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SITUAÇÕES DESAFIADORAS NO TRATAMENTO DE
           FERIDAS COMPLEXAS

PESSOAS IMUNOSUPRIMIDAS E MANEJO DA DOR




                                  Lina Monetta
IMUNOSSUPRESSÃO
Ato de reduzir a atividade ou eficiência do sistema imunológico

   Pacientes imunossuprimidos:
     –   HIV+
     –   CA
     – Síndromes de imunodeficiência congénita
     – Esplenectomizados.

   Pacientes em tratamento de doenças auto-imunes
     – Doença de Crhon, artrite reumatóide, Lupus eritematoso

   Pacientes transplantados (órgãos sólidos)

   Pacientes Transplantados com Células Tronco Hematopóticas (TCTH)
     – Controle da doença enxerto-versus-hospedeiro (DECH)
     – Submetidos a imunossupressão, quimioterapia e ITC

    ORTIZ,E; YENG,RT; ALLIEGRO,FC; SAKANO,E Microbiologia nos imunossuprimidos do Hospital das Clínicas.
    Reb Bras Otorr, Vol. 77 / Edição 4 / Período: Julho - Agosto de 2011
TRANSPLANTE DE CÉLULA TRONCO
              HEMATOPOÉTICA - TCTH
Doenças       hematológicas
               neoplásicas
               imunológicas
               congênitas



Resgate do sistema hematopoético e imunológico
após o condicionamento por quimioterapia em altas
doses e ICT



1.   Destruição memória imunológica
2.   Tratamento da medula ou captação de medula saudável
3.   Infusão das celulas tronco
4.   Reinício da história imuno-hematológica
DECH – doença do enxerto contra hospedeiro

   Síndrome sistêmica considerada uma das principais complicações do
    TCTH alogênico

   Incidência: 30 a 50% dos receptores (70% no Transpl não aparentado)

   Responsável por 15 a 40% da taxa de mortalidade aguda do TMO

   Provoca dano especialmente nos tecidos da pele, fígado e intestino

   Dificulta drásticamente a qualidade de vida do paciente durante o
    tratamento

   Compromete seu prognóstico, aumentando seu tempo de internação,
    elevando muito o custo de seu tratamento




    Apperley,J    Masszi,T    Graft-versus-host disease in The EBMT Handbook Haematopoietic Stem Cell
    Transplantation 2012
     Santos PSS, et al Doença do enxerto versus hospedeiro em pacientes transplantados de medula óssea. RPG
    Rev Pós Grad 2005;12(4)506-11
     Vizoni SL, et al Ver. Bras. Hematol. Hemoter. 2008; 30(2):142-152.
Mecanismo Imunofisiopatológico da DECH
Regime de Condicionamento
Dano Tissular no hospedeiro
(pele, intestino e fígado)

Liberação de citocinas inflamatórias
(IL1; TNF α) e penetração de lipossacarídeos
bacterianos entéricos

Exposição de Ag teciduais (APC)

Recrutamento do sistema imunológico
linf T (se expandem clonalmente)
produção de interleucinas IL2; IL4

Ativação dos linf TH1 e TH2 que produzem
uma “tormenta de citocinas”

Ativação de linf T, macrófagos, mastócitos e
cels NK

Apoptose celular e dano tissular no receptor
CLASSIFICAÇÃO DA DECH
             NIH Consensus Conference for GVHD (2005)
                                                                                                 Dias após TMO
                                                                                0                      100

                                                                                                   Persistente

DECH aguda                                                                          Recorrente                   Recorrente

   < 100 dias (7º-21º)                                                                                             Tardia




                                                                      Aguda
   Características agudas
   Acomete pele, fígado e TGI




                                                               GVHD
                                                                                    Quiescente
DECH crônica
   Após o 100º dia
   Características dç auto-imune
   síndrome multiorgânica,



                                                                      Crônica
                                                                                                                 Progressiva
   dç esclerodérmica
                                                                                                                 Quiescente

