SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 24
O Mercosul, é conhecido como o Mercado Comum do Sul é a união alfandegária
(livre comércio intrazona e política comercial comum) de cinco países da América do
Sul.
Começarei por falar na sua criação, nas etapas e avanços, nos conflitos entre o Brasil e
Argentina , aprofundando algumas das questões.
A América do Sul foi, ao longo de cinco séculos, palco das mais violentas batalhas
do continente americano. Desde a chegada dos espanhóis e portugueses ao
continente, a Bacia do Prata foi cenário das disputas luso-espanholas por território
(o território que hoje é o Uruguai já foi espanhol, português, novamente espanhol
e brasileiro). Entretanto, ao mesmo tempo, nesta região situam-se capítulos
fundamentais da emancipação política e económica dos futuros sócios do
Mercosul .
Durante os séculos XVI e XVII, a Espanha organizou o sistema comercial de suas
colónias em torno do esquema de "frotas e galeões", autorizando somente a alguns
portos o direito de enviar ou receber mercadorias originárias dessas colónias. Para
cidades como Buenos Aires, fundada em 1580, esse sistema ameaçava o
desenvolvimento económico da região. Para enfrentar esse confinamento
económico, a população de Buenos Aires percebeu a única saída possível: o
intercâmbio comercial (ainda que ilegalmente) com o Brasil. Esse foi o início de
uma relação que estava destinada a crescer cada vez mais.
No século XIX, o processo de emancipação política da América do Sul acentuou os
contrastes existentes entre os países da região. Neste período, ocorreram
importantes capítulos da história do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Basta
citar a Guerra da Cisplatina, a independência da República Oriental do Uruguai,
Guerra Grande uruguaia, a Revolução Farroupilha, a disputa entre unitários e
federalistas na Argentina e a Guerra do Paraguai: alianças, intervenções e conflitos
que forjaram o contexto histórico de formação dos estados nacionais platinos.
Em 1941,em plena Segunda Guerra Mundial, pela primeira vez, Brasil e Argentina
tentaram a criação de uma União Aduaneira entre as suas economias. Porém, isso
não se concretizou devido às diferenças diplomáticas dos países em relação às
políticas do Eixo, após o ataque a Pearl Harbor. Com o fim da guerra, a
necessidade de interacção entre as nações se tornou iminente e,
consecutivamente, a formação dos blocos económicos, entretanto na América
Latina não houve uma união que tenha obtido resultados satisfatórios.
A guerra da Cisplatina ou campanha da Cisplatina (espanhol: Guerra del
Brasil) foi um conflito ocorrido entre o Império do Brasil e a Províncias Unidas do Rio
da Prata, no período de 1825 a 1828, pela posse da Província Cisplatina, a região da
actual República Oriental do Uruguai

 Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou
conhecida a revolução ou guerra regional, de carácter republicano, contra o governo
imperial do Brasil, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e que resultou
na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à
República Rio-Grandense. Estendeu-se de 20 de Setembro de 1835 a 1° de Março de 1845.

  As Potências do Eixo foram um dos contendores da Segunda Guerra Mundial. Seus
inimigos eram os Aliados. Encabeçado pela Alemanha de Adolfo Hitler, pela Itália de
Benito Mussolini e pelo Japão de Tojo Hideki e do Imperador Hirohito, seus membros se
referiam a ele como "Eixo Roma- Berlim -Tóquio". Além destas três nações
principais, faziam parte outras menores.
Em Dezembro de 1985, o presidente brasileiro José Sarney e o presidente
argentino Raúl Alfonsín assinaram a Declaração de Iguaçu, que foi a base para a
integração económica do chamado Cone sul. Ambos acabavam de sair de um
período ditatorial e enfrentavam a necessidade de reorientar as suas economias
para o mundo exterior e globalizado.
Os dois países haviam contraído uma grande dívida externa no período dos
governos militares e não gozavam de crédito no exterior. Havia uma grande
necessidade de investimentos nos países, mas não havia verbas. Esta situação
comum fez com que ambos percebessem a necessidade mútua. Logo após a
assinatura da declaração de Iguaçu, em Fevereiro de 1986, a Argentina declara a
intenção de uma "associação preferencial" com o Brasil. Em uma casa particular
em Don Torcuato, houve uma reunião para discutir o assunto. A discussão dura
dois dias e acontece em clima de troca de ideias e posições quanto ao estatuto da
economia da zona.
Depois de poucas semanas, é o Brasil que convida a Argentina para uma reunião
semelhante, em Itaipava, também em uma residência particular. Esse foi o sinal de
aceitação da iniciativa argentina e então começava a formação do acordo, com
objectivo de promover o desenvolvimento económico de ambos os países e integrá-los
ao mundo. Para muitos, a ideia de integração na América do Sul parecia mais uma
abstracção, devido as várias experiências mal sucedidas no passado, entretanto essa foi
diferente.

  Itaipava é um distrito (o terceiro distrito
da cidade) e um bairro de Petrópolis, no
estado do Rio de Janeiro, no Brasil.
Em 6 de Julho de 1990, o presidente do Brasil, Fernando Collor, e o da
Argentina, Carlos Menem, assinaram a Ata de Buenos Aires de integração económica
entre os dois países e, em complemento a este, em 1991, foi assinado o Tratado de
Assunção, com a entrada do Uruguai e Paraguai, para a constituição do Mercosul.
O Tratado de Assunção foi um tratado assinado em 26 de Março de 1991, entre a
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o objectivo de estabelecer um mercado
comum entre os países acordados, formando então o popularmente conhecido
Mercosul, Mercado comum do sul. Mais tarde, em 1994, o Protocolo de Ouro Preto
foi assinado como um complemento do Tratado, estabelecendo que o Tratado de
Assunção fosse reconhecido jurídica e internacionalmente como uma organização.
Actualmente, estes quatro países compõem o Mercosul como Estados-membros. Há
ainda estados associados, que são cinco: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
Há alguns anos, a Venezuela solicitou a entrada como membro pleno no Mercosul.
O Mercosul tem como Estados Associados Bolívia (1996), Chile (1996), Peru
(2003), Colômbia (2004) e Equador (2004).
Bolívia, Equador, Colômbia e Peru integram a Comunidade Andina (CAN), bloco
com que o Mercosul também firmará um acordo comercial.
O status de Estado Associado é atribuído por Decisão do Conselho do Mercado
Comum. Para aceder a esse status, a Decisão CMC N° 18/04, que dispõe sobre a
admissão de novos Estados Associados no Mercosul, exige, no seu artigo 1°, a
assinatura prévia de Acordos de Complementação Económica
(ACEs), instrumentos bilaterais firmados entre o Mercosul e outros membros da
ALADI. Nesses acordos se estabelece um cronograma para a criação de uma zona
de livre comércio com os Estados Partes do Mercosul e uma gradual redução de
tarifas entre o Mercosul e os Estados signatários. Além de poder participar na
qualidade de convidado nas reuniões dos organismos do Mercosul, os Estados
Associados também podem ser signatários de Acordos sobre matérias comuns.
Venezuela
Estados        Argentina                   Paraguai      Uruguai
                           Brasil (1991)                             (em processo
Partes         (1991)                      (1991)        (1991)
                                                                     de adesão)
Estados         Bolívia                                   Colômbia   Equador
                           Chile (1996)    Peru (2003)
Associados     (1996)                                    (2004)      (2004)
Estado
Observador
               México
(status não-
oficial)

