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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Psicologia
A Prática da Atividade Física e Sua Relação Com o Aprimoramento da
Memória: Um Estudo de Caso
Por
Alessandra de Almeida Telles
Andréa Liliam Silva da Paixão
Daniel Vieira Braña Côrtes de Souza
Talita da Silva de Assis
Vinícius Sirvinskas
Disciplina:Psicologia Aplicada
à Educação Física e Desporto
Profa : Bruna
Junho
2006/01
INTRODUÇÃO
Atualmente, o ser humano vem buscando melhorar a sua qualidade de vida. Este
fenômeno pode ser facilmente observado no dia a dia, o numero de pessoas que buscam
a prática de uma atividade física regular aumenta a cada dia. Esse fenômeno também
vem acontecendo com a chamada terceira idade, o motivo é bem simples: a prática de
atividade física, quando bem orientada, resulta em benefícios tanto físicos quanto
psicológicos.
O presente estudo busca a relação entre a prática esportiva e o processo de
aprimoramento da memória, utilizando-se da prática de hidroginástica para aprimorar a
memória visual e auditiva dos praticantes dessa modalidade. Para isso, foi utilizado na
mensuração da memória auditiva e visual o teste de aptidão mnemônica da bateria
CEPA, sendo este aplicado antes e depois do programa de exercícios que estimulava os
alunos a trabalhar a memória.
A partir desta breve introdução, temos condições de avançar para estudo que
encontra-se organizado da seguinte forma: Primeiramente definiremos memória e seus
sistemas, depois falaremos da definição de atividade física e comentaremos seu
benefícios, enfocando atividade de hidroginástica, a seguir explicaremos a metodologia
utilizada no estudo e os resultados da pesquisa e finalmente faremos a discussão dos
resultados seguida da conclusão do trabalho.
MEMÓRIA: DEFINIÇÃO E SISTEMAS
Não podemos falar de memória sem mencionar aprendizagem. Segundo Maxwell
citado por Cunha “Aprendizagem e memória são processos correlatos e indissociáveis.
Aprendizagem corresponde à aquisição de novos conhecimentos e conseqüente
modificação do comportamento, enquanto a memória pode ser entendida como a
retenção deste conhecimento”.
A memória focaliza coisas específicas, requer grande parte de energia mental e
deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e
conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias.
Está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o
nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em
outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a
retenção daqueles conhecimentos aprendidos (CARDOSO, 2006).
Existem consideráveis evidências apontando o lobo temporal como sendo
particularmente importante para armazenar eventos passados.
O lobo temporal contém o neocórtex temporal, que pode ser a região
potencialmente envolvida com a memória a longo prazo.
Nesta região também existe um grupo de estruturas interconectadas entre si que
parece exercer a função da memória para fatos e eventos (memória declarativa), entre
elas está o hipocampo, as estruturas corticais circundando-o e as vias que conectam
estas estruturas com outras partes do cérebro.
O hipocampo ajuda a selecionar os aspectos importantes para fatos e eventos que
serão armazenados, e está envolvido também com o reconhecimento de novidades e
com as relações espaciais (CARDOSO, 2006).
A amídala, por sua vez, é uma espécie de “aeroporto” do cérebro. Ela se comunica
com o tálamo e com os sistemas sensoriais do córtex, através de suas extensas conexões.
Os estímulos sensoriais vindos do meio como som, cheiro, sabor, visualização e
sensação de objetos, são traduzidos em sinais elétricos, e ativam um circuito na amídala
que está relacionado à memória, o qual depende de conexões entre a amídala e o tálamo.
Conexões entre amídala e hipocampo, onde as respostas emocionais
provavelmente se originam, permitem que as emoções influenciem a aprendizagem,
porque elas ativam outras conexões da amídala para as vias sensoriais, por exemplo, o
sistema visual.
O córtex pré-frontal exibe também um papel importante na resolução de
problemas e planejamento do comportamento. Uma razão para se acreditar que o córtex
pré-frontal esteja envolvido com a memória, é que ele está interconectado com o lobo
temporal e o tálamo.
O processo de memorização é complexo envolvendo sofisticadas reações químicas
e circuitos interligados de neurônios.
As células nervosas ou neurônios, quando são ativadas liberam hormônios ou
neuro-transmissores que atingem outras células nervosas através de ligações
denominadas sinapses.
Os fatos antigos naturalmente têm mais tempo de se fixar em nosso banco de
dados e daí sua melhor fixação, o que não ocorre com fatos recentes, que têm pouco
tempo para se fixarem e ainda podem ter sua capacidade de fixação alterada por razões
relacionada a variações de estado emocional ou a problemas de ordem física
(CARDOSO, 2006).
Toda vez que a pessoa aprende alguma coisa ou adquire alguma experiência, as
células do cérebro sofrem uma alteração e essa se refletirá em seu comportamento.
As alterações celulares decorrentes da aprendizagem e memória são chamadas de
plasticidade.
Elas se referem a uma alteração na eficiência das sinapses e podem aumentar a
transmissão de impulsos nervosos, modulando assim o comportamento.
A experiência pode se dar por uma aprendizagem ativa ou pela convivência em
lugares enriquecidos com indivíduos, cores, músicas, sons, livros, cheiros, etc.
