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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE)

  COORDENAÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD/UFRPE)




          Banco de Dados




     Sandra de Albuquerque Siebra




                                                    Volume 4




                    Recife, 2010
Universidade Federal Rural de Pernambuco


Reitor: Prof. Valmar Corrêa de Andrade
Vice-Reitor: Prof. Reginaldo Barros
Pró-Reitor de Administração: Prof. Francisco Fernando Ramos Carvalho
Pró-Reitor de Extensão: Prof. Paulo Donizeti Siepierski
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. Fernando José Freire
Pró-Reitor de Planejamento: Prof. Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira
Pró-Reitora de Ensino de Graduação: Profª. Maria José de Sena
Coordenação Geral de Ensino a Distância: Profª Marizete Silva Santos



Produção Gráfica e Editorial
Capa e Editoração: Rafael Lira, Italo Amorim e Arlinda Torres
Revisão Ortográfica: Elias Vieira
Ilustrações: Mário França
Coordenação de Produção: Marizete Silva Santos
Sumário

   Apresentação................................................................................................................. 4

   Conhecendo o Volume 4 ................................................................................................ 5

   Capítulo 10 – Álgebra e Cálculo Relacional ..................................................................... 7

       Álgebra Relacional ...........................................................................................................7

       Álgebra Relacional: Operadores de Tabelas ..................................................................11

   Capítulo 11 – Criando e Mantendo um Banco de Dados ............................................... 26

       A SQL .............................................................................................................................26

   Capítulo 12 – Consultas em Banco de Dados Relacionais .............................................. 39

       Inserindo Dados em Tabelas ..........................................................................................39

   Considerações Finais .................................................................................................... 74

   Conheça a Autora ........................................................................................................ 76
Apresentação
       Caro(a) cursista,
       Seja bem-vindo(a) ao quarto módulo do curso Banco de Dados!
        Neste quarto módulo, vamos aprender a manipular um SGBD de forma a criar, manter e consultar o banco
de dados que você antes aprendeu a modelar. Para fazer isso, estudaremos principalmente a linguagem SQL,
presente em todos os banco de dados relacionais e de grande utilidade no acesso a eles.
        Adicionalmente, estudaremos um pouco de álgebra relacional e cálculo relacional que são formas de
representar matematicamente as operações que podem ser aplicadas a um Banco de Dados.
       Bons estudos!
                                       Sandra de Albuquerque Siebra
                                                  Autora




4
Banco de Dados




Conhecendo o Volume 4
        Neste quarto volume, você irá encontrar o Módulo 4 da disciplina de Banco de
Dados. Para facilitar seus estudos, veja a organização deste quarto módulo.

        Módulo 4 – Criação, Manutenção e Consulta a Banco de Dados

        Carga horária do Módulo 4: 15 h/aula
        Objetivo do Módulo 4:

    »   Introduzir os principais conceitos referentes a álgebra relacional e o cáclulo
        relacional como formas de manipulação e consulta a BD.
    »   Examinar os principais comandos em SQL para criação e manutenção de banco de
        dados.
    »   Examinar os principais comandos em SQL para consultas simples e aninhadas a
        banco de dados.
        Conteúdo Programático do Módulo 4:

    »   Álgebra Relacional.
    »   Cálculo Relacional de Tupla e Cálculo Relacional de Domínio.
    »   SQL – Conceitos básicos, comandos para criação e atualização do banco de dados.
    »   SQL - Consultas básicas e Consultas Aninhadas.




                                                                                                       5
Banco de Dados




                              Capítulo 10


                         O que vamos estudar neste capítulo?

                         Neste capítulo, vamos estudar os seguintes temas:

                     »   Álgebra Relacional.
                     »   Cálculo Relacional de Tupla.
                     »   Cálculo Relacional de Domínio.

                         Metas

                         Após o estudo deste capítulo, esperamos que você:

                     »   Compreenda o que é álgebra relacional e cálculo relacional.
                     »   Consiga diferenciar o cálculo relacional de tupla e de domínio.
                     »   Consiga fazer uso de alguns comandos da álgebra relacional.




6
Banco de Dados




Capítulo 10 – Álgebra e Cálculo
Relacional


              Vamos conversar sobre o assunto?


        Até aqui, já estudamos como modelar e otimizar nosso modelo para um banco de
dados relacional. Um modelo relacional representa o banco de dados como um conjunto
de relações. Uma relação pode ser pensada como uma tabela de valores, onde cada
linha na tabela representa uma coleção de valores de dados relacionados. Para acessar
e manipular esses valores há duas categorias de linguagens que podem ser utilizadas: as
linguagens formais (a álgebra relacional e o cálculo relacional) e as linguagens comerciais,
que são baseadas nas linguagens formais (tal como a SQL – Structured Query Language). As
linguagens formais são justamente as que daremos uma olhada nesse capítulo e uma das
linguagens comerciais mais utilizadas (a SQL) será assunto dos dois capítulos finais desse
volume.


       Neste capítulo, vamos estudar as linguagens formais para consulta e manipulação
dos dados em um banco de dados: a álgebra relacional e o cálculo relacional.



Álgebra Relacional
        A Álgebra Relacional é uma linguagem de consulta formal, porém procedimental
(procedural), ou seja, o usuário dá as instruções ao sistema para que o mesmo realize uma
sequência de operações na base de dados para calcular o resultado desejado. Ela consiste
de um conjunto de operações que têm como entrada uma ou duas relações e produzem,
como resultado, uma nova relação.
        Os operadores da álgebra relacional podem ser divididos em dois grupos:

    »   Operadores de Conjuntos: são operadores típicos definidos pela álgebra para
        conjunto, tais como união, interseção, diferença e produto cartesiano. As operações
        com esses operadores se aplicam a duas relações que obedeçam à “compatibilidade
        de união”, ou seja, ambas as relações devem apresentar atributos que pertençam
        respectivamente aos mesmos domínios.
    »   Operadores de Tabelas: são operadores definidos especialmente para a
        manipulação de tuplas, em bases de dados relacionais tais como: Select, Project
        e Join, entre outras. As operações com esses operadores se aplicam a quaisquer
        relações.
        Esses operadores serão detalhados nas seções a seguir.



               Observação


  As linguagens disponíveis para acesso a BDs relacionais, inclusive o SQL, não utilizam os mesmos
  operadores ou nomes definidos pela álgebra relacional. Entretanto todos, ou quase todos, os
  operadores da álgebra relacional podem ser escritos usando estas linguagens.


                                                                                                                      7
Banco de Dados



                     Álgebra Relacional: Operadores de Conjuntos

                             São operadores binários e para utilizá-los, é preciso se assegurar de que as duas
                     relações envolvidas nas operações tenham o mesmo tipo de tuplas, ou seja, pertençam
                     ao mesmo domínio. Essa condição é chamada união compatível. Em outras palavras, duas
                     relações R1 (A1, A2,..., An) e R2 (B1, B2, ..., Bn) são união compatível se elas tiverem o
                     mesmo grau n, e dom(Ai) = dom(Bi) para 1 ≤ i ≤ n. Isso significa que as duas relações têm
                     o mesmo número de atributos e que cada par de atributos correspondentes pertence ao
                     mesmo domínio.
                             Pode-se definir as operações de união, interseção, diferença e produto cartesiano
                     sobre duas relações que sejam união compatível R1 e R2. Resumidamente:

                         »   União (R1 ∪ R2) - todas as tuplas de R1 e todas as tuplas de R2, sendo que tuplas
                             duplicadas são eliminadas.

                         »   Interseção (R1 ∩ R2) - todas as tuplas comuns a R1 e R2.
                         »   Diferença (R1 – R2) - todas as tuplas de R1 que não estão em R2.
                         »   Produto Cartesiano (R1 x R2) - combinação das tuplas de R1 com as de R2.
                            Vamos detalhar e exemplificar, a seguir, cada uma dessas operações. Mas, antes,
                     algumas observações sobre essas operações:

                         »   As operações de união e interseção são operações comutativas. Ou seja:

                                               R1 ∪ R2 = R2 ∪ R1 e R1 ∩ R2 = R2 ∩ R1.
                         »   Já a operação de diferença não é comutativa: R - S ≠ S - R.
                         »   As operações de união e interseção são binárias, mas podem ser aplicadas a
                             qualquer número de relações e ambas são operações associativas. Assim:

                                           R ∪ (S ∪ T) = (R ∪ S) ∪ T e R ∩ (S ∩ T) = (R ∩ S) ∩ T.
                             Considere como base para os exemplos das operações as relações Professor e Aluno
                     representadas pelas Tabelas 1 e 2.


                                Tabela 1 - Relação Professor                 Tabela 2 - Relação Aluno


                                  CPF              Nome                      CPF              Nome

                                  1001          Ana Maria                    1002             João

                                  1002             João                      1116            Mércia

                                  1003             Pedro                     1900            Ronaldo




                     União: A ∪ B

                             União é a operação entre duas relações “união compatível” (mesmo número de
                     atributos e com domínio compatível) que gera uma relação resultante contendo todas
                     as tuplas (linhas) das duas relações originais, com eliminação das tuplas duplicadas.
                     Ela é denotada pelo símbolo ∪. Por exemplo, a união das relações Professor e Aluno
                     representadas pelas Tabelas 1 e 2 é a relação representada pela Tabela 3.



8
Banco de Dados



                      Tabela 3 – Relação Resultante de Professor ∪ Aluno

                                   CPF              Nome

                                   1001           Ana Maria

                                   1002              João

                                   1003              Pedro

                                   1116             Mércia

                                   1900            Ronaldo




Interseção: A ∩ B

         Interseção é a operação entre duas relações “união compatível” que gera uma
relação resultante contendo todas as tuplas (linhas) presentes em ambas as relações
originais. Ela é denotada pelo símbolo ∩. Por exemplo, a interseção das relações Professor e
Aluno representadas pelas Tabelas 1 e 2 é a relação representada pela Tabela 4.

                      Tabela 4 - Relação Resultante de Professor ∩ Aluno


                                    CPF              Nome

                                   1002              João




Diferença: A – B

        Diferença é a operação entre duas relações “união compatível” que gera uma relação
resultante contendo todas as linhas que estão na primeira relação, e que não aparecem na
segunda. Ela é denotada pelo símbolo –. Por exemplo, a diferença das relações Professor e
Aluno representadas pelas Tabelas 1 e 2 (Professor – Aluno) é a relação representada pela
Tabela 5, que contém as tuplas das relação Professor que não estão na relação Aluno.

                       Tabela 5 - Relação Resultante de Professor – Aluno


                                    CPF             Nome

                                   1001           Ana Maria

                                   1003              Pedro



         Para mostrar que a operação de diferença não é comutativa, vamos agora fazer
Aluno – Professor, ou seja, as tuplas que estão na relação Aluno, mas que não estão na
relação Professor. Veja pela relação resultante representada na Tabela 6 que os resultados
da diferença, mudando a ordem das relações são diferentes.




                                                                                                           9
Banco de Dados



                                              Tabela 6 - Relação Resultante de Aluno – Professor

                                                           CPF             Nome

                                                          1116             Mércia

                                                          1900            Ronaldo




                      Produto Cartesiano: A x B

                              O produto cartesiano combina duas relações gerando uma terceira cujas linhas
                      representam todas as possíveis combinações das linhas (tuplas) das relações originais. Um
                      esquema dessa combinação pode ser vista na Figura 1.




                                           Figura 1 - Esquema de combinações do Produto Cartesiano



                              O produto cartesiano é uma operação binária e é representado pelo símbolo X. O
                      formato geral da operação é: relação_1 X relação_2 . Vamos dar um exemplo. Qual seria o
                      resultado do produto cartesiano Cidade x Estado (vide Tabelas 7 e 8)?


                                   Tabela 7 - Relação Cidade                        Tabela 8 - Relação Estado


                                  Código             Nome                            UF             Região

                                    1                Recife                          PB            Nordeste

                                    2               Manaus                           AM             Norte

                                    3             João Pessoa



                               O resultado seria a relação resultante apresentada na Tabela 9. Veja que esta
                      relação resultante apresenta a combinação de todas as tuplas da relação Cidade, com todas
                      as tuplas da relação Estado.




10
Banco de Dados



                                   Tabela 9 - Relação Resultante


                     Código           Nome             UF            Região

                        1             Recife           PB           Nordeste

                        2             Natal            PB           Nordeste

                        3          João Pessoa         PB           Nordeste

                        1             Recife           AM             Norte

                        2             Natal            AM             Norte

                        3          João Pessoa         AM             Norte




 Renomear para diferenciar: O Produto Cartesiano entre duas relações R1 e R2 (R1 x R2) apresenta
 problemas quando:


 * As relações têm mesmo nome;


 * Se se quer fazer o produto de uma relação com ela mesma ou


 * O produto cartesiano está envolvido com a relação resultante de expressões (que vamos ver o
 que são daqui a pouco).


 Isso porque um mesmo nome de atributo pode aparecer tanto em R1 quanto em R2. Por isso, é
 preciso estabelecer um modo de diferenciar esses atributos na relação resultante. Para isso, pode-
 se anexar ao atributo o nome da relação a qual ele pertença: nome_relacao.nome_atributo. Por
 exemplo, se fizéssemos o produto cartesiano entre as relações Professor e Aluno (vide Tabelas 1 e
 2), como as duas tabelas possuem atributos de mesmo nome, a relação resultante ficaria com as
 seguintes colunas: (Professor.CPF, Professor.Nome, Aluno.CPF, Aluno.Nome)




Álgebra Relacional: Operadores de Tabelas
         Os operadores de tabela manipulam tuplas em bases de dados relacionais e podem
ser aplicados a quaisquer relações. A seguir, descreveremos cada uma das operações.


Seleção

         O operador de seleção é usado para selecionar tuplas que satisfaçam uma
determinada condição. Essas tuplas selecionadas geram uma relação resultante. O esquema
da relação resultante é o mesmo da relação original. O operador de seleção é representado
pela letra grega sigma (δ) e seu formato geral é: δ condição(tabela ou relação). O operador
da seleção é unário, ou seja, seleciona tuplas de somente uma relação. Vamos dar alguns
exemplos a partir da relação Cidade (vide Tabela 10).




                                                                                                                       11
Banco de Dados



                                                         Tabela 10 - Relação Cidade


                                            Código          Nome           É_capital      UF

                                                 1          Recife             S          PE

                                                 2          Natal              S          RN

                                                 3       João Pessoa           S          PB

                                                 4          Patos              N          PB



                              δ UF = ‘PB’(cidade) daria como resultado a relação da Tabela 11, que atenderia a
                      algo como: selecione da relação cidade, as tuplas cuja UF seja igual ao valor ‘PB’.

                                                       Tabela 11 - Relação Resultante


                                          Código          Nome            É_capital        UF

                                             3          João Pessoa           S            PB

                                             4             Patos              N            PB



                                Para especificar as condições da seleção podemos utilizar: valores constantes, nome
                      de atributos (colunas), operadores relacionais (=, <, >, <=, >=, ≠) ou operadores lógicos (and,
                      or, not). Por exemplo, δ UF=’PB’ and E_Capital=’N’(CIDADE) daria como resultado a relação
                      da Tabela 12, que atenderia a algo como: selecione da relação cidade, as tuplas cuja UF seja
                      igual ao valor ‘PB’ e o campo E_Capital tenha o valor ‘N’.

                                                       Tabela 12 - Relação Resultante


                                            Código          Nome          É_capital        UF

                                                 4          Patos             N            PB



                              Vamos a outro exemplo, suponha o esquema de relação Empregado (CPF, Nome,
                      DataNasc, Endereço, Sexo, NumDep, Salario). Agora, suponha que desejamos selecionar
                      os empregados que trabalham no departamento 10 e ganham mais de 1500 ou aqueles que
                      trabalham no departamento 3 e ganham mais que 4000. Como ficaria?
                             δ (NumDep = 10 and salario > 1500) or (NumDep=3 and salario > 4000)
                      (Empregado)
                              A operação de seleção é comutativa, ou seja, uma sequência de seleção pode ser
                      aplicada em qualquer ordem:
                              δ <cond1> (δ <cond2> (Relação)) = δ <cond2> (δ <cond1> (Relação))
                             Sempre é possível combinar uma propagação de operações de seleção dentro de
                      uma única operação de seleção, fazendo uso de uma condição conjuntiva (AND):
                              δ <cond1> (δ <cond2> (Relação)) = δ <cond1> and <cond2> (Relação)
                              δ <cond1> (δ <cond2> ( ... (δ <condN> (Relação)) ...)) = δ <cond1> AND <cond2>
                                                AND ... AND <condN> (Relação)



12
Banco de Dados



Projeção

         A operação de projeção é unária e opera sobre uma única relação gerando outra
relação resultante que conterá todas as linhas da relação original, mas apenas as colunas
(atributos) que se deseja projetar (e que foram especificadas na operação). Ou seja, retorna
parte da relação deixando de fora os atributos que não foram solicitados. Na relação
resultante as tuplas (linhas) duplicadas são eliminadas. O formato geral da operação de
projeção é: π A1, A2, …, An (Relação) onde A1, A2, ..., An são nomes de atributos da relação.
Vamos dar um exemplo. Tomando como base a relação Cidade (vide Tabela 10), vamos
supor que queremos selecionar (projetar) apenas os atributos Nome e UF. Daí precisaríamos
da seguinte operação: π Nome, UF (Cidade). A relação resultante dessa projeção seria a
apresentada na Tabela 13. Observe que a relação resultante tem todas as tuplas da relação
original, mas só apresenta os atributos especificados na operação de projeção. Além disso,
observe que estes atributos aparecem na mesma ordem em que foram especificados.

