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Vou relatar uma sequência de atividades interessantes a partir da leitura da história da GALINHA RUIVA, realizada no ano
                                   passado, 2012, no início do ano letivo (final de fevereiro/início de março). O grupo de crianças era muito heterogêneo e logo
                                   observei focos de interesses variados, porém, o gosto pelas histórias contagiava todas as crianças e gerava muito interesse
                                   pelo assunto lido. O que achei interessante no uso desta história, e que também pode acontecer com outras, é que foi
                                   gerando o uso de outros gêneros textuais, onde um assunto entrelaçava-se a outro e desencadeava novas aprendizagens.

                                   O texto que usei foi retirado de uma coleção: Ler, escrever contar Volume 3. Essa coleção fazia parte do 2° Programa
                                   Especial de Educação do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Por volta de 1993, 1994 eu trabalhava no Ciep Cecília
                                   Meireles. Esse material era bem interessante e nós usávamos com as crianças. O texto foi adaptado por Luzia de Maria e as
                                   foram feitas por Suzana Barros.

                                   Minha intenção desta vez era mais que fazer uma leitura, pois já imaginava que as crianças conhecessem a história, o que não
                                   era muito difícil por se tratar de um texto da nossa tradição oral. Assim, fiz uma pesquisa na turma de quem já conhecia a
                                   história. Todos disseram conhecer! Perguntei quem gostaria de contar para o grupo. Como muitos quiseram, pedi que cada um
                                   fosse contando uma parte. No final eu tinha que criar o “pulo do gato” para não gerar desinteresse. Dessa forma fui logo
                                   dizendo: E será que a minha galinha ruiva é a mesma que a de vocês?... Será que a minha galinha quer fazer bolo também?
Onde mora a galinha de vocês? E a minha.... Onde será que mora? Acho melhor vocês acompanharem a minha história para nos certificarmos de que estamos, ou
não, falando da mesma galinha!!! Essas questões introdutórias foram cruciais para levantar a curiosidade deles. O tom de voz diferente e os trejeitos que fui
fazendo deram uma alegria ao grupo que se deixaram encantar mais uma vez por uma história já conhecida.
Fui fazendo uma leitura pra lá de dramatizada... As crianças estavam gostando muito e acompanhando atentamente, além de irem se certificando dos
acontecidos... Como a história era conhecida também foi uma leitura interativa, onde as crianças também participavam repetindo: “Eu não quero!” Resposta dada
à galinha quando esta pedia ajuda aos amigos preguiçosos! Após esta contação, as crianças estavam eufóricas e pediram para que eu fizesse novamente a “cara”
                                                             da galinha quando recebia um “não” do amigo! Isso porque eu fazia uma “cara” triste, mas ao
                                                             mesmo tempo engraçada! Após muitas risadas, pedi a opinião dos alunos: Muitos disseram que os
                                                             amigos da galinha não eram amigos de verdade, pois não ajudaram a coitada. Muitas crianças
                                                             queriam fazer comentários e esse foi um momento bem importante, pois é a hora que a criança
                                                             tem pra expor suas opiniões, suas ideias, envolver-se com a proposta!

                                                              Todos ilustraram e leram o título da história. Enquanto desenhavam, escrevi o título da história
                                                              em uma tira de papel e pedi, individualmente, que fossem até a mesa para lerem apontando cada
                                                              palavra com o dedo. Isso já para começarem a ajustar o falado ao lido. Tarefa difícil,
                                                              principalmente no início do ano letivo, pois falamos bem rápido e gera dificuldades para as
                                                              crianças, porém é um desafio a ser conquistado. Gosto muito do trabalho com o título da história.
                                                              É uma atividade a mais!

