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ATIVIDADE S
   CRIATIVAS NA
      TERAPIA
        DA
PERDA GESTACIONAL

     Ana Maria Arruda Lana
PERDA REPRODUTIVA
Aborto, gravidez ectópica, gravidez molar, fertilização “in vitro”, óbito perinatal



     FATORES                                    • FREQUÊNCIA

     • HISTÓRICOS
                                                • IMPACTO
     • CULTURAIS
                                                • ATITUDE
     • SOCIAIS

     • ECONÔMICOS                               • SUPORTE
Aborto           Óbito fetal e perinatal

 precoce       Natimorto        Neomorto
 < 10 semanas   > 20 semanas
 tardio        > 500 g           precoce
  11 a 20                          < 7 dias
  semanas                         tardio
  < 500 g                          8 – 28 dias
FREQUÊNCIA
Europa , século XIX
Mortalidade infantil (< 1 ano) = 150-200/1.000 nascidos
                                                  vivos
Natimortalidade
Inglaterra: registros a partir de 1928
UK, Europa, USA (6 cidades), 1880-1930 = 5-10% dos
                                            nascimentos
Século XX
Mortalidade perinatal, UK
1945 = 45 / 1.000 nascidos vivos
1981 = 12 / 1.000 nascidos vivos
                              (Badenhorst & Hughes, 2007)
Século XXI

15 % das gestações clinicamente reconhecidas (≥ 6 semanas)

Entre 6-12 semanas: risco de 9-12% em mulheres < 35 anos
                    45%      acima dos 40 anos

         Recurrente: 5% dos casais que planejam família

                     30 % de todas as concepções

Óbito perinatal - USA, 2003 = 11/1.000 *
  Brasil, 2007** óbito fetal = 11.1/1.000
                    óbito neonatal precoce = 8.1/1.000
                                        tardio = 2.5/1.000
*National Center for Health Statistics, 2003
** MS/SVS/DASIS-SIM
PERDA REPRODUTIVA NO HC/UFMG

               107 autópsias perinatais
2007 a 2008    280 abortos precoces
                53 abortos tardios      440 casos



           81 óbitos perinatais (12% dos óbitos
 2009                              hospitalares)
           23 abortos / mês
                                        357 casos
        MAIS DE UMA PERDA / DIA
IMPACTO E SIGNIFICADO
                            FASES DO LUTO
Kübler-Ross, E. (1969)                        Silvermann, P. (2000)

Negação                                         Impacto
      Raiva
          Negociação         SIGNIFICADO   “Rebote”
               Depressão
                       Aceitação      Acomodação

Na perda reprodutiva       diferente e ainda pouco compreendido

   “Perder o futuro”

   Culpa         Memória traumática          A PERDA INVISÍVEL

   Recurrência
MÃE
                  Tristeza, raiva
                  Irritabilidade , insônia
                  Sintomas somáticos

VÍNCULO PRECOCE   Depressão           Morrison, 2006
                  Ansiedade
                  Stress pós-trauma em gravidez
                  subsequente (em 1/5)
                  Transtorno obsessivo-compulsivo

                           Conflito conjugal
                  PAI

                  IRMÃOS               FAMÍLIA
ATITUDE / SUPORTE
OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E O MEIO SOCIAL

Elia, A.D. The management of grief situations in obstetrics.
BMQ v.10, n.1, p.6-12, 1959 Primeiro relato (literatura médica)
Kennel, J.H. et al . The mourning response of parents to the death of the
newborn infant. N Engl J Med, v.283, n. 7, p.344-349, 1970.

                         O “NÃO-EVENTO”
 FASE IMEDIATA
  A atitude dos médicos      do ultrassonografista ao patologista
  Programas hospitalares de humanização e de aconselhamento

 FASE TARDIA (seis meses / um ou dois anos)
  Não-reconhecimento pelos profissionais da área da saúde e pela
    própria sociedade
A grief without a shape
      is imageless.
                                                        ATIVIDADES CRIATIVAS
………………………………….
A grief without a shape
      is endless…      P.Petrie, “Lost child” (1984)    Artesanato

                                                        Tapeçaria

   Apoio                                                Artes plásticas
                                           SÍMBOLOS
 espiritual             RITUAL
                                                        Literatura e poesia
   Apoio
psicológico                                             Psicodrama / Histórias

                       Give sorrow words.               Música
                  The grief that does not speak
                  Whispers the oer-fraught heart
                        And bids it break.

