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Durante o século XX, o mundo foi marcado pela emergência de conflitos
de diversas espécies, em todas as regiões do globo, incluindo as duas Guerras
Mundiais e a Guerra Fria, que influenciaram a forma de agir e de pensar das mais
diferentes nações em um mesmo momento. Além disso, conflitos localizados
marcaram a história da África e Ásia, especialmente nos movimentos de
descolonização; da América Latina, com os golpes militares e o soerguimento de
grupos paramilitares; e do Oriente Médio, com os conflitos territoriais e a presença
de grupos terroristas.
          Esse ambiente de grande instabilidade política, associado ao expressivo
desenvolvimento tecnológico e industrial observado no período, culminou na
produção e disseminação de diversos tipos de armamentos com capacidades
destrutivas nunca antes observadas.
DESARMAMENTO INTERNACIONAL
            O desarmamento, de forma geral, pode se efetivar através de duas formas legais: por
acordos vinculantes, chamados de hard law, que são aqueles em que as partes são obrigadas a
cumprir; e por acordos não vinculantes, chamados de soft law, em que as partes são
incentivadas, mas não obrigadas a cumprir. Existem, atualmente, tanto acordos de
desarmamento de hard law quanto acordos soft law que abrangem o desarmamento entre
Estados, voltado para armas convencionais ou de destruição em massa
            Inicialmente, faz-se necessário estabelecer a distinção dos diversos tipos de
armamentos existentes, e suas nomenclaturas. Por armas de destruição em massa, entende-se
todos aqueles armamentos que causam danos indiscriminados, com grande alcance, sendo
incluídas nessa categoria as armas nucleares, biológicas e químicas. Por armamento
convencional, entende-se que sejam todos os demais armamentos que não sejam de destruição
em massa, embora haja subdivisões dentro dessa categoria.
O maior ponto de divergência ao se tratar do desarmamento
internacional se concentra em um ponto específico, o chamado
―dilema de segurança‖. Esse dilema se forma ao se tentar definir qual
o ponto de equilíbrio entre a renúncia às armas que o Estado possui, e
a manutenção de uma posição mínima de segurança internacional. Ou
seja, os Estados não sabem até que ponto podem se desarmar para
que, mesmo com uma quantidade inferior de armamentos, ainda possa
garantir sua própria segurança.
ARMAMENTOS NUCLEARES
             Durante a Segunda Guerra Mundial, os EUA, em parceria com especialistas
britânicos, lançaram o Projeto Manhattan, um plano governamental que visava produzir
equipamentos explosivos baseados na fissão nuclear. Com o sucesso do programa, os EUA se
tornaram o primeiro país do globo a possuir em seu arsenal uma bomba nuclear (RHODES,
1986). Assim, ao fim da Segunda Guerra, o mundo assistiu, em 1945, à primeira e única
utilização desse tipo de armamentos em combate, ordenada pelo presidente Harry Truman contra
as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Findada a Segunda Guerra Mundial, com o início
da Guerra Fria, a União Soviética buscou também dominar esse tipo de tecnologia nuclear e
obteve domínio sobre a mesma em 1949, rompendo o monopólio estadunidense sobre a
produção dessa categoria de armamentos.
           Nos anos seguintes, diversos outros países com elevada capacidade científica
buscaram também serem capazes de produzir armamentos nucleares. Assim, em 1952, 1960 e
1964, o Reino Unido, França e China, respectivamente, também demonstraram serem detentores
da tecnologia nuclear, se tornando, juntamente com os EUA e URSS.
Atualmente, estima-se que os EUA possuam cerca de 8.500
ogivas nucleares, a Rússia possua aproximadamente 11.000, a França
300, a China 240, e o Reino Unido 225 (SIPRI, 2011).
         Em 1968 foi assinado, e em 1970 entrou em vigor, o Tratado de
Não-Proliferação Nuclear (TNP), acordo que visava controlar as armas
nucleares dos cinco países que as detinham, comprometendo-os a não
transferir nem auxiliar os países não-nuclearizados a obterem armas
nucleares; e visava também o comprometimento dos Estados não-
nucleares em não buscar desenvolver por conta própria armas
nucleares.
        O TNP conta, atualmente, com a ratificação de 189 países .
TNP
•   O Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) é um tratado entre Estados soberanos assinado em
    1968, em vigor a partir de 5 de março de 1970. Atualmente conta com a adesão de 189 países, cinco
    dos quais reconhecem ser detentores de armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido,
    França e China - que são também os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da
    ONU.[1] Em sua origem tinha como objetivo limitar o armamento nuclear desses cinco países (a antiga
    União Soviética foi substituída pela Rússia). Nos termos do tratado, esses países ficam obrigados a
    não transferir essas armas para os chamados "países não-nucleares", nem auxiliá-los a obtê-las. A
    China e a França, entretanto, não ratificaram o tratado até 1992.
•   Considerado pelos seus signatários como pedra fundamental dos esforços internacionais para evitar a
    disseminação de armas nucleares e para viabilizar o uso pacífico de tecnologia nuclear da forma mais
    ampla possível, paradoxalmente apoia-se na desigualdade de direitos, uma vez que congela a
    chamada geometria do poder nuclear em nome da conjuração do risco de destruição da civilização.
•   Estados Unidos, Rússia, França, Inglaterra e China – todos signatários do TNP - possuem 90% das
    armas nucleares, sendo o restante distribuído entre Índia, Paquistão e Israel.[2]
POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES
•    Estados Unidos da América: Os Estados Unidos declara-se contra os programas
     militares nucleares, e defende o fim de testes nucleares e enriquecimento de
     urânio que possa colaborar no desenvolvimento de armamentos nucleares.
     Acreditam que o desarmamento nuclear completo é um programa de longo prazo,
     que deve ser atingido gradualmente, e, assim, não possuem perspectivas para que
     esse se concretize de fato.
     O governo americano considera o programa nuclear iraniano como uma ameaça à
     estabilidade do sistema internacional, uma vez que o Estado iraniano não cumpre
     rigorosamente com tudo que é proposto pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
     Portanto, propõe sanções contra o Irã e clama por apoio de outros países para que
     suas medidas sejam aprovadas. O país possui ainda uma aliança histórica com o
     Estado de Israel, apoiando esse em diversos temas da agenda internacional.
     Os EUA já afirmaram que não atacarão com armas nucleares algum Estado que
     não possua esse tipo de armamentos, desde que esse país seja membro e esteja
     de acordo com as obrigações estipuladas pelo TNP, o que, na concepção
     estadunidense, excluiria o Irã.
•   Federação Russa: No que diz respeito aos armamentos nucleares, a Federação Russa tende a
    alinhar-se com os Estados Unidos em suas visões políticas. Isso significa que defende a
    erradicação absoluta dos arsenais nucleares, e vem demonstrado seriedade e comprometimento,
    cumprindo as medidas propostas pelo Tratado de Não-Proliferação. Assim como os EUA, possui
    uma grande quantidade de armamentos nucleares, somando, juntos 95% das armas nucleares
    do mundo. Prevê-se que tal arsenal será diminuído com a ratificação do START, acordo bilateral
    assinado com os EUA em 2010, que estipula o máximo de 1550 ogivas nucleares para cada
    país, além de restringir a quantidade de mísseis balísticos intercontinentais.
    Entretanto, o país demonstra grande desagrado à proposta estadunidense de, em parceria com a
    OTAN, construir um escudo antimíssil na Europa. Segundo esses países, o escudo seria uma
    proteção contra o Irã, mas a Rússia, que foi excluída desse processo de cooperação, não vê com
    bons olhos essa iniciativa e já sugeriu ter que voltar a investir em armamentos nucleares para
    combater tal iniciativa. Os rumores de que a Rússia estaria deslocando armas nucleares de curto
    alcance para Kaliningrado, um enclave russo na fronteira com a Polônia e a Lituânia, preocupa
    os membros da OTAN, embora a Rússia negue tais rumores
•   França: A França apresenta um comportamento de busca por soluções pacíficas e diplomáticas para
    questões nucleares. Previamente, o país já havia anunciado planos de diminuir o arsenal nuclear do país,
    embora tenha continuado com a modernização e evolução do arsenal já existente. Em 2010, a França
    anunciou que não abriria mão de seus armamentos nucleares, deixando de reduzir o seu arsenal. Para ela,
    tal redução representaria um perigo à segurança do país, principalmente em um mundo tão perigoso como o
    em que vivemos hoje.
    Como membro permanente do Conselho de Segurança, a França detém um papel fundamental em toda e
    qualquer discussão que trate de mecanismos pragmáticos de controle e fiscalização sobre armamentos
    nucleares ao redor do globo.
•   Reino Unido: O Reino Unido empreende esforços para a erradicação completa, ainda que gradual, de todo e
    qualquer armamento nuclear, através de acordos militares. Como Estado signatário do Tratado de Não-
    Proliferação Nuclear, o Reino Unido enfatiza a responsabilidade dos Estados nuclearizados diante da
    questão do desarmamento nuclear, bem como defende que países que não detêm tecnologia nuclear bélica
    devem abrir mão de consegui-la.
    O Reino Unido estimula o desenvolvimento de tecnologia nuclear para fins pacíficos, e sugere que o controle
    da proliferação de armas deve partir de estratégias domésticas e internacionais que combatam radicalmente
    as redes de fornecimento de armamentos nucleares.
    Além disso, o país adotou uma estratégia de transparência em relação ao seu arsenal, divulgando a
    quantidade máxima de ogivas operacionais e reservas que o país mantém — 160 e 225, respectivamente —
    e anunciou que iria rever sua política de segurança em relação ao uso de armas nucleares que, segundo o
    próprio governo, se apresentava ambígua. A antiga política estabelecia que o Reino Unido apenas
    consideraria utilizar armas nucleares em casos extremos de auto-defesa, incluindo defesa aos aliados da
    OTAN, e não definia as circunstâncias precisas de uso.
•   China: O programa nuclear chinês, apoiado pelos soviéticos nos anos 50, foi justificado pela necessidade de
    manutenção do status de potência regional e global de forma indiscutível, colocando o país em pé de
    igualdade com as demais potências do Conselho de Segurança. No entanto, a mentalidade vigente na
    aquisição de equipamento nuclear militar era defensiva, e assim permanece até hoje. O governo da China
    declara-se contrário à utilização de arsenal nuclear, mas afirma-se indisposto a abrir mão de suas
    capacidades nucleares enquanto as outras potências não o fizerem.
    A China foi pioneira ao lançar a política de ―no first use ‖, comprometendo-se a não ser o primeiro Estado a
    utilizar armamentos nucleares contra qualquer outro país, sob quaisquer circunstâncias, em qualquer época,
    o que reforça o caráter defensivo de seu arsenal.
    Entretanto, suspeita-se que a China ofereça suporte ilegal aos regimes iranianos e norte-coreanos,
    permitindo e sendo intermediador de troca de material bélico nuclear entre esses dois países, o que
    desrespeita as sanções impostas pela ONU.De acordo com o Pentágono dos EUA, a China tem aumentado
    sua produção de armas nucleares em 25% desde 2005, e possui o programa de mísseis balísticos mais ativo
    do mundo. De acordo com a China, o país trabalha para o controle e a prevenção do desvio de material
    nuclear para países e zonas não-nuclearizados e para grupos terroristas.
• A Guerra da Coreia foi um conflito armado entre Coreia do Sul e
  Coreia do Norte.


