Apresentação feita na mesa sobre Áreas de Risco e Saneamento Básico no primeiro SEMINÁRIO TÉCNICO DE PLANEJAMENTO E MOBILIDADE URBANA em 26 DE JUNHO DE 2012
Áreas de risco em Santa Catarina: condicionantes geomorfológicos
1. Estado de Santa Catarina
Secretaria do Estado de Planejamento
Conselho Estadual das Cidades
Iº Seminário Técnico de
Mobilidade Urbana
Áreas de Risco: Condicionantes
Geomorfológicos
Maria Lucia de Paula Herrmann
Professora PPGeo-UFSC
Florianópolis, 26 junho de 2012
2. CONCEITOS BÁSICOS DE RISCO E DE ÁREAS DE RISCO
EVENTO
Fenômeno com características, dimensões e localização geográfica registrada no tempo.
PERIGO (HAZARD)
Condição com potencial para causar uma conseqüência desagradável.
VULNERABILIDADE
Grau de perda para um dado elemento ou grupo dentro de uma área afetada por um processo.
SUSCETIBILIDADE
Indica a potencialidade de ocorrência de processos naturais e induzidos em áreas de interesse ao uso do
solo, expressando-se segundo classes de probabilidade de ocorrência
RISCO
Probabilidade de ocorrer um efeito adverso de um processo sobre um elemento. Relação entre perigo e
vulnerabilidade, pressupondo sempre a perda.
ÁREA DE RISCO
Área passível de ser atingida por processos naturais e/ou induzidos que causem efeito adverso. As
pessoas que habitam essas áreas estão sujeitas a danos à integridade física, perdas materiais e
patrimoniais. Normalmente, essas áreas correspondem a núcleos habitacionais de baixa renda
(assentamentos precários).
3. Desastres Naturais
As ocorrências de eventos naturais extremos, como
tempestades severas, em áreas povoadas ou urbanizadas
causando impactos sócio-econômicos significativos, são
denominadas como desastres naturais (Degg, 1992;
Alexander, 1995).
4. Desastres naturais em Santa Catarina no
período de 1980 a 2007
0
200
400
600
800
1000
1200
1400NúmerodeOcorrências
IG IB ESC ES GR VE TOR MA
5. DESASTRES NATURAIS EM SANTA CATARINA
INUNDAÇÕES
E
DESLIZAMENTOS
E suas consequencias na mobilidade urbana
17. O que devemos fazer para evitar isso?
Inundações e escorregamentos em áreas urbanas:
18. 290000 390000 490000 590000 690000
6800000690000070000007100000
T A
E S
D O
D
O
P N ÁA AR
MESORREGIÕES DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
Carta Imagem do Satélite Landsat 7 – ETM+
Fusão dos canais – visível, infravermelho e pancromático
N
30 km 0 30 60 km
Projeção Universal Transversa de Mercartor
Datum WGS 84
Fonte do Mosaico: U.S. Geological Survey
Chapecó
MESORREGIÂO
OESTE CATARINENSESão Miguel
Curitibanos
Caçador
Videira
Concórdia
Xanxerê
Rio do Sul
MESORREGIÂO
NORTE CATARINENSE
Lages
Blumenau
Joinville
Florianópolis
Canoinhas
São Joaquim
Tubarão
Criciúma
MESORREGIÂO
VALE DO ITAJAÍ
MESORREGIÂO
SERRANA
MESORREGIÂO
SUL
CATARINENSE
Araranguá
E
L
S T
U
A D O
S
D O
R
I
O
O
G
E
R
D
A
N
D
ARGENTINA
490000390000290000 690000590000
7000000690000071000006800000
Itajaí
MESORREGIÂO GRANDE
FLORIANÓPOLIS
19.
20.
21.
22. Baixo vale da bacia hidrogrBaixo vale da bacia hidrográáfica do rio Itajafica do rio Itajaíí--AAççu.u.
Fonte: REFOSCO, 2003. ElaboraFonte: REFOSCO, 2003. Elaboraçção: Soraia L.ão: Soraia L. PorathPorath,,S/d,,S/d
23.
24.
25. Municípios do Estado de Santa Catarina classificados com freqüência (Muito
Alta) de Desastres Naturais no período 1980 a 2007.
