Paiva Netto escreve: “Não há morte em nenhum ponto do Universo”
O artigo discute a ideia de que não há morte no universo, citando o fundador da LBV Alziro Zarur. A morte é vista como uma transformação e não como aniquilamento. Figuras como Rui Barbosa, Allan Kardec e o Papa João Paulo II também são citadas defendendo esta visão.
A mensagem de esperança de Alziro Zarur: não há morte
1. Paiva Netto escreve: “Não há morte em nenhum
ponto do Universo”
Unesco — Paris Em prestigiado evento da ONU,
LBV é aplaudida por autoridades de diversos países
NATAL PERMANENTE DA LBV
Brasil solidário
Centenas de artistas unem-se à sociedade na
tradicional Campanha da LBV: mais de 460
toneladas de alimentos em socorro a milhares de
famílias em vulnerabilidade social.
Jorge Fernando,
ator e diretor de
TV, é padrinho
da Campanha
da LBV.
Luciana
Mello
Sucesso em
família
Patricya
Travassos
Bem-estar e
alto-astral
Miele
Olhar sobre
a Bossa
Nova
Chitãozinho & Xororó
e as raízes do Brasil
Responsabilidade Social Ações bem-sucedidas da
iniciativa privada em prol do meio ambiente
Combate à pedofilia Projeto de Lei 250/08, do
Senado Federal, aumenta rigor para criminosos
2.
3.
4. Sumário
6
20
26
45
47
32
64
6 Paiva Netto escreve: “Não há morte em
nenhum ponto do Universo”
10 Cartas, e-mails, livros e registros
1
7 Opinião Esportiva
18 Eleições/EUA
20 Perfil
Luciana Mello
2
4 boavontade.com
2
5 Notícias de Brasília
26 Abrindo o Coração
Patricya Travassos
Paiva Netto escreve: “Não há morte em nenhum
ponto do Universo”
Unesco — Paris Em prestigiado evento da ONU,
LBV é aplaudida por autoridades de diversos países
NATAL PERMANENTE DA LBV
Brasil solidário
Centenas de artistas unem-se à sociedade na
tradicional Campanha da LBV: mais de 460
toneladas de alimentos em socorro a milhares de
famílias em vulnerabilidade social.
Jorge Fernando,
ator e diretor de
TV, é padrinho
da Campanha
da LBV.
Luciana
Mello
Sucesso em
família
Patricya
Travassos
Bem-estar e
alto-astral
Miele
Olhar sobre
a Bossa
Nova
Chitãozinho & Xororó
e as raízes do Brasil
Responsabilidade Social Ações bem-sucedidas da
iniciativa privada em prol do meio ambiente
Combate à pedofilia Projeto de Lei 250/08, do
Senado Federal, aumenta rigor para criminosos
créditos das Fotos de Capa:
Chitãozinho & Xororó: Clayton Ferreira;
Jorge Fernando: André Fernandes;
Luciana Mello: Ike Levy; Miele: Vivian
Ribeiro; Patricya Travassos: Divulgação
4
| BOA VONTADE
30 Terceiro Setor
32 Música
Chitãozinho & Xororó e as raízes do Brasil
34 Responsabilidade Social
40 Comunicação Social
42 Especial
Combate à pedofilia
45 Opinião Política
Mentes criminosas, vidas despedaçadas
47 18 anos do Estatuto da Criança e
do Adolescente
42
69
50 Pedagogia do Cidadão Ecumênico
56 Educação
59 Comportamento
62 Cultura
64 Samba & História
Entrevista com Miele
69 Natal Permanente da LBV
Desafio do tamanho
do coração brasileiro
90 Opinião — Mídia Alternativa
94 Nações Unidas/Unesco — Paris
104 Saúde
108 Espírito e Ciência
114 Melhor Idade
116 Sete de Setembro
119 Sete de Setembro/Internacional
120 Arte na Tela
122 Literatura
126 Soldadinhos de Deus
128 Ação Jovem LBV
130 Em Pauta
5. Ao leitor
Reflexão de BOA VONTADE
“Nestes tempos de globalização de benefícios mal
distribuí os, principalmente para as multidões incontáveis dos
d
‘sem-acesso’ (como os denomina o jornalista e Legionário da
Boa Vontade Francisco de Assis Periotto), toda nação tem o
dever, mais do que o direito, de ser criativa, de tornar-se economicamente estável, expandindo sua indústria, seu comércio
e serviços; de modernizar a instrução e a Educação de sua
gente (a tudo iluminando com o toque da Espiritualidade, que
depreende ética no seu mais exalçado sentido e correspondente
ação), sua rede de comunicações e de transportes; de buscar a
integração harmônica com os demais povos; de atingir internacional prestígio. É o óbvio, mas, por essa mesma causa, deve
ser proclamado. Fora disso, vigora a barbárie que por aí vemos
— a cada dia menos disfarçada — e que, por mais incrível que
pareça, a maioria talvez não a meça devidamente, pois há um
minucioso esforço para manter as massas distraídas, como na
era dos césares romanos. Entretanto, com certeza, elas gradativamente irão percebendo os perniciosos efeitos. Isso é fatal.
Apenas uma questão de tempo (...).”
Trecho extraído do artigo “Oito Objetivos do Milênio”, de autoria do jornalista e escritor Paiva Netto. O material integra a revista Globalização do
Amor Fraterno (disponível em sete idiomas), mensagem especial da LBV
dirigida à ONU, entregue a autoridades e delegações internacionais.
BOA VONTADE
Revista apolítica e apartidária da Espiritualidade Ecumênica
ANO 52 • No 223 • AGO/SET/OUT/2008
Edição fechada em 5/11/2008
BOA VONTADE é uma publicação das IBVs, editada pela Editora Elevação. Registrada sob
o no 18166 no livro “B” do 9º Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.
Diretor e Editor-responsável: Francisco de Assis Periotto - MTE/DRTE/RJ
19.916 JP
Coordenador Geral: Gerdeilson Botelho
Jornalistas Colaboradores Especiais: Carlos Arthur Pitombeira, Hilton Abi-Rihan,
José Carlos Araújo e Mario de Moraes.
Equipe Elevação: Adriane Schirmer, Cida Linares, Daiane Emerick, Danielly Arruda,
Débora Verdan, Felipe Tonin, Gizelle de Almeida, Jefferson Rodrigues, João Miguel Neto,
Joílson Nogueira, Jonny César, Larissa Tonin, Leila Marco, Leilla Tonin, Maria Corina
Rocha, Maria Aparecida da Silva, Mário Augusto Brandão, Natália Lombardi, Neuza
Alves, Raquel Bertolin, Rodrigo de Oliveira, Rosana Bertolin, Sarah Jane, Silvia Ligieri,
Simone Barreto, Walter Periotto, Wanderly Albieri Baptista e William Luz.
Projeto Gráfico: Helen Winkler
Impressão: Editora Parma
Endereço para correspondência: Rua Doraci, 90 • Bom Retiro • CEP 01134-050
• São Paulo/SP • Tel.: (11) 3358-6871 • Caixa Postal 13.833-9 • CEP 01216-970
Internet: www.boavontade.com / E-mail: info@boavontade.com
A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos e opiniões em seus
artigos assinados.
Esta edição traz a cobertura completa da Campanha
Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada
dia!, que reuniu mais de 200 personalidades, entre atores,
esportistas, cantores e jornalistas. A exemplo do ator e diretor
de TV Jorge Fernando, padrinho da iniciativa, os amigos
da Boa Vontade estiveram em estúdios de nove capitais do
Brasil para gravar vídeos e ser fotografados para as peças
publicitárias da Campanha.
Nos bastidores, fotógrafos, maquiadores e tantos outros
profissionais gentilmente doaram tempo, talento e empenho
em favor dessa ação gigantesca, que pretende arrecadar com
a sua ajuda, amigo leitor, mais de 460 toneladas de alimentos
não-perecíveis para serem entregues a famílias em situação de
risco social.
Em“Não há morte em nenhum ponto do Universo”, o jornalista Paiva Netto destaca no título o pensamento do fundador
da LBV, Alziro Zarur (1914-1979), e demonstra o profundo
impacto que a descoberta dessa feliz realidade promove na vida
do indivíduo e, conseqüentemente, da sociedade mundial.
Em outra reportagem, tem-se um olhar sobre o que mudou
60 anos depois da validação da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, tema da 61a Conferência Anual das Organizações Não-Governamentais do Departamento de Informação
das Nações Unidas, realizada em Paris/França. A participação
da LBV, com a experiência de quase seis décadas em defesa
dos princípios dessa Carta, foi aplaudida por autoridades governamentais e delegações de diversos países.
A revista destaca ainda o bate-papo com o showman Luiz
Carlos Miele, que fala sobre os 50 anos da Bossa Nova.
Outros talentos contam sua história de vida e como a música
surgiu em família: a dupla Chitãozinho & Xororó e a cantora
e compositora Luciana Mello. Na entrevista com Patricya
Travassos, a atriz e apresentadora mostra como consegue, em
meio à correria diária, alcançar qualidade de vida.
Acompanhe reportagem especial com três importantes
autoridades em defesa da infância e da juventude. O desembargador Siro Darlan avalia os 18 anos do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA). Os senadores Magno Malta e Demóstenes Torres analisam o Projeto de Lei 250/08,
em tramitação no Senado Federal, e expõem seus pontos de
vista sobre novos mecanismos implantados para intensificar
ainda mais o combate à pedofilia.
Para terminar a leitura em alto-astral, fique sabendo por que
a prece tem sido cada vez mais investigada nos laboratórios e
considerada energia poderosa à disposição do Ser Humano.
BOA VONTADE |
5
6. “Não há morte
em nenhum ponto do
José de Paiva Netto, jornalista,
radialista e escritor.
É diretor-presidente da LBV.
6
| BOA VONTADE
aparente ausência de
seus entes queridos.
Mas tenham certeza de
que realmente os mortos não morrem. Um
dia, todos haveremos
Alziro Zarur
de nos reencontrar.
“Tudo o que é natural/ Não é
um sofrimento./ A noite não é negra/ E nem a morte é triste./ A noite
é puro engano,/ A morte não existe/
E a dor é uma ilusão do nosso sentimento.” Alentadora mensagem a
nós legada pelo poeta
português Teixeira de
Pascoaes (1877-1952),
coincidentemente nascido num “dia de finados”. Que Deus o tenha
Teixeira de Pascoaes
em bom lugar.
Arquivo BV
Q
uando meus pais faleceram, muito padeceu o
meu coração. Contudo,
prontamente comecei a
entoar comovido colóquio com
o Criador, amenizando a saudade
e lhes transmitindo palavras de
paz e de gratidão. Logo senti que
continuavam vivos, porque os
mortos não morrem. E toda vez
que se ora, a Alma respira, fertilizando a existência humana. Fazer
prece é essencial para desanuviar
o horizonte do ser. Alziro Zarur
(1914-1979) ensinava que “Deus
não nos criou para nos matar” e
que “não há morte em nenhum
ponto do Universo”. Assunto que
voltaremos a abordar. Minha solidariedade, pois, aos que sofrem a
Reprodução BV
João Preda
Universo“
7. Arquivo pessoal
Reprodução BV
samento judaico, vida e
vivência confortadora.
morte formam um todo,
Deveriam, sobretudo, lusendo aspectos diferencubrar acerca da morte e
tes da mesma realidade,
não pretender explicações
complementares uma da
essencialmente materiais
outra”.
para um fenômeno irreAllan Kardec
Temos ainda a consimovível que envolve o
deração de Allan Kardec (1804- Espírito, que não se encontra re1869), o sábio de Lyon, em seu sumido à mente humana. Quando
livro A Gênese, sobre o relacio- desperta no Outro Lado, a surpresa
namento compulsório entre este para muita gente é imensa.
mundo e o seu correspondente
Há quem possa sorrir dessas
invisível: “Pelas relações que modestas ilações. No entanto, inhoje pode estabelecer com aque- dispensáveis cultores do intelecto
les que deixaram a Terra, possui não se podem designar a si próprios,
o Homem não só a prova mate- digamos para argumentar, como
rial da existência e da
partidários de convicções
individualidade da Alma,
inamovíveis. Semelhante
como também compreenpostura não se apraz com
de a solidariedade que
a boa índole de seu labor.
liga os vivos aos mortos
De outra maneira, seu juízo
deste mundo e os deste
deixaria de ser ciência, visto
Rui Barbosa
mundo aos dos outros
que a incessante investigaplanetas”.
ção, liberta do convencionalismo
Rui Barbosa (1849-1923), cerceador, provoca justamente o
jornalista, escritor, parlamentar, crescimento da cultura.
ministro da Fazenda, diplomata,
O dr. Stephen
notável jurista brasileiro, captou Hawking, renomado
esse divino propósito: “A morte físico britânico, desde
não extingue, transforma; não jovem ocupando a cáaniquila, renova; não divorcia, tedra de Isaac Newton
Stephen Hawking
aproxima”.
como Lucasian ProfesDe fato, “mortos” e vivos, for- sor de Matemática na Universidade
mamos todos uma única família. de Cambridge, oferece-nos este ra-
Divulgação
Lições do
fenômeno
inafastável
Dia virá em que
grandes pensadores não
mais prescindirão dessa
Os saudosos pais do
dirigente da LBV, Seu
Bruno e Dona Idalina.
