1) O documento descreve as principais técnicas atuais de ensaios geotécnicos de campo, como SPT, CPTu, DMT, VST e PMT.
2) Esses ensaios fornecem informações sobre estratigrafia, resistência, deformabilidade, tempo de adensamento e parâmetros geotécnicos dos solos.
3) O documento explica a história, equipamentos, normas, aplicações e interpretação dos resultados de cada método.
2. RESUMO
• Sondagem a percussão “SPT”
• Dilatômetro de Marchetti “DMT”
• Ensaio de penetração de cone estático com
medidas de pressões neutras “CPTU”
• Ensaio de palheta “Vane – Test” “VST”
• Pressiômetro de Ménard “PMT”
• Parâmetros geotécnicos
• Interação solo x estrutura
6. Ensaios de campo X Ensaios de laboratório
• LABORATÓRIO : poucas amostras, pouca
representatividade do todo, mas são mais
precisos;
• CAMPO : são menos precisos, mas
amostragem é quase integral, todas as
camadas são reconhecidas;
• CONCLUSÃO : Hoje em dia o maior uso e o
maior desenvolvimento das técnicas, está
nos ensaios de campo.
7. UTILIZAÇÃO
SPT
reconhecimento inicial, camadas, amostras, nível d’água,
compacidade, consistência;
CPTu
camadas,resistência,deformabilidade, tempo de adensamento;
DMT
camadas, resistência, deformabilidade;
VST
resistência, sensibilidade;
PMT
resistência e deformabilidade
9. HISTÓRICO DA SONDAGEM A PERCUSSÃO “SPT”
•1902 – Charles R. Gow – início da coleta de amostra “seca”, com tubo
cravado;
•1927 – Raymond Concrete Pile Company, amostrador de 3 partes (cabeça,
corpo e sapata);
•1944 – IPT no Brasil, início do uso sistemático;
•1958 – Primeira Norma ASTM Designation D 1586-58T – atual D 1586-99
•1977 – Primeira Norma da ABNT
•2001 – Norma atual ABNT NBR – 6484 de fev. de 2001
10.
11.
12.
13.
14. QUANTIDADE DE SONDAGENS
•ABNT-NBR-8036 de junho de 1983
•“Programação de sondagens de simples reconhecimentos dos
solos para fundações de edifícios”
•Quantidade e profundidade das sondagens, para o
reconhecimento de um terreno.
15.
16. MEDIÇÃO DE TORQUE EM SONDAGENS
• criado em 1988 – Prof. Dr. Stélvio M. T. Ranzini;
• informação adicional importante;
•grandeza física, em unidade de Kgf x m;
•medida por instrumento de precisão.
18. REPRESENTATIVIDADE DO ENSAIO “SPT”
Considerada, pela norma brasileira de fundações, NBR-6122 da ABNT
“indispensável em qualquer porte de obra”.
A amplitude de informações de uma sondagem é muito grande:
a) coleta de amostras a cada metro de profundidade, permitindo a
classificação táctil e visual dos materiais atingidos;
b) identificação do início e fim de cada camada de solo, pela observação
do material aderido ao trado ou pela observação da água de lavagem;
c) avaliação da profundidade do lençol freático e de eventual
artesianismo ou lençol empoleirado;
d) avaliação da consistência ou compacidade das argilas ou das areias,
respectivamente, pelo número de golpes “SPT”, necessários para a
cravação do amostrador padrão.
23. ENSAIO DE PENETRAÇÃO DE CONE
ESTÁTICO COM MEDIDA DE
PRESSÃO NEUTRA
CPTu
NORMA ABNT – NBR 12069
24. HISTÓRICO DO ENSAIO “CPT”
•Holanda – Barentsen - 1932 – cria o sistema;
•Holanda – Begemann – 1950 – consolida o uso e cria a
luva de atrito lateral;
•Brasil - Estacas Franki – inicia o uso no final da década
de 1950;
•Noruega – Janbu – 1974 – cria o piezocone CPTu –
ensaio com medidas de pressões neutras;
•Brasil – ABNT – 1991 – Solo – Ensaio de Penetração de
cone “in-situ”CPT – não menciona leitura de pressões neutras
27. Norma ABNT
1)Não menciona as leituras de pressões neutras;
2)Em ensaios especiais de campo a evolução é
muito rápida e o desejável é usar normas
internacionais, como Eurocode e ASTM.
35. Medidas a cada 1,0 cm
100 informações de cada parâmetro, por metro
São 3 parâmetros, portanto são 300 informações por metro
As informações são apresentadas em unidades de pressões (Kpa)
Resistência de ponta e resistência de
atrito lateral (a proporção entre as
duas é a “razão de atrito”)
Pressão neutra desenvolvida no
processo de perfuração
51. CONCLUSÃO
ENSAIO “CPTu”
É um procedimento excelente para complementar o
reconhecimento estratigráfico do terreno e medir
propriedades de resistência, deformabilidade e de
tempo de adensamento.
65. ÍNDICE DO MATERIAL (Id)
0O
01
d
μP
PP
I
Nos solos argilosos, a pressão “P1” é apenas um pouco maior do que a
pressão “P0”, enquanto nos solos arenosos, essa diferença é bem maior.