                          Tabela 13 - Relação Resultante da Projeção

                                     Nome              UF

                                     Recife            PE

                                     Natal             RN

                                  João Pessoa          PB

                                     Patos             PB



        Na verdade, se observarmos bem, o operador de projeção também serve para
selecionar. Porém, enquanto o operador de SELEÇÃO seleciona tuplas de uma relação, o
operador de PROJEÇÃO seleciona colunas de uma Relação.
        O número de tuplas na relação resultante sempre será igual ou menor que a
quantidade de tuplas na relação original. Isto porque tuplas duplicadas são eliminadas. Por
exemplo, observe a seguinte operação de projeção π Nome, UF (Cidade) aplicada à relação
Cidade (vide Tabela 10). Veja que “PB” aparece apenas uma vez na relação resultante (vide
Tabela 14). Mesmo que ela apareça duas vezes na relação original (Tabela 10).

                          Tabela 14 - Relação Resultante da Projeção


                                              UF

                                              PE

                                              RN

                                              PB



        A operação de projeção não é comutativa. Apenas no caso específico de <lista2>
conter os mesmos atributos de <lista1> pode-se observar comutatividade.
           π <lista_atributos1> (π <lista_atributos2> (Relação)) ≠ π <lista_atributos 2>
                             (π<lista_atributos1> (Relação))




                                                                                                            13
Banco de Dados



                      Combinando Operações

                               Em geral, existe a necessidade de se aplicar várias operações da álgebra relacional
                      uma após a outra. Pode-se escrever essas operações em apenas uma única expressão da
                      álgebra relacional, combinando as operações, usando tanto operadores de conjunto, quanto
                      de tabela. Vamos dar alguns exemplos a seguir.

                          »   Tomando como base as relações Professor(CPF, Nome) e Aluno (CPF, Nome) -
                              vide Tabelas 1 e 2 – se desejássemos encontrar o nome de todos os professores
                              que também são alunos, poderíamos usar a expressão: Π nome(Professor) ∩ Π
                              nome(Aluno)
                          »   A partir da relação Empregado (CPF, Nome, Sexo, Salario, Num_Dep), vide Tabela
                              15, selecione o nome e o salário de todos os empregados que trabalhem no
                              departamento de número 4. Para isso, poderíamos usar a expressão:
                                                 Π nome, salario (δ Num_Dep=4(Empregado))
                              Isso daria origem a tabela 16.

                                                      Tabela 15 - Relação Empregado

                                     CPF           Nome              Sexo       Salario    Num_Dep

                                    1234         Ana Gomes            F          1500          2

                                    2345        Pedro Nunes           M          1000          4

                                    3765         Maria Lima           F          2000          2

                                    4987         Igor Matos           M          3500          5

                                    9876         Laís Ramos           F          3000          4




                                                      Tabela 16 - Relação Resultante


                                                          Nome              Salario

                                                       Pedro Nunes           1000

                                                       Laís Ramos            3000




                                                       Tabela 17 - Relação Gerente


                                    CPF           Nome           Sexo           Salario     Num_Dep

                                   5678        João Teixeira         M           1800           2

                                   2345        Pedro Nunes           M           1000           4



                          »   A partir da relação Empregado (Tabela 15) e da relação Gerente (Tabela 17),
                              encontre o nome de todos os empregados que não são gerentes. Para isso,
                              poderíamos usar a expressão:
                                                   Π nome (Empregado) - Π nome (Gerente)



14
Banco de Dados



         Outra forma de combinar operações é aplicar uma única operação por vez e criar
relações intermediárias. Neste caso, é preciso dar nomes às relações intermediárias. Por
exemplo, vamos tomar o exemplo anteriormente visto de tomar a relação Empregado como
base (Tabela 15) e dela recuperar o nome e o salário de todos os empregados que trabalham
no departamento 4. Já apresentamos como fazer isso com uma única expressão. Agora,
alternativamente, seria possível explicitar a sequência de operações, dando um nome para
cada relação intermediária:
        Empregados_Dep4 ← ß δ Num_Dep=4(Empregado)
        Π nome, salario (Empregados_Dep4)


Junção

         O operador de junção combina as linhas de duas tabelas (relações) segundo uma ou
mais condições. A condição de junção deve ser baseada em uma ou mais colunas (atributos)
de cada uma das tabelas cujos valores compartilhem um domínio comum. As linhas das
tabelas serão combinadas sempre que a condição de junção for verdadeira. (geralmente
a condição é uma igualdade entre atributos equivalentes). O join é representado pelo
operador binário |x| e o formato geral de utilização é: Relação1 |x| <condição de junção>
Relação2. Por exemplo, Cidade |x| cidade.UF = Estado.UF Estado. Vai combinar os valores
das relações Cidade (Tabela 18) e Estado (Tabela 19), de acordo com a igualdade do atributo
comum às duas relações: a UF. Dessa forma, seria gerada a relação representada na Tabela
20. Veja que a primeira tupla da relação Cidade (vide Tabela 18) não faz parte da relação
resultante, por que ela não tem equivalente na relação Estado (já que está sendo feita a
igualdade com base no atributo UF). Ou seja, tuplas cujos atributos de junção são nulos não
aparecem na relação resultante.

                                    Tabela 18 - Relação Cidade

                           Código            Nome                 Sexo

                             1               Recife                PE

                             2              Manaus                 AM

                             3             João Pessoa             PB




                                    Tabela 19 - Relação Estado


                                      UF              Região

                                      PB           Nordeste

                                      AM               Norte




                                 Tabela 20 - Relação Resultante


           Código         Nome             Cidade.UF           Estado.UF   Região

             2           Manaus              AM                  AM         Norte

             3         João Pessoa            PB                  PB       Nordeste



                                                                                                          15
Banco de Dados



                              Quando a condição de uma junção é a igualdade, a junção é chamada de equijoin.
                      O equijoin gera duas colunas idênticas na relação resultante (vide as colunas UF na Tabela
                      20). Uma Junção Natural é um equijoin onde uma das colunas idênticas é eliminada. Como
                      assim? O operador de junção natural combina as linhas de duas tabelas que tem atributos
                      comuns (mesmo nome), resultando numa tabela que contém apenas as linhas onde todos
                      os atributos comuns apresentam o mesmo valor. Na relação resultante, uma das colunas
                      idênticas é eliminada, evitando a duplicidade.
                               A junção natural equivale a uma seleção precedida de um produto cartesiano.
                      Assim:
                                            Cidade |x| cidade.UF = Estado.UF Estado é equivalente a
                                                    δ cidade.UF = Estado.UF (Cidade x Estado)
                               Se duas relações envolvidas em uma junção natural não têm atributos em comum,
                      então a junção natural produz um resultado igual ao produzido pelo produto cartesiano.

                       » EQUIJOIN: junção onde somente operadores de comparação “=“ são utilizados. Gera colunas
                       idênticas.


                       » JUNÇÃO NATURAL: requer que os dois atributos de junção tenha o mesmo nome em ambas as
                       relações. Nesse tipo de join outras condições podem ser utilizadas além da igualdade. A relação
                       resultante não gera nenhuma duplicidade.



                      Cálculo Relacional

                              O Cálculo Relacional (CR) é uma linguagem de consulta formal. Utilizando-se de uma
                      expressão declarativa pode-se especificar uma consulta. Uma expressão de cálculo permite
                      a descrição da consulta desejada sem especificar os procedimentos para obtenção dessas
                      informações, ou seja, é não-procedural. Contudo, tal consulta deve ser capaz de descrever
                      formalmente a informação desejada, com exatidão.
                               No Cálculo Relacional existem variáveis, constantes, operadores lógicos, de
                      comparação e quantificadores. As expressões de Cálculo são chamadas de fórmulas. Uma
                      tupla de respostas é essencialmente uma atribuição de constantes às variáveis que levam a
                      fórmula a um estado verdadeiro. Existem dois tipos de cálculo relacional: Cálculo Relacional
                      de Tuplas (CRT) e Cálculo Relacional de Domínio (CRD), ambos subconjuntos simples de
                      lógica de primeira ordem. No CRT, as variáveis são definidas sobre (isto é, associam) tuplas.
                      Já em CRD, variáveis são definidas sobre o domínio dos elementos (ou seja, sobre os valores
                      dos campos).
                              Como o cálculo relacional é pouco utilizado, vamos apenas apresentar algumas
                      definições e exemplos, a título informativo, de cada um dos tipos de cálculo. Adicionalmente,
                      é importante saber que todas as expressões de consulta descritas no Cálculo Relacional
                      possuem equivalentes em Álgebra Relacional, que é mais utilizada e possui mais ferramentas
                      para dar suporte a construção de suas expressões.


                      Cálculo Relacional de Tupla

                               O Cálculo Relacional de Tupla (CRT) é baseado na especificação de um número de
                      variáveis de tuplas. Cada variável de tupla pode assumir como seu valor qualquer tupla da
                      relação especificada. Uma consulta em CRT é especificada da seguinte forma:
                               {variável tupla | predicado} ou { t | P(t) } que significa o conjunto de todas as tuplas

16
Banco de Dados



t, tal que o predicado P seja verdadeiro para t. E temos que t é uma variável de tuplas. P é
uma expressão condicional e t.A ou t[A] denota o valor do atributo A da tupla t. O resultado
de tal consulta é o conjunto de todas as variáveis tuplas para as quais o predicado é indicado
como verdadeiro.
        Uma expressão genérica do cálculo relacional de tuplas tem a forma:
              {t1.A1, t2.A2, ..., tn.An | predicado(t1, t2, ..., tn, tn+1, tn+2, ..., tn+m)}
         Onde: t1, t2, ..., tn, tn+1, tn+2, ..., tn+m são variáveis de tuplas, cada Ai é um
atributo da relação na qual ti se encontra e o predicado é uma fórmula do cálculo relacional
de tuplas.
        Uma fórmula é definida, de forma recursiva, por uma ou mais fórmulas atômicas.
Essas fórmulas podem ser conectadas por operadores lógicos (AND, OR ou NOT), como
segue:

    »   Se F1 e F2 são fórmulas atômicas, então (F1 AND F2), (F1 OR F2), NOT (F1) e NOT
        (F2) também o são, tendo seus valores verdade derivados a partir de F1 e F2.



               Relembrando...


                  (F1 AND F2) será TRUE apenas se ambos, F1 e F2, forem TRUE;
              (F1 OR F2) será TRUE quando uma das duas fórmulas F1 e F2, for TRUE;
                            NOT(F1) será TRUE quando F1 for FALSE;
                            NOT(F2) será TRUE quando F2 for FALSE.


    »   Se F1 é uma fórmula atômica, então (Ǝ t)(F1) também o é, e seu valor verdade
        apenas será TRUE se a fórmula F for avaliada como verdadeira para pelo menos
        uma tupla atribuída para ocorrências livres de t (que é uma variável de tupla) em F.
    »   Se F1 é uma fórmula atômica, então (∀ t)(F1) também o é, e seu valor verdade
        apenas será TRUE se a fórmula F for avaliada como verdadeira para todas as tuplas
        atribuídas para ocorrências livres de t em F.
        Adicionalmente, temos:

    »   Uma fórmula atômica ti.A op tj.B, onde op é um dos operadores de comparação no
        conjunto {=, >, <, ≠, >=, <=}, ti e tj são variáveis de tuplas, A é um atributo da relação
        na qual ti se encontra, B é um atributo da relação na qual tj se encontra.
    »   Uma fórmula atômica ti.A op c ou c op tj.B, onde op é um dos operadores de
        comparação no conjunto {=, >, <, ≠, >=, <=}, ti e tj são variáveis de tuplas, A é um
        atributo da relação na qual ti se encontra, B é um atributo da relação na qual tj se
        encontra e c é um valor constante.
        Nos dois casos acima, se as variáveis de tupla forem designadas de forma que
os valores dos atributos especificados satisfaçam o predicado, a fórmula assumirá valor
verdade TRUE.
       Cada uma das fórmulas atômicas anteriormente especificadas tem seu valor
verdade avaliado como TRUE ou FALSE para uma combinação específica de tuplas.




                                                                                                                 17
Banco de Dados




                        Todas as variáveis tuplas abordadas são consideradas variáveis livres (elas aparecem em
                        uma expressão de cálculo relacional à esquerda da barra |), uma vez que estas não aparecem
                        quantificadas. Porém, quando quantificadores (universal (∀) ou existencial (Ǝ)) aparecem nas
                        fórmulas, as variáveis que os sucedem são denominadas variáveis limite.


                                                        Tabela 21 - Relação Empregado

                                      CPF           Nome             Sexo              Salario    Cod_Depto

                                     1234        Ana Gomes            F                 1500          2

                                     2345        Pedro Nunes          M                 1000          4

                                     3765        Maria Lima           F                 2000          2

                                     4987         Igor Matos          M                 3500          5

                                     9876        Laís Ramos           F                 3000          4




                                                      Tabela 22 - Relação Departamento

                                                               Cod          Descricao

                                                                2            Vendas

                                                                4           Suporte

                                                                5           Gerência



                               Vamos dar alguns exemplos para ilustrar. Tomando como base a relação Empregado
                      (vide Tabela 21) e a relação Departamento (vide Tabela 22), suponha as seguintes consultas
                      e como elas ficariam representadas em cálculo relacional de tupla.

                             »   Obtenha todos os empregados cujo salário seja maior que 3000 reais: { t |
                                 EMPREGADO(t) AND t.SALARIO > 3000 }.
                                 Analisando a expressão podemos lê-la da seguinte forma: considere uma tupla t,
                                 ela deve ser uma tupla da relação empregado, cujo atributo salário dessa tupla deve
                                 ser maior que 3000. EMPREGADO(t) é o mesmo que dizer que t ∈ EMPREGADO.
                                 A consulta acima resulta em uma relação que contém todas as tuplas t da relação
                                 EMPREGADO que satisfazem a condição (no caso, salário > 3000).
                               No CRT especificamos primeiro os atributos desejados. Se for usado apenas o t, sem
                      especificação de atributos, todos os atributos da tupla são recuperados. Logo, na consulta
                      acima, seriam recuperados os atributos CPF, Nome, Sexo, Salario e Cod_Depto (vide Tabela
                      21). Agora, suponha que gostaríamos de recuperar apenas os atributos CPF e Nome das
                      tuplas que atendessem a condição. Como faríamos?
                                             { t.CPF, t.Nome | EMPREGADO(t) AND t.SALARIO > 3000 }.
                                 Observe que os atributos desejados são especificados do lado esquerdo da barra
                      (|).

                             »   Vamos a outro exemplo. Obtenha o nome e o salário dos empregados que
                                 trabalham para o departamento de Suporte.
                                    {t.NOME, t.SALARIO | EMPREGADO(t) AND (Ǝ d) (DEPARTAMENTO (d) AND


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Banco de Dados



                 d.DESCRICAO = ‘Suporte’ AND d.COD = t.COD_DEPTO)}

        Analisando a expressão podemos lê-la da seguinte forma: obtenha o nome e o
        salário de todas as tuplas da relação empregado e exista um departamento d, cuja
        descrição seja ‘Suporte’ e o código desse departamento de nome ‘Suporte’ seja
        igual ao código do departamento da tupla sendo avaliada na relação Empregado.
       Vamos exemplificar agora o quanto o CRT pode ser representado facilmente por
uma expressão da álgebra relacional, levando em conta a relação Empregado (Tabela 21).

    »   Recupere o CPF e o nome de todos os empregados.
                           Em CRT: { t.CPF, t.Nome | EMPREGADO(t) }
                       Em Álgebra Relacional: π CPF, Nome (Empregado)

    »   Recupere todos os empregados do sexo masculino
                        Em CRT: { t | EMPREGADO(t) AND t.SEXO = ‘M’ }
                        Em Álgebra Relacional: δ Sexo = ‘M’ (Empregado)


Cálculo Relacional de Domínio (CRD)

         Trata-se de uma segunda forma de cálculo relacional, equivalente ao CRT. Essa
forma usa variáveis de domínio que tomam valores do domínio de um atributo, em vez de
valores da tupla inteira. Uma expressão neste cálculo tem a forma:
                         { <x1, x2, ... , xn > | Predicado (x1, x2, ..., xn) }
        onde x1, x2, ..., xn representam variáveis de domínio e Predicado representa uma
fórmula composta de átomos, como no cálculo relacional de tupla.
         A diferença básica entre CRT e CRD é que neste último as variáveis estendem-se
sobre valores únicos de domínios de atributos. Para formar uma relação de grau n para
um resultado de consulta, faz-se necessário criar n variáveis de domínio, uma para cada
atributo. Como em CRT, as fórmulas são avaliadas em valores verdade para um conjunto
específico de valores.
       A seguir, para fins de comparação e para ilustrar o CRD, seguem em CRD os mesmos
exemplos de consultas já escritos em CRT.

                               Tabela 23 - Relação Empregado


           a               b                  c                  d                   e

          CPF            Nome               Sexo              Salario            Cod_Depto

         1234         Ana Gomes               F                1500                  2

         2345         Pedro Nunes            M                 1000                  4

         3765          Maria Lima             F                2000                  2

         4987          Igor Matos            M                 3500                  5

         9876          Laís Ramos             F                3000                  4




                                                                                                              19
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                                                       Tabela 24 - Relação Departamento

                                                             m                 n

                                                            Cod            Descricao

                                                             2              Vendas

                                                             4             Suporte

                                                             5             Gerência



                                    Tomando como base as tabelas 23 e 24 que representam, respectivamente, as
                           relações Empregado e Departamento (note que cada coluna dessas relações recebeu uma
                           letra para referenciar o domíno do atributo representado por cada coluna), podemos
         Comentário        realizar as seguintes consultas:

                               »   Obtenha todos os empregados cujo salário seja maior que 3000 reais: { t |
1
 Observe que as letras             EMPREGADO(t) AND t.SALARIO > 3000 }.
à esquerda da barra
(|) representam o                               { abcde1 | (Ǝ d2) EMPREGADO(abcde) AND d > 3000 }
domíno dos atributos
desejados (vide                »   Se na consulta anterior quiséssemos recuperar apenas o CPF e o nome dos
Tabela 23), como                   empregados, teríamos:
conseqüência, eles
referenciam as colunas                             { ab | (Ǝ d) EMPREGADO(abcde) AND d > 3000 }
desejadas.
                               »   Obtenha o nome e o salário dos empregados que trabalham para o departamento
                                   de Suporte.
         Comentário                  { bd | (Ǝ e) (Ǝ m)(Ǝ n) (EMPREGADO(abcde) AND DEPARTAMENTO(mn) AND
                                                           n = ‘Suporte’ AND m = e) }
2
 Somente é
necessário quantificar
as variáveis que           Considerações Finais
participam de uma
condição.
                                   A álgebra relacional é uma forma de cálculo sobre conjuntos ou relações. Uma
Ou seja, só usamos o       aplicação prática da álgebra relacional é na execução de consultas a bancos de dados
operador existencial Ǝ
na variável de domínio
                           relacionais. A álgebra relacional recebia pouca atenção até a publicação do modelo
d, porque apenas essa      relacional de dados de E.F Codd, em 1970. Codd propôs tal álgebra como uma base para
variável é usada na        linguagens de consulta em banco de dados. As operações da álgebra relacional podem ser
condição expressa no
                           resumidas de forma ilustrada na Figura 2.
predicado (d > 3000)




    20
Banco de Dados




                     Figura 2 - Resumo das Operações da Álgebra Relacional



         O Cálculo Relacional é uma linguagem formal, não-procedural, para consulta a
relações. A álgebra relacional tem poder de expressão essencialmente equivalente ao do
cálculo relacional, esse resultado é conhecido como teorema de Codd. Em geral, a álgebra
relacional é bem mais utilizada do que o cálculo relacional.


