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DOS MEIOS ÀS MEDIAÇÕES Comunicação, cultura e hegemonia Jesus Martín-Barbero
Jesus Martín-Barbero Nasceu em 1937 em Ávila, na Espanha Vive na Colômbia desde 1963, Prof. Do Departamento de Estudos Socioculturais em Guadalajara, México. Contrário à corrente funcionalista Influenciado pelos Frankfurtianos Estudos de comunicação ligados à cultura e tidos como processo, não podem ser fragmentados Estuda junto: emissor, mensagem, canal, receptor Problemática da comunicação na reflexão
Povo e Massa na Cultura: Os Marcos do debate Afirmação e Negação do Povo como Sujeito   Nem Povo Nem Classes: a Sociedade de Massa   Indústria Cultural: Capitalismo e Legitimação   Redescobrindo o Povo: a Cultura como Espaço de Hegemonia
Afirmação e Negação do Povo como Sujeito Românticos x Ilustrados Românticos: Alteração da noção de cultura; superação da idéia hegemônica do conceito; sociedade como sujeito e valorização dos elementos simbólicos. Cultura e Povo. Ilustrados: Definição do povo por exclusão; Surge o conceito de povo inculto que se constitui pelo que lhe falta (educação, política e riqueza)
Novas concepções de cultura:  Separada da idéia de civilização, como "sistema de vida", "realidade específica“ Método comparativo a partir da idéia de pluralidade – Antropologia Cultural Folk, Volk e Povo: cronológico, geológico e sociopolítico
Anarquistas x Marxistas Anarquistas:o povo se define pelo enfrentamento estrutural e luta contra a burguesia, não se restringe ao conceito de proletariado marxista, mas como uma "massa de deserdados“; Cultura percebida como espaço de manipulação e de conflito; o que permitiria a transformação destas práticas e expressões em meios de libertação Marxistas: idéia de povo é dada como superada; Popular não-representado - espaços, atores e conflitos socialmente aceitos e não interpelados pela esquerda  Popular reprimido - espaços, atores e conflitos condenados á sujeição ética e política (drogados, alcoólatras, prostitutas, etc)
 Nem Povo Nem Classes: a Sociedade de Massas A Descoberta Política da Multidão Democracia de massa: poder legitimado e imposto pela quantidade de pessoas, não pela razão ou virtude, desemboca numa tirania democrática - poder opressivo da maioria; massa ignorante que sacrifica a liberdade e subordina o bem-estar. Tocqueville, Engels e Stuart Mill MASSA:movimento que afeta a estrutura profunda da sociedade; mistificação da existência conflitiva com a burguesia e sua ordem;  "mediocridade coletiva" que domina cultural e politicamente - governos se convertem  em órgãos das tendências e instintos das massas
A Psicologia das Multidões Com a "confusão" das massas com o proletariado e como risco à burguesia no final do século XIX, após a Comuna de Paris o pensamento conservador e preocupará em controlá-la. Gustave Le Bon, Sigmund Freud, Wilhelm Reich e Ferdinand Tönnies MASSAS: retorno às superstições, retrocesso político; instintos e produção; massa convertida em público e crenças em opinião
Metafísica do Homem-Massa Século XX José Ortega y Gasset e Oswald Spengler Homem-Massa: sem classe específica, presente em todas Massa e cultura: desumanização da arte/ cultura é norma e cultura integral
  "não só a massa é incapaz de cultura - isso vem sendo dito do povo à séculos - como o que salva a arte moderna, a monstruosa arte que fazem Debussy, Cézanne ou Mallarmé, é que ela serve para por a descoberto essa incapacidade radical das massas agora, quando elas pretendem e se crêem capazes de tudo, até da cultura" - pág.66
Indústria Cultural: capitalismo e legitimação Adorno, Horkheimer e Benjamin:  procedimentos de massificação pensados como constitutivos da conflitividade estrutural do social, e não substitutivos Adorno e Horkheimer: cultura como unidade, sistema; Materialização da unidade no esquematismo e na atrofiação da atividade do espectador - racionalidade técnica;  Degradação da cultura em indústria de diversão; Dessublimação da arte - a arte obtém sua autonomia num movimento que a separa da ritualização, a torna mercadoria e a distancia da vida; Arte na indústria cultural: Estilo, coerência estética que se esgota na imitação; reduzida a cultura, se fará acessível ao povo;
Benjamin:popular na cultura como experiência e produção, não negação; toma a realidade como algo descontínuo, primeiro a pensar a mediação fundamental que permite considerar historicamente a relação da transformação nas condições de produção com as mudanças no espaço da cultura - transformações nos modos de percepção. Na cultura de massa a chave está na percepção e no uso, não na obra. "Agora, as massas sentem próximas, com a ajuda das técnicas, até as coisas mais longínquas e mais sagradas. E esse 'sentir', essa experiência, tem um conteúdo de exigências igualitárias que são a energia presente na massa" - pág.86 A nova forma de recepção é coletiva.  Mas para Benjamin o sentido não é negado e absorvido pelo valor, e sim transformado, por depender de um processo de produção.
