultação ou violação da confiança. Estes atos não dependem da utilização de ameaças de violência ou da força física. AUDITORIA INTERNA E DE GESTÃO As fraudes são perpetradas por indivíduos e organizações para conseguir dinheiros, bens ou serviços, para evitar pagamentos ou perda de serviços ou obter vantagens pessoais ou de negócio.
  • 8.
  • 9. De acordo com um estudo da KPMG (2007) que identifica o perfil do prevaricador, “o primeiro alguma vez efectuado a partir de casos reais de fraude” constatou-se: Mais de 60 por cento dos autores de fraudes são gestores de topo; O prevaricador típico é do sexo masculino, com idade compreendida entre os 36 e os 55 anos e tem uma antiguidade media na empresa entre 3 a 6 anos; Atuam de forma recorrente. Em 91 por cento dos casos cometem diversas fraudes antes de serem descobertos. Cerca de metade cometem entre 10 a 100 fraudes; As fraudes são quase sempre cometidas durante um período longo de tempo: em 76 por cento das situações, os casos remontam a mais de 6 meses e em 33 por cento delas, a três anos ou mais; Na maioria dos casos, os prevaricadores aproveitam-se de sistemas de controlo interno fracos; As fraudes são descobertas com base em denúncias anónimas só raramente são identificadas pelos sistemas de controlo interno; Criada a oportunidade, o autor é compelido a cometer a fraude por forte pressão financeira – em virtude de um estilo de vida excessivo, ou por uma ambição desmesurada, atuando geralmente sozinho.
  • 10. Sinais de Aviso – “Red Flags” Empregados com relações estreitas com fornecedores ou clientes Apresentar um desempenho demasiado bom para ser verdade Colaboradores da empresa (a todos os níveis) com estilos de vida aparentemente acima das suas posses
  • 11. Fontes de informação – Externas de consulta on line Einforma – http://www.einforma.pt/relatorios-empresas-portugal
  • 14. Sites próprios das empresas. Social Media – Facebook, linkedin
  • 15. Externas Visita Comercial ao Cliente. Observação externa, instalações, parque de viaturas, equipamentos. Na conversa negocial como foi abordado o tema de Credito? Iniciativa do Cliente Iniciativa do nosso Comercial. Razões invocadas pela parte negocial?
  • 16. Internas Conhecimento do Negócio- Fatores económicos gerais e condições do sector de actividade que afectam o negócio da entidade. Fatores Económicos Gerais Crise conjuntural Crise estrutural Ciclo Economico Mudança de Paradigma Economico Setor Atividade Produtos e Serviços – ciclo de vida Concorrência
  • 17. Razoes de estratégia da empresa para conceder Credito Captura de quota de mercado Captura de novos clientes Incremento da Concorrência Dimensão do Cliente Imposição negocial
  • 18. Implicações de Concessão de Credito na Empresa Rácio indicador Prazo Médio de Recebimentos (PMR), que determina quanto tempo (em meses ou em dias) demora a empresa, em média, a receber os créditos que concede aos seus Clientes. PMR = (Clientes / Volume de Negócios) x 12 meses (ou 360 dias) Recomendação: Não existe um valor de referência universal, pois este depende largamente da actividade da empresa e das condições usualmente praticadas no seu sector. O valor obtido, que reflete o prazo real ou efectivo que a empresa demora a receber dos seus Clientes, deve ser confrontado com os prazos negociados com os mesmos, a fim de averiguar a existência de diferenças significativas e a tomada de ações corretivas se necessário.
  • 19. 1ª situação: PMR real ou efectivo> PMR negociado situação que reflete atrasos nos pagamentos por parte dos Clientes. A empresa deve rever as condições comerciais negociadas com os Clientes ou exercer maior pressão de cobrança sobre os mesmos. 2ª situação PMR real ou efectivo ≤PMR negociado situação que reflete o cumprimento dos prazos por parte dos Clientes. Notas Clientes - Total de crédito concedido, ou seja, incluir os Clientes com Títulos e o valor das letras descontadas e ainda não vencidas. Volume Negócios - Valor com IVA incluído, uma vez que o IVA também se encontra incluído no valor da conta de Clientes.
  • 20. Tipos de Movimentos de Clientes e Possibilidade de receber o Credito Clientes Conta Corrente- Faturas, Notas de Debito, Notas de Credito, Avisos de Lançamento, Recebimentos Clientes Titulos a Receber – Letras e outros títulos de credito imediatamente executáveis Clientes Cobrança Duvidosa – Relevação dos Factos de Gestão, quando existem fundados factos que permitam prever da dificuldade de Recebimento Provisões para Cobrança Duvidosa – Gestão prudencial no domínio da resolução judicial do diferendo de credito
  • 22. No caso de créditos de clientes em mora, a dedutibilidade fiscal é efetuada de acordo com o prazo da mora: – 25% para créditos em mora mais de 6 meses e até 12 meses; – 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses; – 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses; – 100% para créditos em mora há mais de 24 meses.
  • 23. Imparidades em Clientes- Reflete a Quase Efetiva não cobrança dos Créditos. Insolvências Falências PER Fuga dos Gestores Gestão Danosa
  • 24. Graduação de Créditos em Situação de Insolvência Prevê-se a hierarquização dos créditos sobre a massa insolvente nas seguintes quatro classes: a) créditos garantidos; b) créditos privilegiados; c) créditos comuns; d) créditos subordinados.