• Teve como pano de fundo a disputa geopolítica entre Estados
  Unidos (capitalismo) e União Soviética (socialismo).


• Foi o primeiro conflito armado da Guerra Fria, causando
  apreensão no mundo todo, pois houve um risco eminente de uma
  guerra nuclear em função do envolvimento direto entre as duas
  potências militares da época.
CAUSAS DA GUERRA
• Ocupação japonesa (1910–1945)


• Invasão soviética-americana (1945)


• Coreia dividida (1945–1949) = Conferencia de Potsdam


• Após diversas tentativas de derrubar o governo sul-coreano, a Coreia do
  Norte invadiu a Coreia do Sul em 25 de junho de 1950. As tropas norte-
  coreanas conquistaram Seul (capital da Coreia do Sul).
O DESENVOLVIMENTO DA GUERRA
•   -Logo após a invasão norte-coreana, as Nações Unidas enviaram tropas para a região a fim
    de expulsar os norte-coreanos e devolver o comando de Seul para os sul-coreanos.


•   Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Coreia do Sul, enquanto a China (aliada
    da União Soviética) enviou tropas para a zona de conflito para apoiar a Coreia do Norte.


•   Em 1953, a Coreia do Sul, apoiada por Estados Unidos e outros países capitalistas,
    apresentava várias vitórias militares.


•   Sangrentos conflitos ocorreram em território coreano, provocando a morte de
    aproximadamente 4 milhões de pessoas, sendo que a maioria era composta por civis.
FIM DA GUERRA




 Em 27 de julho de 1953 depois de os Estados Unidos ameaçarem usar
armas nucleares no conflito, um armistício é assinado para suspender os
combates. Isso não representou um acordo de paz entre os dois países,
apenas um cessar-fogo. E a tensão militar continua até hoje na região.
PÓS-GUERRA




    Com o fim da guerra, as duas Coreias permaneceram
divididas e os conflitos geopolíticos continuaram, embora não
fossem mais para a área militar. Atualmente a Coreia do Norte
permanece com o regime comunista, enquanto a Coreia do
Sul segue no sistema capitalista.
REPÚBLICA POPULAR
    DEMOCRÁTICA DA COREIA
    (RPDC)

•   É um país no leste da Ásia, na metade norte da península
    coreana.                                                           Líder Supremo: Kim Jong-un
•   É um estado de partido único sob uma frente unida liderada
    pelo Partido dos Trabalhadores Coreanos (KWP).
•   O governo do país segue o Juche ideologia da
    autossuficiência, por iniciativa do primeiro presidente do país,
    Kim Il-sung .
•   Depois de sua morte, Kim Il-sung foi declarado o presidente
    eterno do país. Juche tornou-se a ideologia oficial do Estado,
    substituindo o marxismo-leninismo , quando o país adotou
    uma nova Constituição em 1972.
• A Coreia do Norte tem sido descrito como: Totalitário, stalinista com um elaborado
  culto de personalidade em torno da família Kim e com os mais baixos índices de
  direitos humanos registrados em todo o mundo.


• Em 2011, teve o menor Índice de Democracia de qualquer nação na Terra. É um dos
  países mais militarizadas do mundo. É um estado de armas nucleares e tem um
  programa espacial em funcionamento.


• O país censura qualquer manifestação contrária ao governo seja na televisão, nos
  jornais, em rádio, na internet, revistas ou qualquer outra forma de mídia, inclusive para
  se ter uma linha telefônica em sua residência é necessário preencher alguns
  formulários e ter status, deve-se comprovar o porquê de sua necessidade e qual será o
  uso. O acesso ao país é restrito, dessa forma a coreia do norte é tida como o país mais
  fechado do mundo.
•   De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a Coreia do Norte tem
    o quinto maior exército do mundo, com uma população de militares estimada em 1,21
    milhões, com cerca de 20% dos homens situados na faixa de 17 a 54 anos de idade
    nas forças armadas regulares.


•   O Exército Popular da Coreia opera uma grande quantidade de equipamentos,
    incluindo 4.060 tanques de guerra, 2.500 VBTPs, 17.900 peças de artilharia (incl.
    morteiros), 11.000 armas aéreas de defesa da Força Terrestre; pelo menos 915 navios
    da Marinha e 1.748 aviões da Força Aérea, bem como cerca de 10.000 MANPADS e
    mísseis antitanques.


•   O equipamento é uma mistura de veículos da Segunda Guerra Mundial e pequenas
    armas, altamente proliferadas da tecnologia da Guerra Fria, e as mais modernas armas
    soviéticas. De acordo com a mídia oficial norte-coreana, os gastos militares para 2009
    são 15,8% do Produto Interno Bruto.
•   A Coreia do Norte possui programas de armas nucleares e de mísseis balísticos o que
    motivou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a aprovarem as resoluções
    1.695 de julho de 2006, 1.718 de outubro de 2006 e 1.874 de junho de 2009, para
    verificações e precauções com a realização de testes nucleares e de mísseis. O país
    provavelmente tem material físsil para até 9 armas nucleares, e tem a capacidade de
    implantar ogivas nucleares em mísseis balísticos de médio alcance.


•   Em 6 de outubro de 2009, a Coreia do Norte anunciou que estava pronta para retomar
    o seu centro nuclear em Yongbyon, embora o alto-escalão do governo anunciasse que
    o país ainda mantém em aberto a possibilidade de desarmamento nuclear, porém
    apenas depois dos Estados Unidos concordarem em conduzir conversas diretas com a
    Coreia do Norte.
RELAÇÕES ENTRE CHINA E COREIA DO NORTE

•   A China é o aliado mais importante da Coreia do Norte, além de seu maior parceiro
    comercial e principal fonte de alimento, armas e combustível. Os chineses têm
    contribuído para sustentar o regime de Kim Jong-Il e se opuseram às duras
    sanções econômicas internacionais na esperança de evitar o colapso do regime e
    um fluxo descontrolado de refugiados ao longo da fronteira entre os dois países.


•   Após o teste nuclear norte-coreano de 2006, especialistas dizem que a China teria
    reconsiderado a natureza da sua aliança para incluir tanto a pressão como os
    incentivos. O teste nuclear norte-coreano de 2009 complicou ainda mais a sua
    relação com a China, que têm desempenhado um papel central no six-party talks,
    grupo multilateral destinado à desnuclearização da Coreia do Norte.
REPÚBLICA DA
     COREIA
•   A Coreia é uma das civilizações mais antigas do mundo.
•   Sua economia tem crescido rapidamente desde a década de
    1950. Hoje em dia, é a 13ª maior economia do mundo (por       Presidenta: Park Geun-hye
    PIB PPA) e está classificado como um dos países mais
    desenvolvidos do mundo pela Nações Unidas, pelo Banco
    Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
•   Também se encontra entre os países mais avançados
    tecnologicamente e um dos melhores em comunicações; é o
    terceiro país com o maior número de usuários de Internet de
    banda larga entre os países-membros da OCDE, sendo
    também um dos líderes globais na produção de aparelhos
    eletrônicos, como dispositivos semicondutores e telefones             WIKIPEDIA.OR
                                                                          G
    celulares.
•   A Coreia do Sul mantém relações diplomáticas com aproximadamente 170 países do
    mundo. O país também é membro da Organização das Nações Unidas (ONU) desde
    1991, quando foi convertido em um estado-membro ao mesmo tempo que a Coreia do
    Norte. Em 1º de maio de 2007, o ex-ministro dos negócios estrangeiros, Ban Ki-moon,
    assumiu o cargo de Secretário Geral da ONU.


•   Desde maio de 2007, Coreia do Sul e União Europeia negociaram um acordo de livre
    comércio para reduzir as barreiras comerciais entre ambas as entidades. O mesmo
    está sendo feito com o Canadá e a Nova Zelândia. Em 2010, a nação foi admitida no
    Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento da OCDE, sendo a primeira vez que um país
    que recebe ajuda deste organismo se converte como membro pleno do mesmo. Em
    novembro de 2010, Seul acolheu a cúpula do G-20.
•   Uma larga história de invasões por parte de seus vizinhos e a tensão por resolver com
    a Coreia do Norte têm feito com que a nação gastasse 2,6% do seu PIB e 15% do seu
    orçamento anual com as suas forças armadas, ao mesmo tempo em que mantém o
    serviço militar obrigatório.


•    A Coreia do Sul é o sexto país do mundo em número de tropas ativas, o segundo em
    número de reservistas e o 12º em termos de orçamento para a defesa. O país, com
    uma média de 3,7 milhões de militares numa população de cinquenta milhões de
    pessoas, tem o segundo índice de soldados per capita, atrás apenas da Coreia do
    Norte.
•   A constituição determina que todos os cidadãos nativos são obrigados a servir as
    forças armadas por um período de dois anos.