                                                                                                                  De Novo




   NIH Consensus Conference for GVHD (2005)
   TRELEAVEN J, BARRETT AJ, Hematopoietic Stem cell Transplantation in Clinical Practice .ELSEVIER,
   2009. p. 387-407
Manifestações Cutâneas DECHa

   Queimação e/ou prurido palmo-plantar

   Eritema palmo-plantar ou difuso

   Exantema maculo-papular (tórax, pescoço e bochecha)

   Orelha violáceas

   Comprometimento mucoso (≈ indução por quimioterápico)

   Eritrodermia esfoliativa e flictenas(quadro cutâneo ≈ necrólise
    epidérmica tóxica)




    FUNKE AMV, UFPR – Curitiba – Fisiopatologia da   http://www.osiris.com/prod_gvhd.php
    Doença do Enxerto contra Hospedeiro
DECH Grau IV




                            2

1
                                                                           4


                            3




1. http://www.osiris.com/prod_gvhd.php
2. Hausermann, P, et al. Dermatology 2008;216:287–304
3. LM Ball and RM Egeler, Bone Marrow Transplantation (2008) 41, S58–S64
4. http://emedicine.medscape.com/article/886758-media
DECHa Evolução Histológica



ESTADIO           DANO
I                 Vacuolização dos queratinócitos
                  basais
II                Presença de queratinócitos
                  disceratóticos e vacuolização
                  dos queratinócitos basais
III               Fendas focais da camada basal
IV                Epiderme totalmente separada da
                  derme



MATOS SILVA, M ; BOUZAS, L.F.; FILGUEIRA, A L; Manifestações tegumentares
da DECH em pacierntes transplantados de medula óssea. An Bras de Dermatol
2005: 80 (1) 69-80.
Manifestação DECHcrônica pele

  CARACTERÍSTICA / SECUNDÁRIO
  Poiquiloderme    eritema
   pigmentação, atrofia, telangiectasia e eritema


  Liquen plano – like     queratose
  Alterações escleróticas lesão vitiligóide
  Morphea – like          hiperpigmentação/ despigmentação
  espessamento e endurecimento por colágeno




                          liquen plano
morphea                                             morphea
despigmentação
TMO halogênico
Doador masc aparentado “full match”
Manifestações DECH crônica

      característica                    COMUM DECHa
BOCA
Restrição de abertura (por esclerose)    gengivite
Placas hiperqueratóticas                 mucosite
Xerostomia                               eritema
Atrofia de mucosa
Liquen plano

UNHAS
Distrofia
Sulcos longitudinais
Queda das unhas
MANEJO DA DOR
   Investigar tolerância álgica na fase pré condicionamento
    dor neuropática
    ardor e queimação
    lesões da mucosite
    prurido intenso
    dor articular

   Monitorar queixas álgicas
     – durante o condicionamento
     – pega da medula
     – até alta (intensificando se DECH)

   Conhecer queixas do paciente
     – Mapear (referência inidividual)

     – Observação detalhada e instrumentalizada (definir escala)

     – Registro detalhado queixaXmedicaçãoXcuidados e recursos
       (diagrama)
PRINCÍPIOS DE BOAS PRÁTICAS
World Union of Wound Healing Societies - WUWHS / 2007

Minimização da dor nos curativos e implementação de estratégias
   para alívio da dor


   Identificar e tratar a causa da ferida crônica atacando a causa

     –   Controlar o edema
     –   Controlar a infecção
     –   Controlar a pressão


   Evoluir e documentar as características das queixas álgicas de forma
    regular


   Realizar o manejo da ferida de forma suave, evitando atrito, aderência e
    soluções frias
PRINCÍPIOS DE BOAS PRÁTICAS
World Union of Wound Healing Societies - WUWHS / 2007

Minimização da dor nos curativos e implementação de estratégias
   para alívio da dor


   Selecionar método apropriado de desbridamento, considerando a queixa
    álgica já existente e tolerância do paciente

