O documento discute o Crew Resource Management (CRM), que aplica conceitos de fatores humanos para melhorar o desempenho de equipes envolvidas em atividades aéreas. O CRM foca em atitudes e comportamentos de equipes para garantir a segurança dos voos, requerendo participação de todos os envolvidos. O objetivo do CRM é identificar e reduzir erros humanos para assegurar a segurança e eficiência das operações.
1. CRM
• CREW RESOURCE MANAGEMENT
• CORPORATE RESOURCE MANAGEMENT
• (GERENCIAMENTO DE RECURSOS DE EQUIPES)
• IAC 060-1002A
2. Características do CRM:
• Consiste na aplicação dos conceitos de Fatores Humanos para a melhoria do desempenho da equipe.
• Engloba todo o pessoal envolvido com a atividade aérea.
• Deve fazer parte de todo tipo de treinamento de vôo.
• Está focado nas atitudes e comportamentos das equipes e seus impactos na Segurança de Vôo.
• Requer a participação de todos. Oferece a oportunidade para que cada indivíduo e seu grupo analisem suas
próprias atitudes e promovam as mudanças apropriadas, com a finalidade de otimizar sua capacidade de trabalho
em equipe e tomada de decisão.
• A correta aplicação dos conceitos nas sessões de Prática de CRM representa um meio extremamente eficaz para
desenvolver e fortalecer as atitudes ditadas pela Filosofia de CRM.
• O êxito no Treinamento em CRM depende do compromisso por parte da alta administração, dos facilitadores e dos
participantes, em suma, de toda a organização no comprometimento com a filosofia de CRM.
3. Objetivo do CRM
• IDENTIFICAR E REDUZIR / MITIGAR O ERRO HUMANO UTILIZANDO OS RECURSOS
DISPONÍVEIS PARA GARANTIR A SEGURANÇA E EFICIÊNCIA NAS OPERAÇÕES.
4. Cenários operacionais e a importância do CRM
A)atrasos de vôo;
b) uso de dispositivos eletrônicos pessoais na cabine;
c) procedimentos de emergência; d) briefing e debriefing;
e) procedimentos pré e pós-incidentes ou acidentes;
f) familiarização do conceito de Esterile Cockpit;
g) procedimentos pré-decolagem e de notificação de pouso;
h) procedimentos de turbulência e mau tempo;
i)procedimentos de segurança; j) procedimentos para lidar com passageiro indisciplinado;
k) problemas médicos a bordo; l) procedimentos de fumaça e fogo a bordo;
m) aspectos legais relacionados a passageiros, tais como fumar a bordo, bagagem fora dos locais apropriados, bagagem nas saídas de emergência e outros;
n) cheque externo da aeronave; o) peso e balanceamento da aeronave;
p) consulta de documentos pré-vôo (MEL – Minimum Equipment List / Lista de Equipamentos Mínimos, METAR – Meteorologic Advisor Report / Reporte de Informações de Meteorologia e outros);
q) coordenação dos vôos; r) mudanças de procedimentos; s) formulários de mudanças de turnos; t) mudanças de equipe; u) apresentação de relatórios;
5. A ORIGEM DO CRM
ANOS 70 – universidades norte americanas em conjunto com a NASA, iniciaram pesquisas
visando reduzir os elevados índices de acidentes e incidentes aeronáuticos.
Alguns acidentes são considerados importantes para o desenvolvimento do CRM, como:
Tenerife, UNITED 173-Portaland...
Em 1979 ocorreu o primeiro workshop de CRM – cockpit resource management da NASA.
(Proficiência técnica não garante segurança)
6. 5 pilares do CRM
Comunicação
Tomada de
decisão
Gerenciamento
de equipes
Gestão da carga
de trabalho e
fadiga
Consciência
situacional
8. Acidente aeronáutico
Toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave, havida entre o período em que uma pessoa nela embarca com a intenção de realizar um vôo, até o
momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado e, durante o qual, pelo menos uma das situações abaixo ocorra:
a) qualquer pessoa sofra lesão grave ou morra como resultado de estar na aeronave, em contato direto com qualquer uma de suas partes, incluindo aquelas que dela
tenham se desprendido, ou submetida à exposição direta do sopro de hélice, rotor ou escapamento de jato, ou às suas conseqüências. Exceção é feita quando as
lesões resultem de causas naturais, forem auto ou por terceiros infligidas, ou forem causadas a pessoas que embarcaram clandestinamente e se acomodaram em área
que não as destinadas aos passageiros e tripulantes;
b) a aeronave sofra dano ou falha estrutural que afete adversamente a resistência estrutural, o seu desempenho ou as suas características de vôo; exija a substituição
de grandes componentes ou a realização de grandes reparos no componente afetado. Exceção é feita para falha ou danos limitados ao motor, suas carenagens ou
acessórios; ou para danos limitados a hélices, pontas de asa, antenas, pneus, freios, carenagens do trem, amassamentos leves e pequenas perfurações no
revestimento da aeronave;
c) a aeronave seja considerada desaparecida ou o local onde se encontre seja absolutamente inacessível.
Nota - Em observância ao Anexo 13 da OACI, as lesões decorrentes de um Acidente Aeronáutico que resultem em fatalidade até 30 dias da data da ocorrência são
consideradas lesões fatais. Nota - Uma aeronave será considerada desaparecida quando as buscas oficiais forem encerradas e os destroços não forem encontrados.
9. Incidente aeronáutico
• Toda ocorrência, inclusive de tráfego aéreo, associada à operação de uma aeronave, havendo intenção de vôo, que não chegue a se caracterizar como um acidente, mas que afete ou possa afetar a segurança da operação.
• INCIDENTE GRAVE : Incidente ocorrido sob circunstâncias em que um acidente quase ocorreu. A diferença entre o incidente grave e o acidente está apenas nas consequências. Dentre outras, as seguintes ocorrências caracterizam-se como incidente grave:
a) fogo ou fumaça no compartimento de passageiros, de carga ou fogo no motor, ainda que tenha sido extinto com a utilização de extintores de incêndio;
b) situações que exijam o uso emergencial de oxigênio por tripulante;
c) falha estrutural da aeronave ou desintegração de motor em vôo, que não configurem um acidente;
d) quase colisão em vôo que requereu a realização de uma manobra evasiva;
e) decolagem interrompida em pista fechada ou ocupada por outra aeronave;
f) decolagem de pista ocupada por outra aeronave, sem separação segura;
g) pouso ou tentativa de pouso em pista fechada ou ocupada por outra aeronave;
h) falha múltipla de um ou mais sistemas que afetem seriamente a operação da aeronave;
i) baixo nível de combustível, exigindo a declaração de emergência;
j) utilização da aeronave fora do seu envelope de vôo devido a condições meteorológicas adversas ou à falha de sistemas que tenham causado dificuldade decontrole da mesma;
k) falha de mais de um sistema de navegação, ainda que duplicado;
l) incapacitação de tripulante em vôo;