Profundidade (m)
Pressões"P0"e"P1"
(Kgf/cm2)
P0
P1
Profundidade (m)
Pressões"P0"e"P1"
(Kgf/cm2)
P0
P1
SOLOS FINOS SOLOS GROSSOS
Resultados: “baixos” valores de “Id” Resultados: “altos” valores de “Id”
66. • Índice ligado aos vazios e à compressibilidade
• Identifica o “comportamento granulométrico”
• É um adimensional
• Difere do SPT, que é absoluto e não se usa interpretar
como proporção do estado de tensões
VALORES DO ÍNDICE DO MATERIAL “Id”
0,1 0,35 0,60 0,90 1,20 1,80 3,30 10
Argilas
sensíveis
e turfas
Argilas
puras
Argilas
siltosas
Siltes
argilosos
Siltes
puros
Siltes
arenosos
Areias
siltosas
Areias
puras
ARGILAS SILTES AREIAS
TIPO DE SOLO COM BASE NA OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO
0O
01
d
μP
PP
I
68. MÓDULO DILATOMÉTRICO (Ed)
Esse índice “Ed”, é obtido diretamente das leituras “P0” e “P1
De acordo com a teoria da elasticidade:
π
2
E
μ1
σD
2
onde “D” é o diâmetro da membrana e “ ” é a diferença de pressão aplicada (P1 - P0)
Para = 1,10 mm; D = 6,0 cm; = P1 – P0 (Kgf/cm2
) e definindo como módulo dilatométrico
“Ed” a proporção 2
1
E
Ed , resulta:
O parâmetro “Ed” representa uma “proporção elástica”, ou seja, exprime a relação entre
o módulo de elasticidade do solo (E) e o coeficiente de Poisson do solo ( ).
2
1
E
Ed
)P34,7(PE
0,64
E
1
)P(P6,00,11
01d
d
01
70. ÍNDICE DE TENSÃO HORIZONTAL (Kd)
VO
0
d
σ'
μPo
K
0
2
4
6
8
10
12
14
16
0 2 4 6 8 10 12
Índice de tensão horizontal "Kd"
Profundidade(m)
Solos
normalmente
adensados
Parâmetro “Kd” na faixa de solos normalmente adensados (entre 1,8 e 2,3)
•Representa a própria definição de “Ko”
•A introdução da lâmina altera o repouso
•Identificação do histórico de tensões
•Em solos sobreadensados Kd > 2,3
•Índice normalizado com a tensão efetiva
73. CORRELAÇÕES
• Muito estudadas no mundo todo;
• Sempre buscam a relação com os
ensaios de laboratório;
• O critério recomendado é entender
como índices e usar diretamente em
projetos.
74. “STANDARD”
• SPT – Standard Penetration Test
(diferente em cada lugar do mundo);
• Ensaios especiais (CPTu, DMT, VST e
PMT) seguem um mesmo padrão
internacional;
• A execução dos ensaios especiais
independe do operador.
75. Ensaio com o pressiômetro de
Ménard
PMT
(não há norma brasileira)
76.
77. HISTÓRICO
Desenvolvido por Louis
Ménard na França em 1955
Em 1963 L. Ménard publica
a aplicação direta ao
cálculo da capacidade de
carga e recalques de
fundações
83. 1.Perfuração com circulação de água interna ao revestimento
2.Remoção da ferramenta de perfuração
3.Limpeza interna
4.Introdução do pressiômetro
5.Execução do ensaio
88. Perfuração com tubo fendido (lanterna chinesa)
Os ensaios são executados a partir do fundo do furo
89. O módulo pressiométrico é determinado com base na inclinação do trecho
linear da curva;
A pressão limite é determinada quando a cavidade espandida atinge o
dobro do volume da sonda.
95. EQUIPAMENTO
ANTIGO
Mecânico (manual)
ABNT – MB 3122
Em ensaios especiais de
campo a evolução é muito
rápida e o desejável é usar
normas internacionais,
como Eurocode e ASTM.
107. Os solos mais estudados do
Brasil
• Argilas terciárias de São Paulo
• Argilas moles do Rio de Janeiro
• Argilas marinhas de Santos
• E as areias ?????????????????????
• Só com os ensaios de campo !
110. ENSAIOS DE CAMPO
• Resistência………….......CPTu, DMT, VST, PMT
• Deformabilidade…………DMT, PMT
• Histórico de tensões…...DMT
• Sensibilidade……………..VST
• Tempo de adensamento..CPTu
111. Resistência ao cisalhamento dos solos
Solos grossos - Areias
Comportamento drenado
Critério de Mohr - Coulomb
Solos finos - Argilas
Comportamento não drenado
Critério de Tresca
112. Envoltória completa
Coesão e ângulo de atrito
Só com ensaios de laboratório
Misturar coesão de ensaio rápido com ângulo de atrito
de ensaio lento é muito errado !!!
115. Deformação é o condicionante fundamental
em fundações
O ensaio de maior representatividade nas avaliações é o DMT
A expectativa de se conseguir simular a interação do solo com a
estrutura é com o ensaio DMT