Enculturação do mundo popular 1500-1650 Clero é agente: acionada pelo surgimento da Reforma Protestante e da Contra-Reforma católica Protestantes: abolição das tradições e da moral popular; promove novas virtudes pela produtividade Católicos: modificação dos costumes 1650-1800 Agente laico: desencantamento do mundo Classe, Povo e Cultura: classe como “entidade” – Thompson – reestabelecimento das relações povo/classe Avanço na idéia de popular: tematização do gosto, da sensibilidade e estética populares – aproximação com a cultura.
Cultura, Hegemonia e Cotidianidade Gramsci: conceito de hegemonia como um processo no qual uma classe hegemoniza, na medida em que representa interesses que também reconhece de alguma maneira Hegemonia como processo vivido que se faz e desfaz Desfuncionalização da ideologia e reavaliação da espessura do cultural O valor do popular não reside na autenticidade ou beleza, mas na sua REPRESENTATIVIDADE SOCIOCULTURAL  - pág. 117
“Assim, para estudar a imprensa popular, investiga (Williams) as mediações políticas – formas de agrupamento e expressão do protesto -, a relação entre a forma de leitura popular e a organização social da temporalidade, o lugar de onde vêm os modos de narrar assimilados por essa imprensa – oratória radical, melodrama, sermões religiosos – e as formas de sobrevivência e comercialização da cultural oral” – pág.122
“Pensar a reprodução é para Bourdieu a forma de tornar compatível no marxismo uma análise da cultura que ultrapasse sua sujeição à superestrutura mas que o tempo todo desvele seu caráter de classe” – pág.123
Matrizes Históricas da Mediação de Massa “Pensar a indústria cultural, a cultura de massa, a partir da hegemonia, implica uma dupla ruptura: com o positivismo tecnologicista, que reduz a comunicação a um problema de meios, e com o etnocentrismo culturalista, que assimila a cultura de massa ao problema da degradação da cultura” – pág. 137
Enculturação Estados-Nação e dispositivos de Hegemonia Centralização Política e Unificação Cultural Rupturas no sentido de tempo: deformação da transformação de festa em espetáculo; “sociedade do espetáculo” e unificação do tempo com o valor, produção, circulação Transformação dos modos de saber e da sua transmissão
Do Folclore ao Popular “Vamos examinar uma produção cultural que sendo destinada ao vulgo, ao povo, não é contudo pura ideologia, já que não só abre às classes populares acesso à cultura hegemônica, mas confere a essas classes a possibilidade de fazer comunicável sua memória e sua experiência” – pág.154
Pliego e Cordel: meio semelhante ao periódico – vai buscar seus leitores na rua; mercado que funciona com o jogo da oferta e da demanda A literatura de cordel é uma mediação pela linguagem e religiosidades misturadas – outra literatura “O ‘outro lado’ da indústria de narrativas é o que nos dá acesso ao processo de circulação cultural materializado na literatura que estamos estudando: um novo modo de existência cultural do popular. Nas literaturas de cordel e colportage estão as chaves para traçar o caminho que leva do folclórico ao vulgar e daí ao popular.” – pág. 161
Iconografia Melodrama: “Antes de ser um meio de propaganda, o melodrama será o espelho de uma consciência coletiva” – pág.170 Proibição dos diálogos – teatro é arte da alta cultura – leva à mímica, circos e estratagemas cênicas  ESPETÁCULO TOTAL: encenação e estrutura dramática – medo, entusiasmo, dor e riso- estrutura dinâmica e ideologia reacionária A trama consiste no movimento que vai do desconhecimento ao reconhecimento da identidade
Das massas à massa Massa: movimento da mudança e modo como as classes populares vivem as novas condições de existência. A cultura popular é de massa Folhetim surge como meio de comunicação dirigido às massas e como novo modo de comunicação entre classes; fala da experiência cultural que inicia o caminho de seu reconhecimento.