Fonte: Herrmann et al., (2007
26. 590000 690000 79000069000007000000
MESORREGIÃO VI – GRANDE FLORIANÓPOLIS
790000
Florianópolis
ItajaíBlumenau
Rio do Sul
São Joaquim
59000070000006900000 590000
MESORREGIÃO V – GRANDE FLORIANÓPOLIS
Carta Imagem do Satélite Landsat 7 – ETM
+
Fusão dos canais – visível, infravermelho e pancromático
N
Projeção Universal Transversa de Mercartor
Datum WGS 84
Fonte do Mosaico: U.S. Geological Survey
25 km 0 25 50 km
0
10
20
30
40
50
60
%
IG IB ESC ES GR VE TOR
DesastresNaturais Total: 288
28. Municipios 1991 2010 Densidade
demográfica
Hab/km2
Florianópolis 255 360 421 240 627
São José 139 493 209 804 1 388,17
Palhoça 68 484 137 334 347,68
Biguaçu 34 063 58 206 155,44
497 376 826 584
Estado de Santa Catarina
População 2010 6 248 430 hab
Densidade 65, 29 hab/km2
29. ASPECTOS QUE CONDICIONAM A OCORRÊNCIA DE ENCHENTES E INUNDAÇÕES
FATORES NATURAIS
• Pluviometria;
• Relevo;
•Tamanho e forma da bacia;
• Gradiente hidráulico do rio;
• Dinâmica de escoamento pluvial.
FATORESANTRÓPICOS
• Impermeabilização dos terrenos;
• Obras e intervenções estruturais diversas ao longo dos cursos d’água;
• Erosão e assoreamento.
Modificações no hidrograma pela impermeabilização da bacia
30.
31. • Ocorrências desastres naturais (Movimentos de Massa, enchentes)- Florianópolis 1970 a 2001
• Data Precipitação Precipitação ocorrências
• Diária (Mm) Mensal (Mm
• 03 de março de 1971 Queda de bloco
• 22 de julho de 1973... 241,9 Queda de blocos e enxurrada
• 15 de maio de 1976.. 109,4 Queda de blocos e enxurrada
• 28 de maio de 1981 133,8 292,9 Escorregamento e enxurrada
• 25 de março de 1982 109,1 443,1 Escorregamento e enxurrada
• 07 de janeiro de 1983... 134,9 Escorregamento e enxurrada
• 14 de julho de 1983 Escorregamento
• 17 de dezembro de 1983 144,0 365,5 Escorregamento e enchente parcial
• 06 de agosto de 1984 Queda de bloco e escorregamento
• 17 de junho de 1985 Queda de bloco
• 24 de janeiro de 1986 Queda de bloco
• 21 de setembro de 1986 101 Queda de blocos, escor. e enxurrada
• 09 de novembro de 1986 Escorregamento
• 10 de outubro de 1986 160,7 246,0 Escorregamento e enxurrada
• 13 de janeiro de 1987... 267,5 Queda de blocos
• 6 de janeiro de 1989 94,4 357,6 Escorregamento e enchente parcial
• 12 de setembro de 1989 89,0 228,3 Escorg.e enchente parcial (212 desab. 2mortes)
• 2 de janeiro de 1990 27,3 250,9 Escorregamento e enxurrada
• 10 de janeiro de 1990 20,5 250,9 Escorregamento e enxurrada
• 11 de fevereiro de 1990 155,1 283,6 Escorregamento e enxurrada
• 14 de novembro de 1991 404,8 584,9 Estado de calamidade pública (1.500 desabrig.)
• 5 de janeiro de 1993 8,1 245,2 Escorregamento e enxurrada
• 5 de maio de 1993 60,3 105, 0 Escorregamento e enxurrada
• 2 de julho de 1993 93,5 185,6 Escorregamento e enxurrada
• 22 de fevereiro de 1994 227,4 432,7 Escorregamento e enchente parcial
• 28 de dezembro de 1995 411,9 563 ,0 Estado de calamidade pública (500 desab,1morte)
3/4 de fevereiro de 2001 378,7 Escorregamento e enxurrada
• 12 de dezembro de 2003 Desabamento de residência
• 29 de março de 2004 Queda de bloco e barreira
• 10 de abril de 2004 Queda de barreira
• Fonte: adaptado de Herrmann (1998a, p.54), Formulário de Avaliação de Danos- AVADAN/Defesa Civil-SC,
• 2001, Alexandre (1998), Rego Neto (1988), Corpo de Bombeiros/SC. (S.SAITO ,2004).
34. Queda de bloco Florianópolis. Foto Jornal a noticia,
jan.2006
35. Flagrante da enchente que alagou as ruas do Parque São Jorge, no
bairro Itacorubi em 02/02/2000. (Fotografia: Sydnei Cruz, Diário
Catarinense.