Apesar dessas explicações ainda não se sabe ao certo como funciona o processo de
memória, mas há um modelo de memória, que é um sistema simplificado que contém os
traços essenciais de um sistema maior e mais complicado. O modelo de Atkinson-
Shiffrin, citado por (Schmidt,1980), possui três sistemas de memória, a saber:
• Armazenamento sensorial de curto prazo: as informações que impressionam os
seus órgãos dos sentidos ficam retidas momentaneamente por este sistema. Os
materiais retidos pela memória sensorial se parecem com pós-imagens.
Caracteristicamente desaparecem, deterioram ou são sobrescritas quando uma
nova informação é apresentada antes que a anterior tenha sido esquecida ou que
seja imediatamente transferida para um segundo sistema de memória, a memória
a curto prazo.
• Memória ou depósito de curto prazo: Para realocar os dados sensoriais ao
depósito a curto prazo, é preciso atentar para o material apenas
momentaneamente. O material seria codificado e passaria em seguida para a sua
memória a curto prazo. Esse sistema é muitas vezes descrito como sendo o
centro da consciência. Este retém todos os pensamentos, informações e
experiências de que um indivíduo está tomando conhecimento em qualquer
momento dado. O “depósito” de MCP abriga um volume limitado de material
temporariamente (em geral por mais ou menos quinze segundos). A informação
pode ser guardada no sistema de memória a curto prazo durante mais tempo pela
repetição sem muito esforço. Além de ter uma função de armazenagem
(armazena no máximo sete aglomerados e transforma esses itens em palavras ou
imagens que tornem a associação mais fácil), a memória a curto prazo também
“funciona” como um executivo central. Insere material e tira dados de um
terceiro sistema mais ou menos permanente de memória, a memória ou depósito
a longo prazo remota (MLP). Refletir sobre a informação por um momento
(processamento raso) pode retê-la na memória a curto prazo durante mais alguns
segundos mas provavelmente seria insuficiente para transferir de dados para o
sistema a longo prazo. Conseqüentemente, esse material breve se perderia. Para
deslocar a informação para a MLP, provavelmente seria necessário processá-la
profundamente (processamento profundo).
• Memória a longo prazo remota ou depósito a longo prazo: Essa exige um
processamento profundo no qual as pessoas utilizam estratégias de repetição
elaborativa (prestam muita atenção, pensam sobre o significado e relacionam os
dados com itens já locados na MLP. A repetição simples e sem atenção parece
suficiente em alguns casos para transferir a informação para a MLP. Os sistemas
a curto e a longo prazo comunicam-se continuamente entre si. O material da
MLP pode ser ativado e transferido para a MCP sempre que indicado. Para
recuperar as informações na MLP é preciso uma estratégia de solução de
problema que os psicólogos denominam memória de reconstrução, de
reintegração de refabricação ou criativa, ou seja, fragmentamos as grandes
perguntas em outras menores e trabalhamos um problema de cada vez
preenchendo as lacunas com conjeturas lógicas. O material da MLP pode ser
perdido devido a: falhas durante a codificação seja por falta de atenção ou por
inexatidão; falhas de armazenamento em que com o passar do tempo a
informação se deteriora; falhas na recuperação decorrente de alguma doença ou
defeito ou ainda porque uma informação interfere na outra impossibilitando a
recuperação da mesma com clareza; há também o esquecimento motivado que é
a supressão consciente ou inconsciente de um evento perturbador. A MLP
também é limitada pela idade de forma que atualmente está apenas começando a
ser compreendida.
ATIVIDADE FÍSICA: DEFINIÇÃO
Conforme vem sido demonstrado em vários estudos, a atividade física associada a
outros fatores contribui para a melhora da saúde e qualidade de vida. Neste trabalho
falaremos de uma modalidade de atividade física em especial que é a hidroginástica,
porém, antes de definirmos hidroginástica, passemos à definição de atividade física.
Segundo MCARDLE (2001), atividade física consiste do movimento corporal
produzido por contração muscular e que faz aumentar o dispêndio de energia. Tal ação
resulta em inúmeros benefícios para o corpo, tais como melhora da capacidade
cardiovascular, aquisição de consciência corporal, elaboração das habilidades motoras
devido à formação de novos enagramas devido a coordenação intra e intermuscular,
ganho de força e resistência muscular. Por estar dentro do grupo de atividades, físicas a
hidroginástica não poderia ser diferente. Alves (2004) realizou um estudo com mulheres
idosas na Escola Superior de Educação física na Universidade de Pernambuco no qual
constatou que após três meses praticando hidroginástica dois dias na semana, as
senhoras apresentaram melhora na performance de atividades tais como levantar e
sentar de uma cadeira, sentar, caminhar e voltar a sentar em uma cadeira entre outros.
Agora que já comentamos alguns dos benefícios da hidroginástica, passaremos
para um conceito do que é hidroginástica. Nogueira (2001) fala que no Brasil o termo
hidroginástica é utilizado para nomear um programa de atividades físicas que imitam
uma ginástica dentro d’água. Geralmente esta modalidade é mais praticada por idosos e
mulheres por possuir menor impacto nas articulações, além de utilizar as propriedades
físicas da água como a resposta hidrostática para a realização de exercícios, ou seja, a
resistência proporcionada pela água é proporcional à velocidade da aplicação da força.
