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AEDA- Autarquia Educacional do Araripe

FAFOPA- Faculdade de Formação de Professores de Araripina

DISCIPLINA- Zoologia dos Vertebrados

PROFESSORA- Alda Maria

IV Período de Ciências Biológicas




                                    MAMÍFEROS
Antonio Pereira de Araújo Silva

Andressa Larissa da Silva Souza

Ariany Erika Pereira

Damiana Daniela Vieira Fabrício

Estefane Vanessa Silva Peixoto

Francisca Jaqueline Rodrigues Matos e Silva

Isabel Osmaiane da Silva

Jucimaria Sabino da Silva

Maria Helena Damasceno Coelho

Roseane Ferreira Alves

Thamyllys da Silva Leite




                                                 Serrolândia, 07 de Dezembro de 2011.
                                                                                    1
AEDA- AUTARQUIA EDUCACIONAL DO ARARIPE

FAFOPA- FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARARIPINA




                        MAMÍFEROS




                                         Serrolândia, Dezembro de 2011


                                                                    2
SUMÁRIO

Introdução............................................................................................................................ 04

I. Características Gerais Dos Mamíferos........................................................................... 05

II. As Ordens dos Mamíferos: Classe Monotrêmata.......................................................06

Metatérios ou Marsupiais....................................................................................................16

Eutérios..................................................................................................................................16

Ordem dos Desdentados.......................................................................................................17

Quirópteros.......................................................................................................................... 17

Carnívoros............................................................................................................................ 18

Roedores................................................................................................................................18

Perissodáctilos...................................................................................................................... 19

Artiodátilos........................................................................................................................... 21

Insetívoros............................................................................................................................ 22

Cetáceos................................................................................................................................ 22

SIRÊNIOS............................................................................................................................ 24

Lagomorfos........................................................................................................................... 27

Proboscídeo.......................................................................................................................... 29

Primatas................................................................................................................................ 32

III. SISTEMAS: Sistema Respiratório.............................................................................. 36

Sistema Circulatório............................................................................................................ 37

Sistema Excretor.................................................................................................................. 38

Sistema Digestório............................................................................................................... 39

Sistema Endócrino............................................................................................................... 48

IV. Reprodução.................................................................................................................... 53

Mamíferos ameaçados......................................................................................................... 56

Curiosidades sobre os mamíferos....................................................................................... 60

V- Conclusão........................................................................................................................ 61

VI- Referências Bibliográficas............................................................................................ 62
                                                                                                                                          3
INTRODUÇÃO

            Ao estudarmos a zoologia dos vertebrados pudemos descobrir um mundo voltado para a
vida animal, entre as diversas classes, se apresenta como uma das maiores a dos mamíferos com
inúmeras características adaptativas que lhes permite ampla distribuição geográfica. Existe cerca de
5.416 distribuídas, em 1.200 gêneros 152familias e até 46 ordens. Além disso, essa classe se
apresenta entre os mais variados hábitats aquáticos, aéreos, e principalmente terrestres.

             As principais ordens apresentadas no devido trabalho são as que seguem:
Monotremados, Marsupiais, Quirópteros, Carnívoros, Xernartos, Roedores, Perissodáctilos,
Insetívoros, Artiodátilos, Proboscídeo, Sirênios, Cetáceos, Lagomorfos e primatas. E a principal
característica dessa ordem e a presença de glândulas mamárias, desenvolvidas nas fêmeas, que
produzem leite para alimentar os filhotes.

            É a parte de fisiologia que estão apresentados são os sistemas: Circulatório,
Respiratório, Excretor, Digestório, Nervoso e Reprodutor.

           Entre as espécies mamíferas destacamos o menor mamífero conhecido como morcego
que pesa 1,5 gramas e a maior a baleia azul que chega a pesar 130 toneladas e 30 metros de
comprimento.

           Convém lembrar que a espécie humana está inclusiva nessa classe e possui uma das
maiores capacidade de raciocínio e inteligência de todo o reino animal.




                                                                                                  4
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MAMÍFEROS

        Os mamíferos são os vertebrados mais evoluídos, com inúmeras características adaptativas
que lhes permite ampla distribuição geográfica. Seus representantes são numerosos e diversificados,
ocupando os mais diversos ambientes principalmente terrestres. O menor mamífero conhecido é
um morcego que pesa apenas 1,5g, e maior é a baleia azul, que atinge 130 t e mais de 30m de
comprimento.

       As principais características dessa classe são: *Presença de glândulas mamárias,
desenvolvidas nas fêmeas, que produzem o leite para alimentar os filhotes. *Corpo total ou
parcialmente recoberto por pêlos.

           Dentes diferenciados em incisivos caninos, pré-molares e molares;
           Presença de uma membrana muscular que separa o tórax do abdome, o diafragma.
            Cérebro e sentido bem desenvolvidos, o que lhes confere grande agilidade para
            captura de presas e fuga.
           Os mamíferos são homeotérmicos, isto é a temperatura corporal permanece constante
            graças a energia liberada na respiração celular.




                                           .

        Os mamíferos possuem dois tipos de glândulas na pele que são exclusivas do grupo e de
origem epidérmica são as glândulas sudoríparas e sebáceas. As glândulas sudoríparas produzem o
suor e o liberam para a superfície do corpo, de onde evapora contribuindo para a regulamentação
térmica do corpo dos mamíferos.

       As glândulas sebáceas produzem uma secreção oleosa que atua como lubrificante dos pelos
e da pele.




                                                                                                 5
Ornitorrinco

       Ocorrência: Pleistoceno - Recente




       Estado de conservação




Pouco preocupante (IUCN 3.1)

       Classificação científica

             Reino:                 Animalia

             Filo:                  Chordata

             Classe:                Mammalia

             Subclasse:             Prototheria

             Ordem:                 Monotremata

             Família:               Ornithorhynchidae

             Género:               Ornithorhynchus
                             Blumenbach, 1800

             Espécie:               O. anatinus



                                           ORNITORRINCO

        O ornitorrinco possui hábito crepuscular e/ou noturno. Carnívoro, alimenta-se de insetos,
vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre
elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja
fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente

                                                                                                6
construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um
carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui
mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. E os machos possuem
esporões venenosos nas patas, que são utilizados principalmente para defesa territorial e contra
predadores. Possui uma cauda similar a de um castor.

       As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado
levado para a Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é
um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das
faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção.
Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram
vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% do
seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o
cachorro, a ratazana e o homem.

       DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E HABITAT

       O ornitorrinco é endêmico da Austrália, onde é encontrado no leste de Queensland e Nova
Gales do Sul, no leste, centro e sudoeste de Victoria, Tasmânia, e Ilha King. Foi introduzido no
extremo oeste da ilha Kangaroo, entre 1926 e 1949, onde ainda mantém uma população estável. A
espécie está extinta na Austrália Meridional, onde era encontrada nas Colinas de Adelaide e na
Cordilheira do Monte Lofty.

       A espécie é dependente de rios, córregos, lagoas e lagos. A distribuição geográfica mostra
considerável flexibilidade tanto na escolha do habitat quanto na adaptabilidade a uma variação de
temperatura. A espécie é capaz de enfrentar tanto as altas temperaturas das florestas tropicais de
Queensland, como áreas montanhosas cobertas por neve em Nova Gales do Sul. A distribuição atual
do ornitorrinco mudou muito pouco desde a colonização da Austrália, e continua a ocupar grande
parte de sua distribuição histórica.

       Características




       Esqueleto de um ornitorrinco.

        O ornitorrinco tem um corpo hidrodinâmico e comprimido dorsoventralmente. Os membros
são curtos e robustos, e os pés possuem membrana interdigital. Cada pé tem cinco dígitos com
garras. A cauda é semelhante à de um castor. O focinho, que lembra um bico de pato, é alongado e
coberto por uma pele glabra, macia, úmida e encouraçada; ele é perfurado sobre toda sua superfície
por poros com terminações nervosas sensitivas. As narinas também se abrem no focinho, na sua
metade dorsal superior, e estão posicionadas lado a lado. Os olhos e as orelhas estão localizados em
um sulco logo após o focinho, esse sulco é fechado por uma pele quando o animal está sob a água.

                                                                                                  7
A idéia de que o ornitorrinco tinha um bico córneo como o das aves surgiu do exame de espécimes
ressecados.

       Os órgãos olfatórios não são tão desenvolvidos quanto nas équidnas. E a espécie não tem
orelhas externas ou pina.

        Tanto o peso quanto o comprimento variam               Ficha técnica
entre os sexos, sendo o macho maior que a fêmea.

         Há também uma variação substancial na                 Comprimento             30 - 45 cm
média de tamanho de uma região a outra, esse
padrão não parece estar relacionado a nenhum                   Cauda                   10 - 15 cm
fator climático, e pode ser devido a outros fatores
ambientais como predação e pressão humana.                     Peso                    0,5 - 2,0 kg

        O corpo e a cauda do ornitorrinco são                Tamanho de
cobertos por uma densa pelagem que captura uma                                         2
                                                      ninhada
camada de ar isolante para manter o animal
aquecido. A coloração é âmbar profundo ou                    Período        de
marrom escuro no dorso, e acinzentado a castanho                                       10 dias
                                                      incubação
amarelado no ventre. A cauda é usada como
reserva de gordura, uma adaptação também vista                 Desmame                 3 - 4 meses
em outros animais, como no diabo-da-tasmânia e
na raça de ovelha, Karakul. As membranas                       Maturidade
interdigitais são mais proeminentes nos membros                                        2 anos
                                                      sexual
dianteiros e são dobradas quando o animal
caminha em terra firme. Ornitorrincos emitem um
                                                                                         17 anos (em
rosnado baixo quando ameaçados e uma gama de                   Longevidade
                                                                                 cativeiro)
outras vocalizações tem sido reportadas em
cativeiro.

       O ornitorrinco tem uma média de temperatura corporal de cerca de 32 °C, ao invés dos
37 °C dos placentários típicos. Pesquisas sugerem que essa temperatura foi uma adaptação gradual
as condições ambientais hostis, em parte pelo pequeno número de monotremados sobreviventes em
vez de uma característica histórica da ordem.




       Esporão venenoso do ornitorrinco macho.

       O espécime adulto não possui dentes, entretanto, os filhotes possuem dentes calcificados,
pequenos, sem esmalte e com numerosas raízes;os três molares com cúspides presentes são pseudo-
triangulados. Nos adultos, os dentes são substituídos por uma placa queratinizada tanto na
                                                                                                      8
mandíbula como na maxila, que cresce continuamente. O Ornithorhynchus possui algumas
características craniais primitivas, entre elas a retenção das cartilagens escleróticas e do osso
septomaxilar do crânio. No esqueleto pós-craniano, ocorre retenção das vértebras cervicais
(rudimentares) e dos ossos coracóide e interclavicular da cintura escapular, condições essas que são
similares aos répteis.

       O macho tem esporões nos tornozelos, que produzem um coquetel venenoso, composto
principalmente por proteínas do tipo defensinas (DLPs), que são únicas do ornitorrinco. Embora
poderoso o suficiente para matar pequenos animais, o veneno não é letal para os humanos, mas
pode causar uma dor martirizante e levar à incapacidade. Como somente os machos produzem
veneno e a produção aumenta durante o período de acasalamento, é teorizado que ele seja usado
como arma defensiva para afirmar dominância durante esse período.

       HÁBITOS




       Ornitorrinco mergulhando no Aquário de Sydney, Austrália.

       Ornitorrincos são animais semiaquáticos e primariamente noturnos ou crepusculares.
Quando não estão mergulhando em busca de alimento, descansam em buracos feitos nas margens
dos rios e lagos, sempre camuflados com vegetação aquática. Há dois tipos de tocas, uma serve
como abrigo para ambos os sexos e é construída pelo macho na época de acasalamento; a outra,
geralmente mais profunda e elaborada, é construída pela fêmea e serve como ninho para a
incubação dos ovos e cuidados pós-natais. As aberturas das tocas ficam acima da água, e se
estendem sob as margens de 1 a 7 metros acima do nível da água e até por 18 metros
horizontalmente. O território dos machos tem cerca de sete quilômetros, sobrepondo a área de três a
quatro fêmeas.

       É um excelente mergulhador e gasta boa parte do dia procurando por comida sob a água.
Singularmente entre os mamíferos, ele se impulsiona ao nadar alternando remadas com as duas
patas dianteiras; embora todas as quatro patas do ornitorrinco tenham membranas, as traseiras
(mantidas contra o corpo) não auxiliam na propulsão, mas são usadas para manobrar em
combinação com a cauda. Os mergulhos normalmente duram cerca de trinta segundos, mas podem
durar até mais, não excedendo o limite aeróbico de quarenta segundos. Dez a vinte segundos são
gastos para retornar à superfície.

       HÁBITOS ALIMENTARES E DIETA




                                                                                                  9
Ornitorrinco, se alimentando.

       Possui hábitos alimentares carnívoros, se alimentando de anelídeos, larvas de insetos
aquáticos, camarões de água doce, girinos, caramujos, lagostins de água doce e pequenos peixes,
que ele escava dos leitos dos rios e lagos com seu focinho ou apanha enquanto nada. As presas são
guardadas nas bochechas a medida que são apanhadas, e quando um número suficiente é reunido,
ou quando é necessário respirar, ele retorna a superfície para comê-las. A mastigação é feita pelas
placas córneas que substituem os dentes, e a areia contida junto com o alimento serve de material
abrasivo, ajudando no ato de mastigar.

        O animal precisa comer 20% do seu peso todos os dias, esse requerimento faz com que ele
gaste 12 horas por dia procurando por comida. Em cativeiro, ele chega a comer metade do seu peso
em um único dia, um macho pesando 1.5 quilogramas pode ingerir 45 gramas de minhocas, 20-30
lagostins, 200 larvas de tenébrios, dois sapos pequenos, e dois ovos cozidos.

       REPRODUÇÃO

       A espécie exibe uma única estação de acasalamento, que ocorre entre junho e outubro, com
algumas variações locais. Observações históricas, estudos de marcação e recaptura, e investigações
preliminares de genética populacional indicam a possibilidade de membros transitórios e residentes
na população e sugerem um sistema de acasalamento polígeno. Ambos os sexos se tornam
sexualmente maduros no segundo ano de vida, mas algumas fêmeas só se reproduzem com quatro
anos ou mais tarde. Todos os monotremados apresentam baixa taxa reprodutiva - não mais do que
uma vez ao ano.




       Gravura representando um casal de ornitorrincos.

       Após o acasalamento, a fêmea constrói um ninho, mais elaborado que a toca de descanso, e
o bloqueia parcialmente com material vegetal (que pode ser um ato de prevenção contra enchentes
ou predadores, ou um método de regulação de temperatura e umidade). O macho não participa da
incubação, nem do cuidado com os filhotes. A fêmea forra o ninho com folhas, junco e outros
materiais macios, para fazer uma cama confortável.
                                                                                            10
A fêmea do ornitorrinco tem um par de ovários, mas somente o esquerdo é funcional. Ela
põe de um a três ovos (geralmente dois) pequenos, de aspecto semelhante ao dos répteis (pegajosos
e com uma casca coriácea), com cerca de onze milímetros de diâmetro e ligeiramente mais
arredondados que o das aves. Em proporção, os ovos dos monotremados são muito menores, na
ovulação, do que os dos répteis ou aves de tamanho corpóreo similar. Os ovos se desenvolvem "no
útero" por cerca de 28 dias, e são incubados externamente por cerca de dez a doze dias.

       Ao contrário da équidna, o ornitorrinco fêmea não tem uma bolsa, por isso coloca o seu
corpo em volta dos ovos a fim de incubá-los. O período de incubação é separado em três fases. Na
primeira, o embrião não tem órgãos funcionais e depende da gema para sua manutenção. Durante a
segunda, há formação dos dígitos, e na última, há a formação dos dentes, que vão ajudar a romper a
casca do ovo.

        Os filhotes recém eclodidos são vulneráveis, cegos, e pelados, com cerca de 18 milímetros
de comprimento, e se alimentam do leite produzido pela mãe. Embora possua glândulas mamárias,
o ornitorrinco não possui mamas. O leite escorre através dos poros na pele, depositando-se em
sulcos presentes no abdômen da fêmea, permitindo os filhotes lamberem-no. A amamentação ocorre
por três a quatro meses. Durante a incubação e a amamentação, a fêmea somente deixa o ninho por
curtos períodos de tempo para se alimentar. Quando sai, a fêmea cria inúmeras barreiras com solo
e/ou material vegetal para bloquear a passagem do túnel que leva ao ninho, evitando assim o acesso
de predadores, como serpentes e o roedor, Hydromys chrysogaster. Depois de cinco semanas, a mãe
começa a passar mais tempo fora do ninho, e por volta dos quatro meses, os filhotes já emergem da
toca.

       CLASSIFICAÇÃO

       HISTÓRIA TAXONÔMICA




       Ornitorrinco taxidermizado no Museu de História Natural de Londres.

        Quando o ornitorrinco foi descoberto pelos europeus em 1798, uma gravura e uma pelagem
foram enviadas de volta ao Reino Unido pelo Capitão John Hunter, o segundo governador de Nova
Gales do Sul. Os cientistas britânicos primeiramente estavam convencidos que se tratava de uma
fraude. O zoólogo George Shaw, que produziu a primeira descrição do animal em 1799, dizia que
era impossível não se ter dúvidas quanto à sua verdadeira natureza, e outro zoólogo, Robert Knox,
acreditava que ele podia ter sido produzido por algum taxidermista asiático. Pensou-se que alguém
tinha costurado um bico de pato sobre o corpo de um animal semelhante a um castor. Shaw até
mesmo tomou uma tesoura para verificar se havia pontos na pele seca.

                                                                                               11
George Shaw inicialmente o descreveu como Platypus anatinus, independentemente, Johann
Friedrich Blumenbach, em 1880, a partir de uma amostra dada a ele por Sir Joseph Banks,
descreveu o ornitorrinco, como Ornithorhynchus paradoxus. Como o gênero Platypus já estava
sendo usado por um besouro coleóptero, e seguindo as regras da prioridade, o ornitorrinco foi então
nomeado de Ornithorhynchus anatinus.

       CONSERVAÇÃO




       Pintura de John Lewin (1808) retratando um ornitorrinco.

       O ornitorrinco é classificado pela IUCN (2008) como pouco preocupante. Exceto pela perda
de habitat que ocorreu no estado da Austrália Meridional, ele ocupa a mesma distribuição original,
antes da chegada dos europeus. Sua abundância atual e histórica, porém, é pouco conhecida e é
provável que tenha diminuído em número, embora ainda considerado como uma espécie comum
durante na maior parte da distribuição atual. A espécie foi extensivamente caçada pela sua pele até
os primeiros anos de século XX e, embora protegida em toda Austrália em 1905, até cerca de 1950
ainda corria risco de afogamento nas redes de pesca nos rios.

       A espécie não parece estar em perigo iminente de extinção graças à medidas de conservação,
mas pode ser afetado pela quebra de habitat causada por barragens, irrigação, poluição, redes e
armadilhas. Sua abundância é difícil de ser medida e, portanto, o seu futuro "status" de conservação
não é facilmente previsível. Vários estudos têm relatado a fragmentação da distribuição dentro de
alguns sistemas fluviais, recentemente foi extinto da bacia do rio Avoca. Isso tem sido atribuído às
más práticas de gestão, levando à erosão dos bancos dos rios, sedimentação dos corpos d'água e
perda da vegetação em áreas adjacentes a cursos de água. Também existem atualmente evidências
de efeitos adversos no fluxo dos rios, introdução de espécies exóticas, má qualidade da água e
doenças em populações de ornitorrinco, mas esses fatores têm sido pouco estudados.




