1. Início Sair
Coordenadas cartesianas
Para localizar pontos em um plano, usamos o referencial cartesiano.
Indicamos um par ordenado de números reais a e b como:
(a, b)primeira coordenada
(abscissa)
segunda coordenada
(ordenada)
Sistema de eixos ortogonais
Um sistema de eixos ortogonais
é constituído por dois eixos
perpendiculares, Ox e Oy, que
têm a mesma origem O.
Um plano munido de um sistema
de eixos ortogonais é chamado
de plano cartesiano.
P(a, b)
y
x
(0, y)
1º quadrante2º quadrante
3º quadrante 4º quadrante
(x, 0)
b
a
2. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
x
1 2 3 4‒4 ‒3 ‒2 ‒1
4
3
2
1
‒1
‒2
‒3
0
B
Cada par ordenado de números reais corresponde a um ponto do plano
cartesiano e, reciprocamente, a cada ponto do plano corresponde um par
ordenado de números reais.
Vamos localizar no plano cartesiano abaixo os pontos:
A(4, 1)
B(1, 4)
C(‒2, ‒3)
D(2, ‒2)
E(‒1, 0)
F(0, 3)
O(0, 0)
y
OE
C
D
A
F
3. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Explorando intuitivamente a noção de função
A ideia de função está presente quando relacionamos duas
grandezas variáveis.
Exemplo
Número de litros Preço a pagar (R$)
1 2,90
2 5,80
3 8,70
4 11,60
40 116,00
x 2,90x
MM
O preço a pagar é dado
em função do número de
litros comprados, ou seja,
o preço a pagar depende
do número de litros
comprados.
O preço (p) a pagar é igual a 2,60 vezes o número de litros comprados.
p = 2,60x
Relação entre o número de litros
de gasolina e o preço a pagar
4. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Observe os conjuntos A e B. Devemos associar cada elemento de A
a seu triplo em B.
Todos os elementos de A têm
correspondentes em B.
Cada elemento de A corresponde
a um único elemento de B.
A noção de função por meio de conjuntos
‒2 •
‒1 •
0 •
1 •
2 •
• ‒8
• ‒6
• ‒4
• ‒3
• 0
• 3
• 6
• 7
A B
Temos uma função de A em B, expressa pela função y = 3x.
5. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Observe esses conjuntos.
Não é uma função de A em B,
pois ao elemento 0 de A
correspondem 3 elementos de B.
Não é uma função de A em B,
pois há elementos de A que não
têm correspondentes em B.
Cada elemento de A é menor do
que um elemento de B.
Cada elemento de A tem o mesmo
valor que um elemento de B.
0 •
4 •
• 2
• 3
• 5
A B
‒4 •
‒2 •
0 •
2 •
4 •
• 0
• 2
• 4
• 6
• 8
A B
6. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Todos os elementos de A têm
correspondente em B.
Cada elemento de A corresponde a
um único elemento de B.
A correspondência entre A e B é dada pela fórmula y = x4.
Portanto, essa correspondência é uma função de A em B.
‒2 •
‒1 •
0 •
1 •
2 •
• 0
• 1
• 4
• 8
• 16
A B
7. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Definição e notação
Usamos a seguinte notação:
Lê-se: f é uma função de A em B.
A função f transforma x de A em y de B.
y = f(x) Lê-se: y é igual a f de x.
x • • y
f
Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma função de A em B é uma regra
que indica como associar cada elemento x A a um único elemento y B.
f: A B ou A Bf
A B
8. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Domínio, contradomínio e conjunto imagem de uma função
Dada uma função f de A em B.
O conjunto A chama-se
domínio (D) da função.
O conjunto B chama-se
contradomínio (CD) da função.
Para cada x de A, o elemento y
de B chama-se imagem de x
pela função f.
O conjunto de todos os y é
chamado conjunto imagem da
função f e é indicado como Im(f).
x • • y
f
A B
9. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Gráficos de funções
O gráfico de uma função ajuda a analisar a variação de grandezas, uma
dependendo da outra.
Construção de gráficos de funções
Vamos construir o gráfico de uma função.
• Construir uma tabela com valores x escolhidos convenientemente e seus
respectivos correspondentes y.
• A cada par ordenado (x, y) da tabela, associar um ponto do plano
determinado pelos eixos x e y.