“O estatuto da comunicação literária sofre com o folhetim um duplo deslocamento: do âmbito do livro para o da imprensa – o que implica a mediação das técnicas da escritura jornalística e da técnica do aparato tecnológico na composição e na diagramação de um formato específico – e do âmbito do escritor-autor, que agora só entra com a ‘matéria-prima’ e que por vezes, mais do que escrever, reescreve, para o do editor-produtor que é quem muitas vezes ‘tem o projeto’ e dirige sua realização” – pág.185
Dialética escritura/leitura Dispositivos de composição tipográfica Dispositivos de fragmentação da leitura Dispositivos de sedução
“A perspectiva histórica que estamos esboçando aqui rompe com essa concepção (cultura de massa como conjunto de meios massivos de comunicação) e mostra que o que se passa na cultura quando as massas emergem não é pensável a não ser em sua articulação com as readaptações da hegemonia, que, desde o século XIX, fazem da cultura um espaço estratégico para a reconciliação das classes e a reabsorção das diferenças sociais” – pág. 203 Folhetim > cinema < melodrama Reinvenção do espetáculo popular, mobilização das massa e estimulação da participação do espectador
Modernidade e Mediação de massa na América Latina América Latina como espaço de debate e combate “Na América Latina em geral, a idéia de modernização que orientou as mudanças foi mais um movimento de adaptação, econômica e cultural, do que de aprofundamento da independência” – pág. 230 Hibridização de classes populares, massas urbanas e o surgimento de um novo modo de existência do popular. “As classes altas aprenderam muito cedo a separar a demanda das massas – com sua carga de periculosidade política e também seu potencial de estimulação econômica – da oferta massiva de bens materiais e culturais ‘sem estilo’, pelos quais não podia sentir senão desprezo” – pág. 235
“Se através do nacional-popular se fizeram ouvir no conjunto nacional reivindicações sociais e políticas das classes subalternas, foi num discurso de massa que o nacional-popular se fez reconhecível pelas maiorias” – pág.240 Mediações e movimentos sociais: 1930-1950 – eficácia e sentido social dos meios lidos como porta-vozes da interpelação que converte as massas em povo e o povo em Nação 1960 – desvio dos meios de sua função política e apoderados pelos dispositivos econômicos
Cinema Liga-se à fome das massas por se fazerem visíveis socialmente Re-sentimento nacionalista que procura o cinema: Teatralização, degradação e modernização
Imprensa Rompimento da seriedade ,[object Object]
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“O surgimento de tais tecnologias na América Latina se inscreve, em todo caso, num velho processo de esquizofrenia entre modernização e possibilidades reais de apropriação social e cultural daquilo que nos moderniza” pág.265
Mediações: campo constituído pelos dispositivos através dos quais a hegemonia transforma o sentido do trabalho e da vida em comunidade Pensa comunicação a partir das culturas Cultura e Política como mediações constitutivas “É preciso abandonar o mediacentrismo, uma vez que o sistema da mídia está perdendo parte de sua especificidade para converter-se em elemento integrante de outros sistemas de maior envergadura, como o econômico, cultural e político” – pág. 304

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Dos meios às mediações - Jesús Martin-Barbeiro

  • 1. DOS MEIOS ÀS MEDIAÇÕES Comunicação, cultura e hegemonia Jesus Martín-Barbero
  • 2.
  • 3. Jesus Martín-Barbero Nasceu em 1937 em Ávila, na Espanha Vive na Colômbia desde 1963, Prof. Do Departamento de Estudos Socioculturais em Guadalajara, México. Contrário à corrente funcionalista Influenciado pelos Frankfurtianos Estudos de comunicação ligados à cultura e tidos como processo, não podem ser fragmentados Estuda junto: emissor, mensagem, canal, receptor Problemática da comunicação na reflexão
  • 4.