Quanto mais rápido é o movimento, maior será a força de resistência.
Desta forma, com a prática da hidroginástica, pode-se desenvolver uma série de
habilidades e condicionamentos para uma melhoria da vida cotidiana, tanto nos aspectos
fisiológicos, como no processo de sociabilização dos praticantes da atividade.
Como citado anteriormente, a atividade física e por tanto a hidroginástica pode ser
abordadas de maneiras múltiplas dependendo do objetivo, desde condicionamento dos
aspectos fisiológicos, da interação social entre os sujeitos e por que não ativando as vias
de processamento da memória através de estímulos durante uma sessão de
hidroginástica?
MÉTODO E RESULTADOS
Aplicação do Teste
Participaram do teste seis senhoras com idade entre 39 e 75 anos, todas da mesma
turma de hidroginástica do Projeto Água Viva da UFRJ, de nível escolar que variava do
nível fundamental completo ao superior completo.
Utilizamos como instrumento para aferição da memória, o teste Fator M - Para
Aptidão Mnemônica da Bateria Fatorial Cepa (2002), formas A e B, subdividido em
memória auditiva e memória visual.
A aplicação do teste foi coletiva.
As orientações foram dadas de maneira clara, e simples para assegurar que todas
as participantes haviam compreendido as tarefas a serem realizadas.
O teste auditivo foi aplicado antes do visual seguindo recomendação do manual.
Teste Auditivo
30 estímulos em forma de palavras ditas pela aplicadora, num intervalo de 2
segundos cada uma, foram apresentados aos participantes. Após a apresentação dos
estímulos os participantes escreveram na folha de prova as palavras de que conseguiam
se lembrar.
Teste Visual
30 estímulos em forma de figuras, cada uma impressa em um cartão, foram
apresentados às participantes por um período de 2 segundos cada um, após isso foi
deixado um período de latência de 10 segundos, para que então as participantes
pudessem escrever na folha de prova os estímulos dos quais se lembrassem.
Material utilizado:
• Lápis n.º 02 e borracha
• Folha de prova individual
• Lista com 30 palavras
• 30 cartões com figuras
• Manual
• Cronômetro
Primeira Aplicação
Utilizamos na primeira aplicação a forma A tanto do teste auditivo quanto do
visual
Considerando que a cada estímulo lembrado atribuiu-se o valor de 1 ponto, a
soma dos pontos obtidos por cada participante foi seu escore obtido. A partir daí tiramos
uma média e desvio padrão dos escores produzidos por cada teste. Obtivemos então
uma média e desvio-padrão do teste auditivo e uma média e desvio-padrão do teste
visual.
Resultados da primeira Aplicação
m.a memória auditiva
m.v memória visual
DP desvio padrão
√ raiz quadrada
indivíduos m.a m. v
1 8 16
2 10 17
3 7 16
5 7 12
6 11 18
7 6 12
Total 49 91
média m. a 49/6 8.1666666
m. v 91/6 15.166666
DP m. a √ 3.138889 1.771691
m. v √ 5.47223 2.3392798
Após a aplicação do primeiro teste, as alunas foram submetidas a um programa de
atividade física com duração de duas semanas que consistia em estimulá-las a trabalhar
a memória. Tal programa foi dividido da seguinte forma: Na primeira semana foram
aplicados quatro blocos com dois exercícios tendo cada exercício aproximadamente um
minuto e meio. Ao término de cada bloco as alunas tinham o mesmo tempo para
lembrar e combinar os dois últimos exercícios fazendo quatro repetições para cada um
deles. Foram escolhidos exercícios simples como flexão e extensão, adução e abdução
de membros superiores e inferiores, além disso, cada bloco tinha ênfase em um dos
seguimentos.
Na segunda semana foram aplicados três blocos com três exercícios sendo que
cada exercício tinha o mesmo tempo de duração do bloco anterior. Ao término de cada
bloco as alunas tinham que lembrar e combinar os três últimos exercícios, fazendo
quatro repetições para cada um deles. Foram utilizados os materiais flutuantes
macarrões e alteres.
As alunas em questão realizavam as aulas de hidroginástica três dias da semana,
segundas, quartas e sextas, tendo cada aula duração de quarenta e cinco minutos.
Segunda Aplicação do Teste
Observamos o mesmo procedimento da primeira aplicação, mas utilizamos a
forma B do Teste de Aptidão Mnemônica.
indivíduos m.a m. v
1 8 14
2 8 22
3 6 14
5 14 15
6 9 23
7 7 16
Total 52 104
média m. a 52/6 8.6666666
m. v 104/6 17.333333
DP m. a √ 6.555555 2.5603818
m. v √ 13.88889 3.7267801
Tratamento Estatístico
Para verificarmos se houve uma diferença significativa entre os resultados dos
escores obtidos na primeira e segunda aplicação, o que poderia indicar que a atividade
de hidroginástica pode favorecer capacidade de memória, utilizamos o teste “t” de
Student para amostras correlacionadas (Rodrigues,1978). Consideramos assim esse teste
apropriado para medir os atributos de mesmos indivíduos, quanto a aptidão mnemônica,
em momentos diferentes. Considerando que a prática de hidroginástica pode aprimorar a
memória visual e auditiva dos praticantes dessa modalidade de atividade como hipótese
H1 a ser testada, obtivemos os seguintes resultados:
m.a 1 memória auditiva
m.a 2 memória visual
D Escore diferencial
indivíduos m.a 1 m.a 2 D D²
1 8 8 0 0
2 10 8 -2 4
3 7 6 1 1
5 7 14 -7 49
6 11 9 2 4
7 6 7 1 1
Total 49 52 13 59
Memória Auditiva
T (RBD) calculado = - 0.493
Como o valor crítico para o “T” tabelado do teste “t” de Student para 5 graus de
liberdade é de - 2.015 a um nível de significância de 0.05, para o teste unilateral, a
hipótese de que a atividade de hidroginástica aprimoraria a memória foi rejeitada.