36. IDENTIFICAÇÃO, ANÁLISE E MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCO
DE ESCORREGAMENTOS
CONCEITOS
TALUDE NATURAL – ENCOSTA
Superfície natural inclinada unindo outras duas com diferentes potenciais gravitacionais.
TALUDE DE CORTE- Talude natural com algum tipo de escavação.
TALUDEARTIFICIAL-Taludes de aterros diversos (rejeitos, bota-foras, etc.).
ELEMENTOSGEOMÉTRICOS BÁSICOS DOTALUDE
INCLINAÇÃO: Arco tangente da amplitude (H) dividida pelo comprimento na horizontal (L).
α =ARCTAN (H/L)
DECLIVIDADE. Porcentagem da amplitude (H) dividida pelo comprimento na horizontal (L).
D(%) = (H/L)x100
D (%) = (H/L)x100 α =ARCTAN (H/L)
6% ~ 3°
12% ~ 7°
20% ~ 11°
30% ~ 17°
50% ~ 27°
100% ~ 45°
37.
38. 2o Passo – Caracterização do local
Descrever a caracterização do local da moradia ou grupo de moradias,
•Tipo de talude: natural ou corte
•Tipo de material: solo, aterro, rocha
• Presença de materiais: blocos de rocha e matacões, lixo e entulho.
• Inclinação da encosta ou corte
• Distância da moradia ao topo ou base dos taludes
39.
40.
41. IDENTIFICAÇÃO, ANÁLISE E MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCO
DE ENCHENTES E INUNDAÇÕES
Este tópico do curso visa mostrar aspectos de interesse ao estudo de enchentes e inundações, com base no entendimento dos diferentes tipos de processos e proposição de
medidas de gestão, a partir da identificação e análise de cenários de risco ocorrentes em cidades brasileiras.
ASPECTOS CONCEITUAIS
ENCHENTE
Elevação temporária do nível d´água em um canal de drenagem
devida ao aumento da vazão ou descarga.
INUNDAÇÃO
Fenômeno de extravasamento das águas do canal de drenagem para as áreas marginais (planície de inundação, várzea ou leito maior do rio)
quando a enchente atinge cota acima do nível máximo da calha principal do rio.
ÁREA DE RISCO DE ENCHENTE E INUNDAÇÃO
Área passível de ser atingida por processos de enchente e inundação. As pessoas que habitam essas áreas estão sujeitas a danos à integridade
física, perdas materiais e patrimoniais. Normalmente, essas áreas correspondem a núcleos habitacionais de baixa renda (assentamentos
precários).
EFEITOS ADVERSOS DE ENCHENTES E INUNDAÇÕES
EFEITOS DIRETOS
• Mortes;
• Destruição de moradias;
• Perdas econômicas diversas;
• Gastos com recuperação.
EFEITOS INDIRETOS
• Surtos de Leptospirose.
42. As justificativas para as inundações catastróficas,
escorregamentos calamitosos, passam pelas mudanças
climáticas globais e vão até a pressão antrópica sobre os
recursos naturais, destacando-se a urbanização intensa em
áreas de planície aluvial e/ou encostas declivosas, bem
como o desmatamento generalizado, principalmente em
áreas de cabeceiras de drenagem. Cabe, no momento,
concentrar esforços no sentido de minimizar seus efeitos
adversos e procurar respeitar cada vez mais os limites de
uso do solo impostos pela natureza
Ressalta-se a necessidade de Planejamento
territorial, onde se analisam os fatores fisicos - naturais e
socioeconomico da área. ( Análise ),se determinam as
formas de uso mais corretas e necessárias (diagnóstico ) e
estabelecimento de normas que regularizem os usos
(recomendação) para ordenação ,manejo e gestão.
44. As ocorrências de processos naturais que se transformaram em riscos e
demasiadas vezes em catástrofes naturais, têm servido para mostrar que, em
muitos exemplos, o homem, com a sua postura e as suas opções de
localização, foi um elemento decisivo na magnitude e na intensidade dos
impactos negativos verificados.
As conseqüências devastadoras, em prejuízos materiais e em perdas de vidas
humanas, resultantes de episódios impulsivos da dinâmica atmosférica, com
efeitos nas dinâmicas geomorfológica e hidrológica levam a uma reflexão
urgente de forma a reequacionar a atuação das ações antrópicas no desenlace
final de alguns episódios extremos.
crescimento populacional e a urbanização intensa constituem uma das
principais causas da degradação ambiental das últimas décadas. As cidades
tem sido palco das grandes catástrofes devido a densidade populacional, as
tipologias das edificações, os equipamentos públicos de rede de infra –
estrutura, entre outros .