   Escolher produtos que minimizem o trauma na troca do curativo,
    ofereçam conforto, balanço hídrico e evite maceração

   Avaliar necessidade de uso de fármacos ou outras terapias para tratar a
    dor

ATENÇÃO:
 Como a dor é investigada? Observar sinais não verbais
 Escutar o que o paciente diz e o que ele espera
 Aprender a respeitar as expectativas do paciente
Mecanismos de hidratação tópica da pele
      1.Oclusão
      2.Umectação
      3.Hidratação ativa
                              Umectação : retêm água da
Oclusão: sobre a camada       formulação + atmosfera + cd Hidratação ativa: ativos permeiam
córnea diminui a perda trans- córnea , sem permeá-la      camada córnea, podendo reter água
epidermal                                                 em toda extensão




                                    filme hidrofílico aumentando a
                                   retenção de água na superfície
                                                                               Permeia a camada córnea
Filme lipofílico Óleos vegetais,   cutânea
                                                                   ligando-se a moléculas de água, diminui
minerais e gorduras animais        Produtos enriquecidos com uréia
                                                                   perda transepiderma Derma Membrane
ativos hidratantes por oclusão     por diferença de osmolaridade
                                                                   Structurel   DMS ou com lactato de
                                   *Aquaporinas
                                                                   amônia
+25 TMO halogenico
não aparentado 10 /10
Detecção precoce
Comunicação equipe
Monitoramento
Proteção
Drenagem e proteção
Monitoramento
Stenotrofomonas
AS DORES OCULTAS...


RESSECAMENTO E ALTERAÇÕES DA PELE

PRURIDO INTENSO

ARDÊNCIA E QUEIMAÇÃO

FÂNEROS ALTERADOS

ROSTO/CORPO CUSHINGÓIDE


COMO ATUAR??

OUVIR

ESTIMULAR CONSCIÊNCIA CORPORAL


RESPEITO À DIMENSÃO ESTÉTICA DO PACIENTE
DIMENSÃO ESTÉTICA DO SER HUMANO
E CONSCIÊNCIA CORPORAL
“quando estamos bem,
nos sentimos belos ”



Consciência
     Respeito
           Cuidado
Lina - 21/09/2012

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Apresentação Oral - Trabalho 42 (19/09/2012 - Tarde)
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Apresentação Oral - Trabalho 44 (19/09/2012 - Tarde)
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Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)
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International projects to prevent chronic wounds - 20/09/2012
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Pedro dantas - 20/09/2012
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Lina - 21/09/2012

