Teorias Pedagógicas no contexto da Cibercultura - Corrente Racional-tecnológica
TEORIAS PEDAGÓGICAS NO
CONTEXTO DA CIBERCULTURA:
Corrente Racional-tecnológica
Trabalho apresentado à disciplina
Informática Educativa I
Angélica Rodrigues Ventura
NTEM 2017
Pós Graduação em Novas Tecnologias
no Ensino de matemática
Objetivo
O objetivo desse trabalho é destacar uma das teorias
pedagógicas citadas no texto “As teorias pedagógicas
modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo na
educação” de José Carlos Libâneo no contexto da
Cibercultura, ou seja, como essas tecnologias podem ser
utilizadas na educação segundo a teoria pedagógica
escolhida.
Fonte: Educação Pública RJ
Segundo Libâneo (2005, p.2)
“Nenhum investigador e nenhum educador prático poderá,
pois, evadir-se da pedagogia, pois o que fazemos quando
intentamos educar pessoas é efetivar práticas pedagógicas
que irão constituir sujeitos e identidades.
[...] A pedagogia quer compreender como fatores
socioculturais e institucionais atuam nos processos de
transformação dos sujeitos mas, também, em que condições
esses sujeitos aprendem melhor”.
José Carlos Libâneo
Um esboço das teorias e correntes pedagógicas
contemporâneas
Algumas dessas correntes são esforços teóricos de releitura das
teorias modernas, outras afiliam-se explicitamente ao pensamento
pós-moderno focadas na escola e no trabalho dos professores,
enquanto que outras utilizam-se do discurso pós-moderno sem
interesse nenhum em chegar a propostas concretas para a sala de
aula e para o trabalho de professor, ao contrário, propõem-se a
desmontar as propostas existentes.
Os formadores de professores, os pesquisadores, os estudiosos
das teorias educacionais e das metodologias de pesquisa, os
licenciandos das várias especialidades precisam conhecer as
teorias educacionais, as clássicas e as contemporâneas, para
poderem se situar teórica e praticamente enquanto sujeitos
envolvidos em marcos sociais, culturais, institucionais.
Segue ao lado um
esboço do quadro
geral das correntes
pedagógicas
contemporâneas
proposta por
Libâneo.
CORRENTES MODALIDADES
1 Racional-tecnológica
Ensino de excelência
Ensino Tecnológico
2 Neocognivistas
Construtivismo pós-
piagetiano
Ciências cognitivas
3 Sociocríticas
Sociologia crítica do currículo
Teoria histórico-cultural
Teoria sócio-cultural
Teoria sócio-cognitiva
Teoria da ação comunicativa
4 “Holísticas”
Holismo
Teoria da Complexidade
Ecopedagogia
Conhecimento em rede
5 “Pós-modernas”
Pós-estrutruralismo
Neo-pragmatismo
Corresponde à concepção que tem sido designada de
neotecnicismo e está associada a uma pedagogia a serviço da
formação para o sistema produtivo.
Pressupõe a formulação de objetivos e conteúdos, padrões de
desempenho, competências e habilidades com base em
critérios científicos e técnicos.
CORRENTE RACIONAL-TECNOLÓGICA
Fundamentação
Diferentemente do cunho acadêmico da pedagogia
tradicional, a corrente racional-tecnológica busca seu
fundamento na racionalidade técnica e instrumental,
visando a desenvolver habilidades e destrezas para formar
o técnico.
Metodologia
Metodologicamente, caracteriza-se pela introdução de
técnicas mais refinadas de transmissão de conhecimentos
incluindo os computadores, as mídias. Uma derivação dessa
concepção é o currículo por competências, na perspectiva
economicista, em que a organização curricular resulta de
objetivos assentados em habilidades e destrezas a serem
dominados pelos alunos no percurso de formação.
Apresenta-se sob duas modalidades:
ensino de excelência, para formar a elite intelectual e
técnica para o sistema produtivo;
ensino para formação de mão-de-obra intermediária,
centrada na educação utilitária e eficaz para o
mercado.