Arquivo BV
Photos.com
A ocasião me recorda o pronunciamento
do saudoso papa João
Paulo II (1920-2005),
em 2 de novembro de
João Paulo II
1983, ao se dirigir aos
peregrinos reunidos na Basílica de
São Pedro, em Roma: “O diálogo
com os mortos não deve ser interrompido, pois na verdade a vida
não está limitada pelos horizontes
do mundo (...)”. Daí a precisão
de refletirmos sobre esse ponto.
É compreensível que sintamos
falta dos que partiram. Todavia,
não nos devemos exceder em lágrimas, porque a nossa aceitável
dor pode perturbar-lhes, no Plano
Espiritual, a adaptação à nova
conjuntura.
Nesse entendimento, cumpre
recordar o comentário de Immanuel Kant (1724-1804), escritor,
filósofo e cientista alemão: “Esta vida é apenas uma parte da vida;
apenas um primórdio
embrionário que será
sucedido por um novo
despertar”.
Immanuel Kant
O profeta Maomé
(570-632), “que a Paz e a bênção
de Deus estejam sobre ele!”, por sua
vez, proclama: “Deus lhes concedeu a recompensa terrena e a bemaventurança na outra vida, porque
Deus aprecia os benfeitores!”.
Doutora em Língua Hebraica, Literaturas e Cultura
Judaica pela USP, a
professora Jane Bichmacher de Glasman
Jane de Glasman revela que “no pen-
Reprodução BV
Divulgação
Dia de Finados
8. ções profundas naquilo que cada te carnal, sucumbe na irrealidade
um de nós vai fazer com sua vida. desesperadora. Urge levar em alta
Então seria verdade afirmar que conta que a reforma do social vem
não podemos entender essa vida pelo espiritual. Não somos apenas
completamente até ter um vislumbre corpo, porém, acima de tudo, Espído que acontece além dela”.
rito. Na negativa sistemática dessa
A vida prossegue mesmo no concepção, também reside o fundacadáver, que se dispõe na multi- mento de todas as crises, incluída
dão de minúsculas formas.
a econômico-financeira que, na
Como escrevi em Voltamos!, não atualidade, sobressalta os povos. O
devemos fugir da pesquisa imparcial individualismo exacerbado anuncia
sobre a morte. Se existe uma impos- o coração estéril, haja vista os escasibilidade neste orbe, é a de
brosos casos de pedofilia,
alguém conseguir desviá-la
contra os quais inocentes
do próprio caminho. Declaaguardam ser fortemente
rou o Buda (aprox. 556-486
defendidos. Um desvio
a.C.): “Erguei-vos, pois!
comportamental que reNão sejais indolentes! Agi
quer tratamento e aplicação
Buda
de acordo com a Lei. Aquerigorosa da Lei.
le que observa a Lei vive feliz neste
mundo e em todos os outros”.
Estradas novas
A morte não é o término da
existência humana.
Amor Solidário e reta
Você não acredita? Tem todo o
Justiça
O sempre lembrado Zarur, há direito. Mas se for verídico?!
Premie-se, minha amiga, meu
décadas, concluiu que “Deus criou
o Ser Humano de tal forma que amigo, com o direito à dúvida,
ele só pode ser feliz praticando o base do discurso científico, que, na
Bem”. Razão por que necessário se perquirição incessante, continua
faz a constância do Amor Solidário rasgando estradas novas para a Hue do respeito à reta Justiça, desde o manidade.
Disse Jesus, o Cristo Ecumênicoração do homem de pensamento
mais refinado até o do ser mais sim- co: “Deus é Deus de
ples, a fim de derruir a mentalidade vivos, não de mortos.
esterilizadora do ódio que vive a Por não crerdes nisso,
castrar o avanço menos delituoso da errais muito” (Evangecivilização, que, nos tempos atuais, lho, segundo Marcos,
lançada à condição excessivamen- 12:27).
Marcos
Reprodução BV
Reprodução BV
Divulgação
ciocínio: “Restringir nossa atenção
aos assuntos terrestres seria limitar
o espírito humano”.
É pertinente citar o trabalho
do respeitado psicólogo norte-americano
e Ph.D. em filosofia,
dr. Raymond Moody Jr., M.D., sobre
as experiências de
Raymond Moody Jr. quase-morte. Em seu
livro A vida depois da vida, ao
apresentar o resultado de centenas de casos pesquisados por ele,
constata:
“(...) Parece-me estar aberta a
possibilidade de que nossa incapacidade atual de construir ‘provas’
pode não representar uma limitação
imposta pela natureza das experiências de quase-morte em si. Em vez
disso, talvez seja uma limitação dos
modos de pensamento científico e
lógico atualmente aceitos. Talvez a
perspectiva dos cientistas e lógicos
do futuro será muito diferente —
deve-se lembrar que historicamente
a metodologia lógica e científica
não são sistemas fixos e estáticos,
mas sim processos dinâmicos e
crescentes. (...) Aquilo que aprendemos sobre a morte pode fazer uma
importante diferença na maneira
como vivemos nossa vida. Se as
experiências do tipo que discuti aqui
[no livro] são reais, elas têm
implica-
A morte não é o término da existência humana. Você não acredita? Tem
todo o direito. Mas se for verídico?! Premie-se, minha amiga, meu amigo,
com o direito à dúvida, base do discurso científico, que, na perquirição
incessante, continua rasgando estradas novas para a Humanidade.
8
| BOA VONTADE
9. André Fernandes
Divulgação
Reprodução BV
todos os que querem o bem de seu
Povo — que nenhum país progride
A morte não interrompe a sem boas escolas, posto que, entre
vida, portanto o aprendizado não outros benefícios, elas exalçam o
tem fim. Na Terra ou no céu da pendor criativo do estudante, proTerra, prosseguimos trilhando o movendo a adequada capacitação.
caminho da Eternidade.
E, no milênio terceiro, a
De acordo com o nobre
Espiritualidade Ecumênimédico e político brasica das massas tornar-se-á
leiro dr. Adolfo Bezerra
fator inarredável. Desce
de Menezes (1831-1900),
das alturas a certidão de
“a morte é como um sopro
óbito da era macabra da
Bezerra de Menezes
que realiza o transporte
intolerância religiosa ou
da Alma do estado de dimensão acadêmica, por vezes semeada no
física para o de vibração espiri- altar ou na banca de estudo.
tual. A Vida é eterna”.
Que a Paz de Deus
O conceituado pasesteja agora e sempre com
tor norte-americano Billy
todos. E vamos em frente,
Graham, confiante, sinatrabalhando, realizando e
lizou: “(...) este mundo
atuando com decisão, coranão é o nosso lar definigem, solidariedade, porque
tivo. Se nossa esperança
Deus, entendido como
Billy Graham
está verdadeiramente em
Amor, está presente para
Cristo, somos peregrinos neste vivos, “mortos”, crentes e ateus.
mundo, a caminho de nosso lar
eterno no céu”.
Martin Luther King,
Entretanto, de modo algum Barack Obama e
essa consciência deve ser pre- protecionismo
texto para o suicídio, porquanto
“Eu tenho um sonho de que
se trata de atrocidade contra o um dia meus quatro filhos vivam
corpo humano que nos serve de em uma nação onde não sejam
instrumento educativo.
julgados pela cor de sua pele,
Em meu livro As Profecias sem mas pelo seu caráter.” Ao proferir
Mistério*, capítulo “Progresso esse discurso, em 28 de agosto
sem destruição”, pondero — como de 1963, nos degraus do Lincoln
Memorial, como ápice da Marcha
de Washington, numa manifestação
que reuniu aproximadamente 200
mil pessoas em defesa dos direitos
civis para os negros,
o pastor, ativista político e líder pacifista
Martin Luther King
Jr. (1929-1968) não
imaginava que, quaren- Martin Luther King Jr.
ta anos após sua morte,
os Estados Unidos da América
estariam elegendo o primeiro presidente afro-americano
da história de seu país.
Não estou aqui para
discutir política. Contudo, esse fato notável,
embora não represente
o fim do racismo nas Barack Obama
terras do Tio Sam, constitui avanço
dos mais significativos para bani-lo
das consciências, não só norteamericanas, mas de todos os povos. A eleição de Barack Obama
surtirá os mais diferentes efeitos
na existência das nações. Peço a
Deus que o ampare e nos livre do
protecionismo deles. Amém!
Reprodução BV
Espiritualidade
Ecumênica
Divulgação
Pirâmide das Almas Benditas
Aclamado pelo Povo como uma das Sete Maravilhas
de Brasília/DF, o conjunto ecumênico da LBV
surge imponente, na foto ao lado. O Templo da
Boa Vontade tornou-se referência de milhões de
peregrinos e turistas que vão ao TBV em busca
da meditação, da Paz interior e também para orar
por amigos e entes queridos que estão na Pátria
Espiritual. VISITE: SGAS 915, lotes 75/76
Tel.: (61) 3245-1070 — www.tbv.com.br.
* As Profecias sem Mistério (1998) — Lançamento
da Editora Elevação que integra a série O Apocalipse
de Jesus para os Simples de Coração, que, com
as obras Somos todos Profetas e Apocalipse sem
medo, já vendeu quase um milhão e meio de exemplares. Adquira já a coleção pelo 0800 77 07 940 ou,
se preferir, acesse o site www.elevacao.com.br.
BOA VONTADE |
9
10. Cartas, e-mails, livros e registros
Fotos: Clayton Ferreira
Palavras da
apresentadora de TV
Sabrina Sato, durante
visita ao conjunto educacional
da LBV na capital paulista, às
vésperas do Dia da Criança.
A notícia foi destaque em
diversos sites do País.
10
| BOA VONTADE
Nas Fronteiras da Intolerância — Einstein, Hitler,
a Bomba e o FBI é o mais recente livro do astrônomo
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, lançado em 15
de outubro, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no Rio de Janeiro/RJ.
O trabalho apresenta “uma mensagem de otimismo em
nosso futuro”, resume o autor. “Na obra há uma questão
interessante, que é a intolerância política, na comunidade
científica, enfim, sob todos os aspectos”, pondera.
O astrônomo acrescenta: “Pego um caso especial
que é o do Einstein, a intolerância sofrida por ele na Alemanha, além da
perseguição que enfrentou durante toda a vida, na infância (…). Ele foi um
dos defensores da liberdade de idéias, da liberdade de pensamento, lutou
bastante por isso, como o nosso José de Paiva Netto luta aqui, por uma visão
muito tolerante em relação às religiões, às pessoas, isso é bom. O Paiva Netto
faz nisso um grande trabalho. Acredito que gostará do meu livro”.
Na ocasião do lançamento, o professor Mourão recebeu os cumprimentos
fraternos da Legião da Boa Vontade, em nome de seu diretor-presidente, e
retribuiu: “Muito obrigado! Eu dou os parabéns a ele pela Obra que faz pelo
Brasil!”. O amigo cientista enviou também um exemplar do título ao dirigente da
LBV, com a seguinte dedicatória: “Para o jornalista Paiva Netto, como prova de
estima e admiração, afetuosamente, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão”.
BOA VONTADE e o
centenário da ABI
O trabalho desenvolvido por Paiva
Netto na área de comunicação é muito
interessante, a exemplo da revista BOA
VONTADE, que destaca na edição nº
222 os 100 anos da ABI (Associação
Brasileira de Imprensa). O seu conteúdo
é de uma qualidade editorial e gráfica
muito boa. Fico grato pelo carinho,
pela atenção, e continuo fazendo votos
de sucesso, participando e torcendo,
de alguma maneira, por esse trabalho,
feito de forma solidária, afetiva, para
uma parcela da nossa população que
tanto tem necessidade. (Lênin Novaes,
membro do Conselho Deliberativo da
Associação Brasileira de Imprensa)
Perigo real
Vivian Ribeiro
“Todo mundo tem que vir
passar um dia e conhecer de
perto a LBV. É sensacional o
trabalho. Tem aula de coral,
de dança, as classes são todas
separadinhas, as professoras
ensinando tudo direitinho. A
criança se sente em casa. Isso
é muito legal! Todos vocês
estão convidados a vir aqui
na LBV e conhecer de
perto o trabalho,
a estrutura,
essa Casa
maravilhosa.”
“Intolerância política na comunidade
científica, sob todos os aspectos.”
O Instituto Ambiental
Vidágua tem um trabalho
vocacional como o da LBV,
uma das maiores entidades do
mundo, com uma ação espetacular não
só para cuidar do Ser Humano, mas
do meio ambiente, que dá vida a todos
nós. (...) É o que o Paiva Netto fala: “A
destruição da Natureza é a extinção da
Raça Humana”. Isso é muito sério, não
é mais uma visão apocalíptica, basta ver o relatório
do IPCC, da ONU. (...)
Vi uma reportagem na
revista BOA VONTADE,
edição nº 222, que traz
material excelente, em que Kláudio Nunes
Arquivo pessoal
M U R A L
11. Conflitos que marcaram o Estado gaúcho
é citada a previsão de um dos grandes
biólogos do mundo [James Lovelock]
que poucos cientistas têm coragem de
fazer: o aquecimento global pode matar 6 bilhões de pessoas neste século.
(Kláudio Cóffani Nunes, advogado, é
Vivian Ribeiro
A classe artística, amigos
e familiares participaram de
prestigiada sessão de autógrafos
do livro Saga Lusa – O relato
de uma viagem, de autoria da
cantora e compositora Adriana
Calcanhotto, no dia 28 de outubro, em Ipanema, no Rio de
Janeiro/RJ.