  • 1. SITUAÇÕES DESAFIADORAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS COMPLEXAS PESSOAS IMUNOSUPRIMIDAS E MANEJO DA DOR Lina Monetta
  • 2. IMUNOSSUPRESSÃO Ato de reduzir a atividade ou eficiência do sistema imunológico  Pacientes imunossuprimidos: – HIV+ – CA – Síndromes de imunodeficiência congénita – Esplenectomizados.  Pacientes em tratamento de doenças auto-imunes – Doença de Crhon, artrite reumatóide, Lupus eritematoso  Pacientes transplantados (órgãos sólidos)  Pacientes Transplantados com Células Tronco Hematopóticas (TCTH) – Controle da doença enxerto-versus-hospedeiro (DECH) – Submetidos a imunossupressão, quimioterapia e ITC ORTIZ,E; YENG,RT; ALLIEGRO,FC; SAKANO,E Microbiologia nos imunossuprimidos do Hospital das Clínicas. Reb Bras Otorr, Vol. 77 / Edição 4 / Período: Julho - Agosto de 2011
  • 3. TRANSPLANTE DE CÉLULA TRONCO HEMATOPOÉTICA - TCTH Doenças hematológicas neoplásicas imunológicas congênitas Resgate do sistema hematopoético e imunológico após o condicionamento por quimioterapia em altas doses e ICT 1. Destruição memória imunológica 2. Tratamento da medula ou captação de medula saudável 3. Infusão das celulas tronco 4. Reinício da história imuno-hematológica
  • 4. DECH – doença do enxerto contra hospedeiro  Síndrome sistêmica considerada uma das principais complicações do TCTH alogênico  Incidência: 30 a 50% dos receptores (70% no Transpl não aparentado)  Responsável por 15 a 40% da taxa de mortalidade aguda do TMO  Provoca dano especialmente nos tecidos da pele, fígado e intestino  Dificulta drásticamente a qualidade de vida do paciente durante o tratamento  Compromete seu prognóstico, aumentando seu tempo de internação, elevando muito o custo de seu tratamento Apperley,J Masszi,T Graft-versus-host disease in The EBMT Handbook Haematopoietic Stem Cell Transplantation 2012 Santos PSS, et al Doença do enxerto versus hospedeiro em pacientes transplantados de medula óssea. RPG Rev Pós Grad 2005;12(4)506-11 Vizoni SL, et al Ver. Bras. Hematol. Hemoter. 2008; 30(2):142-152.
  • 5. Mecanismo Imunofisiopatológico da DECH Regime de Condicionamento Dano Tissular no hospedeiro (pele, intestino e fígado) Liberação de citocinas inflamatórias (IL1; TNF α) e penetração de lipossacarídeos bacterianos entéricos Exposição de Ag teciduais (APC) Recrutamento do sistema imunológico linf T (se expandem clonalmente) produção de interleucinas IL2; IL4 Ativação dos linf TH1 e TH2 que produzem uma “tormenta de citocinas” Ativação de linf T, macrófagos, mastócitos e cels NK Apoptose celular e dano tissular no receptor
  • 6. CLASSIFICAÇÃO DA DECH NIH Consensus Conference for GVHD (2005) Dias após TMO 0 100 Persistente DECH aguda Recorrente Recorrente < 100 dias (7º-21º) Tardia Aguda Características agudas Acomete pele, fígado e TGI GVHD Quiescente DECH crônica Após o 100º dia Características dç auto-imune síndrome multiorgânica, Crônica Progressiva dç esclerodérmica Quiescente De Novo NIH Consensus Conference for GVHD (2005) TRELEAVEN J, BARRETT AJ, Hematopoietic Stem cell Transplantation in Clinical Practice .ELSEVIER, 2009. p. 387-407
  • 7. Manifestações Cutâneas DECHa  Queimação e/ou prurido palmo-plantar  Eritema palmo-plantar ou difuso  Exantema maculo-papular (tórax, pescoço e bochecha)  Orelha violáceas  Comprometimento mucoso (≈ indução por quimioterápico)  Eritrodermia esfoliativa e flictenas(quadro cutâneo ≈ necrólise epidérmica tóxica) FUNKE AMV, UFPR – Curitiba – Fisiopatologia da http://www.osiris.com/prod_gvhd.php Doença do Enxerto contra Hospedeiro
  • 8. DECH Grau IV 2 1 4 3 1. http://www.osiris.com/prod_gvhd.php 2. Hausermann, P, et al. Dermatology 2008;216:287–304 3. LM Ball and RM Egeler, Bone Marrow Transplantation (2008) 41, S58–S64 4. http://emedicine.medscape.com/article/886758-media