             Conheça Mais


        Para obter mais informações sobre o assunto estudado nesse capítulo você pode
consultar qualquer um dos livros listados a seguir. Todos eles possuem capítulos dedicados a
Álgebra Relacional e o Cálculo Relacional (de Tupla e de Domínio):

        KORTH, Henry F; SILBERSCHATZ, Abraham; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de
        dados. Traduzido por Daniel Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier;Campus, 2006.
        ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. Sistemas de banco de dados. 4a. ed. São
        Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005.
        DATE, C. J. Introdução a sistemas de bancos de dados. Rio de Janeiro: Campus,
        2000.
        ALVES, W.P. Fundamentos de Bancos de Dados. Editora Érica, 2004.




                                                                                                           21
Banco de Dados




                                     Você Sabia?


                        O Cálculo relacional dependendo do autor pode ter sua notação ligeiramente modificada. A
                        notação que fizemos uso nesse capítulo é a notação de Navathe (ELMASRI e NAVATHE, 2005).
                        Porém, existe também a notação de Korth (KORTH, SILBERSCHATZ e SUDARSHAN, 2006). Para
                        ilustrar as diferenças, vamos repetir a mesma consulta anteriormente realizada:
                        » Obtenha o nome e o salário dos empregados que trabalham para o departamento de
                        Suporte. Na notação de Navathe, que já utilizamos, ficaria:
                          {bd | (Ǝ e) (Ǝ m) (Ǝ n) (EMPREGADO(abcde) AND DEPARTAMENTO(mn) AND n = ‘Suporte’
                                                               AND m = e)}
                                    Já na notação de Korth, a mesma sentença ficaria da seguinte forma:
                                {<b, d> | <b, d> � empregado ∧ departamento(mn) ∧ n = “Suporte” ∧ m = e)}
                        Veja que o formato geral da expressão muda um pouco, mas o que muda mesmo é a simbologia
                        dos operadores lógicos: AND (∧), OR (∨), NOT (¬), a forma de expressar as variáveis de tupla
                        (observe o começo das duas expressões e veja a diferença) e ao invés de aspas simples em
                        constantes, usa-se aspas duplas.




                                   Aprenda Praticando


                              Como a álgebra relacional é mais utilizada, vamos avaliar alguns exercícios
                      resolvidos para que, logo depois, você possa resolver os seus exercícios sozinho.

                          1) Tome como base os esquemas das tabelas 25 e 26 e mostre como ficariam as
                             consultas, a seguir, em álgebra relacional.

                                                         Tabela 25 - Relação Devedor

                                             Nome             Num_Emprestimo             Sexo

                                           Ana Gomes                 01                   F

                                          Pedro Nunes                03                   M

                                           Maria Lima                05                   F



                                                        Tabela 26 - Relação Empréstimo

                                            Agencia           Num_Emprestimo             Valor

                                              3456                   01                  1500

                                              2123                   03                  5000

                                              2123                   05                  2500



                              Em geral, na realização de consultas as operações mais utilizadas são a projeção
                      (representada pelo símbolo π) que seleciona quais colunas (atributos) se deseja na relação
                      resultante e a seleção (representada pelo símbolo δ) que seleciona quais tuplas da relação
                      atendem a uma determinada condição. Se a projeção não for utilizada, todos os atributos da
                      relação original farão parte da relação resultante. Quando necessitamos de dados que estão


22
Banco de Dados



em duas relações diferentes, devemos utilizar a operação de junção |x|.

    »   Apresentar os dados de todos os devedores do sexo feminino. Cada vez que
        desejamos selecionar tuplas da relação de acordo com uma determinada condição,
        usamos a seleção.
        δ sexo = ‘F’ (devedor)

    »   Apresentar o nome e o número do emprestimo de todos os devedores do sexo
        masculino. Como é especificado o que deve ser mostrado – nome e número
        empréstimo – é necessário usar a projeção antes da seleção)
        π nome,num_emprestimo (δ sexo = ‘M’ (devedor))

    »   Mostrar o nome das pessoas que possuem empréstimo acima de três mil reais
        na agência 2123. Como o nome da pessoa está na relação devedor e o valor do
        empréstimo na relação empréstimo, é necessário fazer a junção dessas duas
        relações, para ser possível selecionar o que foi pedido. A junção é feita equiparando
        os atributos que as relações têm em comum.
        π nome (δ valor > 3000 and agencia = 2123 (Devedor |x| devedor.num_emprestimo
        = empréstimo.num_emprestimo Emprestimo))
    »   Apresentar as pessoas cujo número do empréstimo é igual a 5 e o número da
        agência é igual a 2123 ou que o número do empréstimo seja igual a 3 e o valor do
        empréstimo maior do que 1000 reais. É um caso de seleção onde é necessário usar
        operadores lógicos para montar as condições.
        δ (num_emprestimo = 5 and agencia = 2123) or (num_emprestimo = 3 and valor >
        1000) (Emprestimo))




               Atividades e Orientações de Estudo


        Agora vamos exercitar o que foi estudado neste capítulo. Assim sendo, faça as
atividades sugeridas a seguir. Lembre que exercitar vai lhe ajudar a fixar melhor o conteúdo
estudado. Mãos à obra!




               Atividades Práticas                                                                    Dica

                                                                                                3
                                                                                                  No Word, a
                                                                                                simbologia usada na
        Responda as questões a seguir em um documento de texto (doc)3 e poste as
                                                                                                álgebra relacional
respostas no ambiente virtual, no local indicado. Esse trabalho deve ser feito em DUPLA.        pode ser inserida no
                                                                                                documento através
         Especifique usando a álgebra relacional as consultas a seguir, tomando como base       do seguinte caminho:
as relações cujos esquemas estão representados a seguir.                                        Inserir -> Símbolo,
                                                                                                fazendo uso da fonte
                                                                                                Symbol (daí você
    EMPREGADO                                                                                   escolhe na tabela
                                                                                                que é apresentada o
    CPF (PK)      Nome       DtNasc      Endereco      Sexo     Salario    Cod_Dep (FK)         símbolo apropriado)




                                                                                                                 23
Banco de Dados




                           DEPARTAMENTO

                               Cod_Dep (PK)          Descricao          CPF_Gerente (FK)      Dt_Inicio_Gerencia



                                        PROJETO

                                          Cod_Proj (PK)          Nome_Proj          Cod_Dep (FK)



                                          ALOCACAO

                                              CPF (PK)           Cod_Proj (PK)        Horas


                               DEPENDENTE

                                   CPF (PK)        Nome_Depen                Sexo              Parentesco



                          a) Recuperar os nomes de empregados do departamento 6 que trabalham mais que
                             20 horas no projeto chamado ‘Star Project’.
                          b) Listar os nomes dos empregados que tenham um dependente com o mesmo nome
                             deles.
                          c) Recuperar os códigos e os nomes dos projetos do departamento de nome
                             “Pesquisa”.
                          d) Listar o nome do projeto, do departamento ao qual ele pertence e o nome dos
                             empregados deles.
                          e) Recuperar os nomes dos empregados que trabalham em todos os projetos.
                          f) Recuperar os nomes dos empregados que não trabalham em quaisquer projetos.
                          h) Recuperar o nome e o sexo de todos os dependentes do empregado de CPF de
                             número 12345.
                          i)   Recuperar o nome e a quantidade de horas trabalhadas por cada empregado em
                               cada projeto do qual faz parte.




                                    Vamos Revisar?


                               Você estudou, neste capítulo, formas de acessar e manipular os dados armazenados
                      em um banco de dados, fazendo uso de linguagens formais tais como a álgebra relacional e
                      o cálculo relacional (tanto de tupla, quanto de domíno). A maneira de raciocionar fazendo
                      uso dessas linguagens irá facilitar a compreensão do uso da linguagem comercial a ser
                      estudada nos capítulos seguintes: a SQL. Até lá!




24
Banco de Dados




         Capítulo 11


    O que vamos estudar neste capítulo?

    Neste capítulo, vamos estudar os seguintes temas:

»   A Linguagem SQL.
»   Subdivisões da SQL.
»   Como criar um Banco de Dados usando SQL.

    Metas

    Após o estudo deste capítulo, esperamos que você:

»   Conheça a linguagem SQL.
»   Conheça as subdivisões da linguagem.
»   Consiga criar e manter a estrutura de um banco de dados usando SQL.
»   Consiga criar índices para um banco de dados.




                                                                                           25
Banco de Dados




                      Capítulo 11 – Criando e Mantendo um
                      Banco de Dados


                                   Vamos conversar sobre o assunto?


                               “No capítulo anterior vimos linguagens formais para consulta a banco de dados
                      relacionais. Porém, na área comercial, essas linguagens não são muito utilizadas, ao invés
                      delas, são usadas linguagens comerciais para criação, manutenção e consulta a banco de
                      dados. Entre essas linguagens, a SQL (Structured Query Language) é a mais utilizada. Por
                      isso mesmo, a interface SQL é implementada em todos os sistemas de bancos de dados
                      relacionais existentes. É justamente sobre a SQL que estudaremos nesse capítulo e no
                      capítulo seguinte.”



                              Neste capítulo, começaremos estudando a linguagem comercial SQL, com o
                      objetivo de ter um conhecimento geral sobre a linguagem e criar e manter esquemas de
                      bancos de dados relacionais. Adicionalmente, também apresentaremos como criar índices
                      para esses esquemas. Vamos lá?



                      A SQL
                              SQL ou Structured Query Language (Linguagem de Consulta Estruturada) é uma
                      linguagem de consulta declarativa, não-procedural, fundamentada na álgebra e no cálculo
                      relacional de tupla. Apesar de ser chamada linguagem de consulta (Query), ela não é apenas
                      de consulta, ela inclui comandos para definição, manutenção e consulta em bancos de dados
                      relacionais. Além disso, ela define mecanismos para criação de visões, especificações de
                      segurança, autorizações, definições de restrições e controle de transações. Adicionalmente,
                      ela possui regras para embutir os comandos SQL em linguagens de programação genéricas
                      como Java, PHP, C# ou C/C++.
                               A SQL foi desenvolvida pelo laboratório da IBM, nos anos 70, como parte do
                      sistema System R (o primeiro SGBD relacional). Ela foi, inicialmente, chamada de SEQUEL
                      (Structured English Query Language), mas teve seu nome alterado para SQL por razões
                      Jurídicas. Em 1986, em um esforço conjunto da ANSI (American Nacional Standars Institute)
                      e da ISO (International Standards Organization) criou-se a primeira versão padrão da SQL, a
                      SQL-86 (SQL1), substituída posteriormente pela SQL-92 (SQL2) e depois pela SQL-99 (SQL3).
                      O atual projeto da SQL é o padrão 200n.
                              A SQL padrão é suportada por todos os SGBDs relacionais comerciais. Porém,
                      mesmo padronizada, existem variações, ou seja, cada fornecedor pode incluir comandos
                      próprios na SQL utilizada pelo seu SGBD. Em outras palavras, cada implementação do SQL
                      de cada fornecedor possui os comandos do SQL padrão (também chamado SQL ANSI)
                      e, também, algumas adaptações para resolver certas particularidades. Para conhecer
                      o conjunto completo de comandos SQL de um determinado fornecedor (ex: Oracle),
                      recomendamos a leitura do manual do fabricante. A vantagem de fazer uso apenas do SQL
                      padrão é não ter problemas com migração de SGBD para SGBD. Por exemplo, se você fazia
                      uso de SQL Server e, depois, migrou para o uso do Oracle, se fez uso apenas do SQL padrão,


26
Banco de Dados



não haverá problemas ou necessidade de adaptações.
        O SQL usado nesta disciplina será o baseado no Padrão ANSI e nenhuma
característica específica de SGBD será abordada. Dessa forma, para praticar os comandos de
SQL aqui ensinados, você poderá fazer uso de qualquer SGBD comercial.


Subdivisão da SQL

         A SQL é composta por grupos de instruções que são utilizadas no processo de
administração e controle de bancos de dados. Esses grupos serão descritos a seguir (vide
Figura 3).

    »   DDL (Data Definition Language - Linguagem de Definição de Dados) - as instruções
        do tipo DDL permitem efetuar a criação das estruturas (esquemas) de tabelas
        (relações) onde os dados serão armazenados, índices e os bancos de dados como
        um todo. Permitem também efetuar alterações nas estruturas criadas, bem
        como remover estruturas existentes. Neste grupo estão as instruções: CREATE
        TABLE, DROP TABLE, ALTER TABLE, CREATE INDEX e DROP INDEX. O resultado da
        compilação dos parâmetros/comandos DDL geram os dicionários de dados (arquivo
        de metadados). Adicionalmente, a DDL inclui comandos para definição de visões e
        para especificação de direitos de acesso às relações/visões.




                                Figura 3 - Subdivisões da SQL



    »   DML (Data Manipulation Language - Linguagem de Manipulação de Dados) - as
        instruções do tipo DML permitem efetuar a manipulação dos dados que estejam
        armazenados nas tabelas de um determinado banco de dados. Desta forma é
        possível cadastrar, alterar e excluir registros (tuplas) existentes. Neste grupo
        encontram-se as instruções: INSERT, SELECT, UPDATE e DELETE. De todos os
        comandos existentes, o comando SELECT é o mais importante e utilizado, pois é
        com ele que se obtém a extração de informações a partir do banco de dados.
    »   DCL (Data Control Language - Linguagem de Controle de Dados) – as instruções
        do tipo DCL permitem controlar o acesso e os privilégios dos usuários às relações e
        visões, protegendo os dados de manipulações não autorizadas;
    »   TML (Transactions Manipulation Language - Linguagem de Manipulação de
        Transações) – as intruções do tipo TML especificam as transações através de
        comandos de iniciação e finalização das mesmas, garantindo o compartilhamento e
        a integridade dos dados.

                                                                                                          27
Banco de Dados



                                   Nesta disciplina apenas abordaremos a DDL e a DML.


                           Tipos de Dados

                                    Antes de entrar nos comandos propiamente ditos da SQL, vale a pena comentar
                           sobre tipos de dados. Para definir os atributos das tabelas, precisamos definir os domínios
                           de cada um deles. Isso é feito através da especificação do tipo do dado. Nesse ponto é
                           importante ressaltar que cada SGBD tem um conjunto próprio de tipos de dados. Mas,
                           podemos dizer que, genericamente, vamos encontrar na maioria dos SGBDs tipos como:

                               »   Char(X): Para dados caracteres, onde X é o tamanho máximo permitido de caracteres
                                   e esse tamanho é fixo. Ou seja, se for especificado, por exemplo, um tamanho de
                                   50 caracteres, sempre será ocupado na memória 50 posições, independente da
                                   palavra sendo armazenada.
                               »   Varchar(X): Idem o anterior, mas o tamanho armazenado é variável. Se ocupará
                                   memória apenas para o que for digitado, tendo o X apenas como referência para
                                   tamanho máximo.
                               »   Integer : Para dados numéricos inteiros positivos ou negativos
                               »   Decimal(X,Y): Pada dados numéricos decimais, onde X é o tamanho máximo
                                   permitido da parte inteira e Y é o tamanho máximo da parte fracionária
                               »   Date: Para datas. Seu formato depende do SGBD relacional. E cada SGBD pode ter
                                   um tipo diferenciado para armazenamento de datas.
                               »   Logical: Para os valores lógicos TRUE ou FALSE.


                           Comandos SQL para Definição de Dados (DDL)

                                   A DDL serve para expressar a especificação do esquema do BD. O resultado da
                           compilação dos parâmetros DDLs é um conjunto de tabelas que são armazenadas em um
                           arquivo especial chamado dicionário de dados4.
         Comentário               Os comandos SQL para definição de dados são: CREATE, DROP e ALTER. Vamos
                           dar uma olhada em cada um desses comandos, a seguir e, para exemplificar o uso deles,
4
 Relembrando: o            vamos tomar a modelagem da Figura 4 como base. Nela temos especificado o MER para
Dicionário de Dados        uma Editora.
é um arquivo de
metadados (dados a
respeito de dados)
no SGBD. Ou seja, ele
contém a semântica
dos dados do BD (o
que eles significam).