Ho : µma1 = µma2
H1 : µma1 < µma2
ACH0 → RH1
-2,015
-0,49
indivíduos m.v 1 m.v 2 D D²
1 16 14 2 4
2 17 22 -5 25
3 16 14 2 4
5 12 15 -3 9
6 18 23 -5 25
7 12 16 -4 16
Total 91 104 21 83
Memória Visual
T calculado = - 2.7857177
Para os mesmos 5 graus de liberdade o “T” tabelado é – 2.015 a um nível de
significância de 0.05, para o teste unilateral, a hipótese de que a atividade de
hidroginástica aprimoraria a memória foi aceita para o teste de memória visual.
Ho : µmv1 = µmv2
H1 : µmv1 < µmv2
ACH1 → RH0
0
5
10
15
20
1 2 3 4 5 6 7
▪Memória Visual
▪Memória Auditiva
-2,015
-2.785
DISCUSSÃO
Antes de iniciarmos a discussão, é importante saber que até o momento não foi
encontrado estudos sobre o tema do trabalho. O teste de aptidão mnemônica do CEPA
trata – se de um teste psicológico, ou seja, não foi elaborado com a finalidade de medir
melhora da memória auditiva e visual a partir da atividade física, porém foi o único que
aproximou-se mais dos objetivos do estudo.
Quanto a este estudo, foi observado uma melhora nos escores individuais apenas
de 2 senhoras no teste auditivo, contudo vale ressaltar que uma, especificamente a
participante de número 6, sendo a mais idosa do grupo, com 75 anos na primeira
aplicação e 76 na segunda, obteve um aumento em seu escore1
, além dela, a participante
de número 4, com 57 anos dobrou seu escore nesse teste. Já no teste visual a diferença
indicou um aumento nos escores das participantes 2,4,5 e 6. Esse aumento mostrou-se
significativo, no tratamento com o teste “t” de Student.
É importante comentar ainda que em seus relatos as alunas indicaram sentirem
uma melhora em seu desempenho quanto a capacidade de memória durante suas
atividades rotineiras. Este relato deve ser considerado pois durante a aplicação das
atividades físicas assim como na realização dos teste as senhoras mostraram-se
cooperadoras. Contudo como o programa de atividades físicas que continha os
estímulos para o desenvolvimento da memória teve aplicação de duas semanas e o
grupo estudado era reduzido, sugerimos que sejam feitas novas pesquisas, com uma
população maior e que o programa de exercícios seja aplicado em mais tempo.
1
Embora a tabela de percentil do teste alcance somente 62 anos, não encontramos problemas na
utilização do teste pois este se destinou somente para se obter de escores com os quais pudéssemos
trabalhar.
CONCLUSÃO
Embora o Teste de Aptidão Mnemônica tenha mostrado que houve uma
diferença significativa no desempenho da capacidade de memória com relação ao
menos a memória visual os resultados não podem ser generalizados para uma
população maior pois o experimento teve algumas limitações quanto ao tempo,
idade e sexo. É importante ressaltar que amostra do trabalho foi pequena e que o
programa de atividades físicas teve um tempo de aplicação curto, o que também
pode ter influenciado no resultado. Apesar de aumento nos resultados dos escores
individuais de duas senhoras no teste auditivo, o que também levou ao aumento da
média do grupo, e de termos observado um aumento na média dos resultados do
teste visual, não podemos afirmar que a atividade de hidroginástica contribui
categoricamente para a melhora da memória auditiva e visual de seus praticantes.
Além disso, o teste de aptidão mnemônica da bateria CEPA é um teste psicológico,
e não especifico para atividade física, podendo também haver variações devido a
isto.
Sendo assim, sugerimos a criação de protocolos de testes específicos para
exercícios físicos e a elaboração de novas pesquisas sobre o tema.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, ROSEANE VICTOR. (2004). Aptidão física relacionada à saúde de
idosos: influência da hidroginástica. Rio de Janeiro
Site:<http://www.scielo.com.br
CARDOSO, S.H. Memória: o que é e como melhorá-la.
Site: <http://www.cerebromente.org.br/n01/memo/memoria.htm>
CUNHA, MARLON. (2004). Alterações na distribuição de potência
cortical em função da consolidação da memória no aprendizado de datilografia.
São Paulo.
Site: <http://www.bvs-psi.org.br/>
Acessado em: 20/05/2006
MCARDLE, W. (2001). Fisiologia do Exercício. 5ª Edição – Ed. Guanabara
Koogan.
NOGUEIRA, LEANDRO. (2001). Apostila de Hidroginástica. Rio de
Janeiro.
