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Evolução Histórica da ARH
        no Brasil
 A ARH é, historicamente, uma função organizacional
 que se origina e evolui de uma resposta às condições
 do contexto empresarial e social que a cerca em cada
 período histórico.
 Em cada momento da história, a forma de gerenciar as
 pessoas no trabalho e, o próprio valor relativo dos
 seres humanos para as empresas, variaram bastante
 em cada época.
 Assim, a ARH deriva de quatro vetores básicos:
   o desenvolvimento tecnológico e dos valores sociais
    predominantes em cada época;
   das teorias organizacionais e comportamentais
    existentes;
   das configurações empresariais, que se estruturaram de
    diferentes maneiras ao longo do tempo;
   das formas de organização do trabalho em cada época e
    lugar.
Podemos observar a evolução da
ARH no Brasil dividida nas seguintes
fases:

   O período até 1930;
   De 1930 a 1945;
   De 1945 a 1964;
   De 1964 a 1990;
   De 1990 a 2002;
   Pós 2002.
PERÍODO PRÉ-INDUSTRIAL
       (Até 1930)
O PERÍODO ATÉ 1930
 Administração de pessoal rudimentar e autoritária (capataz);
 Industrialização primária e reduzida, com mão-de-obra de
  origem européia;
 Organização profissional baseada em associações de classe
  - inexistência de sindicatos formalizados;
 Principais classes profissionais eram os ferroviários,
  portuários (economia agro-exportadora) e profissionais de
  indústrias têxteis;
 Ausência da intervenção do Estado nas relações trabalhistas
  – ausência de leis trabalhistas – Liberalismo econômico;
 Formação profissional incipiente e restrita;
 Primeiras “Escolas de Aprendizes de Artífices” (1909) para
  ensino profissional;
 Governo de Epitácio Pessoa (1919-1922) criou as Escolas de
  Ensino Industrial (1920);
 Quebra da Bolsa de Valores de NY (1929) e fim do poder
  econômico e político das oligarquias cafeicultoras.
ERA VARGAS
 (1930 a 1945)
O PERÍODO DE 1930 A 1945
 Era Vargas: Estado Novo e populismo (paternalismo);
 Forte intervenção do Estado nas relações trabalhistas –
  Criação do Ministério do Trabalho e da CLT;
 Caráter controlador e manipulador da população pobre;
 Industrialização começa a se desenvolver – mão-de-obra
  rural e pouco qualificada (ex-escravos e peões);
 Criação das primeiras siderúrgicas, mineradoras e grandes
  portos.
 Organização profissional baseada em sindicatos controlados
  pelo Estado - cassação de sindicatos ilegais e ligados aos
  partidos comunista e anarquista;
 Criação da “Secção de Pessoal” (registro legal de
  trabalhadores nas empresas);
 Primeiros centros de treinamento profissional e implantação
  de cursos de aprendizagem para as indústrias nas escolas
  públicas (1938) - Criação do SENAI em 1942.
 Fim da II Guerra Mundial e Vargas é deposto do governo.
GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHEK
          (1956-1961)
O PERÍODO DE 1945 A 1964
 Governos de transição após a II Guerra Mundial:
    • 1946-1951 - General Eurico Gaspar Dutra;
    • 1951-1954 - Getúlio Vargas (suicídio);
    • 1954-1955 - João Café Filho;
 1956-1961 - Governo Juscelino Kubitschek;
 Política desenvolvimentista – indústria de base e abertura às
  multinacionais (indústria automobilística e de base);
 Grande desenvolvimento dos centros de treinamento
  profissional – SENAC e pesquisa tecnológica;
 Organização profissional baseado em sindicatos com pouco
  controle do Estado;
 Criação do “Setor de Relações Industriais”, com os processos
  tradicionais de RH, baseado no modelo americano, trazido
  pelas multinacionais;
 1961-1964 - Governos Jânio Quadros e Jango geram
  instabilidade política e abrem caminho para a volta da ditadura
  no Brasil.