                                                       Figura 4 - Modelo base para exemplos



                                   O MR para este diagrama é o seguinte (baseado nas regras de conversão do MER
                           para o MR, anteriormente vistas):

    28
Banco de Dados



          AUTOR (CodAutor (PK), Nome, Nascimento)
          LIVRO (TitLivro (PK), CodAutor (FK), CodEditora (FK), Valor,Publicacao, Volume,
          Idioma)
          EDITORA (CodEditora (PK), Razao, Endereco, Cidade)


DDL - Criando Tabelas

        O comando CREATE TABLE especifica uma nova tabela (relação), dando o seu nome
e especificando as colunas (atributos), cada uma com seu nome, tipo e restrições iniciais.
       A forma geral do comando é: create table nome_tabela. Por exemplo: create table
Empregado. Porém, a sintaxe completa do comando é bem mais detalhada:

    CREATE TABLE Nome_Tabela (
           Nome_Atributo1 Tipo [(Tamanho)] [NOT NULL] [DEFAULT valor] [...],
           [,Nome_Atributo2 Tipo [(Tamanho)] [NOT NULL] [DEFAULT valor] [...],
           [PRIMARY KEY (Primária1[, Primária2 [, ...]])]
           [UNIQUE (Candidata1[, Candidata2[, ...]])]
           [FOREIGN KEY (Estrangeira1[, Estrangeira2 [, ...]]) REFERENCES
                  TabelaExterna [(AtributoExterno1 [, AtributoExterno2 [, ...]])]
           [CHECK (condição)]
      )
       Onde : ( ) Indica parte da sintaxe do comando e [ ] Indica opcionalidade do comando.
Vamos explicar agora cada parte do comando completo.
          Nome_Atributo - nome do atributo que está sendo definido
          Tipo: domínio do atributo ou seja o tipo do dado do atributo.
        Tamanho : alguns tipos de dados necessitam de especificação do tamanho do dado.
Por exemplo, o tipo CHAR
          NOT NULL: expressa que o atributo não pode receber valores nulos
       DEFAULT valor: indica um valor a ser atribuído ao atributo caso não seja
determinado um valor durante a inserção
        PRIMARY KEY (Primária1, Primária2, ...) – serve para especificar a(s) chave(s)
primária(s) da tabela.
         UNIQUE: indica que o atributo tem valor único na tabela. Qualquer tentativa de se
introduzir uma linha na tabela contendo um valor igual ao do atributo será rejeitada. Serve
para indicar chaves secundárias (chaves candidatas). Em Candidata1, Candidata2 devem ser
especificados os atributos que terão esse valor único na tabela.
         FOREIGN KEY (Estrangeira1[, Estrangeira2 [, ...]]) REFERENCES TabelaExterna
[(AtributoExterno1 [, AtributoExterno2 [, ...]]) – serve para especificar os atributos que
são chaves estrangeiras na relação, já relacionando-os às tabelas onde eles são chave
primária (Integridade Referencial). Em Estrangeira1, Estrangeira2, ... especificam-se os
atributos que são chave estrangeira. Em TabelaExterna se especifica o nome da tabela onde
o atributo é chave primária e, por fim, o nome desse atributo nessa TabelaExterna (porque
os atributos na relação e na tabela externa original podem ter nomes diferentes). Se os
atributos da relação e da tabela externa tiverem o mesmo nome, esses AtributoExterno1,


                                                                                                          29
Banco de Dados



                           AtributoExterno2, ... não precisam ser especificados.
                                   CHECK (condição) – aqui são especificadas condições que devem ser checadas na
                           inserção de dados na tabela (validações).
                                    Vamos agora dar exemplos de uso dessa sintaxe tomando o nosso modelo base
         Comentário
                           (Figura 4). Primeiro, vamos criar as tabelas Autor e Editora que são tabelas simples (sem
                           chaves estrangeiras ou checagens a serem feitas):
5
 Como tipo de
dados estamos                  CREATE TABLE AUTOR(
deduzindo os tipos
possíveis baseados na              CodAutor INTEGER NOT NULL,
explicação da seção
anterior sobre tipos de            Nome CHAR(50)5 NOT NULL,
dados.
                                   Nascimento DATE NOT NULL,
                                   PRIMARY KEY (CodAutor),
         Comentário
                                   UNIQUE (Nome) );

6
  Valor será do tipo           CREATE TABLE EDITORA(
DECIMAL, ou seja,
                                   CodEditora INTEGER NOT NULL,
um valor de ponto
flutuante, tendo 3                 Razao CHAR(50),
casas na parte inteira e
duas casas decimais.               Endereco CHAR(50),
                                   Cidade CHAR(30)
         Comentário                PRIMARY KEY(CodEditora ));
                                   Agora, podemos partir para a definição da tabela Livro que faz uso das duas tabelas
7
  Aqui está sendo
especificado o valor
                           anteriormente definidas:
default para o atributo
                               CREATE TABLE LIVRO(
idioma. Se esse campo
não for informado, o               Titulo CHAR(50) NOT NULL,
valor “Português” será
assumido.                          CodAutor INTEGER NOT NULL,
                                   CodEditora INTEGER NOT NULL,
         Comentário                Valor DECIMAL(3.2)6,
                                   Publicacao DATE,
8
 Veja que está
sendo especificada                 Volume INTEGER,
uma chave primária
composta, uma vez                  Idioma CHAR (15) DEFAULT = ‘Português’ 7,
que dois atributos
fazem parte da                     PRIMARY KEY (Titulo, CodAutor8),
especificação.
                                   FOREIGN KEY (CodAutor) REFERENCES AUTOR9,
                                   FOREIGN KEY (CodEditora) REFERENCES EDITORA,
         Comentário
                                   CHECK Valor > 10.010);
9
 Veja que estamos                  Só pra ilustrar melhor o uso da cláusula CHECK vamos dar outro exemplo de criação
espeficifando que          de tabela, fora do exemplo do modelo base (Figura 4). Suponha que desejamos criar a tabela
CodEditora é chave         estudante que contenha os atributos matricula, nome e nível.
estrangeira na tabela
sendo definida e é um              CREATE TABLE estudante (
atributo pertencente
a tabela Autor (sendo                       matricula char(10) NOT NULL,
chave primária nessa
outra tabela – tabela                       nome char(15) NOT NULL,
externa)
                                            nivel char(15) NOT NULL,


    30
Banco de Dados



                  PRIMARY KEY (matricula),
                  CHECK (nivel IN (“Bacharelado”, ”Mestrado”, ”Doutorado”)))11

 O SQL-89 obrigava os atributos da chave primária a serem declarados como NOT NULL e UNIQUE.               Comentário
 SQL-92 e posteriores já assumem essas condições, assim, sua declaração é redundante.
                                                                                                    10
                                                                                                       Aqui é especificado
        Uma cláusula FOREIGN KEY pode incluir regras de remoção / atualização:                      que os livros que
                                                                                                    forem criados devem
    FOREIGN KEY (coluna) REFERENCES tabela                                                          ter seu valor maior
                                                                                                    que 10. Essa é uma
        [ON DELETE {RESTRICT | CASCADE | SET NULL | SET DEFAULT}]                                   validação que será
                                                                                                    feita a cada inserção /
        [ON UPDATE {RESTRICT | CASCADE | SET NULL | SET DEFAULT}]
                                                                                                    alteração de dados na
        Suponha que T2 tem uma chave estrangeira para T1, ou seja, tem um atributo que              tabela.
é chave primária em T1. Vejamos as cláusulas ON DELETE e ON UPDATE

    ON DELETE                                                                                              Comentário

        RESTRICT: (default) significa que uma tentativa de se remover uma linha de T1               11
                                                                                                      Veja que aqui
        falhará se alguma linha em T2 combinar com a chave da tupla de T1 que está sendo            estamos especificando
        deletada.                                                                                   os valores possíveis
                                                                                                    para o atributo nível.
        CASCADE: a remoção de uma linha de T1 implica em remoção de todas as linhas de
        T2 que combinam com a chave da tupla de T1 sendo deletada.
                                                                                                           Comentário
        SET NULL: remoção de T1 implica em colocar NULL em todos os atributos de T2 que
        sejam chave estrangeira e estejam relacionados com a tupla sendo deletada em T1.
                                                                                                    12
                                                                                                       O valor default para
        SET DEFAULT: remoção de linha em T1 implica em colocar valores DEFAULT nos                  o departamento é 1.
        atributos da chave estrangeira de cada linha de T2 que combina
    ON UPDATE                                                                                              Comentário
        RESTRICT: (default) a atualização de um atributo de T1 falha se existem linhas em
        T2 combinando com a tupla sendo modificada.                                                  A chave primária é a
                                                                                                    13

                                                                                                    matrícula.
        CASCADE: a atualização de atributo em T1 implica que linhas que combinam em T2
        também serão atualizadas
                                                                                                           Comentário
        SET NULL: a atualização de T1 implica que valores da chave estrangeira em T2, nas
        linhas que combinam com a tupla de T1 sendo atualizada, são postos para NULL.               14
                                                                                                       Veja que aqui o
                                                                                                    atributo da tabela
        SET DEFAULT: a atualização de T1 implica que valores da chave estrangeira de T2             sendo definida tem
        nas linhas que combinam terão valores default aplicados.                                    nome diferente do
                                                                                                    atributo na sua tabela
        Vamos dar um exemplo de uso dessas cláusulas:                                               externa de origem.
                                                                                                    Por isso, o nome do
    CREATE TABLE empregado (
                                                                                                    atributo na tabela
         matricula char(10) NOT NULL,                                                               externa precisa ser
                                                                                                    especificado.
         nome char(15) NOT NULL,
         cod_depto INT NOT NULL DEFAULT 112,                                                               Comentário
         PRIMARY KEY(matricula) ,    13

                                                                                                    15
                                                                                                       Aqui é especificado
         FOREIGN KEY(supervisor) REFERENCES Empregado(matricula)14
                                                                                                    que, se a tupla que
                 ON DELETE SET NULL15                                                               contém a matrícula
                                                                                                    sendo utilizada nesta
                 ON UPDATE CASCADE16,                                                               tabela for deletada, o
                                                                                                    atributo SUPERVISOR
         FOREIGN KEY (cod_depto) REFERENCES Departamento(codigo)                                    deverá receber o valor
                                                                                                    NULL.
                 ON DELETE SET DEFAULT17


                                                                                                                       31
Banco de Dados



                                            ON UPDATE CASCADE);


                           DDL - Alterando Tabelas

                                   O comando ALTER TABLE permite inserir/eliminar/modificar colunas nas tabelas já
                           existentes, modificando a estrutura das mesmas. A sintaxe básica desse comando é:

                               ALTER TABLE Tabela {
                                    ADD (NomeNovoAtributo NovoTipo [BEFORE Nome_Atributo] [, ...] ) |
       Comentário
                                    DROP (Nome_Atributo [, ...] ) |
16
  Aqui é especifricado              MODIFY ( Nome_Atributo NovoTipo [ NOT NULL ] [DEFAULT, ... ] )
que, se a matrícula for
atualizada na tabela           }
de origem, todas as               Onde: | Indica escolha de várias opções e { } Indica obrigatoriedade de escolha de
tuplas da tabela onde
o atributo é chave         uma opção entre as várias. Agora, vamos explicar cada parte do comando.
estrangeira devem ser
atualizadas também.                Adicionando um novo atributo (nova coluna) na Tabela

                                   ADD (NomeNovoAtributo NovoTipo [BEFORE Nome_Atributo] [, ...] ) |
                                   Usando o ADD é possível adicionar um novo atributo na Tabela. Dessa forma, o novo
       Comentário          atributo deve ser especificado (nome e tipo). É possível ainda dizer antes de qual atributo
                           se deseja que esse novo atributo seja inserido (BEFORE nome_atributo). Por exemplo, se
17
   Aqui é especificado     desejássemos adicionar o campo E-MAIL na tabela Autor, do nosso exemplo base (Figura 4),
que, se a tupla que        usaríamos:
contém o código do
departamento sendo                 ALTER TABLE AUTOR ADD EMAIL CHAR(40);
utilizado nesta tabela
for deletada, o atributo
cod_depto deverá
receber o valor default
especificado para este                    Observação
atributo. No caso, o
número 1.
                             Os novos atributos terão valores nulos em todas as linhas. Por isso, não se pode usar NOT NULL
                             juntamente com ADD (na definição do novo atributo), quando a tabela já contiver registros
                             (lembre, com o uso de ADD a nova coluna é carregada com NULL’s).


                                   Deletando um atributo (uma coluna) da Tabela

                                   DROP (Nome_Atributo [, ...] ) |
                                   Para usar a cláusula DROP é necessário apenas especificar o nome do atributo que
                           se deseja remover da tabela. Porém, atenção, a cláusula DROP não remove atributos da
                           chave primária. Por exemplo, se desejássemos eliminar o campo E-MAIL (anteriormente
                           adicionado) da tabela Autor, usaríamos:
                                   ALTER TABLE AUTOR DROP EMAIL;
                                   A cláusula DROP pode ser usada com algumas configurações adicionais:
                                   DROP Nome_Atributo [CASCADE | RESTRICT] onde:

                                   CASCADE: removeria o atributo de todos os lugares onde ele estivesse sendo usado
                                   (outras tabelas como chave estrangeira e em visões).
                                   RESTRICT: não permitiria a remoção do atributo se este estivesse sendo usado em
                                   uma visão ou como chave estrangeira em outra tabela.


 32
Banco de Dados



        Ex: ALTER TABLE AUTOR DROP EMAIL RESTRICT;

        Modificando um atributo (uma coluna) da Tabela
                                                                                                           Comentário
        MODIFY18 ( Nome_Atributo NovoTipo [ NOT NULL ] [, ... ] )
       Esta cláusula serve para modificar as informações de um atributo como, por
                                                                                                     18
                                                                                                       Em alguns SGBDs
                                                                                                     ao invés de MODIFY
exemplo, seu tamanho, sua nulidade, etc. Quando se altera o tipo de dados de uma coluna,
                                                                                                     é usada a cláusula
os dados são convertidos para o novo tipo. Por exemplo, se desejássemos modificar o                  ALTER.
campo E-MAIL na tabela Autor, diminuindo seu tamanho de 40 para 30, usaríamos:
        ALTER TABLE AUTOR MODIFY EMAIL CHAR(25);
        O detalhe é que, se se diminuir o tamanho de um atributo do tipo CHAR, os dados
existentes serão truncados, havendo assim, perda de informação.


DDL – Criando e Removendo Índices

         Índices são estruturas que permitem agilizar a busca e ordenação de dados em
tabelas. Para criar um índice em uma tabela existente usamos o comando CREATE INDEX. A
sintaxe completa desse comando é:

    CREATE [UNIQUE] INDEX Nome_Indice ON
             Nome_Tabela (Nome_Atributo1 [, Nome_Atributo2…])
         Neste comando devemos especificar se o índice deve ser único (UNIQUE), ou seja,
não deve permitir repetições (restrição de chaves) ou se será apenas um índice usado para
acelerar a busca entre as tuplas da tabela. Depois, devemos especificar o nome do índice
(Nome_Indice), a qual tabela ele vai pertencer (Nome_Tabela) e qual(ais) atributo(s) fará                  Comentário
(ão) parte do índice. Por exemplo, se desejássemos criar um índice para o campo código do
autor da tabela Autor, usaríamos:                                                                    19
                                                                                                       Foi usado o sufixo
                                                                                                     IDX para indicar que
        CREATE UNIQUE INDEX CodigoIDX ON Autor (CodAutor);
                                            19
                                                                                                     é um índice para o
        Agora, se desejássemos criar um índice para pesquisar pelo código do autor e pelo            código do autor.
código da editora ao mesmo tempo, usaríamos:
        CREATE INDEX AutorEditoraIDX ON Livro (CodAutor,CodEditora);
        O default é indexar em ordem ascendente, se quisermos uma ordem descendente                        Comentário
devemos adicionar palavra DESC depois do nome do atributo (no final do comando). Por
exemplo, suponha que se deseja pesquisar os autores pelo seu nascimento. Mas das datas               20
                                                                                                        Foi usado o sufixo
maiores (mais rescentes) para as menores (mais antigas). Assim, ficaríamos com:                      IDX para indicar que é
                                                                                                     um índice para o nome
        CREATE INDEX NascIDX20 ON Autor (Nascimento) DESC;                                           do autor.




              Observação


  Uma consulta que envolva atributos indexados é realizada com um tempo de execução melhor
  do que com atributos não-indexados. Agora, cuidado, você também não pode indexar TODOS os
  atributos de uma tabela. Você deverá usar o bom-senso para escolher quais aqueles que serão
  indexados de acordo com o problema sendo modelado e a freqüência de uso do atributo em
  consultas.


        Alguns SGBDs (por exemplo, o Oracle) criam, automaticamente, índices para as
chaves primárias das tabelas, fazendo uso da cláusula UNIQUE.


                                                                                                                       33
Banco de Dados



                                  Para eliminarmos um índice usamos o comando DROP INDEX, cuja sintaxe é:
       Comentário                 DROP INDEX Nome-Índice21
                                 Por exemplo, suponha que sejamos deletar o índice criado para a data de
21
  Deve ser usado o        nascimento do autor, ficaríamos com:
nome que foi dado ao
índice na criação do              DROP INDEX NascIDX
mesmo.


                          DDL - Excluindo Tabelas
       Comentário
                                  Para excluir uma tabela existente do SGBD é utilizado o comando DROP. Agora,
22
   Para criar tabelas     é necessário muito cuidado com este comando, pois ao deletar a tabela (esquema da
é usado o comando         mesma), automaticamente, TODOS os dados da tabela também serão excluídos. A sintaxe
CREATE TABLE.             desse comando é:

                                  DROP TABLE Nome_Tabela
                                  Exemplo:
       Comentário
                                  /* Excluir a tabela livro */
23
   Integer indica um              DROP TABLE LIVRO;
valor numérico inteiro
e como o código é a
chave, ele deve ser
NOT NULL.
                                       Conheça Mais


                                   Em geral, os livros de banco de dados trazem um ou mais capítulo sobre SQL. Entre
                          esses livros temos:
       Comentário
                                  SILBERSCHATZ, Abraham; KORTH, Henry F; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de
                                  dados. Traduzido por Daniel Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier;Campus, 2006.
24
   A descrição deve ser
um atributo do tipo               ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. Sistemas de banco de dados. 4a. ed. São
caractere. Usando o
                                  Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005.
bom-senso você define
o tamanho do campo.               DATE, C. J. Introdução a sistemas de bancos de dados. Rio de Janeiro: Campus,
Optei pela descrição
ser também not null.
                                  2000.
                                  ALVES, W.P. Fundamentos de Bancos de Dados. Editora Érica, 2004.
                                  Além destes, há livros específicos sobre SQL, independente de SGBD, tais como:
       Comentário
                                  BEIGHLEY, Lynn. Use a Cabeça SQL. Starlin Alta Consult, 1ª Edição, 2008
25
   O preço é um valor             KLINE, Daniel; KLINE, Kelvin E. Sql - O Guia Essencial - Manual de Referência
decimal . Optei por ele           Profissional. Alta Books, 2010.
poder assumir o valor
NULL (suponha que no              SHELDON, Robert; OPPEL, Andy. SQL – Um Guia para Iniciantes. Editora Ciência
momento do cadastro               Moderna, 3ª Edição, 2009
você ainda não saiba
por quanrto vai vender            DAMAS, Luís. Sql - Structured Query Language. Editora LTC, 6ª edição, 2007.
o produto.