RODRIGUES, AROLDO (1978). A pesquisa experimental em psicologia e
educação. Petrópolis: Editora Vozes.
SCHMIDT, R. F. Neurofisiologia. São Paulo: Springer.

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A Prática da Atividade Física e Sua Relação Com o Aprimoramento da Memória: Um Estudo de Caso

  • 1. Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Psicologia A Prática da Atividade Física e Sua Relação Com o Aprimoramento da Memória: Um Estudo de Caso Por Alessandra de Almeida Telles Andréa Liliam Silva da Paixão Daniel Vieira Braña Côrtes de Souza Talita da Silva de Assis Vinícius Sirvinskas Disciplina:Psicologia Aplicada à Educação Física e Desporto Profa : Bruna Junho 2006/01
  • 2. INTRODUÇÃO Atualmente, o ser humano vem buscando melhorar a sua qualidade de vida. Este fenômeno pode ser facilmente observado no dia a dia, o numero de pessoas que buscam a prática de uma atividade física regular aumenta a cada dia. Esse fenômeno também vem acontecendo com a chamada terceira idade, o motivo é bem simples: a prática de atividade física, quando bem orientada, resulta em benefícios tanto físicos quanto psicológicos. O presente estudo busca a relação entre a prática esportiva e o processo de aprimoramento da memória, utilizando-se da prática de hidroginástica para aprimorar a memória visual e auditiva dos praticantes dessa modalidade. Para isso, foi utilizado na mensuração da memória auditiva e visual o teste de aptidão mnemônica da bateria CEPA, sendo este aplicado antes e depois do programa de exercícios que estimulava os alunos a trabalhar a memória. A partir desta breve introdução, temos condições de avançar para estudo que encontra-se organizado da seguinte forma: Primeiramente definiremos memória e seus sistemas, depois falaremos da definição de atividade física e comentaremos seu benefícios, enfocando atividade de hidroginástica, a seguir explicaremos a metodologia utilizada no estudo e os resultados da pesquisa e finalmente faremos a discussão dos resultados seguida da conclusão do trabalho.
  • 3. MEMÓRIA: DEFINIÇÃO E SISTEMAS Não podemos falar de memória sem mencionar aprendizagem. Segundo Maxwell citado por Cunha “Aprendizagem e memória são processos correlatos e indissociáveis. Aprendizagem corresponde à aquisição de novos conhecimentos e conseqüente modificação do comportamento, enquanto a memória pode ser entendida como a retenção deste conhecimento”. A memória focaliza coisas específicas, requer grande parte de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias. Está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção daqueles conhecimentos aprendidos (CARDOSO, 2006). Existem consideráveis evidências apontando o lobo temporal como sendo particularmente importante para armazenar eventos passados. O lobo temporal contém o neocórtex temporal, que pode ser a região potencialmente envolvida com a memória a longo prazo. Nesta região também existe um grupo de estruturas interconectadas entre si que parece exercer a função da memória para fatos e eventos (memória declarativa), entre elas está o hipocampo, as estruturas corticais circundando-o e as vias que conectam estas estruturas com outras partes do cérebro. O hipocampo ajuda a selecionar os aspectos importantes para fatos e eventos que serão armazenados, e está envolvido também com o reconhecimento de novidades e com as relações espaciais (CARDOSO, 2006). A amídala, por sua vez, é uma espécie de “aeroporto” do cérebro. Ela se comunica com o tálamo e com os sistemas sensoriais do córtex, através de suas extensas conexões. Os estímulos sensoriais vindos do meio como som, cheiro, sabor, visualização e sensação de objetos, são traduzidos em sinais elétricos, e ativam um circuito na amídala que está relacionado à memória, o qual depende de conexões entre a amídala e o tálamo. Conexões entre amídala e hipocampo, onde as respostas emocionais provavelmente se originam, permitem que as emoções influenciem a aprendizagem,
  • 4. porque elas ativam outras conexões da amídala para as vias sensoriais, por exemplo, o sistema visual. O córtex pré-frontal exibe também um papel importante na resolução de problemas e planejamento do comportamento. Uma razão para se acreditar que o córtex pré-frontal esteja envolvido com a memória, é que ele está interconectado com o lobo temporal e o tálamo. O processo de memorização é complexo envolvendo sofisticadas reações químicas e circuitos interligados de neurônios. As células nervosas ou neurônios, quando são ativadas liberam hormônios ou neuro-transmissores que atingem outras células nervosas através de ligações denominadas sinapses. Os fatos antigos naturalmente têm mais tempo de se fixar em nosso banco de dados e daí sua melhor fixação, o que não ocorre com fatos recentes, que têm pouco tempo para se fixarem e ainda podem ter sua capacidade de fixação alterada por razões relacionada a variações de estado emocional ou a problemas de ordem física (CARDOSO, 2006). Toda vez que a pessoa aprende alguma coisa ou adquire alguma experiência, as células do cérebro sofrem uma alteração e essa se refletirá em seu comportamento. As alterações celulares decorrentes da aprendizagem e memória são chamadas de plasticidade. Elas se referem a uma alteração na eficiência das sinapses e podem aumentar a transmissão de impulsos nervosos, modulando assim o comportamento. A experiência pode se dar por uma aprendizagem ativa ou pela convivência em lugares enriquecidos com indivíduos, cores, músicas, sons, livros, cheiros, etc. Apesar dessas explicações ainda não se sabe ao certo como funciona o processo de memória, mas há um modelo de memória, que é um sistema simplificado que contém os traços essenciais de um sistema maior e mais complicado. O modelo de Atkinson- Shiffrin, citado por (Schmidt,1980), possui três sistemas de memória, a saber: • Armazenamento sensorial de curto prazo: as informações que impressionam os seus órgãos dos sentidos ficam retidas momentaneamente por este sistema. Os materiais retidos pela memória sensorial se parecem com pós-imagens.