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Équidna-de-focinho-curto

         Équidna-de-focinho-curto

         Ocorrência: Pleistoceno - Recente




         Estado de conservação




  Pouco preocupante (IUCN 3.1)

         Classificação científica

                    Reino:                       Animalia

                    Filo:                        Chordata

                    Classe:                      Mammalia

                    Subclasse:                   Prototheria

                    Ordem:                       Monotremata

                    Família:                     Tachyglossidae

                    Género:                        Tachyglossus
                                          Illiger, 1811

                    Espécie:                     T. aculeatus

        Essa équidna é politípica, com cinco subespécies.Animal de hábitos diurnos e/ou noturnos,
está adaptado para escavar formigueiros e o solo a procura de formigas e cupins, devido as potentes
garras presentes tanto nos membros dianteiros quanto traseiros. É a menor das espécies de équidnas
conhecidas. Diferencia-se do gênero Zaglossus por diversas características físicas, entre elas o
tamanhos dos membros, do focinho e quantidade de espinhos; hábitos alimentares e
comportamentais. Apresenta o corpo coberto por espinhos, que podem medir até seis centímetros de

                                                                                                13
comprimento. Ovípara, a fêmea bota um único ovo, numa espécie de bolsa que se desenvolve no
abdômen na época de acasalamento, onde incuba por aproximadamente vinte e sete dias. Os filhotes
nascem cegos e pelados, e com um ano já são independentes.

       É uma espécie pouco ameaçada de extinção, sendo encontrada em variados ecossistemas. Se
adaptou bem a colonização da Austrália, podendo ser encontrada em áreas agrícolas e pastagens. A
população é estável, tendo poucos fatores de risco. Representa um dos ícones da Austrália,
aparecendo no verso da moeda de cinco centavos do dólar australiano, e como mascote em eventos
e competições.

       Distribuição geográfica e habitat

        A équidna-de-focinho-curto é encontrada na Austrália incluindo diversas ilhas adjacentes,
entre elas a Ilha Kangaroo, Tasmânia, Ilha King, Grupo Furneaux; e no sudoeste da ilha de Nova
Guiné (Indonésia e Papua-Nova Guiné), como também uma população isolada no vale de Markham
(Papua-Nova Guiné).

        Habita variados ambientes, podendo ser encontrada tanto em desertos, savanas, florestas e
áreas montanhosas. Também ocorre em áreas agrícolas. Em altitude é encontrada do nível do mar
até até os 1.675 metros.

       Características

                                                              Ficha técnica

                                                              Comprimento             35 - 53 cm

       Équidna de-focinho-curto - detalhe para o              Cauda                   9 cm
focinho, garras e espinhos.
                                                              Peso                    2,5 - 6,0 kg
       Como o ornitorrinco, o corpo da équidna é
comprimido dorsoventralmente, mas não é tão                 Tamanho de
aerodinâmico.                                                                         1
                                                     ninhada
         O dorso é arqueado, e a barriga plana ou
côncava. A cabeça é pequena e parece emergir do             Período        de
                                                                                      10 dias
corpo sem nenhuma indicação de pescoço. A            incubação
cauda é curta, grossa e glabra na superfície
ventral. O focinho longo e fino é cerca de metade             Desmame                 6 meses
do tamanho da cabeça, sendo quase reto ou então
curvado ligeiramente para cima. Cada pata possui              Maturidade
cinco dígitos, com garras largas, rígidas e retas,   sexual
adaptadas para escavar. Ambos os sexos
apresentam um esporão nos membros traseiros,                                            50 anos (em
                                                              Longevidade
oco e sem produção de veneno, ao contrário do                                   cativeiro)
Ornithorhynchus anatinus.


                                                                                                     14
Os olhos são pequenos e situados próximos a base do focinho, possibilitando um campo de
visão mais voltado a frente, que as laterais. Não tem orelhas externas. Os machos não apresentam
escroto, e os testículos são internos. Não possui dentes e a língua é comprida e pegajosa.

       O dorso das équidnas é coberto por espinhos grandes, ocos e finos, chegando a medir cerca
de seis centímetros de comprimento. Eles são geralmente amarelos, com as extremidades pretas,
mas alguns são totalmente amarelados. Abaixo dos espinhos, as équidnas apresentam uma pelagem
negra a marron-escura. O ventre apresentam uma pelagem compostas por pêlos grossos. Na
subespécie da Tasmânia, os pêlos cobrem quase que completamente os espinhos, que são pequenos.

       O crânio do gênero Tachyglossus é caracterizado por um focinho alongado e arredondado e
uma caixa craniana abaulada lateralmente. O palato se estende para trás ao nível das orelhas, e o
meato acústico externo é direcionado ventralmente. A mandíbula é reduzida e com os processos
coronóides e angular pobremente desenvolvidos. Internamente, a mais proeminente característica
são os turbinados. Eles se estendem posteriormente no crânio, ficando sob a superfície das
cavidades olfatória e cerebral da caixa craniana.

       Hábitos

       Vive muito, já foi assinalado o caso de um équidna-ouriço que viveu 50 anos em cativeiro.
O seu único inimigo é o homem. Os indígenas apreciam muito sua carne. A vocalização do equidna
consiste num grunhido surdo que produz quando está inquieto.

       Hábitos alimentares e dieta

       Come insetos e vermes, mas sobretudo formigas e cupins, que descobre com seu focinho,
tão sensível, que serve mais como órgão tátil do que olfativo. Para comer, o equidna procede da
mesma maneira que os tamanduás, isto é, serve-se da longa língua pegajosa, retirando-a, junto com
alimento, uma certa quantidade de areia, de poeira, de resto de mata e, às vezes, um pouco de ervas,
que lhe facilita a trituração.

       Reprodução

        Na época de reprodução aparece no ventre da fêmea uma dobra de pele em forma de
crescente, que forma uma bolsa suficientemente grande. Esta bolsa recebe o ovo à saída da cloaca, o
qual, sempre único, fica protegido por uma casca membranosa e mole. Sua incubação dura de 7 a 10
dias, na bolsa. O recém-nascido, inteiramente nu, fica na bolsa até que seu pêlo tenha se formado. A
mãe coloca-o em um refúgio seguro, onde vai periodicamente aleitá-lo.

       Classificação

       Subespécies

        Cinco subespécies são reconhecidas, cada qual numa diferente localização geográfica. As
subespécies também variam na quantidade, amplitude e largura dos espinhos, e no tamanho das
garras escavadoras dos membros posteriores.

       Tachyglossus aculeatus aculeatus (Shaw, 1792) - encontrada no sudeste de Nova Gales do
Sul e Vicoria;

                                                                                                 15
Tachyglossus aculeatus acanthion Collett, 1884 - ocorre nas regiões áridas e semi-áridas da
Austrália, assim como na região tropical do norte;

      Tachyglossus aculeatus setosus (É. Geoffroy St.-Hilaire, 1803) - ocorre na Tasmânia e
algumas ilhas do estreito de Bass;

       Tachyglossus aculeatus multiaculeatus (Rothschild, 1905) - endêmica da Ilha Kangaroo;

       Tachyglossus aculeatus lawesii (Ramsay, 1877) - presente na Nova Guiné, e segundo alguns
pesquisadores, na florestas tropicais do noroeste de Queensland.

       Conservação

      A équidna-de-focinho-curto é classificada pela IUCN (2008) como uma espécie pouco
preocupante.

                                  METATÉRIOS OU MARSUPIAIS

             Os metatérios são vivíparos, mas desenvolvem placenta muito rudimentar, insuficiente
pra nutrir os fetos durante o seu desenvolvimento. Assim os fetos nascem extremamente pequenos e
completam seu desenvolvimento dentro de uma bolsa existente na barriga da mãe. Essa bolsa tem o
nome de marsúpio e por isso os metatérios são também conhecidos por marsupiais.

            Existem atualmente cerca de 250 espécies de marsupiais, a maioria vivendo na
Austrália, como o canguru e a coala.

           Existem espécies de canguru nas quais os indivíduos adultos podem atingir 2 metros de
altura. Um animal desse porte nasce com menos de 1 grama! Assim que nasce, descolaca-se para
dentro do marsúpio, onde se abrem as glândulas mamarias da mãe e ali se alimenta do leite,
completando seu desenvolvimento.

           No Brasil, os marsupiais pelo gambá, cuíca e catitas.




       EUTÉRIOS

             Eutérios são mamíferos cujas fêmeas possuem placenta bem desenvolvida, capaz de
nutrir o feto, que já nasce formado.

            Esse é o maior grupo de mamíferos, com mais de 90% do total de espécies. Distribui-se
por diversas ordens, das quais serão dadas alguns exemplos. Como regra geral, os nomes das ordens

                                                                                               16
são criados com base em alguma característica dos seus representantes, como veremos nos
exemplos a seguir.

       ORDEM DOS DESDENTADOS OU XENARTROS

             O tamanduá pertence á ordem dos desdentados (desprovidos de dentes), possui uma
língua muito comprida e a utiliza para captura de seus alimentos, geralmente formigas e cupins: ele
introduz a língua no formigueiro, ou no cupinzeiro, e a retira com os insetos aderidos a ela.

          O tatu também pertence á ordem dos desdentados, pois, embora possua dentes, estes são
incompletamente formados.

           Exemplos: Tamanduá-bandeira, tatu-bola, tatu canastra, tamanduá-mirim, preguiça.




       QUIRÓPTEROS

            São os morcegos, com os braços modificados em asas (quiro=mão+ptero=asa). Eles têm
olhos reduzidos e excepcional capacidade auditiva, pois captam ultra-sons que eles próprios emitem
e que lhes permitem calcular com precisão a localização dos obstáculos á frente, desviando-se deles.

            São animais de hábito noturno. Alguns se alimentam de frutos e néctar de algumas
flores que só se abrem á noite. Outros comem pequenos lagartos, ratos e rãs. As espécies que se
alimentam de sangue (hematófagas), chamadas de vampiros, atacam o gado e outros animais,
inclusive o ser humano, transmitindo a raiva (hidrofobia), uma grave virose que, sem vacinação, é
mortal.




                                             CARNÍVOROS


                                                                                                 17
É também um grande grupo. O nome refere-se ao aos dentes pré-molares e molares,
com arestas cortantes, chamados de dentes carniceiros. Os caninos são grandes, importantes na
captura das presas. Os carnívoros terrestres têm os dedos separados e os de hábitos aquáticos têm
membranas entre os dedos, uma adaptação á natação, como as morsas, as forcas, os elefantes e os
leões-marinhos. Os terrestres são os canídeos, (cão, lobo, lobo-guará, coiote, raposa) os felídeos
(leão, tigre, onça, jaguatirica), os ursídeos (urso) e os hienídeos (hiena).




                                        ORDEM ROEDORES

       A mais numerosa ordem de mamíferos com placenta




        Ecologicamente são muito diversos. Algumas espécies passam a vida inteira no dossel
florestal , outras raramente deixam o chão




                                           Hábitos e Habitat

                                                                                               18
Possuem modo de vida (1) arborícola (2) rupícola ( (3) semiaquático (4)
garelícola ou semi-fossorial (5) terrícola

       No entanto, todos compartilham uma característica: uma dentição altamente especializada
para roer.




       Roedores são importantes em muitos ecossistemas porque se reproduzem rapidamente,
servindo de alimento para predadores, são dispersores de sementes e vetores de doenças. Humanos
usam roedores para testes laboratoriais, na alimentação e para obtenção de sua pele.

                                 INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

       A capivara costuma viver em regiões às margens de rios e lagos. Utilizam a água como
refúgio dos predadores, pois conseguem ficar submersas por alguns minutos, esta espécie animal
possui uma grande agilidade para nadar, entre os roedores, a capivara é o maior animal, uma fêmea
costuma gerar, em cada gestação, de 2 a 8 filhotes.

        Alimenta-se de capim, ervas e outros tipos de vegetação encontrados nas beiras de rios e
lagos, podemos encontrar capivaras em diversas regiões da América do Sul e Central. Possui dentes
incisivos que podem chegar a 7 cm

       CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:

      Peso: um animal adulto pesa em média 80 kg
Comprimento: 1,20 metros em média
Tempo de vida: de 15 a 20 anos em média
Cor: marrom

                                   ORDEM PERISSODÁCTILOS

       Constituem uma ordem de mamíferos terrestres ungulados com um número ímpar de dedos
nas patas




                                                                                              19
Rinoceronte                                  Cavalo




       Zebra

        Os perissodátilos têm um estômago simples, ao contrário dos artiodátilos, que o têm
dividido em várias câmaras, e o seu ceco é grande e com divertículos, onde se dá uma parte da
digestão bacteriana da celulose. Os perissodátilos são uma ordem de mamíferos de médio a grande
porte, herbívoros e de estômago simples; têm número ímpar de dedos em cada pata, revestidos de
cascos córneos com eixo de simetria no dedo médio. São animais muito bem adaptados para a
corrida, em parte devido ao fato de todo o peso do corpo repousar sobre o dedo médio de cada pata
Esses animais podem correr velozmente e assim escapar de seus predadores.

       POSSUEM SISTEMA DIGESTÓRIO COMPLETO

       Os perissodátilos têm um estômago simples, ao contrário dos artiodátilos, que o têm
dividido em várias câmaras, e o seu ceco é grande e com divertículos, onde se dá uma parte da
digestão bacteriana da celulose.




                                                                                              20
ORDEM ARTIODÁTILOS

        Constituem uma ordem de animais mamíferos ungulados com um número par de dedos nas
patas. É um grupo muito variado, com cerca de 220 espécies




       A principal característica dos artiodáctilos é serem paraxónicos, ou seja, o plano de simetria
do pé passa entre o terceiro e quarto dedos. Em todas as espécies o número de dedos se encontra
reduzido, em relação ao número básico de cinco, característico dos mamíferos: o primeiro dedo
perdeu-se neste grupo e o segundo e quinto são pequenos ou vestigiais. O terceiro e o quarto dedos
encontram-se bem desenvolvidos, são protegidos por cascos e é sobre eles que todos os artiodátilos
se apoiam.

       Todos os gêneros de artiodáctilos existentes ou já extintos pertencem a três subordens:
suiformes (famílias dos suídeos, taiaçuídeos e hipopotamídeos); tilópodes (camelídeos); e
ruminantes (tragulídeos, cervídeos, girafídeos, antilocaprídeos e bovídeos).




                                                                                                  21
ORDEM INSETÍVORA

       Animal que se alimenta de insetos. Os insetívoros são mamíferos pequenos, entre os quais
encontram-se o ouriço e a toupeira, esta última grande cavadora.




                                              CETÁCEOS

            À ordem dos cetáceos é o grupo de mamíferos marinhos
que inclui as baleias, golfinhos e botos. Existem 86 espécies de
cetáceos, e estes são divididos em duas subordens: MISTICETOS
(baleias, 14 espécies) e ODONTOCETOS (baleias dentadas, 72
espécies). As adaptações dos cetáceos a um meio completamente
aquático são bastante notórias:

                     O corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de
                     um peixe.
                     Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em
                     forma de remo.
                     A cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam propulsão por meio
                     de movimentos verticais DE cima e para baixo.
                     Os cetáceos não possuem membros posteriores, alguns pequenos ossos dentro
                     do corpo são o que resta da pélvis
                     Cetáceos variam em tamanho de apenas poucos metros a mais de 100 m.
                     Seu corpo é coberto por uma camada de gordura que a ajuda a baleia a
                     submergir, a manter a temperatura do corpo e a armazenar energia.

                      Olhos são fixados no lado em vez de na frente da cabeça.
                     Têm boa visão binocular para frente e para baixo.
                     Glândulas lacrimais secretam lágrimas gorduroso, que protegem os olhos
                     contra o sal na água.

                                  ALIMENTAÇÃO: CARNÍVOROS

           Barbatanas e as baleias dentadas têm diferenças alimentares distintos;

      Misticetos têm barbatanas de placas feitas de queratina (a mesma substância que as unhas
humanas), que pendem do maxilar superior. Estas placas de filtro de pequenos animais (peixes e


                                                                                            22
crustáceos ou de plâncton da água do mar) de água do mar.

        Odontocetos As baleias com dentes, como o cachalote, beluga, golfinhos e botos, usam OS
DENTE para a captura de peixe, lula e outras espécies marinhas. Eles não mastigam, mas engolem
a presa inteira. Quando capturar presas grandes, como quando a orca eles morder e engolir um
pedaço de cada vez.

                                    HABITAT E DISTRIBUIÇÃO:

       Cetáceos são encontrados em todo o mundo, de tropical para as águas árticas. Algumas
espécies, como o roaz pode ser encontrado em zonas costeiras (sudeste dos EUA).

       Ecolocalização




                                  Detalhes da anatomia –
                           Legenda: Verde: Ossos do crânio, Azul: Espermacete ou Melão, Branco:
Espiráculo

       Os odontocetos possuem um sistema acústico (ecolocalização) que possibilita a localização
de presas e objetos, determinando sua forma, tamanho, textura e distância do mesmo. O sistema de
ecolocalização não foi ainda comprovado nos misticetos.

        O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema
acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue
produzir sons de alta frequência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de cliques ou
estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto
da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e
enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige
as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse
sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A frequência desses
estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.

                           MISTICETOS BALEIAS COM BARBATANAS

      Elas compreendem as maiores espécies de animais.
Normalmente as fêmeas são maiores do que os machos. ORCA

       CARACTERISTICA

                      Cerdas bucais (cerca de 400), que são estruturas
                      filtradoras localizadas na parte superior da boca
                      Possuem crânio simétrico.
                      A cauda da baleia é o seu principal modo de locomoção.
                      As nadadeiras das baleias são membros locomotores atrofiados de seus
                      ancestrais, que viviam em terra e eram quadrúpedes


                                                                                                 23
As baleias emitem dois sons conhecidos, sendo que um deles é usado como
                     sonar e o outro como meio de comunicação com os companheiros de sua
                     espécie.
                     Normalmente estes animais vivem 30 anos,

               OS ODONTOCETOS- GOLFINHOS - BOTO,

       As baleias com dentes e alimentam de peixes e lulas. sendo que
existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre os de água salgada e
água doce. São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros
acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e
mergulhar a grandes profundidades.

      BOTO parecido com um golfinho. Os botos são dos poucos únicos mamíferos dessa ordem
vivendo exclusivamente em ambientes de água doce.

                     Podem viver de 25 a 30 anos
                     dão à luz um filhote de cada vez.
                     São animais sociáveis, tanto entre eles, como
                     com outros animais e humanos
                     Possuem crânio assimétrico e orifício respiratório
                     Possuem um sistema acústico (ecolocalização) que possibilita a localização
                     de presas e objetos, determinando sua forma, tamanho, textura e distância do
                     mesmo.
                     Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas
                     (Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de
                     tarefas).

                                           ODONTOCETOS

       Boto habita somente a água doce, ao contrário de seus primos
golfinhos. Cientistas, pesquisadores e zoólogos consideram o boto como o
antecedente mais primitivo da família dos golfinhos. As espécies de boto são
o cinza, o Burmeister e o vermelho mais conhecido como boto cor-de-rosa.

       A reprodução dos botos se dá normalmente entre os meses de outubro
e novembro e o tempo da gestação é quase similar a dos humanos, dura 8
meses e meio. A alimentação de um boto é pouco variada, eles comem
caranguejos, peixes, tartarugas marinhas e terrestres pequenas, crustáceos e
moluscos.

                OS SIRÊNIOS, OU SIRENÍDEOS (LATIM CIENTÍFICO SIRENIA)

       É uma ordem de mamíferos marinhos herbívoros, são representados pelo dungongo e os
manatins, (peixe-boi ou vaca-marinha). Algumas espécies atingem 5m, pesando mais de uma
tonelada. Vivem permanentemente dentro de água, encontrando-se perfeitamente adaptados às
exigências deste meio. O seu corpo gordo, ar pachorrento e focinho carnudo, Sua forma assemelha-


                                                                                                24
se à dos cetáceos No entanto, enquanto os cetáceos têm os ossos leves e esponjosos, os sirênios
apresentam o esqueleto denso e sólido.

      ADAPTAÇÕES PARA O MEIO AQUÁTICO

              Os membros anteriores estão transformados em nadadeiras;
              Os membros posteriores estão reduzidos a um pelvis
              vestigial;
              A cauda é alargada e achatada horizontalmente, formando
              um "remo".