 34
Banco de Dados




             Você Sabia?


Além da SQL outra linguage comercial para manipulação de SGBDs é a QBE (Query-by-Example).
A versão experimental da linguagem foi descrita formalmente (publicada) por Moshe Zloof
em 1977. A versão comercial foi descrita em 1978 pela IBM e usada mais tarde na Query
Management Facility (QMF). A QBE tem por base o cálculo relacional de domínio e possui sintaxe
bidimensional: as consultas parecem tabelas. Nesta linguagem as consultas são expressas “por
exemplo”. Em vez de determinar um procedimento para obtenção da resposta desejada, o
usuário dá um exemplo do que é desejado. A partir daí, o sistema generaliza o exemplo para o
                                                                                                             Comentário
processamento da resposta da consulta.
                                                                                                      26
                                                                                                         Você não pode
                                                                                                      deixar para especificar
                                                                                                      a quantidade de itens
           Aprenda Praticando                                                                         depois. Por isso, NOT
                                                                                                      NULL.


      Utilize SQL para fazer o que se pede, a partir do modelo relacional a seguir.

 »    Produto (cod_prod (PK), descricao, preco)                                                              Comentário
 »    Item_Venda (cod_venda (PK), cod_prod(PK), qntde)
                                                                                                      27
                                                                                                         Veja que está
 »    Venda (cod_venda (PK), nome_cliente)                                                            sendo especificada
                                                                                                      uma chave primária
 1) Crie as tabelas acima usando o comando, sabendo que os códigos devem ser                          composta, uma vez
    valores núméricos, preco deve ser um valor de ponto flutuante e qntde (quantidade                 que dois atributos
                                                                                                      fazem parte da
    comprada do produto) deve ser um valor inteiro, obrigatoriamente, maior que zero
                                                                                                      especificação.
    (afinal, ninguém compra zero produto!).
      Devemos começar a criação pelas tabelas mais simples (sem chave estrangeira).
      Dessa forma, vamos criar primeiro a tabela PRODUTO e, depois, a tabela VENDA.                          Comentário
 CREATE TABLE22 PRODUTO(
                                                                                                      28
                                                                                                         Veja que estamos
      cod_prod integer23 NOT NULL,                                                                    espeficifando que
                                                                                                      cod_prod é chave
      descricao CHAR(45) NOT NULL24,                                                                  estrangeira na tabela
                                                                                                      e é um atributo
      preco DECIMAL25(5,2),                                                                           pertencente a tabela
      PRIMARY KEY (cod_prod) )                                                                        Produto.

      Seguindo o mesmo raciocínio da tabela anterior, criaremos, agora, a tabela VENDA.

 CREATE TABLE VENDA(
      cod_venda integer NOT NULL,
      nome_cliente CHAR(40) NOT NULL,
      PRIMARY KEY (cod_venda) )
 CREATE TABLE ITEM_VENDA(
      cod_prod INTEGER NOT NULL,
      cod_venda INTEGER NOT NULL,
      qntde INTEGER NOT NULL26,
      PRIMARY KEY (cod_prod, cod_venda)27,
      FOREIGN KEY (cod_prod) REFERENCES Produto28,
      FOREIGN KEY (cod_venda) REFERENCES Venda,