                         William Shakespeare, MacBeth
Mizuko Kuyō (水子供養)




                        Mizuko jizō




                     Mizuko , 水子

                     “filho da água”

                      vida líquida
ARTE COMO ELABORAÇÃO E EXPRESSÃO
       DA PERDA REPRODUTIVA




                                      Frida Kahlo



                                   Hospital Henry Ford
                                   (1932)
CURANDO COM ARTE

 ponte entre o consciente e o inconsciente
 via de expressão dos sentimentos
 forma produtiva de revelar e processar emoções
 oportunidade de ver situações sob nova perspectiva
 forma de os outros compreenderem a experiência da
  perda
 registro visual e memorial permanente

                       Laura Seftel, Grief Unseen, 2006
The Secret Club
FORMAS DE SUPORTE AO LUTO
   Psicoterapia  Arteterapia    Redes de apoio

            MUSICOTERAPIA
Crianças e adolescentes

        Cuidados paliativos , câncer, AIDS
        Idosos / cuidadores
Adultos Mulheres (viúvas)
        Refugiados, guerras, catástrofes
        Pais

                                               Ruth Bright
 O LUTO NA PERDA REPRODUTIVA :
     UM CAMPO DE ATUAÇÃO
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ENCONTROS HUMANISTAS

Atividades criativas na terapia da perda gestacional

       Ana Maria A. Lana

 Criatividade e expressão pessoal sob a ótica da
         Abordagem Centrada na Pessoa

       Marcia Piramo Proença

    Dia 26/09, quarta-feira, das 19 às 21 horas

        Instituto Humanista de Psicoterapia
        Rua Aristóteles Caldeira, 87 Prado
                   Tel: 3292-8431
FUTURO
PASSADO                           Programa de atendimento
Suporte ausente ou informal          em Musicoterapia

                                         CRIATIVA
PRESENTE                             Improvisação
                                     Recriação
 Profissionais sensibilizados       Composição
 Serviço Social atuante
 Programa de Humanização        Perform       dar forma a

                                 Outras formas de expressão
                                  Verbalização
                                  Outras formas de arte
O LUTO NA PERDA
   REPRODUTIVA

UM CAMPO DE ATUAÇÃO
        DA
   MUSICOTERAPIA
Obrigada

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A arte como elaboração e expressão da perda gestacional