45. Susceptibilidade ( perigosidade) = para definir as características inerentes ao
meio (geológico, geomorfológico, climático, hidrológico e antrópico),
representando a fragilidade do ambiente em relação aos movimentos em
massa, inundações etc.
Vulnerabilidade = para definir a predisposição de um sujeito, sistema ou
elemento ser afetado por um acidente como por exemplo densidade
populacional, rede de infra-estrutura, desflorestamento, entre tantos outro,
M. Alheiros, 2003.
Risco = possibilidade de ocorrência de danos (econômicos, sociais e
ambientais), num determinado momento e local e num certo período de
tempo, em conseqüência de um determinado processo ou evento.
Para haver risco é preciso que se verifique vulnerabilidade, ou seja, a presença do
homem. F. Rebelo, (2003
46. Susceptibilidade ( perigosidade) = para definir as características inerentes ao
meio (geológico, geomorfológico, climático, hidrológico e antrópico),
representando a fragilidade do ambiente em relação aos movimentos em
massa, inundações etc.
Vulnerabilidade = para definir a predisposição de um sujeito, sistema ou
elemento ser afetado por um acidente como por exemplo densidade
populacional, rede de infra-estrutura, desflorestamento, entre tantos outro,
M. Alheiros, 2003.
Risco = possibilidade de ocorrência de danos (econômicos, sociais e
ambientais), num determinado momento e local e num certo período de
tempo, em conseqüência de um determinado processo ou evento.
Para haver risco é preciso que se verifique vulnerabilidade, ou seja, a presença do
homem. F. Rebelo, (2003
47. Os Factores naturais e antrópicos nas análises de riscos
relacionados a Inundações e escorregamento.
- Riscos de Inundações
Resultam da interacção de diversos factores naturais (atmosféricos e terrestres) e antrópicos,.
fatores de susceptibilidade naturais:
A) A precipitação
intensa sazonal, que pode levar á inundação de forma lenta e gradual de uma ampla superfície,
intensa e concentrada, que origina um aumento súbito do leito do rio e rápido transbordo d’ água,
inundando de forma brusca as áreas de planície aluvial.
inundações graduais. Ocorrem durante os episódios do fenómeno El Nino, geralmente durante os
meses de Inverno e com os sistemas atmosféricos, referente a passagens de sistemas frontais e
frentes estacionárias, porém com maior autuação no verão
Inundações bruscas, ocorrem predominantemente no verão, Devem-se aos vórtices ciclónicos – que
são sistemas atmosféricos de baixa pressão que atuam mais sobre o litoral devido à presença das
serras, e ás convecções tropicais, que devido ao calor associado com alta umidade favorece a
formação de nuvens tipo cumulo e cúmulo-nimbo, provocando chuvas isoladas, mas intensas
B) O Relevo, destacam-se os planos e marginais ao longo dos rios, (planície de inundações), ou os
relevos íngremes, com vales encaixados propiciando o rápido escoamento das águas.
C) A Saturação do solo, decorrente da precipitação antecedente, apresenta maior relevância quando a
chuva é contínua ao longo de vários dias, fato que leva á diminuição da infiltração e consequentemente
ao aumento da escoamento favorecendo a rápida chegada das águas pluviais aos leitos dos cursos de
água.
48. Fatores de vulnerabilidade antrópica
A actuação antrópica, nomeadamente as transformações do uso do solo, é responsável
pela criação de condições de intensificação do fenómeno das inundações.
A urbanização aumenta a magnitude e frequência das inundações em, pelo menos,
quatro vêzes.
A urbanização, ao incrementar as superfícies impermeáveis, como às estradas e
edificações, dificulta a infiltração, favorecendo o escoamento. Por outro lado, as
superfícies urbanas, associadas a uma densa rede de drenagem superficial e de esgotos
subterrâneos, conduzem mais rapidamente a água até aos canais de escoamento. A
redução do tempo de concentração da água pode levar a uma diminuição para cerca de
metade da defasagem temporal entre o máximo de precipitação e o pico de cheia (A.
PEREIRA, 2005).
princípios de atuação na gestão do território urbano que devem integrar a estratégia
de mitigação do risco de inundação urbana:
- O respeito pelo leito dos rios e ribeiros;
- Preservação de áreas verdes no seio dos aglomerados urbanos de forma a permitir a
infiltração de parte das águas pluviais;
- O esforço por projectar (ou se necessário e possível corrigir) redes de drenagens
dimensionadas para fluxos de escoamentos excepcionais;
- A preocupação com a vigilância do estado de conservação e limpeza das redes de
drenagem de águas pluviais;
49. -Riscos de movimentos de massa
Processo natural de evolução das vertentes, podem envolver a movimentação de pequenas partículas,
até à queda de blocos e, ainda, fluxos lamacentos. Os movimentos rápidos escorregamentos, solifluxão,
etc.) ocorrem nos períodos de abundante precipitação.
