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Conto UMA NOITE DE VERÃO NA ILHA ENCANTADA...  Quem me dera... CENTRO CULTURAL SOLAR DA BEIRA Março de 2008 Era uma vez... Num lugar muito distante... Muito mais ali adiante... Uma velha do tempo da carochinha... Não era linda, mas muito catita... Digamos que a nossa velhinha... Era às vezes quase bonita... Um dia, quando o verão... Começou a esfriar então... Uma linda formiguinha... Não parava de trabalhar... E, é claro, que para o céu a coitadinha... Não tinha tempo de olhar... Enquanto isso... Na Ilha Encantada... A velhinha se sentiu desanimada... Por sua própria natureza... Estava triste, num silêncio lento, lento... Cortava o coração, com certeza... Sentindo um vazio por dentro, num grande lamento...
E assim... Foi tomada por uma doce emoção... Saudades de sua Ilha... numa noite de verão... Um vento passou suspirando... E a velhinha num embalo... Sacudiu-se toda balançando... E...Sonhou com muitas histórias, um doce regalo... Sentia o riso da cigarra... E da formiga, sua garra... O zumbido dos insetos e seus carinhos... E dos passarinhos toda cantoria... Abrigados em seus galhos e ninhos... Gostava muito de contar suas histórias e de toda essa euforia... Mas... tcham... tcham... tcham... tcham... Quando acordou que decepção!... Estava no meio da escuridão... E logo sentiu que acabava... Com imenso horror e medo!... Da solidão pavorosa que a atacava... Quando... a lua sumiu e o vento veio mais cedo... Queria correr, mas não dava... E a pobre velhinha, estava petrificada... Era uma solitária situação enraizada... Assim a velha árvore ficava a imaginar... Queria um dia de verão neste momento fugaz... Alguém para lhe salvar e depois pode voar... Como os insetos para onde lhes apraz...
Até que... Até que o inverno chegou... E com muito frio se espalhou... No entanto a formiguinha... Decidiu ficar na área... Estava preocupada, a pequeninha!... Era somente uma humilde operária... Olhando imensamente para aquela escuridão... Tudo desconhecia de sua grande missão... E na Ilha Encantada, perto da boa velhinha... Foi buscar abrigo e proteção... Encontrou uma casinha... Para melhorar sua situação... Aconchegante! Quentinha!... Isso era tudo o que tinha... Foi entrando de mansinho... E... Qual não foi sua surpresa... Nesse mundo tão quentinho... Estava tudo uma beleza... Aconteceu entretanto... Que uma cigarra era a questão... De tanto cantar sua canção... Foi expulsa pela formiga... De toda Ilha e daquela região... Arranjou uma inimiga... Não encontrava uma explicação...
A cigarra estava a vagar... Abandonada, quase à morte... Mas, de repente, que boa sorte... Encontrou uma casinha... _Oba! Uma toca, um acalanto... Correu, correu, bem depressinha... Precisava se aquecer no seu canto... Aconchegante! Quentinha!... Isso era tudo o que tinha... Foi entrando de mansinho... E... Qual não foi sua surpresa... Nesse mundo tão quentinho... Estava tudo uma beleza... Deu de cara com sua inimiga... E agora, se não era a terrível formiga... Assim, começou a cantar bem devagar... Que mundo tão pequenino!... Agora ia ter que enfrentar... Era obra do destino!... E que destino!!!!! E assim todos foram buscar proteção... No inverno ou no verão... Na Ilha Encantada nos galhos da boa velhinha... Suas casas construíram... Mosca, mosquito e joaninha... Uns chegaram, outros partiram...
Numa grande profusão... Espantaram a solidão... Mas o que é de agradar... Mil histórias surgiram no verão... E na Ilha Encantada a Velha Árvore conseguiu encantar... Até mesmo o velho dragão... Ei, você ai... Escute com atenção... Mesmo que você não seja um dragão... Entre na Ilha Encantada de mansinho... E... perto da Velha Árvore tenha uma surpresa... Nesse mundo tão quentinho... Vai estar tudo uma beleza... Então vá em frente... Apague a luz, feche a porta... Isso é o que mais importa... Uma nova história está acontecendo... Muitas já estão brotando... E você já vai ficar sabendo... Para com São Chico continuar sonhando...