O Chile formaliza sua associação ao Mercosul em 25 de Junho de 1996, durante a
X Reunião da Cúpula do Mercosul, em San Luis, Argentina, através da assinatura
do Acordo de Complementação Económica Mercosul-Chile. A Bolívia formalizou
sua associação na XI Reunião da Cúpula em Fortaleza (Brasil), em 17 de
Dezembro de 1996, por meio da Decisão, a assinatura do Acordo de
Complementação Económica Mercosul-Bolívia. O Peru formaliza sua associação
ao Mercosul em 2003 pela assinatura do Acordo de Complementação Económica
Mercosul-Peru. A Colômbia, Equador e Venezuela formalizam sua associação ao
Mercosul em 2004 mediante a assinatura do Acordo de Complementação
Económica Mercosul-Colômbia, Equador e Venezuela.
A Venezuela confirmou o protocolo de entrada em 4 de Julho de 2006. Durante a XXIX
Conferência do Mercosul em Montevideu no dia 9 de Dezembro de 2005, aprovou em
status de Estado associado em processo de adesão, que na prática significa que tinha
voz mas não voto. Uma vez que a Venezuela adoptou o marco legal, político e
comercial do Mercosul na metade de 2006, firmou-se o protocolo para se converter em
Estado associado.




                           Estados do Mercosul

                           ██ Estados-membros
                           ██ Estados associados
                           ██ Estados observadores
O valor estimado do PIB dos países do Mercosul utilizando o critério de Igualdade do
Poder de Compra (PPC). É utilizada como unidade monetária o dólar internacional.
Dados do Banco Mundial sobre PIB e população.

     (PIB), O produto interno bruto representa a soma (em valores monetários) de
   todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer
   seja, países, estados, cidades), durante um período determinado
   (mês, trimestre, ano, etc.). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na
   macroeconomia com o objectivo de mensurar a actividade económica de uma região.
PIB (PPC) em       PIB (PPC) per        População
         País                                                                        IDH
                        milhões             capita             (2007)
Brasil             2.013.893          11.037             189.011.861        0,813
Argentina          391.054            14.559             40.403.943         0,866

Venezuela          223.430            8.125              26.085.281         0,844
Uruguai            41.334             13.917             3.447.920          0,865
Paraguai           34.014             5.638              6.667.884          0,761

Total Mercosul1    3.003.725          10.975*            266.616.849        0,821*

Colômbia           422.483            8.891              44.858.434         0,807
Chile              227.879            15.745             16.285.071         0,878
Peru               207.985            7.410              28.675.628         0,806
Equador            68.939             5.021              13.752.593         0,806
Bolívia            30.093             3.062              9.119.372          0,729

Total Mercosul2    3.961.104          9.300*             365.555.352        0,846*

1 Somente Estados Partes
2 Estados Partes e Associados
* Nos cálculos de médias leva-se em conta o número de habitantes de cada país
* IDH- Índice de desenvolvimento Humano
PIB
                     Área                                       PIB
Entidade                                  População                              per capita   Países partes
                     km²                                        milhões de US$
                                                                                 US$

Mercosul                                                                                      10 (4 plenos e 1 em
                     17.320.270           365.555.352           3.994.104        12.300
(Ampliado)                                                                                    processo de adesão)


NAFTA                21.588.638           430.495.039           12.889.900       29.942       3

União Europeia       3.977.487            456.285.839           11.064.752       24.249       27

ASEAN                4.400.000            553.900.000           2.172.000        4.044        10

Países grandes                                                                                Divisões políticas

Índia                3.287.590            1.065.070.607         3.033.000        2.900        34

República Popular
                     9.596.960            1.298.847.624         6.449.000        5.000        33
da China