                                                                Como na semana anterior trabalhamos com a história da Galinha dos ovos de ouro, fiz uma
                                                                atividade de diferenciação dos títulos. Propus que montássemos, a partir das palavras móveis, os
títulos das duas histórias e disse que todos teriam que ficar atentos, pois levaria uma tarefa parecida para casa.
As crianças receberam as palavras embaralhadas e como já havíamos lido os títulos várias vezes, tinham condições de reconhecer as palavras para montarem
corretamente. Isso também é outra coisa importante ao criar uma atividade: ela deve ser difícil, mas possível de ser feita pela criançada! Foi uma atividade que
gerou reflexão sobre as letras iniciais das palavras.
A maioria da turma fez esta atividade com facilidade. Fui passando de mesa em mesa para lançar perguntas intrigantes, intervindo dentro das necessidades
específicas de cada criança, de modo que a atividade gerasse reflexões para todos! Muitos também comentavam que A GALINHA DOS OVOS DE OURO tinham
mais palavras que A GALINHA RUIVA. Perguntei o motivo disso e um aluno disse “...que a boca fala mais!” Achei ótimo! Conversamos um pouco mais sobre o
assunto. Perguntei se poderiam me dizer palavras pequenas e palavras grandes. Tinha a intenção de observar se as crianças estavam na fase do realismo nominal,
onde objetos grandes devem ter muitas letras e objetos pequenos, poucas letras. A maioria do grupo já passou dessa fase, pois a ideia da “boca” era muito
enfatizada. “Pão fala pouco e televisão fala muito!” fizemos listas de palavras “grandes” e “pequenas”.



                                                              A atividade ao lado foi uma proposta para casa. Ler os títulos para os pais e ligar à imagem
                                                              correta

                                                              Trabalhamos muito no quadro para a “adivinhação” das letras dos nomes dos animais da história:
                                                              cachorro, galinha, gato e pato, através de emparelhamentos. Refletindo sobre os sons chegamos
                                                              à escrita dos mesmos. Repetimos a atividade, dessa vez em folha e individualmente, usando o
                                                              banco de palavras. Como atividade de casa, uma extensão do que foi feito na aula.

                                                              Li para a turma A LENDA DO MILHO. As crianças ficaram intrigadas com a história e depois de
                                                              muitas perguntas ilustraram o texto que fala do surgimento deste alimento a partir da morte de
                                                              um velho guerreiro. “Mas como pode isso acontecer, foi de verdade?” Conversei sobre a ideia
                                                              das lendas... Sugeri também que perguntassem em casa, aos familiares, se conheciam essa
                                                              história ou outra desse tipo. No dia seguinte somente uma criança chegou contando a história do
                                                              Boto. Ela mesma contou para o grupo.
                                                              Fizemos uma pesquisa no grupo para saber quem gostava de comer milho. A maioria gosta, mas
                                                              alguns comem o industrializado com maior frequência. Resolvemos registrar no quadro quantas
                                                              crianças comiam ou não o milho e de que forma.
                                                               As crianças receberam as letras da palavra milho para organizarem e montarem. Começamos a
                                                              refletir com que letra começava. Como as crianças já haviam visto a palavra várias vezes no
                                                              quadro através de fichas elaboradas para emparelhamento imagem/palavra ficou fácil. Uma das
                                                              coisas que aprendi bem rápido é que devemos trabalhar com a escrita convencional sem se
                                                              preocupar com questões ortográficas e em como cada um vai aprender. Cada criança precisa é
                                                              ter desafios para pensar, fazer reflexões fonológicas. Assim, cada um começa a trilhar seu
                                                              processo de aprendizagem, por conta própria, mas sustentado pela ação do mediador (professor),
                                                              que lhe permite tais reflexões. Ou seja, cada criança aprende no seu ritmo, mas nunca sozinha,
                                                              desamparada.
Lemos um TEXTO INFORMATIVO SOBRE O MILHO. Apesar de não lerem convencionalmente, cada criança tinha a sua folha para acompanhar a leitura com
o dedo. Isso é importante, pois assim pode-se verificar se a criança lê da esquerda para a direita, respeita as linhas, tenta adequar o ritmo...
Levei para a sala de aula uma caixa de mistura para bolo. Fiz várias perguntas sobre a caixa e o conteúdo. Muitos já conheciam e falaram que era uma caixa de
bolo. Fiz a leitura do MODO DE PREPARO DA RECEITA (TEXTO INSTUCIONAL), e alguns falaram da vontade de comer bolo. Balancei a caixa e notaram que
havia algo dentro dela. Alguns falaram que era um bolo, outros logo descartaram a ideia: “Não a caixa é pequena, como pode ter um bolo?”