•   O exército sul-coreano conta com mais de 23 mil tanques em operação, enquanto a
    marinha tem a sexta maior frota de contratorpedeiros no mundo. A força aérea é a
    nona maior do seu tipo, e conta principalmente com aviões de caça estadunidenses.


•   Desde a Guerra da Coreia, os Estados Unidos mantêm estacionado um importante
    contingente de tropas no território sul-coreano para defender o país em caso de
    ataques da Coreia do Norte. O número desses militares ascende a mais de 29 mil
    soldados.
PROGRAMA NUCLEAR NORTE-COREANO
•   O programa nuclear norte-coreano tem suas raízes na guerra da Coreia, que opôs
    os norte-coreanos aos sul-coreanos, aliados aos americanos. Na ocasião, estes
    últimos deixaram a porta aberta[necessário esclarecer] à utilização da arma
    nuclear contra o norte.


•   A Coreia do Norte foi signatária do Tratado de não proliferação de armas
    nucleares (TNP) até 10 de janeiro de 2003, quando se retirou depois de ter sido
    acusada de conduzir um programa clandestino desde 1989. Depois de várias
    rodadas de negociação com a participação da Coreia do Sul, Japão, Estados
    Unidos, Rússia e China, a Coreia do Norte mostrou alguns sinais de mudança nas
    suas intenções de construir a arma nuclear. Mas, em 9 de outubro de 2006, o país
    realizou um teste nuclear e, em 25 de maio de 2009, houve um segundo teste,
    mais potente e sem ambiguidade sobre sua natureza
Coreia do Norte faz novo teste nuclear e desafia comunidade internacional


•   A Coreia do Norte realizou na manhã desta terça-feira seu terceiro teste nuclear,
    em um claro desafio à comunidade internacional e a seu principal aliado externo,
    a China. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)
    fará uma reunião de emergência ainda hoje para decidir como reagir ao novo
    movimento do regime mais isolado do mundo.


•   A explosão provocou um abalo sísmico de 4,9 pontos na escala Richter,
    detectado pelos serviços geológicos de vários países. O epicentro foi próximo ao
    local em que a Coreia do Norte realizou seus testes nucleares anteriores, em
    2006 e 2009.


•   O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a ação e afirmou que ela
    representa uma “clara e grave violação” das sanções internacionais contra
    Pyongyang.
                                    12/02/2013
ONU aprova novas sanções contra Coreia do Norte após terceiro teste nuclear


•   Em resposta ao terceiro teste nuclear da Coreia do Norte no mês passado, o
    Conselho de Segurança da ONU aprovou de forma unânime nesta quinta-feira
    novas sanções contra o país.


•   A resolução 2.094 tem como alvo diplomatas, transferências financeiras e acesso a
    mercadorias de luxo e amplia as restrições financeiras sobre Pyongyang e a
    repressão às tentativas do regime de enviar e receber cargas proibidas em
    violação às sanções prévias da ONU. A medida também impõe congelamento de
    bens e proibições de viagens a três indivíduos e duas companhias vinculadas ao
    Exército norte-coreano.


•   A resolução elaborada pelos EUA, que foi aprovada pelo conselho de 15 países, foi
    resultado de três semanas de negociações entre os EUA e a China após o terceiro
    teste nuclear norte-coreano, em 12 de fevereiro.
                                      07/03/2013
Conservadora toma posse como presidente da Coreia do Sul


             •   Park Geun-Hye ficará à frente do país por cinco anos.


             •   Em seu discurso, Park qualificou o recente teste nuclear da Coreia do
                 Norte como "um desafio à sobrevivência do povo coreano" e afirmou que
25/02/2013
                 não tolerará futuras ameaças à segurança.


             •   Park Geun-hye, filha do falecido ditador Park Chung-hee - considerado o
                 principal responsável por este "milagre" - é a primeira mulher a ser
                 eleita chefe de Estado na Coreia do Sul, sucedendo Lee Myung-bak,
                 seu companheiro de partido, o conservador Saenuri.
Coreia do Norte diz que armistício com Seul perdeu validade

               •   Decisão é uma resposta ao aumento das sanções da ONU
                   impostas ao país e completa semana de ataques verbais e
                   ameaças à Coreia do Sul e aos EUA.


08/03/2013
               •   Após ameaças feitas nos últimos dias, a Coreia do Norte
                   anunciou nesta sexta-feira que anulou os acordos de não
                   agressão assinados em 1953 com a Coreia do Sul, que
                   decretaram o armistício entre os países vizinhos após a Guerra
                   da Coreia, iniciada três anos antes.


               •   As Coreias do Sul e do Norte jamais assinaram um acordo de
                   paz para colocar um ponto final no conflito e, tecnicamente,
                   ainda estão em guerra. Além disso, o regime do ditador Kim
                   Jong-un prometeu fechar o único posto de fronteira entre os
                   vizinhos, acabando com o contato direto entre os países. A
                   medida impacta diretamente o trânsito de pessoas e de
                   mercadorias.
Coreia do Norte disparou mísseis de curto alcance no mar do Japão


             •   As forças armadas norte-coreanas dispararam nesta sexta-feira (15) mísseis de
                 curto alcance nas águas do Japão, informou a agência noticiosa sul-coreana
                 Yonhap, em clima de tensão depois do recente teste nuclear de Pyongyang. O
                 governo publicou imagens da ação no Instagram oficial do país.

15/03/2013
             •   Uma unidade das forças armadas norte-coreanas testou o lançamento dos
                 mísseis, que se presumem ser KN-02 e com alcance estimado em 120
                 quilômetros.


             •   Apesar da tensão com o Sul, até o momento, a fronteira terrestre e marítima que
                 divide as duas Coreias se mantém calma, depois dos sul-coreanos classificarem
                 as ameaças do norte como uma tentativa de colocar "pressão psicológica" em
                 Seul.
China critica plano dos EUA de aumentar defesas contra Coreia do Norte


             •   O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, anunciou na sexta-feira
                 planos para reforçar as defesas dos EUA contra mísseis em resposta a
                                              ​
                 "provocações irresponsáveis e imprudentes" da Coreia do Norte, que
                 ameaçou um ataque nuclear preventivo contra os Estados Unidos.

18/03/2013
             •   A China disse nesta segunda-feira que os planos dos EUA de reforçar a
                 defesa contra mísseis, em resposta às provocações da Coreia do Norte,
                 iriam apenas intensificar o antagonismo, e pediu ao governo norte-
                 americano para agir com prudência.
EUA buscam intimidar Coreia do Norte com voos de B-52


             •   Depois de anunciar o aumento das suas defesas antimísseis para
                 responder a um potencial ataque da Coreia do Norte, os Estados Unidos
                 decidiram mandar nesta terça-feira uma mensagem bastante clara ao
                 regime comunista de Pyongyang, que vem fazendo reiteradas ameaças
                 retóricas aos americanos e à Coreia do Sul em seu discurso oficial. Para
                 exibir seu poderio militar e intimidar o governo norte-coreano, os EUA
20/03/2013       colocaram no ar bombardeiros B-52, capazes de lançar bombas nucleares,
                 como parte dos exercícios militares realizados com a aliada Coreia do Sul.
                 O Pentágono não especificou o número de aviões utilizados, mas confirmou
                 o sobrevoo no espaço aéreo sul-coreano.
Kim Jong-un ameaça atacar a Coreia do Sul e os EUA


             •   O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ameaçou ordenar a
                 destruição das instalações militares na Coreia do Sul e bases
                 militares norte-americanas no Pacífico "em caso da menor
                 provocação da sua parte".
20/03/2013


             •   A referida declaração foi feita após hoje no país terem sido realizadas
                 manobras com aeronaves não tripuladas equipadas com armas
                 guiadas de precisão e sistemas de mísseis antiaéreos, concebidos
                 para destruir mísseis de cruzeiro.


             •   Observando que "o tempo das palavras já passou", Kim Jong-un
                 sublinhou a necessidade de "destruir os inimigos sem piedade até ao
                 último homem".
Coreia do Sul eleva alerta após ataque a emissoras de TV e bancos


             •   Autoridades sul-coreanas investigam um ataque de hackers que derrubou
                 os servidores de três emissoras de TV e dois grandes bancos nesta quarta-
                 feira (20), e o Exército elevou seu nível de alerta devido a preocupações de
                 envolvimento norte-coreano.
             •   Servidores das redes de televisão YTN, MBC e KBS foram afetados, assim
                 como os banco Shinhan e NongHyupo, informaram a polícia e autoridades
20/03/2013       do governo. Pelo menos alguns dos computadores afetados pelos ataques
                 tiveram arquivos deletados, de acordo com as autoridades. "Enviamos
                 equipes para todos os locais afetados. Estamos agora avaliando a situação.
                 Este incidente é muito grande e vai levar alguns dias para recolhermos
                 provas", disse um policial.
             •   Exército da Coreia do Sul disse que não foi afetado pelo ataque, mas
                 elevou seu estado de alerta como resposta. Nenhuma das refinarias de
                 petróleo do país, centrais eléctricas, portos ou aeroportos foram afetados.
Coreia do Norte coloca Exército em alerta e ameaça bases dos EUA


•   A Coreia do Norte colocou seu Exército de prontidão nesta quinta-feira e
    ameaçou atacar as bases dos Estados Unidos no Japão, em resposta às
    manobras militares conjuntas de Coreia do Sul e EUA, informou o ministério sul-
    coreano da Unificação.


•   Paralelamente, a agência oficial norte-coreana KCNA divulgou uma ameaça às
    bases militares americanas no Japão e em Guam como retaliação aos voos de
    bombardeiros B-52 sobre a península coreana, como parte das manobras
    conjuntas.