GOVERNO MILITAR
    (1964-1985)
O PERÍODO DE 1964 A 1990
 1964 - Ditadura Militar até 1985:
    • 1964-1967 - Marechal Castello Branco;
    • 1967-1969 - Marechal Costa e Silva;
    • 1969-1974 - General Emílio Médici;
    • 1974-1979 - General Ernesto Geisel;
    • 1979-1985 - General João Baptista Figueiredo;
 Fechamento da economia à entrada de multinacionais e
  restrição à entrada de tecnologias estrangeiras.
 Criação do FGTS em 1966, eliminando a estabilidade de
  emprego – o empregado escolhe entre o regime CLT ou FGTS.
                                                         FGTS
 Repressão à organização sindical e às reivindicações
  trabalhistas - achatamento salarial até 1979;
 Surgimento do Depto. de RH (Relações Industriais remodelada),
  na década de 70, nas grandes empresas;
 Grande oferta de mão-de-obra, facilitando o rebaixamento dos
  salários e uso da rotatividade como mecanismo gerencial de
  controle e de redução de custos;
O PERÍODO DE 1964 A 1990
                          Após a
                           chamada
                           “crise do
                           petróleo” em
                           1973 o Depto.
                           de RH se vê
                           obrigado
                           demitir o
                           máximo
                           possível dos
                           funcionários
                           para reduzir
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                           ão
                           produtiva).
                          Área de RH
                           tem que
                           reduzir o
O PERÍODO DE 1964 A 1990
 Greves gerais iniciadas em 1978-1979, no ABC paulista
  abriram espaço para reivindicações salariais e de melhores
  condições de trabalho, além de envolverem questões como
  direitos civis e fim da ditadura militar;
 A década de 1980 se inicia com uma economia estagnada,
  inflacionada e sem avanços tecnológicos e gerenciais;
 A maioria das empresas não conseguiu crescimento e a área
  de RH ficou estagnada, repetindo práticas antigas;
 Os treinamentos nas empresas visavam apenas a
  qualificação essencial do profissionais e a melhoria
  gerencial;
 A área de RH permanece passiva e gerencia, principalmente,
  as demissões de contratações de pessoal.
GOVERNO SARNEY
   (1985-1990)
O PERÍODO DE 1964 A 1990
 Governo Sarney (1985-1990) – transição para a democracia;
 Período de intensificação da instabilidade econômica, inflação
  elevada e atraso tecnológico (Lei da Informática), que já vinham
  desde a década de 1970;
 Ao final da década de 1980, com as pressões sociais e políticas,
  ocorreu a abertura política e a instauração da nova Constituição
  Federal de 1988 (abertura para os sindicatos);
 A obrigatoriedade do regime FGTS para contratos de trabalho e o
  contexto econômico forçaram o RH à seleção de pessoal mais
  rígida;
 Começam a surgir, a partir do final da década de 1980, modismos
  gerenciais e proliferam-se ideias como qualidade total,
  reengenharia e downsizing, que estimulam a demissão em massa
  e o clima de terror nas empresas;
 O nível de educação formal e o grau de informação do
  trabalhador elevaram-se, acionando posturas mais participativas
  e reivindicatórias dos profissionais.
 Surgem pressões para a volta da abertura econômica do país, e
  para a atualização tecnológica.
ABERTURA POLÍTICA E
    ECONÔMICA
    (De 1990 a 2002)
O PERÍODO DE 1990 A 2002
 Década de 1990 - Governo Collor (1990-1992) volta do voto
  direto e a reabertura da economia ao mercado internacional;
 Itamar Franco (1992-1995) inicia o Plano Real e as primeiras
  tentativas de estabilização da economia e de controle
  inflacionário;
 Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) promove a
  estabilização inflacionária e do Real, com grande recessão;
 As empresas buscaram menos o seu desenvolvimento e
  mais a sua sobrevivência;
 Redução dos empregos e introdução de mudanças no
  trabalho, como a automação, a informatização, a
  terceirização, as privatizações de empresas públicas e o
  trabalho feminino se intensifica;
 Sindicatos perdem poder de barganha;
 Área de RH estava despreparada, no início do período, para
  lidar com as mudanças;
 Retomada da atualização tecnológica e gerencial.
