A Norske passou seis meses absorvendo todo conhecimento e melhores práticas de um Programa de Desenvolvimento de Líderes da Caliper, focado em 13 profissionais – encarregados diretamente ligados à produção e à administração, chamados de primeira posição de liderança da empresa.
1. Norske Skog Brazil -
Assumindo o papel de Liderança
Algumas empresas, quando enfrentam momentos de instabilidade econômica,
preferem esperar passar seus efeitos tentando cortar o máximo e gastar o
mínimo, porém outras têm visto este momento como uma incrível
oportunidade de tempo e dedicação em desenvolver seus profissionais, sabendo que quando o mercado
começar a melhorar, estarão à frente, colocando em prática tudo que aprenderam desta experiência e do
aprimoramento vivenciado.
Um exemplo de empresas que pensam assim é a Norske Skog Brasil, multinacional norueguesa e única
fábrica de papel imprensa no Brasil com uma produção de cerca de 25% do consumo nacional, provendo
seu produto para as principais empresas jornalísticas do país.
Sediada em Curitiba-PR, e com fábrica em Jaguariaíva-PR, a Norske passou seis meses deste ano
absorvendo todo conhecimento e melhores práticas de um Programa de Desenvolvimento de Líderes da
Caliper, focado em 13 profissionais – encarregados diretamente ligados à produção e à administração,
chamados de primeira posição de liderança da empresa. O principal objetivo da Norske com esse programa
era capacitar estes importantes colaboradores para que soubessem aplicar os principais fundamentos de
liderança em sua atuação e entender o papel fundamental que têm em traduzir o Plano Estratégico em
resultados. Segundo Gesiel Batista, Gerente de Gestão de Pessoas da Norske, o programa foi necessário
para elevar o nível de conhecimento e melhorar a performance dos líderes de frontline.
Como empresa multinacional, a própria Norske já tinha um programa internacional de liderança que havia
sido implantado em unidades da empresa, em outros países. Mas, como organização responsável e
consciente de sua cultura e de seu mercado, fez questão de redesenhar este programa ao traduzir o
material para o Português e tropicalizá-lo, aproveitando a oportunidade de acrescentar melhores práticas
de Desenvolvimento Organizacional, tornando-o muito mais produtivo e com resultados visíveis e
palpáveis, o que foi possível por meio do trabalho da Caliper. Porém, a cultura organizacional da Norske foi
preservada.
De acordo com Gesiel, diferentemente de outros programas, este nasceu de um modelo já existente e foi
transformado pela Caliper, o que elevou seu poder de atuação. “Os líderes envolvidos vão divulgar a
necessidade de desenvolvimento à parte operacional da empresa, e a segunda etapa será feita com os
operários, unindo técnicas e comportamentos, num conceito de liderança para liderados”, disse.
Um grande ponto destacado dentro do programa era a mudança de parte da cultura dentro da fábrica da
Norske. O panorama encontrado em um passado recente era o do cultivo de uma estrutura mais
hierarquizada e na qual a ideia de liderança e gestão de equipe ‘ficava por conta dos gerentes’, isentando
os supervisores da responsabilidade de também liderar, o que hoje não funciona no atual mundo dos
negócios, onde todos os profissionais devem formar juntos, uma engrenagem que funcione e produza sem
que se esperem ordens superiores para problemas ou questões muitas vezes, pequenas e de fácil
resolução, utilizando, portanto, todo o potencial do capital humano da empresa, a fim de concorrer num
mercado cada vez mais competitivo. “Estamos criando uma nova maneira de liderar, diferente do modelo
de hierarquia, focando muito mais num estilo com delegação, feedback e diálogo.”, complementou o
Diretor Presidente da Norske, Eric d’Olce.
2. Aproveitando o que acontecia com o grupo, a Caliper teve a oportunidade de reforçar mudanças de
comportamento, abordando temas como: o papel do gestor, gestão de desempenho, monitoramento da
saúde, segurança e meio ambiente, avaliação de desempenho, o uso de feedback, líder coach, entre outros.
Com isso, a cultura da empresa se alterou, demonstrando que os supervisores abriram suas mentes e se
voltaram para seu real papel, assumindo a responsabilidade que tinham de fazer mover as atividades
dentro da fábrica. Dentro de um escopo abrangente, a Caliper conseguiu ajudar o grupo a mudar
comportamentos ao mostrar que tanto a diretoria quanto os demais da empresa precisavam representar
bem seus papéis, sem se limitarem em suas atividades.