.- Fatores de suscetibildade natural:
Hidroclimáticas- A infiltração, resultante da precipitação, ativa a circulação subterrânea, que se escoa
entre a rocha, inalterada e os depósitos sobrejacentes. Quando estes caudais subterrâneos são elevados
e associados à água infiltrada pela chuva, podem contribuir para a fluidificação dos depósitos
sobrejacentes e criar condições para o seu deslizamento, que muitas vezes se prolonga para jusante
através de fluxos lamacentos. (Pedrosa et. al. 2001)
geológicos - Os aspectos estruturais, litológicos e tectônicos, condicionam os tipos de movimentos, as
suas dimensões e a evolução da área afetada.
• A rede de falhas e de fraturas contribui para facilitar a alteração das rochas, a infiltração eficaz da água
em níveis profundos, e proporcionar as movimentações das massas superficiais.
• Manto de alteração, com espessura e textura variáveis, favorece a eficaz infiltração da água até que se
atinja o ponto de saturação ou encontre barreira de rochas resistentes (impermeáveis), que funcionem
como plano de deslizamento;
• Nas vertentes inclinadas com solos assentados sobre superfície rochosa maciça (granitos, gnaisses
pouco alterados), a água gera superfície de lubrificação e facilita o escorregamento;
geomorfológicos,- Nas vertentes côncavas o potencial de movimentos de massa é maior do que nas
vertentes convexas e retilíneas, pois as côncavas tendem a concentrar água de sobrecarga, que propicia
a elevação do nível freático e consequentemente poro-pressão neutra mais elevadas (N. FERNANDES,
et. al. 2001, S. SAITO ,2005).
As formas dos vales em “V” estão mais sujeitas a escorregamentos do que as dosvales em ”U”,
conforme, F. Dias (2000); S. Cristo (2002) e M.Alheiros, et al. (2003).
50. . Movimentos de massa induzidos pela ação humana:
• Nos cortes de vertentes com solos profundos, com fluxo subterrâneo interrompido, por
muros, paredes, manta de concreto;
• Nas sequências de cortes e aterros conjugados em vertentes muito inclinadas, que
possibilitam ultrapassar o limite natural de estabilidade .
• Nos morros e cabeceiras de drenagens com alta densidade de barrancos e favelas, onde
não há prevenção com as águas servidas, que tendem a saturação do solo.
• Nos cortes em baixa vertentes com solos saturados pelas águas do freático cujo fluxo
subterrâneo é interrompido por muros de arrimo, gabiões, concreto atirantado.
• Remoção da cobertura vegetal, que origina a exposição do solo, perda da estrutura
superficial e o aumento da infiltração;
• Vazamento na rede de abastecimento de água, de esgoto e presença de fossas que
propiciam a saturação do solo e criação de fluxos subterrâneos;
• Execução deficiente de aterros, quanto a compactação, sobre canais de drenagens, ou
com deficiência de drenagens internas e superficiais;
• Lançamento de entulho e lixo nas encostas cujo material heterogéneo possibilita
armazenar água durante as chuvas e se instabilizar;
• Vibrações produzidas por explosões e circulação de tráfegos pesados Mineração, entre
outros.
51. O que se tem observado, infelizmente, é que o problema de
ocupação em áreas de risco só é discutido por todos (políticos,
órgãos públicos responsáveis, população, imprensa), quando
ocorrem catástrofes. Após os períodos de grandes
precipitações chuvosas, a população volta a ocupar as áreas de
risco, os órgãos fiscalizadores relaxam a fiscalização e os
demais cuidam de outros interesses, só voltando a
preocupação com o problema quando as chuvas retornam.
Pinheiro, Antônio Luiz; Sobreira, Frederico Garcia; Lana, Milene Sabino Influência da expansão
urbana nos movimentos em encostas na cidade de Ouro Preto, MG. Rem: Revista Escola de
Minas, 2003, vol.56, n. 3, ISSN 0370-4467
52. Planejamento territorial,
onde se analisam os fatores fisicos –naturais e socioeconomico da
área. ( Análise )
Se determinam as formas de uso mais corretas e necessárias
(diagnóstico )
Estabelecimento de normas que regularizem os usos
(recomendação)
Para ordenação ,Manejo e gestão