GOVERNO LULA
   (Pós 2002)
O PERÍODO PÓS 2002
 Mudanças iniciadas na década de 1990 ganham força;
 Eleição de Lula, em 2002, traz promessas de reforma do
  Estado e inserção do país no mercado internacional;
 Abordagem assistencialista do Estado;
 No início, há um contexto econômico recessivo;
 Grande aumento do desemprego e do trabalho autônomo e
  terceirizado;
 Maior enfraquecimento dos sindicatos;
 Aceleração da globalização e da competitividade
  internacional com entrada de inúmeras multinacionais no
  País, fusões, aquisições, etc.;
 A área de RH, pressionada a gerar resultados, volta-se para
  o desenvolvimento de aspectos estratégicos e obtenção de
  vantagem competitiva;
 Treinamentos e educação corporativa se expandem;
O PERÍODO PÓS 2002
 No final deste período (após 2010), o contexto econômico melhora
  e ocorre a intensificação da internacionalização de empresas
  brasileiras e aumento dos negócios entre o Brasil e o mundo;
 A área de RH começa a aprender a lidar com novas tecnologias e
  as formas atuais de gerenciamento;
 Preocupação com a qualidade de vida no trabalho;
 Gestão da participação nos lucros e resultados – PLR;
 RH começa a se tornar descentralizado e internacionalizado;
 Preocupação com a empregabilidade e rotatividade de pessoal,
  elevada na maioria dos setores econômicos;
 Gestão de competências e desenvolvimento dos funcionários,
  com muitos investimentos em T&D – atualização técnica torna-se
  obrigatória na maioria dos setores;
 Preocupação com a criação de valor para empresa e para os
  clientes;
 RH entendido como fonte de vantagem competitiva, ou seja, RH
  deve ser estratégico e vinculado às metas da empresa.
Macrotendências da
       ARH
1. Tendência para o enxugamento da própria área;
2. Passagem de uma área de prestação de serviços para
    uma área de consultoria interna;
3. Gradativa transferência de decisões e ações do RH para a
    gerência de linha (RH incorporado/disperso);
4. Forte ligação com a estratégia corporativa;
5. Busca de geração de cultura participativa;
6. Estímulo à motivação e satisfação no trabalho;
7. Ênfase nos processos de capacitação e desenvolvimento
    de pessoas;
8. Adequação das práticas e políticas de RH às diferenças
    individuais das pessoas (remuneração, carreira, etc.);
9. Preocupação em preparar a empresa e as pessoas para o
    futuro (longo prazo);
10. Busca de geração de valor e qualidade para o negócio,
    obtendo vantagens competitivas.
11. Internacionalização de seus processos.
FIM

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Arh 2. evolução histórica do rh no brasil

  • 1. Evolução Histórica da ARH no Brasil
  • 2.  A ARH é, historicamente, uma função organizacional que se origina e evolui de uma resposta às condições do contexto empresarial e social que a cerca em cada período histórico.  Em cada momento da história, a forma de gerenciar as pessoas no trabalho e, o próprio valor relativo dos seres humanos para as empresas, variaram bastante em cada época.  Assim, a ARH deriva de quatro vetores básicos:  o desenvolvimento tecnológico e dos valores sociais predominantes em cada época;  das teorias organizacionais e comportamentais existentes;  das configurações empresariais, que se estruturaram de diferentes maneiras ao longo do tempo;  das formas de organização do trabalho em cada época e lugar.
  • 3. Podemos observar a evolução da ARH no Brasil dividida nas seguintes fases:  O período até 1930;  De 1930 a 1945;  De 1945 a 1964;  De 1964 a 1990;  De 1990 a 2002;  Pós 2002.
  • 5. O PERÍODO ATÉ 1930  Administração de pessoal rudimentar e autoritária (capataz);  Industrialização primária e reduzida, com mão-de-obra de origem européia;  Organização profissional baseada em associações de classe - inexistência de sindicatos formalizados;  Principais classes profissionais eram os ferroviários, portuários (economia agro-exportadora) e profissionais de indústrias têxteis;  Ausência da intervenção do Estado nas relações trabalhistas – ausência de leis trabalhistas – Liberalismo econômico;  Formação profissional incipiente e restrita;  Primeiras “Escolas de Aprendizes de Artífices” (1909) para ensino profissional;  Governo de Epitácio Pessoa (1919-1922) criou as Escolas de Ensino Industrial (1920);  Quebra da Bolsa de Valores de NY (1929) e fim do poder econômico e político das oligarquias cafeicultoras.