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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) COORDENAÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD/UFRPE) Banco de Dados Sandra de Albuquerque Siebra Volume 4 Recife, 2010
  • 2. Universidade Federal Rural de Pernambuco Reitor: Prof. Valmar Corrêa de Andrade Vice-Reitor: Prof. Reginaldo Barros Pró-Reitor de Administração: Prof. Francisco Fernando Ramos Carvalho Pró-Reitor de Extensão: Prof. Paulo Donizeti Siepierski Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. Fernando José Freire Pró-Reitor de Planejamento: Prof. Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira Pró-Reitora de Ensino de Graduação: Profª. Maria José de Sena Coordenação Geral de Ensino a Distância: Profª Marizete Silva Santos Produção Gráfica e Editorial Capa e Editoração: Rafael Lira, Italo Amorim e Arlinda Torres Revisão Ortográfica: Elias Vieira Ilustrações: Mário França Coordenação de Produção: Marizete Silva Santos
  • 3. Sumário Apresentação................................................................................................................. 4 Conhecendo o Volume 4 ................................................................................................ 5 Capítulo 10 – Álgebra e Cálculo Relacional ..................................................................... 7 Álgebra Relacional ...........................................................................................................7 Álgebra Relacional: Operadores de Tabelas ..................................................................11 Capítulo 11 – Criando e Mantendo um Banco de Dados ............................................... 26 A SQL .............................................................................................................................26 Capítulo 12 – Consultas em Banco de Dados Relacionais .............................................. 39 Inserindo Dados em Tabelas ..........................................................................................39 Considerações Finais .................................................................................................... 74 Conheça a Autora ........................................................................................................ 76
  • 4. Apresentação Caro(a) cursista, Seja bem-vindo(a) ao quarto módulo do curso Banco de Dados! Neste quarto módulo, vamos aprender a manipular um SGBD de forma a criar, manter e consultar o banco de dados que você antes aprendeu a modelar. Para fazer isso, estudaremos principalmente a linguagem SQL, presente em todos os banco de dados relacionais e de grande utilidade no acesso a eles. Adicionalmente, estudaremos um pouco de álgebra relacional e cálculo relacional que são formas de representar matematicamente as operações que podem ser aplicadas a um Banco de Dados. Bons estudos! Sandra de Albuquerque Siebra Autora 4
  • 5. Banco de Dados Conhecendo o Volume 4 Neste quarto volume, você irá encontrar o Módulo 4 da disciplina de Banco de Dados. Para facilitar seus estudos, veja a organização deste quarto módulo. Módulo 4 – Criação, Manutenção e Consulta a Banco de Dados Carga horária do Módulo 4: 15 h/aula Objetivo do Módulo 4: » Introduzir os principais conceitos referentes a álgebra relacional e o cáclulo relacional como formas de manipulação e consulta a BD. » Examinar os principais comandos em SQL para criação e manutenção de banco de dados. » Examinar os principais comandos em SQL para consultas simples e aninhadas a banco de dados. Conteúdo Programático do Módulo 4: » Álgebra Relacional. » Cálculo Relacional de Tupla e Cálculo Relacional de Domínio. » SQL – Conceitos básicos, comandos para criação e atualização do banco de dados. » SQL - Consultas básicas e Consultas Aninhadas. 5
  • 6. Banco de Dados Capítulo 10 O que vamos estudar neste capítulo? Neste capítulo, vamos estudar os seguintes temas: » Álgebra Relacional. » Cálculo Relacional de Tupla. » Cálculo Relacional de Domínio. Metas Após o estudo deste capítulo, esperamos que você: » Compreenda o que é álgebra relacional e cálculo relacional. » Consiga diferenciar o cálculo relacional de tupla e de domínio. » Consiga fazer uso de alguns comandos da álgebra relacional. 6
  • 7. Banco de Dados Capítulo 10 – Álgebra e Cálculo Relacional Vamos conversar sobre o assunto? Até aqui, já estudamos como modelar e otimizar nosso modelo para um banco de dados relacional. Um modelo relacional representa o banco de dados como um conjunto de relações. Uma relação pode ser pensada como uma tabela de valores, onde cada linha na tabela representa uma coleção de valores de dados relacionados. Para acessar e manipular esses valores há duas categorias de linguagens que podem ser utilizadas: as linguagens formais (a álgebra relacional e o cálculo relacional) e as linguagens comerciais, que são baseadas nas linguagens formais (tal como a SQL – Structured Query Language). As linguagens formais são justamente as que daremos uma olhada nesse capítulo e uma das linguagens comerciais mais utilizadas (a SQL) será assunto dos dois capítulos finais desse volume. Neste capítulo, vamos estudar as linguagens formais para consulta e manipulação dos dados em um banco de dados: a álgebra relacional e o cálculo relacional. Álgebra Relacional A Álgebra Relacional é uma linguagem de consulta formal, porém procedimental (procedural), ou seja, o usuário dá as instruções ao sistema para que o mesmo realize uma sequência de operações na base de dados para calcular o resultado desejado. Ela consiste de um conjunto de operações que têm como entrada uma ou duas relações e produzem, como resultado, uma nova relação. Os operadores da álgebra relacional podem ser divididos em dois grupos: » Operadores de Conjuntos: são operadores típicos definidos pela álgebra para conjunto, tais como união, interseção, diferença e produto cartesiano. As operações com esses operadores se aplicam a duas relações que obedeçam à “compatibilidade de união”, ou seja, ambas as relações devem apresentar atributos que pertençam respectivamente aos mesmos domínios. » Operadores de Tabelas: são operadores definidos especialmente para a manipulação de tuplas, em bases de dados relacionais tais como: Select, Project e Join, entre outras. As operações com esses operadores se aplicam a quaisquer relações. Esses operadores serão detalhados nas seções a seguir. Observação As linguagens disponíveis para acesso a BDs relacionais, inclusive o SQL, não utilizam os mesmos operadores ou nomes definidos pela álgebra relacional. Entretanto todos, ou quase todos, os operadores da álgebra relacional podem ser escritos usando estas linguagens. 7
  • 8. Banco de Dados Álgebra Relacional: Operadores de Conjuntos São operadores binários e para utilizá-los, é preciso se assegurar de que as duas relações envolvidas nas operações tenham o mesmo tipo de tuplas, ou seja, pertençam ao mesmo domínio. Essa condição é chamada união compatível. Em outras palavras, duas relações R1 (A1, A2,..., An) e R2 (B1, B2, ..., Bn) são união compatível se elas tiverem o mesmo grau n, e dom(Ai) = dom(Bi) para 1 ≤ i ≤ n. Isso significa que as duas relações têm o mesmo número de atributos e que cada par de atributos correspondentes pertence ao mesmo domínio. Pode-se definir as operações de união, interseção, diferença e produto cartesiano sobre duas relações que sejam união compatível R1 e R2. Resumidamente: » União (R1 ∪ R2) - todas as tuplas de R1 e todas as tuplas de R2, sendo que tuplas duplicadas são eliminadas. » Interseção (R1 ∩ R2) - todas as tuplas comuns a R1 e R2. » Diferença (R1 – R2) - todas as tuplas de R1 que não estão em R2. » Produto Cartesiano (R1 x R2) - combinação das tuplas de R1 com as de R2. Vamos detalhar e exemplificar, a seguir, cada uma dessas operações. Mas, antes, algumas observações sobre essas operações: » As operações de união e interseção são operações comutativas. Ou seja: R1 ∪ R2 = R2 ∪ R1 e R1 ∩ R2 = R2 ∩ R1. » Já a operação de diferença não é comutativa: R - S ≠ S - R. » As operações de união e interseção são binárias, mas podem ser aplicadas a qualquer número de relações e ambas são operações associativas. Assim: R ∪ (S ∪ T) = (R ∪ S) ∪ T e R ∩ (S ∩ T) = (R ∩ S) ∩ T. Considere como base para os exemplos das operações as relações Professor e Aluno representadas pelas Tabelas 1 e 2. Tabela 1 - Relação Professor Tabela 2 - Relação Aluno CPF Nome CPF Nome 1001 Ana Maria 1002 João 1002 João 1116 Mércia 1003 Pedro 1900 Ronaldo União: A ∪ B União é a operação entre duas relações “união compatível” (mesmo número de atributos e com domínio compatível) que gera uma relação resultante contendo todas as tuplas (linhas) das duas relações originais, com eliminação das tuplas duplicadas. Ela é denotada pelo símbolo ∪. Por exemplo, a união das relações Professor e Aluno representadas pelas Tabelas 1 e 2 é a relação representada pela Tabela 3. 8
  • 9. Banco de Dados Tabela 3 – Relação Resultante de Professor ∪ Aluno CPF Nome 1001 Ana Maria 1002 João 1003 Pedro 1116 Mércia 1900 Ronaldo Interseção: A ∩ B Interseção é a operação entre duas relações “união compatível” que gera uma relação resultante contendo todas as tuplas (linhas) presentes em ambas as relações originais. Ela é denotada pelo símbolo ∩. Por exemplo, a interseção das relações Professor e Aluno representadas pelas Tabelas 1 e 2 é a relação representada pela Tabela 4. Tabela 4 - Relação Resultante de Professor ∩ Aluno CPF Nome 1002 João Diferença: A – B Diferença é a operação entre duas relações “união compatível” que gera uma relação resultante contendo todas as linhas que estão na primeira relação, e que não aparecem na segunda. Ela é denotada pelo símbolo –. Por exemplo, a diferença das relações Professor e Aluno representadas pelas Tabelas 1 e 2 (Professor – Aluno) é a relação representada pela Tabela 5, que contém as tuplas das relação Professor que não estão na relação Aluno. Tabela 5 - Relação Resultante de Professor – Aluno CPF Nome 1001 Ana Maria 1003 Pedro Para mostrar que a operação de diferença não é comutativa, vamos agora fazer Aluno – Professor, ou seja, as tuplas que estão na relação Aluno, mas que não estão na relação Professor. Veja pela relação resultante representada na Tabela 6 que os resultados da diferença, mudando a ordem das relações são diferentes. 9
  • 10. Banco de Dados Tabela 6 - Relação Resultante de Aluno – Professor CPF Nome 1116 Mércia 1900 Ronaldo Produto Cartesiano: A x B O produto cartesiano combina duas relações gerando uma terceira cujas linhas representam todas as possíveis combinações das linhas (tuplas) das relações originais. Um esquema dessa combinação pode ser vista na Figura 1. Figura 1 - Esquema de combinações do Produto Cartesiano O produto cartesiano é uma operação binária e é representado pelo símbolo X. O formato geral da operação é: relação_1 X relação_2 . Vamos dar um exemplo. Qual seria o resultado do produto cartesiano Cidade x Estado (vide Tabelas 7 e 8)? Tabela 7 - Relação Cidade Tabela 8 - Relação Estado Código Nome UF Região 1 Recife PB Nordeste 2 Manaus AM Norte 3 João Pessoa O resultado seria a relação resultante apresentada na Tabela 9. Veja que esta relação resultante apresenta a combinação de todas as tuplas da relação Cidade, com todas as tuplas da relação Estado. 10
  • 11. Banco de Dados Tabela 9 - Relação Resultante Código Nome UF Região 1 Recife PB Nordeste 2 Natal PB Nordeste 3 João Pessoa PB Nordeste 1 Recife AM Norte 2 Natal AM Norte 3 João Pessoa AM Norte Renomear para diferenciar: O Produto Cartesiano entre duas relações R1 e R2 (R1 x R2) apresenta problemas quando: * As relações têm mesmo nome; * Se se quer fazer o produto de uma relação com ela mesma ou * O produto cartesiano está envolvido com a relação resultante de expressões (que vamos ver o que são daqui a pouco). Isso porque um mesmo nome de atributo pode aparecer tanto em R1 quanto em R2. Por isso, é preciso estabelecer um modo de diferenciar esses atributos na relação resultante. Para isso, pode- se anexar ao atributo o nome da relação a qual ele pertença: nome_relacao.nome_atributo. Por exemplo, se fizéssemos o produto cartesiano entre as relações Professor e Aluno (vide Tabelas 1 e 2), como as duas tabelas possuem atributos de mesmo nome, a relação resultante ficaria com as seguintes colunas: (Professor.CPF, Professor.Nome, Aluno.CPF, Aluno.Nome) Álgebra Relacional: Operadores de Tabelas Os operadores de tabela manipulam tuplas em bases de dados relacionais e podem ser aplicados a quaisquer relações. A seguir, descreveremos cada uma das operações. Seleção O operador de seleção é usado para selecionar tuplas que satisfaçam uma determinada condição. Essas tuplas selecionadas geram uma relação resultante. O esquema da relação resultante é o mesmo da relação original. O operador de seleção é representado pela letra grega sigma (δ) e seu formato geral é: δ condição(tabela ou relação). O operador da seleção é unário, ou seja, seleciona tuplas de somente uma relação. Vamos dar alguns exemplos a partir da relação Cidade (vide Tabela 10). 11
  • 12. Banco de Dados Tabela 10 - Relação Cidade Código Nome É_capital UF 1 Recife S PE 2 Natal S RN 3 João Pessoa S PB 4 Patos N PB δ UF = ‘PB’(cidade) daria como resultado a relação da Tabela 11, que atenderia a algo como: selecione da relação cidade, as tuplas cuja UF seja igual ao valor ‘PB’. Tabela 11 - Relação Resultante Código Nome É_capital UF 3 João Pessoa S PB 4 Patos N PB Para especificar as condições da seleção podemos utilizar: valores constantes, nome de atributos (colunas), operadores relacionais (=, <, >, <=, >=, ≠) ou operadores lógicos (and, or, not). Por exemplo, δ UF=’PB’ and E_Capital=’N’(CIDADE) daria como resultado a relação da Tabela 12, que atenderia a algo como: selecione da relação cidade, as tuplas cuja UF seja igual ao valor ‘PB’ e o campo E_Capital tenha o valor ‘N’. Tabela 12 - Relação Resultante Código Nome É_capital UF 4 Patos N PB Vamos a outro exemplo, suponha o esquema de relação Empregado (CPF, Nome, DataNasc, Endereço, Sexo, NumDep, Salario). Agora, suponha que desejamos selecionar os empregados que trabalham no departamento 10 e ganham mais de 1500 ou aqueles que trabalham no departamento 3 e ganham mais que 4000. Como ficaria? δ (NumDep = 10 and salario > 1500) or (NumDep=3 and salario > 4000) (Empregado) A operação de seleção é comutativa, ou seja, uma sequência de seleção pode ser aplicada em qualquer ordem: δ <cond1> (δ <cond2> (Relação)) = δ <cond2> (δ <cond1> (Relação)) Sempre é possível combinar uma propagação de operações de seleção dentro de uma única operação de seleção, fazendo uso de uma condição conjuntiva (AND): δ <cond1> (δ <cond2> (Relação)) = δ <cond1> and <cond2> (Relação) δ <cond1> (δ <cond2> ( ... (δ <condN> (Relação)) ...)) = δ <cond1> AND <cond2> AND ... AND <condN> (Relação) 12
  • 13. Banco de Dados Projeção A operação de projeção é unária e opera sobre uma única relação gerando outra relação resultante que conterá todas as linhas da relação original, mas apenas as colunas (atributos) que se deseja projetar (e que foram especificadas na operação). Ou seja, retorna parte da relação deixando de fora os atributos que não foram solicitados. Na relação resultante as tuplas (linhas) duplicadas são eliminadas. O formato geral da operação de projeção é: π A1, A2, …, An (Relação) onde A1, A2, ..., An são nomes de atributos da relação. Vamos dar um exemplo. Tomando como base a relação Cidade (vide Tabela 10), vamos supor que queremos selecionar (projetar) apenas os atributos Nome e UF. Daí precisaríamos da seguinte operação: π Nome, UF (Cidade). A relação resultante dessa projeção seria a apresentada na Tabela 13. Observe que a relação resultante tem todas as tuplas da relação original, mas só apresenta os atributos especificados na operação de projeção. Além disso, observe que estes atributos aparecem na mesma ordem em que foram especificados. Tabela 13 - Relação Resultante da Projeção Nome UF Recife PE Natal RN João Pessoa PB Patos PB Na verdade, se observarmos bem, o operador de projeção também serve para selecionar. Porém, enquanto o operador de SELEÇÃO seleciona tuplas de uma relação, o operador de PROJEÇÃO seleciona colunas de uma Relação. O número de tuplas na relação resultante sempre será igual ou menor que a quantidade de tuplas na relação original. Isto porque tuplas duplicadas são eliminadas. Por exemplo, observe a seguinte operação de projeção π Nome, UF (Cidade) aplicada à relação Cidade (vide Tabela 10). Veja que “PB” aparece apenas uma vez na relação resultante (vide Tabela 14). Mesmo que ela apareça duas vezes na relação original (Tabela 10). Tabela 14 - Relação Resultante da Projeção UF PE RN PB A operação de projeção não é comutativa. Apenas no caso específico de <lista2> conter os mesmos atributos de <lista1> pode-se observar comutatividade. π <lista_atributos1> (π <lista_atributos2> (Relação)) ≠ π <lista_atributos 2> (π<lista_atributos1> (Relação)) 13
  • 14. Banco de Dados Combinando Operações Em geral, existe a necessidade de se aplicar várias operações da álgebra relacional uma após a outra. Pode-se escrever essas operações em apenas uma única expressão da álgebra relacional, combinando as operações, usando tanto operadores de conjunto, quanto de tabela. Vamos dar alguns exemplos a seguir. » Tomando como base as relações Professor(CPF, Nome) e Aluno (CPF, Nome) - vide Tabelas 1 e 2 – se desejássemos encontrar o nome de todos os professores que também são alunos, poderíamos usar a expressão: Π nome(Professor) ∩ Π nome(Aluno) » A partir da relação Empregado (CPF, Nome, Sexo, Salario, Num_Dep), vide Tabela 15, selecione o nome e o salário de todos os empregados que trabalhem no departamento de número 4. Para isso, poderíamos usar a expressão: Π nome, salario (δ Num_Dep=4(Empregado)) Isso daria origem a tabela 16. Tabela 15 - Relação Empregado CPF Nome Sexo Salario Num_Dep 1234 Ana Gomes F 1500 2 2345 Pedro Nunes M 1000 4 3765 Maria Lima F 2000 2 4987 Igor Matos M 3500 5 9876 Laís Ramos F 3000 4 Tabela 16 - Relação Resultante Nome Salario Pedro Nunes 1000 Laís Ramos 3000 Tabela 17 - Relação Gerente CPF Nome Sexo Salario Num_Dep 5678 João Teixeira M 1800 2 2345 Pedro Nunes M 1000 4 » A partir da relação Empregado (Tabela 15) e da relação Gerente (Tabela 17), encontre o nome de todos os empregados que não são gerentes. Para isso, poderíamos usar a expressão: Π nome (Empregado) - Π nome (Gerente) 14
  • 15. Banco de Dados Outra forma de combinar operações é aplicar uma única operação por vez e criar relações intermediárias. Neste caso, é preciso dar nomes às relações intermediárias. Por exemplo, vamos tomar o exemplo anteriormente visto de tomar a relação Empregado como base (Tabela 15) e dela recuperar o nome e o salário de todos os empregados que trabalham no departamento 4. Já apresentamos como fazer isso com uma única expressão. Agora, alternativamente, seria possível explicitar a sequência de operações, dando um nome para cada relação intermediária: Empregados_Dep4 ← ß δ Num_Dep=4(Empregado) Π nome, salario (Empregados_Dep4) Junção O operador de junção combina as linhas de duas tabelas (relações) segundo uma ou mais condições. A condição de junção deve ser baseada em uma ou mais colunas (atributos) de cada uma das tabelas cujos valores compartilhem um domínio comum. As linhas das tabelas serão combinadas sempre que a condição de junção for verdadeira. (geralmente a condição é uma igualdade entre atributos equivalentes). O join é representado pelo operador binário |x| e o formato geral de utilização é: Relação1 |x| <condição de junção> Relação2. Por exemplo, Cidade |x| cidade.UF = Estado.UF Estado. Vai combinar os valores das relações Cidade (Tabela 18) e Estado (Tabela 19), de acordo com a igualdade do atributo comum às duas relações: a UF. Dessa forma, seria gerada a relação representada na Tabela 20. Veja que a primeira tupla da relação Cidade (vide Tabela 18) não faz parte da relação resultante, por que ela não tem equivalente na relação Estado (já que está sendo feita a igualdade com base no atributo UF). Ou seja, tuplas cujos atributos de junção são nulos não aparecem na relação resultante. Tabela 18 - Relação Cidade Código Nome Sexo 1 Recife PE 2 Manaus AM 3 João Pessoa PB Tabela 19 - Relação Estado UF Região PB Nordeste AM Norte Tabela 20 - Relação Resultante Código Nome Cidade.UF Estado.UF Região 2 Manaus AM AM Norte 3 João Pessoa PB PB Nordeste 15