  • 5. Povo e Massa na Cultura: Os Marcos do debate Afirmação e Negação do Povo como Sujeito   Nem Povo Nem Classes: a Sociedade de Massa   Indústria Cultural: Capitalismo e Legitimação   Redescobrindo o Povo: a Cultura como Espaço de Hegemonia
  • 6. Afirmação e Negação do Povo como Sujeito Românticos x Ilustrados Românticos: Alteração da noção de cultura; superação da idéia hegemônica do conceito; sociedade como sujeito e valorização dos elementos simbólicos. Cultura e Povo. Ilustrados: Definição do povo por exclusão; Surge o conceito de povo inculto que se constitui pelo que lhe falta (educação, política e riqueza)
  • 7. Novas concepções de cultura: Separada da idéia de civilização, como "sistema de vida", "realidade específica“ Método comparativo a partir da idéia de pluralidade – Antropologia Cultural Folk, Volk e Povo: cronológico, geológico e sociopolítico
  • 8. Anarquistas x Marxistas Anarquistas:o povo se define pelo enfrentamento estrutural e luta contra a burguesia, não se restringe ao conceito de proletariado marxista, mas como uma "massa de deserdados“; Cultura percebida como espaço de manipulação e de conflito; o que permitiria a transformação destas práticas e expressões em meios de libertação Marxistas: idéia de povo é dada como superada; Popular não-representado - espaços, atores e conflitos socialmente aceitos e não interpelados pela esquerda Popular reprimido - espaços, atores e conflitos condenados á sujeição ética e política (drogados, alcoólatras, prostitutas, etc)
  • 9. Nem Povo Nem Classes: a Sociedade de Massas A Descoberta Política da Multidão Democracia de massa: poder legitimado e imposto pela quantidade de pessoas, não pela razão ou virtude, desemboca numa tirania democrática - poder opressivo da maioria; massa ignorante que sacrifica a liberdade e subordina o bem-estar. Tocqueville, Engels e Stuart Mill MASSA:movimento que afeta a estrutura profunda da sociedade; mistificação da existência conflitiva com a burguesia e sua ordem; "mediocridade coletiva" que domina cultural e politicamente - governos se convertem em órgãos das tendências e instintos das massas
  • 10. A Psicologia das Multidões Com a "confusão" das massas com o proletariado e como risco à burguesia no final do século XIX, após a Comuna de Paris o pensamento conservador e preocupará em controlá-la. Gustave Le Bon, Sigmund Freud, Wilhelm Reich e Ferdinand Tönnies MASSAS: retorno às superstições, retrocesso político; instintos e produção; massa convertida em público e crenças em opinião
  • 11. Metafísica do Homem-Massa Século XX José Ortega y Gasset e Oswald Spengler Homem-Massa: sem classe específica, presente em todas Massa e cultura: desumanização da arte/ cultura é norma e cultura integral
  • 12. "não só a massa é incapaz de cultura - isso vem sendo dito do povo à séculos - como o que salva a arte moderna, a monstruosa arte que fazem Debussy, Cézanne ou Mallarmé, é que ela serve para por a descoberto essa incapacidade radical das massas agora, quando elas pretendem e se crêem capazes de tudo, até da cultura" - pág.66
  • 13. Indústria Cultural: capitalismo e legitimação Adorno, Horkheimer e Benjamin: procedimentos de massificação pensados como constitutivos da conflitividade estrutural do social, e não substitutivos Adorno e Horkheimer: cultura como unidade, sistema; Materialização da unidade no esquematismo e na atrofiação da atividade do espectador - racionalidade técnica; Degradação da cultura em indústria de diversão; Dessublimação da arte - a arte obtém sua autonomia num movimento que a separa da ritualização, a torna mercadoria e a distancia da vida; Arte na indústria cultural: Estilo, coerência estética que se esgota na imitação; reduzida a cultura, se fará acessível ao povo;
  • 14. Benjamin:popular na cultura como experiência e produção, não negação; toma a realidade como algo descontínuo, primeiro a pensar a mediação fundamental que permite considerar historicamente a relação da transformação nas condições de produção com as mudanças no espaço da cultura - transformações nos modos de percepção. Na cultura de massa a chave está na percepção e no uso, não na obra. "Agora, as massas sentem próximas, com a ajuda das técnicas, até as coisas mais longínquas e mais sagradas. E esse 'sentir', essa experiência, tem um conteúdo de exigências igualitárias que são a energia presente na massa" - pág.86 A nova forma de recepção é coletiva. Mas para Benjamin o sentido não é negado e absorvido pelo valor, e sim transformado, por depender de um processo de produção.