•   "Os Estados Unidos não devem esquecer que a base aérea de Anderson, em
    Guam, de onde decolam os B-52, do mesmo modo que as bases navais na ilha
    principal do Japão e em Okinawa, estão no nosso alcance", advertiu o comando
    supremo do Exército norte-coreano em um comunicado transmitido pela KCNA.
Coreia do Sul rastreia ciberataque até endereço na China




•   O ataque cibernético de quarta-feira contra emissoras e bancos sul-coreanos foi
    originado a partir de um endereço de IP na China, mas a identidade dos hackers
    não pode ser confirmada, disseram autoridades nesta quinta-feira.


•   A Comissão de Comunicações da Coreia salientou que rastrear o IP de origem até
    a China não explica quem estava por trás do ataque. Segundo o órgão, o endereço
    de IP poderia ter sido desviado, mantendo a identificação da China apesar de ter
    outra fonte inicial.




                                 21/03/2013
COREIA DO NORTE NÃO PODE ATACAR EUA
•   A Coreia do Norte tem grande poderio de fogo militar e, mesmo que sua ameaça
    de um ataque nuclear preventivo contra os EUA seja vazia, a Coreia do Sul está
    sob risco da artilharia e foguetes do isolado regime, informam autoridades.


•   O Japão, a menos de 1.000 quilômetros de distância por água e um alvo frequente
    da retórica norte-coreana, também está a um fácil alcance de mísseis de curto e
    médio alcance da Coreia do Norte.


•   Em números puros, o Exército de Pyongyang parece formidável, muito maior do
    que o do Sul, tanto em pessoal como em equipamento. O contingente de 1,2
    milhão de soldados do Norte enfrenta 640 mil soldados sul-coreanos, que estão
    apoiados por 26 mil militares norte-americanos baseados no país.
•   Contudo, as capacidades de Pyongyang não são o que os números sugerem. A
    empobrecida Coreia do Norte abandonou a operação de um Exército convencional
    que possa se engajar em uma batalha devido aos recursos escassos, e tem se
    concentrado em armas nucleares e tecnologia de mísseis balísticos, disseram
    especialistas.




•   "Um Exército convencional é muito caro, e esmagadoramente mais caro para a
    Coreia do Norte. Ele rapidamente se tornaria um problema financeiro e a Coreia do
    Norte não pode aguentar isso", disse Shin In-kyun, chefe da Defesa da Coreia
    Network, uma aliança de especialistas de defesa com sede em Seul.
HTTP://WWW.PUBLICO.PT/ 08/03/2013
                     -
• Analistas dizem que as ameaças norte-coreanas são em parte
  uma tentativa de pressionar Washington a concordar com
  conversações que trocariam desarmamento por ajuda ao país.
É difícil quantificar um grau de risco que corremos com a possibilidade de uma guerra
armada, porém é improvável que a Coreia do Norte ataque os EUA, não só está
impossibilitada de fazê-lo como seria rapidamente massacrada se o fizesse. Por questões
financeiras e políticas a coreia do norte não tem a menor condição de manter uma guerra
prolongada com a coreia do sul, por essa razão ela poderia até tentar o que estão
chamando de “o confronto final”, mas teria que conseguir vitória logo, pois sua economia
não suportaria o tono de uma guerra. Dificilmente a china irá comprar briga e de fato
entrar em campo em favor do Kim Jong-un, por outro lado a Coreia do Sul, embora com
potencia militar inferior, tem uma economia forte e aliados mais fortes ainda. Contudo,
Kim Jong-un estará cometendo suicídio caso ataque a coreia do sul, Japão ou EUA. Ao
mesmo tempo que trará para essa sociedade tão assolada por guerras, um fim definitivo e
a tão sonhada unificação das “coreias”.
1. Qual é o objetivo do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)?
O tratado – assinado em 1968 e em vigor desde março de 1970 – tem como objetivos impedir a proliferação da tecnologia usada na produção de
armas nucleares, promover o desarmamento nuclear e garantir o uso pacífico da energia nuclear produzida.
2. Quantos países aderiram ao tratado?
Ao todo, 189 países já aderiram ao TNP. Apenas Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte não fazem parte do acordo. Inicialmente os norte-
coreanos haviam aderido, mas se retiraram do acordo em janeiro de 2003. O Brasil é signatário desde setembro de 1998.
3. Ao assinar o TNP, a que os países se comprometeram?
O tratado divide os signatários em dois grupos: os “nuclearmente armados” e os “não-nuclearmente armados”. De um lado, estão as cinco potências,
também membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França - considerados
“nuclearmente armados” por terem fabricado ou explodido qualquer artefato nuclear antes de 1 º de janeiro de 1967. Por meio do tratado, esses
países garantiram o direito de manter suas armas atômicas, comprometendo-se a não fornecer esses dispositivos ou repassar a tecnologia de sua
fabricação a nenhuma outra nação, além de caminhar na direção do desarmamento nuclear. De outro lado, estão os demais países, que se
comprometeram a desenvolver a tecnologia nuclear somente para fins pacíficos.
4.Quem é responsável pela fiscalização dessas regras?
A inspeção é feita pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que deve ter acesso a todas as informações sobre os programas nucleares
dos signatários. Se a AIEA descobre que um país desrespeitou o tratado, encaminha o caso ao Conselho de Segurança da ONU, habilitado a tomar
medidas para enfrentar o problema.
5. Além das cinco potências, outros países possuem programas de armamento nuclear?
Sim: Índia, Israel, Paquistão e Coreia do Norte, que não são signatários do TNP. África do Sul, Iraque e Líbia já possuíram, mas abandonaram seus
projetos nucleares em 1989, 1991 e 2003, respectivamente. Suspeita-se que o Irã também desenvolva programas nucleares com fins militares.
6. O que determina o Protocolo Adicional ao TNP?
Criado em 1997, o documento autoriza a AIEA a inspecionar – com um tempo de aviso prévio curtíssimo – as instalações previstas pelo TNP e
qualquer outro lugar do país considerado passível de ser utilizado em um programa nuclear, como centros de pesquisa ou usinas. O Protocolo
também prevê o amplo acesso da Agência à tecnologia nuclear utilizada no país, inclusive aos detalhes dos sistemas de enriquecimento de urânio.
7. Os signatários do tratado são obrigados a aderir ao Protocolo?
Não, a adesão ao Protocolo Adicional é voluntária. Porém, as potências atômicas pressionam os países não-nuclearmente armados a aderir. Elas
alegam que programas nucleares, principalmente em nações pobres e instáveis, são uma ameaça por incentivarem o terrorismo atômico. Na
verdade, o temor está mais ligado ao risco das chamadas “bombas sujas”, artefatos explosivos convencionais misturados com materiais radioativos.
•   Quem se preocupa com o potencial nuclear da Coréia do Norte e por quê?
•   As ambições nucleares da Coréia do Norte preocupam os Estados Unidos e seus aliados, principalmente a Coréia do Sul e o Japão.
•   Com acesso a tecnologia militar nuclear, Pyongyang poderia desequilibrar o balanço de forças no leste asiático, usando seu poder
    bélico para compensar a desvantagem diante de potências econômicas regionais.
•   Outra preocupação manifestada pelos Estados Unidos é a possibilidade do governo norte-coreano de vender armas e tecnologia
    nucleares para outros países e organizações.
•   Em 2002, Bush incluiu a Coréia do Norte no seu “eixo do mal”, o que fez com que os asiáticos retirassem seu apoio ao Tratado de
    Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual eram signatários.
•   Alem disso, os norte-coreanos reativaram uma usina nuclear e expulsaram inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica
    (AIEA) das Nações Unidas.
•   A escalada nuclear na região do leste asiático preocupa sobretudo a Coréia do Sul, o vizinho menor cuja capital, Seul, está a apenas
    50 quilômetros da fronteira.
•   Qual é o estoque nuclear norte-coreano?
•   Sendo um dos Estados mais fechados do mundo, a Coréia do Norte consegue manter este tipo de informação guardada a sete
    chaves.
•   Não se sabe sequer se Pyongyang tem, de fato, as armas que afirma ter, embora provavelmente seja verdade.
•   Alguns estimam que o estoque seria de algumas bombas - seis, para a AIEA.
•   Já os Estados Unidos acreditam que seriam “uma ou duas”.
•   Se já as tiver, a Coréia poderia produzir mais armas nucleares?
•   Grande parte dos especialistas suspeita que a Coréia do Norte teve um programa nuclear ativo pelo menos até 1994, quando
    assinou um acordo que punha fim às atividades.
•   Em 2002, os Estados Unidos acusaram a Coréia do Norte de manter um programa secreto de armas nucleares, o que viola o acordo
    anterior.
•   Ao retomar a construção da usina de Yongbyon naquele ano, os norte-coreanos poderiam estar produzindo plutônio em quantidade
    suficiente para construir uma arma por ano, acreditam observadores.
•   Já a central americana de inteligência, a CIA, afirma que um programa paralelo de enriquecimento de urânio chegaria a produzir
    “duas ou mais bombas” por ano em meados desta década.
•   As tensões podem ser resolvidas de maneira pacífica?
•   Alguns analistas acreditam que na verdade o governo norte-coreano pretende usar a tensão nuclear para negociar
    um pacto de não agressão com os Estados Unidos, o que incluiria ajuda financeira.
•   Em 1993, o país passou por crise semelhante, mas foi convencido a suspender as atividades nucleares no ano
    seguinte.
•   A crise nuclear é discutida a seis numa mesa que reúne as duas Coréias, China, Japão, Rússia e Estados Unidos.
•   A China é tida como peça-chave em seu papel de tradicional aliada da Coréia do Norte. Mas a crise dos mísseis no
    início de julho de 2006 – em que Pyongyang ignorou pedidos da China e realizou testes com mísseis que poderiam
    alcançar os EUA – mostra que a influência de Pequim é limitada.
•   Outro ator importante nas negociações é a Coréia do Sul, o irmão rico que provê a maior ajuda financeira ao regime
    comunista.
•   Ainda que longínqua, a reunificação é uma meta da Coréia do Sul. Além de motivações humanitárias – muitas
    famílias ainda vivem separadas desde que o sul se separou do norte, em 1953, após a Guerra da Coréia –, o
    colapso do país ao norte provocaria um fluxo imenso de refugiados, causando profundo impacto nos países
    vizinhos.
•   Que passos já foram dados para resolver o conflito?
•   As idas e vindas são típicas na crise coreana. Ao afirmar que tem armas nucleares, Pyongyang assume ter violado
    o acordo de 1994, pelo qual concordava em desativar suas instalações nucleares e permitir a entrada de inspetores
    internacionais em troca de petróleo e dois reatores para serem usados com fins civis.
•   Outro impasse foi criado em setembro de 2005, quando a Coréia do Norte se comprometeu a voltar ao TNP e banir
    suas atividades nucleares. No dia seguinte, o país declarou que só o faria em troca dos reatores.
•   A tensão aumentou e, em meados de 2006, Estados Unidos e Coréia do Norte voltaram a trocar ameaças.
•   Em julho, o país asiático lançou sete mísseis com capacidade para levar ogivas nucleares. Acredita-se que um
    deles, o Taepodong-2, teria capacidade de atingir o Estado norte-americano do Alasca.