  • 16. Banco de Dados Quando a condição de uma junção é a igualdade, a junção é chamada de equijoin. O equijoin gera duas colunas idênticas na relação resultante (vide as colunas UF na Tabela 20). Uma Junção Natural é um equijoin onde uma das colunas idênticas é eliminada. Como assim? O operador de junção natural combina as linhas de duas tabelas que tem atributos comuns (mesmo nome), resultando numa tabela que contém apenas as linhas onde todos os atributos comuns apresentam o mesmo valor. Na relação resultante, uma das colunas idênticas é eliminada, evitando a duplicidade. A junção natural equivale a uma seleção precedida de um produto cartesiano. Assim: Cidade |x| cidade.UF = Estado.UF Estado é equivalente a δ cidade.UF = Estado.UF (Cidade x Estado) Se duas relações envolvidas em uma junção natural não têm atributos em comum, então a junção natural produz um resultado igual ao produzido pelo produto cartesiano. » EQUIJOIN: junção onde somente operadores de comparação “=“ são utilizados. Gera colunas idênticas. » JUNÇÃO NATURAL: requer que os dois atributos de junção tenha o mesmo nome em ambas as relações. Nesse tipo de join outras condições podem ser utilizadas além da igualdade. A relação resultante não gera nenhuma duplicidade. Cálculo Relacional O Cálculo Relacional (CR) é uma linguagem de consulta formal. Utilizando-se de uma expressão declarativa pode-se especificar uma consulta. Uma expressão de cálculo permite a descrição da consulta desejada sem especificar os procedimentos para obtenção dessas informações, ou seja, é não-procedural. Contudo, tal consulta deve ser capaz de descrever formalmente a informação desejada, com exatidão. No Cálculo Relacional existem variáveis, constantes, operadores lógicos, de comparação e quantificadores. As expressões de Cálculo são chamadas de fórmulas. Uma tupla de respostas é essencialmente uma atribuição de constantes às variáveis que levam a fórmula a um estado verdadeiro. Existem dois tipos de cálculo relacional: Cálculo Relacional de Tuplas (CRT) e Cálculo Relacional de Domínio (CRD), ambos subconjuntos simples de lógica de primeira ordem. No CRT, as variáveis são definidas sobre (isto é, associam) tuplas. Já em CRD, variáveis são definidas sobre o domínio dos elementos (ou seja, sobre os valores dos campos). Como o cálculo relacional é pouco utilizado, vamos apenas apresentar algumas definições e exemplos, a título informativo, de cada um dos tipos de cálculo. Adicionalmente, é importante saber que todas as expressões de consulta descritas no Cálculo Relacional possuem equivalentes em Álgebra Relacional, que é mais utilizada e possui mais ferramentas para dar suporte a construção de suas expressões. Cálculo Relacional de Tupla O Cálculo Relacional de Tupla (CRT) é baseado na especificação de um número de variáveis de tuplas. Cada variável de tupla pode assumir como seu valor qualquer tupla da relação especificada. Uma consulta em CRT é especificada da seguinte forma: {variável tupla | predicado} ou { t | P(t) } que significa o conjunto de todas as tuplas 16
  • 17. Banco de Dados t, tal que o predicado P seja verdadeiro para t. E temos que t é uma variável de tuplas. P é uma expressão condicional e t.A ou t[A] denota o valor do atributo A da tupla t. O resultado de tal consulta é o conjunto de todas as variáveis tuplas para as quais o predicado é indicado como verdadeiro. Uma expressão genérica do cálculo relacional de tuplas tem a forma: {t1.A1, t2.A2, ..., tn.An | predicado(t1, t2, ..., tn, tn+1, tn+2, ..., tn+m)} Onde: t1, t2, ..., tn, tn+1, tn+2, ..., tn+m são variáveis de tuplas, cada Ai é um atributo da relação na qual ti se encontra e o predicado é uma fórmula do cálculo relacional de tuplas. Uma fórmula é definida, de forma recursiva, por uma ou mais fórmulas atômicas. Essas fórmulas podem ser conectadas por operadores lógicos (AND, OR ou NOT), como segue: » Se F1 e F2 são fórmulas atômicas, então (F1 AND F2), (F1 OR F2), NOT (F1) e NOT (F2) também o são, tendo seus valores verdade derivados a partir de F1 e F2. Relembrando... (F1 AND F2) será TRUE apenas se ambos, F1 e F2, forem TRUE; (F1 OR F2) será TRUE quando uma das duas fórmulas F1 e F2, for TRUE; NOT(F1) será TRUE quando F1 for FALSE; NOT(F2) será TRUE quando F2 for FALSE. » Se F1 é uma fórmula atômica, então (Ǝ t)(F1) também o é, e seu valor verdade apenas será TRUE se a fórmula F for avaliada como verdadeira para pelo menos uma tupla atribuída para ocorrências livres de t (que é uma variável de tupla) em F. » Se F1 é uma fórmula atômica, então (∀ t)(F1) também o é, e seu valor verdade apenas será TRUE se a fórmula F for avaliada como verdadeira para todas as tuplas atribuídas para ocorrências livres de t em F. Adicionalmente, temos: » Uma fórmula atômica ti.A op tj.B, onde op é um dos operadores de comparação no conjunto {=, >, <, ≠, >=, <=}, ti e tj são variáveis de tuplas, A é um atributo da relação na qual ti se encontra, B é um atributo da relação na qual tj se encontra. » Uma fórmula atômica ti.A op c ou c op tj.B, onde op é um dos operadores de comparação no conjunto {=, >, <, ≠, >=, <=}, ti e tj são variáveis de tuplas, A é um atributo da relação na qual ti se encontra, B é um atributo da relação na qual tj se encontra e c é um valor constante. Nos dois casos acima, se as variáveis de tupla forem designadas de forma que os valores dos atributos especificados satisfaçam o predicado, a fórmula assumirá valor verdade TRUE. Cada uma das fórmulas atômicas anteriormente especificadas tem seu valor verdade avaliado como TRUE ou FALSE para uma combinação específica de tuplas. 17
  • 18. Banco de Dados Todas as variáveis tuplas abordadas são consideradas variáveis livres (elas aparecem em uma expressão de cálculo relacional à esquerda da barra |), uma vez que estas não aparecem quantificadas. Porém, quando quantificadores (universal (∀) ou existencial (Ǝ)) aparecem nas fórmulas, as variáveis que os sucedem são denominadas variáveis limite. Tabela 21 - Relação Empregado CPF Nome Sexo Salario Cod_Depto 1234 Ana Gomes F 1500 2 2345 Pedro Nunes M 1000 4 3765 Maria Lima F 2000 2 4987 Igor Matos M 3500 5 9876 Laís Ramos F 3000 4 Tabela 22 - Relação Departamento Cod Descricao 2 Vendas 4 Suporte 5 Gerência Vamos dar alguns exemplos para ilustrar. Tomando como base a relação Empregado (vide Tabela 21) e a relação Departamento (vide Tabela 22), suponha as seguintes consultas e como elas ficariam representadas em cálculo relacional de tupla. » Obtenha todos os empregados cujo salário seja maior que 3000 reais: { t | EMPREGADO(t) AND t.SALARIO > 3000 }. Analisando a expressão podemos lê-la da seguinte forma: considere uma tupla t, ela deve ser uma tupla da relação empregado, cujo atributo salário dessa tupla deve ser maior que 3000. EMPREGADO(t) é o mesmo que dizer que t ∈ EMPREGADO. A consulta acima resulta em uma relação que contém todas as tuplas t da relação EMPREGADO que satisfazem a condição (no caso, salário > 3000). No CRT especificamos primeiro os atributos desejados. Se for usado apenas o t, sem especificação de atributos, todos os atributos da tupla são recuperados. Logo, na consulta acima, seriam recuperados os atributos CPF, Nome, Sexo, Salario e Cod_Depto (vide Tabela 21). Agora, suponha que gostaríamos de recuperar apenas os atributos CPF e Nome das tuplas que atendessem a condição. Como faríamos? { t.CPF, t.Nome | EMPREGADO(t) AND t.SALARIO > 3000 }. Observe que os atributos desejados são especificados do lado esquerdo da barra (|). » Vamos a outro exemplo. Obtenha o nome e o salário dos empregados que trabalham para o departamento de Suporte. {t.NOME, t.SALARIO | EMPREGADO(t) AND (Ǝ d) (DEPARTAMENTO (d) AND 18
  • 19. Banco de Dados d.DESCRICAO = ‘Suporte’ AND d.COD = t.COD_DEPTO)} Analisando a expressão podemos lê-la da seguinte forma: obtenha o nome e o salário de todas as tuplas da relação empregado e exista um departamento d, cuja descrição seja ‘Suporte’ e o código desse departamento de nome ‘Suporte’ seja igual ao código do departamento da tupla sendo avaliada na relação Empregado. Vamos exemplificar agora o quanto o CRT pode ser representado facilmente por uma expressão da álgebra relacional, levando em conta a relação Empregado (Tabela 21). » Recupere o CPF e o nome de todos os empregados. Em CRT: { t.CPF, t.Nome | EMPREGADO(t) } Em Álgebra Relacional: π CPF, Nome (Empregado) » Recupere todos os empregados do sexo masculino Em CRT: { t | EMPREGADO(t) AND t.SEXO = ‘M’ } Em Álgebra Relacional: δ Sexo = ‘M’ (Empregado) Cálculo Relacional de Domínio (CRD) Trata-se de uma segunda forma de cálculo relacional, equivalente ao CRT. Essa forma usa variáveis de domínio que tomam valores do domínio de um atributo, em vez de valores da tupla inteira. Uma expressão neste cálculo tem a forma: { <x1, x2, ... , xn > | Predicado (x1, x2, ..., xn) } onde x1, x2, ..., xn representam variáveis de domínio e Predicado representa uma fórmula composta de átomos, como no cálculo relacional de tupla. A diferença básica entre CRT e CRD é que neste último as variáveis estendem-se sobre valores únicos de domínios de atributos. Para formar uma relação de grau n para um resultado de consulta, faz-se necessário criar n variáveis de domínio, uma para cada atributo. Como em CRT, as fórmulas são avaliadas em valores verdade para um conjunto específico de valores. A seguir, para fins de comparação e para ilustrar o CRD, seguem em CRD os mesmos exemplos de consultas já escritos em CRT. Tabela 23 - Relação Empregado a b c d e CPF Nome Sexo Salario Cod_Depto 1234 Ana Gomes F 1500 2 2345 Pedro Nunes M 1000 4 3765 Maria Lima F 2000 2 4987 Igor Matos M 3500 5 9876 Laís Ramos F 3000 4 19
  • 20. Banco de Dados Tabela 24 - Relação Departamento m n Cod Descricao 2 Vendas 4 Suporte 5 Gerência Tomando como base as tabelas 23 e 24 que representam, respectivamente, as relações Empregado e Departamento (note que cada coluna dessas relações recebeu uma letra para referenciar o domíno do atributo representado por cada coluna), podemos Comentário realizar as seguintes consultas: » Obtenha todos os empregados cujo salário seja maior que 3000 reais: { t | 1 Observe que as letras EMPREGADO(t) AND t.SALARIO > 3000 }. à esquerda da barra (|) representam o { abcde1 | (Ǝ d2) EMPREGADO(abcde) AND d > 3000 } domíno dos atributos desejados (vide » Se na consulta anterior quiséssemos recuperar apenas o CPF e o nome dos Tabela 23), como empregados, teríamos: conseqüência, eles referenciam as colunas { ab | (Ǝ d) EMPREGADO(abcde) AND d > 3000 } desejadas. » Obtenha o nome e o salário dos empregados que trabalham para o departamento de Suporte. Comentário { bd | (Ǝ e) (Ǝ m)(Ǝ n) (EMPREGADO(abcde) AND DEPARTAMENTO(mn) AND n = ‘Suporte’ AND m = e) } 2 Somente é necessário quantificar as variáveis que Considerações Finais participam de uma condição. A álgebra relacional é uma forma de cálculo sobre conjuntos ou relações. Uma Ou seja, só usamos o aplicação prática da álgebra relacional é na execução de consultas a bancos de dados operador existencial Ǝ na variável de domínio relacionais. A álgebra relacional recebia pouca atenção até a publicação do modelo d, porque apenas essa relacional de dados de E.F Codd, em 1970. Codd propôs tal álgebra como uma base para variável é usada na linguagens de consulta em banco de dados. As operações da álgebra relacional podem ser condição expressa no resumidas de forma ilustrada na Figura 2. predicado (d > 3000) 20
  • 21. Banco de Dados Figura 2 - Resumo das Operações da Álgebra Relacional O Cálculo Relacional é uma linguagem formal, não-procedural, para consulta a relações. A álgebra relacional tem poder de expressão essencialmente equivalente ao do cálculo relacional, esse resultado é conhecido como teorema de Codd. Em geral, a álgebra relacional é bem mais utilizada do que o cálculo relacional. Conheça Mais Para obter mais informações sobre o assunto estudado nesse capítulo você pode consultar qualquer um dos livros listados a seguir. Todos eles possuem capítulos dedicados a Álgebra Relacional e o Cálculo Relacional (de Tupla e de Domínio): KORTH, Henry F; SILBERSCHATZ, Abraham; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de dados. Traduzido por Daniel Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier;Campus, 2006. ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. Sistemas de banco de dados. 4a. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005. DATE, C. J. Introdução a sistemas de bancos de dados. Rio de Janeiro: Campus, 2000. ALVES, W.P. Fundamentos de Bancos de Dados. Editora Érica, 2004. 21
  • 22. Banco de Dados Você Sabia? O Cálculo relacional dependendo do autor pode ter sua notação ligeiramente modificada. A notação que fizemos uso nesse capítulo é a notação de Navathe (ELMASRI e NAVATHE, 2005). Porém, existe também a notação de Korth (KORTH, SILBERSCHATZ e SUDARSHAN, 2006). Para ilustrar as diferenças, vamos repetir a mesma consulta anteriormente realizada: » Obtenha o nome e o salário dos empregados que trabalham para o departamento de Suporte. Na notação de Navathe, que já utilizamos, ficaria: {bd | (Ǝ e) (Ǝ m) (Ǝ n) (EMPREGADO(abcde) AND DEPARTAMENTO(mn) AND n = ‘Suporte’ AND m = e)} Já na notação de Korth, a mesma sentença ficaria da seguinte forma: {<b, d> | <b, d> � empregado ∧ departamento(mn) ∧ n = “Suporte” ∧ m = e)} Veja que o formato geral da expressão muda um pouco, mas o que muda mesmo é a simbologia dos operadores lógicos: AND (∧), OR (∨), NOT (¬), a forma de expressar as variáveis de tupla (observe o começo das duas expressões e veja a diferença) e ao invés de aspas simples em constantes, usa-se aspas duplas. Aprenda Praticando Como a álgebra relacional é mais utilizada, vamos avaliar alguns exercícios resolvidos para que, logo depois, você possa resolver os seus exercícios sozinho. 1) Tome como base os esquemas das tabelas 25 e 26 e mostre como ficariam as consultas, a seguir, em álgebra relacional. Tabela 25 - Relação Devedor Nome Num_Emprestimo Sexo Ana Gomes 01 F Pedro Nunes 03 M Maria Lima 05 F Tabela 26 - Relação Empréstimo Agencia Num_Emprestimo Valor 3456 01 1500 2123 03 5000 2123 05 2500 Em geral, na realização de consultas as operações mais utilizadas são a projeção (representada pelo símbolo π) que seleciona quais colunas (atributos) se deseja na relação resultante e a seleção (representada pelo símbolo δ) que seleciona quais tuplas da relação atendem a uma determinada condição. Se a projeção não for utilizada, todos os atributos da relação original farão parte da relação resultante. Quando necessitamos de dados que estão 22
  • 23. Banco de Dados em duas relações diferentes, devemos utilizar a operação de junção |x|. » Apresentar os dados de todos os devedores do sexo feminino. Cada vez que desejamos selecionar tuplas da relação de acordo com uma determinada condição, usamos a seleção. δ sexo = ‘F’ (devedor) » Apresentar o nome e o número do emprestimo de todos os devedores do sexo masculino. Como é especificado o que deve ser mostrado – nome e número empréstimo – é necessário usar a projeção antes da seleção) π nome,num_emprestimo (δ sexo = ‘M’ (devedor)) » Mostrar o nome das pessoas que possuem empréstimo acima de três mil reais na agência 2123. Como o nome da pessoa está na relação devedor e o valor do empréstimo na relação empréstimo, é necessário fazer a junção dessas duas relações, para ser possível selecionar o que foi pedido. A junção é feita equiparando os atributos que as relações têm em comum. π nome (δ valor > 3000 and agencia = 2123 (Devedor |x| devedor.num_emprestimo = empréstimo.num_emprestimo Emprestimo)) » Apresentar as pessoas cujo número do empréstimo é igual a 5 e o número da agência é igual a 2123 ou que o número do empréstimo seja igual a 3 e o valor do empréstimo maior do que 1000 reais. É um caso de seleção onde é necessário usar operadores lógicos para montar as condições. δ (num_emprestimo = 5 and agencia = 2123) or (num_emprestimo = 3 and valor > 1000) (Emprestimo)) Atividades e Orientações de Estudo Agora vamos exercitar o que foi estudado neste capítulo. Assim sendo, faça as atividades sugeridas a seguir. Lembre que exercitar vai lhe ajudar a fixar melhor o conteúdo estudado. Mãos à obra! Atividades Práticas Dica 3 No Word, a simbologia usada na Responda as questões a seguir em um documento de texto (doc)3 e poste as álgebra relacional respostas no ambiente virtual, no local indicado. Esse trabalho deve ser feito em DUPLA. pode ser inserida no documento através Especifique usando a álgebra relacional as consultas a seguir, tomando como base do seguinte caminho: as relações cujos esquemas estão representados a seguir. Inserir -> Símbolo, fazendo uso da fonte Symbol (daí você EMPREGADO escolhe na tabela que é apresentada o CPF (PK) Nome DtNasc Endereco Sexo Salario Cod_Dep (FK) símbolo apropriado) 23
  • 24. Banco de Dados DEPARTAMENTO Cod_Dep (PK) Descricao CPF_Gerente (FK) Dt_Inicio_Gerencia PROJETO Cod_Proj (PK) Nome_Proj Cod_Dep (FK) ALOCACAO CPF (PK) Cod_Proj (PK) Horas DEPENDENTE CPF (PK) Nome_Depen Sexo Parentesco a) Recuperar os nomes de empregados do departamento 6 que trabalham mais que 20 horas no projeto chamado ‘Star Project’. b) Listar os nomes dos empregados que tenham um dependente com o mesmo nome deles. c) Recuperar os códigos e os nomes dos projetos do departamento de nome “Pesquisa”. d) Listar o nome do projeto, do departamento ao qual ele pertence e o nome dos empregados deles. e) Recuperar os nomes dos empregados que trabalham em todos os projetos. f) Recuperar os nomes dos empregados que não trabalham em quaisquer projetos. h) Recuperar o nome e o sexo de todos os dependentes do empregado de CPF de número 12345. i) Recuperar o nome e a quantidade de horas trabalhadas por cada empregado em cada projeto do qual faz parte. Vamos Revisar? Você estudou, neste capítulo, formas de acessar e manipular os dados armazenados em um banco de dados, fazendo uso de linguagens formais tais como a álgebra relacional e o cálculo relacional (tanto de tupla, quanto de domíno). A maneira de raciocionar fazendo uso dessas linguagens irá facilitar a compreensão do uso da linguagem comercial a ser estudada nos capítulos seguintes: a SQL. Até lá! 24
  • 25. Banco de Dados Capítulo 11 O que vamos estudar neste capítulo? Neste capítulo, vamos estudar os seguintes temas: » A Linguagem SQL. » Subdivisões da SQL. » Como criar um Banco de Dados usando SQL. Metas Após o estudo deste capítulo, esperamos que você: » Conheça a linguagem SQL. » Conheça as subdivisões da linguagem. » Consiga criar e manter a estrutura de um banco de dados usando SQL. » Consiga criar índices para um banco de dados. 25
  • 26. Banco de Dados Capítulo 11 – Criando e Mantendo um Banco de Dados Vamos conversar sobre o assunto? “No capítulo anterior vimos linguagens formais para consulta a banco de dados relacionais. Porém, na área comercial, essas linguagens não são muito utilizadas, ao invés delas, são usadas linguagens comerciais para criação, manutenção e consulta a banco de dados. Entre essas linguagens, a SQL (Structured Query Language) é a mais utilizada. Por isso mesmo, a interface SQL é implementada em todos os sistemas de bancos de dados relacionais existentes. É justamente sobre a SQL que estudaremos nesse capítulo e no capítulo seguinte.” Neste capítulo, começaremos estudando a linguagem comercial SQL, com o objetivo de ter um conhecimento geral sobre a linguagem e criar e manter esquemas de bancos de dados relacionais. Adicionalmente, também apresentaremos como criar índices para esses esquemas. Vamos lá? A SQL SQL ou Structured Query Language (Linguagem de Consulta Estruturada) é uma linguagem de consulta declarativa, não-procedural, fundamentada na álgebra e no cálculo relacional de tupla. Apesar de ser chamada linguagem de consulta (Query), ela não é apenas de consulta, ela inclui comandos para definição, manutenção e consulta em bancos de dados relacionais. Além disso, ela define mecanismos para criação de visões, especificações de segurança, autorizações, definições de restrições e controle de transações. Adicionalmente, ela possui regras para embutir os comandos SQL em linguagens de programação genéricas como Java, PHP, C# ou C/C++. A SQL foi desenvolvida pelo laboratório da IBM, nos anos 70, como parte do sistema System R (o primeiro SGBD relacional). Ela foi, inicialmente, chamada de SEQUEL (Structured English Query Language), mas teve seu nome alterado para SQL por razões Jurídicas. Em 1986, em um esforço conjunto da ANSI (American Nacional Standars Institute) e da ISO (International Standards Organization) criou-se a primeira versão padrão da SQL, a SQL-86 (SQL1), substituída posteriormente pela SQL-92 (SQL2) e depois pela SQL-99 (SQL3). O atual projeto da SQL é o padrão 200n. A SQL padrão é suportada por todos os SGBDs relacionais comerciais. Porém, mesmo padronizada, existem variações, ou seja, cada fornecedor pode incluir comandos próprios na SQL utilizada pelo seu SGBD. Em outras palavras, cada implementação do SQL de cada fornecedor possui os comandos do SQL padrão (também chamado SQL ANSI) e, também, algumas adaptações para resolver certas particularidades. Para conhecer o conjunto completo de comandos SQL de um determinado fornecedor (ex: Oracle), recomendamos a leitura do manual do fabricante. A vantagem de fazer uso apenas do SQL padrão é não ter problemas com migração de SGBD para SGBD. Por exemplo, se você fazia uso de SQL Server e, depois, migrou para o uso do Oracle, se fez uso apenas do SQL padrão, 26