Estados Unidos¹      9.631.418            293.027.571           10.990.000       37.800       50
Canadá¹              9.984.670            32.507.874            958.700          29.800       13
Rússia               17.075.200           143.782.338           1.282.000        8.900        89
Brasil               8.514.876            189.987.291           2.013.893        11.037       27
•Mercosul, valores de acordo com o FMI
•Azul para o maior valor, verde para o menor, entre os blocos comparados.
•Fonte: CIA World Factbook 2004, IMF WEO Data base[
•¹ Membro da NAFTA
O mecanismo de solução de controvérsias do Mercosul, passou por quatro fases
distintas até chegar a configuração actual:
a) O anexo III do Tratado de Assunção;
b) O Protocolo de Brasília;
c) O Protocolo de Ouro Preto;
d) O Protocolo de Olivos.
 Protocolo de Ouro Preto
 O Protocolo de Ouro Preto, criou um procedimento geral para propor reclamações
 na Comissão de Comércio do Mercosul, naquelas matérias que forem de
 competência deste órgão. O Estado Parte poderá reclamar perante a presidência da
 Comissão e caso ela não adopte uma decisão na reunião, esta remeterá os
 antecedentes a um Comité Técnico.
 O Comité Técnico fará um parecer sobre a litigância e encaminhá-lo-á para a
 Comissão de Comércio, para que este decida a controvérsia. Se não for possível
 estabelecer uma solução a Comissão deve encaminhar as propostas, o parecer e as
 conclusões ao Grupo Mercado Comum. Se não houver consenso novamente com a
 decisão tomada, cabe às partes accionar o mecanismo arbitral previsto no Protocolo
 de Brasília.
O Protocolo de Olivos faculta as partes escolher o foro que ocorrerá a solução de controvérsias até
antes do início do procedimento, evitando decisões de outras organizações internacionais
divergentes sobre o mesmo assunto.
A última novidade que se aponta é que o Conselho do Mercado Comum passa a possuir a faculdade
de criar mecanismos discricionários para solucionar disputas envolvendo aspectos técnicos
regulados por instrumentos de políticas comerciais comuns.
Por fim, pode-se resumir o funcionamento actual do órgão de solução de controvérsias do
Mercosul:
1. Controvérsias entre Estados Partes: o Estado ou o particular pode apresentar a reclamação. Para
isso, há duas possibilidades:
a) A na controvérsia podem estabelecer o litígio junto ao TAHM, ou
b) Por comum acordo, podem iniciar o procedimento directamente ao TPR.
2. Recurso de Revisão: na hipótese de iniciar o litígio no TAHM, pode ser recorrido pelas partes ao
TPR.
3. Medidas Excepcionais e de Urgência: antes do início de uma controvérsia, pode se solicitar ao TPR
que dite uma medida provisória, para evitar danos irreparáveis para uma das partes.
4. Opiniões Consultivas: podem ser solicitadas ao TPR, opiniões consultivas não são vinculantes:
a) pelas partes de forma conjunta, ou pelos órgãos decisórios do Mercosul;
b) pelos Tribunais Superiores de Justiça dos Estados Partes, quando se tratar sobre a interpretação
do Direito do Mercosul.
5. Os parâmetros do TAHM, ou do TPR serão obrigatórios para os Estados Partes na controvérsia e
quando ficarem firmes serão irreversíveis e formarão coisa julgada.
Acordos de livre-comércio
Existe um acordo com a Comunidade Andina, estabelecido no Acordo de
Complementação Económica firmado entre a Comunidade Andina e o Mercosul.
Além da cooperação económica também existe um diálogo político que abre
possibilidades de negociação com todo os membros do bloco Andino.
Em Novembro de 2005 o Congresso Colombiano ratificou um Tratado de Livre
Comércio (TLC) com o Mercosul. O tratado é favorável a Colômbia, já que
permite a este país implantar instrumentos de protecção a agricultura local. Além
do acesso ao Mercosul para os produtos Colombianos, que aumenta o peso
político da Colômbia nas negociações de livre comércio que estão sendo tratadas
actualmente com os Estados Unidos.
Em 30 de Dezembro de 2005, o presidente colombiano Álvaro Uribe firma a Lei
1.000, para a criação de uma zona de livre comércio entre a Comunidade Andina e
o Mercosul. Com este novo acordo, os produtos colombianos conseguiram um
acesso preferencial ao Mercosul, uma vez que a Colômbia obteve a oportunidade
de importar matérias primas e bens de capital do Mercosul a custos mais
baixos, segundo o custo estabelecido no Tratado de Livre Comércio.
Tratado de livre comércio com Israel

No dia 17 de Dezembro de 2007, durante a XXXIV reunião de cúpula do
Mercado Comum do Sul e Estados associados realizada em Montevideu, os
presidentes dos países partes do Mercosul assinaram um Tratado de Livre
Comércio (TLC) com Israel. Este foi o primeiro TLC do Bloco com um país de
fora da América do Sul desde sua fundação, e foi negociado durante dois anos.
Até Janeiro de 2009 ainda se encontrava à espera de ratificação. O tratado
cobre 90% do fluxo comercial, com um cronograma de quatro fases para
remoção de restrições (imediata, 4, 8 e 10 anos). Prevê-se que o intercâmbio
comercial entre o Mercosul e Israel fique em torno de 5 bilhões de dólares em
2017. Os principais produtos de exportação do Mercosul são
commodities(significa mercadoria na linguagem corrente
Inglesa), grãos, calçados, automóveis, maquinaria pesada e aviões, já Israel
exporta software, agro químicos e produtos de alta tecnologia. Foi promulgado
no dia 28 de Abril de 2010 pelo presidente Lula. O acordo não inclui a
Venezuela, que se encontra em processo de conversão em associado pleno.
Tratado de livre comércio com Egipto

No dia 2 de Agosto de 2010, durante a reunião de cúpula do Mercado Comum do
Sul e Estados associados realizada na cidade de São João (Argentina), os
presidentes dos países do Mercosul assinaram um Tratado de Livre Comércio
(TLC) com o Egipto. O acordo abrirá um mercado de 76 milhões de consumidores
para produtos primários e industrializados do bloco sul-americano. A maior parte
das exportações do bloco entrará no país árabe livre a Alíquota de exportação. O
Egipto é um país estritamente importador e registou em 2008 um défice comercial
de US$ 23,471 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério de Indústria da
Argentina.

*A Alíquota é o percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para o cálculo do valor
de um tributo, é um dos elementos da matriz tributária de um tributo. Assim, há a exigência de que seu
valor ou percentual seja estabelecido em lei.
Os idiomas oficiais do Mercosul são o português, o castelhano e o guarani. A versão oficial
dos documentos de trabalho tem a do idioma do país sede de cada reunião.
Hoje o português é o idioma mais falado no Mercosul, entretanto o castelhano é falado em
todos os estados do Mercosul, excepto o Brasil.

                                                    Estados que
                            Total de    Percentual  usam
            Idioma          falantes    de falantes como
                            no Mercosul no Mercosul idioma
                                                    oficial
            Português       189.981.861      71%              1
            Castelhano      69.940.025       26%              4
            Guarani         7.024.000        3%               1
            * Azul para o maior valor, verde para o menor, entre os
            idiomas comparados.
Actualmente está prevista não só a implantação de programas de trabalho para o
fomento do ensino de espanhol e português como segunda língua, mas também a
realização de um programa de ensino dos idiomas oficiais do Mercosul, incorporados
às propostas educacionais dos países com o objectivo de inclusão nos currículos. O
plano prevê, ainda, o funcionamento de planos e programas de formação de
professores de espanhol e português em cada País membro.
Os ministérios de Cultura do Mercosul aprovaram, a pedido do Paraguai, a inclusão
do guarani como idioma oficial do bloco. A decisão foi um dos resultados da 23ª
Reunião de Ministros do Mercosul Cultural, no Rio de Janeiro, sancionada na XXXII
cúpula do Mercosul, e igualou o guarani em condições com o português e castelhano.
Contudo o guarani, ainda que goze do status de língua oficial do bloco, carece de
propagação no mesmo.
A bandeira do Mercosul é formada pelo Cruzeiro do Sul e o horizonte do qual emerge.
O Cruzeiro do Sul foi escolhido porque representa o principal elemento de orientação
do Hemisfério Sul, e para o Mercosul simboliza o rumo optimista de integração
regional que se pretende dar aos países partes.