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Um Mundo Sem as Armas Nucleares
 
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TNP - Caso Coréias

  • 1.
  • 2. Durante o século XX, o mundo foi marcado pela emergência de conflitos de diversas espécies, em todas as regiões do globo, incluindo as duas Guerras Mundiais e a Guerra Fria, que influenciaram a forma de agir e de pensar das mais diferentes nações em um mesmo momento. Além disso, conflitos localizados marcaram a história da África e Ásia, especialmente nos movimentos de descolonização; da América Latina, com os golpes militares e o soerguimento de grupos paramilitares; e do Oriente Médio, com os conflitos territoriais e a presença de grupos terroristas. Esse ambiente de grande instabilidade política, associado ao expressivo desenvolvimento tecnológico e industrial observado no período, culminou na produção e disseminação de diversos tipos de armamentos com capacidades destrutivas nunca antes observadas.
  • 3. DESARMAMENTO INTERNACIONAL O desarmamento, de forma geral, pode se efetivar através de duas formas legais: por acordos vinculantes, chamados de hard law, que são aqueles em que as partes são obrigadas a cumprir; e por acordos não vinculantes, chamados de soft law, em que as partes são incentivadas, mas não obrigadas a cumprir. Existem, atualmente, tanto acordos de desarmamento de hard law quanto acordos soft law que abrangem o desarmamento entre Estados, voltado para armas convencionais ou de destruição em massa Inicialmente, faz-se necessário estabelecer a distinção dos diversos tipos de armamentos existentes, e suas nomenclaturas. Por armas de destruição em massa, entende-se todos aqueles armamentos que causam danos indiscriminados, com grande alcance, sendo incluídas nessa categoria as armas nucleares, biológicas e químicas. Por armamento convencional, entende-se que sejam todos os demais armamentos que não sejam de destruição em massa, embora haja subdivisões dentro dessa categoria.
  • 4. O maior ponto de divergência ao se tratar do desarmamento internacional se concentra em um ponto específico, o chamado ―dilema de segurança‖. Esse dilema se forma ao se tentar definir qual o ponto de equilíbrio entre a renúncia às armas que o Estado possui, e a manutenção de uma posição mínima de segurança internacional. Ou seja, os Estados não sabem até que ponto podem se desarmar para que, mesmo com uma quantidade inferior de armamentos, ainda possa garantir sua própria segurança.
  • 5. ARMAMENTOS NUCLEARES Durante a Segunda Guerra Mundial, os EUA, em parceria com especialistas britânicos, lançaram o Projeto Manhattan, um plano governamental que visava produzir equipamentos explosivos baseados na fissão nuclear. Com o sucesso do programa, os EUA se tornaram o primeiro país do globo a possuir em seu arsenal uma bomba nuclear (RHODES, 1986). Assim, ao fim da Segunda Guerra, o mundo assistiu, em 1945, à primeira e única utilização desse tipo de armamentos em combate, ordenada pelo presidente Harry Truman contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Findada a Segunda Guerra Mundial, com o início da Guerra Fria, a União Soviética buscou também dominar esse tipo de tecnologia nuclear e obteve domínio sobre a mesma em 1949, rompendo o monopólio estadunidense sobre a produção dessa categoria de armamentos. Nos anos seguintes, diversos outros países com elevada capacidade científica buscaram também serem capazes de produzir armamentos nucleares. Assim, em 1952, 1960 e 1964, o Reino Unido, França e China, respectivamente, também demonstraram serem detentores da tecnologia nuclear, se tornando, juntamente com os EUA e URSS.
  • 6. Atualmente, estima-se que os EUA possuam cerca de 8.500 ogivas nucleares, a Rússia possua aproximadamente 11.000, a França 300, a China 240, e o Reino Unido 225 (SIPRI, 2011). Em 1968 foi assinado, e em 1970 entrou em vigor, o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), acordo que visava controlar as armas nucleares dos cinco países que as detinham, comprometendo-os a não transferir nem auxiliar os países não-nuclearizados a obterem armas nucleares; e visava também o comprometimento dos Estados não- nucleares em não buscar desenvolver por conta própria armas nucleares. O TNP conta, atualmente, com a ratificação de 189 países .
  • 7. TNP • O Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) é um tratado entre Estados soberanos assinado em 1968, em vigor a partir de 5 de março de 1970. Atualmente conta com a adesão de 189 países, cinco dos quais reconhecem ser detentores de armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China - que são também os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.[1] Em sua origem tinha como objetivo limitar o armamento nuclear desses cinco países (a antiga União Soviética foi substituída pela Rússia). Nos termos do tratado, esses países ficam obrigados a não transferir essas armas para os chamados "países não-nucleares", nem auxiliá-los a obtê-las. A China e a França, entretanto, não ratificaram o tratado até 1992. • Considerado pelos seus signatários como pedra fundamental dos esforços internacionais para evitar a disseminação de armas nucleares e para viabilizar o uso pacífico de tecnologia nuclear da forma mais ampla possível, paradoxalmente apoia-se na desigualdade de direitos, uma vez que congela a chamada geometria do poder nuclear em nome da conjuração do risco de destruição da civilização. • Estados Unidos, Rússia, França, Inglaterra e China – todos signatários do TNP - possuem 90% das armas nucleares, sendo o restante distribuído entre Índia, Paquistão e Israel.[2]
  • 8. POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES • Estados Unidos da América: Os Estados Unidos declara-se contra os programas militares nucleares, e defende o fim de testes nucleares e enriquecimento de urânio que possa colaborar no desenvolvimento de armamentos nucleares. Acreditam que o desarmamento nuclear completo é um programa de longo prazo, que deve ser atingido gradualmente, e, assim, não possuem perspectivas para que esse se concretize de fato. O governo americano considera o programa nuclear iraniano como uma ameaça à estabilidade do sistema internacional, uma vez que o Estado iraniano não cumpre rigorosamente com tudo que é proposto pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Portanto, propõe sanções contra o Irã e clama por apoio de outros países para que suas medidas sejam aprovadas. O país possui ainda uma aliança histórica com o Estado de Israel, apoiando esse em diversos temas da agenda internacional. Os EUA já afirmaram que não atacarão com armas nucleares algum Estado que não possua esse tipo de armamentos, desde que esse país seja membro e esteja de acordo com as obrigações estipuladas pelo TNP, o que, na concepção estadunidense, excluiria o Irã.
  • 9. Federação Russa: No que diz respeito aos armamentos nucleares, a Federação Russa tende a alinhar-se com os Estados Unidos em suas visões políticas. Isso significa que defende a erradicação absoluta dos arsenais nucleares, e vem demonstrado seriedade e comprometimento, cumprindo as medidas propostas pelo Tratado de Não-Proliferação. Assim como os EUA, possui uma grande quantidade de armamentos nucleares, somando, juntos 95% das armas nucleares do mundo. Prevê-se que tal arsenal será diminuído com a ratificação do START, acordo bilateral assinado com os EUA em 2010, que estipula o máximo de 1550 ogivas nucleares para cada país, além de restringir a quantidade de mísseis balísticos intercontinentais. Entretanto, o país demonstra grande desagrado à proposta estadunidense de, em parceria com a OTAN, construir um escudo antimíssil na Europa. Segundo esses países, o escudo seria uma proteção contra o Irã, mas a Rússia, que foi excluída desse processo de cooperação, não vê com bons olhos essa iniciativa e já sugeriu ter que voltar a investir em armamentos nucleares para combater tal iniciativa. Os rumores de que a Rússia estaria deslocando armas nucleares de curto alcance para Kaliningrado, um enclave russo na fronteira com a Polônia e a Lituânia, preocupa os membros da OTAN, embora a Rússia negue tais rumores
  • 10. França: A França apresenta um comportamento de busca por soluções pacíficas e diplomáticas para questões nucleares. Previamente, o país já havia anunciado planos de diminuir o arsenal nuclear do país, embora tenha continuado com a modernização e evolução do arsenal já existente. Em 2010, a França anunciou que não abriria mão de seus armamentos nucleares, deixando de reduzir o seu arsenal. Para ela, tal redução representaria um perigo à segurança do país, principalmente em um mundo tão perigoso como o em que vivemos hoje. Como membro permanente do Conselho de Segurança, a França detém um papel fundamental em toda e qualquer discussão que trate de mecanismos pragmáticos de controle e fiscalização sobre armamentos nucleares ao redor do globo. • Reino Unido: O Reino Unido empreende esforços para a erradicação completa, ainda que gradual, de todo e qualquer armamento nuclear, através de acordos militares. Como Estado signatário do Tratado de Não- Proliferação Nuclear, o Reino Unido enfatiza a responsabilidade dos Estados nuclearizados diante da questão do desarmamento nuclear, bem como defende que países que não detêm tecnologia nuclear bélica devem abrir mão de consegui-la. O Reino Unido estimula o desenvolvimento de tecnologia nuclear para fins pacíficos, e sugere que o controle da proliferação de armas deve partir de estratégias domésticas e internacionais que combatam radicalmente as redes de fornecimento de armamentos nucleares. Além disso, o país adotou uma estratégia de transparência em relação ao seu arsenal, divulgando a quantidade máxima de ogivas operacionais e reservas que o país mantém — 160 e 225, respectivamente — e anunciou que iria rever sua política de segurança em relação ao uso de armas nucleares que, segundo o próprio governo, se apresentava ambígua. A antiga política estabelecia que o Reino Unido apenas consideraria utilizar armas nucleares em casos extremos de auto-defesa, incluindo defesa aos aliados da OTAN, e não definia as circunstâncias precisas de uso.