• Marcar um número suficiente de pontos até que seja possível esboçar o
gráfico da função.
10. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Exemplo
Função y = 2x + 1, com x real.
Como x varia no conjunto dos números
reais, escolhemos alguns valores
arbitrários para x e obtemos os valores
correspondentes para y.
Com os pares ordenados (x, y) obtidos,
podemos localizá-los no plano cartesiano.
x y = 2x + 1 (x, y)
‒2 ‒3 (‒2, ‒3)
‒1 ‒1 (‒1, ‒1)
0 1 (0, 1)
1 3 (1, 3)
2 5 (2, 5)
Unindo os pontos, obtemos a reta que
representa a função y = 2x + 1.
y
x
y = 2x +15
3
1
1 2
‒1
‒3
‒1‒2 0
‒2
11. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Reconhecendo se um gráfico é de uma função
Para uma função existir, é necessário que, para qualquer x de um conjunto de
valores, corresponda um único y, de outro ou do mesmo conjunto de valores.
Geometricamente, isso significa que, no gráfico de uma função, qualquer reta
perpendicular ao eixo x deve intersectar o gráfico sempre em um único ponto.
Exemplos
É uma função. Não é uma função.
É uma função somente
para 1 ≤ x ≤ 4.
12. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Função afim
Definição de função afim
Exemplos
y = ‒x + 6
y = 4x
a = ‒1 e b = 6
a = 4 e b = 0
y = 2x ‒ 7
a = 2 e b = ‒7
Função afim é toda função de em cuja lei de formação pode ser indicada
por y = ax + b, com a e b reais.
O gráfico de uma função afim
O gráfico de uma função afim é sempre uma reta não perpendicular ao eixo x.
Como dois pontos determinam uma reta, basta encontrar apenas dois de seus
pontos para traçá-la.
13. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Exemplo
x y = 5x ‒ 6
1 ‒1
2 4
O gráfico “corta” o eixo y no ponto (0, ‒6), pois para:
y
x
y = 5x ‒ 6
1
1
4
2
‒1
‒4
O gráfico (a reta) “corta” o eixo x no ponto ,
pois para:
y = 0 5x – 6 = 0 x =
x = 0 y = 5 . 0 ‒ 6 y = ‒ 6
14. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Ângulo de declividade da reta de uma função afim
O ângulo correspondente a um giro no sentido anti-horário, partindo do eixo x
até a reta que corresponde ao gráfico de uma função afim, é chamado de
ângulo de declividade da reta.
• Quando a é positivo em y = ax + b, é um ângulo agudo e a função afim é
crescente.
y
x
y
x
• Quando a é negativo, é um ângulo obtuso e a função afim é decrescente.
15. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Um caso particular de função afim: a função linear
y = 3x y = 2x + 5
É função afim que é função linear. É função afim mas não é função linear.
O gráfico de uma função linear também é uma
reta mas com uma característica própria: a reta
passa pela origem (0, 0).
Gráfico de uma função linear
Uma função, definida em e com valores em , com lei de formação do tipo
y = ax, com a real e a 0, é chamada de função linear.
A função linear é um caso particular da função afim, pois y = ax equivale a
y = ax + b, com a 0 e b = 0.
y = 2x
y
x
Exemplo
16. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Função identidade
A função linear que faz corresponder a cada x (real) um y tal que y = x
é chamada de função identidade.
Ou seja, cada número real corresponde a ele próprio.
Função linear e proporcionalidade
As funções do tipo y = ax, com a 0, x e y reais, apresentam proporcionalidade
direta entre os valores de x e y.
y
y = x
x
1º quadrante
2º quadrante
3º quadrante
4º quadrante
CASADETIPOS/ARQUIVODAEDITORA
17. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Estudo do sinal da função afim
Fazer um estudo sobre o sinal de uma função afim consiste em determinar os
valores de x do domínio para os quais f(x) = 0, f(x) > 0 e f(x) < 0.
Zero da função afim
Para determinar esse valor, basta resolver a equação ax + b = 0.
Geometricamente, o zero da função afim é a abscissa do ponto de intersecção
do gráfico da função com o eixo x.