             Bandeira em Português             Bandeira em Espanhol
O Sector Educacional do Mercosul (SEM) foi criado a partir da assinatura do protocolo de
intenções por parte dos ministros da Educação. Desde sua criação reconheceu-se a importância
da educação como estratégia para o desenvolvimento da integração económica e cultural do
Mercosul e o peso da informação para se alcançarem esses objectivos, o que culminou com a
criação do Comité Coordenador Técnico do Sistema de Informação e Comunicação.
De acordo com o Plano Estratégico 2006-2010 do SEM as principais linhas de acção do SIC
(Sociedade Independente de Comunicação) são:
Criação e actualização dos espaços virtuais para publicar os materiais e produtos surgidos nos
diferentes encontros e seminários;
Elaboração de indicadores de Educação Tecnológica pertinentes e, incorporação à publicação
do sistema de Indicadores do Mercosul Educacional;
Publicação dos Indicadores de Educação Básica, Média e Educação Superior;
Elaboração de um Glossário relativo à Educação Técnica e a Educação Tecnológica;
Difusão dos programas de intercâmbio existentes e as equivalências e protocolos acordados;
Difundir as acções do SEM nos sistemas educacionais nacionais, nas jurisdições responsáveis
pela gestão escolar, nas comunidades educacionais e no conjunto da sociedade;
Favorecer a circulação do conhecimento: manter actualizada a informação promovida pelo
órgão e usar os espaços de comunicação e difusão para o sector educacional;
Fortalecer os laços nacionais do SIC;
Contar com políticas de informação, comunicação e gestão do conhecimento, no âmbito
educacional regional.
Espero que o Mercosul comece a funcionar plenamente e possibilite a entrada de
novos parceiros da América do Sul. Esta integração económica, bem sucedida,
aumentaria o desenvolvimento económico nos países membros, além de facilitar as
relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos económicos, como o NAFTA e a
União Europeia.
Com a realização deste trabalho espero ter alcançado os objectivos sugeridos pela
formadora, como também serviu para enriquecer a minha cultura geral.
Acredito também que com este trabalho os meus colegas fiquem mais elucidados
sobre o tema referido no trabalho, espero que gostem, obrigada.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Direito economico e financeiro slides mercosul
Direito economico e financeiro slides mercosulDireito economico e financeiro slides mercosul
Direito economico e financeiro slides mercosullidiasouzaca
 
Blocos economicos brasil e o mercosul
Blocos economicos  brasil e o mercosulBlocos economicos  brasil e o mercosul
Blocos economicos brasil e o mercosulallxx
 
Mercosul-Membros efetivos,associados e entrada de novos países no bloco.
 Mercosul-Membros efetivos,associados e  entrada de novos países no bloco. Mercosul-Membros efetivos,associados e  entrada de novos países no bloco.
Mercosul-Membros efetivos,associados e entrada de novos países no bloco.thaisdcn
 
Países integrantes do mercosul
Países integrantes do mercosulPaíses integrantes do mercosul
Países integrantes do mercosulKimberlydireito
 
Mercosul Helienne valéria
Mercosul   Helienne valériaMercosul   Helienne valéria
Mercosul Helienne valériaHelienne William
 
Mercosul - Geografia - Mercado Comum do Sul
Mercosul - Geografia  - Mercado Comum do SulMercosul - Geografia  - Mercado Comum do Sul
Mercosul - Geografia - Mercado Comum do SulVinicius Coelho
 
Países integrantes do Mercosul: Membros efetivos, associados e a entrada de n...
Países integrantes do Mercosul: Membros efetivos, associados e a entrada de n...Países integrantes do Mercosul: Membros efetivos, associados e a entrada de n...
Países integrantes do Mercosul: Membros efetivos, associados e a entrada de n...Flávia Carmo Silva
 
Formação dos blocos econômicos
Formação dos blocos econômicosFormação dos blocos econômicos
Formação dos blocos econômicosguest5609172
 

Was ist angesagt? (20)

Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Direito economico e financeiro slides mercosul
Direito economico e financeiro slides mercosulDireito economico e financeiro slides mercosul
Direito economico e financeiro slides mercosul
 
Blocos economicos brasil e o mercosul
Blocos economicos  brasil e o mercosulBlocos economicos  brasil e o mercosul
Blocos economicos brasil e o mercosul
 
O Mercosul potencializa o Brasil - André Reis
O Mercosul potencializa o Brasil - André ReisO Mercosul potencializa o Brasil - André Reis
O Mercosul potencializa o Brasil - André Reis
 
Mercosul-Membros efetivos,associados e entrada de novos países no bloco.
 Mercosul-Membros efetivos,associados e  entrada de novos países no bloco. Mercosul-Membros efetivos,associados e  entrada de novos países no bloco.
Mercosul-Membros efetivos,associados e entrada de novos países no bloco.
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Aula
AulaAula
Aula
 
Países integrantes do mercosul
Países integrantes do mercosulPaíses integrantes do mercosul
Países integrantes do mercosul
 
Grupo 3
Grupo 3Grupo 3
Grupo 3
 
Mercosul Helienne valéria
Mercosul   Helienne valériaMercosul   Helienne valéria
Mercosul Helienne valéria
 
Mercosul - Geografia - Mercado Comum do Sul
Mercosul - Geografia  - Mercado Comum do SulMercosul - Geografia  - Mercado Comum do Sul
Mercosul - Geografia - Mercado Comum do Sul
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
MERCOSUL (MERCADO COMUM DO SUL)
MERCOSUL (MERCADO COMUM DO SUL)MERCOSUL (MERCADO COMUM DO SUL)
MERCOSUL (MERCADO COMUM DO SUL)
 
Grandes blocos econômicos
Grandes blocos econômicosGrandes blocos econômicos
Grandes blocos econômicos
 
Blocos economicos
Blocos economicosBlocos economicos
Blocos economicos
 
Países integrantes do Mercosul: Membros efetivos, associados e a entrada de n...
Países integrantes do Mercosul: Membros efetivos, associados e a entrada de n...Países integrantes do Mercosul: Membros efetivos, associados e a entrada de n...
Países integrantes do Mercosul: Membros efetivos, associados e a entrada de n...
 