      CARACTERISTICAS FISÍCAS

                     Os lábios são grandes e móveis, cobertos de cerdas rijas.
                     As narinas estão localizadas na parte superior do
                     focinho.
                     Os ouvidos não têm "pinae".
                     Os olhos não têm pálpebras, mas podem fechar-se por
                     um mecanismo que funciona como um esfíncter.
                     Os ossos são mais densos e solido que o da maioria dos mamíferos (um
                     fenômeno chamado paquiosteose), tornando-os mais pesados, o que facilita a
                     sua posição na água.
                     Os pêlos que rodeiam a boca destes animais têm uma função táctil,
                     assumindo um papel importante na orientação do animal, particularmente nas
                     águas turvas onde se encontram freqüentemente.

      ALIMENTAÇÃO

        Os sirênios são herbívoros, alimentando-se de uma grande variedade
de algas marinhas e plantas aquáticas, submersas e flutuantes, como os
jacintos de água.

      REPRODUÇÃO

       Reproduzem-se lentamente, dando à luz uma cria aproximadamente de 3 em 3 anos, fator
que os torna muito vulneráveis às ameaças ambientais.

     EXISTEM DUAS FAMÍLIAS DE SIRÊNIOS, QUE SE DISTINGUEM FACILMENTE,
ENTRE OUTRAS RAZÕES, POR APRESENTAREM FORMATOS DIFERENTES DE CAUDA:

      Peixe-boi ou Manati

        Vivem em rios e estuários, raramente penetrando no mar alto. São
excelentes nadadores, capazes de mergulharem e ficarem submersos durante
mais de 15 minutos. Os machos adultos viajam bastante e reúnem-se por
vezes em grupos numerosos, em volta das fêmeas prontas a acasalar.
Encontram-se nas águas temperadas do Oceano Atlântico e nas zonas
costeiras da América e África.

                                                                                            25
CARACTERÍSTICAS

                     Chega a medir até 4,5 metros.
                     De hábitos solitários, raramente são vistos em grupo fora da época de
                      acasalamento.
                     Alimenta-se de algas, aguapés, mangue, capins aquáticos entre outras plantas.
                      Pode comer até 16 kg de plantas por dia e consegue armazenar até 50 litros
                      de gordura como fonte energética para a época da seca, quando as gramíneas
                      de que se alimenta diminuem de disponibilidade.
                     As nadadeiras apresentam resquícios de unhas, ajudam o animal a escavar e
                      arrancar a vegetação aquática enraizada no fundo.
                     Tempo de vida Cerca de 50 anos.

                                            REPRODUÇÃO

      Possuem baixa taxa reprodutiva, a fêmea tem geralmente um filhote a cada três anos, sendo
um ano de gestação e dois anos de amamentação.

       O DUGONGO (DUGONG DUGON) OU VACA-MARINHA

       É o menor membro da ordem Sirenia. Que se extinguiu no final
do século XVIII espécie habitou em tempos todas as regiões tropicais
dos Oceanos Índico e Pacífico, mas hoje em dia a sua distribuição é mais
limitada. Podem atingir 3,5 metros de comprimento e 400 kg de peso.

       CARACTERÍSTICAS

                      O seu corpo era maciço, com cabeça pequena e
                      pescoço indiferenciado.
                      Os olhos eram pequenos, assim como as narinas,
                      e não tinha orelhas.
                      Os adultos não tinham dentes.
                      A cauda era em forma de leque e os membros dianteiros modificados como
                      barbatanas tinham a forma de gancho. Por causa de seu peso e estrutura
                      corporal, o dugongo-de-steller era um animal bastante lento.
                      São muito sociáveis

                                            REPRODUÇÃO

       Pouco se sabe a respeito dos hábitos de vida ou reprodução, mas supõe-se que formasse
casais monogâmicos e que o período de gestação fosse longo. Relatos contemporâneos indicam que
as fêmeas davam à luz apenas uma cria, na altura do Outono.

                                       CAUSA DA EXTINÇÃO

      A extinção do dugongo-de-steller está claramente associada à chegada ao mar de Bering de
pescadores e colonos ocidentais. O animal foi de imediato identificado como:



                                                                                                26
Fonte de alimento e caçado pela sua carne, que é descrita como tendo textura e sabor
       semelhantes ao bife de vaca.
              A gordura era aproveitada para cozinhar ou para as lâmpadas a óleo, e o leite das
       fêmeas era consumido diretamente ou transformado em manteiga.
              O couro era usado para fabricação de vestuário. No entanto, a caça excessiva não foi
       o único motivo de extinção. Juntamente com os dugongos, os pescadores danificaram
       também as populações de lontras marinhas que se alimentavam, entre outras coisas, de
       ouriços do mar.

                                           LAGOMORFOS




                        Os lagomorfos (Lagomorpha) constituem uma
                 ordem de pequenos mamíferos herbívoros, que inclui os
                 coelhos, lebres e ocotonídeos, na qual se incluem duas
famílias: Leporidae(coelhos e lebres) e Ochotonidae (pikas).

       Embora os lagomorfos se assemelhem a roedores, há diferenças que justificam a sua
inclusão numa ordem à parte.

       Tal como os roedores, os lagomorfos têm dentes que crescem continuamente, necessitando,
portanto de atividade constante para evitar que fiquem grandes demais.

              Quatro (em vez de dois) dentes incisivos na maxila

                       LEPORIDAE - COELHOS E LEBRES

      Coelhos, assim como as lebres são animais da Família Leporidae. Assim,
possuem semelhanças e também diferenças significativas.

       DIFERENÇAS ENTRE COELHOS E LEBRES

       COELHOS:

               O coelho é um animal de comportamento dócil, manso e
       carinhoso.
               Os coelhos recebem máxima atenção dos pais;
               Os filhotes de coelhos nascem nus, de olhos fechados, as patas
       traseiras menores
               Os ninhos são feitos em tocas na terra;
               As orelhas e pernas dos coelhos, assim como todo o seu corpo,
       são sempre menores do que os das lebres.
               LEBRE:
               Lebres são maiores e também mais ágeis, graças aos seus
       longos membros posteriores que permitem com que corram, nadem e
       subam em árvores com bastante destreza.
                                                                                               27
As lebres nascem desprovidas de qualquer atenção parental;

       Os filhotes de lebres nascem cobertos de pêlos e com olhos abertos, as
patas posteriores muito desenvolvidas;

      Os ninhos são feitos na superfície do solo, Outra diferença está na
muda da pelagem, a qual em coelhos não ocorre e em lebres suas pelagens se
tornam branca no inverno, após sofrerem a troca.

       HÁBITOS ALIMENTARES E/OU DIETA

       Dois coelhos comendo folhas de coentro.

        A maior parte dos coelhos come e mostra-se ativa do anoitecer ao
amanhecer, e passa o dia descansando e dormindo. O coelho come muitas
espécies de plantas. Na primavera e no verão, seu alimento são folhas verdes
incluindo trevos, capins e outras ervas. No inverno, come galhinhos, cascas e
frutos de arbustos e árvores. Os coelhos às vezes causam prejuízo à lavoura
porque mordiscam os brotos tenros de feijão, alface, ervilha e outras plantas.
Também danificam árvores frutíferas porque roem sua casca. É importante ressaltar que os coelhos
têm a cenoura como a base de sua alimentação. Não devem, em hipótese alguma, comer alface, pois
esse vegetal pode causar diarréia.

       A dieta da lebre é muito similar à do coelho alimenta-se, principalmente, de ervas que
encontra no seu território e, se encontrar cereais, também não os dispensa.

                                            REPRODUÇÃO

                     A gestação da coelha dura cerca de 30 dias.
                      Geralmente nascem quatro a cinco láparos (filhotes
                      de coelho) por vez.
                   Os filhotes não enxergam nem ouvem, e não têm
                      pêlo.
                   A mãe os mantém no ninho que cava no solo. Ela pode não ficar no ninho,
                      mas permanece sempre perto. Forra o ninho e cobre os filhotes com capim e
                      com pêlos, que arranca do próprio peito com os dentes.
                   A cobertura esconde os coelhos recém-nascidos e ajuda a mantê-los
                      aquecidos. Quando os láparos têm cerca de dez dias, já podem ver e ouvir, e
                      possuem pêlos macios.
       As lebres procriam, em média, duas vezes por ano, e a sua prole
       raramente ultrapassa as duas crias por ninhada.

                          OCHOTONIDAE (PIKAS)

       A Pika, também conhecida por lebre assobiadora, é facilmente
distinguida, pertence à mesma família do coelho, inserindo-se no gênero
Ochotona, onde estão enquadradas cerca de 30 distintas subespécies



                                                                                              28
CARACTERÍSTICAS

        As suas orelhas e membros são mais curtos do que as orelhas e membros do coelho. Sua cor
é uma mistura de vermelho, castanho-claro, cinza e laranja-claro. É, por isso, uma boa camuflagem
para o animal.

      Seu assobio, quase hipersônico, pode significar que tudo está bem ou, também, "fique longe
de minha comida".

                                      HABITAT

       A Lebre-assobiadora vive em colônias e abriga-se nas cavidades e
fendas das rochas.

                                  ALIMENTAÇÃO

      Alimenta-se pela manhã, cortando o talo das ervas duras (seu alimento preferido) e rasteiras
com seus dentes incisivos, longos e afiados.

       À tarde, ela enrola-se na toca, protegendo-se com sua pele formada por pêlos de pontas
ásperas.

       Tem a pele mais quente e mais grossa que a dos coelhos.

                                 REPRODUÇÃO

       Sua ninhada é de 4 à 5 filhotes.

          PROBOSCIDEA (DO GREGO PROBOSKIS - TROMBA)

       É uma ordem que contém apenas uma família vivente, a
Elephantidae, à qual pertence os elefantes, com apenas 2 espécies atuais, OS ELEFANTES
AFRICANOS E O ELEFANTE-ASIÁTICO que vive na Índia e no sudoeste da Ásia.

        O elefante é um mamífero que pode viver de 100 a 120 anos. Tem o casco semelhante a
unha e a tromba é a característica mais notável da anatomia do elefante (que é transformação do
lábio superior e do nariz num órgão alongado, muscular e carente de ossos). Usa-a para alimentar-se
de ervas e folhas ou para sugar água quando bebe. As presas do elefante, que estão profundamente
encaixadas no crânio do animal, são, na realidade, dois incisivos superiores muito alongados.

        Os elefantes são chamados de paquidermes, que significa "com pele espessa". A pele do
elefante é extremamente rija na maior parte do seu corpo e tem cerca de 2,5 cm de espessura. No
entanto, a pele à volta da boca e dentro das orelhas é muito fina.

   DIFERENÇAS ENTRE O ELEFANTE AFRICANO E O
ASIÁTICO
       Elefante Africano Características

              É o maior dos mamíferos terrestres dos tempos modernos.

                                                                                                29
Tanto os machos assim como as fêmeas possuem no maxilar superior dois dentes
          incisivos (presas) prolongados. Com eles, os elefantes se defendem e procuram alimentos e
          sais minerais.
                  Os machos são maiores que as fêmeas e possuem também os incisivos mais
          potentes.
                  A pele é quase nua e a pequena cauda termina numa mecha.
                  O elefante africano tem longas presas (feitas de marfim), tanto o macho quanto a
          fêmea,

          Família - Elephantidae:

          Nome Científico - Loxodonta africana;

          Peso - de 4 a 6 toneladas;

          Altura - 5 a 7 metros;

          Alimentação - (Herbívoro) capim, folhas secas, cascas de árvores                          e
raízes;

          Tempo de Gestação - 22 meses;

          Habitat - Florestas tropicais e Savanas;

          Elefante asiático

          Família - Primelephas;

          Nome Científico - Elephas maximus;

          Peso - de 3 a 5 toneladas;

          Altura - 2,40 a 3 metros;

          Alimentação - Folhagens, ervas, bolbos, frutos;

          Tempo de Gestação - 22 meses. Nasce uma cria, por vezes, ajudada por outras fêmeas;

          Habitat – Florestas.

          Características

          São utilizados como animais de carga há séculos.

       Muito agressivos na época de acasalamento, devido aos altos                              níveis
de hormônios masculinos.

          são menores que os africanos

          tem orelhas menores e apresentam duas protuberâncias abobadadas em cima dos olhos.

          Em geral as "presas" são menores na espécie asiática só o macho as têm presas.
                                                                                                   30
A principal diferença visual entre ambas as espécies é o tamanho das orelhas, já que o
elefante africano (também maior em tamanho) possui orelhas bem maiores do que o asiático. Essa
diferença do tamanho das orelhas se deve ao fato do elefante africano viver em um ambiente mais
quente, onde, ao abanar as orelhas, provoca uma diminuição de temperatura do seu corpo.

       Um elefante possui um cérebro de 6 kg, e estudiosos observaram que os elefantes (na Índia
onde executam tarefas úteis ao homem), se comportavam como se "soubessem" o que deviam fazer.
Esses animais conheciam cerca de 24 comandos para o trabalho, mas, com um mínimo de ordens,
puxavam e empurravam toras de madeira, colocando-as num caminhão

        CURIOSIDADE: Quando seus molares caem impossibilita sua
alimentação e, assim, eles acabam morrendo. Isso sem falar da caça
indiscriminada, feita ao longo de décadas, que tem reduzido bastante a
população de elefantes, levando-os a correr risco de extinção.

                                      PERIGO DE EXTINÇÃO

        Atualmente todas as espécies de elefantes são considerados como espécies em perigo de
extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais
(UICN). Os elefantes encontram-se ameaçados pela caça ilegal e perda de seu habitat. O marfim de
seus dentes é usado em jóias, teclas para piano, hanko (selos personalizados para assinatura de
documentos oficiais, exigida no Japão) e para outros objetos. Sua pele e outras partes são um
componente comercial de menor importância, enquanto a carne é utilizada pelas pessoas da
localidade.

                                   MAMUTE

                          GÊNERO MAMMUTHUS

       Os mamutes eram animais mamíferos pré-históricos que não existem
mais em função de sua extinção que ocorreu há, aproximadamente, 4000
anos. Faziam parte da mesma família dos elefantes, porém eram maiores
(podiam atingir até 5 metros de altura) e possuíam grandes presas de marfim. Os mamutes
habitaram regiões de clima frio e temperado do planeta. Foram encontrados vários fósseis deste
animal em países da Europa, norte da Ásia (principalmente Sibéria) e América do Norte,
                                                                                           31
comprovando a vida desta espécie nestes locais. Serviam de alimentação para os homens que
viveram no período Neolítico (Idade da Pedra Polida).

              O corpo dos mamutes era coberto por uma espessa camada de
       pêlos de cor cinza escuro.
              Viviam em manadas e se alimentavam, principalmente, de
       grandes quantidades de folhas, raízes, frutas e vegetais.

                              OS MASTODONTES

      Eram espécies de elefantes pré-históricos, pertencentes ao género Mammut, anteriormente
denominado Mastodon.

       Os mastodontes viveram na América do Norte e também na América
do Sul durante o Plistocénico e extinguiram-se há cerca de 10 000 anos.

       Tinham cerca de 3 metros de altura e pesavam em torno de 7
toneladas.

       Eram herbívoros que se alimentavam de vegetação macia como folhas
e ramos.

       As suas presas de marfim chegavam aos 5 metros de comprimento.

       A sua carne foi uma fonte importante de alimento para os primeiros homens que
colonizaram a América do Norte.

       Os mastodontes distinguem-se dos mamutes pelo formato
dos seus dentes, de forma mais cônica e mais adaptados à
mastigação de folhas moles.

                O DINOTÉRIO (Deinotherium bozasi)

       Foi um mamífero herbívoro, parente dos elefantes atuais.
Foram contemporâneos do australopiteco. O seu nome quer dizer fera terrível (dheinos, terrível e
therium, fera).

              Tinham grandes presas curvadas para baixo. Supõe-se que eram usadas para arrancar
       casca dos troncos de árvores, que junta a folhas, constituíam sua dieta.
              Eles parecem ter possuído trombas mais curtas do que o elefante atual.
              Viveu nos períodos mioceno, plioceno e pleistoceno.
              Era o segundo maior mamífero terrestre de todos os tempos perdendo só para o
       indricotherium que pesava em torno das 15 toneladas.
              Ele tinha 4 metros de altura na cernelha.

                                       A ORDEM DOS PRIMATAS

       PRIMATAS - São mamíferos superiores que se caracterizam por apresentarem membros
alongados, e mãos e pés com cinco dedos providos de unha. Nas mãos dos primatas, o dedo polegar
fica numa posição oposta aos outros dedos Esta característica permite que eles tenham maior
                                                                                             32
habilidade no manuseio dos objetos. Na ordem dos primatas, temos os vários tipos de macacos
(gorila, chimpanzé, orangotango, gibão) e o homem. A ordem dos primatas engloba cerca de 180
espécies que variam, tanto no tamanho, como em seus diferentes modos de vida. Surgiram na era
cenozóica, no período terciário. O ser humano é, entre os primatas, o que possui maior capacidade
de raciocínio.

       Os primatas são classificados como do novo e do velho mundo:

               Novo mundo: eles têm como principal característica suas narinas achatadas e
       separadas. Vivem principalmente nas florestas, sendo ativos durante o dia e dormindo à
       noite. Sua alimentação é feita em cima das árvores, onde se fartam de folhas e frutos.
               Velho mundo: cerca de 70 espécies na África, Ásia e Indonésia. Todos caminham
       com quatro patas, um exemplo disso é o babuíno.

       Existe também a classificação dos primatas como sendo inferiores e superiores:

               Inferiores: constituem 21 espécies vivendo a maioria nas florestas de Madagascar.
       Entre esses macacos há alguns que medem 12 cm e outros que chegam a 90 cm.
                Primatas superiores: são principalmente aqueles que têm a face achatada e os olhos
       voltados para frente (eles não têm cauda). Os orangotangos pesam cerca de 90 kg e os
       gorilas chegam aos 275 kg.




                                                                                               33
Os primatas atualmente sofrem com um grande problema: o perigo da extinção, pois
segundo um relatório preparado pelo Bristol Zoo Gardens, quase a metade das espécies corre risco
de extinção devido à cormercialização ilegal, à caça motivada pela venda da carne e ao
devastamento de seus habitats, as florestas tropicais.

       A TEORIA DA EVOLUÇÃO (EVOLUCIONISMO)

       Sabe-se que a princípio, não existiam seres vivos possuidores de coluna vertebral. Antes do
surgimento dos primeiros vertebrados milhões de anos se passaram na história da evolução. Os
primeiros a aparecer tinham a forma de peixe, e somente milhões de anos após é que os primeiros
anfíbios passaram a existir, e depois vieram os répteis, pássaros e mamíferos.

       Para a ocorrência de todo esse processo, ocorreram inúmeras explicações, contudo, a mais
conhecida foi desenvolvida por Darwin (teoria evolucionista). Ele se fez notar quando observou que
não existem duas plantas ou dois animais exatamente iguais.

       Observou-se que partes dessas diferenças são benéficas para a obtenção mais alimento, fato
que permite uma melhor formação e um tempo de vida mais prolongado. Essas variações passaram
de geração para geração e foram muito úteis para o desenvolvimento dos seres vivos.

      Após milhões de anos, a aparência de animais e plantas ficou bem diferente do que era.
Aqueles que se desenvolveram melhor foram os que tiveram a chance de se adaptar as inúmeras
mudanças que ocorreram em nosso planeta.

                          EVOLUÇÃO DOS PRIMATAS OS PRIMATAS.

        Os fósseis mais antigos de primatas datam de 60 milhões de anos atrás. Acredita-se que
nesta época, ou melhor, um pouco antes, os mamíferos placentários iniciaram a ocupação do
ambiente arborícola. Sendo que para isso desenvolveram, de acordo com a teoria darwinista,
atributos que caracterizam a família dos primatas. São atributos como as mãos que permitem
agarrar objetos, a visão binocular que permite calcular distâncias com precisão, capacidade de ver
cores (Dentre os mamíferos apenas os primatas), cuidado com a prole e etc. que fazem o sucesso
dos primatas e do homem.

      O ancestral de todos os primatas foi o plesiadapis. Tinha cerca de 30 cm e ra muito
semelhante aos atuais musaranhos, por isso muitos antropólogos não consideram-no como primata.
                         Mas de fato, o Plesiadapis pode ser considerado a “mãe” de todos os
                         primatas.