  • 5. Caracteristicamente desaparecem, deterioram ou são sobrescritas quando uma nova informação é apresentada antes que a anterior tenha sido esquecida ou que seja imediatamente transferida para um segundo sistema de memória, a memória a curto prazo. • Memória ou depósito de curto prazo: Para realocar os dados sensoriais ao depósito a curto prazo, é preciso atentar para o material apenas momentaneamente. O material seria codificado e passaria em seguida para a sua memória a curto prazo. Esse sistema é muitas vezes descrito como sendo o centro da consciência. Este retém todos os pensamentos, informações e experiências de que um indivíduo está tomando conhecimento em qualquer momento dado. O “depósito” de MCP abriga um volume limitado de material temporariamente (em geral por mais ou menos quinze segundos). A informação pode ser guardada no sistema de memória a curto prazo durante mais tempo pela repetição sem muito esforço. Além de ter uma função de armazenagem (armazena no máximo sete aglomerados e transforma esses itens em palavras ou imagens que tornem a associação mais fácil), a memória a curto prazo também “funciona” como um executivo central. Insere material e tira dados de um terceiro sistema mais ou menos permanente de memória, a memória ou depósito a longo prazo remota (MLP). Refletir sobre a informação por um momento (processamento raso) pode retê-la na memória a curto prazo durante mais alguns segundos mas provavelmente seria insuficiente para transferir de dados para o sistema a longo prazo. Conseqüentemente, esse material breve se perderia. Para deslocar a informação para a MLP, provavelmente seria necessário processá-la profundamente (processamento profundo).
  • 6. • Memória a longo prazo remota ou depósito a longo prazo: Essa exige um processamento profundo no qual as pessoas utilizam estratégias de repetição elaborativa (prestam muita atenção, pensam sobre o significado e relacionam os dados com itens já locados na MLP. A repetição simples e sem atenção parece suficiente em alguns casos para transferir a informação para a MLP. Os sistemas a curto e a longo prazo comunicam-se continuamente entre si. O material da MLP pode ser ativado e transferido para a MCP sempre que indicado. Para recuperar as informações na MLP é preciso uma estratégia de solução de problema que os psicólogos denominam memória de reconstrução, de reintegração de refabricação ou criativa, ou seja, fragmentamos as grandes perguntas em outras menores e trabalhamos um problema de cada vez preenchendo as lacunas com conjeturas lógicas. O material da MLP pode ser perdido devido a: falhas durante a codificação seja por falta de atenção ou por inexatidão; falhas de armazenamento em que com o passar do tempo a informação se deteriora; falhas na recuperação decorrente de alguma doença ou defeito ou ainda porque uma informação interfere na outra impossibilitando a recuperação da mesma com clareza; há também o esquecimento motivado que é a supressão consciente ou inconsciente de um evento perturbador. A MLP também é limitada pela idade de forma que atualmente está apenas começando a ser compreendida.
  • 7. ATIVIDADE FÍSICA: DEFINIÇÃO Conforme vem sido demonstrado em vários estudos, a atividade física associada a outros fatores contribui para a melhora da saúde e qualidade de vida. Neste trabalho falaremos de uma modalidade de atividade física em especial que é a hidroginástica, porém, antes de definirmos hidroginástica, passemos à definição de atividade física. Segundo MCARDLE (2001), atividade física consiste do movimento corporal produzido por contração muscular e que faz aumentar o dispêndio de energia. Tal ação resulta em inúmeros benefícios para o corpo, tais como melhora da capacidade cardiovascular, aquisição de consciência corporal, elaboração das habilidades motoras devido à formação de novos enagramas devido a coordenação intra e intermuscular, ganho de força e resistência muscular. Por estar dentro do grupo de atividades, físicas a hidroginástica não poderia ser diferente. Alves (2004) realizou um estudo com mulheres idosas na Escola Superior de Educação física na Universidade de Pernambuco no qual constatou que após três meses praticando hidroginástica dois dias na semana, as senhoras apresentaram melhora na performance de atividades tais como levantar e sentar de uma cadeira, sentar, caminhar e voltar a sentar em uma cadeira entre outros. Agora que já comentamos alguns dos benefícios da hidroginástica, passaremos para um conceito do que é hidroginástica. Nogueira (2001) fala que no Brasil o termo hidroginástica é utilizado para nomear um programa de atividades físicas que imitam uma ginástica dentro d’água. Geralmente esta modalidade é mais praticada por idosos e mulheres por possuir menor impacto nas articulações, além de utilizar as propriedades físicas da água como a resposta hidrostática para a realização de exercícios, ou seja, a resistência proporcionada pela água é proporcional à velocidade da aplicação da força. Quanto mais rápido é o movimento, maior será a força de resistência. Desta forma, com a prática da hidroginástica, pode-se desenvolver uma série de habilidades e condicionamentos para uma melhoria da vida cotidiana, tanto nos aspectos fisiológicos, como no processo de sociabilização dos praticantes da atividade. Como citado anteriormente, a atividade física e por tanto a hidroginástica pode ser abordadas de maneiras múltiplas dependendo do objetivo, desde condicionamento dos aspectos fisiológicos, da interação social entre os sujeitos e por que não ativando as vias
  • 8. de processamento da memória através de estímulos durante uma sessão de hidroginástica?