Formação dos blocos econômicos
Formação dos blocos econômicosFormação dos blocos econômicos
Formação dos blocos econômicos
 

Andere mochten auch (13)

MERCOSUL
MERCOSULMERCOSUL
MERCOSUL
 
Blocos Econômicos
Blocos EconômicosBlocos Econômicos
Blocos Econômicos
 
Blocos econômicos
Blocos econômicosBlocos econômicos
Blocos econômicos
 
Blocos econômicos
Blocos  econômicosBlocos  econômicos
Blocos econômicos
 
Nafta
NaftaNafta
Nafta
 
Nafta
NaftaNafta
Nafta
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Problemas e desafios a construção europeia
Problemas e desafios a construção europeiaProblemas e desafios a construção europeia
Problemas e desafios a construção europeia
 
Projeto Mercosul Digital 7°. CertForum
Projeto Mercosul Digital 7°. CertForumProjeto Mercosul Digital 7°. CertForum
Projeto Mercosul Digital 7°. CertForum
 
Nafta
NaftaNafta
Nafta
 
Blocos economicos
Blocos economicosBlocos economicos
Blocos economicos
 
Historia de mato grosso aula 07 guerra paraguai
Historia de mato grosso aula 07 guerra paraguaiHistoria de mato grosso aula 07 guerra paraguai
Historia de mato grosso aula 07 guerra paraguai
 

Ähnlich wie História e formação do Mercosul

3ª onda nova crise estrutural abre espaço para nova onda de integração
3ª onda   nova crise estrutural abre espaço para nova onda de integração3ª onda   nova crise estrutural abre espaço para nova onda de integração
3ª onda nova crise estrutural abre espaço para nova onda de integraçãomarly_ribeiro
 
Divisão do trabalho
Divisão do trabalhoDivisão do trabalho
Divisão do trabalhoGeorge Bruno
 
3º ano apresentação nafta,mercosul e apec (1)
3º ano  apresentação nafta,mercosul e apec (1)3º ano  apresentação nafta,mercosul e apec (1)
3º ano apresentação nafta,mercosul e apec (1)Laguat
 
Aula 3-de-geografia-blocos-economicos
Aula 3-de-geografia-blocos-economicosAula 3-de-geografia-blocos-economicos
Aula 3-de-geografia-blocos-economicosDiegoPozzolini
 
Curso Parlasul IDPC (Instituto de Estudos Deputado Paulo Carvalho)
Curso Parlasul IDPC (Instituto de Estudos Deputado Paulo Carvalho)Curso Parlasul IDPC (Instituto de Estudos Deputado Paulo Carvalho)
Curso Parlasul IDPC (Instituto de Estudos Deputado Paulo Carvalho)profvaldecicunha
 
83c -slides_-_blocos_econmicos_
83c  -slides_-_blocos_econmicos_83c  -slides_-_blocos_econmicos_
83c -slides_-_blocos_econmicos_Eudes Cunha
 
Brasil conflitos e cooperação na bacia platina
Brasil   conflitos e cooperação na bacia platinaBrasil   conflitos e cooperação na bacia platina
Brasil conflitos e cooperação na bacia platinaflaviocosac
 
Unidade 7 8º ano (Temas 1 e 2)
Unidade 7  8º ano (Temas 1 e 2)Unidade 7  8º ano (Temas 1 e 2)
Unidade 7 8º ano (Temas 1 e 2)Christie Freitas
 
O parlamento do MERCOSUL, formação, estrutura atual, competência e produção l...
O parlamento do MERCOSUL, formação, estrutura atual, competência e produção l...O parlamento do MERCOSUL, formação, estrutura atual, competência e produção l...
O parlamento do MERCOSUL, formação, estrutura atual, competência e produção l...Melissa Takenaka
 

Ähnlich wie História e formação do Mercosul (20)

3ª onda nova crise estrutural abre espaço para nova onda de integração
3ª onda   nova crise estrutural abre espaço para nova onda de integração3ª onda   nova crise estrutural abre espaço para nova onda de integração
3ª onda nova crise estrutural abre espaço para nova onda de integração
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Divisão do trabalho
Divisão do trabalhoDivisão do trabalho
Divisão do trabalho
 
Blocos econômicos
Blocos econômicosBlocos econômicos
Blocos econômicos
 
Blocos econômicos
Blocos econômicosBlocos econômicos
Blocos econômicos
 
3º ano apresentação nafta,mercosul e apec (1)
3º ano  apresentação nafta,mercosul e apec (1)3º ano  apresentação nafta,mercosul e apec (1)
3º ano apresentação nafta,mercosul e apec (1)
 
Blocos econ micos [modo de compatibilidade]
Blocos econ micos [modo de compatibilidade]Blocos econ micos [modo de compatibilidade]
Blocos econ micos [modo de compatibilidade]
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
mercosul
mercosulmercosul
mercosul
 
Trabalho Daanih
Trabalho DaanihTrabalho Daanih
Trabalho Daanih
 
Aula 3-de-geografia-blocos-economicos
Aula 3-de-geografia-blocos-economicosAula 3-de-geografia-blocos-economicos
Aula 3-de-geografia-blocos-economicos
 
Curso Parlasul IDPC (Instituto de Estudos Deputado Paulo Carvalho)
Curso Parlasul IDPC (Instituto de Estudos Deputado Paulo Carvalho)Curso Parlasul IDPC (Instituto de Estudos Deputado Paulo Carvalho)
Curso Parlasul IDPC (Instituto de Estudos Deputado Paulo Carvalho)
 
83c -slides_-_blocos_econmicos_
83c  -slides_-_blocos_econmicos_83c  -slides_-_blocos_econmicos_
83c -slides_-_blocos_econmicos_
 
Brasil conflitos e cooperação na bacia platina
Brasil   conflitos e cooperação na bacia platinaBrasil   conflitos e cooperação na bacia platina
Brasil conflitos e cooperação na bacia platina
 
Unidade 7 8º ano (Temas 1 e 2)
Unidade 7  8º ano (Temas 1 e 2)Unidade 7  8º ano (Temas 1 e 2)
Unidade 7 8º ano (Temas 1 e 2)
 
Globalização econômica
Globalização  econômicaGlobalização  econômica
Globalização econômica
 
O parlamento do MERCOSUL, formação, estrutura atual, competência e produção l...
O parlamento do MERCOSUL, formação, estrutura atual, competência e produção l...O parlamento do MERCOSUL, formação, estrutura atual, competência e produção l...
O parlamento do MERCOSUL, formação, estrutura atual, competência e produção l...
 