                                  Dez milhões de anos após o Plesiadapis, com o processo de
                          evolução, apareceu o Adapis que já continha uma semi-mão. O corpo
                          tinha cerca de 30 cm de comprimento e estudos do resto do corpo levam
                          a crer que era bem ágil em correr no solo. Entretanto, com o número
                          bem grande de predadores no solo, o Adapis precisava constantemente
subir em árvores.

       Plesiadapis e Adapis, os primeiros primatas, compreenderam a subordem dos prossímios
(Primatas inferiores) que originaram os lêmures e társios atuais. Os prossímios possuem ainda um
corpo com membros curtos e conseqüentemente semi quadrúpede.
                                                                                               34
A outra subordem é a dos Antropóides (do grego anthropos, homem, e oide,
               parecido) ou primatas superiores. As principais características deste grupo são o
               encéfalo desenvolvido e os membros longos.

                       O antropóide mais antigo foi o Lacypithecus que já não era quadrúpede em
               solo como seus antecessores (Plesiadapis e Adapis). Tinha uma altura de 50 cm e
               olhos totalmente na posição frontal.

      A partir do Lacypithecus os antropóides se diversificaram, um ramo deu origem aos
pequenos primatas que vivem nas Américas, outro ramo aos macacos do velho mundo como os
babuínos e o último ramo a aparecer na escala de tempo deu origem a um animal chamado
                     dryopithecus.

                            O dryopithecus tinha 1 metro de altura e viveu a 20 milhões de anos
                    atrás, provavelmente seja o ancestral de todos os grandes primatas e o gibão.
                    De estudos sobre os fósseis conclui-se que o dryopithecus possuía grandes
                    habilidades nas árvores e conseguia agarrar com firmeza e precisão objetos.

                           Do dryopithecus vieram dois gêneros: Os pongidae (Orangotango e
                    Gibão) e os Hominidae (Homem, Chimpanzé e Gorila).




                                                                                              35
SISTEMA RESPIRATÓRIO

                                             RESPIRAÇÃO:

            Os mamíferos possuem respiração exclusivamente pulmonar. O sistema respiratório
deles é formado pelos pulmões e pelas vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, traquéia e
brônquios). Os movimentos de entrada do ar (inspiração) e saída (expiração) são controlados por
um músculo que separa o tórax do abdômen: o diafragma.




                              FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

                      O sistema respiratório fornece oxigênio para sustentar o metabolismo
       tecidual e remove dióxido de carbono. O consumo de oxigênio e a produção de dióxido de
       carbono variam com a taxa metabólica, que depende principalmente da atividade física. . As
       espécies menores têm o consumo de oxigênio por quilo de peso corpóreo mais alto que as
       espécies maiores.




                                                                                                  36
O consumo máximo de oxigênio no cavalo é três vezes maior que o consumo
       máximo de oxigênio em uma vaca de peso corpóreo similar.




                  Os cães têm consumo máximo de oxigênio mais alto que os caprinos de mesmo
       tamanho.
                              TIPOS DE RESPIRAÇÃO
             COSTOABDOMINAL=É o tipo de respiração normal dos animais.

      Embora o tipo de respiração seja costo-abdominal observa-se no cão e no Homem um
predomínio costal e no Eqüino e no Bovino um predomínio abdominal.

        ABDOMINAL =Caracterizada por maior movimentação do abdome e ocorre por dores no
tórax e arreio mal colocado

       COSTAL OU TORÁCICA =Caracterizada por pronunciada movimentação das costelas e
ocorre por respiração dificultada e afecções abdominais dolorosas, gestação e gases.

                                   SISTEMA CIRCULATÓRIO

       O sistema circulatório também chamado de sistema cardiovascular é formado por: coração,
vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e vasos linfáticos.

      A circulação nos mamíferos é fechada, dupla e completa.

      É fechada porque as células do sangue estão sempre dentro de vasos sanguíneos. É dupla
porque o sangue passa duas vezes pelo coração. É completa porque o sangue venoso separa-se
completamente do arterial.




      O CORAÇÃO

       É o órgão que bombeia o sangue oxigenado para o corpo e o sangue desoxigenado para os
pulmões. É formado por quatro câmaras: átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, átrio direito e
ventrículo direito.

                                                                                           37
O átrio direito é a câmara superior do lado direito do coração. O sangue que retorna ao átrio
direito é venoso e passa para o ventrículo direito para ser bombeado pela artéria pulmonar para os
pulmões para re-oxigenação e remoção de dióxido de carbono. O átrio esquerdo recebe sangue
recém oxigenado dos pulmões bem como da veia pulmonar, que é passado para o ventrículo
esquerdo forte para ser bombeado através da aorta para os diferentes órgãos do corpo.

       ARTÉRIAS=São os vasos pelos quais o sangue sai do coração.

       VEIAS=São os vasos que trazem o sangue para o coração.

       CAPILARES=São vasos microscópicos.

                                     CIRCULAÇÃO PULMONAR

        Inicia-se no tronco da artéria pulmonar, seguindo pelos ramos das artérias pulmonares,
arteríolas pulmonares (até aqui o sangue é venoso). A partir daqui o sangue é arterial, segue pelas
vênulas pulmonares e veias pulmonares que deságuam no átrio esquerdo do coração.

                                         SISTEMA EXCRETOR

       A excreção tem como principal função eliminar substâncias nitrogenadas e regulares a
quantidade de água no organismo.

       Nos mamíferos podemos considerar como sistema excretor o sistema urinário (onde é
produzida a urina) e também a pele (onde é produzido o suor) através das glândulas sudoríparas.

        O Sistema urinário dos mamíferos é formado por um par de rins, e pelas vias urinárias
(ureteres, bexiga, e uretra) que são muito eficientes na limpeza do organismo.

           Os rins recebem o sangue a ser filtrado, que é rico em oxigênio necessário a
sobrevivência, através das artérias renais que se transformam em vasos cada vez menores no seu
interior (arteríolas).Essa ramificação de vasos entra em contato direto com a unidade excretora do
rim,o néfrom.O sangue filtrado sai dos rins pela veia renal,livre de excretas e rico em gás
carbônico.De cada rim sai um tubo,os ureteres,que levam o produto da filtração e reabsorção(urina)
até a um reservatório,a bexiga urinária que tem por função armazenar a urina.A bexiga é um órgão
constituído por musculatura elástica,o que aumenta conforme armazena a urina.A urina sai para o
exterior do corpo através da uretra.




                                                       .

                                                                                                  38
Através da pele, as substâncias contidas no suor são retiradas do sangue pelas glândulas
sudoríparas. Através de canal excretor, chega até a superfície da pele, saindo pelos poros.
Eliminando o suor, a atividade das glândulas sudoríparas contribui para manutenção da temperatura
do corpo.

                                        SISTEMA DIGESTÓRIO

       Digestão- É o conjunto das transformações, mecânicas e químicas, que os alimentos
orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores
hidrossolúveis. É a quebra de macromoléculas em moléculas menores por meio
de enzimas digestivas, para que possam ser absorvidas pelas células.

       TIPOS DE DIGESTÃO

                 Intracelular (ocorre totalmente dentro das células).
                 Extracelular (ocorre dentro do tubo digestório).
                 Extra e intracelular (começa no tubo digestório e termina no interior da célula).
                 Extracorpórea (ex.: nas aranhas, a digestão ocorre dentro do organismo da própria
       presa).

       A DIGESTÃO HUMANA

            Extracelular é a digestão denominada para o ser humano, sendo realizadas através da
trituração de alimentos, operações vitais e pela salivação. O aparelho digestório humano é
anatomicamente dividido em: órgãos do tubo e órgãos anexos. Órgãos do tubo: boca (lábios, dentes
e língua), faringe esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso
(ceco, colo reto) e ânus.




             Órgãos anexos: glândulas salivares (parótida, submaxilar e sublingual), pâncreas e
vesícula biliar.




                                                                                               39
Depois de mastigados e insalivados na boca, os alimentos são
engolidos e levados até o estômago. Ao passarem por várias transformações, seguem do estômago
para o intestino delgado, onde os nutrientes passam para o sangue, através das paredes deste órgão.
Assim, as substâncias nutritivas podem ser distribuídas pelo corpo do animal. Os resíduos dos
alimentos seguem para o intestino grosso, que absorve a água e forma as fezes, que são mandadas
para fora do corpo pelo ânus.




                               DIGESTÃO NA CAVIDADE BUCAL
            Amilase salivar ou ptialina - Enzima que atua sobre o amido e outros polissacarídeos
(glicogênio, por exemplo), transformando-os em moléculas menores de maltose. A digestão
depende de fatores químicos importantes como, por exemplo, o ph.




          ALIMENTOS- O alimento tem como função, a sustentação, a energia, e a renovação
orgânica do individuo.




                                                                                                40
É muito variada. Os roedores (ordem rodentia) são herbívoros
e possuem incisivos bem desenvolvidos. Muitos carnívoros (ordem carnívora) comem apenas carne,
embora existam alguns que tenham uma alimentação variada, eles possuem caninos bem
desenvolvidos. Os insetívoros (ordem insetívora) são mamíferos que comem insetos,
principalmente, e tem focinho longo e pontiagudo. Algumas espécies de quirópteros (ordem
quiróptera) sugam o sangue do gado e de outros mamíferos. Os cetáceos (ordem cetácea) são
carnívoros filtradores de plâncton. Os proboscídeos (ordem proboscídea) são herbívoros e possuem
nariz e lábio superior transformados em tromba e possuem incisivos bem desenvolvidos Presas.




          DIFERENCIAR ANIMAIS MONOGÁSTRICOS E ANIMAIS RUMINANTES?

        De acordo com as características anatômicas, morfológicas e fisiológicas do sistema
digestivo dos animais. Monogástricos são os animais não ruminantes que apresentam um estômago
simples (mono=1 gástrico= digestão), com uma capacidade de armazenamento pequena. Existem
animais não ruminantes, como os cavalos e coelhos que possuem o ceco funcional, contendo
microorganismos capazes de digerir alta porcentagem de fibra (celulose e hemicelulose). As
principais espécies de monogástricos são: o homem, aves, suínos, cães, gato, coelho, equino e etc.

       Os ruminantes (latim científico: Ruminantia) são uma subordem de mamíferos artiodátilos,
que inclui os veados, girafas, bovídeos e por vezes incluídos até mesmo os camelos, caracterizados
pela presença de um estômago complexo, tendo quatro "estômagos". Os monotremados possuem
cloaca em vez de ânus.

                                               DIGESTÃO:

       Ação química (HCI no estômago, bile no intestino delgado);

       Atividade enzimática (pepsina gástrica, amilase pancreática, lipase pancreática...)

                         PROCESSO DIGESTIVO EM NÃO RUMINANTES:
                                                                                               41
O Sistema digestivo dos monogástricos (não ruminantes) possui um compartimento simples
para a digestão gástrica, isto é, um estômago simples. Ex: porco, cavalo, cão, gato e galinha.

      A maioria dos monogástricos utiliza alimentos fibrosos de modo pouco eficiente, com
exceção do cavalo e do coelho.

       PARTES COMPONENTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO:

       BOCA: contém quatro grupos acessórios:

       1. Lábios - apreensão;

       2. Língua - apreensão mistura e deglutição. Sentido do gosto;

       3. Dentes - apreensão e mastigação:

       4. Glândulas salivares - três pares de glândulas que secretam a saliva.

       SALIVA:

       Água - umedece os alimentos abocanhados;

       Mucina - lubrifica os alimentos, facilitando a digestão;

       Íons bicarbonato - tampões. Ajudando a regular o PH do estômago.

       Enzimas - amilase (alfamilase) (ausente no cavalo, cão, gato); lisozima.

       ESÔFAGO: ondas peristálticas.

       ESTÔMAGO:

       Órgão digestório oco, em forma de pêra. Estoca, por algum tempo, e tritura,

       Mediante contrações musculares, o alimento ingerido. Secreta o suco gástrico.

        A presença de alimento no estômago induz a produção de suco gástrico. Contém água, ácido
clorídrico e pepsinogênio (pepsina cl PH ácido).

       A Secreção do ácido clorídrico (0,1 N) possibilita a manutenção do PH estomacal (PH 2,0).

       O Material que sofreu a ação do suco gástrico e deixa o estômago é denominado QUIMO

                                           INTESTINO DELGADO:

       Tubo digestório dividido em três seções:

       Duodeno - sítio ativo de digestão e absorção

       Jejuno - sítio ativo de absorção.

       Íleo - porção caudal. Sítio ativo de absorção e reabsorção.

       Projeções papilares: vilos e microfilos. Aumentam a área de superfície do intestino.

                                                                                               42
Cada vilo contém uma arteríola, uma vênula e um vaso linfático de drenagem

      Chamado lacteal.

                                      INTESTINO GROSSO:

      Três seções

      Ceco: tamanho variável nas diferentes espécies. Geralmente muito maior em Herbívoros do
      que em carnívoros e onívoros.
      Colo: seção média.
      Reto: última seção.
      FUNÇÕES:
      Reabsorção de água;
      Secreção de minerais, como o cálcio.
      Reservatório de componentes não digeridos no intestino delgado;
      Câmara de fermentação microbiana, com alguma digestão de alimentos fibrosos, síntese
      bacteriana e de vitaminas K e algumas do complexo B.
      Formação e expulsão do bolo fecal.

      SISTEMA DIGESTÓRIO DAS AVES

       A anatomia do trato gastrointestinal (TGI) difere consideravelmente das espécies
tipicamente monogástricas.

      BOCA
      Bico córneo para apreender, rapidamente, pequenas partículas de alimentos.
      Reduz parcialmente o tamanho do alimento a ser deglutido.
      Língua e glândulas salivares semelhantes às dos outros animais.
      ESÔFAGO

      INGLÚVIO (PAPO): A maioria das aves, exceto as espécies insetívoras, possui uma área
avolumada no esôfago, denominada inglúvio (papo), que apresenta as seguintes funções:

       Compartimento de armazenagem e umedecimento dos alimentos (particularmente
importante para os grãos).

      Permite ação prolongada da amilase salivar;

      Funciona como câmara de fermentação, para algumas espécies,

        PROVENTRÍCULO (ESTÔMAGO GLANDULAR): porção posterior ao inglúvio e
anterior à moela que apresenta as seguintes funções:

      Sítio de produção do suco gástrico (HCI e pepsinogênio)

      Meio ácido (PH próximo a 4);

      A ingestão o atravessa muito rapidamente (cerca de 14 segundos)



                                                                                          43
VENTRÍCULO (MOELA OU ESTÔMAGO MUSCULAR): órgão muscular oco, de
paredes muito grossas e epitélio cornificado.

       Tritura os alimentos, de forma similar à mastigação dos mamíferos, mediante contrações
involuntárias. Contrações ocorrem a cada 20 a 30 segundos.

       O epitélio é recoberto por uma secreção mucosa espessa.

       A moela possui, no seu interior, pedriscos e outras partículas duras que ajudam na trituração
do alimento, mas que não são essenciais para a sua função.

       Não secretam enzimas.

                                        INTESTINO DELGADO

       Mesmas seções dos mamíferos, com mesmas funções.

       Não secreta lactase.

       Ph 9, ligeiramente ácido.

       A Digestão e a absorção dos nutrientes ocorrem de maneira semelhante à dos mamíferos.

       INTESTINO GROSSO

       Intestino grosso bem pequeno (5 a 8 cm) que desemboca na cloaca;

        Os dois cecos e o intestino grosso são sítios de absorção de água e de digestão de alguma
fibra. A fermentação bacteriana se processa em níveis menores que nos mamíferos.

                                SISTEMA DIGESTÓRIO DOS SUÍNOS

     A anatomia do TGI dos suínos é bastante semelhante à dos humanos, sendo considerado um
monogástrico típico.

       BOCA

       Ação principalmente mecânica.

       Amilase salivar (alfamilase ou ptialina). Essa enzima age sobre amido e glicogênio dando
origem à glicose e à maltose.

       Presença da lisozima.

                                              ESTÔMAGO

       Capacidade de 6 a 8 litros.

       Dividido em cárdia, fundo e piloro. Cárdia e piloro possuem esfíncteres que controlam a
passagem dos alimentos pelo estômago.

       Presença de dobras no epitélio para aumentar a superfície de contato com o alimento
ingerido.

                                                                                                 44
A Concentração de ácido clorídrico é de aproximadamente 0,1 N (PH próximo de 2).

       O ácido clorídrico, ativa o pepsinogênio que produz a pepsina, que atua na digestão das
proteínas ingeridas.

       O ácido clorídrico, ativa também a renina, importante enzima produzida por mamíferos
jovens, que promove a coagulação do leite.

       INTESTINO DELGADO

       Existem quatro secreções que atuam no intestino delgado: Suco Duodenal, Suco Biliar, Suco
Pancreático e Suco Intestinal.

      SUCO DUODENAL: produzido pelas glândulas de Brünner. É uma secreção alcalina que
age como lubrificante e protege a mucosa duodenal contra o HCI.

        SUCO BILIAR: também chamado de bile. Secretado pelos hepatócitos. Os principais
componentes são os ácidos biliares e a bilirrubina. Os ácidos biliares provêm (90%) da reabsorção
intestinal da bile no ciclo enterocólico. E os 10% restantes são sintetizados pelo hepatócito. Atua na
emulsificação (dispersão em meio aquoso) dos lipídios no tubo digestivo, facilitando a ação da
enzima lipase pancreático, o transporte e a absorção dos lipídios.

        A bilirrubina é produto de degradação da hemoglobina, como outros pigmentos excretados
na bile não têm função digestiva.

                                          INTESTINO GROSSO

       A maior parte do material alimentar que chega à entrada do colo já teve absorvida a maior
parte dos nutrientes solúveis. As dietas normais sempre têm algum material resistente às enzimas
secretadas no canal alimentar.

      As glândulas presentes no intestino grosso são do tipo mucoso, não produtoras de enzimas.
Os processos digestivos, quando ocorrem, são por enzimas arrastadas com os alimentos, por
enzimas vegetais e microbianas.

        Extensa atividade microbiana ocorre principalmente no ceco. A contribuição dos ácidos
graxos voláteis (AGV) produzidos pode chegar a 10 - 12% das necessidades de mantença do porco
adulto.

                                   DIGESTÃO DO LEITÃO JOVEM:

       Entre o nascimento até cerca de cinco semanas de idade, a concentração e a atividade da
maioria das secreções digestivas do leitão são diferentes daquelas do animal adulto. A absorção de
imunoglobulinas do colostro. O colostro da porca e da vaca contém um inibidor da tripsina que
protege as Imunoglobulinas da proteólise.

        O desenvolvimento da atividade da pepsina, no leitão e no bezerro, depende da ingestão de
alimento sólido. A digestão das proteínas do leite ocorre por ação da renina e da tripsina. A
secreção de renina decresce rapidamente a partir da ingestão de alimentos sólidos, enquanto a da
tripsina altera-se muito pouco com a idade.

                                                                                                   45
Ao nascimento, a atividade da alfa-amilase, maltase e sacarase são baixas, enquanto a
lactase é muita ativa e decresce com o avanço da idade. Baixa capacidade de digerir gorduras
devido à baixa produção de bile. Leitões desmamados precocemente podem reagir
desfavoravelmente à proteína dos alimentos. Proteína da soja para leitões possui alta antigenicidade.
Sistemas de desmama precoce necessitam de atenção especial na escolha de alimentos substitutos
do leite.




                    ESQUEMATIZAÇÃO DA DIGESTÃO DOS RUMINANTES.

        A digestão dos ruminantes ocorre por um mecanismo particular, diferenciado dos demais
animais. Os ruminantes se alimentam basicamente de vegetais (folhagem), portanto são
considerados herbívoros (consumidores de primeira ordem). Ao longo do aparelho digestivo,
coexistem bactérias e protozoários que processam a digestão química da celulose, o polissacarídeo
responsável pela estruturação da parede celulósica das células vegetais, conferindo maior
aproveitamento energético aos ruminantes. Os órgãos envolvidos neste processo digestivo realizam
a digestão mecânica, proporcionando a fragmentação dos alimentos ingeridos, inicialmente por
meio da mastigação efetivada na cavidade bucal, apresentando dentição homodonte (dentes com
igual formato e função – maceração). Em seguida o alimento é conduzido até o rúmem (ou pança)
por intermédio do esôfago.
        Após o processamento do alimento no rúmen, o bolo alimentar formado é transportado até o
próximo compartimento denominado por retículo (ou barrete), o qual se comunica com outra
cavidade, o omaso, (ou folhoso) e deste em direção ao obamaso (ou coagulador).
         Portanto, toda a extensão do aparelho digestório desses animais é formada por um conjunto
contendo 4 cavidades, assim caracterizada: rúmen, retículo, omaso e abomaso, e funcionamento
subdividido em duas etapas. Na primeira etapa o alimento é mastigado e enviado para o rúmen e o
retículo. Na segunda, o bolo alimentar regurgitado retorna à boca através de contrações similares às
que provocam o vômito, sendo novamente mastigado e posteriormente em direção ao omaso e
abomaso.