  • 9. DECHa Evolução Histológica ESTADIO DANO I Vacuolização dos queratinócitos basais II Presença de queratinócitos disceratóticos e vacuolização dos queratinócitos basais III Fendas focais da camada basal IV Epiderme totalmente separada da derme MATOS SILVA, M ; BOUZAS, L.F.; FILGUEIRA, A L; Manifestações tegumentares da DECH em pacierntes transplantados de medula óssea. An Bras de Dermatol 2005: 80 (1) 69-80.
  • 10. Manifestação DECHcrônica pele CARACTERÍSTICA / SECUNDÁRIO Poiquiloderme eritema pigmentação, atrofia, telangiectasia e eritema Liquen plano – like queratose Alterações escleróticas lesão vitiligóide Morphea – like hiperpigmentação/ despigmentação espessamento e endurecimento por colágeno liquen plano morphea morphea
  • 12. TMO halogênico Doador masc aparentado “full match”
  • 13. Manifestações DECH crônica característica COMUM DECHa BOCA Restrição de abertura (por esclerose) gengivite Placas hiperqueratóticas mucosite Xerostomia eritema Atrofia de mucosa Liquen plano UNHAS Distrofia Sulcos longitudinais Queda das unhas
  • 14. MANEJO DA DOR  Investigar tolerância álgica na fase pré condicionamento dor neuropática ardor e queimação lesões da mucosite prurido intenso dor articular  Monitorar queixas álgicas – durante o condicionamento – pega da medula – até alta (intensificando se DECH)  Conhecer queixas do paciente – Mapear (referência inidividual) – Observação detalhada e instrumentalizada (definir escala) – Registro detalhado queixaXmedicaçãoXcuidados e recursos (diagrama)
  • 15. PRINCÍPIOS DE BOAS PRÁTICAS World Union of Wound Healing Societies - WUWHS / 2007 Minimização da dor nos curativos e implementação de estratégias para alívio da dor  Identificar e tratar a causa da ferida crônica atacando a causa – Controlar o edema – Controlar a infecção – Controlar a pressão  Evoluir e documentar as características das queixas álgicas de forma regular  Realizar o manejo da ferida de forma suave, evitando atrito, aderência e soluções frias
  • 16. PRINCÍPIOS DE BOAS PRÁTICAS World Union of Wound Healing Societies - WUWHS / 2007 Minimização da dor nos curativos e implementação de estratégias para alívio da dor  Selecionar método apropriado de desbridamento, considerando a queixa álgica já existente e tolerância do paciente  Escolher produtos que minimizem o trauma na troca do curativo, ofereçam conforto, balanço hídrico e evite maceração  Avaliar necessidade de uso de fármacos ou outras terapias para tratar a dor ATENÇÃO:  Como a dor é investigada? Observar sinais não verbais  Escutar o que o paciente diz e o que ele espera  Aprender a respeitar as expectativas do paciente
  • 17. Mecanismos de hidratação tópica da pele 1.Oclusão 2.Umectação 3.Hidratação ativa Umectação : retêm água da Oclusão: sobre a camada formulação + atmosfera + cd Hidratação ativa: ativos permeiam córnea diminui a perda trans- córnea , sem permeá-la camada córnea, podendo reter água epidermal em toda extensão filme hidrofílico aumentando a retenção de água na superfície Permeia a camada córnea Filme lipofílico Óleos vegetais, cutânea ligando-se a moléculas de água, diminui minerais e gorduras animais Produtos enriquecidos com uréia perda transepiderma Derma Membrane ativos hidratantes por oclusão por diferença de osmolaridade Structurel DMS ou com lactato de *Aquaporinas amônia
  • 18.
  • 19.
  • 20. +25 TMO halogenico não aparentado 10 /10 Detecção precoce Comunicação equipe Monitoramento Proteção Drenagem e proteção Monitoramento Stenotrofomonas
  • 21. AS DORES OCULTAS... RESSECAMENTO E ALTERAÇÕES DA PELE PRURIDO INTENSO ARDÊNCIA E QUEIMAÇÃO FÂNEROS ALTERADOS ROSTO/CORPO CUSHINGÓIDE COMO ATUAR?? OUVIR ESTIMULAR CONSCIÊNCIA CORPORAL RESPEITO À DIMENSÃO ESTÉTICA DO PACIENTE
  • 22. DIMENSÃO ESTÉTICA DO SER HUMANO E CONSCIÊNCIA CORPORAL
  • 23.
  • 24. “quando estamos bem, nos sentimos belos ” Consciência Respeito Cuidado