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  • 1. Conto UMA NOITE DE VERÃO NA ILHA ENCANTADA... Quem me dera... CENTRO CULTURAL SOLAR DA BEIRA Março de 2008 Era uma vez... Num lugar muito distante... Muito mais ali adiante... Uma velha do tempo da carochinha... Não era linda, mas muito catita... Digamos que a nossa velhinha... Era às vezes quase bonita... Um dia, quando o verão... Começou a esfriar então... Uma linda formiguinha... Não parava de trabalhar... E, é claro, que para o céu a coitadinha... Não tinha tempo de olhar... Enquanto isso... Na Ilha Encantada... A velhinha se sentiu desanimada... Por sua própria natureza... Estava triste, num silêncio lento, lento... Cortava o coração, com certeza... Sentindo um vazio por dentro, num grande lamento...
  • 2. E assim... Foi tomada por uma doce emoção... Saudades de sua Ilha... numa noite de verão... Um vento passou suspirando... E a velhinha num embalo... Sacudiu-se toda balançando... E...Sonhou com muitas histórias, um doce regalo... Sentia o riso da cigarra... E da formiga, sua garra... O zumbido dos insetos e seus carinhos... E dos passarinhos toda cantoria... Abrigados em seus galhos e ninhos... Gostava muito de contar suas histórias e de toda essa euforia... Mas... tcham... tcham... tcham... tcham... Quando acordou que decepção!... Estava no meio da escuridão... E logo sentiu que acabava... Com imenso horror e medo!... Da solidão pavorosa que a atacava... Quando... a lua sumiu e o vento veio mais cedo... Queria correr, mas não dava... E a pobre velhinha, estava petrificada... Era uma solitária situação enraizada... Assim a velha árvore ficava a imaginar... Queria um dia de verão neste momento fugaz... Alguém para lhe salvar e depois pode voar... Como os insetos para onde lhes apraz...
  • 3. Até que... Até que o inverno chegou... E com muito frio se espalhou... No entanto a formiguinha... Decidiu ficar na área... Estava preocupada, a pequeninha!... Era somente uma humilde operária... Olhando imensamente para aquela escuridão... Tudo desconhecia de sua grande missão... E na Ilha Encantada, perto da boa velhinha... Foi buscar abrigo e proteção... Encontrou uma casinha... Para melhorar sua situação... Aconchegante! Quentinha!... Isso era tudo o que tinha... Foi entrando de mansinho... E... Qual não foi sua surpresa... Nesse mundo tão quentinho... Estava tudo uma beleza... Aconteceu entretanto... Que uma cigarra era a questão... De tanto cantar sua canção... Foi expulsa pela formiga... De toda Ilha e daquela região... Arranjou uma inimiga... Não encontrava uma explicação...
  • 4. A cigarra estava a vagar... Abandonada, quase à morte... Mas, de repente, que boa sorte... Encontrou uma casinha... _Oba! Uma toca, um acalanto... Correu, correu, bem depressinha... Precisava se aquecer no seu canto... Aconchegante! Quentinha!... Isso era tudo o que tinha... Foi entrando de mansinho... E... Qual não foi sua surpresa... Nesse mundo tão quentinho... Estava tudo uma beleza... Deu de cara com sua inimiga... E agora, se não era a terrível formiga... Assim, começou a cantar bem devagar... Que mundo tão pequenino!... Agora ia ter que enfrentar... Era obra do destino!... E que destino!!!!! E assim todos foram buscar proteção... No inverno ou no verão... Na Ilha Encantada nos galhos da boa velhinha... Suas casas construíram... Mosca, mosquito e joaninha... Uns chegaram, outros partiram...
  • 5. Numa grande profusão... Espantaram a solidão... Mas o que é de agradar... Mil histórias surgiram no verão... E na Ilha Encantada a Velha Árvore conseguiu encantar... Até mesmo o velho dragão... Ei, você ai... Escute com atenção... Mesmo que você não seja um dragão... Entre na Ilha Encantada de mansinho... E... perto da Velha Árvore tenha uma surpresa... Nesse mundo tão quentinho... Vai estar tudo uma beleza... Então vá em frente... Apague a luz, feche a porta... Isso é o que mais importa... Uma nova história está acontecendo... Muitas já estão brotando... E você já vai ficar sabendo... Para com São Chico continuar sonhando...