                                                                                                  46
Exemplos de mamíferos ruminantes: carneiros, bovinos e camelos, boi, cabra, carneiro,
veado, girafa.




        O sistema digestivo, que tem como função, triturar, reduzir em pequenas partículas e digerir
os alimentos começa na boca (lábios, língua, dentes e glândulas salivares). O esôfago é um tubo
cilíndrico que se dilata facilmente e que conduz os alimentos da boca até o rúmen, com o qual se
comunica por um orifício chamado cárdia.

             Pré-estômagos- estômagos dos ruminantes são amplamente utilizados na culinária, para
fazer à famosa “dobradinha” ou “buchada”. Compreendem três compartimentos, rúmen, retículo e
omaso, os quais representam os “estômagos falsos”, onde ocorre a digestão microbiana e a ação
mecânica sobre os alimentos fibrosos e grosseiros.
             O rúmen, pança ou bucho é o maior dos compartimentos, comportando 80% do volume
total do estômago, e ocupa quase todo o lado esquerdo da cavidade abdominal. Em bovinos adultos
pode conter até 200 litros, enquanto que em ovinos e caprinos sua capacidade é de
aproximadamente 20 a 30 litros. O retículo ou barrete é o menor dos pré-estômagos, que atua como
um "marca-passo” dos movimentos da ruminação.
             Estômago verdadeiro- O Abomaso, conhecido também por coalheira é o único
estômago verdadeiro, ou seja, onde ocorre à secreção de suco gástrico, e onde se processa a
digestão propriamente dita. De forma alongada, está situado à direita do rúmen e repousa sobre o
abdômen, logo atrás do retículo.

        O conteúdo do rúmen segue então seu caminho em sentido contrário, em direção à boca,
constituindo o processo de ruminação, ou seja, o retorno do bolo alimentar do rúmen para a boca,
onde é submetido a uma nova mastigação e insalivação, agora mais demoradas e completas. A
calma e tranqüilidade ambiental são favoráveis a uma ruminação correta, com regurgitações
espaçadas de um minuto. A parada da ruminação é um sinal de indisposição alimentar ou de

