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Distinguir duas
dimensões do trabalho:
Sentido filosófico
(corrente materialismo histórico):
• Criação da vida humana;
• Condição constitutiva dos
seres humanos em relação entre
os seus iguais;
• Transformação da
natureza: satisfazer as múltiplas
necessidades humanas (materiais
e imateriais).
Sentido Econômico
Capitalista (atual)
•Emprego;
•Trabalho assalariado;
•Sobrevivência/
sustento;
•Inserção social;
•Ocupação.
Mas o que é ser humano?
Compreensão histórica: três diferentes dimensões
SER HUMANO
Individualidade Natureza
(constituído e dependente
de ar, água, comida,
vitaminas, sais minerais,
etc.)
Ser Social:
•Produz sua individualidade e
natureza em relação aos
demais seres humanos através
do trabalho.
•A individualidade que
possuímos e a natureza que
desenvolvemos estão
Modo De Produção
Processo pelo qual certos recursos naturais
sofrem transformações deliberadas pela
intervenção do trabalho humano, resultando daí
bens e serviços voltados para a satisfação de
necessidades dos indivíduos, dos grupos sociais
e de uma sociedade inteira.
É a forma de organização socioeconômica associada a
uma determinada etapa de desenvolvimento das forças
produtivas e das relações de produção.
HEIN?
•São, portanto, todas as forças usadas para controlar ou
transformar a Natureza, com vistas à produção de bens
materiais. Mas a principal força produtiva é o próprio
homem - seu corpo, sua energia, sua inteligência, seu
conhecimento.
Forças Produtivas
•Combinação da força de trabalho humana com os meios de
produção- isto é, instrumentos e objetos de trabalho, tais como
tecnologia, incluindo infra-estrutura, ferramentas, máquinas,
técnicas, materiais, conhecimento técnico; a terra e demais
recursos naturais.
• São as formas como os seres
humanos desenvolvem suas
relações de trabalho e
distribuição no processo de
produção e reprodução da vida
material.
Relações de Produção
O trabalho neste tipo de economia isolada e extrativa é
um esforço apenas complementar ao trabalho da
natureza: o homem colhe o fruto produzido pela
árvore da mata virgem; extrai do rio o peixe; caça
animais da floresta.
Grupo de pessoas ligadas por laços de sangue e sentimentos,
motivadas por lendas, mitos, crenças e conhecimentos
comuns, e que provêm à sua subsistência por um esforço
coletivo (todos trabalham)
Os homens apropriavam-se coletivamente dos meios
de produção (armas, ferramentas, etc.). Não havia a
divisão em classes. Tudo era feito em comum.
Na unidade da tribo dava-se a apropriação coletiva da terra,
constituindo a propriedade tribal na qual os homens produziam sua
existência em comum.
Modo de produção “Primitiva”: Caça e coleta
A expansão numérica leva a conquistar novas
áreas de floresta para o cultivo. A selva vai
sendo destruída e transformada em mato
rasteiro ou terra de pastagens.
O homem fixa-se a terra. Maior divisão do
trabalho: Enquanto alguns plantam, outros
caçam, e ainda outros criam animais.
Descobrindo na agricultura e na pecuária uma
nova fonte de alimento para si e seus filhos, os
homens se multiplicam.
Com o trabalho da terra deve ter surgido
ao mesmo tempo a noção de
propriedade e o produto excedente, ou
seja, o produto não imediatamente
consumido.
Modo de Produção “Primitiva”: Agricultura e pecuária
Os homens trabalhando com as próprias mãos,
e com as forças dos seus músculos, têm a
sensação de que lhes pertence o grão dela
colhido. Reivindicarão a posse ou o direito de
domínio e determinação sobre o produto deste
pedaço de terra que cultivam.
E se sobra alguma coisa, troca-se com as
tribos vizinhas: “minha sobra de milho por
sua sobra de trigo ou leite de cabra”.
Mas se o vizinho domina um território
mais vasto, e as suas sobras superam as
de toda a vizinhança, as trocas se tornam
desiguais e geram um novo excedente, de
onde se instala uma relação de
desigualdade entre as tribos.
