O documento descreve a Terapia Neuroevolutiva de Bobath, incluindo seu histórico e conceitos-chave. A abordagem usa técnicas manuais focadas em Pontos Chaves do corpo para facilitar padrões normais de movimento e inibir reflexos anormais, melhorando a qualidade de vida de pessoas com disfunções neurológicas.
3. Abordagem terapêutica baseada no modelo de
hierarquia do controle motor e nos resultados clínicos
do tratamento especializado da Sr. Bobath em crianças
e adultos com disfunções neurológicas.
Fundamentação científica vem sendo pesquisada – Bly
(1991), Whiteside (1997), Howle (2002) e outros.
4. Neuroevolução
“O desenvolvimento da criança normal é
caracterizado pela crescente inibição do cérebro em
maturação levando uma quebra gradual e a
reconstrução de todas as sinergias iniciais de
coordenação motora”
(Bobath & Bobath, 1972)
5.
6.
7. LEMBRANDO:
Os marcos motores é basicamente estatístico, com
grande variação em conseqüência da cultura, nutrição
e outros fatores.
8. CONCEITO DO BOBATH
Técnica de reabilitação neuromuscular, no qual o
fisioterapeuta “utiliza as mãos” para facilitar padrões
normais de movimento e inibir mecanismos reflexos
anormais, utilizando-se de PONTOS CHAVES.
9. Método Bobath
Baseia-se:
“ Inibição ou supressão da atividade tônica reflexa anormal
que é responsável pelos padrões de hipertonia”;
“Facilitação das reações normais de equilíbrio e
endireitamento mais sofisticadas, na sua seqüência de
desenvolvimento apropriada para atividades de habilidade”.
(Bobath, 1980)
10. Estimulação sensório motor: aumentar o tônus
postural – pressão profunda/ tração articular/
compressão articular/ sustentação de carga/ tapping;
Pontos Chaves (deslocamento e manutenção).
21. Conceito
Correspondem às partes do corpo (áreas
específicas), onde fisioterapeuta posiciona sua mão
com a finalidade que o tônus anormal pode ser
inibido e os movimentos mais normais facilitados.
22. Áreas Específicas
Proximal: ombro, quadril, cabeça
pacientes com menor controle
Distal: tornozelo, joelho, cotovelo, punho
pacientes com maior controle
23. Contato das mãos do fisioterapeuta com o corpo do
paciente o tônus pode ser modulado e as reações
posturais normais serem facilitadas;
O lugar da mão do terapeuta alinhar segmentos
corporais, iniciar ou prevenir movimentos de um
segmento;
Como utilizar?
24. Em todos os manuseios há a mão guia e a mão
auxiliar;
A mão guia conduz a sucessão de movimentos; a
mão auxiliar completa o movimento ou provê a
estabilidade necessária para completar a seqüência.
25. Pontos Chaves
1. Cabeça;
2. MMSS e cintura escapular;
3. MMII e cintura pélvica;
4. Prono;
5. Supino;
6. Sentada;
7. Semi ajoelhado;
8. Posição de quatro (gato);
9. Ajoelhado, em pé e marcha.
26. 1. Cabeça
Extensão da cabeça com extensão de cintura escapular
(prono, sentado e em pé)
- facilita a extensão do resto do corpo.
27. Flexão de cabeça com flexão da cintura escapular
- inibe espasticidade extensora quando
estão em supino;
- facilita o controle de cabeça quando
puxado para sentar.
28. 2. MMSS e Cintura Escapular
Rotação interna de ombro com protração
- inibe espasmo extensor;
- aumenta a atividade flexora.
29. Rotação externa de ombro com supinação e extensão
de cotovelos
- inibe a flexão e aumenta a extensão do
corpo.
30. Abdução horizontal com rotação externa, supinação e
extensão de cotovelo
- inibe a espasticidade flexora e facilita a
abertura dos dedos e mão
31. Elevação dos braços com rotação interna
- inibe a espasticidade flexora e a pressão
para baixo ajuda a extensão do tronco, quadris e
pernas.
32. Extensão dos braços diagonalmente para trás
- inibe a espasticidade flexora
- pode ser mais eficaz em casos graves
- facilita a abertura de mão e dedos
- deve ser feita, se possível, com abdução e
rot. externa
33.
34. Abdução do polegar com supinação
- facilita a abertura de mão e dedos
35. 3. MMII e Pelve
Flexão dos MMII
- facilita a abdução e rotação externa e
dorsiflexores dos tornozelos
36. Rotação externa com extensão
- facilita a abdução e dorsiflexores dos
tornozelos
37. 4. Prono
Cabeça levantada, braços estendidos acima da cabeça
- facilita a extensão de quadril e MMII
38. Cabeça levantada mas com os braços estendidos em
abdução horizontal
- facilita a extensão do tronco, abertura de
dedos e abdução das pernas.
39. 5. Supino
Flexão dos MMII em abdução contra o abdomen, com
alguma pressão para baixo
- facilita o movimento dos braços para frente
e mãos na linha média
40. 6. Sentada
Flexão de quadril, tronco para frente, pernas abduzidas
- facilita extensão de tronco e a elevação de
cabeça
Deve ser feito com os MMII em extensão
41. Adução dos braços estendidos, segurando os braços
para frente
- estabiliza a cintura escapular e facilita o
controle de cabeça quando puxado para sentar
42. Pressão sobre o esterno e flexão do tronco (dorsal)
- inibe a retração do pescoço e ombro e traz a
cabeça e braços para frente, para controle de cabeça e
alcance para frente.
43. Com suporte de peso nos MMSS e MMII (mãos
abertas)
- inibe protração dos ombros, flexão e
adução dos braços; facilita a extensão, abdução e
abertura de mãos e dedos.
7. Posição de Quatro Apoios (Gato)
44. Retroversão da pelve que mantém o MI à frente
- estabiliza a pelve e inibe a adução e flexão do
MI à frente, além de inibir a flexão da perna de
suporte.
8. Semi-ajoelhado
45. 9. Ajoelhado, em Pé e Marcha
Flexão dos braços com pronação e rotação interna e
flexão de tronco
- inibe espasmos extensores e hiperextensão
de quadril e joelhos.
46. Extensão dos braços com rotação externa, sendo
mantidos em diagonal para trás
- inibe a espasticidade dos flexores do
tronco, quadril e pernas nos espásticos.
47. Conclusão
Estas técnicas são uma abordagem que resolvem
problemas holisticamente e avalia/trata adultos e
crianças com disfunções neuronais, havendo uma
interação entre paciente e fisioterapeuta.
Pontos Chaves, Facilitação e Inibição Interagem
Maximizar a Qualidade de Vida