                                                                                                 47
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  • 1. AEDA- Autarquia Educacional do Araripe FAFOPA- Faculdade de Formação de Professores de Araripina DISCIPLINA- Zoologia dos Vertebrados PROFESSORA- Alda Maria IV Período de Ciências Biológicas MAMÍFEROS Antonio Pereira de Araújo Silva Andressa Larissa da Silva Souza Ariany Erika Pereira Damiana Daniela Vieira Fabrício Estefane Vanessa Silva Peixoto Francisca Jaqueline Rodrigues Matos e Silva Isabel Osmaiane da Silva Jucimaria Sabino da Silva Maria Helena Damasceno Coelho Roseane Ferreira Alves Thamyllys da Silva Leite Serrolândia, 07 de Dezembro de 2011. 1
  • 2. AEDA- AUTARQUIA EDUCACIONAL DO ARARIPE FAFOPA- FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARARIPINA MAMÍFEROS Serrolândia, Dezembro de 2011 2
  • 3. SUMÁRIO Introdução............................................................................................................................ 04 I. Características Gerais Dos Mamíferos........................................................................... 05 II. As Ordens dos Mamíferos: Classe Monotrêmata.......................................................06 Metatérios ou Marsupiais....................................................................................................16 Eutérios..................................................................................................................................16 Ordem dos Desdentados.......................................................................................................17 Quirópteros.......................................................................................................................... 17 Carnívoros............................................................................................................................ 18 Roedores................................................................................................................................18 Perissodáctilos...................................................................................................................... 19 Artiodátilos........................................................................................................................... 21 Insetívoros............................................................................................................................ 22 Cetáceos................................................................................................................................ 22 SIRÊNIOS............................................................................................................................ 24 Lagomorfos........................................................................................................................... 27 Proboscídeo.......................................................................................................................... 29 Primatas................................................................................................................................ 32 III. SISTEMAS: Sistema Respiratório.............................................................................. 36 Sistema Circulatório............................................................................................................ 37 Sistema Excretor.................................................................................................................. 38 Sistema Digestório............................................................................................................... 39 Sistema Endócrino............................................................................................................... 48 IV. Reprodução.................................................................................................................... 53 Mamíferos ameaçados......................................................................................................... 56 Curiosidades sobre os mamíferos....................................................................................... 60 V- Conclusão........................................................................................................................ 61 VI- Referências Bibliográficas............................................................................................ 62 3
  • 4. INTRODUÇÃO Ao estudarmos a zoologia dos vertebrados pudemos descobrir um mundo voltado para a vida animal, entre as diversas classes, se apresenta como uma das maiores a dos mamíferos com inúmeras características adaptativas que lhes permite ampla distribuição geográfica. Existe cerca de 5.416 distribuídas, em 1.200 gêneros 152familias e até 46 ordens. Além disso, essa classe se apresenta entre os mais variados hábitats aquáticos, aéreos, e principalmente terrestres. As principais ordens apresentadas no devido trabalho são as que seguem: Monotremados, Marsupiais, Quirópteros, Carnívoros, Xernartos, Roedores, Perissodáctilos, Insetívoros, Artiodátilos, Proboscídeo, Sirênios, Cetáceos, Lagomorfos e primatas. E a principal característica dessa ordem e a presença de glândulas mamárias, desenvolvidas nas fêmeas, que produzem leite para alimentar os filhotes. É a parte de fisiologia que estão apresentados são os sistemas: Circulatório, Respiratório, Excretor, Digestório, Nervoso e Reprodutor. Entre as espécies mamíferas destacamos o menor mamífero conhecido como morcego que pesa 1,5 gramas e a maior a baleia azul que chega a pesar 130 toneladas e 30 metros de comprimento. Convém lembrar que a espécie humana está inclusiva nessa classe e possui uma das maiores capacidade de raciocínio e inteligência de todo o reino animal. 4
  • 5. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MAMÍFEROS Os mamíferos são os vertebrados mais evoluídos, com inúmeras características adaptativas que lhes permite ampla distribuição geográfica. Seus representantes são numerosos e diversificados, ocupando os mais diversos ambientes principalmente terrestres. O menor mamífero conhecido é um morcego que pesa apenas 1,5g, e maior é a baleia azul, que atinge 130 t e mais de 30m de comprimento. As principais características dessa classe são: *Presença de glândulas mamárias, desenvolvidas nas fêmeas, que produzem o leite para alimentar os filhotes. *Corpo total ou parcialmente recoberto por pêlos.  Dentes diferenciados em incisivos caninos, pré-molares e molares;  Presença de uma membrana muscular que separa o tórax do abdome, o diafragma. Cérebro e sentido bem desenvolvidos, o que lhes confere grande agilidade para captura de presas e fuga.  Os mamíferos são homeotérmicos, isto é a temperatura corporal permanece constante graças a energia liberada na respiração celular. . Os mamíferos possuem dois tipos de glândulas na pele que são exclusivas do grupo e de origem epidérmica são as glândulas sudoríparas e sebáceas. As glândulas sudoríparas produzem o suor e o liberam para a superfície do corpo, de onde evapora contribuindo para a regulamentação térmica do corpo dos mamíferos. As glândulas sebáceas produzem uma secreção oleosa que atua como lubrificante dos pelos e da pele. 5
  • 6. Ornitorrinco Ocorrência: Pleistoceno - Recente Estado de conservação Pouco preocupante (IUCN 3.1) Classificação científica Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Subclasse: Prototheria Ordem: Monotremata Família: Ornithorhynchidae Género: Ornithorhynchus Blumenbach, 1800 Espécie: O. anatinus ORNITORRINCO O ornitorrinco possui hábito crepuscular e/ou noturno. Carnívoro, alimenta-se de insetos, vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente 6
  • 7. construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. E os machos possuem esporões venenosos nas patas, que são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores. Possui uma cauda similar a de um castor. As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para a Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% do seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o cachorro, a ratazana e o homem. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E HABITAT O ornitorrinco é endêmico da Austrália, onde é encontrado no leste de Queensland e Nova Gales do Sul, no leste, centro e sudoeste de Victoria, Tasmânia, e Ilha King. Foi introduzido no extremo oeste da ilha Kangaroo, entre 1926 e 1949, onde ainda mantém uma população estável. A espécie está extinta na Austrália Meridional, onde era encontrada nas Colinas de Adelaide e na Cordilheira do Monte Lofty. A espécie é dependente de rios, córregos, lagoas e lagos. A distribuição geográfica mostra considerável flexibilidade tanto na escolha do habitat quanto na adaptabilidade a uma variação de temperatura. A espécie é capaz de enfrentar tanto as altas temperaturas das florestas tropicais de Queensland, como áreas montanhosas cobertas por neve em Nova Gales do Sul. A distribuição atual do ornitorrinco mudou muito pouco desde a colonização da Austrália, e continua a ocupar grande parte de sua distribuição histórica. Características Esqueleto de um ornitorrinco. O ornitorrinco tem um corpo hidrodinâmico e comprimido dorsoventralmente. Os membros são curtos e robustos, e os pés possuem membrana interdigital. Cada pé tem cinco dígitos com garras. A cauda é semelhante à de um castor. O focinho, que lembra um bico de pato, é alongado e coberto por uma pele glabra, macia, úmida e encouraçada; ele é perfurado sobre toda sua superfície por poros com terminações nervosas sensitivas. As narinas também se abrem no focinho, na sua metade dorsal superior, e estão posicionadas lado a lado. Os olhos e as orelhas estão localizados em um sulco logo após o focinho, esse sulco é fechado por uma pele quando o animal está sob a água. 7
  • 8. A idéia de que o ornitorrinco tinha um bico córneo como o das aves surgiu do exame de espécimes ressecados. Os órgãos olfatórios não são tão desenvolvidos quanto nas équidnas. E a espécie não tem orelhas externas ou pina. Tanto o peso quanto o comprimento variam Ficha técnica entre os sexos, sendo o macho maior que a fêmea. Há também uma variação substancial na Comprimento 30 - 45 cm média de tamanho de uma região a outra, esse padrão não parece estar relacionado a nenhum Cauda 10 - 15 cm fator climático, e pode ser devido a outros fatores ambientais como predação e pressão humana. Peso 0,5 - 2,0 kg O corpo e a cauda do ornitorrinco são Tamanho de cobertos por uma densa pelagem que captura uma 2 ninhada camada de ar isolante para manter o animal aquecido. A coloração é âmbar profundo ou Período de marrom escuro no dorso, e acinzentado a castanho 10 dias incubação amarelado no ventre. A cauda é usada como reserva de gordura, uma adaptação também vista Desmame 3 - 4 meses em outros animais, como no diabo-da-tasmânia e na raça de ovelha, Karakul. As membranas Maturidade interdigitais são mais proeminentes nos membros 2 anos sexual dianteiros e são dobradas quando o animal caminha em terra firme. Ornitorrincos emitem um 17 anos (em rosnado baixo quando ameaçados e uma gama de Longevidade cativeiro) outras vocalizações tem sido reportadas em cativeiro. O ornitorrinco tem uma média de temperatura corporal de cerca de 32 °C, ao invés dos 37 °C dos placentários típicos. Pesquisas sugerem que essa temperatura foi uma adaptação gradual as condições ambientais hostis, em parte pelo pequeno número de monotremados sobreviventes em vez de uma característica histórica da ordem. Esporão venenoso do ornitorrinco macho. O espécime adulto não possui dentes, entretanto, os filhotes possuem dentes calcificados, pequenos, sem esmalte e com numerosas raízes;os três molares com cúspides presentes são pseudo- triangulados. Nos adultos, os dentes são substituídos por uma placa queratinizada tanto na 8
  • 9. mandíbula como na maxila, que cresce continuamente. O Ornithorhynchus possui algumas características craniais primitivas, entre elas a retenção das cartilagens escleróticas e do osso septomaxilar do crânio. No esqueleto pós-craniano, ocorre retenção das vértebras cervicais (rudimentares) e dos ossos coracóide e interclavicular da cintura escapular, condições essas que são similares aos répteis. O macho tem esporões nos tornozelos, que produzem um coquetel venenoso, composto principalmente por proteínas do tipo defensinas (DLPs), que são únicas do ornitorrinco. Embora poderoso o suficiente para matar pequenos animais, o veneno não é letal para os humanos, mas pode causar uma dor martirizante e levar à incapacidade. Como somente os machos produzem veneno e a produção aumenta durante o período de acasalamento, é teorizado que ele seja usado como arma defensiva para afirmar dominância durante esse período. HÁBITOS Ornitorrinco mergulhando no Aquário de Sydney, Austrália. Ornitorrincos são animais semiaquáticos e primariamente noturnos ou crepusculares. Quando não estão mergulhando em busca de alimento, descansam em buracos feitos nas margens dos rios e lagos, sempre camuflados com vegetação aquática. Há dois tipos de tocas, uma serve como abrigo para ambos os sexos e é construída pelo macho na época de acasalamento; a outra, geralmente mais profunda e elaborada, é construída pela fêmea e serve como ninho para a incubação dos ovos e cuidados pós-natais. As aberturas das tocas ficam acima da água, e se estendem sob as margens de 1 a 7 metros acima do nível da água e até por 18 metros horizontalmente. O território dos machos tem cerca de sete quilômetros, sobrepondo a área de três a quatro fêmeas. É um excelente mergulhador e gasta boa parte do dia procurando por comida sob a água. Singularmente entre os mamíferos, ele se impulsiona ao nadar alternando remadas com as duas patas dianteiras; embora todas as quatro patas do ornitorrinco tenham membranas, as traseiras (mantidas contra o corpo) não auxiliam na propulsão, mas são usadas para manobrar em combinação com a cauda. Os mergulhos normalmente duram cerca de trinta segundos, mas podem durar até mais, não excedendo o limite aeróbico de quarenta segundos. Dez a vinte segundos são gastos para retornar à superfície. HÁBITOS ALIMENTARES E DIETA 9
  • 10. Ornitorrinco, se alimentando. Possui hábitos alimentares carnívoros, se alimentando de anelídeos, larvas de insetos aquáticos, camarões de água doce, girinos, caramujos, lagostins de água doce e pequenos peixes, que ele escava dos leitos dos rios e lagos com seu focinho ou apanha enquanto nada. As presas são guardadas nas bochechas a medida que são apanhadas, e quando um número suficiente é reunido, ou quando é necessário respirar, ele retorna a superfície para comê-las. A mastigação é feita pelas placas córneas que substituem os dentes, e a areia contida junto com o alimento serve de material abrasivo, ajudando no ato de mastigar. O animal precisa comer 20% do seu peso todos os dias, esse requerimento faz com que ele gaste 12 horas por dia procurando por comida. Em cativeiro, ele chega a comer metade do seu peso em um único dia, um macho pesando 1.5 quilogramas pode ingerir 45 gramas de minhocas, 20-30 lagostins, 200 larvas de tenébrios, dois sapos pequenos, e dois ovos cozidos. REPRODUÇÃO A espécie exibe uma única estação de acasalamento, que ocorre entre junho e outubro, com algumas variações locais. Observações históricas, estudos de marcação e recaptura, e investigações preliminares de genética populacional indicam a possibilidade de membros transitórios e residentes na população e sugerem um sistema de acasalamento polígeno. Ambos os sexos se tornam sexualmente maduros no segundo ano de vida, mas algumas fêmeas só se reproduzem com quatro anos ou mais tarde. Todos os monotremados apresentam baixa taxa reprodutiva - não mais do que uma vez ao ano. Gravura representando um casal de ornitorrincos. Após o acasalamento, a fêmea constrói um ninho, mais elaborado que a toca de descanso, e o bloqueia parcialmente com material vegetal (que pode ser um ato de prevenção contra enchentes ou predadores, ou um método de regulação de temperatura e umidade). O macho não participa da incubação, nem do cuidado com os filhotes. A fêmea forra o ninho com folhas, junco e outros materiais macios, para fazer uma cama confortável. 10
  • 11. A fêmea do ornitorrinco tem um par de ovários, mas somente o esquerdo é funcional. Ela põe de um a três ovos (geralmente dois) pequenos, de aspecto semelhante ao dos répteis (pegajosos e com uma casca coriácea), com cerca de onze milímetros de diâmetro e ligeiramente mais arredondados que o das aves. Em proporção, os ovos dos monotremados são muito menores, na ovulação, do que os dos répteis ou aves de tamanho corpóreo similar. Os ovos se desenvolvem "no útero" por cerca de 28 dias, e são incubados externamente por cerca de dez a doze dias. Ao contrário da équidna, o ornitorrinco fêmea não tem uma bolsa, por isso coloca o seu corpo em volta dos ovos a fim de incubá-los. O período de incubação é separado em três fases. Na primeira, o embrião não tem órgãos funcionais e depende da gema para sua manutenção. Durante a segunda, há formação dos dígitos, e na última, há a formação dos dentes, que vão ajudar a romper a casca do ovo. Os filhotes recém eclodidos são vulneráveis, cegos, e pelados, com cerca de 18 milímetros de comprimento, e se alimentam do leite produzido pela mãe. Embora possua glândulas mamárias, o ornitorrinco não possui mamas. O leite escorre através dos poros na pele, depositando-se em sulcos presentes no abdômen da fêmea, permitindo os filhotes lamberem-no. A amamentação ocorre por três a quatro meses. Durante a incubação e a amamentação, a fêmea somente deixa o ninho por curtos períodos de tempo para se alimentar. Quando sai, a fêmea cria inúmeras barreiras com solo e/ou material vegetal para bloquear a passagem do túnel que leva ao ninho, evitando assim o acesso de predadores, como serpentes e o roedor, Hydromys chrysogaster. Depois de cinco semanas, a mãe começa a passar mais tempo fora do ninho, e por volta dos quatro meses, os filhotes já emergem da toca. CLASSIFICAÇÃO HISTÓRIA TAXONÔMICA Ornitorrinco taxidermizado no Museu de História Natural de Londres. Quando o ornitorrinco foi descoberto pelos europeus em 1798, uma gravura e uma pelagem foram enviadas de volta ao Reino Unido pelo Capitão John Hunter, o segundo governador de Nova Gales do Sul. Os cientistas britânicos primeiramente estavam convencidos que se tratava de uma fraude. O zoólogo George Shaw, que produziu a primeira descrição do animal em 1799, dizia que era impossível não se ter dúvidas quanto à sua verdadeira natureza, e outro zoólogo, Robert Knox, acreditava que ele podia ter sido produzido por algum taxidermista asiático. Pensou-se que alguém tinha costurado um bico de pato sobre o corpo de um animal semelhante a um castor. Shaw até mesmo tomou uma tesoura para verificar se havia pontos na pele seca. 11
  • 12. George Shaw inicialmente o descreveu como Platypus anatinus, independentemente, Johann Friedrich Blumenbach, em 1880, a partir de uma amostra dada a ele por Sir Joseph Banks, descreveu o ornitorrinco, como Ornithorhynchus paradoxus. Como o gênero Platypus já estava sendo usado por um besouro coleóptero, e seguindo as regras da prioridade, o ornitorrinco foi então nomeado de Ornithorhynchus anatinus. CONSERVAÇÃO Pintura de John Lewin (1808) retratando um ornitorrinco. O ornitorrinco é classificado pela IUCN (2008) como pouco preocupante. Exceto pela perda de habitat que ocorreu no estado da Austrália Meridional, ele ocupa a mesma distribuição original, antes da chegada dos europeus. Sua abundância atual e histórica, porém, é pouco conhecida e é provável que tenha diminuído em número, embora ainda considerado como uma espécie comum durante na maior parte da distribuição atual. A espécie foi extensivamente caçada pela sua pele até os primeiros anos de século XX e, embora protegida em toda Austrália em 1905, até cerca de 1950 ainda corria risco de afogamento nas redes de pesca nos rios. A espécie não parece estar em perigo iminente de extinção graças à medidas de conservação, mas pode ser afetado pela quebra de habitat causada por barragens, irrigação, poluição, redes e armadilhas. Sua abundância é difícil de ser medida e, portanto, o seu futuro "status" de conservação não é facilmente previsível. Vários estudos têm relatado a fragmentação da distribuição dentro de alguns sistemas fluviais, recentemente foi extinto da bacia do rio Avoca. Isso tem sido atribuído às más práticas de gestão, levando à erosão dos bancos dos rios, sedimentação dos corpos d'água e perda da vegetação em áreas adjacentes a cursos de água. Também existem atualmente evidências de efeitos adversos no fluxo dos rios, introdução de espécies exóticas, má qualidade da água e doenças em populações de ornitorrinco, mas esses fatores têm sido pouco estudados. 12
  • 13. Équidna-de-focinho-curto Équidna-de-focinho-curto Ocorrência: Pleistoceno - Recente Estado de conservação Pouco preocupante (IUCN 3.1) Classificação científica Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Subclasse: Prototheria Ordem: Monotremata Família: Tachyglossidae Género: Tachyglossus Illiger, 1811 Espécie: T. aculeatus Essa équidna é politípica, com cinco subespécies.Animal de hábitos diurnos e/ou noturnos, está adaptado para escavar formigueiros e o solo a procura de formigas e cupins, devido as potentes garras presentes tanto nos membros dianteiros quanto traseiros. É a menor das espécies de équidnas conhecidas. Diferencia-se do gênero Zaglossus por diversas características físicas, entre elas o tamanhos dos membros, do focinho e quantidade de espinhos; hábitos alimentares e comportamentais. Apresenta o corpo coberto por espinhos, que podem medir até seis centímetros de 13
  • 14. comprimento. Ovípara, a fêmea bota um único ovo, numa espécie de bolsa que se desenvolve no abdômen na época de acasalamento, onde incuba por aproximadamente vinte e sete dias. Os filhotes nascem cegos e pelados, e com um ano já são independentes. É uma espécie pouco ameaçada de extinção, sendo encontrada em variados ecossistemas. Se adaptou bem a colonização da Austrália, podendo ser encontrada em áreas agrícolas e pastagens. A população é estável, tendo poucos fatores de risco. Representa um dos ícones da Austrália, aparecendo no verso da moeda de cinco centavos do dólar australiano, e como mascote em eventos e competições. Distribuição geográfica e habitat A équidna-de-focinho-curto é encontrada na Austrália incluindo diversas ilhas adjacentes, entre elas a Ilha Kangaroo, Tasmânia, Ilha King, Grupo Furneaux; e no sudoeste da ilha de Nova Guiné (Indonésia e Papua-Nova Guiné), como também uma população isolada no vale de Markham (Papua-Nova Guiné). Habita variados ambientes, podendo ser encontrada tanto em desertos, savanas, florestas e áreas montanhosas. Também ocorre em áreas agrícolas. Em altitude é encontrada do nível do mar até até os 1.675 metros. Características Ficha técnica Comprimento 35 - 53 cm Équidna de-focinho-curto - detalhe para o Cauda 9 cm focinho, garras e espinhos. Peso 2,5 - 6,0 kg Como o ornitorrinco, o corpo da équidna é comprimido dorsoventralmente, mas não é tão Tamanho de aerodinâmico. 1 ninhada O dorso é arqueado, e a barriga plana ou côncava. A cabeça é pequena e parece emergir do Período de 10 dias corpo sem nenhuma indicação de pescoço. A incubação cauda é curta, grossa e glabra na superfície ventral. O focinho longo e fino é cerca de metade Desmame 6 meses do tamanho da cabeça, sendo quase reto ou então curvado ligeiramente para cima. Cada pata possui Maturidade cinco dígitos, com garras largas, rígidas e retas, sexual adaptadas para escavar. Ambos os sexos apresentam um esporão nos membros traseiros, 50 anos (em Longevidade oco e sem produção de veneno, ao contrário do cativeiro) Ornithorhynchus anatinus. 14
  • 15. Os olhos são pequenos e situados próximos a base do focinho, possibilitando um campo de visão mais voltado a frente, que as laterais. Não tem orelhas externas. Os machos não apresentam escroto, e os testículos são internos. Não possui dentes e a língua é comprida e pegajosa. O dorso das équidnas é coberto por espinhos grandes, ocos e finos, chegando a medir cerca de seis centímetros de comprimento. Eles são geralmente amarelos, com as extremidades pretas, mas alguns são totalmente amarelados. Abaixo dos espinhos, as équidnas apresentam uma pelagem negra a marron-escura. O ventre apresentam uma pelagem compostas por pêlos grossos. Na subespécie da Tasmânia, os pêlos cobrem quase que completamente os espinhos, que são pequenos. O crânio do gênero Tachyglossus é caracterizado por um focinho alongado e arredondado e uma caixa craniana abaulada lateralmente. O palato se estende para trás ao nível das orelhas, e o meato acústico externo é direcionado ventralmente. A mandíbula é reduzida e com os processos coronóides e angular pobremente desenvolvidos. Internamente, a mais proeminente característica são os turbinados. Eles se estendem posteriormente no crânio, ficando sob a superfície das cavidades olfatória e cerebral da caixa craniana. Hábitos Vive muito, já foi assinalado o caso de um équidna-ouriço que viveu 50 anos em cativeiro. O seu único inimigo é o homem. Os indígenas apreciam muito sua carne. A vocalização do equidna consiste num grunhido surdo que produz quando está inquieto. Hábitos alimentares e dieta Come insetos e vermes, mas sobretudo formigas e cupins, que descobre com seu focinho, tão sensível, que serve mais como órgão tátil do que olfativo. Para comer, o equidna procede da mesma maneira que os tamanduás, isto é, serve-se da longa língua pegajosa, retirando-a, junto com alimento, uma certa quantidade de areia, de poeira, de resto de mata e, às vezes, um pouco de ervas, que lhe facilita a trituração. Reprodução Na época de reprodução aparece no ventre da fêmea uma dobra de pele em forma de crescente, que forma uma bolsa suficientemente grande. Esta bolsa recebe o ovo à saída da cloaca, o qual, sempre único, fica protegido por uma casca membranosa e mole. Sua incubação dura de 7 a 10 dias, na bolsa. O recém-nascido, inteiramente nu, fica na bolsa até que seu pêlo tenha se formado. A mãe coloca-o em um refúgio seguro, onde vai periodicamente aleitá-lo. Classificação Subespécies Cinco subespécies são reconhecidas, cada qual numa diferente localização geográfica. As subespécies também variam na quantidade, amplitude e largura dos espinhos, e no tamanho das garras escavadoras dos membros posteriores. Tachyglossus aculeatus aculeatus (Shaw, 1792) - encontrada no sudeste de Nova Gales do Sul e Vicoria; 15