Adriana descreve na obra
situações que vivenciou em
decorrência de uma intoxicação
com remédios para gripe. O forte
mal-estar a impediu de fazer o
show de lançamento do álbum
Maré em Portugal, mas resultou
em sua primeira obra literária.
Na noite de lançamento, a
cantora foi saudada pelos representantes da LBV e encaminhou
ao dirigente da Instituição um
exemplar da obra com a dedicatória: “Para o Paiva Netto, com
o carinho da Adriana.
Organizado pelo professor e historiador Gunter Axt e com a coordenação editorial de Marília RyffMoreira Vianna, o livro As Guerras
dos Gaúchos — História dos Conflitos
do Rio Grande do Sul conta, em 524
páginas, a trajetória de lutas que
agitaram este Estado do sul do Brasil
nos séculos 19 e 20. A obra reúne
23 eminentes analistas convidados a
discorrer sobre 24 conflitos e a representatividade desses acontecimentos
para a sociedade da época.
Centenas de pessoas, entre estudiosos e interessados no tema,
compareceram ao lançamento, no
dia 29 de setembro, no Museu Júlio
de Castilhos, em Porto Alegre/RS.
Uma das presenças de destaque no
evento foi a do jornalista Domingos
Meirelles, que também é colaborador do livro com a pesquisa sobre a
marcha da coluna liderada por Luís
Carlos Prestes e Miguel Costa, a
partir de 1924.
Meirelles autografou um dos
exemplares da obra ao dirigente da Legião da Boa Vontade (LBV), no qual
escreveu: “Ao querido amigo Paiva
Netto, na esperança de que se comova
com o exemplo e o martírio dos jovens
tenentes da Coluna Prestes. Com a
admiração e o carinho deste velho
colega do Colégio Pedro II”.
Em entrevista à BOAVONTADE,
Domingos Meirelles — que é diretorfinanceiro da Associação Brasileira
de Imprensa (ABI) e grande amigo
da LBV — comentou o vínculo entre
Adriana Calcanhotto ao lado do
escritor Ferreira Gullar
Mathias Cramer/temporealfoto.com
Calcanhotto lança
primeiro livro
Jornalista Domingos Meirelles ao lado
de Vera Quednau, da LBV.
essas tradicionais instituições: “No
início, Alziro Zarur [1914-1979]
usava o auditório da ABI para suas
palestras; temos algumas fotos dele
no palco, dirigindo-se às pessoas.
Há realmente uma ligação muito
estreita e afetiva entre a ABI e a
LBV. Um grande abraço para o
Paiva Netto”.
Além de lembrar o histórico relacionamento das duas Casas, desde os
idos de 1940, época em que o saudoso
jornalista e poeta Alziro Zarur iniciava as atividades da Instituição na ABI,
Meirelles ressaltou: “Acompanho de
perto a LBV, porque possuo muitos
amigos na Obra. Conheço o trabalho
no Rio de Janeiro, que é extraordinário, e também em São Paulo. Já
visitei e passei o dia inteiro na LBV.
Tenho um carinho especial pela
Instituição e pelas pessoas que nela
atuam e acabam devotando a vida a
essa missão nobre que ela presta aos
mais desassistidos, que necessitam de
algum tipo de apoio ou de consolo
espiritual”.
coordenador da Campanha Carbono
Zero, do Instituto Ambiental Vidágua,
Bauru/SP)
BOA VONTADE |
11
12. Cartas, e-mails, livros e registros
Receitas de Mãe Canô
Divulgação
Nizete Souza
Revista de qualidade
O trabalho e as matérias jornalísticas da Legião da Boa Vontade
dis utem as necessidades primordiais
c
para avançar em conquistas sociais,
para a população ter uma melhora na
qualidade de vida. A BOA VONTADE
possui temas ambientais, de interesse
12
| BOA VONTADE
do público, orientação, entre outros.
Os profissionais que produzem essas
reportagens são qualificados. Enfim,
fiquei satisfeito em receber essa importante revista e conhecer mais o
belíssimo trabalho da LBV. (Sérgio
Gomes Nunes, delegado da Receita
Federal em Londrina/PR)
Eduardo Knapp
Nizete Souza
Em O Sal é um Dom — Receitas de Mãe Canô, a autora
do livro, Mabel Velloso (na
foto ao lado, com algumas
das crianças atendidas pela
LBV), filha da personagem
Dona Canô
principal dessa história, oferece ao público bem mais que saborosas receitas
típicas do Recôncavo Baiano. A escritora-poeta
conta um pouco do dia-a-dia de uma família que,
reunindo-se à mesa e compartilhando, soube se manter
unida. E como a música sempre esteve presente naquele
lar... Principalmente, ao fim de cada almoço ou jantar, familiares e amigos
aproveitavam a ocasião para as animadas cantorias, sem
faltar um bom samba de roda.
A obra tem a apresentação de outra filha de Dona Canô,
Maria Bethânia, e reúne 100 receitas da matriarca (ilustradas por fotografias de Maria Sampaio), que servem também
de fio condutor de uma história cheia de sabores e amor.
Durante a noite de autógrafos, 30 de setembro,14 dias Maria Bethânia
depois de Dona Canô completar 101 anos de idade, em
Salvador/BA, quem prestigiou o evento pôde saborear alguns dos famosos
pratos. Em entrevista à BOA VONTADE, Mabel afirmou que o trabalho
significa a realização de um sonho, um momento de “muita alegria por ter
tantos amigos em volta, inclusive vocês da LBV, que admiro tanto. Obrigada,
grande abraço”.
A matriarca dos Vellosos, amiga e colaboradora da LBV, também ressaltou:
“Paiva Netto sempre me considerou, conto com a sua amizade sincera. Ele foi
a [minha casa em] Santo Amaro, me conheceu e ficamos amigos. Contribuo
com o que posso (...), nunca faltou”.
Na dedicatória registrada no exemplar do livro, a autora resumiu o carinho
da família pela Instituição e seu dirigente: “A José de Paiva Netto, as receitas,
os temperos, os carinhos de mãe Canô e meus”.
Por um final feliz
Dr. Flávio Gikovate
No campo do relacionamento humano, o psicoterapeuta
Flávio Gikovate investe em
seu mais recente livro: Uma
História do Amor... com final
feliz! Segundo o especialista,
é claro o terreno perdido pelo
romantismo ante as mudanças
sociais, os avanços tecnológicos da sociedade moderna,
que levam ao crescimento da
individualidade. Para o escritor, no entanto, há um caminho
alternativo, chamado por ele de
“+amor”, sentimento este capaz
de criar laços para a vida toda.
No lançamento dessa obra
em Curitiba/PR, o autor dedicou um dos exemplares ao
diretor-presidente da LBV, com
os seguintes dizeres: “A José
de Paiva Netto, um abraço do
Flávio Gikovate”.
Cada vez que tenho em mãos a revista BOA VONTADE, fico impressionada com a qualidade. O conteúdo
dela nos traz um aprendizado amplo,
de diversos segmentos, repassando
cultura, conhecimento e educação.
(Rosana dos Anjos, jornalista, São
José do Rio Preto/SP)
13. TEMPLO DA BOA VONTADE
Aclamado pelo Povo como uma
das Sete Maravilhas de Brasília.
SGAS 915 — lotes 75/76
Brasília/DF — Brasil
Tel.: (61) 3245-1070
www.tbv.com.br
João Periotto
Arquivo BV
Dona Mariza Gomes da Silva, em
entrevista à Super RBV de Comunicação.
coisa que visitei quando cheguei a
Brasília foi justamente o Templo da
Boa Vontade, por causa do Cristal
e por esta Paz. Haviam me falado
dele e fiz questão de ver. Esses 19
anos têm de ser bem comemorados.
Paiva Netto e vocês todos da LBV
estão de parabéns”.
Dona Mariza referiu-se à proposta
de Ecumenismo Irrestrito do Templo
da Boa Vontade. “A importância da
religiosidade é exatamente esta: de
todas as pessoas estarem ligadas pelo
Amor, pela Fraternidade”, disse. Ao
finalizar, ela deixou uma mensagem
especial sobre a obra socioeducacional
realizada pela Legião da Boa Vontade:
“Continuem esse trabalho maravi-
Em evento recente, em Montes Claros/MG,
o vice-presidente da República, José Alencar,
recebe a revista BOA VONTADE das mãos
da Legionária Azeli Rita de Sá.
José Gonçalo
A Galeria de Arte do Templo da
Boa Vontade (TBV), em Brasília/
DF, recebeu, entre 3 e 5 de outubro,
a 26ª Exposição Nacional de Pintura
em Porcelana e Faiança, promovida
pela Associação Brasiliense de Arte
em Porcelana (ABAP). Dela participaram mais de 70 expositores e oito
ateliês. Além de divulgar esse tipo
de arte, a mostra fez parte do calendário do evento “Outubro no TBV”,
mês comemorativo dos 19 anos do
Templo da Boa Vontade (celebrados
no dia 21).
Para descerrar a fita inaugural da
exposição, foram convidadas Mariza
Gomes da Silva, esposa do vice-presidente da República, José Alencar,
e a presidente da ABAP, Bell Stipp.
“Realmente a mostra é sempre surpreendente. Todos os artistas são de
primeira grandeza; fica difícil falar
qual é o mais bonito, os temas são
muito interessantes”, comentou dona
Mariza em entrevista à Super Rede
Boa Vontade de Comunicação (TV,
rádio, revista e internet).
A esposa do vice-presidente destacou ainda a importância do TBV,
que recentemente foi aclamado por
voto popular uma das Sete Maravilhas da capital do País: “A primeira
José Gonçalo
Sra. Mariza Gomes da Silva prestigia exposição no TBV
Bell Stipp, presidente da ABAP, homenageou
o TBV com um vaso de porcelana, que traz
desenhos alusivos a diversas religiões, para
harmonizar com o Ecumenismo Irrestrito do
monumento. Ao lado, Paulo Medeiros, da LBV.
lhoso com as crianças, que o Brasil
precisa tanto. Isso fará com que a Paz
venha realmente”.
BOA VONTADE |
13
14. Cartas, e-mails, livros e registros
In memoriam
Defensor da Paz e da Espiritualidade
Fernando Franco
Aos 84 anos, faleceu o médium, jornalista e escritor
Jorge Rizzini, em 17 de outubro, depois de deixar a
Argentina, no vôo de volta para o Brasil. Conhecido
pesquisador psíquico, natural de São Paulo/SP, ele nasceu em 25 de dezembro de 1924. Ganhou
a fama de guardião da Espiritualidade,
justamente pela determinação em defender os ideais do Mundo Invisível e por
ter convivido com Chico Xavier, Waldo
Vieira e Yvonne do Amaral Pereira.
Entre as honrarias que recebeu, estão as láureas pela União Brasileira de
Escritores e pela Secretaria de Estado
da Cultura de São Paulo. Foi diretor do
Museu da Imagem e do Som, da União
Brasileira de Escritores, presidente do Clube dos Jornalistas Espíritas de São Paulo e autor de dezenas de
livros, inclusive sobre a Fenomenologia Mediúnica,
dos quais se destacam Materializações de Uberaba,
Caso Arigó e Kardec, Irmãs Fox e Outros, além da
biografia sobre o amigo Herculano Pires.
O professor Jorge Rizzini foi um dos palestran-
tes da Segunda Sessão Plenária do Fórum Mundial
Espírito e Ciência, da LBV, ocorrida em Brasília/DF,
em outubro de 2004, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV. Sobre
o evento, Rizzini expressou:“Quero
cumprimentar José de Paiva Netto por
seu idealismo fora de série, por sua
coragem e garra de realizar um evento
de tamanha importância como é este
que estamos presenciando: Espírito e
Ciência. É uma emoção poder participar desta festa que atinge até mesmo o
Astral Superior”.
Pouco antes de falecer, Rizzini
afirmara que a primeira coisa a fazer,
logo na chegada ao Plano Espiritual, seria reencontrar
a mãe.
A Legião da Boa Vontade e seu dirigente dedicam
ao Espírito eterno desse amigo as mais sinceras vibrações de Paz e serenidade, extensivas a toda a família
e amigos.
(Colaboração: Walter Periotto)
Café filosófico
Cida Linares
A leitora da revista BOA VONTADE Templo da Boa Vontade, em Brasília/
e estudante de Biblioteconomia da Fun- DF, só pelas imagens de TV e dissedação de Sociologia e Política de São me que quer visitá-lo. Aliás, numa das
Paulo (FESPSP) Maria José Gonzaga aulas expositivas, quando comentei
o conteúdo ecumênico dos textos do
do Monte escreve à nossa redação:
“Sou leitora assídua da revista jornalista Paiva Netto, ele teceu o
BOA VONTADE e estou entusiasma- seguinte comentário: ‘O Paiva é poeta
também. Gosto muito dele,
da pelos 19 anos do Templo
pois tem eloqüên ia nos seus
c
da Paz, completados agora,
discursos e um poder de conem 21 de outubro. Muito
vencimento admirável’.
a propósito, meu professor
“A convite do profesde Filosofia, Luiz Augusto
sor Borges, participei, em
Contador Borges (doutor
Maria José do Monte
setembro deste ano, de um
em Filosofia, poeta, ensaísta
e tradutor) tem grande simpatia pela café filosófico, evento mediado
LBV. O professor Borges conhece o por ele mensalmente na Casa das
14
| BOA VONTADE
Rosas, na Avenida Paulista, em São
Paulo/SP. Ao término do encontro,
ele, seu amigo, o também filósofo e
professor doutor Valter José Maria,
e eu confabulávamos sobre o tema
da palestra e mencionei o trabalho
educacional da LBV. Ao dizer isso,
o professor Valter exclamou: ‘Paiva
Netto! O Irmão Paiva! Conheço e
ouço. É incrível, Borges, a gente o
ouve e não encontra nenhum erro de
português!’. E o professor Borges
confirmou: ‘É isso mesmo, eu sei
disso’.