  • 1. ATIVIDADE S CRIATIVAS NA TERAPIA DA PERDA GESTACIONAL Ana Maria Arruda Lana
  • 2. PERDA REPRODUTIVA Aborto, gravidez ectópica, gravidez molar, fertilização “in vitro”, óbito perinatal FATORES • FREQUÊNCIA • HISTÓRICOS • IMPACTO • CULTURAIS • ATITUDE • SOCIAIS • ECONÔMICOS • SUPORTE
  • 3. Aborto Óbito fetal e perinatal  precoce Natimorto Neomorto < 10 semanas > 20 semanas  tardio > 500 g  precoce 11 a 20 < 7 dias semanas  tardio < 500 g 8 – 28 dias
  • 4. FREQUÊNCIA Europa , século XIX Mortalidade infantil (< 1 ano) = 150-200/1.000 nascidos vivos Natimortalidade Inglaterra: registros a partir de 1928 UK, Europa, USA (6 cidades), 1880-1930 = 5-10% dos nascimentos Século XX Mortalidade perinatal, UK 1945 = 45 / 1.000 nascidos vivos 1981 = 12 / 1.000 nascidos vivos (Badenhorst & Hughes, 2007)
  • 5. Século XXI 15 % das gestações clinicamente reconhecidas (≥ 6 semanas) Entre 6-12 semanas: risco de 9-12% em mulheres < 35 anos 45% acima dos 40 anos Recurrente: 5% dos casais que planejam família 30 % de todas as concepções Óbito perinatal - USA, 2003 = 11/1.000 * Brasil, 2007** óbito fetal = 11.1/1.000 óbito neonatal precoce = 8.1/1.000 tardio = 2.5/1.000 *National Center for Health Statistics, 2003 ** MS/SVS/DASIS-SIM
  • 6. PERDA REPRODUTIVA NO HC/UFMG 107 autópsias perinatais 2007 a 2008 280 abortos precoces 53 abortos tardios 440 casos 81 óbitos perinatais (12% dos óbitos 2009 hospitalares) 23 abortos / mês 357 casos MAIS DE UMA PERDA / DIA
  • 7. IMPACTO E SIGNIFICADO FASES DO LUTO Kübler-Ross, E. (1969) Silvermann, P. (2000) Negação Impacto Raiva Negociação SIGNIFICADO “Rebote” Depressão Aceitação Acomodação Na perda reprodutiva diferente e ainda pouco compreendido “Perder o futuro” Culpa Memória traumática A PERDA INVISÍVEL Recurrência
  • 8. MÃE Tristeza, raiva Irritabilidade , insônia Sintomas somáticos VÍNCULO PRECOCE Depressão Morrison, 2006 Ansiedade Stress pós-trauma em gravidez subsequente (em 1/5) Transtorno obsessivo-compulsivo Conflito conjugal PAI IRMÃOS FAMÍLIA
  • 9. ATITUDE / SUPORTE OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E O MEIO SOCIAL Elia, A.D. The management of grief situations in obstetrics. BMQ v.10, n.1, p.6-12, 1959 Primeiro relato (literatura médica) Kennel, J.H. et al . The mourning response of parents to the death of the newborn infant. N Engl J Med, v.283, n. 7, p.344-349, 1970. O “NÃO-EVENTO” FASE IMEDIATA  A atitude dos médicos do ultrassonografista ao patologista  Programas hospitalares de humanização e de aconselhamento FASE TARDIA (seis meses / um ou dois anos)  Não-reconhecimento pelos profissionais da área da saúde e pela própria sociedade
  • 10. A grief without a shape is imageless. ATIVIDADES CRIATIVAS …………………………………. A grief without a shape is endless… P.Petrie, “Lost child” (1984) Artesanato Tapeçaria Apoio Artes plásticas SÍMBOLOS espiritual RITUAL Literatura e poesia Apoio psicológico Psicodrama / Histórias Give sorrow words. Música The grief that does not speak Whispers the oer-fraught heart And bids it break. William Shakespeare, MacBeth
  • 11. Mizuko Kuyō (水子供養) Mizuko jizō Mizuko , 水子 “filho da água” vida líquida
  • 12.
  • 13. ARTE COMO ELABORAÇÃO E EXPRESSÃO DA PERDA REPRODUTIVA Frida Kahlo Hospital Henry Ford (1932)
  • 14. CURANDO COM ARTE  ponte entre o consciente e o inconsciente  via de expressão dos sentimentos  forma produtiva de revelar e processar emoções  oportunidade de ver situações sob nova perspectiva  forma de os outros compreenderem a experiência da perda  registro visual e memorial permanente Laura Seftel, Grief Unseen, 2006
  • 16.
  • 17. FORMAS DE SUPORTE AO LUTO  Psicoterapia  Arteterapia  Redes de apoio MUSICOTERAPIA Crianças e adolescentes Cuidados paliativos , câncer, AIDS Idosos / cuidadores Adultos Mulheres (viúvas) Refugiados, guerras, catástrofes Pais Ruth Bright O LUTO NA PERDA REPRODUTIVA : UM CAMPO DE ATUAÇÃO DA MUSICOTERAPIA ?
  • 18. ENCONTROS HUMANISTAS Atividades criativas na terapia da perda gestacional Ana Maria A. Lana Criatividade e expressão pessoal sob a ótica da Abordagem Centrada na Pessoa Marcia Piramo Proença Dia 26/09, quarta-feira, das 19 às 21 horas Instituto Humanista de Psicoterapia Rua Aristóteles Caldeira, 87 Prado Tel: 3292-8431
  • 19. FUTURO PASSADO Programa de atendimento Suporte ausente ou informal em Musicoterapia CRIATIVA PRESENTE  Improvisação  Recriação  Profissionais sensibilizados  Composição  Serviço Social atuante  Programa de Humanização Perform dar forma a Outras formas de expressão  Verbalização  Outras formas de arte
  • 20. O LUTO NA PERDA REPRODUTIVA UM CAMPO DE ATUAÇÃO DA MUSICOTERAPIA