A reforma do ensino médio brasileiro instituiu os "itinerários formativos" permitindo que os alunos escolham a ênfase de sua formação. No entanto, português e matemática permanecem obrigatórias com carga horária aumentada. Apesar da celeridade do processo, a comunidade científica acusa o governo de impor a reforma sem diálogo suficiente. Os professores de matemática precisam se unir para tornar a mudança positiva.
CLAUDIO BUFFARA - REFORMA DO ENSINO MÉDIO: ESTRATÉGIAS PARA AVANÇAR NA QUESTÃO
1. CLAUDIO BUFFARA - REFORMA DO ENSINO MÉDIO:
ESTRATÉGIAS PARA AVANÇAR NA QUESTÃO
Claudio Buffara – Rio de Janeiro
2. Há pouco mais de um ano, o presidente Michel Temer sancionou a reforma do
Ensino Médio. As alterações no segmento instituíram os "itinerários
formativos" - flexibilizando, assim, os conteúdos a serem estudados pelos
alunos. A partir de então, cada discente poderá escolher a ênfase de sua
formação dentre as ofertadas pelas escolas: em ciências, artes, humanidades,
etc.
3. Duas disciplinas, porém, mantém-se obrigatórias. Português e matemática
seguem universais, inclusive com carga horária majorada, o que certamente
mudará a organização interna dessas matérias.
Uma prova disso foi a recente divulgação da nova base nacional curricular.
Com a carga horária total do Ensino Médio ampliada, os conteúdos de
matemática mereceram maior detalhamento, sobretudo nos saberes que
envolvem diretamente cálculo.
4. A celeridade de todo processo, todavia, não o livrou de críticas. A comunidade
científica da área acusa o governo de pouco diálogo com a base, impondo de
cima para baixo uma reforma que ganha o estatuto de "outorgada". Por outro
lado, o ministério da educação insiste que amplo debate foi tocado para tecer
os principais pontos tanto da base quanto da reforma.
O que cremos é na necessidade de união dos professores, no nosso caso
especialmente os de matemática. É a articulação desses profissionais que
tornará positiva uma mudança que, embora há muito aguardada, não será
necessariamente para melhor.