Centralidade no conhecimento em função da sociedade
tecnológica, transformação da educação em ciência
(racionalidade científica);
Produção do aluno como um ser tecnológico (versão
tecnicista do “aprender a aprender”);
Utilização mais intensiva dos meios de comunicação;
Informação e do aparato tecnológico.
Outros traços da corrente Racional-tecnológica
Fonte: Educação Pública RJ
Compreendemos tais esferas como espaçostempos
cotidianos de ensinoaprendizagem, que preferimos nomear
de redes educativas ou espaços multirreferenciais de
aprendizagem.
Cibercultura
Fonte: Sousa, 2013
Segundo Ednéa Santos a cibercultura é a
cultura contemporânea estruturada pelo
uso das tecnologias digitais em rede nas
esferas do ciberespaço e das cidades.
Segundo Santos (2010, p.83)
“Muito mais do que instrumentalizar práticas já experimentadas
pela humanidade, o digital introduz formas e conteúdos
completamente originais nos diversos processos de organização
das atividades humanas. “As novas tecnologias da informação
não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas
processos a serem desenvolvidos”(Castells, 1999, p. 51)”.
Fonte: Educação Pública RJ
Fonte: SEE Paraíba
Podemos dizer que a corrente racional-tecnológica está
entrelaçada ao uso da Cibercultura, pois, umas das
características desta corrente é justamente a introdução de
técnicas mais refinadas de transmissão de conhecimentos
incluindo os computadores e as mídias.
O objetivo é que os alunos sejam preparados com
conteúdos para fins técnicos, a intenção é que esses
sujeitos se tornem seres tecnológicos produtivos.
A Cibercultura e a
corrente Racional-tecnológica Fonte: Universia Brasil
Neste cenário, faz-se necessário que os professores tenham
acesso a uma formação continuada para que saibam trabalhar
com essas novas tecnológicas voltadas ao ensino.
É muito importante ressaltar que essas novas tecnologias não
substituem e sim complementam as aulas dadas pelo
professor. Seu uso é justificado para fixação de conteúdos,
comunicação, pesquisa extra classe e/ou em sala de aula de
modo que torne as aulas mais dinâmicas e a aprendizagem
mais significativa.
Considerações finais
“A inclusão meramente tecnológica não sustenta a
cibercidadania. É preciso garantir a inclusão do
sujeito como autor e coautor nos ambientes por onde
transita de conexão em conexão. É preciso formá-lo
para atuar na cibercidade ou nas redes sociais
reconfiguradas pelas tecnologias digitais e pela
internet (Silva, 2010b, p. 141)” (SANTOS, 2017, p.93).
Fonte: Educação Pública RJ
Educação Pública. Entre a sala de aula e a cibercultura: qual o lugar da EAD? Disponível em:
<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0410.html>. Acesso em 28 de jul de 2017.
Conexão Xalingo. Como vencer a resistência às novas tecnologias. Disponível em:
<http://xalingo.com.br/conexao/tag/uso-da-tecnologia-em-sala-de-aula/>. Acesso em 29 de jul de 2017.
LIBÂNEO, José Carlos. As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate
contemporâneo na educação. 2005.
SANTOS, Edméa. A cibercultura e a educação em tempos de mobilidade e redes sociais:
conversando com os cotidianos. PROPED – UERJ. 2010.
Secretaria de Estado da Educação. Paraíba. Disponível em: <http://paraiba.pb.gov.br
/sites/nead/noticias/ferramentas-gratuitas-que-todo-professor-deveria-conhecer>. Acesso em 29 de jul
de 2017.
SOUSA, Carlota. Cibercultura. 2013. Disponível em: <http://ciberculturacarlotasousa.
blogspot.com.br/2013/05/0-0-1-72-413-universidade-lusofona-3-1.html>. Acesso em 29 de jul de 2017.
Universia Brasil. 2013. Disponível em: <http://noticias.universia.com.br/vida-
universitaria/noticia/2013/10/10/1055456/7-vantagens-utilizar-recursos-digitais-na-sala-aula.html>.
Acesso em 29 de jul de 2017.
Referência