“Parabéns ao diretor-presidente da
LBV. Ele é ético com muita estética”.
15. Vivian Ribeiro
Lucian Fagundes
Estilo Ipanema, novo livro do
cardiologista dr. Carlos Scherr
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Rio
Grande do Sul, dr. Claudio Lamachia, reservou espaço na agenda
para visitar, no dia 15 de setembro, duas unidades da Legião da
Boa Vontade (LBV) no Estado gaúcho: o centro comunitário, em
Porto Alegre/RS, e o Lar e Parque Alziro Zarur, em Glorinha/RS. A
estrutura física das unidades da Instituição também foi destacada
pelo dr. Claudio: “Pude verificar a organização do Lar, das casas
onde as crianças dormem, o carinho com que são tratadas, a limpeza e a organização. Isso realmente chama muita atenção. (...) Aqui
se inspira toda essa situação de Paz e de tranqüilidade. Caminhar
nesta área tão bem cuidada, que abriga crianças, que trabalha no
presente projetando o futuro, é importantíssimo”, afirma.
Outro aspecto que chamou a atenção do visitante foi a
Pedagogia do Cidadão Ecumênico*, linha educacional implementada pela LBV: “(...) Sempre que nós tivermos a educação
com esta visão que eu presenciei aqui hoje, seguramente nós
estaremos caminhando a passos largos para a correção dos
equívocos que ainda temos na nossa sociedade”.
Em nome dos gaúchos, finalizou a entrevista exaltando: “Eu,
que nasci em Porto Alegre e recebi esta homenagem aqui na nossa
cidade, tenho de devolver essa homenagem dizendo ao Paiva
Netto da nossa satisfação em tê-los no Rio Grande do Sul. É um
trabalho que deve servir de paradigma para outras entidades!”.
Uma concorrida noite de autógrafos, no dia 5 de novembro, no Rio de Janeiro/RJ, marcou o lançamento do livro
Estilo Ipanema — Viva com saúde sem abrir mão do prazer,
de autoria do renomado cardiologista dr. Carlos Scherr.
Na obra, o autor propõe uma mudança permanente nos
hábitos de vida, a fim de diminuir a incidência de doenças
cardiovasculares e tantas outras preocupantes, a exemplo
do diabetes. “Levar uma vida saudável não é ruim, nem
chato e desagradável. Você pode viver mais e com saúde
sem precisar levar uma vida de restrições, com proibições
e chata. É só adotar o estilo Ipanema”, convida o dr. Scherr,
em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação
(TV, rádio, internet e revista).
Ao ser saudado pelos representantes
da LBV, o cardiologista expressou: “Eu
tenho o maior carinho por Paiva Netto e
a maior admiração pelo trabalho dele,
por essa oportunidade que ele dá de
levar as informações que o povo tanto
precisa”. Na seqüência, autografou um
exemplar da obra, com a mensagem:
“Para o querido Paiva Netto. Espero
que seja útil. Com um abraço, Carlos
Scherr”.
Vivian Ribe
* Saiba mais sobre a Pedagogia do Cidadão Ecumênico na reportagem especial
sobre o assunto na página 50.
iro
Presidente da OAB-RS
visita a LBV
Reflexões da Alma é sucesso em Portugal
Fiquei entusiasmada com Reflexões da Alma, de Paiva Netto, editado aqui. Dirigi-me à loja
Fnac e o livro já estava esgotado. Mais tarde, comprei-o e fiquei muito contente. (...) Esta obra
é um guia prático. No nosso dia-a-dia podemos abri-la e encontrar, com certeza, resposta aos
nossos problemas, à nossa situação no momento. É também um livro científico, e muito mais:
trata de cultura, de arte; encontramos em Reflexões da Alma mais de vinte pinturas. Interesso-me
muito pela cultura em geral e nele encontro mais de 200 nomes de pessoas de todos os séculos.
Evidentemente, também de pessoas da Alemanha; eu sou alemã, mas radicada em Portugal. Ele
não é para ser lido de uma vez só, é para o futuro, porque vamos descobrir nele, todos os dias,
novidades, como estou a descobrir. (Helga Giebelhausen de Campos, Porto, Portugal)
BOA VONTADE |
15
16. Cartas, e-mails, livros e registros
Snezana Kerim: “Neste Templo da LBV senti muita
Paz interior e harmonia”.
Janine Martins
Fotos: José Gonçalo
O Templo da Boa Vontade (TBV),
uma das Sete Maravilhas de Brasília/DF, recebeu, no dia 5 de agosto,
a visita da sra. Snezana Kerim,
esposa do dr. Srdjan Kerim, que
presidiu a 62a Sessão da AssembléiaGeral da Organização das Nações
Unidas (ONU).
Acompanhada pela diplomata
Maria Silvia, do Itamaraty, a sra.
Kerim se mostrou maravilhada com
o Templo do Ecumenismo Irrestrito.
“Sinto que não quero mais voltar
para casa, gostaria de ficar mais.
Neste Templo da LBV senti muita Paz
interior e harmonia. É algo surpreendente, lembrarei por toda a minha
vida!”, declarou emocionada.
Depois de fazer a caminhada pela
espiral da Nave do TBV, a visitante
comentou: “Tudo aqui é diferente
dos lugares que conheci, já viajei
muito. (...) A gente caminha na parte
escura [da espiral], faz uma prece e,
depois, volta pela parte clara com a
sensação de estar purificada. Algo
mudou; interiorizei mais e mais Paz.
Adorei!”.
Impressionada com tudo o que
vivenciou no ambiente, a sra. Kerim
fez questão de mandar um recado
ao dirigente da Legião da Boa Vontade e fundador do Templo da Paz:
“Gostaria de dizer algumas palavras
especiais ao presidente José de Paiva
Netto, que me concedeu a oportunidade de estar aqui, de fazer parte do
Templo por um momento e senti-lo de
forma especial. Muito obrigada”.
Alguns dos alunos da Escola
16
| BOA VONTADE
Da esq. à dir.: Maria Silvia, diplomata do Itamaraty; o representante da LBV Paulo
Medeiros; a sra. Snezana Kerim, esposa do dr. Srdjan Kerim, que presidiu a 62a
Sessão da Assembléia-Geral da ONU; e o jornalista Gilberto Amaral.
de Educação Infantil da LBV em
Taguatinga, cidade-satélite do Distrito Federal, prepararam recepção
especial para a sra. Kerim no Salão
Nobre do monumento. Os meninos
e as meninas a presentearam com
flores, um cartão confeccionado
pelos próprios estudantes e uma
réplica do cristal do TBV instalado
no pináculo da Pirâmide da Paz.
“As crianças da LBV são adoráveis,
cheias de Amor. Elas nos mostram
como devemos viver toda nossa
vida para mantermos sempre este
sentimento e essa Paz conosco”,
afirmou a sra. Snezana Kerim, que
recebeu também publicações da
LBV em inglês.
Algumas
das crianças
atendidas
pela LBV
prestaram
homenagem à
visitante
“Tudo aqui [no Templo da
Boa Vontade] é diferente dos
lugares que conheci, já viajei
muito. (...) A gente caminha
na parte escura [da espiral],
faz uma prece e, depois,
volta pela parte clara com a
sensação de estar purificada.
Algo mudou; interiorizei
mais e mais Paz.
Adorei!”
Snezana ao
centro da Nave
do TBV
17. Opinião Esportiva
Coluna do Garotinho
As cidades da Copa do Mundo
José Carlos Araújo
Arquivo pessoal
especial para a BOA VONTADE
José Carlos
Araújo,
comunicador
da Rádio
Globo do Rio
de Janeiro.
J
á começou a preparação para
a Copa do Mundo de 2014. E
o Brasil tem tudo para fazer
a mais empolgante de todas
as edições, em todos os aspectos.
Raro é o país que pode oferecer tanta
magnitude como o nosso. Primeiro,
por ser uma nação de dimensões
continentais, tem de tudo para todos: clima, opções de turismo e um
grande número de capitais, todas em
condições de serem cidades-sede.
A partir de agora, cada uma
das 18 cidades candidatas tem
prazo de seis meses para convencer a FIFA, por meio de projetos.
Certamente, todas as candidatas
são cidades admiráveis e podem
unir o amor pelo esporte e o glamour de uma Copa do Mundo
com incontáveis oportunidades
de turismo.
Está formado o cenário para
mostrar à FIFA toda a grandiosidade do Brasil, que tem muito
mais do que Rio de Janeiro, São
Paulo, Belo Horizonte e Porto
Alegre. Que outro país pode
oferecer tanto? Natal, Salvador,
Florianópolis... E que tal uma
Copa do Mundo em plena Amazônia, com jogos em Manaus e
em Belém?
Agora, sediar jogos da Copa do
Mundo de 2014 depende de cada
cidade. Porque não basta ter belezas
naturais. É preciso mais. A FIFA exige estádios seguros e confortáveis,
uma rede hoteleira capaz de receber
as pessoas que chegarão do mundo
todo e, é claro, a tecnologia mínima
para atender a um evento do porte
dessa competição.
Já é hora de correr contra o
tempo, porque o relógio não pára.
A Copa de 2014 parece distante,
mas está muito mais próxima do
que se imagina, quando, entre
outros pontos, são exigidos estádios que, se ainda não tiverem
de ser construídos, deverão ser
amplamente reformados.
As cidades — e disso não escapam as grandes capitais, como
São Paulo e Rio de Janeiro —
terão de oferecer condições de
transporte que passem ao largo
de seus habituais congestionamentos. Isso pode ser traduzido
em novas linhas de metrô,
faixas exclusivas para veículos e
outras soluções que precisam ser
pensadas desde já.
São seis meses para botar no
papel o que se pretende fazer e, se
a cidade for escolhida, menos de
seis anos para realizar todo o prometido. Não basta sonhar e propor;
tem de tornar o sonho real.
É importante lembrar que uma
Copa do Mundo não é um mero
evento esportivo, mas, sim, um
enorme programa econômico,
social e turístico. Principalmente, é um desafio à criatividade
dos organizadores. Uma Copa
do Mundo envolve muitos interesses, talvez até maiores do que
fazer gols e se tornar campeão.
O Brasil tem condições de oferecer, talvez, a mais importante de
todas as Copas do Mundo. Pode
mostrar ao Planeta toda a sua
capacidade inventiva e desenvolver um evento inesquecível sob
todos os aspectos. Só precisa ter
planejamento, organização e seriedade para cumprir tudo o que
se comprometer a realizar.
BOA VONTADE |
17
18. Xinhua/Zhang Yan/AE
Eleições/EUA
Barack Obama: primeiro
presidente afro-americano dos EUA
EM FAMÍLIA O presidente eleito Obama, com as filhas, Sasha e Malia, e a esposa, Michelle, chegam à festa da vitória.
Leila Marco
18
| BOA VONTADE
partido desde Lyndon B. John- a avó, Madelyn Dunham, que
son, que teve 61,1% dos votos falecera três dias antes.
Em seu pronunciamento após
em 1964.
No discurso da vitória, evocou a confirmação do resultado, o
o lema que o projetou na cam- candidato republicano, John
panha: “A mudança chegou aos McCain, congratulou-se com o
Estados Unidos. Vocês colocaram novo presidente: “Esta é uma
as mãos no arco da história e eleição histórica, e reconheço o
significado especial que
escolheram a esperança
ela tem para os afroem um novo dia”. Obama
americanos e para o
ainda agradeceu à equipe
orgulho todo especial
que o assessorou, a seu
que deve ser deles nesta
vice, Joe Biden, à esposa,
noite. Sempre acreditei
Michelle, e às duas filhas,
Joe Biden
que os Estados Unidos
e, emocionado, lembrou
Divulgação
A
noite de terça-feira, 4 de novembro, entrou definitivamente para a posteridade, ao
ser confirmado o que quase
todas as pesquisas eleitorais indicaram: os Estados Unidos decidiram pela renovação. O democrata
Barack Hussein Obama, 47,
falou à multidão que o aguardava,
em Chicago, já como o primeiro
presidente afro-americano e o 44º
da história dos EUA.
Além desse expressivo fato,
o democrata conseguiu o maior
percentual já registrado pelo seu
19. Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
EFE/Matthew Cavanaugh/AE
Divulgação
oferecem oportunidades para
todos os que são trabalhadores
e que têm vontade de trabalhar.
O senador Obama acredita nisso
também”. Ao término, afirmou:
“Desejo boa sorte ao homem
que foi meu oponente e será meu
presidente”.
Obama, que em árabe significa
“abençoado”, nasceu a 4 de agos1
2
to de 1961, em Honolulu (Havaí).
