1. Instituto Educacional Xavier Souza Data : 30/08/12
Professor : Fábio Série : 9º ano c
Disciplina : História
Resumo
Governo Sarney
A posse de José Sarney , em 1985 representou o fim do período militar e a
inauguração de uma nova fase da política brasileira ,batizada pelos políticos de
nova república.
Sarney assumiu a presidência numa posição difícil,por que pela esquerda
era vista como apoiador da ditadura já a direita considerava um traidor pois
possibilitou a vitória da oposição,mas mesmo assim ele assumiu a presidência.
A ‘’ nova república ’’ não tinha nada de nova pois tinha os mesmos vícios
políticos do regime anterior de 64 : problemas econômicos e a reforma agrária,
o governo de Sarney enfrentou uma bruta crise ele teve planos para controlar a
crise como : A moeda foi trocada de cruzeiro para cruzado , os preços da
mercadoria e o salário foi congelado, criação do seguro – desemprego entre
outros planos mas não foi muito sucedida.
O fracasso dos planos de contenção da inflação levou o governo a intensificar o
programa de privatização das estatais e os cortes nos gastos públicos.Mesmo
assim,a economia não se recuperou e a taxa de inflação chegou a 71% em
dezembro de 1988.
Em 15 de Janeiro de 1989,foi aplicado o Plano Verão .O cruzado ,de curta
vida ,foi substituído pelo cruzado novo .Novamente a moeda sofreu um corte de
três zeros.Foi adotado outra vez o congelamento de produtos e anunciada
austeridade nos gastos públicos.O Plano Verão também fracassou e a inflação
assumiu dimensões assustadoras.
Para substituir a autoritária Constituição de 1967,foram eleitos em 1987 os
deputados da Assembleia Constituinte para promulgar uma nova Constituição
para o país.Em 1989 ocorreu a nova eleição que foram realizadas em dois
turnos.Apenas os dois primeiros colocados no primeiro turno,Luiz Inácio Lula e
Fernando Collor de Mello.
2. Depois de uma campanha acirrada e marcada por grandes comícios e debates
calorosos nos meios de comunicação,os dois candidatos se enfrentaram nas
urnas no dia 3 de dezembro de 1989.O resultado novamente confirmou as
pesquisas eleitorais : Fernando de Collor vence e é eleito o novo presidente do
Brasil.
Governo Collor
Em 1990,Fernando Collor toma posse na presidência da República do Brasil.
Em seu discurso ele promete uma política voltada para a modernização do país
e também prometeu incluir o Brasil no Primeiro Mundo ,no rol dos países
desenvolvidos.No primeiro dia de seu governo ,o presidente Fernando Collor de
Mello promulgou um novo plano econômico,que foi nomeado de Plano Collor
pela imprensa.Esse Plano,baseado na máxima do Presidente “único tiro contra
o tigre da inflação”,era composto por 20 medidas provisórias e três
decretos,cujo objetivo era reordenar a economia e controlar a inflação.
As principais medidas do Plano Collor foram as seguintes : congelamento de
preços e salários , substituição do cruzado pelo cruzeiro , bloqueio de contas
correntes e depósitos em cadernetas de poupança com valor superior a 50 mil
cruzeiros e a reforma administrativa do Estado e controle do déficit público.
A medida que mais provocou polêmicas foi o bloqueio de ativos
financeiros.Esse bloqueio, atingindo pessoas de todas as classes sócias , foi
particularmente penoso para a classe média .Da noite para o dia ,todo se viram
sem seus recursos depositados em bancos ,ainda que tivessem contas para
pagar.
O governo prometia devolver todo o dinheiro bloqueado , num determinado
prazo , escalonado segundo os montantes bloqueados , anunciando assim um
período difícil para as famílias.As medidas adotadas por Collor atingiram todos
os setores da economia : empresas estatais ,bancos ,câmbio,importações e
exportações,agricultura e indústrias.
O governo, para usar uma expressão popular ,”virou o Brasil de cabeça para
baixo “ . A inflação caiu de 84,3%para zero,nos primeiros dias ,mas já no final
de 1990 chegava a 17% ao mês . O desencanto foi geral.
3. O impacto do plano Collor foi tão intenso quanto o caráter radical de suas
medidas .Ninguém dispunha de dinheiro ,pois a maior parte dele havia sido
confiscado pelo governo . A recessão se aprofundou e o PIB de 1990 caiu 4,4%.
O arrocho salarial foi um dos mais drásticos da história , já que os salários
foram congelados sem a reposição das enormes perdas acumuladas até março
de 1990. A crise econômica ampliava ainda mais a crise política enfrentada pelo
governo Collor. Além das oposições que sofria no Congresso Nacional , o
governo passou a ser duramente criticado pela imprensa ,partidos de oposição
e centrais sindicais.
Além da queda de popularidade do presidente e a erosão acentuada da base
parlamentar de apoio político, o governo Collor de Mello começou a ser alvo de
denúncias de corrupção. Vários dos ministros e assessores do presidente, além
de sua própria esposa, a primeira-dama Rosane Collor, foram acusados de
desvio de verbas públicas.
Em maio de 1992, porém, um desentendimento familiar levou o irmão do
presidente, Pedro Collor, a denunciar um extenso esquema de corrupção
existente no governo, comandado pelo então tesoureiro da campanha
presidencial, e empresário Paulo César Farias.O Congresso Nacional foi
pressionado a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de
investigar as denúncias.
O relatório final da CPI apontou vínculos entre o presidente e empresário Paulo
César Farias. Em seguida, foi aberto o processo de impeachment (que significa
impedimento) do presidente da República.A CPI e o processo
de impeachment paralisaram o país por meses. Nas ruas, setores mais
organizados da sociedade começaram a se manifestar em favor do
afastamento de Collor da presidência.
As maiores manifestações foram promovidas pelos estudantes (universitários e
secundaristas) que ficaram conhecidos como os "caras - pintadas", por
pintarem listras verde e amarelas no rosto. Enfrentando a oposição de
parlamentares do Congresso e manifestações de rua cada vez mais expressivas,
o governo Collor ficou completamente isolado política e socialmente. Numa
sessão histórica, em 29 de setembro de 1992, o Congresso Nacional decidiu-se
pela aprovação do impeachment do presidente Collor de Mello.
Para evitá-lo, o presidente renunciou em 30 de dezembro. Foi a primeira vez na
história republicana do Brasil que um presidente eleito pelo voto direto era
afastado por vias democráticas, sem recurso aos golpes e outros meios ilegais.