O valor de x para o qual a função f(x) = ax + b, a 0, se anula, ou seja, para
o qual f(x) = 0, denomina-se zero da função afim.
f(x) = 0 ax + b = 0 ax = ‒b x = ‒
O coeficiente b em y = ax + b
Na função afim y = ax + b, para x = 0, temos que y = b, ou seja, b é o valor da
função quando x = 0.
O gráfico intersecta o eixo y no ponto de ordenada b.
18. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Estudo do sinal da função pela análise do gráfico
a < 0 (função crescente) a < 0 (função decrescente)
Dispositivo prático:
x
+
‒r
Dispositivo prático:
x
+
‒ r
y
x
(r, 0)
imagens
positivas
imagens
negativas
x
y
(r, 0)
imagens
positivas
imagens
negativas
x = r f(x) = 0
x > r f(x) > 0
x < r f(x) < 0
x = r f(x) = 0
x > r f(x) < 0
x < r f(x) > 0
19. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Resolução de inequações do 1o grau
Você já viu esse conteúdo. Vamos relembrar com um exemplo.
Podemos também resolver por meio do estudo do sinal da função afim:
S = x | x >
2x – 5 > 0, em
f(x)
x > f(x) > 0
S = x | x >
x+
‒
2x ‒ 5 > 0 em
2x > 5 x >
2x – 5 = 0 2x = 5 x = (zero)
20. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Função quadrática
Definição de função quadrática
Exemplos
y = 3x2 ‒ 2x + 5 y = ‒x2 + 5x + 6
a = 3, b = ‒2 e c = 5 a = ‒1, b = 5 e c = 6
y = ‒4x2 ‒ 3x
a = ‒4, b = ‒3 e c = 0
y = ‒6x2
a = ‒6, b = 0 e c = 0
Função quadrática é toda função de em cuja lei de formação pode
ser indicada por y = ax2 + bx + c, com a, b e c reais e a 0.
21. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Valor de uma função quadrática em um ponto
Dada uma função y = ax2 + bx + c, pode-se ter um valor de x e determinar
o valor de y ou ter um valor de y e determinar o valor de x.
Exemplo
Dado x = 2, vamos calcular o valor de y.
y = 22 – 5 . 2 + 6
y = 4 – 10 + 6
y = 0
Então, para x = 2, y = 0.
Considere a função y = x2 ‒ 5x + 6.
Dado y = 0, vamos calcular x.
0 = x2 – 5 . x + 6
x2 – 5x + 6 = 0
Resolvendo a equação do 2º grau,
temos que x′ = 3 e x″ = 2.
Então, para y = 0, x = 3 ou x = 2.
22. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Zeros de uma função quadrática
Exemplo
Considere a função y = x2 ‒ 9x + 20.
Fazemos y = 0 e determinamos os valores reais de x que satisfazem a
equação do 2º grau obtida.
x = = =
x′ = 5
x″ = 4
Damos o nome de zeros de uma função quadrática dada por y = ax2 + bx + c
(a 0), aos valores reais de x que anulam y, quando existirem.
= b2 ‒ 4ac = (‒9)2 ‒ 4 . 1 . 20 = 81 – 80 = 1
Os zeros da função quadrática y = x2 ‒ 9x + 20 são 5 e 4.
23. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Gráfico de uma função quadrática
x 4 3 2 1 0 ‒1 ‒2
y 5 0 ‒3 ‒4 ‒3 0 5
Exemplo
• A parábola apresenta simetria.
• O eixo de simetria da parábola é
sempre perpendicular ao eixo x.
• O encontro da parábola com o
seu eixo de simetria é o vértice
da parábola.
O gráfico de uma função quadrática, ou seja, com y igual a um polinômio
do 2º grau da forma ax2 + bx + c, com a 0, é sempre uma curva chamada
parábola.
eixo de simetria
x
y
0
V(1, ‒4) vértice da parábola
= = = 1
26. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Gráfico da função quadrática e os coeficientes a, b, c
Responsável pela concavidade e abertura da parábola.
• Se a > 0, a concavidade é para cima.
Coeficiente a
• Se a < 0, a concavidade é para baixo.