DOIS MOMENTOS (1) A imagem, de 1979, registra o afetuoso abraço de dona
Filho de Barack Hussein Obama Madelyn Dunham no neto Obama, por ocasião da cerimônia de formatura dele no
(de origem queniana) e de Ann Ensino Médio, no Havaí. (2) Ele cumprimenta o candidato republicano, John McCain.
Dunham (nascida no Estado do
Kansas), passou a infância no
Havaí e na Indonésia.
Reino Unido e do Canadá, logo pacífica contra a
Quando jovem, trabalhou em ressaltaram apoio, expressando a opressão racial.
comunidades pobres, e
vontade de estreitar, ainda “Estou certo de
sua destacada formação
mais, os laços. Na França que, sob a lideacadêmica se deu em
e na Rússia, ficou claro rança de Vossa
prestigiados centros de eso desejo de fortalecer as Excelência, os Luiz Inácio Lula da Silva
tudo dos EUA: é bacharel
relações com os EUA. Estados Unidos
em Ciência Política pela
Em Israel, o presidente responderão a esses desafios insUniversidade de Colúm- Shimon Peres Shimon Peres afirmou: pirados pela ‘intensa urgência do
bia, de Nova York/NY, e
“O mundo precisa de um agora’ demancursou a Faculdade de Direito de grande líder. (...) Deus o aben- dada por Martin
Harvard, em Cambridge, Massa- çoe”. No Quênia, o dia foi de festa, Luther King”.
chusetts. Foi o primeiro presidente sendo decretado feriado nacional.
Primeiro goda Harvard Law Review, uma
Segundo a agência de notícias vernante negro
revista de Direito editada pela EFE, o presidente da Autoridade da África do Sul,
universidade.
Nacional Palestina (ANP), Nelson Mande- Martin Luther King
Também atuou em
Mahmoud Abbas, igual- la registrou felifavor dos Direitos Humamente parabenizou Obama, citações ao democrata. Em carta
nos e ministrou aulas de
por meio de seu porta-voz, divulgada por sua Fundação, ManDireito Constitucional.
Saeb Erekat:“Felicitamos dela parabeniza o
Em 1996, foi eleito para
o futuro presidente Obama presidente eleito
o Senado de Illinois (ór- Mahmoud Abbas e esperamos que continue e faz um apelo
gão do poder legislativo
envolvido no processo de para que ele lute
local), onde permaneceu até 2004, paz entre israelenses e palestinos”. contra a pobreano em que se tornou senador do
O presidente Luiz Inácio Lula za: “Sua vitória
Congresso americano.
da Silva encaminhou mensagem demonstrou que
ao novo líder norte-americano, nenhuma pessoa Nelson Mandela
Repercussão mundial
enfatizando que esta também re- no mundo deve deixar de sonhar
Ao ser confirmado presidente, presenta uma vitória dos ideais de em transformar o mundo em um
diversas nações, a exemplo do Direitos Humanos e da resistência lugar melhor”.
BOA VONTADE |
19
20. Ike Levy
Perfil
Luciana Mello
O talento e
o alto-astral
de Luciana
Mello
Sangue bom
do Bem
Leila Marco
20
| BOA VONTADE
C
antar faz bem, melhora o
humor e o astral, eleva o
Ser Humano. Para uma das
vozes mais belas da nova
geração da música brasileira, a
cantora e compositora Luciana
Mello, ainda é mais: parece marca
impressa no próprio DNA. “Eu
canto o dia inteiro, como o meu
pai. (...) Penso, e o meu pensar
é cantando. As coisas vêm para
mim em forma de música”, conta a
caçula dos Rodrigues, explicando
o talento inato.
O dom de cantar, aliás, foi
cultivado e multiplicado no amor
em família: ela, o pai, Jair Rodrigues, e o irmão, Jair Oliveira,
todos grandes intérpretes e compositores.
Em entrevista à BOA VONTADE, outro ponto também surgiu
forte: o amadurecimento profissional de Luciana, cuja
carreira se iniciou
precocemente, antes
dos 5 anos, graças à
percepção do pai, que
soube ver o talento e
a disposição da menina.
Por isso, apesar de jovem,
Luciana completa 25 anos
de carreira, sabendo exatamente aonde quer chegar
e o que deseja passar para o
público. Um bom exemplo é o
disco Nêga, com o qual a cantora
trabalha desde o ano passado. Foram três anos, depois do CD L.M.,
para concretizar esse passo: “É
muito legal, mas trabalhoso. Tem
de saber o que quer, estar seguro
para ter essa liberdade. Você escolhe o repertório, e a sua cara está
em todos os pedacinhos”.
21. No bate-papo, a cantora falou
ainda sobre a participação dela
e dos familiares nas iniciativas
socioeducacionais da Legião da
Boa Vontade: “É sempre o maior
prazer fazer parte dos projetos da
LBV. A gente participa há muito
tempo, fazendo as ações sociais
da LBV (...) desde moleca, desde
os 14, 15 anos”.
É com essa alegria de viver que
Luciana Mello abre o coração e
conta os planos, entre os quais a
gravação, em fevereiro de 2009,
do primeiro DVD.
BOA VONTADE — Nêga traz diferentes ritmos e muito de sua característica como compositora e
intérprete. Foram quase três anos
preparando este material...
Luciana Mello — No L.M.,
que foi o CD anterior, estava
numa gravadora grande. E esse
processo de ir para um selo independente demora um pouco
mesmo. Na verdade, passou até
muito rápido, não pensei em ficar
três anos sem gravar. O Nêga saiu
pela S de Samba. É muito legal,
mas trabalhoso. Tem de saber o
que quer, estar segura para ter
essa liberdade. Você escolhe
o repertório, e a sua
cara está em todos
os pedacinhos, nos
detalhes; na foto, na
diagramação, não
só as músicas, os
arranjos... Fica seu
filho, uma propriedade sua. Nesses três
anos, consegui ouvir de
tudo, amadurecer idéias, e
como pessoa também. Esse
amadurecimento ajuda na hora de
fazer um disco, de escolher o que
deseja. Busquei essa simplicidade
do som, a coisa mais natural para
o meu ouvido, e achei muito bom
que as pessoas gostaram.
BV — No CD, chamam a atenção
alguns versos, como na música
Na veia da Nêga: “Um povo forte,
de sangue bom do bem”.
Luciana Mello — Fiz essa
música com o Jair Oliveira. Pensei
nessa letra em uma madrugada,
acordei pensando: ... na veia da
nêga/ que corre sangue bom do
bem/ na veia da nêga. E liguei
para o Jair, porque sempre brinco, ele fica até bravo comigo. Eu
digo: “Você é melhor de letra do
que eu”, e ele diz: “Que bobagem
é essa, tem de fazer!”. E falei:
“Vamos fazer juntos, me ajuda?”.
Uma música pra frente, pra cima,
que é como sou. As pessoas passam
FAMÍLIA QUE TRABALHA UNIDA Jair Rodrigues (pai), os filhos, Luciana e Jair
Oliveira, e a mãe, Clodine.
Fotos: Ike Levy
“Tenho 100% de
confiança nessas pessoas
(meus pais e irmão). Sei que é
para o meu bem. Quando estou
errada, minha mãe não passa a
mão na cabeça, aí repenso e
sigo em frente.”
BOA VONTADE |
21
22. Perfil
com problemas e quando subo
no palco e começo a cantar, some
tudo, parece até mágica. Para
mim, realmente, cantar faz muito
bem! Acho que isso acontece para
todo mundo, a música leva embora
tudo de ruim. E essa canção tem
algo curioso, porque estávamos
na Sala São Paulo, com Jair e meu
pai, para gravar um programa de
TV, demorou bastante e o Jair tocou no violão Rosas e Mel, então
eu disse: “Essa nunca escutei,
guarda, que vou gravá-la no meu
próximo disco”. O Jair me disse:
“Fiz ontem lá em casa”.
Essa é a vantagem de
ser irmã de compositor
(risos).
Divulgação
BV — Falando de força, a música
Rosas e Mel parece uma prece,
alivia o coração.
Luciana Mello — É
a minha cara, canto o
dia inteiro, como o meu
pai; quando ele faz show,
sai assobiando do palco.
Mesmo no trânsito, ajuda
BV — Na sua casa o canTom Zé
a aliviar o estresse. Penso,
tar é em família. Eles ese o meu pensar é cantando. As tão sempre presentes em seu
coisas vêm para mim em forma de trabalho?
música. Não pensem que a gente
Luciana Mello — Sim! Misobe no palco e está tudo bem nha mãe ajuda muito, é preciso
sempre, muitas vezes estamos alguém com o pé no chão para
Fotos: Cida Linares
Luciana Mello já participava da
Ronda da Caridade, da LBV, no ano
de 1997.
22
| BOA VONTADE
“É sempre o maior prazer
fazer parte dos projetos
da LBV. A gente participa
há muito tempo, fazendo
as ações sociais da LBV
(...) desde moleca, desde
os 14, 15 anos.”
segurar três artistas; não é fácil.
Trabalhar em família é muito
bom. O Jair produziu os meus
quatro CDs-solo. No primeiro,
em 1995, ele trabalhou três faixas,
porque estava nos EUA; a nossa
comunicação é fácil. Fiz um disco
muito rápido, em quatro meses,
foi uma loucura: ler repertório,
ensaiar, gravar, fazer mixagem,
masterizar, cuidar da capa, acho
que não sairia nada se ele não me
conhecesse, pois o produtor e o
artista têm de ter uma afinidade
grande, união, harmonia. O Jair é
muito profissional, já
produziu discos para
o nosso pai, para o
Tom Zé, o MPB4 (...)
sabe separar as coisas.
Ele liga uma chave
para o artista e outra Wilson Simonal
para o produtor. E em família é
tudo muito legal, apesar de uns
quebra-paus; mesmo que alguma
coisa dê errada, a gente sempre
ouve o outro. Tenho 100% de
confiança nessas pessoas, sei que
é para o meu bem. Quando estou
errada, minha mãe não passa a
mão na cabeça, aí repenso e sigo
em frente.
Divulgação
por dificuldades, mas sempre tento
levantar a bola. Enfim, não posso
pedir mais nada a Deus, tenho só de
agradecer a família incrível, a saúde, um trabalho maravilhoso, amo
o que faço. Achei legal as pessoas
terem esse tipo de leitura, recebi
bastantes e-mails de pes oas negras
s
dizendo: “Puxa, legal! Você fez
uma música que fala dos negros,
me deu uma força!”.
BV — Galha do Cajueiro está também nesse CD. Por que escolheu
uma canção mais antiga?
Luciana Mello — Sempre
gostei dela e queria uma música
antiga; lembrei-me de quando era
criança e escutava essa canção.
E Galha do Cajueiro é uma homenagem ao [Wilson] Simonal
e ao seu trabalho. Infelizmente, o
talento dele foi reconhecido por
pouquíssimo tempo, eu diria. As
23. BV — Como foi essa coisa de
começar a carreira cedo?
Luciana Mello — Meus pais
nos descobriram. Jair e eu temos
uma diferença de quatro anos, sou a
caçulinha; começamos com 5 anos.
Meu pai diz que via muito na gente o
interesse musical. Ele sempre trazia
produtores musicais, artistas, e nós
olhávamos as pessoas em nossa
casa, as mesmas que víamos na TV.
Quando meu pai estava ensaiando o
repertório, se num determinado momento esquecia, a gente o lembrava.
Ele afirmava: “Essas crianças sabem a música que estou acabando
de aprender!”. E aí nos chamou
para gravar com ele a música O Filho do Seu Menino, do Hildo Hora,
arranjador e compositor. Depois,
tive muita aula de canto, música e
piano, e minha mãe me incentivava
a fazer teatro, dança.
BV — Com seu pai, você fez um
pot-pourri de Dois na Bossa, gravado originalmente pelo próprio
Jair Rodrigues e Elis Regina, na
década de 1960. Muita responsabilidade?
Luciana Mello — Isso mesmo.
Tinha 12 anos de idade e cantei no
mesmo tom da Elis. Na época não
tive essa coragem toda, mas meu
pai disse: “Vai, filha!”. Ele realmente me deu muita força.
BV — Já está trabalhando no seu
primeiro DVD?
Luciana Mello — Sim. No ano
que vem, vou gravar, será no Au-
ditório do Ibirapuera. Na verdade,
é um trabalho de nove anos, um
reconhecimento de toda a equipe,
até o pessoal do escritório, todos
os meninos da banda. Sempre digo
que não sou só eu, Luciana Mello,
é toda essa rapaziada que está a
meu lado. Também estou num
projeto com Jair, meu irmão, que
se chama O Samba me cantou. Vai
ser muito chique: o Jair de terno e
eu de vestidão, quatro músicos no
palco, a formação tradicional de
samba: um violão de sete cordas,
duas percussões e um cavaquinho.
Vamos começar com esse projeto
no início do próximo ano.
BV — Que recado daria aos jovens
que estão começando?
Luciana Mello — Não pensem
muito em fazer televisão; toquem
em shows, ao vivo. Há muitas
casas pequenas, às vezes, sem
aquele som deslumbrante, enfim,
não é fácil, mas o artista tem de
trabalhar, tem de ser visto. O que
fiz no projeto Artistas Reunidos foi
isso, tocamos até alguém nos ver,
até dar sorte. Ralei muito.
BV — Falando em incentivo, em
ser solidário, você e sua família,
aliás, sempre demonstraram esse
lado...