  • 16. Tachyglossus aculeatus acanthion Collett, 1884 - ocorre nas regiões áridas e semi-áridas da Austrália, assim como na região tropical do norte; Tachyglossus aculeatus setosus (É. Geoffroy St.-Hilaire, 1803) - ocorre na Tasmânia e algumas ilhas do estreito de Bass; Tachyglossus aculeatus multiaculeatus (Rothschild, 1905) - endêmica da Ilha Kangaroo; Tachyglossus aculeatus lawesii (Ramsay, 1877) - presente na Nova Guiné, e segundo alguns pesquisadores, na florestas tropicais do noroeste de Queensland. Conservação A équidna-de-focinho-curto é classificada pela IUCN (2008) como uma espécie pouco preocupante. METATÉRIOS OU MARSUPIAIS Os metatérios são vivíparos, mas desenvolvem placenta muito rudimentar, insuficiente pra nutrir os fetos durante o seu desenvolvimento. Assim os fetos nascem extremamente pequenos e completam seu desenvolvimento dentro de uma bolsa existente na barriga da mãe. Essa bolsa tem o nome de marsúpio e por isso os metatérios são também conhecidos por marsupiais. Existem atualmente cerca de 250 espécies de marsupiais, a maioria vivendo na Austrália, como o canguru e a coala. Existem espécies de canguru nas quais os indivíduos adultos podem atingir 2 metros de altura. Um animal desse porte nasce com menos de 1 grama! Assim que nasce, descolaca-se para dentro do marsúpio, onde se abrem as glândulas mamarias da mãe e ali se alimenta do leite, completando seu desenvolvimento. No Brasil, os marsupiais pelo gambá, cuíca e catitas. EUTÉRIOS Eutérios são mamíferos cujas fêmeas possuem placenta bem desenvolvida, capaz de nutrir o feto, que já nasce formado. Esse é o maior grupo de mamíferos, com mais de 90% do total de espécies. Distribui-se por diversas ordens, das quais serão dadas alguns exemplos. Como regra geral, os nomes das ordens 16
  • 17. são criados com base em alguma característica dos seus representantes, como veremos nos exemplos a seguir. ORDEM DOS DESDENTADOS OU XENARTROS O tamanduá pertence á ordem dos desdentados (desprovidos de dentes), possui uma língua muito comprida e a utiliza para captura de seus alimentos, geralmente formigas e cupins: ele introduz a língua no formigueiro, ou no cupinzeiro, e a retira com os insetos aderidos a ela. O tatu também pertence á ordem dos desdentados, pois, embora possua dentes, estes são incompletamente formados. Exemplos: Tamanduá-bandeira, tatu-bola, tatu canastra, tamanduá-mirim, preguiça. QUIRÓPTEROS São os morcegos, com os braços modificados em asas (quiro=mão+ptero=asa). Eles têm olhos reduzidos e excepcional capacidade auditiva, pois captam ultra-sons que eles próprios emitem e que lhes permitem calcular com precisão a localização dos obstáculos á frente, desviando-se deles. São animais de hábito noturno. Alguns se alimentam de frutos e néctar de algumas flores que só se abrem á noite. Outros comem pequenos lagartos, ratos e rãs. As espécies que se alimentam de sangue (hematófagas), chamadas de vampiros, atacam o gado e outros animais, inclusive o ser humano, transmitindo a raiva (hidrofobia), uma grave virose que, sem vacinação, é mortal. CARNÍVOROS 17
  • 18. É também um grande grupo. O nome refere-se ao aos dentes pré-molares e molares, com arestas cortantes, chamados de dentes carniceiros. Os caninos são grandes, importantes na captura das presas. Os carnívoros terrestres têm os dedos separados e os de hábitos aquáticos têm membranas entre os dedos, uma adaptação á natação, como as morsas, as forcas, os elefantes e os leões-marinhos. Os terrestres são os canídeos, (cão, lobo, lobo-guará, coiote, raposa) os felídeos (leão, tigre, onça, jaguatirica), os ursídeos (urso) e os hienídeos (hiena). ORDEM ROEDORES A mais numerosa ordem de mamíferos com placenta Ecologicamente são muito diversos. Algumas espécies passam a vida inteira no dossel florestal , outras raramente deixam o chão Hábitos e Habitat 18
  • 19. Possuem modo de vida (1) arborícola (2) rupícola ( (3) semiaquático (4) garelícola ou semi-fossorial (5) terrícola No entanto, todos compartilham uma característica: uma dentição altamente especializada para roer. Roedores são importantes em muitos ecossistemas porque se reproduzem rapidamente, servindo de alimento para predadores, são dispersores de sementes e vetores de doenças. Humanos usam roedores para testes laboratoriais, na alimentação e para obtenção de sua pele. INFORMAÇÕES IMPORTANTES: A capivara costuma viver em regiões às margens de rios e lagos. Utilizam a água como refúgio dos predadores, pois conseguem ficar submersas por alguns minutos, esta espécie animal possui uma grande agilidade para nadar, entre os roedores, a capivara é o maior animal, uma fêmea costuma gerar, em cada gestação, de 2 a 8 filhotes. Alimenta-se de capim, ervas e outros tipos de vegetação encontrados nas beiras de rios e lagos, podemos encontrar capivaras em diversas regiões da América do Sul e Central. Possui dentes incisivos que podem chegar a 7 cm CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS: Peso: um animal adulto pesa em média 80 kg Comprimento: 1,20 metros em média Tempo de vida: de 15 a 20 anos em média Cor: marrom ORDEM PERISSODÁCTILOS Constituem uma ordem de mamíferos terrestres ungulados com um número ímpar de dedos nas patas 19
  • 20. Rinoceronte Cavalo Zebra Os perissodátilos têm um estômago simples, ao contrário dos artiodátilos, que o têm dividido em várias câmaras, e o seu ceco é grande e com divertículos, onde se dá uma parte da digestão bacteriana da celulose. Os perissodátilos são uma ordem de mamíferos de médio a grande porte, herbívoros e de estômago simples; têm número ímpar de dedos em cada pata, revestidos de cascos córneos com eixo de simetria no dedo médio. São animais muito bem adaptados para a corrida, em parte devido ao fato de todo o peso do corpo repousar sobre o dedo médio de cada pata Esses animais podem correr velozmente e assim escapar de seus predadores. POSSUEM SISTEMA DIGESTÓRIO COMPLETO Os perissodátilos têm um estômago simples, ao contrário dos artiodátilos, que o têm dividido em várias câmaras, e o seu ceco é grande e com divertículos, onde se dá uma parte da digestão bacteriana da celulose. 20
  • 21. ORDEM ARTIODÁTILOS Constituem uma ordem de animais mamíferos ungulados com um número par de dedos nas patas. É um grupo muito variado, com cerca de 220 espécies A principal característica dos artiodáctilos é serem paraxónicos, ou seja, o plano de simetria do pé passa entre o terceiro e quarto dedos. Em todas as espécies o número de dedos se encontra reduzido, em relação ao número básico de cinco, característico dos mamíferos: o primeiro dedo perdeu-se neste grupo e o segundo e quinto são pequenos ou vestigiais. O terceiro e o quarto dedos encontram-se bem desenvolvidos, são protegidos por cascos e é sobre eles que todos os artiodátilos se apoiam. Todos os gêneros de artiodáctilos existentes ou já extintos pertencem a três subordens: suiformes (famílias dos suídeos, taiaçuídeos e hipopotamídeos); tilópodes (camelídeos); e ruminantes (tragulídeos, cervídeos, girafídeos, antilocaprídeos e bovídeos). 21
  • 22. ORDEM INSETÍVORA Animal que se alimenta de insetos. Os insetívoros são mamíferos pequenos, entre os quais encontram-se o ouriço e a toupeira, esta última grande cavadora. CETÁCEOS À ordem dos cetáceos é o grupo de mamíferos marinhos que inclui as baleias, golfinhos e botos. Existem 86 espécies de cetáceos, e estes são divididos em duas subordens: MISTICETOS (baleias, 14 espécies) e ODONTOCETOS (baleias dentadas, 72 espécies). As adaptações dos cetáceos a um meio completamente aquático são bastante notórias: O corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de um peixe. Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em forma de remo. A cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam propulsão por meio de movimentos verticais DE cima e para baixo. Os cetáceos não possuem membros posteriores, alguns pequenos ossos dentro do corpo são o que resta da pélvis Cetáceos variam em tamanho de apenas poucos metros a mais de 100 m. Seu corpo é coberto por uma camada de gordura que a ajuda a baleia a submergir, a manter a temperatura do corpo e a armazenar energia. Olhos são fixados no lado em vez de na frente da cabeça. Têm boa visão binocular para frente e para baixo. Glândulas lacrimais secretam lágrimas gorduroso, que protegem os olhos contra o sal na água. ALIMENTAÇÃO: CARNÍVOROS Barbatanas e as baleias dentadas têm diferenças alimentares distintos; Misticetos têm barbatanas de placas feitas de queratina (a mesma substância que as unhas humanas), que pendem do maxilar superior. Estas placas de filtro de pequenos animais (peixes e 22
  • 23. crustáceos ou de plâncton da água do mar) de água do mar. Odontocetos As baleias com dentes, como o cachalote, beluga, golfinhos e botos, usam OS DENTE para a captura de peixe, lula e outras espécies marinhas. Eles não mastigam, mas engolem a presa inteira. Quando capturar presas grandes, como quando a orca eles morder e engolir um pedaço de cada vez. HABITAT E DISTRIBUIÇÃO: Cetáceos são encontrados em todo o mundo, de tropical para as águas árticas. Algumas espécies, como o roaz pode ser encontrado em zonas costeiras (sudeste dos EUA). Ecolocalização Detalhes da anatomia – Legenda: Verde: Ossos do crânio, Azul: Espermacete ou Melão, Branco: Espiráculo Os odontocetos possuem um sistema acústico (ecolocalização) que possibilita a localização de presas e objetos, determinando sua forma, tamanho, textura e distância do mesmo. O sistema de ecolocalização não foi ainda comprovado nos misticetos. O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta frequência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de cliques ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A frequência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie. MISTICETOS BALEIAS COM BARBATANAS Elas compreendem as maiores espécies de animais. Normalmente as fêmeas são maiores do que os machos. ORCA CARACTERISTICA Cerdas bucais (cerca de 400), que são estruturas filtradoras localizadas na parte superior da boca Possuem crânio simétrico. A cauda da baleia é o seu principal modo de locomoção. As nadadeiras das baleias são membros locomotores atrofiados de seus ancestrais, que viviam em terra e eram quadrúpedes 23
  • 24. As baleias emitem dois sons conhecidos, sendo que um deles é usado como sonar e o outro como meio de comunicação com os companheiros de sua espécie. Normalmente estes animais vivem 30 anos, OS ODONTOCETOS- GOLFINHOS - BOTO, As baleias com dentes e alimentam de peixes e lulas. sendo que existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre os de água salgada e água doce. São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. BOTO parecido com um golfinho. Os botos são dos poucos únicos mamíferos dessa ordem vivendo exclusivamente em ambientes de água doce. Podem viver de 25 a 30 anos dão à luz um filhote de cada vez. São animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos Possuem crânio assimétrico e orifício respiratório Possuem um sistema acústico (ecolocalização) que possibilita a localização de presas e objetos, determinando sua forma, tamanho, textura e distância do mesmo. Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas (Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas). ODONTOCETOS Boto habita somente a água doce, ao contrário de seus primos golfinhos. Cientistas, pesquisadores e zoólogos consideram o boto como o antecedente mais primitivo da família dos golfinhos. As espécies de boto são o cinza, o Burmeister e o vermelho mais conhecido como boto cor-de-rosa. A reprodução dos botos se dá normalmente entre os meses de outubro e novembro e o tempo da gestação é quase similar a dos humanos, dura 8 meses e meio. A alimentação de um boto é pouco variada, eles comem caranguejos, peixes, tartarugas marinhas e terrestres pequenas, crustáceos e moluscos. OS SIRÊNIOS, OU SIRENÍDEOS (LATIM CIENTÍFICO SIRENIA) É uma ordem de mamíferos marinhos herbívoros, são representados pelo dungongo e os manatins, (peixe-boi ou vaca-marinha). Algumas espécies atingem 5m, pesando mais de uma tonelada. Vivem permanentemente dentro de água, encontrando-se perfeitamente adaptados às exigências deste meio. O seu corpo gordo, ar pachorrento e focinho carnudo, Sua forma assemelha- 24
  • 25. se à dos cetáceos No entanto, enquanto os cetáceos têm os ossos leves e esponjosos, os sirênios apresentam o esqueleto denso e sólido. ADAPTAÇÕES PARA O MEIO AQUÁTICO Os membros anteriores estão transformados em nadadeiras; Os membros posteriores estão reduzidos a um pelvis vestigial; A cauda é alargada e achatada horizontalmente, formando um "remo". CARACTERISTICAS FISÍCAS Os lábios são grandes e móveis, cobertos de cerdas rijas. As narinas estão localizadas na parte superior do focinho. Os ouvidos não têm "pinae". Os olhos não têm pálpebras, mas podem fechar-se por um mecanismo que funciona como um esfíncter. Os ossos são mais densos e solido que o da maioria dos mamíferos (um fenômeno chamado paquiosteose), tornando-os mais pesados, o que facilita a sua posição na água. Os pêlos que rodeiam a boca destes animais têm uma função táctil, assumindo um papel importante na orientação do animal, particularmente nas águas turvas onde se encontram freqüentemente. ALIMENTAÇÃO Os sirênios são herbívoros, alimentando-se de uma grande variedade de algas marinhas e plantas aquáticas, submersas e flutuantes, como os jacintos de água. REPRODUÇÃO Reproduzem-se lentamente, dando à luz uma cria aproximadamente de 3 em 3 anos, fator que os torna muito vulneráveis às ameaças ambientais. EXISTEM DUAS FAMÍLIAS DE SIRÊNIOS, QUE SE DISTINGUEM FACILMENTE, ENTRE OUTRAS RAZÕES, POR APRESENTAREM FORMATOS DIFERENTES DE CAUDA: Peixe-boi ou Manati Vivem em rios e estuários, raramente penetrando no mar alto. São excelentes nadadores, capazes de mergulharem e ficarem submersos durante mais de 15 minutos. Os machos adultos viajam bastante e reúnem-se por vezes em grupos numerosos, em volta das fêmeas prontas a acasalar. Encontram-se nas águas temperadas do Oceano Atlântico e nas zonas costeiras da América e África. 25
  • 26. CARACTERÍSTICAS  Chega a medir até 4,5 metros.  De hábitos solitários, raramente são vistos em grupo fora da época de acasalamento.  Alimenta-se de algas, aguapés, mangue, capins aquáticos entre outras plantas. Pode comer até 16 kg de plantas por dia e consegue armazenar até 50 litros de gordura como fonte energética para a época da seca, quando as gramíneas de que se alimenta diminuem de disponibilidade.  As nadadeiras apresentam resquícios de unhas, ajudam o animal a escavar e arrancar a vegetação aquática enraizada no fundo.  Tempo de vida Cerca de 50 anos. REPRODUÇÃO Possuem baixa taxa reprodutiva, a fêmea tem geralmente um filhote a cada três anos, sendo um ano de gestação e dois anos de amamentação. O DUGONGO (DUGONG DUGON) OU VACA-MARINHA É o menor membro da ordem Sirenia. Que se extinguiu no final do século XVIII espécie habitou em tempos todas as regiões tropicais dos Oceanos Índico e Pacífico, mas hoje em dia a sua distribuição é mais limitada. Podem atingir 3,5 metros de comprimento e 400 kg de peso. CARACTERÍSTICAS O seu corpo era maciço, com cabeça pequena e pescoço indiferenciado. Os olhos eram pequenos, assim como as narinas, e não tinha orelhas. Os adultos não tinham dentes. A cauda era em forma de leque e os membros dianteiros modificados como barbatanas tinham a forma de gancho. Por causa de seu peso e estrutura corporal, o dugongo-de-steller era um animal bastante lento. São muito sociáveis REPRODUÇÃO Pouco se sabe a respeito dos hábitos de vida ou reprodução, mas supõe-se que formasse casais monogâmicos e que o período de gestação fosse longo. Relatos contemporâneos indicam que as fêmeas davam à luz apenas uma cria, na altura do Outono. CAUSA DA EXTINÇÃO A extinção do dugongo-de-steller está claramente associada à chegada ao mar de Bering de pescadores e colonos ocidentais. O animal foi de imediato identificado como: 26
  • 27. Fonte de alimento e caçado pela sua carne, que é descrita como tendo textura e sabor semelhantes ao bife de vaca. A gordura era aproveitada para cozinhar ou para as lâmpadas a óleo, e o leite das fêmeas era consumido diretamente ou transformado em manteiga. O couro era usado para fabricação de vestuário. No entanto, a caça excessiva não foi o único motivo de extinção. Juntamente com os dugongos, os pescadores danificaram também as populações de lontras marinhas que se alimentavam, entre outras coisas, de ouriços do mar. LAGOMORFOS Os lagomorfos (Lagomorpha) constituem uma ordem de pequenos mamíferos herbívoros, que inclui os coelhos, lebres e ocotonídeos, na qual se incluem duas famílias: Leporidae(coelhos e lebres) e Ochotonidae (pikas). Embora os lagomorfos se assemelhem a roedores, há diferenças que justificam a sua inclusão numa ordem à parte. Tal como os roedores, os lagomorfos têm dentes que crescem continuamente, necessitando, portanto de atividade constante para evitar que fiquem grandes demais. Quatro (em vez de dois) dentes incisivos na maxila LEPORIDAE - COELHOS E LEBRES Coelhos, assim como as lebres são animais da Família Leporidae. Assim, possuem semelhanças e também diferenças significativas. DIFERENÇAS ENTRE COELHOS E LEBRES COELHOS: O coelho é um animal de comportamento dócil, manso e carinhoso. Os coelhos recebem máxima atenção dos pais; Os filhotes de coelhos nascem nus, de olhos fechados, as patas traseiras menores Os ninhos são feitos em tocas na terra; As orelhas e pernas dos coelhos, assim como todo o seu corpo, são sempre menores do que os das lebres. LEBRE: Lebres são maiores e também mais ágeis, graças aos seus longos membros posteriores que permitem com que corram, nadem e subam em árvores com bastante destreza. 27
  • 28. As lebres nascem desprovidas de qualquer atenção parental; Os filhotes de lebres nascem cobertos de pêlos e com olhos abertos, as patas posteriores muito desenvolvidas; Os ninhos são feitos na superfície do solo, Outra diferença está na muda da pelagem, a qual em coelhos não ocorre e em lebres suas pelagens se tornam branca no inverno, após sofrerem a troca. HÁBITOS ALIMENTARES E/OU DIETA Dois coelhos comendo folhas de coentro. A maior parte dos coelhos come e mostra-se ativa do anoitecer ao amanhecer, e passa o dia descansando e dormindo. O coelho come muitas espécies de plantas. Na primavera e no verão, seu alimento são folhas verdes incluindo trevos, capins e outras ervas. No inverno, come galhinhos, cascas e frutos de arbustos e árvores. Os coelhos às vezes causam prejuízo à lavoura porque mordiscam os brotos tenros de feijão, alface, ervilha e outras plantas. Também danificam árvores frutíferas porque roem sua casca. É importante ressaltar que os coelhos têm a cenoura como a base de sua alimentação. Não devem, em hipótese alguma, comer alface, pois esse vegetal pode causar diarréia. A dieta da lebre é muito similar à do coelho alimenta-se, principalmente, de ervas que encontra no seu território e, se encontrar cereais, também não os dispensa. REPRODUÇÃO  A gestação da coelha dura cerca de 30 dias. Geralmente nascem quatro a cinco láparos (filhotes de coelho) por vez.  Os filhotes não enxergam nem ouvem, e não têm pêlo.  A mãe os mantém no ninho que cava no solo. Ela pode não ficar no ninho, mas permanece sempre perto. Forra o ninho e cobre os filhotes com capim e com pêlos, que arranca do próprio peito com os dentes.  A cobertura esconde os coelhos recém-nascidos e ajuda a mantê-los aquecidos. Quando os láparos têm cerca de dez dias, já podem ver e ouvir, e possuem pêlos macios. As lebres procriam, em média, duas vezes por ano, e a sua prole raramente ultrapassa as duas crias por ninhada. OCHOTONIDAE (PIKAS) A Pika, também conhecida por lebre assobiadora, é facilmente distinguida, pertence à mesma família do coelho, inserindo-se no gênero Ochotona, onde estão enquadradas cerca de 30 distintas subespécies 28
  • 29. CARACTERÍSTICAS As suas orelhas e membros são mais curtos do que as orelhas e membros do coelho. Sua cor é uma mistura de vermelho, castanho-claro, cinza e laranja-claro. É, por isso, uma boa camuflagem para o animal. Seu assobio, quase hipersônico, pode significar que tudo está bem ou, também, "fique longe de minha comida". HABITAT A Lebre-assobiadora vive em colônias e abriga-se nas cavidades e fendas das rochas. ALIMENTAÇÃO Alimenta-se pela manhã, cortando o talo das ervas duras (seu alimento preferido) e rasteiras com seus dentes incisivos, longos e afiados. À tarde, ela enrola-se na toca, protegendo-se com sua pele formada por pêlos de pontas ásperas. Tem a pele mais quente e mais grossa que a dos coelhos. REPRODUÇÃO Sua ninhada é de 4 à 5 filhotes. PROBOSCIDEA (DO GREGO PROBOSKIS - TROMBA) É uma ordem que contém apenas uma família vivente, a Elephantidae, à qual pertence os elefantes, com apenas 2 espécies atuais, OS ELEFANTES AFRICANOS E O ELEFANTE-ASIÁTICO que vive na Índia e no sudoeste da Ásia. O elefante é um mamífero que pode viver de 100 a 120 anos. Tem o casco semelhante a unha e a tromba é a característica mais notável da anatomia do elefante (que é transformação do lábio superior e do nariz num órgão alongado, muscular e carente de ossos). Usa-a para alimentar-se de ervas e folhas ou para sugar água quando bebe. As presas do elefante, que estão profundamente encaixadas no crânio do animal, são, na realidade, dois incisivos superiores muito alongados. Os elefantes são chamados de paquidermes, que significa "com pele espessa". A pele do elefante é extremamente rija na maior parte do seu corpo e tem cerca de 2,5 cm de espessura. No entanto, a pele à volta da boca e dentro das orelhas é muito fina. DIFERENÇAS ENTRE O ELEFANTE AFRICANO E O ASIÁTICO Elefante Africano Características É o maior dos mamíferos terrestres dos tempos modernos. 29
  • 30. Tanto os machos assim como as fêmeas possuem no maxilar superior dois dentes incisivos (presas) prolongados. Com eles, os elefantes se defendem e procuram alimentos e sais minerais. Os machos são maiores que as fêmeas e possuem também os incisivos mais potentes. A pele é quase nua e a pequena cauda termina numa mecha. O elefante africano tem longas presas (feitas de marfim), tanto o macho quanto a fêmea, Família - Elephantidae: Nome Científico - Loxodonta africana; Peso - de 4 a 6 toneladas; Altura - 5 a 7 metros; Alimentação - (Herbívoro) capim, folhas secas, cascas de árvores e raízes; Tempo de Gestação - 22 meses; Habitat - Florestas tropicais e Savanas; Elefante asiático Família - Primelephas; Nome Científico - Elephas maximus; Peso - de 3 a 5 toneladas; Altura - 2,40 a 3 metros; Alimentação - Folhagens, ervas, bolbos, frutos; Tempo de Gestação - 22 meses. Nasce uma cria, por vezes, ajudada por outras fêmeas; Habitat – Florestas. Características São utilizados como animais de carga há séculos. Muito agressivos na época de acasalamento, devido aos altos níveis de hormônios masculinos. são menores que os africanos tem orelhas menores e apresentam duas protuberâncias abobadadas em cima dos olhos. Em geral as "presas" são menores na espécie asiática só o macho as têm presas. 30
  • 31. A principal diferença visual entre ambas as espécies é o tamanho das orelhas, já que o elefante africano (também maior em tamanho) possui orelhas bem maiores do que o asiático. Essa diferença do tamanho das orelhas se deve ao fato do elefante africano viver em um ambiente mais quente, onde, ao abanar as orelhas, provoca uma diminuição de temperatura do seu corpo. Um elefante possui um cérebro de 6 kg, e estudiosos observaram que os elefantes (na Índia onde executam tarefas úteis ao homem), se comportavam como se "soubessem" o que deviam fazer. Esses animais conheciam cerca de 24 comandos para o trabalho, mas, com um mínimo de ordens, puxavam e empurravam toras de madeira, colocando-as num caminhão CURIOSIDADE: Quando seus molares caem impossibilita sua alimentação e, assim, eles acabam morrendo. Isso sem falar da caça indiscriminada, feita ao longo de décadas, que tem reduzido bastante a população de elefantes, levando-os a correr risco de extinção. PERIGO DE EXTINÇÃO Atualmente todas as espécies de elefantes são considerados como espécies em perigo de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN). Os elefantes encontram-se ameaçados pela caça ilegal e perda de seu habitat. O marfim de seus dentes é usado em jóias, teclas para piano, hanko (selos personalizados para assinatura de documentos oficiais, exigida no Japão) e para outros objetos. Sua pele e outras partes são um componente comercial de menor importância, enquanto a carne é utilizada pelas pessoas da localidade. MAMUTE GÊNERO MAMMUTHUS Os mamutes eram animais mamíferos pré-históricos que não existem mais em função de sua extinção que ocorreu há, aproximadamente, 4000 anos. Faziam parte da mesma família dos elefantes, porém eram maiores (podiam atingir até 5 metros de altura) e possuíam grandes presas de marfim. Os mamutes habitaram regiões de clima frio e temperado do planeta. Foram encontrados vários fósseis deste animal em países da Europa, norte da Ásia (principalmente Sibéria) e América do Norte, 31