BLOCOS ECONÔMICOS
BLOCOS ECONÔMICOSBLOCOS ECONÔMICOS
BLOCOS ECONÔMICOS
 
BLOCOS ECONÔMICOS
BLOCOS ECONÔMICOSBLOCOS ECONÔMICOS
BLOCOS ECONÔMICOS
 

História e formação do Mercosul

  • 1.
  • 2. O Mercosul, é conhecido como o Mercado Comum do Sul é a união alfandegária (livre comércio intrazona e política comercial comum) de cinco países da América do Sul. Começarei por falar na sua criação, nas etapas e avanços, nos conflitos entre o Brasil e Argentina , aprofundando algumas das questões.
  • 3. A América do Sul foi, ao longo de cinco séculos, palco das mais violentas batalhas do continente americano. Desde a chegada dos espanhóis e portugueses ao continente, a Bacia do Prata foi cenário das disputas luso-espanholas por território (o território que hoje é o Uruguai já foi espanhol, português, novamente espanhol e brasileiro). Entretanto, ao mesmo tempo, nesta região situam-se capítulos fundamentais da emancipação política e económica dos futuros sócios do Mercosul . Durante os séculos XVI e XVII, a Espanha organizou o sistema comercial de suas colónias em torno do esquema de "frotas e galeões", autorizando somente a alguns portos o direito de enviar ou receber mercadorias originárias dessas colónias. Para cidades como Buenos Aires, fundada em 1580, esse sistema ameaçava o desenvolvimento económico da região. Para enfrentar esse confinamento económico, a população de Buenos Aires percebeu a única saída possível: o intercâmbio comercial (ainda que ilegalmente) com o Brasil. Esse foi o início de uma relação que estava destinada a crescer cada vez mais.
  • 4. No século XIX, o processo de emancipação política da América do Sul acentuou os contrastes existentes entre os países da região. Neste período, ocorreram importantes capítulos da história do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Basta citar a Guerra da Cisplatina, a independência da República Oriental do Uruguai, Guerra Grande uruguaia, a Revolução Farroupilha, a disputa entre unitários e federalistas na Argentina e a Guerra do Paraguai: alianças, intervenções e conflitos que forjaram o contexto histórico de formação dos estados nacionais platinos. Em 1941,em plena Segunda Guerra Mundial, pela primeira vez, Brasil e Argentina tentaram a criação de uma União Aduaneira entre as suas economias. Porém, isso não se concretizou devido às diferenças diplomáticas dos países em relação às políticas do Eixo, após o ataque a Pearl Harbor. Com o fim da guerra, a necessidade de interacção entre as nações se tornou iminente e, consecutivamente, a formação dos blocos económicos, entretanto na América Latina não houve uma união que tenha obtido resultados satisfatórios.
  • 5. A guerra da Cisplatina ou campanha da Cisplatina (espanhol: Guerra del Brasil) foi um conflito ocorrido entre o Império do Brasil e a Províncias Unidas do Rio da Prata, no período de 1825 a 1828, pela posse da Província Cisplatina, a região da actual República Oriental do Uruguai Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecida a revolução ou guerra regional, de carácter republicano, contra o governo imperial do Brasil, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e que resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense. Estendeu-se de 20 de Setembro de 1835 a 1° de Março de 1845. As Potências do Eixo foram um dos contendores da Segunda Guerra Mundial. Seus inimigos eram os Aliados. Encabeçado pela Alemanha de Adolfo Hitler, pela Itália de Benito Mussolini e pelo Japão de Tojo Hideki e do Imperador Hirohito, seus membros se referiam a ele como "Eixo Roma- Berlim -Tóquio". Além destas três nações principais, faziam parte outras menores.
  • 6. Em Dezembro de 1985, o presidente brasileiro José Sarney e o presidente argentino Raúl Alfonsín assinaram a Declaração de Iguaçu, que foi a base para a integração económica do chamado Cone sul. Ambos acabavam de sair de um período ditatorial e enfrentavam a necessidade de reorientar as suas economias para o mundo exterior e globalizado. Os dois países haviam contraído uma grande dívida externa no período dos governos militares e não gozavam de crédito no exterior. Havia uma grande necessidade de investimentos nos países, mas não havia verbas. Esta situação comum fez com que ambos percebessem a necessidade mútua. Logo após a assinatura da declaração de Iguaçu, em Fevereiro de 1986, a Argentina declara a intenção de uma "associação preferencial" com o Brasil. Em uma casa particular em Don Torcuato, houve uma reunião para discutir o assunto. A discussão dura dois dias e acontece em clima de troca de ideias e posições quanto ao estatuto da economia da zona.
  • 7. Depois de poucas semanas, é o Brasil que convida a Argentina para uma reunião semelhante, em Itaipava, também em uma residência particular. Esse foi o sinal de aceitação da iniciativa argentina e então começava a formação do acordo, com objectivo de promover o desenvolvimento económico de ambos os países e integrá-los ao mundo. Para muitos, a ideia de integração na América do Sul parecia mais uma abstracção, devido as várias experiências mal sucedidas no passado, entretanto essa foi diferente. Itaipava é um distrito (o terceiro distrito da cidade) e um bairro de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.
  • 8. Em 6 de Julho de 1990, o presidente do Brasil, Fernando Collor, e o da Argentina, Carlos Menem, assinaram a Ata de Buenos Aires de integração económica entre os dois países e, em complemento a este, em 1991, foi assinado o Tratado de Assunção, com a entrada do Uruguai e Paraguai, para a constituição do Mercosul. O Tratado de Assunção foi um tratado assinado em 26 de Março de 1991, entre a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o objectivo de estabelecer um mercado comum entre os países acordados, formando então o popularmente conhecido Mercosul, Mercado comum do sul. Mais tarde, em 1994, o Protocolo de Ouro Preto foi assinado como um complemento do Tratado, estabelecendo que o Tratado de Assunção fosse reconhecido jurídica e internacionalmente como uma organização. Actualmente, estes quatro países compõem o Mercosul como Estados-membros. Há ainda estados associados, que são cinco: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru. Há alguns anos, a Venezuela solicitou a entrada como membro pleno no Mercosul.
  • 9. O Mercosul tem como Estados Associados Bolívia (1996), Chile (1996), Peru (2003), Colômbia (2004) e Equador (2004). Bolívia, Equador, Colômbia e Peru integram a Comunidade Andina (CAN), bloco com que o Mercosul também firmará um acordo comercial. O status de Estado Associado é atribuído por Decisão do Conselho do Mercado Comum. Para aceder a esse status, a Decisão CMC N° 18/04, que dispõe sobre a admissão de novos Estados Associados no Mercosul, exige, no seu artigo 1°, a assinatura prévia de Acordos de Complementação Económica (ACEs), instrumentos bilaterais firmados entre o Mercosul e outros membros da ALADI. Nesses acordos se estabelece um cronograma para a criação de uma zona de livre comércio com os Estados Partes do Mercosul e uma gradual redução de tarifas entre o Mercosul e os Estados signatários. Além de poder participar na qualidade de convidado nas reuniões dos organismos do Mercosul, os Estados Associados também podem ser signatários de Acordos sobre matérias comuns.