Luciana Mello — Temos o
dever como cidadãos neste mundo. O que adianta ser alguém e
olhar para o lado e ver uma pessoa passar necessidade? Gosto
de colaborar com uma iniciativa,
comprar alguma coisa, cobertores,
remédios etc. A gente pode ajudar
com um sorriso, um carinho, ir lá
e fazer uma comida, mexer uma
Ike Levy
pessoas poderiam ouvir mais o
que ele fez. Sempre ouço Simonal,
gosto muito dele.
panela, isso qualquer um pode. Eu
fiz a Ronda da Caridade da LBV
nas ruas, fui até as praças do Centro [de São Paulo] ajudar. Havia
muita comida para distribuir, foi
muito bom.
BV — Qual mensagem gostaria
de deixar aos leitores da boa
vontade e aos colaboradores
da LBV?
Luciana Mello — Deixo todo
o meu carinho por fazerem a diferença em todo este Brasil. Espero
que continuem, que cada vez mais
pessoas consigam se juntar, falar
com seus vizinhos para ajudar. Assim a gente colabora também com
o Planeta. A todos da LBV, muito
obrigada! Com certeza, estaremos
juntos sempre.
BOA VONTADE |
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bel é m / pa
Ação socioambiental
Auto-estima e geração de renda
As ações do programa Espaço
de Convivência, oferecido pelo
Centro Comunitário e Educacional da LBV, em Ribeirão Preto/SP
(Rua Rio de Janeiro, 383, Campos
Elíseos, tel.: (16) 3610-0006),
vêm mudando para melhor a vida
de mulheres em situação de risco
social. Uma das atividades é o
projeto socioambiental de confecção de sabão caseiro a partir da
reutilização do óleo de cozinha. A
estudante de Serviço Social Amanda Thomazinho, que ministra o
curso voluntariamente, viu na LBV
a possibilidade de desenvolver
uma ação capaz de ajudar o meio
ambiente e também uma forma de
gerar renda às famílias atendidas.
Dar condições às famílias para que
saiam da situação de risco social é uma
das metas que norteiam as ações que a
LBV promove em suas diversas unidades
pelo Brasil. Na capital paraense, enquanto
as crianças freqüentam as aulas da Escola
de Educação Infantil Jesus, as mães participam de oficinas de geração de renda.
Isso tem contribuído para a socialização
e a auto-estima delas. Num desses cursos,
o de macramê, as mulheres aprendem a
técnica de tecer fios sem a utilização de máquina. Com o uso da
imaginação, pouco a pouco elas fazem surgir cortinas, estantes,
abajures e bolsas, entre outros utensílios. A atividade, ministrada
pelo professor voluntário Natanael Barbosa de Faro, conta com
o apoio da ONG Moradia e Cidadania.
Rui Portu
gal
RIBEIRÃO PRETO
“Graças a Deus e à LBV, que me deram esta oportunidade, já tenho
clientes que compram meus materiais feitos em macramê. Está
melhorando a vida da minha família!”
Kelly Cardoso
Mãe atendida pela Instituição em Belém/PA
Arquivo BV
V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V !
Travessa Padre Eutíquio, 1976 — Batista Campos — Belém/PA — Tel.: (91) 3225-0071
C ampo g rande / ms
Fotos: Analice Barcelá
LBçVo! Modernização e ampliação da escola
éa ã
A Legião da Boa Vontade reformou e ampliou o
seu Centro Educacional, Cultural e Comunitário na
capital sul-mato-grossense para melhorar ainda mais
o atendimento às comunidades em situação de vulnerabilidade social. O empreendimento é composto
por quatro amplas salas para atividades, um ambiente
de coordenação pedagógica, sala para o serviço social,
recepção e área administrativa. Na parte externa, o projeto
contempla a construção de uma quadra esportiva para recreação
das crianças atendidas pela Instituição.
Ajude a LBV em Campo Grande/MS: Av. Marechal Deodoro, 5.055, Aero Rancho — Setor VII — Tel.: (67) 3317-6300.
24
| BOA VONTADE
25. Notícias de Brasília
OAB e LBV no combate à violência
Da Redação
A
Legião da Boa Vontade
(LBV) participou como
delegada da “Conferência
Brasil contra a Violência —
Superação da Violência e Promoção da Cultura de Paz”, promovida pela Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), em sua sede na
capital federal, entre os dias 3 e 5
de setembro. No encontro foram
discutidos os números e as causas
da violência no País; anualmente
os homicídios, os suicídios e o
trânsito levam à morte mais de
90 mil pessoas, segundo dados
oficiais do Governo.
As cerimônias de abertura e
encerramento foram conduzidas
pelo dr. Cezar Britto, presidente
do Conselho Federal da OAB,
e pelo dr. José Augusto Lopes,
coordenador-geral da conferência.
O evento reuniu lideranças de
diversos segmentos da sociedade,
presidentes de seções estaduais da
OAB, intelectuais, políticos e representações religiosas, a exemplo
da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) e do
Conselho das Igrejas
Cristãs do Brasil.
Destaque também
Patrus Ananias
para a presença dos
ministros de Estado Patrus Ananias,
do Desenvolvimento
Social e Combate à
Fome; Tarso Genro,
da Justiça; Nilcéa
Tarso Genro
Freire, da Secretaria
Fotos: Lina Silva
Dr. José Augusto Lopes, coordenador-geral do evento, Enaildo Viana, da LBV, e dr.
Cezar Britto, presidente do Conselho Federal da OAB.
Número de mortes
provocadas no Brasil
(2006)
47.477 homicídios
34.954 mortes no trânsito
8.344 suicídios
São em média 249 óbitos por
dia, relacionados à violência, número superior às mortes causadas por
um acidente de avião.
Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)
do Ministério da Saúde
Especial de Políticas para as Mulheres; João Otávio Noronha, do
Superior Tribunal de Justiça. Todos eles falaram das providências
que têm sido tomadas pelo Governo e enfatizaram a importância
da participação da sociedade no
combate à violência.
O representante da LBV na
conferência, radialista Enaildo
Viana, relata: “Após cada painel, a Legião da Boa Vontade se
dirigia aos debates dos temas, e
os conceitos dela sobre a necessidade de se trabalhar a cidadania
plena, despertando o sentido de
Educação com Espiritualidade,
foram acolhidos e inseridos no
relatório final”.
Em entrevista à Super Rede
Boa Vontade de Comunicação
(TV, rádio, internet e revista), cujo
lema é justamente “Educação e
Cultura, Saúde e Trabalho com
Espiritualidade Ecumênica”, o
dr. Cezar Britto agradeceu a divulgação constante do tema pela
rede e comentou: “A violência
vem assustando a todos nós. Veja
os números de mortes provocadas que ocorrem diariamente
em nosso País, apresentados
pelo Ministério da Justiça. Além
da violência contra a mulher, o
negro, a criança, o idoso, enfim,
as minorias. Precisamos mudar
isto. E tem de ser um mutirão do
poder constituído com a sociedade
civil, a exemplo da LBV e outras
organizações”.
BOA VONTADE |
25
26. Abrindo o Coração
Patricya Travassos
De bem
com a vida!
Atriz e apresentadora de TV, Patricya Travassos revela como busca a saúde do corpo e da mente
onciliar os compromissos de atriz, apresentadora de TV, comediante, mãe e
escritora não parece tarefa fácil. O
que dizer, então, de acrescentar a
essa lista o desafio de alcançar qualidade
de vida em meio ao corre-corre de uma
grande metrópole? Patricya Travassos
responde sem titubear: “É um somatório de coisas, principalmente é você,
dentro de você, fazer uma alquimia de
não emburacar no estresse”.
A vocação de lidar com a arte e o
desejo de estabelecer um equilíbrio
entre a saúde do corpo e a mental é
um intento que acompanha a atriz
desde cedo. Logo na infância,
adotou a dieta vegetariana e, aos 20
anos, após viagem à China, ampliou os
horizontes a respeito da medicina alternativa. Da experiência pessoal para o campo
profissional, Patricya pôde aprimorar o
conhecimento que colheu ao longo do tempo
para compartilhar com os telespectadores do
programa Alternativa Saúde, da GNT.
Naquela mesma época da viagem ao Oriente,
iniciou sua carreira na dramaturgia, ingressando no
famoso grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone,
ao lado de Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães e
26
| BOA VONTADE
Divulgação
C
Sarah Jane
27. Do outro lado do
mundo
BOA VONTADE — A opção por
uma vida mais saudável a acompanhava já na infância?
Patricya Travassos — Eu era
pequenininha quando falei para
minha mãe que queria parar de
comer carne porque eu não gostava de comer bicho. Ela achou que
ia ser fogo de palha e deixou. E
aquilo foi levando a outras coisas;
fui aprendendo a cozinhar, a fazer comidas mais saudáveis sem
carne. Venho de uma geração, a
dos anos 1970, que começou a
contemplar uma filosofia mais
oriental, a se conectar com outro
tipo de percepção da vida. Minha mãe trabalhava com turismo
— acho que ela foi a primeira
brasileira a entrar na China dos
anos 1970, na época de Mao
Tsé-Tung, que era completamente comunista, fechada.
Não havia turismo na China. Ela conseguiu um
visto e levou alguns
grupos para lá. E
pude ir em 1975,
um ano antes de
Mao Tsé-Tung
morrer.
“Eu era pequenininha
quando falei para
minha mãe que queria
parar de comer carne
porque eu não gostava
de comer bicho.”
BV — Quais boas lembranças da
viagem?
Patricya — Lá eu vi vários
tipos de tratamento. A acupuntura, no Brasil daquela época, era
considerada uma coisa extremamente exótica; e lá eu vi operações com as pessoas sentadas,
acordadas, anestesiadas pelas
agulhas. Percebi que não era uma
medicina exótica. Ela era superfundamentada em 10 mil anos de
experiência chinesa; ela só não
era fundamentada nos padrões a
que a gente está acostumada. E
na China se fazia também muito
fitoterápico; lá reabilitaram todo
o conhecimento sobre as ervas,
chás e as formas de cura através
da Natureza, assim como conhecimentos de cura que tinham e
estavam sendo perdidos. E eles
misturavam as duas medicinas,
iam até onde podiam com uma
medicina e entravam com a outra
quando era necessário. A partir
daí eu comecei a ver as coisas
de outra forma, isso nos anos
1970, muito antes de as pessoas
começarem a pensar nisso. Vi,
in loco, como aquela medicina
espalhada pelo país inteiro era
baseada em conceitos milenares.
Aquilo foi importante para mim,
Divulgação
Evandro Mesquita, entre outros,
criando e atuando nas peças Trateme leão e Aquela coisa toda. De lá
para cá não parou e, simultaneamente, lida com os mais diferentes
meios culturais. Aliás, entre uma
atividade e outra, a atriz da Rede
Record atendeu a equipe da revista
BOA VONTADE para a entrevista
que se segue.
porque não era uma experiência
exótica; era uma realidade, uma
forma de cura, superlegal, pois
não era invasiva, não tinha química. (...) Gostaria de ir novamente,
porque antes conheci uma China
completamente virgem, um país
parado no tempo, fechado para o
mundo; os carros eram antigos,
tudo era antigo. Eu gostaria de ver
a China de agora, moderna.
Nos palcos
BV — Recentemente você estreou a peça Monstra, criada a
partir de crônicas suas...
Patricya — As crônicas eu
escrevo há uns quatro anos para a
revista Marie Claire. Quis escrever para uma revista justamente
para ter uma rotina de escrever.
Então, pensei assim: “Daqui a
uns três anos posso publicar um
livro”. E foi o que aconteceu.
Dei o nome de Monstra porque
é o título de uma das crônicas;
gosto desse nome, pois causa
estranheza. O livro saiu e eu comecei a perceber que ele poderia
virar um filme, um programa de
televisão. O Jorge Fernando, diretor da TV Globo, é meu amigo
de bastante tempo, e a gente já
BOA VONTADE |
27
28. André Fernandes
Abrindo o Coração
Jorge Fernando, ator e diretor de TV.
“A pessoa pode se alimentar
superbem e fazer exercícios
e ainda ser uma pessoa
extremamente estressada por
dentro, sempre antecipando o
problema, trazendo o rancor
do passado, ódios, raivas,
desilusões. É aí que mora o
perigo: na cabeça da gente.”
fez vários trabalhos juntos. Ele
foi ao lançamento do meu livro
e dias depois me ligou, falando:
“A gente podia fazer uma peça”.
Eu lhe disse: “Ah, Jorginho!
Você não tem tempo, vai ficar
me enrolando!”. E ele: “Não!
Tenho sim! Tenho uma brecha
boa na minha agenda, tal dia, tal
época”. A irmã dele é produtora
e ele me disse que ela estava com
disponibilidade. As coisas foram
caminhando e tudo o que a gente
tentava, conseguia. Então, foi o
momento de fazer. A partir disso,
fiz uma adaptação para virar peça,
usando sete crônicas do livro;
e uma delas traz a situação que
permeia toda a história. Criei um
ambiente onde as coisas aconteciam, e o Jorginho dirigiu.
BV — O lado cômico é uma das
suas características profissionais.
É também um lado pessoal?