Quanto maior o valor absoluto de a, menor será a abertura da parábola,
independentemente da concavidade.
x
a > 0
y y = 5x2
y = 2x2
y = x2
0
y = x2
y = x2
a < 0
x
y = ‒5x2 y = ‒2x2
y = ‒x2
0
y
y = ‒ x2
y = ‒ x2
27. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Indica se a parábola cruza o eixo y no ramo crescente ou decrescente da
parábola, no sentido da esquerda para a direita.
• Se b > 0, a parábola cruza o
eixo y no ramo crescente.
Coeficiente b
• Se b < 0, a parábola cruza o
eixo y no ramo decrescente.
• Se b = 0, a parábola cruza o eixo y no vértice.
x
y
x
y
x
y
x
y
x
y
x
y
28. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Indica o ponto em que a parábola cruza o eixo y.
A parábola cruza o eixo y no ponto (0, c).
Coeficiente c
A parábola e suas intersecções com os eixos
Dada a equação y = x2 – 2x + 1, vejamos como calcular
algebricamente os pontos de intersecção com os eixos.
• Intersecção com eixo y:
A parábola intersecta o eixo y em (0,1).
• Intersecção com eixo x:
x
y
c
x
y
(1, 0)
(0, 1)
x = 0 y = 02 – 2 . 0 + 1 y = 1
y = 0 x2 – 2x + 1
x = = 1
= 4 – 4 = 0 = 0
29. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
V – , – = V(2, ‒8)
Vértice da parábola, valor máximo ou valor mínimo da função quadrática
Exemplo
Dada a equação y = 2x2 – 8x, vamos calcular o vértice da parábola.
A função quadrática y = 2x2 – 8x assume valor mínimo –8 quando x = 2.
Todos os valores da função
são maiores do que –8.
O vértice de uma parábola dada por y = ax2 + bx + c (a 0) é determinado por:
V – , –
= b2 – 4ac = (–8)2 – 4 . 2 . 0 = 64
30. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Estudo do sinal da função quadrática
Estudar o sinal da função quadrática significa determinar os valores reais de x
para os quais: f(x) = 0, f(x) > 0 e f(x) < 0.
• a função admite dois zeros reais diferentes, x′ e x″;
• a parábola que representa a função intersecta o eixo x em dois pontos.
a > 0 a < 0
f(x) = 0 para x = x″ ou x = x′
f(x) > 0 para x < x″ ou x > x′
f(x) < 0 para x″ < x < x′
f(x) = 0 para x = x″ ou x = x′
f(x) > 0 para x″ < x < x′
f(x) < 0 para x < x″ ou x > x′
1º caso: > 0
+
––
x’x”+ +
– x’x”
Assim, quando > 0, f(x) tem sinal oposto ao de a quando x está entre as raízes
da equação, e tem o sinal de a quando x está fora do intervalo das raízes.
31. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
• a função admite um zero real duplo x′ = x″;
• a parábola que representa a função tangencia o eixo x.
a > 0 a < 0
f(x) = 0 para x = x′ = x″ f(x) = 0 para x = x′ = x″
2º caso: = 0
f(x) > 0 para x x′ f(x) < 0 para x x′
+ +
x’ = x”
– –
x’ = x”
Assim, quando = 0, f(x) tem o sinal de a para x diferente da raiz da equação.
32. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
• a função não admite zeros reais;
• a parábola que representa a função não intersecta o eixo x.
f(x) > 0 para todo x real f(x) < 0 para todo x real
3º caso: < 0
Assim, quando < 0, f(x) tem o sinal de a para qualquer valor real de x.
a > 0
+ + + + + + + + +
a < 0
– – – – – – – – –
33. Início SairCapítulo 3 • Explorando a ideia de função
Desigualdades como:
x2 – 5x + 6 > 0 3x2 < 0 (x ‒ 3)(x + 3) < 0
são denominadas inequações do 2º grau.
Vamos resolver a inequação x2 – 3x + 2 < 0.
Isso significa determinar os
valores reais de x para os quais
a função f(x) = x2 – 3x + 2
assume valores negativos.a = 1 > 0; a > 0
As raízes da equação x2 – 3x + 2 são
x′ = 1 e x″ = 2.
–
++
1 2
x
Como queremos f(x) < 0 então
S = {x | 1 < x < 2}.
= (–3)² – 4 . 1 . 2 = 9 – 8 = 1 > 0 = 0
Inequações de 2o grau
Exemplo