  • 11. China: O programa nuclear chinês, apoiado pelos soviéticos nos anos 50, foi justificado pela necessidade de manutenção do status de potência regional e global de forma indiscutível, colocando o país em pé de igualdade com as demais potências do Conselho de Segurança. No entanto, a mentalidade vigente na aquisição de equipamento nuclear militar era defensiva, e assim permanece até hoje. O governo da China declara-se contrário à utilização de arsenal nuclear, mas afirma-se indisposto a abrir mão de suas capacidades nucleares enquanto as outras potências não o fizerem. A China foi pioneira ao lançar a política de ―no first use ‖, comprometendo-se a não ser o primeiro Estado a utilizar armamentos nucleares contra qualquer outro país, sob quaisquer circunstâncias, em qualquer época, o que reforça o caráter defensivo de seu arsenal. Entretanto, suspeita-se que a China ofereça suporte ilegal aos regimes iranianos e norte-coreanos, permitindo e sendo intermediador de troca de material bélico nuclear entre esses dois países, o que desrespeita as sanções impostas pela ONU.De acordo com o Pentágono dos EUA, a China tem aumentado sua produção de armas nucleares em 25% desde 2005, e possui o programa de mísseis balísticos mais ativo do mundo. De acordo com a China, o país trabalha para o controle e a prevenção do desvio de material nuclear para países e zonas não-nuclearizados e para grupos terroristas.
  • 12.
  • 13.
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  • 15. • A Guerra da Coreia foi um conflito armado entre Coreia do Sul e Coreia do Norte. • Teve como pano de fundo a disputa geopolítica entre Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética (socialismo). • Foi o primeiro conflito armado da Guerra Fria, causando apreensão no mundo todo, pois houve um risco eminente de uma guerra nuclear em função do envolvimento direto entre as duas potências militares da época.
  • 16. CAUSAS DA GUERRA • Ocupação japonesa (1910–1945) • Invasão soviética-americana (1945) • Coreia dividida (1945–1949) = Conferencia de Potsdam • Após diversas tentativas de derrubar o governo sul-coreano, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul em 25 de junho de 1950. As tropas norte- coreanas conquistaram Seul (capital da Coreia do Sul).
  • 17. O DESENVOLVIMENTO DA GUERRA • -Logo após a invasão norte-coreana, as Nações Unidas enviaram tropas para a região a fim de expulsar os norte-coreanos e devolver o comando de Seul para os sul-coreanos. • Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Coreia do Sul, enquanto a China (aliada da União Soviética) enviou tropas para a zona de conflito para apoiar a Coreia do Norte. • Em 1953, a Coreia do Sul, apoiada por Estados Unidos e outros países capitalistas, apresentava várias vitórias militares. • Sangrentos conflitos ocorreram em território coreano, provocando a morte de aproximadamente 4 milhões de pessoas, sendo que a maioria era composta por civis.
  • 18. FIM DA GUERRA Em 27 de julho de 1953 depois de os Estados Unidos ameaçarem usar armas nucleares no conflito, um armistício é assinado para suspender os combates. Isso não representou um acordo de paz entre os dois países, apenas um cessar-fogo. E a tensão militar continua até hoje na região.
  • 19. PÓS-GUERRA Com o fim da guerra, as duas Coreias permaneceram divididas e os conflitos geopolíticos continuaram, embora não fossem mais para a área militar. Atualmente a Coreia do Norte permanece com o regime comunista, enquanto a Coreia do Sul segue no sistema capitalista.
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  • 21. REPÚBLICA POPULAR DEMOCRÁTICA DA COREIA (RPDC) • É um país no leste da Ásia, na metade norte da península coreana. Líder Supremo: Kim Jong-un • É um estado de partido único sob uma frente unida liderada pelo Partido dos Trabalhadores Coreanos (KWP). • O governo do país segue o Juche ideologia da autossuficiência, por iniciativa do primeiro presidente do país, Kim Il-sung . • Depois de sua morte, Kim Il-sung foi declarado o presidente eterno do país. Juche tornou-se a ideologia oficial do Estado, substituindo o marxismo-leninismo , quando o país adotou uma nova Constituição em 1972.
  • 22. • A Coreia do Norte tem sido descrito como: Totalitário, stalinista com um elaborado culto de personalidade em torno da família Kim e com os mais baixos índices de direitos humanos registrados em todo o mundo. • Em 2011, teve o menor Índice de Democracia de qualquer nação na Terra. É um dos países mais militarizadas do mundo. É um estado de armas nucleares e tem um programa espacial em funcionamento. • O país censura qualquer manifestação contrária ao governo seja na televisão, nos jornais, em rádio, na internet, revistas ou qualquer outra forma de mídia, inclusive para se ter uma linha telefônica em sua residência é necessário preencher alguns formulários e ter status, deve-se comprovar o porquê de sua necessidade e qual será o uso. O acesso ao país é restrito, dessa forma a coreia do norte é tida como o país mais fechado do mundo.
  • 23. De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a Coreia do Norte tem o quinto maior exército do mundo, com uma população de militares estimada em 1,21 milhões, com cerca de 20% dos homens situados na faixa de 17 a 54 anos de idade nas forças armadas regulares. • O Exército Popular da Coreia opera uma grande quantidade de equipamentos, incluindo 4.060 tanques de guerra, 2.500 VBTPs, 17.900 peças de artilharia (incl. morteiros), 11.000 armas aéreas de defesa da Força Terrestre; pelo menos 915 navios da Marinha e 1.748 aviões da Força Aérea, bem como cerca de 10.000 MANPADS e mísseis antitanques. • O equipamento é uma mistura de veículos da Segunda Guerra Mundial e pequenas armas, altamente proliferadas da tecnologia da Guerra Fria, e as mais modernas armas soviéticas. De acordo com a mídia oficial norte-coreana, os gastos militares para 2009 são 15,8% do Produto Interno Bruto.
  • 24. A Coreia do Norte possui programas de armas nucleares e de mísseis balísticos o que motivou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a aprovarem as resoluções 1.695 de julho de 2006, 1.718 de outubro de 2006 e 1.874 de junho de 2009, para verificações e precauções com a realização de testes nucleares e de mísseis. O país provavelmente tem material físsil para até 9 armas nucleares, e tem a capacidade de implantar ogivas nucleares em mísseis balísticos de médio alcance. • Em 6 de outubro de 2009, a Coreia do Norte anunciou que estava pronta para retomar o seu centro nuclear em Yongbyon, embora o alto-escalão do governo anunciasse que o país ainda mantém em aberto a possibilidade de desarmamento nuclear, porém apenas depois dos Estados Unidos concordarem em conduzir conversas diretas com a Coreia do Norte.
  • 25. RELAÇÕES ENTRE CHINA E COREIA DO NORTE • A China é o aliado mais importante da Coreia do Norte, além de seu maior parceiro comercial e principal fonte de alimento, armas e combustível. Os chineses têm contribuído para sustentar o regime de Kim Jong-Il e se opuseram às duras sanções econômicas internacionais na esperança de evitar o colapso do regime e um fluxo descontrolado de refugiados ao longo da fronteira entre os dois países. • Após o teste nuclear norte-coreano de 2006, especialistas dizem que a China teria reconsiderado a natureza da sua aliança para incluir tanto a pressão como os incentivos. O teste nuclear norte-coreano de 2009 complicou ainda mais a sua relação com a China, que têm desempenhado um papel central no six-party talks, grupo multilateral destinado à desnuclearização da Coreia do Norte.
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  • 27. REPÚBLICA DA COREIA • A Coreia é uma das civilizações mais antigas do mundo. • Sua economia tem crescido rapidamente desde a década de 1950. Hoje em dia, é a 13ª maior economia do mundo (por Presidenta: Park Geun-hye PIB PPA) e está classificado como um dos países mais desenvolvidos do mundo pela Nações Unidas, pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). • Também se encontra entre os países mais avançados tecnologicamente e um dos melhores em comunicações; é o terceiro país com o maior número de usuários de Internet de banda larga entre os países-membros da OCDE, sendo também um dos líderes globais na produção de aparelhos eletrônicos, como dispositivos semicondutores e telefones WIKIPEDIA.OR G celulares.
  • 28. A Coreia do Sul mantém relações diplomáticas com aproximadamente 170 países do mundo. O país também é membro da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1991, quando foi convertido em um estado-membro ao mesmo tempo que a Coreia do Norte. Em 1º de maio de 2007, o ex-ministro dos negócios estrangeiros, Ban Ki-moon, assumiu o cargo de Secretário Geral da ONU. • Desde maio de 2007, Coreia do Sul e União Europeia negociaram um acordo de livre comércio para reduzir as barreiras comerciais entre ambas as entidades. O mesmo está sendo feito com o Canadá e a Nova Zelândia. Em 2010, a nação foi admitida no Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento da OCDE, sendo a primeira vez que um país que recebe ajuda deste organismo se converte como membro pleno do mesmo. Em novembro de 2010, Seul acolheu a cúpula do G-20.
  • 29. Uma larga história de invasões por parte de seus vizinhos e a tensão por resolver com a Coreia do Norte têm feito com que a nação gastasse 2,6% do seu PIB e 15% do seu orçamento anual com as suas forças armadas, ao mesmo tempo em que mantém o serviço militar obrigatório. • A Coreia do Sul é o sexto país do mundo em número de tropas ativas, o segundo em número de reservistas e o 12º em termos de orçamento para a defesa. O país, com uma média de 3,7 milhões de militares numa população de cinquenta milhões de pessoas, tem o segundo índice de soldados per capita, atrás apenas da Coreia do Norte.