  • 27. Banco de Dados não haverá problemas ou necessidade de adaptações. O SQL usado nesta disciplina será o baseado no Padrão ANSI e nenhuma característica específica de SGBD será abordada. Dessa forma, para praticar os comandos de SQL aqui ensinados, você poderá fazer uso de qualquer SGBD comercial. Subdivisão da SQL A SQL é composta por grupos de instruções que são utilizadas no processo de administração e controle de bancos de dados. Esses grupos serão descritos a seguir (vide Figura 3). » DDL (Data Definition Language - Linguagem de Definição de Dados) - as instruções do tipo DDL permitem efetuar a criação das estruturas (esquemas) de tabelas (relações) onde os dados serão armazenados, índices e os bancos de dados como um todo. Permitem também efetuar alterações nas estruturas criadas, bem como remover estruturas existentes. Neste grupo estão as instruções: CREATE TABLE, DROP TABLE, ALTER TABLE, CREATE INDEX e DROP INDEX. O resultado da compilação dos parâmetros/comandos DDL geram os dicionários de dados (arquivo de metadados). Adicionalmente, a DDL inclui comandos para definição de visões e para especificação de direitos de acesso às relações/visões. Figura 3 - Subdivisões da SQL » DML (Data Manipulation Language - Linguagem de Manipulação de Dados) - as instruções do tipo DML permitem efetuar a manipulação dos dados que estejam armazenados nas tabelas de um determinado banco de dados. Desta forma é possível cadastrar, alterar e excluir registros (tuplas) existentes. Neste grupo encontram-se as instruções: INSERT, SELECT, UPDATE e DELETE. De todos os comandos existentes, o comando SELECT é o mais importante e utilizado, pois é com ele que se obtém a extração de informações a partir do banco de dados. » DCL (Data Control Language - Linguagem de Controle de Dados) – as instruções do tipo DCL permitem controlar o acesso e os privilégios dos usuários às relações e visões, protegendo os dados de manipulações não autorizadas; » TML (Transactions Manipulation Language - Linguagem de Manipulação de Transações) – as intruções do tipo TML especificam as transações através de comandos de iniciação e finalização das mesmas, garantindo o compartilhamento e a integridade dos dados. 27
  • 28. Banco de Dados Nesta disciplina apenas abordaremos a DDL e a DML. Tipos de Dados Antes de entrar nos comandos propiamente ditos da SQL, vale a pena comentar sobre tipos de dados. Para definir os atributos das tabelas, precisamos definir os domínios de cada um deles. Isso é feito através da especificação do tipo do dado. Nesse ponto é importante ressaltar que cada SGBD tem um conjunto próprio de tipos de dados. Mas, podemos dizer que, genericamente, vamos encontrar na maioria dos SGBDs tipos como: » Char(X): Para dados caracteres, onde X é o tamanho máximo permitido de caracteres e esse tamanho é fixo. Ou seja, se for especificado, por exemplo, um tamanho de 50 caracteres, sempre será ocupado na memória 50 posições, independente da palavra sendo armazenada. » Varchar(X): Idem o anterior, mas o tamanho armazenado é variável. Se ocupará memória apenas para o que for digitado, tendo o X apenas como referência para tamanho máximo. » Integer : Para dados numéricos inteiros positivos ou negativos » Decimal(X,Y): Pada dados numéricos decimais, onde X é o tamanho máximo permitido da parte inteira e Y é o tamanho máximo da parte fracionária » Date: Para datas. Seu formato depende do SGBD relacional. E cada SGBD pode ter um tipo diferenciado para armazenamento de datas. » Logical: Para os valores lógicos TRUE ou FALSE. Comandos SQL para Definição de Dados (DDL) A DDL serve para expressar a especificação do esquema do BD. O resultado da compilação dos parâmetros DDLs é um conjunto de tabelas que são armazenadas em um arquivo especial chamado dicionário de dados4. Comentário Os comandos SQL para definição de dados são: CREATE, DROP e ALTER. Vamos dar uma olhada em cada um desses comandos, a seguir e, para exemplificar o uso deles, 4 Relembrando: o vamos tomar a modelagem da Figura 4 como base. Nela temos especificado o MER para Dicionário de Dados uma Editora. é um arquivo de metadados (dados a respeito de dados) no SGBD. Ou seja, ele contém a semântica dos dados do BD (o que eles significam). Figura 4 - Modelo base para exemplos O MR para este diagrama é o seguinte (baseado nas regras de conversão do MER para o MR, anteriormente vistas): 28
  • 29. Banco de Dados AUTOR (CodAutor (PK), Nome, Nascimento) LIVRO (TitLivro (PK), CodAutor (FK), CodEditora (FK), Valor,Publicacao, Volume, Idioma) EDITORA (CodEditora (PK), Razao, Endereco, Cidade) DDL - Criando Tabelas O comando CREATE TABLE especifica uma nova tabela (relação), dando o seu nome e especificando as colunas (atributos), cada uma com seu nome, tipo e restrições iniciais. A forma geral do comando é: create table nome_tabela. Por exemplo: create table Empregado. Porém, a sintaxe completa do comando é bem mais detalhada: CREATE TABLE Nome_Tabela ( Nome_Atributo1 Tipo [(Tamanho)] [NOT NULL] [DEFAULT valor] [...], [,Nome_Atributo2 Tipo [(Tamanho)] [NOT NULL] [DEFAULT valor] [...], [PRIMARY KEY (Primária1[, Primária2 [, ...]])] [UNIQUE (Candidata1[, Candidata2[, ...]])] [FOREIGN KEY (Estrangeira1[, Estrangeira2 [, ...]]) REFERENCES TabelaExterna [(AtributoExterno1 [, AtributoExterno2 [, ...]])] [CHECK (condição)] ) Onde : ( ) Indica parte da sintaxe do comando e [ ] Indica opcionalidade do comando. Vamos explicar agora cada parte do comando completo. Nome_Atributo - nome do atributo que está sendo definido Tipo: domínio do atributo ou seja o tipo do dado do atributo. Tamanho : alguns tipos de dados necessitam de especificação do tamanho do dado. Por exemplo, o tipo CHAR NOT NULL: expressa que o atributo não pode receber valores nulos DEFAULT valor: indica um valor a ser atribuído ao atributo caso não seja determinado um valor durante a inserção PRIMARY KEY (Primária1, Primária2, ...) – serve para especificar a(s) chave(s) primária(s) da tabela. UNIQUE: indica que o atributo tem valor único na tabela. Qualquer tentativa de se introduzir uma linha na tabela contendo um valor igual ao do atributo será rejeitada. Serve para indicar chaves secundárias (chaves candidatas). Em Candidata1, Candidata2 devem ser especificados os atributos que terão esse valor único na tabela. FOREIGN KEY (Estrangeira1[, Estrangeira2 [, ...]]) REFERENCES TabelaExterna [(AtributoExterno1 [, AtributoExterno2 [, ...]]) – serve para especificar os atributos que são chaves estrangeiras na relação, já relacionando-os às tabelas onde eles são chave primária (Integridade Referencial). Em Estrangeira1, Estrangeira2, ... especificam-se os atributos que são chave estrangeira. Em TabelaExterna se especifica o nome da tabela onde o atributo é chave primária e, por fim, o nome desse atributo nessa TabelaExterna (porque os atributos na relação e na tabela externa original podem ter nomes diferentes). Se os atributos da relação e da tabela externa tiverem o mesmo nome, esses AtributoExterno1, 29
  • 30. Banco de Dados AtributoExterno2, ... não precisam ser especificados. CHECK (condição) – aqui são especificadas condições que devem ser checadas na inserção de dados na tabela (validações). Vamos agora dar exemplos de uso dessa sintaxe tomando o nosso modelo base Comentário (Figura 4). Primeiro, vamos criar as tabelas Autor e Editora que são tabelas simples (sem chaves estrangeiras ou checagens a serem feitas): 5 Como tipo de dados estamos CREATE TABLE AUTOR( deduzindo os tipos possíveis baseados na CodAutor INTEGER NOT NULL, explicação da seção anterior sobre tipos de Nome CHAR(50)5 NOT NULL, dados. Nascimento DATE NOT NULL, PRIMARY KEY (CodAutor), Comentário UNIQUE (Nome) ); 6 Valor será do tipo CREATE TABLE EDITORA( DECIMAL, ou seja, CodEditora INTEGER NOT NULL, um valor de ponto flutuante, tendo 3 Razao CHAR(50), casas na parte inteira e duas casas decimais. Endereco CHAR(50), Cidade CHAR(30) Comentário PRIMARY KEY(CodEditora )); Agora, podemos partir para a definição da tabela Livro que faz uso das duas tabelas 7 Aqui está sendo especificado o valor anteriormente definidas: default para o atributo CREATE TABLE LIVRO( idioma. Se esse campo não for informado, o Titulo CHAR(50) NOT NULL, valor “Português” será assumido. CodAutor INTEGER NOT NULL, CodEditora INTEGER NOT NULL, Comentário Valor DECIMAL(3.2)6, Publicacao DATE, 8 Veja que está sendo especificada Volume INTEGER, uma chave primária composta, uma vez Idioma CHAR (15) DEFAULT = ‘Português’ 7, que dois atributos fazem parte da PRIMARY KEY (Titulo, CodAutor8), especificação. FOREIGN KEY (CodAutor) REFERENCES AUTOR9, FOREIGN KEY (CodEditora) REFERENCES EDITORA, Comentário CHECK Valor > 10.010); 9 Veja que estamos Só pra ilustrar melhor o uso da cláusula CHECK vamos dar outro exemplo de criação espeficifando que de tabela, fora do exemplo do modelo base (Figura 4). Suponha que desejamos criar a tabela CodEditora é chave estudante que contenha os atributos matricula, nome e nível. estrangeira na tabela sendo definida e é um CREATE TABLE estudante ( atributo pertencente a tabela Autor (sendo matricula char(10) NOT NULL, chave primária nessa outra tabela – tabela nome char(15) NOT NULL, externa) nivel char(15) NOT NULL, 30
  • 31. Banco de Dados PRIMARY KEY (matricula), CHECK (nivel IN (“Bacharelado”, ”Mestrado”, ”Doutorado”)))11 O SQL-89 obrigava os atributos da chave primária a serem declarados como NOT NULL e UNIQUE. Comentário SQL-92 e posteriores já assumem essas condições, assim, sua declaração é redundante. 10 Aqui é especificado Uma cláusula FOREIGN KEY pode incluir regras de remoção / atualização: que os livros que forem criados devem FOREIGN KEY (coluna) REFERENCES tabela ter seu valor maior que 10. Essa é uma [ON DELETE {RESTRICT | CASCADE | SET NULL | SET DEFAULT}] validação que será feita a cada inserção / [ON UPDATE {RESTRICT | CASCADE | SET NULL | SET DEFAULT}] alteração de dados na Suponha que T2 tem uma chave estrangeira para T1, ou seja, tem um atributo que tabela. é chave primária em T1. Vejamos as cláusulas ON DELETE e ON UPDATE ON DELETE Comentário RESTRICT: (default) significa que uma tentativa de se remover uma linha de T1 11 Veja que aqui falhará se alguma linha em T2 combinar com a chave da tupla de T1 que está sendo estamos especificando deletada. os valores possíveis para o atributo nível. CASCADE: a remoção de uma linha de T1 implica em remoção de todas as linhas de T2 que combinam com a chave da tupla de T1 sendo deletada. Comentário SET NULL: remoção de T1 implica em colocar NULL em todos os atributos de T2 que sejam chave estrangeira e estejam relacionados com a tupla sendo deletada em T1. 12 O valor default para SET DEFAULT: remoção de linha em T1 implica em colocar valores DEFAULT nos o departamento é 1. atributos da chave estrangeira de cada linha de T2 que combina ON UPDATE Comentário RESTRICT: (default) a atualização de um atributo de T1 falha se existem linhas em T2 combinando com a tupla sendo modificada. A chave primária é a 13 matrícula. CASCADE: a atualização de atributo em T1 implica que linhas que combinam em T2 também serão atualizadas Comentário SET NULL: a atualização de T1 implica que valores da chave estrangeira em T2, nas linhas que combinam com a tupla de T1 sendo atualizada, são postos para NULL. 14 Veja que aqui o atributo da tabela SET DEFAULT: a atualização de T1 implica que valores da chave estrangeira de T2 sendo definida tem nas linhas que combinam terão valores default aplicados. nome diferente do atributo na sua tabela Vamos dar um exemplo de uso dessas cláusulas: externa de origem. Por isso, o nome do CREATE TABLE empregado ( atributo na tabela matricula char(10) NOT NULL, externa precisa ser especificado. nome char(15) NOT NULL, cod_depto INT NOT NULL DEFAULT 112, Comentário PRIMARY KEY(matricula) , 13 15 Aqui é especificado FOREIGN KEY(supervisor) REFERENCES Empregado(matricula)14 que, se a tupla que ON DELETE SET NULL15 contém a matrícula sendo utilizada nesta ON UPDATE CASCADE16, tabela for deletada, o atributo SUPERVISOR FOREIGN KEY (cod_depto) REFERENCES Departamento(codigo) deverá receber o valor NULL. ON DELETE SET DEFAULT17 31
  • 32. Banco de Dados ON UPDATE CASCADE); DDL - Alterando Tabelas O comando ALTER TABLE permite inserir/eliminar/modificar colunas nas tabelas já existentes, modificando a estrutura das mesmas. A sintaxe básica desse comando é: ALTER TABLE Tabela { ADD (NomeNovoAtributo NovoTipo [BEFORE Nome_Atributo] [, ...] ) | Comentário DROP (Nome_Atributo [, ...] ) | 16 Aqui é especifricado MODIFY ( Nome_Atributo NovoTipo [ NOT NULL ] [DEFAULT, ... ] ) que, se a matrícula for atualizada na tabela } de origem, todas as Onde: | Indica escolha de várias opções e { } Indica obrigatoriedade de escolha de tuplas da tabela onde o atributo é chave uma opção entre as várias. Agora, vamos explicar cada parte do comando. estrangeira devem ser atualizadas também. Adicionando um novo atributo (nova coluna) na Tabela ADD (NomeNovoAtributo NovoTipo [BEFORE Nome_Atributo] [, ...] ) | Usando o ADD é possível adicionar um novo atributo na Tabela. Dessa forma, o novo Comentário atributo deve ser especificado (nome e tipo). É possível ainda dizer antes de qual atributo se deseja que esse novo atributo seja inserido (BEFORE nome_atributo). Por exemplo, se 17 Aqui é especificado desejássemos adicionar o campo E-MAIL na tabela Autor, do nosso exemplo base (Figura 4), que, se a tupla que usaríamos: contém o código do departamento sendo ALTER TABLE AUTOR ADD EMAIL CHAR(40); utilizado nesta tabela for deletada, o atributo cod_depto deverá receber o valor default especificado para este Observação atributo. No caso, o número 1. Os novos atributos terão valores nulos em todas as linhas. Por isso, não se pode usar NOT NULL juntamente com ADD (na definição do novo atributo), quando a tabela já contiver registros (lembre, com o uso de ADD a nova coluna é carregada com NULL’s). Deletando um atributo (uma coluna) da Tabela DROP (Nome_Atributo [, ...] ) | Para usar a cláusula DROP é necessário apenas especificar o nome do atributo que se deseja remover da tabela. Porém, atenção, a cláusula DROP não remove atributos da chave primária. Por exemplo, se desejássemos eliminar o campo E-MAIL (anteriormente adicionado) da tabela Autor, usaríamos: ALTER TABLE AUTOR DROP EMAIL; A cláusula DROP pode ser usada com algumas configurações adicionais: DROP Nome_Atributo [CASCADE | RESTRICT] onde: CASCADE: removeria o atributo de todos os lugares onde ele estivesse sendo usado (outras tabelas como chave estrangeira e em visões). RESTRICT: não permitiria a remoção do atributo se este estivesse sendo usado em uma visão ou como chave estrangeira em outra tabela. 32
  • 33. Banco de Dados Ex: ALTER TABLE AUTOR DROP EMAIL RESTRICT; Modificando um atributo (uma coluna) da Tabela Comentário MODIFY18 ( Nome_Atributo NovoTipo [ NOT NULL ] [, ... ] ) Esta cláusula serve para modificar as informações de um atributo como, por 18 Em alguns SGBDs ao invés de MODIFY exemplo, seu tamanho, sua nulidade, etc. Quando se altera o tipo de dados de uma coluna, é usada a cláusula os dados são convertidos para o novo tipo. Por exemplo, se desejássemos modificar o ALTER. campo E-MAIL na tabela Autor, diminuindo seu tamanho de 40 para 30, usaríamos: ALTER TABLE AUTOR MODIFY EMAIL CHAR(25); O detalhe é que, se se diminuir o tamanho de um atributo do tipo CHAR, os dados existentes serão truncados, havendo assim, perda de informação. DDL – Criando e Removendo Índices Índices são estruturas que permitem agilizar a busca e ordenação de dados em tabelas. Para criar um índice em uma tabela existente usamos o comando CREATE INDEX. A sintaxe completa desse comando é: CREATE [UNIQUE] INDEX Nome_Indice ON Nome_Tabela (Nome_Atributo1 [, Nome_Atributo2…]) Neste comando devemos especificar se o índice deve ser único (UNIQUE), ou seja, não deve permitir repetições (restrição de chaves) ou se será apenas um índice usado para acelerar a busca entre as tuplas da tabela. Depois, devemos especificar o nome do índice (Nome_Indice), a qual tabela ele vai pertencer (Nome_Tabela) e qual(ais) atributo(s) fará Comentário (ão) parte do índice. Por exemplo, se desejássemos criar um índice para o campo código do autor da tabela Autor, usaríamos: 19 Foi usado o sufixo IDX para indicar que CREATE UNIQUE INDEX CodigoIDX ON Autor (CodAutor); 19 é um índice para o Agora, se desejássemos criar um índice para pesquisar pelo código do autor e pelo código do autor. código da editora ao mesmo tempo, usaríamos: CREATE INDEX AutorEditoraIDX ON Livro (CodAutor,CodEditora); O default é indexar em ordem ascendente, se quisermos uma ordem descendente Comentário devemos adicionar palavra DESC depois do nome do atributo (no final do comando). Por exemplo, suponha que se deseja pesquisar os autores pelo seu nascimento. Mas das datas 20 Foi usado o sufixo maiores (mais rescentes) para as menores (mais antigas). Assim, ficaríamos com: IDX para indicar que é um índice para o nome CREATE INDEX NascIDX20 ON Autor (Nascimento) DESC; do autor. Observação Uma consulta que envolva atributos indexados é realizada com um tempo de execução melhor do que com atributos não-indexados. Agora, cuidado, você também não pode indexar TODOS os atributos de uma tabela. Você deverá usar o bom-senso para escolher quais aqueles que serão indexados de acordo com o problema sendo modelado e a freqüência de uso do atributo em consultas. Alguns SGBDs (por exemplo, o Oracle) criam, automaticamente, índices para as chaves primárias das tabelas, fazendo uso da cláusula UNIQUE. 33
  • 34. Banco de Dados Para eliminarmos um índice usamos o comando DROP INDEX, cuja sintaxe é: Comentário DROP INDEX Nome-Índice21 Por exemplo, suponha que sejamos deletar o índice criado para a data de 21 Deve ser usado o nascimento do autor, ficaríamos com: nome que foi dado ao índice na criação do DROP INDEX NascIDX mesmo. DDL - Excluindo Tabelas Comentário Para excluir uma tabela existente do SGBD é utilizado o comando DROP. Agora, 22 Para criar tabelas é necessário muito cuidado com este comando, pois ao deletar a tabela (esquema da é usado o comando mesma), automaticamente, TODOS os dados da tabela também serão excluídos. A sintaxe CREATE TABLE. desse comando é: DROP TABLE Nome_Tabela Exemplo: Comentário /* Excluir a tabela livro */ 23 Integer indica um DROP TABLE LIVRO; valor numérico inteiro e como o código é a chave, ele deve ser NOT NULL. Conheça Mais Em geral, os livros de banco de dados trazem um ou mais capítulo sobre SQL. Entre esses livros temos: Comentário SILBERSCHATZ, Abraham; KORTH, Henry F; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de dados. Traduzido por Daniel Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier;Campus, 2006. 24 A descrição deve ser um atributo do tipo ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. Sistemas de banco de dados. 4a. ed. São caractere. Usando o Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005. bom-senso você define o tamanho do campo. DATE, C. J. Introdução a sistemas de bancos de dados. Rio de Janeiro: Campus, Optei pela descrição ser também not null. 2000. ALVES, W.P. Fundamentos de Bancos de Dados. Editora Érica, 2004. Além destes, há livros específicos sobre SQL, independente de SGBD, tais como: Comentário BEIGHLEY, Lynn. Use a Cabeça SQL. Starlin Alta Consult, 1ª Edição, 2008 25 O preço é um valor KLINE, Daniel; KLINE, Kelvin E. Sql - O Guia Essencial - Manual de Referência decimal . Optei por ele Profissional. Alta Books, 2010. poder assumir o valor NULL (suponha que no SHELDON, Robert; OPPEL, Andy. SQL – Um Guia para Iniciantes. Editora Ciência momento do cadastro Moderna, 3ª Edição, 2009 você ainda não saiba por quanrto vai vender DAMAS, Luís. Sql - Structured Query Language. Editora LTC, 6ª edição, 2007. o produto. 34
  • 35. Banco de Dados Você Sabia? Além da SQL outra linguage comercial para manipulação de SGBDs é a QBE (Query-by-Example). A versão experimental da linguagem foi descrita formalmente (publicada) por Moshe Zloof em 1977. A versão comercial foi descrita em 1978 pela IBM e usada mais tarde na Query Management Facility (QMF). A QBE tem por base o cálculo relacional de domínio e possui sintaxe bidimensional: as consultas parecem tabelas. Nesta linguagem as consultas são expressas “por exemplo”. Em vez de determinar um procedimento para obtenção da resposta desejada, o usuário dá um exemplo do que é desejado. A partir daí, o sistema generaliza o exemplo para o Comentário processamento da resposta da consulta. 26 Você não pode deixar para especificar a quantidade de itens Aprenda Praticando depois. Por isso, NOT NULL. Utilize SQL para fazer o que se pede, a partir do modelo relacional a seguir. » Produto (cod_prod (PK), descricao, preco) Comentário » Item_Venda (cod_venda (PK), cod_prod(PK), qntde) 27 Veja que está » Venda (cod_venda (PK), nome_cliente) sendo especificada uma chave primária 1) Crie as tabelas acima usando o comando, sabendo que os códigos devem ser composta, uma vez valores núméricos, preco deve ser um valor de ponto flutuante e qntde (quantidade que dois atributos fazem parte da comprada do produto) deve ser um valor inteiro, obrigatoriamente, maior que zero especificação. (afinal, ninguém compra zero produto!). Devemos começar a criação pelas tabelas mais simples (sem chave estrangeira). Dessa forma, vamos criar primeiro a tabela PRODUTO e, depois, a tabela VENDA. Comentário CREATE TABLE22 PRODUTO( 28 Veja que estamos cod_prod integer23 NOT NULL, espeficifando que cod_prod é chave descricao CHAR(45) NOT NULL24, estrangeira na tabela e é um atributo preco DECIMAL25(5,2), pertencente a tabela PRIMARY KEY (cod_prod) ) Produto. Seguindo o mesmo raciocínio da tabela anterior, criaremos, agora, a tabela VENDA. CREATE TABLE VENDA( cod_venda integer NOT NULL, nome_cliente CHAR(40) NOT NULL, PRIMARY KEY (cod_venda) ) CREATE TABLE ITEM_VENDA( cod_prod INTEGER NOT NULL, cod_venda INTEGER NOT NULL, qntde INTEGER NOT NULL26, PRIMARY KEY (cod_prod, cod_venda)27, FOREIGN KEY (cod_prod) REFERENCES Produto28, FOREIGN KEY (cod_venda) REFERENCES Venda, 35