  • 7. O PERÍODO DE 1930 A 1945  Era Vargas: Estado Novo e populismo (paternalismo);  Forte intervenção do Estado nas relações trabalhistas – Criação do Ministério do Trabalho e da CLT;  Caráter controlador e manipulador da população pobre;  Industrialização começa a se desenvolver – mão-de-obra rural e pouco qualificada (ex-escravos e peões);  Criação das primeiras siderúrgicas, mineradoras e grandes portos.  Organização profissional baseada em sindicatos controlados pelo Estado - cassação de sindicatos ilegais e ligados aos partidos comunista e anarquista;  Criação da “Secção de Pessoal” (registro legal de trabalhadores nas empresas);  Primeiros centros de treinamento profissional e implantação de cursos de aprendizagem para as indústrias nas escolas públicas (1938) - Criação do SENAI em 1942.  Fim da II Guerra Mundial e Vargas é deposto do governo.
  • 9. O PERÍODO DE 1945 A 1964  Governos de transição após a II Guerra Mundial: • 1946-1951 - General Eurico Gaspar Dutra; • 1951-1954 - Getúlio Vargas (suicídio); • 1954-1955 - João Café Filho;  1956-1961 - Governo Juscelino Kubitschek;  Política desenvolvimentista – indústria de base e abertura às multinacionais (indústria automobilística e de base);  Grande desenvolvimento dos centros de treinamento profissional – SENAC e pesquisa tecnológica;  Organização profissional baseado em sindicatos com pouco controle do Estado;  Criação do “Setor de Relações Industriais”, com os processos tradicionais de RH, baseado no modelo americano, trazido pelas multinacionais;  1961-1964 - Governos Jânio Quadros e Jango geram instabilidade política e abrem caminho para a volta da ditadura no Brasil.
  • 10. GOVERNO MILITAR (1964-1985)
  • 11. O PERÍODO DE 1964 A 1990  1964 - Ditadura Militar até 1985: • 1964-1967 - Marechal Castello Branco; • 1967-1969 - Marechal Costa e Silva; • 1969-1974 - General Emílio Médici; • 1974-1979 - General Ernesto Geisel; • 1979-1985 - General João Baptista Figueiredo;  Fechamento da economia à entrada de multinacionais e restrição à entrada de tecnologias estrangeiras.  Criação do FGTS em 1966, eliminando a estabilidade de emprego – o empregado escolhe entre o regime CLT ou FGTS. FGTS  Repressão à organização sindical e às reivindicações trabalhistas - achatamento salarial até 1979;  Surgimento do Depto. de RH (Relações Industriais remodelada), na década de 70, nas grandes empresas;  Grande oferta de mão-de-obra, facilitando o rebaixamento dos salários e uso da rotatividade como mecanismo gerencial de controle e de redução de custos;
  • 12. O PERÍODO DE 1964 A 1990  Após a chamada “crise do petróleo” em 1973 o Depto. de RH se vê obrigado demitir o máximo possível dos funcionários para reduzir custos (reestruturaç ão produtiva).  Área de RH tem que reduzir o
  • 13. O PERÍODO DE 1964 A 1990  Greves gerais iniciadas em 1978-1979, no ABC paulista abriram espaço para reivindicações salariais e de melhores condições de trabalho, além de envolverem questões como direitos civis e fim da ditadura militar;  A década de 1980 se inicia com uma economia estagnada, inflacionada e sem avanços tecnológicos e gerenciais;  A maioria das empresas não conseguiu crescimento e a área de RH ficou estagnada, repetindo práticas antigas;  Os treinamentos nas empresas visavam apenas a qualificação essencial do profissionais e a melhoria gerencial;  A área de RH permanece passiva e gerencia, principalmente, as demissões de contratações de pessoal.