  • 30. A constituição determina que todos os cidadãos nativos são obrigados a servir as forças armadas por um período de dois anos. • O exército sul-coreano conta com mais de 23 mil tanques em operação, enquanto a marinha tem a sexta maior frota de contratorpedeiros no mundo. A força aérea é a nona maior do seu tipo, e conta principalmente com aviões de caça estadunidenses. • Desde a Guerra da Coreia, os Estados Unidos mantêm estacionado um importante contingente de tropas no território sul-coreano para defender o país em caso de ataques da Coreia do Norte. O número desses militares ascende a mais de 29 mil soldados.
  • 31. PROGRAMA NUCLEAR NORTE-COREANO • O programa nuclear norte-coreano tem suas raízes na guerra da Coreia, que opôs os norte-coreanos aos sul-coreanos, aliados aos americanos. Na ocasião, estes últimos deixaram a porta aberta[necessário esclarecer] à utilização da arma nuclear contra o norte. • A Coreia do Norte foi signatária do Tratado de não proliferação de armas nucleares (TNP) até 10 de janeiro de 2003, quando se retirou depois de ter sido acusada de conduzir um programa clandestino desde 1989. Depois de várias rodadas de negociação com a participação da Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos, Rússia e China, a Coreia do Norte mostrou alguns sinais de mudança nas suas intenções de construir a arma nuclear. Mas, em 9 de outubro de 2006, o país realizou um teste nuclear e, em 25 de maio de 2009, houve um segundo teste, mais potente e sem ambiguidade sobre sua natureza
  • 32.
  • 33. Coreia do Norte faz novo teste nuclear e desafia comunidade internacional • A Coreia do Norte realizou na manhã desta terça-feira seu terceiro teste nuclear, em um claro desafio à comunidade internacional e a seu principal aliado externo, a China. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fará uma reunião de emergência ainda hoje para decidir como reagir ao novo movimento do regime mais isolado do mundo. • A explosão provocou um abalo sísmico de 4,9 pontos na escala Richter, detectado pelos serviços geológicos de vários países. O epicentro foi próximo ao local em que a Coreia do Norte realizou seus testes nucleares anteriores, em 2006 e 2009. • O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a ação e afirmou que ela representa uma “clara e grave violação” das sanções internacionais contra Pyongyang. 12/02/2013
  • 34. ONU aprova novas sanções contra Coreia do Norte após terceiro teste nuclear • Em resposta ao terceiro teste nuclear da Coreia do Norte no mês passado, o Conselho de Segurança da ONU aprovou de forma unânime nesta quinta-feira novas sanções contra o país. • A resolução 2.094 tem como alvo diplomatas, transferências financeiras e acesso a mercadorias de luxo e amplia as restrições financeiras sobre Pyongyang e a repressão às tentativas do regime de enviar e receber cargas proibidas em violação às sanções prévias da ONU. A medida também impõe congelamento de bens e proibições de viagens a três indivíduos e duas companhias vinculadas ao Exército norte-coreano. • A resolução elaborada pelos EUA, que foi aprovada pelo conselho de 15 países, foi resultado de três semanas de negociações entre os EUA e a China após o terceiro teste nuclear norte-coreano, em 12 de fevereiro. 07/03/2013
  • 35. Conservadora toma posse como presidente da Coreia do Sul • Park Geun-Hye ficará à frente do país por cinco anos. • Em seu discurso, Park qualificou o recente teste nuclear da Coreia do Norte como "um desafio à sobrevivência do povo coreano" e afirmou que 25/02/2013 não tolerará futuras ameaças à segurança. • Park Geun-hye, filha do falecido ditador Park Chung-hee - considerado o principal responsável por este "milagre" - é a primeira mulher a ser eleita chefe de Estado na Coreia do Sul, sucedendo Lee Myung-bak, seu companheiro de partido, o conservador Saenuri.
  • 36. Coreia do Norte diz que armistício com Seul perdeu validade • Decisão é uma resposta ao aumento das sanções da ONU impostas ao país e completa semana de ataques verbais e ameaças à Coreia do Sul e aos EUA. 08/03/2013 • Após ameaças feitas nos últimos dias, a Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira que anulou os acordos de não agressão assinados em 1953 com a Coreia do Sul, que decretaram o armistício entre os países vizinhos após a Guerra da Coreia, iniciada três anos antes. • As Coreias do Sul e do Norte jamais assinaram um acordo de paz para colocar um ponto final no conflito e, tecnicamente, ainda estão em guerra. Além disso, o regime do ditador Kim Jong-un prometeu fechar o único posto de fronteira entre os vizinhos, acabando com o contato direto entre os países. A medida impacta diretamente o trânsito de pessoas e de mercadorias.
  • 37. Coreia do Norte disparou mísseis de curto alcance no mar do Japão • As forças armadas norte-coreanas dispararam nesta sexta-feira (15) mísseis de curto alcance nas águas do Japão, informou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap, em clima de tensão depois do recente teste nuclear de Pyongyang. O governo publicou imagens da ação no Instagram oficial do país. 15/03/2013 • Uma unidade das forças armadas norte-coreanas testou o lançamento dos mísseis, que se presumem ser KN-02 e com alcance estimado em 120 quilômetros. • Apesar da tensão com o Sul, até o momento, a fronteira terrestre e marítima que divide as duas Coreias se mantém calma, depois dos sul-coreanos classificarem as ameaças do norte como uma tentativa de colocar "pressão psicológica" em Seul.
  • 38. China critica plano dos EUA de aumentar defesas contra Coreia do Norte • O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, anunciou na sexta-feira planos para reforçar as defesas dos EUA contra mísseis em resposta a ​ "provocações irresponsáveis e imprudentes" da Coreia do Norte, que ameaçou um ataque nuclear preventivo contra os Estados Unidos. 18/03/2013 • A China disse nesta segunda-feira que os planos dos EUA de reforçar a defesa contra mísseis, em resposta às provocações da Coreia do Norte, iriam apenas intensificar o antagonismo, e pediu ao governo norte- americano para agir com prudência.
  • 39. EUA buscam intimidar Coreia do Norte com voos de B-52 • Depois de anunciar o aumento das suas defesas antimísseis para responder a um potencial ataque da Coreia do Norte, os Estados Unidos decidiram mandar nesta terça-feira uma mensagem bastante clara ao regime comunista de Pyongyang, que vem fazendo reiteradas ameaças retóricas aos americanos e à Coreia do Sul em seu discurso oficial. Para exibir seu poderio militar e intimidar o governo norte-coreano, os EUA 20/03/2013 colocaram no ar bombardeiros B-52, capazes de lançar bombas nucleares, como parte dos exercícios militares realizados com a aliada Coreia do Sul. O Pentágono não especificou o número de aviões utilizados, mas confirmou o sobrevoo no espaço aéreo sul-coreano.
  • 40. Kim Jong-un ameaça atacar a Coreia do Sul e os EUA • O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ameaçou ordenar a destruição das instalações militares na Coreia do Sul e bases militares norte-americanas no Pacífico "em caso da menor provocação da sua parte". 20/03/2013 • A referida declaração foi feita após hoje no país terem sido realizadas manobras com aeronaves não tripuladas equipadas com armas guiadas de precisão e sistemas de mísseis antiaéreos, concebidos para destruir mísseis de cruzeiro. • Observando que "o tempo das palavras já passou", Kim Jong-un sublinhou a necessidade de "destruir os inimigos sem piedade até ao último homem".
  • 41. Coreia do Sul eleva alerta após ataque a emissoras de TV e bancos • Autoridades sul-coreanas investigam um ataque de hackers que derrubou os servidores de três emissoras de TV e dois grandes bancos nesta quarta- feira (20), e o Exército elevou seu nível de alerta devido a preocupações de envolvimento norte-coreano. • Servidores das redes de televisão YTN, MBC e KBS foram afetados, assim como os banco Shinhan e NongHyupo, informaram a polícia e autoridades 20/03/2013 do governo. Pelo menos alguns dos computadores afetados pelos ataques tiveram arquivos deletados, de acordo com as autoridades. "Enviamos equipes para todos os locais afetados. Estamos agora avaliando a situação. Este incidente é muito grande e vai levar alguns dias para recolhermos provas", disse um policial. • Exército da Coreia do Sul disse que não foi afetado pelo ataque, mas elevou seu estado de alerta como resposta. Nenhuma das refinarias de petróleo do país, centrais eléctricas, portos ou aeroportos foram afetados.
  • 42. Coreia do Norte coloca Exército em alerta e ameaça bases dos EUA • A Coreia do Norte colocou seu Exército de prontidão nesta quinta-feira e ameaçou atacar as bases dos Estados Unidos no Japão, em resposta às manobras militares conjuntas de Coreia do Sul e EUA, informou o ministério sul- coreano da Unificação. • Paralelamente, a agência oficial norte-coreana KCNA divulgou uma ameaça às bases militares americanas no Japão e em Guam como retaliação aos voos de bombardeiros B-52 sobre a península coreana, como parte das manobras conjuntas. • "Os Estados Unidos não devem esquecer que a base aérea de Anderson, em Guam, de onde decolam os B-52, do mesmo modo que as bases navais na ilha principal do Japão e em Okinawa, estão no nosso alcance", advertiu o comando supremo do Exército norte-coreano em um comunicado transmitido pela KCNA.
  • 43. Coreia do Sul rastreia ciberataque até endereço na China • O ataque cibernético de quarta-feira contra emissoras e bancos sul-coreanos foi originado a partir de um endereço de IP na China, mas a identidade dos hackers não pode ser confirmada, disseram autoridades nesta quinta-feira. • A Comissão de Comunicações da Coreia salientou que rastrear o IP de origem até a China não explica quem estava por trás do ataque. Segundo o órgão, o endereço de IP poderia ter sido desviado, mantendo a identificação da China apesar de ter outra fonte inicial. 21/03/2013