  • 10. Venezuela Estados Argentina Paraguai Uruguai Brasil (1991) (em processo Partes (1991) (1991) (1991) de adesão) Estados Bolívia Colômbia Equador Chile (1996) Peru (2003) Associados (1996) (2004) (2004) Estado Observador México (status não- oficial) O Chile formaliza sua associação ao Mercosul em 25 de Junho de 1996, durante a X Reunião da Cúpula do Mercosul, em San Luis, Argentina, através da assinatura do Acordo de Complementação Económica Mercosul-Chile. A Bolívia formalizou sua associação na XI Reunião da Cúpula em Fortaleza (Brasil), em 17 de Dezembro de 1996, por meio da Decisão, a assinatura do Acordo de Complementação Económica Mercosul-Bolívia. O Peru formaliza sua associação ao Mercosul em 2003 pela assinatura do Acordo de Complementação Económica Mercosul-Peru. A Colômbia, Equador e Venezuela formalizam sua associação ao Mercosul em 2004 mediante a assinatura do Acordo de Complementação Económica Mercosul-Colômbia, Equador e Venezuela.
  • 11. A Venezuela confirmou o protocolo de entrada em 4 de Julho de 2006. Durante a XXIX Conferência do Mercosul em Montevideu no dia 9 de Dezembro de 2005, aprovou em status de Estado associado em processo de adesão, que na prática significa que tinha voz mas não voto. Uma vez que a Venezuela adoptou o marco legal, político e comercial do Mercosul na metade de 2006, firmou-se o protocolo para se converter em Estado associado. Estados do Mercosul ██ Estados-membros ██ Estados associados ██ Estados observadores
  • 12. O valor estimado do PIB dos países do Mercosul utilizando o critério de Igualdade do Poder de Compra (PPC). É utilizada como unidade monetária o dólar internacional. Dados do Banco Mundial sobre PIB e população. (PIB), O produto interno bruto representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer seja, países, estados, cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objectivo de mensurar a actividade económica de uma região.
  • 13. PIB (PPC) em PIB (PPC) per População País IDH milhões capita (2007) Brasil 2.013.893 11.037 189.011.861 0,813 Argentina 391.054 14.559 40.403.943 0,866 Venezuela 223.430 8.125 26.085.281 0,844 Uruguai 41.334 13.917 3.447.920 0,865 Paraguai 34.014 5.638 6.667.884 0,761 Total Mercosul1 3.003.725 10.975* 266.616.849 0,821* Colômbia 422.483 8.891 44.858.434 0,807 Chile 227.879 15.745 16.285.071 0,878 Peru 207.985 7.410 28.675.628 0,806 Equador 68.939 5.021 13.752.593 0,806 Bolívia 30.093 3.062 9.119.372 0,729 Total Mercosul2 3.961.104 9.300* 365.555.352 0,846* 1 Somente Estados Partes 2 Estados Partes e Associados * Nos cálculos de médias leva-se em conta o número de habitantes de cada país * IDH- Índice de desenvolvimento Humano
  • 14. PIB Área PIB Entidade População per capita Países partes km² milhões de US$ US$ Mercosul 10 (4 plenos e 1 em 17.320.270 365.555.352 3.994.104 12.300 (Ampliado) processo de adesão) NAFTA 21.588.638 430.495.039 12.889.900 29.942 3 União Europeia 3.977.487 456.285.839 11.064.752 24.249 27 ASEAN 4.400.000 553.900.000 2.172.000 4.044 10 Países grandes Divisões políticas Índia 3.287.590 1.065.070.607 3.033.000 2.900 34 República Popular 9.596.960 1.298.847.624 6.449.000 5.000 33 da China Estados Unidos¹ 9.631.418 293.027.571 10.990.000 37.800 50 Canadá¹ 9.984.670 32.507.874 958.700 29.800 13 Rússia 17.075.200 143.782.338 1.282.000 8.900 89 Brasil 8.514.876 189.987.291 2.013.893 11.037 27 •Mercosul, valores de acordo com o FMI •Azul para o maior valor, verde para o menor, entre os blocos comparados. •Fonte: CIA World Factbook 2004, IMF WEO Data base[ •¹ Membro da NAFTA
  • 15. O mecanismo de solução de controvérsias do Mercosul, passou por quatro fases distintas até chegar a configuração actual: a) O anexo III do Tratado de Assunção; b) O Protocolo de Brasília; c) O Protocolo de Ouro Preto; d) O Protocolo de Olivos. Protocolo de Ouro Preto O Protocolo de Ouro Preto, criou um procedimento geral para propor reclamações na Comissão de Comércio do Mercosul, naquelas matérias que forem de competência deste órgão. O Estado Parte poderá reclamar perante a presidência da Comissão e caso ela não adopte uma decisão na reunião, esta remeterá os antecedentes a um Comité Técnico. O Comité Técnico fará um parecer sobre a litigância e encaminhá-lo-á para a Comissão de Comércio, para que este decida a controvérsia. Se não for possível estabelecer uma solução a Comissão deve encaminhar as propostas, o parecer e as conclusões ao Grupo Mercado Comum. Se não houver consenso novamente com a decisão tomada, cabe às partes accionar o mecanismo arbitral previsto no Protocolo de Brasília.
  • 16. O Protocolo de Olivos faculta as partes escolher o foro que ocorrerá a solução de controvérsias até antes do início do procedimento, evitando decisões de outras organizações internacionais divergentes sobre o mesmo assunto. A última novidade que se aponta é que o Conselho do Mercado Comum passa a possuir a faculdade de criar mecanismos discricionários para solucionar disputas envolvendo aspectos técnicos regulados por instrumentos de políticas comerciais comuns. Por fim, pode-se resumir o funcionamento actual do órgão de solução de controvérsias do Mercosul: 1. Controvérsias entre Estados Partes: o Estado ou o particular pode apresentar a reclamação. Para isso, há duas possibilidades: a) A na controvérsia podem estabelecer o litígio junto ao TAHM, ou b) Por comum acordo, podem iniciar o procedimento directamente ao TPR. 2. Recurso de Revisão: na hipótese de iniciar o litígio no TAHM, pode ser recorrido pelas partes ao TPR. 3. Medidas Excepcionais e de Urgência: antes do início de uma controvérsia, pode se solicitar ao TPR que dite uma medida provisória, para evitar danos irreparáveis para uma das partes. 4. Opiniões Consultivas: podem ser solicitadas ao TPR, opiniões consultivas não são vinculantes: a) pelas partes de forma conjunta, ou pelos órgãos decisórios do Mercosul; b) pelos Tribunais Superiores de Justiça dos Estados Partes, quando se tratar sobre a interpretação do Direito do Mercosul. 5. Os parâmetros do TAHM, ou do TPR serão obrigatórios para os Estados Partes na controvérsia e quando ficarem firmes serão irreversíveis e formarão coisa julgada.