  • 15. Enculturação do mundo popular 1500-1650 Clero é agente: acionada pelo surgimento da Reforma Protestante e da Contra-Reforma católica Protestantes: abolição das tradições e da moral popular; promove novas virtudes pela produtividade Católicos: modificação dos costumes 1650-1800 Agente laico: desencantamento do mundo Classe, Povo e Cultura: classe como “entidade” – Thompson – reestabelecimento das relações povo/classe Avanço na idéia de popular: tematização do gosto, da sensibilidade e estética populares – aproximação com a cultura.
  • 16. Cultura, Hegemonia e Cotidianidade Gramsci: conceito de hegemonia como um processo no qual uma classe hegemoniza, na medida em que representa interesses que também reconhece de alguma maneira Hegemonia como processo vivido que se faz e desfaz Desfuncionalização da ideologia e reavaliação da espessura do cultural O valor do popular não reside na autenticidade ou beleza, mas na sua REPRESENTATIVIDADE SOCIOCULTURAL - pág. 117
  • 17. “Assim, para estudar a imprensa popular, investiga (Williams) as mediações políticas – formas de agrupamento e expressão do protesto -, a relação entre a forma de leitura popular e a organização social da temporalidade, o lugar de onde vêm os modos de narrar assimilados por essa imprensa – oratória radical, melodrama, sermões religiosos – e as formas de sobrevivência e comercialização da cultural oral” – pág.122
  • 18. “Pensar a reprodução é para Bourdieu a forma de tornar compatível no marxismo uma análise da cultura que ultrapasse sua sujeição à superestrutura mas que o tempo todo desvele seu caráter de classe” – pág.123
  • 19. Matrizes Históricas da Mediação de Massa “Pensar a indústria cultural, a cultura de massa, a partir da hegemonia, implica uma dupla ruptura: com o positivismo tecnologicista, que reduz a comunicação a um problema de meios, e com o etnocentrismo culturalista, que assimila a cultura de massa ao problema da degradação da cultura” – pág. 137
  • 20. Enculturação Estados-Nação e dispositivos de Hegemonia Centralização Política e Unificação Cultural Rupturas no sentido de tempo: deformação da transformação de festa em espetáculo; “sociedade do espetáculo” e unificação do tempo com o valor, produção, circulação Transformação dos modos de saber e da sua transmissão
  • 21. Do Folclore ao Popular “Vamos examinar uma produção cultural que sendo destinada ao vulgo, ao povo, não é contudo pura ideologia, já que não só abre às classes populares acesso à cultura hegemônica, mas confere a essas classes a possibilidade de fazer comunicável sua memória e sua experiência” – pág.154
  • 22. Pliego e Cordel: meio semelhante ao periódico – vai buscar seus leitores na rua; mercado que funciona com o jogo da oferta e da demanda A literatura de cordel é uma mediação pela linguagem e religiosidades misturadas – outra literatura “O ‘outro lado’ da indústria de narrativas é o que nos dá acesso ao processo de circulação cultural materializado na literatura que estamos estudando: um novo modo de existência cultural do popular. Nas literaturas de cordel e colportage estão as chaves para traçar o caminho que leva do folclórico ao vulgar e daí ao popular.” – pág. 161
  • 23. Iconografia Melodrama: “Antes de ser um meio de propaganda, o melodrama será o espelho de uma consciência coletiva” – pág.170 Proibição dos diálogos – teatro é arte da alta cultura – leva à mímica, circos e estratagemas cênicas ESPETÁCULO TOTAL: encenação e estrutura dramática – medo, entusiasmo, dor e riso- estrutura dinâmica e ideologia reacionária A trama consiste no movimento que vai do desconhecimento ao reconhecimento da identidade
  • 24. Das massas à massa Massa: movimento da mudança e modo como as classes populares vivem as novas condições de existência. A cultura popular é de massa Folhetim surge como meio de comunicação dirigido às massas e como novo modo de comunicação entre classes; fala da experiência cultural que inicia o caminho de seu reconhecimento.