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  • 47. COREIA DO NORTE NÃO PODE ATACAR EUA • A Coreia do Norte tem grande poderio de fogo militar e, mesmo que sua ameaça de um ataque nuclear preventivo contra os EUA seja vazia, a Coreia do Sul está sob risco da artilharia e foguetes do isolado regime, informam autoridades. • O Japão, a menos de 1.000 quilômetros de distância por água e um alvo frequente da retórica norte-coreana, também está a um fácil alcance de mísseis de curto e médio alcance da Coreia do Norte. • Em números puros, o Exército de Pyongyang parece formidável, muito maior do que o do Sul, tanto em pessoal como em equipamento. O contingente de 1,2 milhão de soldados do Norte enfrenta 640 mil soldados sul-coreanos, que estão apoiados por 26 mil militares norte-americanos baseados no país.
  • 48. Contudo, as capacidades de Pyongyang não são o que os números sugerem. A empobrecida Coreia do Norte abandonou a operação de um Exército convencional que possa se engajar em uma batalha devido aos recursos escassos, e tem se concentrado em armas nucleares e tecnologia de mísseis balísticos, disseram especialistas. • "Um Exército convencional é muito caro, e esmagadoramente mais caro para a Coreia do Norte. Ele rapidamente se tornaria um problema financeiro e a Coreia do Norte não pode aguentar isso", disse Shin In-kyun, chefe da Defesa da Coreia Network, uma aliança de especialistas de defesa com sede em Seul.
  • 50.
  • 51. • Analistas dizem que as ameaças norte-coreanas são em parte uma tentativa de pressionar Washington a concordar com conversações que trocariam desarmamento por ajuda ao país.
  • 52. É difícil quantificar um grau de risco que corremos com a possibilidade de uma guerra armada, porém é improvável que a Coreia do Norte ataque os EUA, não só está impossibilitada de fazê-lo como seria rapidamente massacrada se o fizesse. Por questões financeiras e políticas a coreia do norte não tem a menor condição de manter uma guerra prolongada com a coreia do sul, por essa razão ela poderia até tentar o que estão chamando de “o confronto final”, mas teria que conseguir vitória logo, pois sua economia não suportaria o tono de uma guerra. Dificilmente a china irá comprar briga e de fato entrar em campo em favor do Kim Jong-un, por outro lado a Coreia do Sul, embora com potencia militar inferior, tem uma economia forte e aliados mais fortes ainda. Contudo, Kim Jong-un estará cometendo suicídio caso ataque a coreia do sul, Japão ou EUA. Ao mesmo tempo que trará para essa sociedade tão assolada por guerras, um fim definitivo e a tão sonhada unificação das “coreias”.
  • 53. 1. Qual é o objetivo do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)? O tratado – assinado em 1968 e em vigor desde março de 1970 – tem como objetivos impedir a proliferação da tecnologia usada na produção de armas nucleares, promover o desarmamento nuclear e garantir o uso pacífico da energia nuclear produzida. 2. Quantos países aderiram ao tratado? Ao todo, 189 países já aderiram ao TNP. Apenas Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte não fazem parte do acordo. Inicialmente os norte- coreanos haviam aderido, mas se retiraram do acordo em janeiro de 2003. O Brasil é signatário desde setembro de 1998. 3. Ao assinar o TNP, a que os países se comprometeram? O tratado divide os signatários em dois grupos: os “nuclearmente armados” e os “não-nuclearmente armados”. De um lado, estão as cinco potências, também membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França - considerados “nuclearmente armados” por terem fabricado ou explodido qualquer artefato nuclear antes de 1 º de janeiro de 1967. Por meio do tratado, esses países garantiram o direito de manter suas armas atômicas, comprometendo-se a não fornecer esses dispositivos ou repassar a tecnologia de sua fabricação a nenhuma outra nação, além de caminhar na direção do desarmamento nuclear. De outro lado, estão os demais países, que se comprometeram a desenvolver a tecnologia nuclear somente para fins pacíficos. 4.Quem é responsável pela fiscalização dessas regras? A inspeção é feita pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que deve ter acesso a todas as informações sobre os programas nucleares dos signatários. Se a AIEA descobre que um país desrespeitou o tratado, encaminha o caso ao Conselho de Segurança da ONU, habilitado a tomar medidas para enfrentar o problema. 5. Além das cinco potências, outros países possuem programas de armamento nuclear? Sim: Índia, Israel, Paquistão e Coreia do Norte, que não são signatários do TNP. África do Sul, Iraque e Líbia já possuíram, mas abandonaram seus projetos nucleares em 1989, 1991 e 2003, respectivamente. Suspeita-se que o Irã também desenvolva programas nucleares com fins militares. 6. O que determina o Protocolo Adicional ao TNP? Criado em 1997, o documento autoriza a AIEA a inspecionar – com um tempo de aviso prévio curtíssimo – as instalações previstas pelo TNP e qualquer outro lugar do país considerado passível de ser utilizado em um programa nuclear, como centros de pesquisa ou usinas. O Protocolo também prevê o amplo acesso da Agência à tecnologia nuclear utilizada no país, inclusive aos detalhes dos sistemas de enriquecimento de urânio. 7. Os signatários do tratado são obrigados a aderir ao Protocolo? Não, a adesão ao Protocolo Adicional é voluntária. Porém, as potências atômicas pressionam os países não-nuclearmente armados a aderir. Elas alegam que programas nucleares, principalmente em nações pobres e instáveis, são uma ameaça por incentivarem o terrorismo atômico. Na verdade, o temor está mais ligado ao risco das chamadas “bombas sujas”, artefatos explosivos convencionais misturados com materiais radioativos.
  • 54. Quem se preocupa com o potencial nuclear da Coréia do Norte e por quê? • As ambições nucleares da Coréia do Norte preocupam os Estados Unidos e seus aliados, principalmente a Coréia do Sul e o Japão. • Com acesso a tecnologia militar nuclear, Pyongyang poderia desequilibrar o balanço de forças no leste asiático, usando seu poder bélico para compensar a desvantagem diante de potências econômicas regionais. • Outra preocupação manifestada pelos Estados Unidos é a possibilidade do governo norte-coreano de vender armas e tecnologia nucleares para outros países e organizações. • Em 2002, Bush incluiu a Coréia do Norte no seu “eixo do mal”, o que fez com que os asiáticos retirassem seu apoio ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual eram signatários. • Alem disso, os norte-coreanos reativaram uma usina nuclear e expulsaram inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas. • A escalada nuclear na região do leste asiático preocupa sobretudo a Coréia do Sul, o vizinho menor cuja capital, Seul, está a apenas 50 quilômetros da fronteira. • Qual é o estoque nuclear norte-coreano? • Sendo um dos Estados mais fechados do mundo, a Coréia do Norte consegue manter este tipo de informação guardada a sete chaves. • Não se sabe sequer se Pyongyang tem, de fato, as armas que afirma ter, embora provavelmente seja verdade. • Alguns estimam que o estoque seria de algumas bombas - seis, para a AIEA. • Já os Estados Unidos acreditam que seriam “uma ou duas”. • Se já as tiver, a Coréia poderia produzir mais armas nucleares? • Grande parte dos especialistas suspeita que a Coréia do Norte teve um programa nuclear ativo pelo menos até 1994, quando assinou um acordo que punha fim às atividades. • Em 2002, os Estados Unidos acusaram a Coréia do Norte de manter um programa secreto de armas nucleares, o que viola o acordo anterior. • Ao retomar a construção da usina de Yongbyon naquele ano, os norte-coreanos poderiam estar produzindo plutônio em quantidade suficiente para construir uma arma por ano, acreditam observadores. • Já a central americana de inteligência, a CIA, afirma que um programa paralelo de enriquecimento de urânio chegaria a produzir “duas ou mais bombas” por ano em meados desta década.
  • 55. As tensões podem ser resolvidas de maneira pacífica? • Alguns analistas acreditam que na verdade o governo norte-coreano pretende usar a tensão nuclear para negociar um pacto de não agressão com os Estados Unidos, o que incluiria ajuda financeira. • Em 1993, o país passou por crise semelhante, mas foi convencido a suspender as atividades nucleares no ano seguinte. • A crise nuclear é discutida a seis numa mesa que reúne as duas Coréias, China, Japão, Rússia e Estados Unidos. • A China é tida como peça-chave em seu papel de tradicional aliada da Coréia do Norte. Mas a crise dos mísseis no início de julho de 2006 – em que Pyongyang ignorou pedidos da China e realizou testes com mísseis que poderiam alcançar os EUA – mostra que a influência de Pequim é limitada. • Outro ator importante nas negociações é a Coréia do Sul, o irmão rico que provê a maior ajuda financeira ao regime comunista. • Ainda que longínqua, a reunificação é uma meta da Coréia do Sul. Além de motivações humanitárias – muitas famílias ainda vivem separadas desde que o sul se separou do norte, em 1953, após a Guerra da Coréia –, o colapso do país ao norte provocaria um fluxo imenso de refugiados, causando profundo impacto nos países vizinhos. • Que passos já foram dados para resolver o conflito? • As idas e vindas são típicas na crise coreana. Ao afirmar que tem armas nucleares, Pyongyang assume ter violado o acordo de 1994, pelo qual concordava em desativar suas instalações nucleares e permitir a entrada de inspetores internacionais em troca de petróleo e dois reatores para serem usados com fins civis. • Outro impasse foi criado em setembro de 2005, quando a Coréia do Norte se comprometeu a voltar ao TNP e banir suas atividades nucleares. No dia seguinte, o país declarou que só o faria em troca dos reatores. • A tensão aumentou e, em meados de 2006, Estados Unidos e Coréia do Norte voltaram a trocar ameaças. • Em julho, o país asiático lançou sete mísseis com capacidade para levar ogivas nucleares. Acredita-se que um deles, o Taepodong-2, teria capacidade de atingir o Estado norte-americano do Alasca.