Como é imprescindível ao trabalho da Caliper, para que isso fosse possível através de um conteúdo 100%
adequado às necessidades que a Norske apresentava, foi feito o levantamento do potencial dos
profissionais envolvidos no programa, o que permitiu com que eles encontrassem o melhor caminho para
fazer mudanças concretas de comportamento, muito mais do que apenas inserção de técnicas e
ferramentas de motivação.
Além disso, ao processo de desenvolvimento foram incorporados projetos corporativos reais, que fazem
parte do dia a dia dos supervisores e que poderiam, com o decorrer da ação, demonstrar o real
desenvolvimento de cada profissional, o que na verdade, aconteceu. Para este processo de
desenvolvimento inserido à realidade deles, a Caliper introduz uma metodologia chamada Action Learning,
que permite o desenvolvimento para o presente e para o futuro e ainda garante benefícios financeiros reais
para a organização dentro do próprio programa, sem que para isso os profissionais tenham de se ausentar
de sua realidade ou responsabilidade para com os resultados.
Para tudo isso, o programa ainda contou com o apoio dos gestores de cada supervisor que se dedicou em
entender suas dificuldades e estimular seu crescimento – atividade de fundamental importância para
qualquer líder.
Para Gesiel houve uma mudança positiva de comportamento entre os profissionais participantes do
programa, mostrando-se mais proativos, opinando mais e, com conhecimento e abertura oferecida pela
Norske, demonstrando esta significativa mudança. “A empresa passa por um momento de transição da
gestão interna, numa transformação de empresa mais nacional e global, deixando de ser apenas local. Os
profissionais envolvidos são agentes influenciadores dessa mudança”, complementou.
Admir Mora, que coordena ações de desenvolvimento na Norske, também expôs sua opinião: “Foi
extremamente gratificante verificar uma transformação visível de alguns dos 13 participantes, não só no
curso como também no dia a dia. Sua proposta foi conciliar os conceitos com a sua aplicabilidade, através
da realização de um projeto, o que permitiu que os participantes ampliassem a visão do negócio, bem
como a importância dos relacionamentos deles, tanto com pares quanto com subordinados e superiores”. E
ainda complementou que após esse primeiro programa a Norske conseguiu identificar oportunidades de
melhoria, o que lhe dá certeza de que a segunda turma terá maiores privilégios de aprendizado.
Segundo o Diretor de Desenvolvimento Organizacional da Caliper, George Andrew Brough, os resultados
foram extremamente positivos. “De certa forma não me surpreendi com os resultados finais, pois
conhecemos o poder da metodologia que utilizamos e que tem sido valiosa em qualquer país em que a
tenhamos aplicado. Mas, é sempre gratificante ver os profissionais se dando conta de sua capacidade e
começando a produzir muito mais do que antes. A vantagem de um programa de cinco a seis meses de
duração como este, direcionado à estratégica da empresa, é que as mudanças são incríveis, pois as pessoas
entendem e mudam seus comportamentos no decorrer dos módulos, e é possível ver isto acontecendo
gradativamente, em áreas como pró-atividade, qualidade de comunicação, relacionamento, abordagem na
resolução de problemas, etc. Todas as mudanças vão se tornando nítidas.”
3. Para Eric, que avaliou o trabalho feito por George com qualidade significativa, ainda é cedo para avaliar as
mudanças efetivas dos líderes, motivadas pelo programa que foi realizado, porém disse já ter recebido
feedbacks que denotam sinais positivos nos comportamentos dos profissionais participantes do processo.
Gesiel acrescentou que por ter experiência e um mix de cultura de empresas, George pôde levar à Norske
alto ganho ao compartilhar seu conhecimento e mostrar que os problemas da empresa existem, assim
como de qualquer outra, mas têm como ser vencidos através de interesse e foco dos profissionais. “Para
quem passa por uma transformação como essa, não é possível mensurar seu valor. Mas, ela traz para o
ambiente – mesmo com as dificuldades do mercado e de operação da empresa – o sentimento de que as
pessoas continuam acreditando, o que faz com que seja possível mover barreiras. No futuro, sabe-se que
isso tudo se transformará em rentabilidade para a organização”, finalizou.