  • 9. MÉTODO E RESULTADOS Aplicação do Teste Participaram do teste seis senhoras com idade entre 39 e 75 anos, todas da mesma turma de hidroginástica do Projeto Água Viva da UFRJ, de nível escolar que variava do nível fundamental completo ao superior completo. Utilizamos como instrumento para aferição da memória, o teste Fator M - Para Aptidão Mnemônica da Bateria Fatorial Cepa (2002), formas A e B, subdividido em memória auditiva e memória visual. A aplicação do teste foi coletiva. As orientações foram dadas de maneira clara, e simples para assegurar que todas as participantes haviam compreendido as tarefas a serem realizadas. O teste auditivo foi aplicado antes do visual seguindo recomendação do manual. Teste Auditivo 30 estímulos em forma de palavras ditas pela aplicadora, num intervalo de 2 segundos cada uma, foram apresentados aos participantes. Após a apresentação dos estímulos os participantes escreveram na folha de prova as palavras de que conseguiam se lembrar. Teste Visual 30 estímulos em forma de figuras, cada uma impressa em um cartão, foram apresentados às participantes por um período de 2 segundos cada um, após isso foi deixado um período de latência de 10 segundos, para que então as participantes pudessem escrever na folha de prova os estímulos dos quais se lembrassem. Material utilizado: • Lápis n.º 02 e borracha • Folha de prova individual • Lista com 30 palavras • 30 cartões com figuras • Manual
  • 10. • Cronômetro Primeira Aplicação Utilizamos na primeira aplicação a forma A tanto do teste auditivo quanto do visual Considerando que a cada estímulo lembrado atribuiu-se o valor de 1 ponto, a soma dos pontos obtidos por cada participante foi seu escore obtido. A partir daí tiramos uma média e desvio padrão dos escores produzidos por cada teste. Obtivemos então uma média e desvio-padrão do teste auditivo e uma média e desvio-padrão do teste visual. Resultados da primeira Aplicação m.a memória auditiva m.v memória visual DP desvio padrão √ raiz quadrada indivíduos m.a m. v 1 8 16 2 10 17 3 7 16 5 7 12 6 11 18 7 6 12 Total 49 91 média m. a 49/6 8.1666666 m. v 91/6 15.166666 DP m. a √ 3.138889 1.771691 m. v √ 5.47223 2.3392798 Após a aplicação do primeiro teste, as alunas foram submetidas a um programa de atividade física com duração de duas semanas que consistia em estimulá-las a trabalhar a memória. Tal programa foi dividido da seguinte forma: Na primeira semana foram aplicados quatro blocos com dois exercícios tendo cada exercício aproximadamente um minuto e meio. Ao término de cada bloco as alunas tinham o mesmo tempo para
  • 11. lembrar e combinar os dois últimos exercícios fazendo quatro repetições para cada um deles. Foram escolhidos exercícios simples como flexão e extensão, adução e abdução de membros superiores e inferiores, além disso, cada bloco tinha ênfase em um dos seguimentos. Na segunda semana foram aplicados três blocos com três exercícios sendo que cada exercício tinha o mesmo tempo de duração do bloco anterior. Ao término de cada bloco as alunas tinham que lembrar e combinar os três últimos exercícios, fazendo quatro repetições para cada um deles. Foram utilizados os materiais flutuantes macarrões e alteres. As alunas em questão realizavam as aulas de hidroginástica três dias da semana, segundas, quartas e sextas, tendo cada aula duração de quarenta e cinco minutos. Segunda Aplicação do Teste Observamos o mesmo procedimento da primeira aplicação, mas utilizamos a forma B do Teste de Aptidão Mnemônica. indivíduos m.a m. v 1 8 14 2 8 22 3 6 14 5 14 15 6 9 23 7 7 16 Total 52 104 média m. a 52/6 8.6666666 m. v 104/6 17.333333 DP m. a √ 6.555555 2.5603818 m. v √ 13.88889 3.7267801 Tratamento Estatístico Para verificarmos se houve uma diferença significativa entre os resultados dos escores obtidos na primeira e segunda aplicação, o que poderia indicar que a atividade de hidroginástica pode favorecer capacidade de memória, utilizamos o teste “t” de
  • 12. Student para amostras correlacionadas (Rodrigues,1978). Consideramos assim esse teste apropriado para medir os atributos de mesmos indivíduos, quanto a aptidão mnemônica, em momentos diferentes. Considerando que a prática de hidroginástica pode aprimorar a memória visual e auditiva dos praticantes dessa modalidade de atividade como hipótese H1 a ser testada, obtivemos os seguintes resultados: m.a 1 memória auditiva m.a 2 memória visual D Escore diferencial indivíduos m.a 1 m.a 2 D D² 1 8 8 0 0 2 10 8 -2 4 3 7 6 1 1 5 7 14 -7 49 6 11 9 2 4 7 6 7 1 1 Total 49 52 13 59 Memória Auditiva T (RBD) calculado = - 0.493 Como o valor crítico para o “T” tabelado do teste “t” de Student para 5 graus de liberdade é de - 2.015 a um nível de significância de 0.05, para o teste unilateral, a hipótese de que a atividade de hidroginástica aprimoraria a memória foi rejeitada. Ho : µma1 = µma2 H1 : µma1 < µma2 ACH0 → RH1 -2,015 -0,49