  • 32. comprovando a vida desta espécie nestes locais. Serviam de alimentação para os homens que viveram no período Neolítico (Idade da Pedra Polida). O corpo dos mamutes era coberto por uma espessa camada de pêlos de cor cinza escuro. Viviam em manadas e se alimentavam, principalmente, de grandes quantidades de folhas, raízes, frutas e vegetais. OS MASTODONTES Eram espécies de elefantes pré-históricos, pertencentes ao género Mammut, anteriormente denominado Mastodon. Os mastodontes viveram na América do Norte e também na América do Sul durante o Plistocénico e extinguiram-se há cerca de 10 000 anos. Tinham cerca de 3 metros de altura e pesavam em torno de 7 toneladas. Eram herbívoros que se alimentavam de vegetação macia como folhas e ramos. As suas presas de marfim chegavam aos 5 metros de comprimento. A sua carne foi uma fonte importante de alimento para os primeiros homens que colonizaram a América do Norte. Os mastodontes distinguem-se dos mamutes pelo formato dos seus dentes, de forma mais cônica e mais adaptados à mastigação de folhas moles. O DINOTÉRIO (Deinotherium bozasi) Foi um mamífero herbívoro, parente dos elefantes atuais. Foram contemporâneos do australopiteco. O seu nome quer dizer fera terrível (dheinos, terrível e therium, fera). Tinham grandes presas curvadas para baixo. Supõe-se que eram usadas para arrancar casca dos troncos de árvores, que junta a folhas, constituíam sua dieta. Eles parecem ter possuído trombas mais curtas do que o elefante atual. Viveu nos períodos mioceno, plioceno e pleistoceno. Era o segundo maior mamífero terrestre de todos os tempos perdendo só para o indricotherium que pesava em torno das 15 toneladas. Ele tinha 4 metros de altura na cernelha. A ORDEM DOS PRIMATAS PRIMATAS - São mamíferos superiores que se caracterizam por apresentarem membros alongados, e mãos e pés com cinco dedos providos de unha. Nas mãos dos primatas, o dedo polegar fica numa posição oposta aos outros dedos Esta característica permite que eles tenham maior 32
  • 33. habilidade no manuseio dos objetos. Na ordem dos primatas, temos os vários tipos de macacos (gorila, chimpanzé, orangotango, gibão) e o homem. A ordem dos primatas engloba cerca de 180 espécies que variam, tanto no tamanho, como em seus diferentes modos de vida. Surgiram na era cenozóica, no período terciário. O ser humano é, entre os primatas, o que possui maior capacidade de raciocínio. Os primatas são classificados como do novo e do velho mundo: Novo mundo: eles têm como principal característica suas narinas achatadas e separadas. Vivem principalmente nas florestas, sendo ativos durante o dia e dormindo à noite. Sua alimentação é feita em cima das árvores, onde se fartam de folhas e frutos. Velho mundo: cerca de 70 espécies na África, Ásia e Indonésia. Todos caminham com quatro patas, um exemplo disso é o babuíno. Existe também a classificação dos primatas como sendo inferiores e superiores: Inferiores: constituem 21 espécies vivendo a maioria nas florestas de Madagascar. Entre esses macacos há alguns que medem 12 cm e outros que chegam a 90 cm. Primatas superiores: são principalmente aqueles que têm a face achatada e os olhos voltados para frente (eles não têm cauda). Os orangotangos pesam cerca de 90 kg e os gorilas chegam aos 275 kg. 33
  • 34. Os primatas atualmente sofrem com um grande problema: o perigo da extinção, pois segundo um relatório preparado pelo Bristol Zoo Gardens, quase a metade das espécies corre risco de extinção devido à cormercialização ilegal, à caça motivada pela venda da carne e ao devastamento de seus habitats, as florestas tropicais. A TEORIA DA EVOLUÇÃO (EVOLUCIONISMO) Sabe-se que a princípio, não existiam seres vivos possuidores de coluna vertebral. Antes do surgimento dos primeiros vertebrados milhões de anos se passaram na história da evolução. Os primeiros a aparecer tinham a forma de peixe, e somente milhões de anos após é que os primeiros anfíbios passaram a existir, e depois vieram os répteis, pássaros e mamíferos. Para a ocorrência de todo esse processo, ocorreram inúmeras explicações, contudo, a mais conhecida foi desenvolvida por Darwin (teoria evolucionista). Ele se fez notar quando observou que não existem duas plantas ou dois animais exatamente iguais. Observou-se que partes dessas diferenças são benéficas para a obtenção mais alimento, fato que permite uma melhor formação e um tempo de vida mais prolongado. Essas variações passaram de geração para geração e foram muito úteis para o desenvolvimento dos seres vivos. Após milhões de anos, a aparência de animais e plantas ficou bem diferente do que era. Aqueles que se desenvolveram melhor foram os que tiveram a chance de se adaptar as inúmeras mudanças que ocorreram em nosso planeta. EVOLUÇÃO DOS PRIMATAS OS PRIMATAS. Os fósseis mais antigos de primatas datam de 60 milhões de anos atrás. Acredita-se que nesta época, ou melhor, um pouco antes, os mamíferos placentários iniciaram a ocupação do ambiente arborícola. Sendo que para isso desenvolveram, de acordo com a teoria darwinista, atributos que caracterizam a família dos primatas. São atributos como as mãos que permitem agarrar objetos, a visão binocular que permite calcular distâncias com precisão, capacidade de ver cores (Dentre os mamíferos apenas os primatas), cuidado com a prole e etc. que fazem o sucesso dos primatas e do homem. O ancestral de todos os primatas foi o plesiadapis. Tinha cerca de 30 cm e ra muito semelhante aos atuais musaranhos, por isso muitos antropólogos não consideram-no como primata. Mas de fato, o Plesiadapis pode ser considerado a “mãe” de todos os primatas. Dez milhões de anos após o Plesiadapis, com o processo de evolução, apareceu o Adapis que já continha uma semi-mão. O corpo tinha cerca de 30 cm de comprimento e estudos do resto do corpo levam a crer que era bem ágil em correr no solo. Entretanto, com o número bem grande de predadores no solo, o Adapis precisava constantemente subir em árvores. Plesiadapis e Adapis, os primeiros primatas, compreenderam a subordem dos prossímios (Primatas inferiores) que originaram os lêmures e társios atuais. Os prossímios possuem ainda um corpo com membros curtos e conseqüentemente semi quadrúpede. 34
  • 35. A outra subordem é a dos Antropóides (do grego anthropos, homem, e oide, parecido) ou primatas superiores. As principais características deste grupo são o encéfalo desenvolvido e os membros longos. O antropóide mais antigo foi o Lacypithecus que já não era quadrúpede em solo como seus antecessores (Plesiadapis e Adapis). Tinha uma altura de 50 cm e olhos totalmente na posição frontal. A partir do Lacypithecus os antropóides se diversificaram, um ramo deu origem aos pequenos primatas que vivem nas Américas, outro ramo aos macacos do velho mundo como os babuínos e o último ramo a aparecer na escala de tempo deu origem a um animal chamado dryopithecus. O dryopithecus tinha 1 metro de altura e viveu a 20 milhões de anos atrás, provavelmente seja o ancestral de todos os grandes primatas e o gibão. De estudos sobre os fósseis conclui-se que o dryopithecus possuía grandes habilidades nas árvores e conseguia agarrar com firmeza e precisão objetos. Do dryopithecus vieram dois gêneros: Os pongidae (Orangotango e Gibão) e os Hominidae (Homem, Chimpanzé e Gorila). 35
  • 36. SISTEMA RESPIRATÓRIO RESPIRAÇÃO: Os mamíferos possuem respiração exclusivamente pulmonar. O sistema respiratório deles é formado pelos pulmões e pelas vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, traquéia e brônquios). Os movimentos de entrada do ar (inspiração) e saída (expiração) são controlados por um músculo que separa o tórax do abdômen: o diafragma. FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório fornece oxigênio para sustentar o metabolismo tecidual e remove dióxido de carbono. O consumo de oxigênio e a produção de dióxido de carbono variam com a taxa metabólica, que depende principalmente da atividade física. . As espécies menores têm o consumo de oxigênio por quilo de peso corpóreo mais alto que as espécies maiores. 36
  • 37. O consumo máximo de oxigênio no cavalo é três vezes maior que o consumo máximo de oxigênio em uma vaca de peso corpóreo similar. Os cães têm consumo máximo de oxigênio mais alto que os caprinos de mesmo tamanho. TIPOS DE RESPIRAÇÃO COSTOABDOMINAL=É o tipo de respiração normal dos animais. Embora o tipo de respiração seja costo-abdominal observa-se no cão e no Homem um predomínio costal e no Eqüino e no Bovino um predomínio abdominal. ABDOMINAL =Caracterizada por maior movimentação do abdome e ocorre por dores no tórax e arreio mal colocado COSTAL OU TORÁCICA =Caracterizada por pronunciada movimentação das costelas e ocorre por respiração dificultada e afecções abdominais dolorosas, gestação e gases. SISTEMA CIRCULATÓRIO O sistema circulatório também chamado de sistema cardiovascular é formado por: coração, vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e vasos linfáticos. A circulação nos mamíferos é fechada, dupla e completa. É fechada porque as células do sangue estão sempre dentro de vasos sanguíneos. É dupla porque o sangue passa duas vezes pelo coração. É completa porque o sangue venoso separa-se completamente do arterial. O CORAÇÃO É o órgão que bombeia o sangue oxigenado para o corpo e o sangue desoxigenado para os pulmões. É formado por quatro câmaras: átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, átrio direito e ventrículo direito. 37
  • 38. O átrio direito é a câmara superior do lado direito do coração. O sangue que retorna ao átrio direito é venoso e passa para o ventrículo direito para ser bombeado pela artéria pulmonar para os pulmões para re-oxigenação e remoção de dióxido de carbono. O átrio esquerdo recebe sangue recém oxigenado dos pulmões bem como da veia pulmonar, que é passado para o ventrículo esquerdo forte para ser bombeado através da aorta para os diferentes órgãos do corpo. ARTÉRIAS=São os vasos pelos quais o sangue sai do coração. VEIAS=São os vasos que trazem o sangue para o coração. CAPILARES=São vasos microscópicos. CIRCULAÇÃO PULMONAR Inicia-se no tronco da artéria pulmonar, seguindo pelos ramos das artérias pulmonares, arteríolas pulmonares (até aqui o sangue é venoso). A partir daqui o sangue é arterial, segue pelas vênulas pulmonares e veias pulmonares que deságuam no átrio esquerdo do coração. SISTEMA EXCRETOR A excreção tem como principal função eliminar substâncias nitrogenadas e regulares a quantidade de água no organismo. Nos mamíferos podemos considerar como sistema excretor o sistema urinário (onde é produzida a urina) e também a pele (onde é produzido o suor) através das glândulas sudoríparas. O Sistema urinário dos mamíferos é formado por um par de rins, e pelas vias urinárias (ureteres, bexiga, e uretra) que são muito eficientes na limpeza do organismo. Os rins recebem o sangue a ser filtrado, que é rico em oxigênio necessário a sobrevivência, através das artérias renais que se transformam em vasos cada vez menores no seu interior (arteríolas).Essa ramificação de vasos entra em contato direto com a unidade excretora do rim,o néfrom.O sangue filtrado sai dos rins pela veia renal,livre de excretas e rico em gás carbônico.De cada rim sai um tubo,os ureteres,que levam o produto da filtração e reabsorção(urina) até a um reservatório,a bexiga urinária que tem por função armazenar a urina.A bexiga é um órgão constituído por musculatura elástica,o que aumenta conforme armazena a urina.A urina sai para o exterior do corpo através da uretra. . 38
  • 39. Através da pele, as substâncias contidas no suor são retiradas do sangue pelas glândulas sudoríparas. Através de canal excretor, chega até a superfície da pele, saindo pelos poros. Eliminando o suor, a atividade das glândulas sudoríparas contribui para manutenção da temperatura do corpo. SISTEMA DIGESTÓRIO Digestão- É o conjunto das transformações, mecânicas e químicas, que os alimentos orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores hidrossolúveis. É a quebra de macromoléculas em moléculas menores por meio de enzimas digestivas, para que possam ser absorvidas pelas células. TIPOS DE DIGESTÃO Intracelular (ocorre totalmente dentro das células). Extracelular (ocorre dentro do tubo digestório). Extra e intracelular (começa no tubo digestório e termina no interior da célula). Extracorpórea (ex.: nas aranhas, a digestão ocorre dentro do organismo da própria presa). A DIGESTÃO HUMANA Extracelular é a digestão denominada para o ser humano, sendo realizadas através da trituração de alimentos, operações vitais e pela salivação. O aparelho digestório humano é anatomicamente dividido em: órgãos do tubo e órgãos anexos. Órgãos do tubo: boca (lábios, dentes e língua), faringe esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, colo reto) e ânus. Órgãos anexos: glândulas salivares (parótida, submaxilar e sublingual), pâncreas e vesícula biliar. 39
  • 40. Depois de mastigados e insalivados na boca, os alimentos são engolidos e levados até o estômago. Ao passarem por várias transformações, seguem do estômago para o intestino delgado, onde os nutrientes passam para o sangue, através das paredes deste órgão. Assim, as substâncias nutritivas podem ser distribuídas pelo corpo do animal. Os resíduos dos alimentos seguem para o intestino grosso, que absorve a água e forma as fezes, que são mandadas para fora do corpo pelo ânus. DIGESTÃO NA CAVIDADE BUCAL Amilase salivar ou ptialina - Enzima que atua sobre o amido e outros polissacarídeos (glicogênio, por exemplo), transformando-os em moléculas menores de maltose. A digestão depende de fatores químicos importantes como, por exemplo, o ph. ALIMENTOS- O alimento tem como função, a sustentação, a energia, e a renovação orgânica do individuo. 40
  • 41. É muito variada. Os roedores (ordem rodentia) são herbívoros e possuem incisivos bem desenvolvidos. Muitos carnívoros (ordem carnívora) comem apenas carne, embora existam alguns que tenham uma alimentação variada, eles possuem caninos bem desenvolvidos. Os insetívoros (ordem insetívora) são mamíferos que comem insetos, principalmente, e tem focinho longo e pontiagudo. Algumas espécies de quirópteros (ordem quiróptera) sugam o sangue do gado e de outros mamíferos. Os cetáceos (ordem cetácea) são carnívoros filtradores de plâncton. Os proboscídeos (ordem proboscídea) são herbívoros e possuem nariz e lábio superior transformados em tromba e possuem incisivos bem desenvolvidos Presas. DIFERENCIAR ANIMAIS MONOGÁSTRICOS E ANIMAIS RUMINANTES? De acordo com as características anatômicas, morfológicas e fisiológicas do sistema digestivo dos animais. Monogástricos são os animais não ruminantes que apresentam um estômago simples (mono=1 gástrico= digestão), com uma capacidade de armazenamento pequena. Existem animais não ruminantes, como os cavalos e coelhos que possuem o ceco funcional, contendo microorganismos capazes de digerir alta porcentagem de fibra (celulose e hemicelulose). As principais espécies de monogástricos são: o homem, aves, suínos, cães, gato, coelho, equino e etc. Os ruminantes (latim científico: Ruminantia) são uma subordem de mamíferos artiodátilos, que inclui os veados, girafas, bovídeos e por vezes incluídos até mesmo os camelos, caracterizados pela presença de um estômago complexo, tendo quatro "estômagos". Os monotremados possuem cloaca em vez de ânus. DIGESTÃO: Ação química (HCI no estômago, bile no intestino delgado); Atividade enzimática (pepsina gástrica, amilase pancreática, lipase pancreática...) PROCESSO DIGESTIVO EM NÃO RUMINANTES: 41
  • 42. O Sistema digestivo dos monogástricos (não ruminantes) possui um compartimento simples para a digestão gástrica, isto é, um estômago simples. Ex: porco, cavalo, cão, gato e galinha. A maioria dos monogástricos utiliza alimentos fibrosos de modo pouco eficiente, com exceção do cavalo e do coelho. PARTES COMPONENTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO: BOCA: contém quatro grupos acessórios: 1. Lábios - apreensão; 2. Língua - apreensão mistura e deglutição. Sentido do gosto; 3. Dentes - apreensão e mastigação: 4. Glândulas salivares - três pares de glândulas que secretam a saliva. SALIVA: Água - umedece os alimentos abocanhados; Mucina - lubrifica os alimentos, facilitando a digestão; Íons bicarbonato - tampões. Ajudando a regular o PH do estômago. Enzimas - amilase (alfamilase) (ausente no cavalo, cão, gato); lisozima. ESÔFAGO: ondas peristálticas. ESTÔMAGO: Órgão digestório oco, em forma de pêra. Estoca, por algum tempo, e tritura, Mediante contrações musculares, o alimento ingerido. Secreta o suco gástrico. A presença de alimento no estômago induz a produção de suco gástrico. Contém água, ácido clorídrico e pepsinogênio (pepsina cl PH ácido). A Secreção do ácido clorídrico (0,1 N) possibilita a manutenção do PH estomacal (PH 2,0). O Material que sofreu a ação do suco gástrico e deixa o estômago é denominado QUIMO INTESTINO DELGADO: Tubo digestório dividido em três seções: Duodeno - sítio ativo de digestão e absorção Jejuno - sítio ativo de absorção. Íleo - porção caudal. Sítio ativo de absorção e reabsorção. Projeções papilares: vilos e microfilos. Aumentam a área de superfície do intestino. 42
  • 43. Cada vilo contém uma arteríola, uma vênula e um vaso linfático de drenagem Chamado lacteal. INTESTINO GROSSO: Três seções Ceco: tamanho variável nas diferentes espécies. Geralmente muito maior em Herbívoros do que em carnívoros e onívoros. Colo: seção média. Reto: última seção. FUNÇÕES: Reabsorção de água; Secreção de minerais, como o cálcio. Reservatório de componentes não digeridos no intestino delgado; Câmara de fermentação microbiana, com alguma digestão de alimentos fibrosos, síntese bacteriana e de vitaminas K e algumas do complexo B. Formação e expulsão do bolo fecal. SISTEMA DIGESTÓRIO DAS AVES A anatomia do trato gastrointestinal (TGI) difere consideravelmente das espécies tipicamente monogástricas. BOCA Bico córneo para apreender, rapidamente, pequenas partículas de alimentos. Reduz parcialmente o tamanho do alimento a ser deglutido. Língua e glândulas salivares semelhantes às dos outros animais. ESÔFAGO INGLÚVIO (PAPO): A maioria das aves, exceto as espécies insetívoras, possui uma área avolumada no esôfago, denominada inglúvio (papo), que apresenta as seguintes funções: Compartimento de armazenagem e umedecimento dos alimentos (particularmente importante para os grãos). Permite ação prolongada da amilase salivar; Funciona como câmara de fermentação, para algumas espécies, PROVENTRÍCULO (ESTÔMAGO GLANDULAR): porção posterior ao inglúvio e anterior à moela que apresenta as seguintes funções: Sítio de produção do suco gástrico (HCI e pepsinogênio) Meio ácido (PH próximo a 4); A ingestão o atravessa muito rapidamente (cerca de 14 segundos) 43
  • 44. VENTRÍCULO (MOELA OU ESTÔMAGO MUSCULAR): órgão muscular oco, de paredes muito grossas e epitélio cornificado. Tritura os alimentos, de forma similar à mastigação dos mamíferos, mediante contrações involuntárias. Contrações ocorrem a cada 20 a 30 segundos. O epitélio é recoberto por uma secreção mucosa espessa. A moela possui, no seu interior, pedriscos e outras partículas duras que ajudam na trituração do alimento, mas que não são essenciais para a sua função. Não secretam enzimas. INTESTINO DELGADO Mesmas seções dos mamíferos, com mesmas funções. Não secreta lactase. Ph 9, ligeiramente ácido. A Digestão e a absorção dos nutrientes ocorrem de maneira semelhante à dos mamíferos. INTESTINO GROSSO Intestino grosso bem pequeno (5 a 8 cm) que desemboca na cloaca; Os dois cecos e o intestino grosso são sítios de absorção de água e de digestão de alguma fibra. A fermentação bacteriana se processa em níveis menores que nos mamíferos. SISTEMA DIGESTÓRIO DOS SUÍNOS A anatomia do TGI dos suínos é bastante semelhante à dos humanos, sendo considerado um monogástrico típico. BOCA Ação principalmente mecânica. Amilase salivar (alfamilase ou ptialina). Essa enzima age sobre amido e glicogênio dando origem à glicose e à maltose. Presença da lisozima. ESTÔMAGO Capacidade de 6 a 8 litros. Dividido em cárdia, fundo e piloro. Cárdia e piloro possuem esfíncteres que controlam a passagem dos alimentos pelo estômago. Presença de dobras no epitélio para aumentar a superfície de contato com o alimento ingerido. 44
  • 45. A Concentração de ácido clorídrico é de aproximadamente 0,1 N (PH próximo de 2). O ácido clorídrico, ativa o pepsinogênio que produz a pepsina, que atua na digestão das proteínas ingeridas. O ácido clorídrico, ativa também a renina, importante enzima produzida por mamíferos jovens, que promove a coagulação do leite. INTESTINO DELGADO Existem quatro secreções que atuam no intestino delgado: Suco Duodenal, Suco Biliar, Suco Pancreático e Suco Intestinal. SUCO DUODENAL: produzido pelas glândulas de Brünner. É uma secreção alcalina que age como lubrificante e protege a mucosa duodenal contra o HCI. SUCO BILIAR: também chamado de bile. Secretado pelos hepatócitos. Os principais componentes são os ácidos biliares e a bilirrubina. Os ácidos biliares provêm (90%) da reabsorção intestinal da bile no ciclo enterocólico. E os 10% restantes são sintetizados pelo hepatócito. Atua na emulsificação (dispersão em meio aquoso) dos lipídios no tubo digestivo, facilitando a ação da enzima lipase pancreático, o transporte e a absorção dos lipídios. A bilirrubina é produto de degradação da hemoglobina, como outros pigmentos excretados na bile não têm função digestiva. INTESTINO GROSSO A maior parte do material alimentar que chega à entrada do colo já teve absorvida a maior parte dos nutrientes solúveis. As dietas normais sempre têm algum material resistente às enzimas secretadas no canal alimentar. As glândulas presentes no intestino grosso são do tipo mucoso, não produtoras de enzimas. Os processos digestivos, quando ocorrem, são por enzimas arrastadas com os alimentos, por enzimas vegetais e microbianas. Extensa atividade microbiana ocorre principalmente no ceco. A contribuição dos ácidos graxos voláteis (AGV) produzidos pode chegar a 10 - 12% das necessidades de mantença do porco adulto. DIGESTÃO DO LEITÃO JOVEM: Entre o nascimento até cerca de cinco semanas de idade, a concentração e a atividade da maioria das secreções digestivas do leitão são diferentes daquelas do animal adulto. A absorção de imunoglobulinas do colostro. O colostro da porca e da vaca contém um inibidor da tripsina que protege as Imunoglobulinas da proteólise. O desenvolvimento da atividade da pepsina, no leitão e no bezerro, depende da ingestão de alimento sólido. A digestão das proteínas do leite ocorre por ação da renina e da tripsina. A secreção de renina decresce rapidamente a partir da ingestão de alimentos sólidos, enquanto a da tripsina altera-se muito pouco com a idade. 45
  • 46. Ao nascimento, a atividade da alfa-amilase, maltase e sacarase são baixas, enquanto a lactase é muita ativa e decresce com o avanço da idade. Baixa capacidade de digerir gorduras devido à baixa produção de bile. Leitões desmamados precocemente podem reagir desfavoravelmente à proteína dos alimentos. Proteína da soja para leitões possui alta antigenicidade. Sistemas de desmama precoce necessitam de atenção especial na escolha de alimentos substitutos do leite. ESQUEMATIZAÇÃO DA DIGESTÃO DOS RUMINANTES. A digestão dos ruminantes ocorre por um mecanismo particular, diferenciado dos demais animais. Os ruminantes se alimentam basicamente de vegetais (folhagem), portanto são considerados herbívoros (consumidores de primeira ordem). Ao longo do aparelho digestivo, coexistem bactérias e protozoários que processam a digestão química da celulose, o polissacarídeo responsável pela estruturação da parede celulósica das células vegetais, conferindo maior aproveitamento energético aos ruminantes. Os órgãos envolvidos neste processo digestivo realizam a digestão mecânica, proporcionando a fragmentação dos alimentos ingeridos, inicialmente por meio da mastigação efetivada na cavidade bucal, apresentando dentição homodonte (dentes com igual formato e função – maceração). Em seguida o alimento é conduzido até o rúmem (ou pança) por intermédio do esôfago. Após o processamento do alimento no rúmen, o bolo alimentar formado é transportado até o próximo compartimento denominado por retículo (ou barrete), o qual se comunica com outra cavidade, o omaso, (ou folhoso) e deste em direção ao obamaso (ou coagulador). Portanto, toda a extensão do aparelho digestório desses animais é formada por um conjunto contendo 4 cavidades, assim caracterizada: rúmen, retículo, omaso e abomaso, e funcionamento subdividido em duas etapas. Na primeira etapa o alimento é mastigado e enviado para o rúmen e o retículo. Na segunda, o bolo alimentar regurgitado retorna à boca através de contrações similares às que provocam o vômito, sendo novamente mastigado e posteriormente em direção ao omaso e abomaso. 46
  • 47. Exemplos de mamíferos ruminantes: carneiros, bovinos e camelos, boi, cabra, carneiro, veado, girafa. O sistema digestivo, que tem como função, triturar, reduzir em pequenas partículas e digerir os alimentos começa na boca (lábios, língua, dentes e glândulas salivares). O esôfago é um tubo cilíndrico que se dilata facilmente e que conduz os alimentos da boca até o rúmen, com o qual se comunica por um orifício chamado cárdia. Pré-estômagos- estômagos dos ruminantes são amplamente utilizados na culinária, para fazer à famosa “dobradinha” ou “buchada”. Compreendem três compartimentos, rúmen, retículo e omaso, os quais representam os “estômagos falsos”, onde ocorre a digestão microbiana e a ação mecânica sobre os alimentos fibrosos e grosseiros. O rúmen, pança ou bucho é o maior dos compartimentos, comportando 80% do volume total do estômago, e ocupa quase todo o lado esquerdo da cavidade abdominal. Em bovinos adultos pode conter até 200 litros, enquanto que em ovinos e caprinos sua capacidade é de aproximadamente 20 a 30 litros. O retículo ou barrete é o menor dos pré-estômagos, que atua como um "marca-passo” dos movimentos da ruminação. Estômago verdadeiro- O Abomaso, conhecido também por coalheira é o único estômago verdadeiro, ou seja, onde ocorre à secreção de suco gástrico, e onde se processa a digestão propriamente dita. De forma alongada, está situado à direita do rúmen e repousa sobre o abdômen, logo atrás do retículo. O conteúdo do rúmen segue então seu caminho em sentido contrário, em direção à boca, constituindo o processo de ruminação, ou seja, o retorno do bolo alimentar do rúmen para a boca, onde é submetido a uma nova mastigação e insalivação, agora mais demoradas e completas. A calma e tranqüilidade ambiental são favoráveis a uma ruminação correta, com regurgitações espaçadas de um minuto. A parada da ruminação é um sinal de indisposição alimentar ou de 47