  • 17. Acordos de livre-comércio Existe um acordo com a Comunidade Andina, estabelecido no Acordo de Complementação Económica firmado entre a Comunidade Andina e o Mercosul. Além da cooperação económica também existe um diálogo político que abre possibilidades de negociação com todo os membros do bloco Andino. Em Novembro de 2005 o Congresso Colombiano ratificou um Tratado de Livre Comércio (TLC) com o Mercosul. O tratado é favorável a Colômbia, já que permite a este país implantar instrumentos de protecção a agricultura local. Além do acesso ao Mercosul para os produtos Colombianos, que aumenta o peso político da Colômbia nas negociações de livre comércio que estão sendo tratadas actualmente com os Estados Unidos. Em 30 de Dezembro de 2005, o presidente colombiano Álvaro Uribe firma a Lei 1.000, para a criação de uma zona de livre comércio entre a Comunidade Andina e o Mercosul. Com este novo acordo, os produtos colombianos conseguiram um acesso preferencial ao Mercosul, uma vez que a Colômbia obteve a oportunidade de importar matérias primas e bens de capital do Mercosul a custos mais baixos, segundo o custo estabelecido no Tratado de Livre Comércio.
  • 18. Tratado de livre comércio com Israel No dia 17 de Dezembro de 2007, durante a XXXIV reunião de cúpula do Mercado Comum do Sul e Estados associados realizada em Montevideu, os presidentes dos países partes do Mercosul assinaram um Tratado de Livre Comércio (TLC) com Israel. Este foi o primeiro TLC do Bloco com um país de fora da América do Sul desde sua fundação, e foi negociado durante dois anos. Até Janeiro de 2009 ainda se encontrava à espera de ratificação. O tratado cobre 90% do fluxo comercial, com um cronograma de quatro fases para remoção de restrições (imediata, 4, 8 e 10 anos). Prevê-se que o intercâmbio comercial entre o Mercosul e Israel fique em torno de 5 bilhões de dólares em 2017. Os principais produtos de exportação do Mercosul são commodities(significa mercadoria na linguagem corrente Inglesa), grãos, calçados, automóveis, maquinaria pesada e aviões, já Israel exporta software, agro químicos e produtos de alta tecnologia. Foi promulgado no dia 28 de Abril de 2010 pelo presidente Lula. O acordo não inclui a Venezuela, que se encontra em processo de conversão em associado pleno.
  • 19. Tratado de livre comércio com Egipto No dia 2 de Agosto de 2010, durante a reunião de cúpula do Mercado Comum do Sul e Estados associados realizada na cidade de São João (Argentina), os presidentes dos países do Mercosul assinaram um Tratado de Livre Comércio (TLC) com o Egipto. O acordo abrirá um mercado de 76 milhões de consumidores para produtos primários e industrializados do bloco sul-americano. A maior parte das exportações do bloco entrará no país árabe livre a Alíquota de exportação. O Egipto é um país estritamente importador e registou em 2008 um défice comercial de US$ 23,471 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério de Indústria da Argentina. *A Alíquota é o percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para o cálculo do valor de um tributo, é um dos elementos da matriz tributária de um tributo. Assim, há a exigência de que seu valor ou percentual seja estabelecido em lei.
  • 20. Os idiomas oficiais do Mercosul são o português, o castelhano e o guarani. A versão oficial dos documentos de trabalho tem a do idioma do país sede de cada reunião. Hoje o português é o idioma mais falado no Mercosul, entretanto o castelhano é falado em todos os estados do Mercosul, excepto o Brasil. Estados que Total de Percentual usam Idioma falantes de falantes como no Mercosul no Mercosul idioma oficial Português 189.981.861 71% 1 Castelhano 69.940.025 26% 4 Guarani 7.024.000 3% 1 * Azul para o maior valor, verde para o menor, entre os idiomas comparados.
  • 21. Actualmente está prevista não só a implantação de programas de trabalho para o fomento do ensino de espanhol e português como segunda língua, mas também a realização de um programa de ensino dos idiomas oficiais do Mercosul, incorporados às propostas educacionais dos países com o objectivo de inclusão nos currículos. O plano prevê, ainda, o funcionamento de planos e programas de formação de professores de espanhol e português em cada País membro. Os ministérios de Cultura do Mercosul aprovaram, a pedido do Paraguai, a inclusão do guarani como idioma oficial do bloco. A decisão foi um dos resultados da 23ª Reunião de Ministros do Mercosul Cultural, no Rio de Janeiro, sancionada na XXXII cúpula do Mercosul, e igualou o guarani em condições com o português e castelhano. Contudo o guarani, ainda que goze do status de língua oficial do bloco, carece de propagação no mesmo.
  • 22. A bandeira do Mercosul é formada pelo Cruzeiro do Sul e o horizonte do qual emerge. O Cruzeiro do Sul foi escolhido porque representa o principal elemento de orientação do Hemisfério Sul, e para o Mercosul simboliza o rumo optimista de integração regional que se pretende dar aos países partes. Bandeira em Português Bandeira em Espanhol
  • 23. O Sector Educacional do Mercosul (SEM) foi criado a partir da assinatura do protocolo de intenções por parte dos ministros da Educação. Desde sua criação reconheceu-se a importância da educação como estratégia para o desenvolvimento da integração económica e cultural do Mercosul e o peso da informação para se alcançarem esses objectivos, o que culminou com a criação do Comité Coordenador Técnico do Sistema de Informação e Comunicação. De acordo com o Plano Estratégico 2006-2010 do SEM as principais linhas de acção do SIC (Sociedade Independente de Comunicação) são: Criação e actualização dos espaços virtuais para publicar os materiais e produtos surgidos nos diferentes encontros e seminários; Elaboração de indicadores de Educação Tecnológica pertinentes e, incorporação à publicação do sistema de Indicadores do Mercosul Educacional; Publicação dos Indicadores de Educação Básica, Média e Educação Superior; Elaboração de um Glossário relativo à Educação Técnica e a Educação Tecnológica; Difusão dos programas de intercâmbio existentes e as equivalências e protocolos acordados; Difundir as acções do SEM nos sistemas educacionais nacionais, nas jurisdições responsáveis pela gestão escolar, nas comunidades educacionais e no conjunto da sociedade; Favorecer a circulação do conhecimento: manter actualizada a informação promovida pelo órgão e usar os espaços de comunicação e difusão para o sector educacional; Fortalecer os laços nacionais do SIC; Contar com políticas de informação, comunicação e gestão do conhecimento, no âmbito educacional regional.
  • 24. Espero que o Mercosul comece a funcionar plenamente e possibilite a entrada de novos parceiros da América do Sul. Esta integração económica, bem sucedida, aumentaria o desenvolvimento económico nos países membros, além de facilitar as relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos económicos, como o NAFTA e a União Europeia. Com a realização deste trabalho espero ter alcançado os objectivos sugeridos pela formadora, como também serviu para enriquecer a minha cultura geral. Acredito também que com este trabalho os meus colegas fiquem mais elucidados sobre o tema referido no trabalho, espero que gostem, obrigada.