  • 13. indivíduos m.v 1 m.v 2 D D² 1 16 14 2 4 2 17 22 -5 25 3 16 14 2 4 5 12 15 -3 9 6 18 23 -5 25 7 12 16 -4 16 Total 91 104 21 83 Memória Visual T calculado = - 2.7857177 Para os mesmos 5 graus de liberdade o “T” tabelado é – 2.015 a um nível de significância de 0.05, para o teste unilateral, a hipótese de que a atividade de hidroginástica aprimoraria a memória foi aceita para o teste de memória visual. Ho : µmv1 = µmv2 H1 : µmv1 < µmv2 ACH1 → RH0 0 5 10 15 20 1 2 3 4 5 6 7 ▪Memória Visual ▪Memória Auditiva -2,015 -2.785
  • 14. DISCUSSÃO Antes de iniciarmos a discussão, é importante saber que até o momento não foi encontrado estudos sobre o tema do trabalho. O teste de aptidão mnemônica do CEPA trata – se de um teste psicológico, ou seja, não foi elaborado com a finalidade de medir melhora da memória auditiva e visual a partir da atividade física, porém foi o único que aproximou-se mais dos objetivos do estudo. Quanto a este estudo, foi observado uma melhora nos escores individuais apenas de 2 senhoras no teste auditivo, contudo vale ressaltar que uma, especificamente a participante de número 6, sendo a mais idosa do grupo, com 75 anos na primeira aplicação e 76 na segunda, obteve um aumento em seu escore1 , além dela, a participante de número 4, com 57 anos dobrou seu escore nesse teste. Já no teste visual a diferença indicou um aumento nos escores das participantes 2,4,5 e 6. Esse aumento mostrou-se significativo, no tratamento com o teste “t” de Student. É importante comentar ainda que em seus relatos as alunas indicaram sentirem uma melhora em seu desempenho quanto a capacidade de memória durante suas atividades rotineiras. Este relato deve ser considerado pois durante a aplicação das atividades físicas assim como na realização dos teste as senhoras mostraram-se cooperadoras. Contudo como o programa de atividades físicas que continha os estímulos para o desenvolvimento da memória teve aplicação de duas semanas e o grupo estudado era reduzido, sugerimos que sejam feitas novas pesquisas, com uma população maior e que o programa de exercícios seja aplicado em mais tempo. 1 Embora a tabela de percentil do teste alcance somente 62 anos, não encontramos problemas na utilização do teste pois este se destinou somente para se obter de escores com os quais pudéssemos trabalhar.
  • 15. CONCLUSÃO Embora o Teste de Aptidão Mnemônica tenha mostrado que houve uma diferença significativa no desempenho da capacidade de memória com relação ao menos a memória visual os resultados não podem ser generalizados para uma população maior pois o experimento teve algumas limitações quanto ao tempo, idade e sexo. É importante ressaltar que amostra do trabalho foi pequena e que o programa de atividades físicas teve um tempo de aplicação curto, o que também pode ter influenciado no resultado. Apesar de aumento nos resultados dos escores individuais de duas senhoras no teste auditivo, o que também levou ao aumento da média do grupo, e de termos observado um aumento na média dos resultados do teste visual, não podemos afirmar que a atividade de hidroginástica contribui categoricamente para a melhora da memória auditiva e visual de seus praticantes. Além disso, o teste de aptidão mnemônica da bateria CEPA é um teste psicológico, e não especifico para atividade física, podendo também haver variações devido a isto. Sendo assim, sugerimos a criação de protocolos de testes específicos para exercícios físicos e a elaboração de novas pesquisas sobre o tema.
  • 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, ROSEANE VICTOR. (2004). Aptidão física relacionada à saúde de idosos: influência da hidroginástica. Rio de Janeiro Site:<http://www.scielo.com.br CARDOSO, S.H. Memória: o que é e como melhorá-la. Site: <http://www.cerebromente.org.br/n01/memo/memoria.htm> CUNHA, MARLON. (2004). Alterações na distribuição de potência cortical em função da consolidação da memória no aprendizado de datilografia. São Paulo. Site: <http://www.bvs-psi.org.br/> Acessado em: 20/05/2006 MCARDLE, W. (2001). Fisiologia do Exercício. 5ª Edição – Ed. Guanabara Koogan. NOGUEIRA, LEANDRO. (2001). Apostila de Hidroginástica. Rio de Janeiro. RODRIGUES, AROLDO (1978). A pesquisa experimental em psicologia e educação. Petrópolis: Editora Vozes. SCHMIDT, R. F. Neurofisiologia. São Paulo: Springer.