  • 25. “O estatuto da comunicação literária sofre com o folhetim um duplo deslocamento: do âmbito do livro para o da imprensa – o que implica a mediação das técnicas da escritura jornalística e da técnica do aparato tecnológico na composição e na diagramação de um formato específico – e do âmbito do escritor-autor, que agora só entra com a ‘matéria-prima’ e que por vezes, mais do que escrever, reescreve, para o do editor-produtor que é quem muitas vezes ‘tem o projeto’ e dirige sua realização” – pág.185
  • 26. Dialética escritura/leitura Dispositivos de composição tipográfica Dispositivos de fragmentação da leitura Dispositivos de sedução
  • 27. “A perspectiva histórica que estamos esboçando aqui rompe com essa concepção (cultura de massa como conjunto de meios massivos de comunicação) e mostra que o que se passa na cultura quando as massas emergem não é pensável a não ser em sua articulação com as readaptações da hegemonia, que, desde o século XIX, fazem da cultura um espaço estratégico para a reconciliação das classes e a reabsorção das diferenças sociais” – pág. 203 Folhetim > cinema < melodrama Reinvenção do espetáculo popular, mobilização das massa e estimulação da participação do espectador
  • 28. Modernidade e Mediação de massa na América Latina América Latina como espaço de debate e combate “Na América Latina em geral, a idéia de modernização que orientou as mudanças foi mais um movimento de adaptação, econômica e cultural, do que de aprofundamento da independência” – pág. 230 Hibridização de classes populares, massas urbanas e o surgimento de um novo modo de existência do popular. “As classes altas aprenderam muito cedo a separar a demanda das massas – com sua carga de periculosidade política e também seu potencial de estimulação econômica – da oferta massiva de bens materiais e culturais ‘sem estilo’, pelos quais não podia sentir senão desprezo” – pág. 235
  • 29. “Se através do nacional-popular se fizeram ouvir no conjunto nacional reivindicações sociais e políticas das classes subalternas, foi num discurso de massa que o nacional-popular se fez reconhecível pelas maiorias” – pág.240 Mediações e movimentos sociais: 1930-1950 – eficácia e sentido social dos meios lidos como porta-vozes da interpelação que converte as massas em povo e o povo em Nação 1960 – desvio dos meios de sua função política e apoderados pelos dispositivos econômicos
  • 30. Cinema Liga-se à fome das massas por se fazerem visíveis socialmente Re-sentimento nacionalista que procura o cinema: Teatralização, degradação e modernização
  • 31.
  • 33. Las Notícias Gráficas, 1944 :assume reivindicãções de atores populares excluídos do discurso político tradicional
  • 34.
  • 35. “O surgimento de tais tecnologias na América Latina se inscreve, em todo caso, num velho processo de esquizofrenia entre modernização e possibilidades reais de apropriação social e cultural daquilo que nos moderniza” pág.265
  • 36. Mediações: campo constituído pelos dispositivos através dos quais a hegemonia transforma o sentido do trabalho e da vida em comunidade Pensa comunicação a partir das culturas Cultura e Política como mediações constitutivas “É preciso abandonar o mediacentrismo, uma vez que o sistema da mídia está perdendo parte de sua especificidade para converter-se em elemento integrante de outros sistemas de maior envergadura, como o econômico, cultural e político” – pág. 304
  • 37. “Por isso, em vez de fazer a pesquisa partir da análise das lógicas de produção e recepção, para depois procurar suas relações de imbricação ou enfrentamento, propomos partir das mediações, isto é, dos lugares dos quais provêm as construções que delimitam e configuram a materialidade social e a expressividade cultural da televisão” – pág.304
  • 38. Andréia Pisco Daniela Casale Pires Norton Emerson Teoria da Comunicação Prof. Roberto Reis 5º Termo do curso de Jornalismo