Com intuito de conquistar novas
terras, a guerra torna-se um meio efetivo
para tal ganho. Frequentemente, o povo
conquistado permaneceu para trabalhar e
entregar seus excedentes aos novos
senhores.
Comunidades de camponeses presos à terra deviam tributos e serviços ao
Estado (único proprietário do solo) ao qual estavam submetidas,
representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó, que se apropriavam
do excedente agrícola, distribuindo-o entre a nobreza, formada por
sacerdotes e guerreiros.
Este Estado todo-poderoso
intervinha diretamente no controle
da produção.
Modo de produção asiático
A apropriação privada da terra, então o principal meio
de produção, gerou a divisão dos homens em classes.
Configuram-se, em conseqüência, duas classes sociais
fundamentais: a classe dos proprietários e a dos não-
proprietários.
A produção de excedente em
benefício do Estado é o que
proporcionou a constituição de
grandes exércitos e de obras
monumentais, como pirâmides,
templos e canais de irrigação.
Pela guerra são capturados escravos que vieram
constituir a base da força de trabalho, ficando
submetidos sob a categoria mais baixa da
hierarquia social do povo conquistador.
Modo de produção escravista
O controle privado da terra onde os homens vivem coletivamente
tornou possível aos proprietários viver do trabalho alheio; do
trabalho dos não-proprietários que passaram a ter a obrigação de
manterem-se a si mesmos e ao dono da terra (o seu Senhor).
Ninguém pode viver sem trabalhar. Sem trabalho o
homem não pode viver. No entanto, o advento da
propriedade privada tornou possível à classe dos
proprietários viver sem trabalhar.
Os senhores eram proprietários das forças produtivas (os escravos), dos meios de
produção (terra, instrumentos de produção, etc) e do produto do trabalho.
Diferença na educação/formação entre os
cidadãos livres e os escravos
Educação assimilada ao próprio
processo de trabalho.
Origem da escola. A palavra escola deriva do
grego e significa ‘o lugar do ócio’, tempo livre.
Era o lugar para onde iam os que dispunham
de tempo livre.
Educação centrada nas atividades
intelectuais, na arte da palavra e
nos exercícios físicos de caráter
lúdico ou militar.
Ou seja,
Ao cidadão livre, sua atividade
seria a de discutir e procurar
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CONTINUA...

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Distinguindo as dimensões do trabalho e modos de produção ao longo da história

  • 1.
  • 2. Distinguir duas dimensões do trabalho: Sentido filosófico (corrente materialismo histórico): • Criação da vida humana; • Condição constitutiva dos seres humanos em relação entre os seus iguais; • Transformação da natureza: satisfazer as múltiplas necessidades humanas (materiais e imateriais). Sentido Econômico Capitalista (atual) •Emprego; •Trabalho assalariado; •Sobrevivência/ sustento; •Inserção social; •Ocupação.
  • 3. Mas o que é ser humano? Compreensão histórica: três diferentes dimensões SER HUMANO Individualidade Natureza (constituído e dependente de ar, água, comida, vitaminas, sais minerais, etc.) Ser Social: •Produz sua individualidade e natureza em relação aos demais seres humanos através do trabalho. •A individualidade que possuímos e a natureza que desenvolvemos estão
  • 4. Modo De Produção Processo pelo qual certos recursos naturais sofrem transformações deliberadas pela intervenção do trabalho humano, resultando daí bens e serviços voltados para a satisfação de necessidades dos indivíduos, dos grupos sociais e de uma sociedade inteira. É a forma de organização socioeconômica associada a uma determinada etapa de desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção. HEIN?
  • 5. •São, portanto, todas as forças usadas para controlar ou transformar a Natureza, com vistas à produção de bens materiais. Mas a principal força produtiva é o próprio homem - seu corpo, sua energia, sua inteligência, seu conhecimento. Forças Produtivas •Combinação da força de trabalho humana com os meios de produção- isto é, instrumentos e objetos de trabalho, tais como tecnologia, incluindo infra-estrutura, ferramentas, máquinas, técnicas, materiais, conhecimento técnico; a terra e demais recursos naturais.
  • 6. • São as formas como os seres humanos desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção e reprodução da vida material. Relações de Produção
  • 7.
  • 8.