Patricya — (...) Se as pessoas
têm uma ligação com o humor,
não quer dizer que sejam palha-
Alexandre Campbell
Patricya Travassos e Cynthia
Howlett no programa
Alternativa Saúde
28
| BOA VONTADE
ças o dia inteiro. Na verdade, o
humor é um ponto de vista, uma
maneira de ver as coisas. É claro
que tenho um percentual crítico
muito grande, da forma como
eu vejo as coisas. Quando você
tem uma coisa crítica, de certa
forma, vê pelo lado engraçado as
situações. Mas isso não quer dizer
que eu, sendo vítima de alguma
situação burocrática, chata, esteja
rindo o tempo todo, não! Fico
estressada e tudo mais.
Luz, câmera,
gravação!
BV — O programa Alternativa
Saúde tem a ver com suas atitudes no dia-a-dia?
Patricya — Tem. Quando
comecei a apresentá-lo é que
passei a perceber que tinha uma
bagagem pessoal de autoconhecimento, de percepção corporal,
de cuidar da minha alimentação,
diferente de muitas outras pessoas. Percebi que eu era mais
cuidadosa, enfim, que meu caminho tinha me levado a coisas que,
pessoalmente, me interessavam e
me davam certa bagagem sobre
o tema, e isso poderia colaborar
muito nesse setor. Apresento
o programa há 11 anos. Nesse
período acumulei muita coisa,
aprimorei esse conhecimento. (...)
No início ele era visto como um
programa exótico. Hoje em dia,
não há nenhum jornal que não
tenha um caderno de saúde, de
qualidade de vida. Todo mundo
tem atualmente uma preocupação
ecológica. Então, o que era visto
como uma coisa de bicho-grilo,
29. BV — Como você aplica o conceito de qualidade de vida no
dia-a-dia?
Patricya — Eu procuro, ao
máximo, fazer exercícios. (...) A
pessoa, porém, pode se alimentar
superbem e fazer exercícios e
ainda ser uma pessoa extremamente estressada por dentro,
sempre antecipando o problema,
trazendo o rancor do passado,
ódios, raivas, desilusões. É aí
que mora o perigo: na cabeça da
gente. Por isso, o mais importante
de tudo, para você ter qualidade
de vida, é saber onde está a sua
mente. (...) O dia em que a gente
tiver um Ser Humano controlado,
equilibrado, não vai haver mais
guerra nem destruição planetária.
As pessoas fazem isso porque estão num descontrole total. É uma
revolução individual; se cada um
cuidar de si, cuidar dessa raiva,
desse ódio, desse descontrole,
desse desequilíbrio, a gente cria
um mundo novo.
Valores e crenças
BV — Onde você busca energia
para conciliar a vida de atriz, escritora e apresentadora?
Patricya — Sou igual a todas
as mulheres com filhos, família,
casa, trabalho, que também que-
Divulgação GNT
anos atrás, hoje é lugar-comum.
Você vê pela quantidade de revistas nas bancas e os jornais sobre o
assunto. Enfim, virou uma coisa
de todo mundo, de perceber, de
tomar conta da saúde, virou uma
coisa natural e uma preocupação
geral.
“O grande pulo
da Humanidade
ocorrerá quando
ela perceber
que Deus está
dentro dela.”
Patricya grava programa na Califórnia
rem se manter bem-dispostas,
com boa aparência. Sou igual a
todo mundo. A diferença é que
eu lido num universo artístico,
criativo. Mas o segredo é cuidar
do dia-a-dia, do que é agora. Se
hoje tenho algo para fazer e sinto
que estou muito estressada, tento
virar para a direita, para a esquerda, para ver se eu acho um lugar
mais confortável dentro de mim,
para as coisas não ficarem tão
estressantes. Não existe receita
de bolo. É cuidar do dia-a-dia!
Também não existe o “agora eu
serei assim!” e você se torna. O
Ser Humano é uma coisa viva, o
tempo todo mudando.
BV — Você tem uma forma de se
ligar com Deus?
Patricya — Deus é um nome
que a gente dá a uma energia que
emana. (...) Não O vejo como
uma pessoa, mas como uma energia que cria tudo, que faz as células vibrarem, que faz os átomos
rodarem, que faz os planetas existirem, que faz o Universo, tudo.
Acho que a gente está dentro de
uma coisa única, toda emanada
por uma energia chamada Deus.
Mas ainda temos uma forma muito infantil de ver Deus. Às vezes,
temos até que vesti-Lo com uma
roupa de velhinho, para parecer
um Papai Noel. E esse Papai Noel
não existe. (...) O grande pulo da
Humanidade ocorrerá quando ela
perceber que Deus está dentro
dela. Isso não é uma ilustração,
é uma realidade.
BV — Qual sua recomendação
para que os jovens de hoje tenham uma vida plena e saudável?
Patricya — Isto já foi escrito
e dito umas “trezentas” vezes, de
diversas formas: “Conhece-te a
ti mesmo”. É isso! É se conhecer
em todos os níveis: emocional,
espiritual, psicológico e físico.
O corpo expõe muito, ele marca
os lugares, as dores, os sapos que
foram engolidos. Quando você
se percebe fisicamente, percebe
muita coisa.
BOA VONTADE |
29
30. Terceiro Setor
4o Encontro Paulista de Fundações
O desafio da transparência
N
Daniel Guimarães
Fotos: Elias Paulo
o dia 13 de setembro, ocorreu
em São Paulo/SP o 4o Encontro Paulista de Fundações,
realizado no Colégio Rio
Branco, da Fundação de Rotarianos
de São Paulo, com o tema “Transparência e Sucesso das Fundações: As
Fundações em São Paulo, no Brasil
e no Mundo”. O evento reuniu centenas de profissionais que atuam na
área e gestores fundacionais.
A Fundação de Rotarianos de
São Paulo foi homenageada com
o título de Membro Benemérito da
Associação Paulista de Fundações
(APF). Durante essa solenidade
especial, Eduardo Marcondes
Filinto da Silva, Eduardo de Barros Pimentel e Cicely Moitinho
Amaral passaram a figurar como
membros honorários da APF. Cicely, que participou da fundação
da APF, declarou à revista BOA
VONTADE: “Foi muito importante para mim. Uma coisa que eu
não esperava e achava que não
merecia”.
O desembargador José Renato
Nalini, do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, também presidente da Academia Paulista de Le-
Eduardo Filinto da Silva
30
| BOA VONTADE
Eduardo Pimentel
O 4o Encontro Paulista de Fundações foi aberto pelos alunos da Escola de Crianças
Surdas, mantida pela Fundação de Rotarianos de São Paulo. Na foto, o público aplaude
a apresentação do Hino Nacional por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
tras (APL), abriu o ciclo de palestras
explanando sobre “As Fundações
e a Solidariedade Humana”. Em
entrevista, elogiou o tema do encontro: “Quando uma fundação, uma
associação de fundações se propõe
a discutir a sua transparência, ela
mostra que está assumindo um papel
pedagógico”.
“Foi muito contributivo para
a nossa federação. Nós levamos
informações fantásticas e contatos
com o Brasil todo”, destacou a diretora da Federação das Fundações
e Associações do Estado do Espírito
Santo, Lourdes Ferolla Leandro.
A presidente da Associação das
Fundações do Estado do Ceará,
Stefânia Pinheiro, concorda: “É
um momento em que nós, que estamos envolvidos na ação social,
aprofundamos a nossa percepção do
quanto é importante (...) fortalecer
a atuação das nossas fundações.
Num momento como esse, a gente
recarrega as baterias e sai daqui
estimulada a continuar lutando
para vencer os desafios, que não são
pequenos!”.
Uma constante em todas as palestras foi que a transparência das
entidades fundacionais não é um
aspecto puramente técnico, é muito
mais abrangente. Para o procurador
de Justiça do Distrito Federal, José
Eduardo Sabo Paes, “transparên-
Cicely Moitinho
Lourdes Ferolla
José Renato Nalini
Stefânia Pinheiro
31. José Eduardo Sabo
Tomáz de Aquino
cia só se faz com inter-relacionamento. As fundações, como todos
sabemos, são entes jurídicos, mas
é indispensável a presença das
pessoas. E a atuação dos órgãos
da fundação, ou seja, das pessoas
da fundação, deve ser transparente,
e transparência com valores, que
são importantes para a dignidade –
tanto das pessoas como da própria
fundação”.
Novos caminhos
Além de esclarecer o público
presente a respeito das mais recentes
mudanças jurídicas e contábeis que
afetam as entidades, os especialistas
participantes também fizeram propostas para melhorar a legislação do
Brasil nesta área. Para o procurador
de Justiça Tomáz de Aquino Resende, presidente da Associação Nacional de Procuradores e Promotores
de Justiça de Fundações e Entidades
de Interesse Social (Profis), o poder
público “ainda não se sensibilizou
para esta questão do ponto de vista
de ser uma política pública”. Resende, que coordena o Centro de Apoio
às Alianças Intersetoriais de Minas
Gerais, defende que o Estado não
deve financiar as fundações, mas
fomentá-las, incentivar a criação e o
funcionamento dessas instituições.
Enquanto as mudanças não vêm,
o caminho, para o prof. dr. Eduardo José Vanti Sancho, presidente
da Fundação Jean-Yves Neveux,
é “se espelhar nas experiências
internacionais, não ter
medo, não ter vergonha de aprender com
aquilo que já está feito;
algumas vezes até copiar e adaptar à nossa Eduardo Sancho
realidade”.
As principais propostas resultantes do evento foram compiladas na 4a Carta de São Paulo,
que este ano teve como
tema “União e defesa
das fundações”. Para a
presidente da APF, Dora
Silvia Cunha Bueno,
que também preside a
Confederação Brasileira Dora Silvia Bueno
de Fundações (Cebraf), este “é mais
um documento que a Associação
Paulista de Fundações está produzindo em defesa do movimento
fundacional, não só paulista, mas
também brasileiro”.
32. Vocação
Roberta Goldfarb
Música
Chitãozinho & Xororó e as raízes do Brasil
para o sucesso
A
história de muitos artistas
brasileiros serviria de enredo para livros ou para o
cinema. Talvez pela própria
dimensão continental do País,
pela riqueza e variedade de sua
cultura ou, ainda, pela dificuldade que a maioria enfrenta
para ascender em uma profissão
disputada, cujo êxito é reservado
a poucos. Apesar de todas essas
barreiras, alguns parecem ter sido
caprichosamente vocacionados para alcançar
o rol dos grandes
astros, e um
Edilson Moreno
exemplo disso é a carreira dos
irmãos e cantores sertanejos
Chitãozinho & Xororó, nascidos
em Astorga, no Paraná.
Ninguém pode negar, mesmo
os que não acompanham de perto o trabalho da dupla, que eles
foram pioneiros em misturar a
tradicional música sertaneja com
instrumentos elétricos, abrindo,
em meados da década de 1980, o
mercado a esse gênero nos grandes centros. Além desse mérito,
a dupla tem na trajetória fatos
muito interessantes para contar.
Talento de berço
O talento surgiu precoce-
32
| BOA VONTADE
mente no próprio lar, ouvindo o
pai, Marinho, e a mãe, Araci,
cantando. Conforme está relatado
na biografia publicada no site da
dupla, a descoberta veio por acaso,
quando uma das irmãs rasgou o
caderno no qual seu Marinho anotava as letras que compunha. Para
surpresa do pai, os dois conheciam
todas as músicas e ajudaram a
recuperar o registro delas, interpretando as canções. Xororó fez
a primeira voz, imitando a mãe, e
Chitãozinho, a segunda, à semelhança do pai.
Foi na figura paterna, aliás,
que encontraram um grande estímulo para a profissão: “O nosso
33. Divulgação
Divulgação
Chitãozinho & Xororó em cena
do filme Rancho Fundo, em
1971. Anos depois, na década
de 1980, no primeiro programa de TV da dupla, que ia ao
ar todo domingo no SBT, no
qual, além de cantar sucessos,
eles recebiam
outras duplas
e cantores
sertanejos.
Fotos: Clayton Ferreira
pai, infelizmente, não está mais
com a gente, mas chegou a nos
ouvir nas paradas, nos primeiros
lugares. Ele nos trouxe a São
Paulo para começar a carreira.
Viu em nós a possibilidade de
realizar um sonho que havia deixado, que era cantar. Isso ajudou
muito no início, levando a gente
nas madrugadas, nos programas
de rádio ao vivo para cantar.
Estava sempre ao nosso lado,
ensinando aquilo que sabia”,
recorda Xororó.
O incentivo valeu: em 1970,
lançam o primeiro disco Galopeira, mas é com a música Fio de
cabelo (1982) que experimentam
sucesso em todo o País, com a
vendagem de 1,5 milhão de cópias. Conquistam, desde então,
um público fiel.
Neste ano completam 38 anos
de carreira e garantem que, se
tivessem que voltar no tempo, fariam tudo de novo. “Trabalhando
muito e divertindo-se, graças a
Deus, com muita harmonia”, diz
Chitãozinho.