  • 14. GOVERNO SARNEY (1985-1990)
  • 15. O PERÍODO DE 1964 A 1990  Governo Sarney (1985-1990) – transição para a democracia;  Período de intensificação da instabilidade econômica, inflação elevada e atraso tecnológico (Lei da Informática), que já vinham desde a década de 1970;  Ao final da década de 1980, com as pressões sociais e políticas, ocorreu a abertura política e a instauração da nova Constituição Federal de 1988 (abertura para os sindicatos);  A obrigatoriedade do regime FGTS para contratos de trabalho e o contexto econômico forçaram o RH à seleção de pessoal mais rígida;  Começam a surgir, a partir do final da década de 1980, modismos gerenciais e proliferam-se ideias como qualidade total, reengenharia e downsizing, que estimulam a demissão em massa e o clima de terror nas empresas;  O nível de educação formal e o grau de informação do trabalhador elevaram-se, acionando posturas mais participativas e reivindicatórias dos profissionais.  Surgem pressões para a volta da abertura econômica do país, e para a atualização tecnológica.
  • 16. ABERTURA POLÍTICA E ECONÔMICA (De 1990 a 2002)
  • 17. O PERÍODO DE 1990 A 2002  Década de 1990 - Governo Collor (1990-1992) volta do voto direto e a reabertura da economia ao mercado internacional;  Itamar Franco (1992-1995) inicia o Plano Real e as primeiras tentativas de estabilização da economia e de controle inflacionário;  Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) promove a estabilização inflacionária e do Real, com grande recessão;  As empresas buscaram menos o seu desenvolvimento e mais a sua sobrevivência;  Redução dos empregos e introdução de mudanças no trabalho, como a automação, a informatização, a terceirização, as privatizações de empresas públicas e o trabalho feminino se intensifica;  Sindicatos perdem poder de barganha;  Área de RH estava despreparada, no início do período, para lidar com as mudanças;  Retomada da atualização tecnológica e gerencial.
  • 18. GOVERNO LULA (Pós 2002)
  • 19. O PERÍODO PÓS 2002  Mudanças iniciadas na década de 1990 ganham força;  Eleição de Lula, em 2002, traz promessas de reforma do Estado e inserção do país no mercado internacional;  Abordagem assistencialista do Estado;  No início, há um contexto econômico recessivo;  Grande aumento do desemprego e do trabalho autônomo e terceirizado;  Maior enfraquecimento dos sindicatos;  Aceleração da globalização e da competitividade internacional com entrada de inúmeras multinacionais no País, fusões, aquisições, etc.;  A área de RH, pressionada a gerar resultados, volta-se para o desenvolvimento de aspectos estratégicos e obtenção de vantagem competitiva;  Treinamentos e educação corporativa se expandem;
  • 20. O PERÍODO PÓS 2002  No final deste período (após 2010), o contexto econômico melhora e ocorre a intensificação da internacionalização de empresas brasileiras e aumento dos negócios entre o Brasil e o mundo;  A área de RH começa a aprender a lidar com novas tecnologias e as formas atuais de gerenciamento;  Preocupação com a qualidade de vida no trabalho;  Gestão da participação nos lucros e resultados – PLR;  RH começa a se tornar descentralizado e internacionalizado;  Preocupação com a empregabilidade e rotatividade de pessoal, elevada na maioria dos setores econômicos;  Gestão de competências e desenvolvimento dos funcionários, com muitos investimentos em T&D – atualização técnica torna-se obrigatória na maioria dos setores;  Preocupação com a criação de valor para empresa e para os clientes;  RH entendido como fonte de vantagem competitiva, ou seja, RH deve ser estratégico e vinculado às metas da empresa.
  • 22. 1. Tendência para o enxugamento da própria área; 2. Passagem de uma área de prestação de serviços para uma área de consultoria interna; 3. Gradativa transferência de decisões e ações do RH para a gerência de linha (RH incorporado/disperso); 4. Forte ligação com a estratégia corporativa; 5. Busca de geração de cultura participativa; 6. Estímulo à motivação e satisfação no trabalho; 7. Ênfase nos processos de capacitação e desenvolvimento de pessoas; 8. Adequação das práticas e políticas de RH às diferenças individuais das pessoas (remuneração, carreira, etc.); 9. Preocupação em preparar a empresa e as pessoas para o futuro (longo prazo); 10. Busca de geração de valor e qualidade para o negócio, obtendo vantagens competitivas. 11. Internacionalização de seus processos.
  • 23. FIM