  • 9. O trabalho neste tipo de economia isolada e extrativa é um esforço apenas complementar ao trabalho da natureza: o homem colhe o fruto produzido pela árvore da mata virgem; extrai do rio o peixe; caça animais da floresta. Grupo de pessoas ligadas por laços de sangue e sentimentos, motivadas por lendas, mitos, crenças e conhecimentos comuns, e que provêm à sua subsistência por um esforço coletivo (todos trabalham) Os homens apropriavam-se coletivamente dos meios de produção (armas, ferramentas, etc.). Não havia a divisão em classes. Tudo era feito em comum. Na unidade da tribo dava-se a apropriação coletiva da terra, constituindo a propriedade tribal na qual os homens produziam sua existência em comum. Modo de produção “Primitiva”: Caça e coleta
  • 10. A expansão numérica leva a conquistar novas áreas de floresta para o cultivo. A selva vai sendo destruída e transformada em mato rasteiro ou terra de pastagens. O homem fixa-se a terra. Maior divisão do trabalho: Enquanto alguns plantam, outros caçam, e ainda outros criam animais. Descobrindo na agricultura e na pecuária uma nova fonte de alimento para si e seus filhos, os homens se multiplicam. Com o trabalho da terra deve ter surgido ao mesmo tempo a noção de propriedade e o produto excedente, ou seja, o produto não imediatamente consumido. Modo de Produção “Primitiva”: Agricultura e pecuária
  • 11. Os homens trabalhando com as próprias mãos, e com as forças dos seus músculos, têm a sensação de que lhes pertence o grão dela colhido. Reivindicarão a posse ou o direito de domínio e determinação sobre o produto deste pedaço de terra que cultivam. E se sobra alguma coisa, troca-se com as tribos vizinhas: “minha sobra de milho por sua sobra de trigo ou leite de cabra”. Mas se o vizinho domina um território mais vasto, e as suas sobras superam as de toda a vizinhança, as trocas se tornam desiguais e geram um novo excedente, de onde se instala uma relação de desigualdade entre as tribos. Com intuito de conquistar novas terras, a guerra torna-se um meio efetivo para tal ganho. Frequentemente, o povo conquistado permaneceu para trabalhar e entregar seus excedentes aos novos senhores.
  • 12. Comunidades de camponeses presos à terra deviam tributos e serviços ao Estado (único proprietário do solo) ao qual estavam submetidas, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó, que se apropriavam do excedente agrícola, distribuindo-o entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros. Este Estado todo-poderoso intervinha diretamente no controle da produção. Modo de produção asiático A apropriação privada da terra, então o principal meio de produção, gerou a divisão dos homens em classes. Configuram-se, em conseqüência, duas classes sociais fundamentais: a classe dos proprietários e a dos não- proprietários. A produção de excedente em benefício do Estado é o que proporcionou a constituição de grandes exércitos e de obras monumentais, como pirâmides, templos e canais de irrigação.
  • 13. Pela guerra são capturados escravos que vieram constituir a base da força de trabalho, ficando submetidos sob a categoria mais baixa da hierarquia social do povo conquistador. Modo de produção escravista O controle privado da terra onde os homens vivem coletivamente tornou possível aos proprietários viver do trabalho alheio; do trabalho dos não-proprietários que passaram a ter a obrigação de manterem-se a si mesmos e ao dono da terra (o seu Senhor). Ninguém pode viver sem trabalhar. Sem trabalho o homem não pode viver. No entanto, o advento da propriedade privada tornou possível à classe dos proprietários viver sem trabalhar.
  • 14. Os senhores eram proprietários das forças produtivas (os escravos), dos meios de produção (terra, instrumentos de produção, etc) e do produto do trabalho. Diferença na educação/formação entre os cidadãos livres e os escravos Educação assimilada ao próprio processo de trabalho. Origem da escola. A palavra escola deriva do grego e significa ‘o lugar do ócio’, tempo livre. Era o lugar para onde iam os que dispunham de tempo livre. Educação centrada nas atividades intelectuais, na arte da palavra e nos exercícios físicos de caráter lúdico ou militar. Ou seja, Ao cidadão livre, sua atividade seria a de discutir e procurar soluções para os problemas da cidade. Ao escravo, o trabalho braçal.