No novo show, “Saudade de
Minha Terra”, com o qual têm
viajado pelo Brasil, cantam um
pouco de tudo, das primeiras
canções até as músicas do mais
recente DVD, Grandes Clássicos Sertanejos, lançado no fim
de 2007. “Acho que o sucesso é
conseqüência do trabalho. Nunca
fizemos nenhum disco pensando:
‘Vamos chegar a tantos exemplares vendidos ou aos primeiros
lugares das paradas’. Não, mas
simplesmente há muitos anos
cantamos aquilo que gostamos
e que o nosso público realmente
A dupla exibe o exemplar da revista
BOA VONTADE e do livro Reflexões da
Alma, de autoria do escritor Paiva Netto.
aprecia, graças a Deus. É mara- VONTADE, mandaram um revilhosa essa afinidade público-fã cado ao dirigente da Legião da
e artista, procuramos tratar todo Boa Vontade, agradecendo o
mundo da melhor forma possí- livro Reflexões da Alma. Ressalvel”, explica Xororó.
tou Chitãozinho: “Superabraço,
Um desses momentos especiais obrigado, Paiva Netto, por esse
de interatividade ocorreu neste carinho, parabéns pelo seu traba15 de agosto, quando fizeram um lho, realmente é uma Instituição
show para homenagear a cidade muito respeito, não só no
de de Campinas, no inBrasil como em outros
terior de São Paulo,
países do mundo, e
no qual estiveram
esse livro é o representes mais
sultado. Muito
de 150 produobrigado por
A dupla Chitãozinho & Xororó
tores de algoesse presenjá lançou ao longo da carreira
dão de todo o
te”. E, acom29 álbuns, atingindo a incrível
Brasil.
panhando o irmarca de mais de 30
Na ocasião,
mão, completou
milhões de discos
além da entreXororó: “Valeu,
vendidos.
vista exclusiva
muito obrigado e
concedida à BOA
um superabraço”.
Marcas
extraordinárias
BOA VONTADE |
33
34. Responsabilidade Social
As boas práticas da iniciativa privada
R esponsabilidade social
Photos.com
dever de todos
C
ada vez mais, as empresas
vêm se preocupando em
colocar em prática o conceito de sustentabilidade.
Setores importantes da economia,
como os de energia, telefonia e
tecnologia, estão multiplicando
as que reúnem, a um só tempo,
prática comercial e medidas de
responsabilidade socioambiental.
Para a maioria dessas iniciativas do setor privado, esta não
representa apenas uma questão
de sobrevivência — em face dos
graves problemas relacionados
aos recursos naturais e à miséria
no mundo — mas também um
avanço de mentalidade dos agentes econômicos, pois têm como
objetivo a melhoria da qualidade
de vida da sociedade como um
todo. Nesse sentido, o papel do
cliente-consumidor é fundamen34
| BOA VONTADE
Da Redação
tal sempre que exige uma atitude
responsável da empresa.
Pensando nisso, reservamos
esta seção da revista BOA VONTADE para exaltar as boas práticas da iniciativa privada, destacando o que tem sido feito em
busca da sustentabilidade. No
Rio Grande do Norte, por exemplo, a Cosern patrocina ações de
promoção da cultura potiguar ao
direcionar investimentos a organizações voltadas para o desenvolvimento de comunidades em
situação de risco social.
Nessa mesma linha, o Grupo
Telefônica investe em projetos
sociais e em ações de patrocínio
como forma de contribuir com
as comunidades em que está
presente. Desde março de 1999,
a Fundação Telefônica dedica-se
a impulsionar o desenvolvimento
social através da educação e da
defesa dos direitos das crianças e
dos jovens, preferencialmente por
meio da aplicação das tecnologias
de telecomunicação e informação. O grupo busca principalmente democratizar o acesso da
população à cultura e promover o
uso social das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
A empresa Ampla igualmente
se mostra engajada nessa luta.
Suas atividades de gestão ambiental seguem os princípios da
política corporativa, adotada em
todas as unidades do grupo Endesa, nos 12 países em que opera.
Para isso, mantém suas atividades na gestão de resíduos, com
a colocação de caixas coletoras
e separadoras de óleos isolantes,
utilizados nos transformadores
das subestações, e a construção
35. Fotos: Arquivo BV
Responsabilidade Social
2
Cristiani Ranolfi
1
3
4
Equipe da LBV com executivos das empresas: Celpa (1), Oi (2), Cosern (3) e Brasil Telecom (4).
de fossas sépticas nas usinas hidrelétricas para evitar a contaminação de bacias hidrográficas.
Também consciente da importância da responsabilidade corporativa, a Oi deu o pontapé inicial
para a criação do Instituto Telemar, futuramente denominado Oi
Futuro, instrumento institucional
que tem a missão de colaborar
para reduzir as distâncias sociais
no Brasil.
A Brasil Telecom é outra empresa do setor privado também
consciente de sua importância
para o desenvolvimento sustentável do Planeta, por meio do
equilíbrio econômico, social e
ambiental, alinhado às boas práticas de governança corporativa,
ética e transparência. Reconhece
também que esta responsabilidade se estende a todos os cidadãos
com os quais se relaciona: funcionários, acionistas, clientes,
fornecedores e comunidade.
No Pará, a Celpa, entre outras
atividades, fomenta o replantio de
300 hectares da área do Parque
Ambiental de Belém, em parceria com a Secretaria Executiva
de Ciência, Tecnologia e Meio
Ambiente do Estado. Aliás, além
desse cuidado com o meio ambiente, a empresa também se mostra preocupada com o auxílio às
comunidades que vivem nos bolsões de pobreza. Desta
forma, desenvolve, em
parceria com a Legião
da Boa Vontade, serviços para atender a
esse público.
Recentemente, o trabalho
foi ainda mais
fortalecido quando a LBV apresentou aos colaboradores internos
do Grupo Rede/Celpa as unidades
de atendimento da Instituição,
entre elas a Escola de Educação
Infantil Jesus, situada em Belém,
na qual são atendidas crianças de
3 a 5 anos.
Com a demonstração das
iniciativas fomentadas dia a dia,
muitas pessoas que fazem parte da
empresa de energia elétrica ficaram surpresas. “Eu já conhecia o
trabalho da LBV, até mesmo porque recebo a revista Boa Vontade. Mas essa apresentação
veio para enriquecer
ainda mais a Instituição”, afirmou
Jackson Santos,
do Departamento de
Comunicação do Grupo
Rede/Celpa.
BOA VONTADE |
35
36. Leontina Maciel
Cristiani Ranolfi
Responsabilidade Social
Da esquerda para a direita: executivos da Coelce e da Coelba com representantes da LBV.
O jornalista Emanuel Siqueira, integrante do Grupo
Rede/Celpa, afirmou que “já
sabia da existência da Legião
da Boa Von ade, mas não da
t
dimensão do trabalho realizado
pela Instituição. A LBV está de
parabéns, pois os recursos são
bem aplicados por ela”.
No Centro-Oeste, outra iniciativa da Celg estimula a consciência socioambiental: pelo talão de
energia, os clientes da empresa
goiana podem colaborar para instituições que realizam importante
trabalho social, além de investir
em projeto experimental que pretende levar energia solar a cerca de
2.500 famílias de baixa renda.
No Nordeste, a Coelba incentiva a discussão do tema e de ações
voltadas à preservação ambiental
em comunidades pobres da Bahia,
por meio de um Comitê de Responsabilidade Social. A Coelce,
do Ceará, desenvolve a campanha
institucional “Ecoelce”, que já
conseguiu converter 1,5 milhão
de quilos de lixo reciclável, com
o sistema de coleta seletiva, em
bônus na conta de luz. Segundo a
empresa, graças a essa iniciativa,
até agora foi possível economizar
33 milhões de litros de água e 1
milhão de kWh de energia, além
de garantir a preservação de 13
mil árvores.
Vale destacar que um crescente número de organizações,
empresas e governos conscientes de seu papel nas ações de
cidadania — embora ainda falte
muito a ser feito em benefício
de nosso Planeta — está atento
à tendência cada vez maior do
consumidor em preferir produtos de empresas socialmente
responsáveis.
53 anos de existência da Celg
Joílson Nogueira
A celg Distribuição S.A. completou, no dia 19 de agosto, 53
anos de existência. Fundada pelo
governador José Ludovico de
Almeida, a empresa passou a ser
responsável pelas atividades de
produção, transmissão e distribuição de energia elétrica, tornando-se
a maior do setor público e privado
do Estado de Goiás.
Cumprindo integralmente com
sua responsabilidade social, ela desempenha e apóia diversos progra36
| BOA VONTADE
mas socioeducacionais. Um exemplo
é a parceria entre a companhia e a
Legião da Boa Vontade, que beneficia milhares de pessoas em situação
de vulnerabilidade social.
Em comemoração do aniversário
da Celg, a LBV enviou um cartão de
saudações à diretoria e aos colaboradores internos da empresa, destacando seus importantes serviços prestados à comunidade e à Instituição.
Enio Andrade Branco, presidente
da Celg, destinou, em forma de agra-
decimento, uma correspondência,
que se segue: “Aos Amigos da LBV,
registro e agradeço, sensibilizado,
os cumprimentos pelos 53 anos da
Celg, ressaltando que os nobres
princípios da LBV são de grande
importância para as empresas, notadamente para a Celg, na formulação
de projetos que contribuam para a
valorização e o aprimoramento do
ser humano. Cordialmente, Enio
Andrade Branco, presidente da Celg
Distribuição S.A.”.
37. Responsabilidade Social
Na abertura, a
apresentação da
Orquestra Criança
Cidadã emocionou os
presentes.
Compromisso
com a integração social
Seminário Nacional de Energia Elétrica, promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (Abradee), reúne profissionais em Pernambuco
E
ntre os dias 6 e 10 de outubro, a cidade de Olinda
— eleita a primeira Capital
Brasileira da Cultura —
abrigou o XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia
Elétrica (Sendi). O evento ocorreu no Teatro Ariano Suassuna,
no Centro de Convenções de
Pernambuco. Promovido a cada
dois anos pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (Abradee), o seminário é
o maior encontro do ramo energético para a troca de experiências
entre as concessionárias do País.
Vânia Besse
Fotos: Diogo Franco
Cristiani Ranolfi e Valdenir Ferreira, representantes da LBV no Nordeste, visitam o
estande da Coelce e posam ao lado de José Nunes de Almeida Neto e de Abel
Rocha, respectivamente, diretor institucional e de comunicação e diretor-presidente
da Coelce; de Ubirajara Fontenele e Márcio Fontenele, da Lotran Logística; e de José
Alves, diretor regional do Grupo Endesa Brasil.
BOA VONTADE |
37
38. Responsabilidade Social
José Humberto Castro,
presidente da Celpe,
ao lado de Valdenir
Ferreira, da LBV.
Guaraciaba Fragozo, da LBV em Pernambuco, com Arnaldo Haimenis e Vicente
Ximenes, respectivamente, presidente e supervisor nacional de Qualidade do
Grupo Provider Soluções Tecnológicas.
Também participam universidades e fornecedores, que expõem
novas tecnologias e produtos para
o setor.
Compareceram à solenidade
inaugural do XVIII Sendi as
seguintes autoridades e personalidades: o presidente do Grupo
Neoenergia, Marcelo Corrêa;
o presidente da Abradee, Luiz
Carlos Guimarães; o presidente
do Conselho Diretor dessa associação, José Jorge; o secretário
estadual de Recursos Hídricos,
João Bosco de Almeida, representando o governador de Pernambuco,
Eduardo
Campos; o secretário executivo do Ministério
de Minas e Energia, Antonio
Perez Puente, representando
o ministro Edison Lobão; a
prefeita de Olinda, Luciana
Santos; o superintendente de
Regulação dos Serviços de
Distribuição, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
Jaconias de Aguiar; o diretorgeral da entidade Operador
Nacional do Sistema Elétrico
38
| BOA VONTADE
(ONS), dr. Hermes Chipp; o
presidente da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe),
José Humberto Castro; o secretário de Serviços Públicos,
Amaro João, representando o
prefeito do Recife, João Paulo
Lima e Silva; e o superintendente de operações da Celpe e
coordenador-geral do evento,
José Cherem.
Sendo uma das marcas desse
seminário a responsabilidade social, a apresentação da Orquestra
Criança Cidadã, na cerimônia
de abertura, empolgou todos os
presentes. Formada por meninos
e meninas residentes no Coque,
bairro recifense com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a Orquestra Criança
Cidadã é uma das organizações
não-governamentais apoiadas
pela Celpe.
Ao longo de quatro dias, concessionárias e universidades mostraram mais de 200 trabalhos,
enfatizando tecnologia, atendimento ao consumidor, perdas e
inadimplências, novas metodologias para planejamento estratégico
Luiz Carlos
Guimarães,
presidente
da
Abradee,
com a
revista BOA
VONTADE.
das holdings, entre outros assuntos
relativos ao segmento.
No término do primeiro dia, foram premiados os ganhadores do
II Rodeio Nacional de Eletricistas.
Competiram 37 equipes, demonstrando espírito de confraternização
e de Solidariedade, aliado à segurança e agilidade nas atividades de
manutenção elétrica. Em primeiro
lugar ficou a Ampla Energia e
Serviços S.A., do Rio de Janeiro/
RJ; em segundo, a Celpe; e em
terceiro, a Companhia Energética
de Minas Gerais (Cemig).
Representantes da Legião da
Boa Vontade (LBV) cumprimentaram os organizadores do evento
e diretores de empresas, como a
Companhia Energética do Rio
Grande do Norte (Cosern) e a
Companhia de Eletricidade do
Estado da Bahia (Coelba), do
Grupo Neoenergia; a Companhia
Energética do Ceará (Coelce)
e a Ampla, do Grupo Endesa
Brasil; o Grupo Rede Energia;
a Bandeirante Energia S.A., do
Grupo EDP Energias do Brasil;
e o Grupo Provider Soluções
Tecnológicas.