Abrimos a caixa e cada criança pegou um conjunto de letras que formam a palavra bolo. Disse a eles que iríamos pensar em como formar a palavra bolo. Muitos já
começam a refletir fonologicamente: “BO, BO, BO.... é B com O”. Eles desenharam o bolo e colaram as letras. O horário do recreio já estava chegando, então
disse a eles que eu tinha recebido uma CARTA DA GALINHA RUIVA. Eles ficaram intrigados!!!! Peguei o envelope e comecei a ler ...
Nossa! Quando ouviram que tinha um bolo eles começaram a perguntar: Cadê o bolo?
Nossa, foi a Galinha Ruiva!!!
Quando eu peguei o pote com os pedaços de bolo ficaram muito felizes!!! Fui distribuindo
e foram saindo para o recreio. Correram em direção as pessoas da escola dizendo: Foi a
galinha ruiva que mandou o bolo para nós!
Falei para os alunos que existia, nas histórias, um sabugo falante. Eles logo disseram que era
o Visconde! Li O NOIVADO DE EMÍLIA e foi interessante ver como lembram o projeto
sobre o Monteiro Lobato e dos personagens. Foi muito bom este resgate!!!
Trabalhamos com a RECEITA DO BOLO e as crianças queriam muito levá-la para casa para
que suas mães o fizessem também. O inicio deste trabalho se deu pela análise dos
ingredientes da receita do bolo de fubá e do modo de preparo. As quantidades também
foram bem trabalhadas.
Escrevemos coletivamente uma cartinha de agradecimento à galinha ruiva! Falei para as crianças que eu traria
na próxima aula uma nova receita e que todos receberiam e poderiam levar para casa. Eles ficaram felizes com
a ideia, mas começaram a perguntar: Receita de quê? Eu disse que teriam que adivinhar. “Começa com a letra
P. “ Gabriel Bertholdo disse que era pasta de amendoim, Luiz Felipe disse pastel, Gabriel Bertholdo disse
porco assado. Falei a segunda letra, i. Alice acertou na mosca: pipoca!

No dia seguinte, li A RECEITA DE PIPOCA DOCE e foram acompanhando com o dedo. Cantamos e lemos A
MÚSICA DA PIPOCA, formamos a palavra pipoca com letras móveis e lemos um texto informativo: POR QUE
O MILHO ESTOURA?
Escrevemos uma cartinha para a Galinha Ruiva. A cópia foi feita por Alice, uma aluna já
alfabetizada. É interessante observar que, quando a criança já possui conhecimentos
sobre a língua escrita, e se torna leitora, não fica presa às sequências de letras do
quadro. Ela lê o que está escrito e escreve do sue jeito. Por isso, ao alfabetizar-se a
criança começa a cometer erros ortográficos durante a cópia. Apesar dos erros, há uma
autonomia da criança quanto à escrita. Isso aparece na escrita das palavras DELICIOSO E
PRECISAR.
Estas atividades aqui relatadas duraram cerca de uma semana e meia. Foram muito importantes para o grupo e para reflexão do meu trabalho e da aprendizagem
das minhas crianças. A avaliação de cada uma delas fez pensar em novos planejamentos, portanto pensar sobre o que está sendo feito e buscar elementos vindos
dos alunos é fundamental para novos rumos.

Segundo Madalena Freire, cada educador tem sua marca, o seu modo de registrar seu pensamento. O ato de refletir e de registrar é libertador porque
instrumentaliza o educador no que ele tem de mais vital: o seu pensar.

É pensando, registrando e avaliando que se ganha a dimensão da importância do que se faz!




                                                                                                             Ana Lúcia Antunes

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Atividades com histórias infantis promovem aprendizagens múltiplas

  • 1. Vou relatar uma sequência de atividades interessantes a partir da leitura da história da GALINHA RUIVA, realizada no ano passado, 2012, no início do ano letivo (final de fevereiro/início de março). O grupo de crianças era muito heterogêneo e logo observei focos de interesses variados, porém, o gosto pelas histórias contagiava todas as crianças e gerava muito interesse pelo assunto lido. O que achei interessante no uso desta história, e que também pode acontecer com outras, é que foi gerando o uso de outros gêneros textuais, onde um assunto entrelaçava-se a outro e desencadeava novas aprendizagens. O texto que usei foi retirado de uma coleção: Ler, escrever contar Volume 3. Essa coleção fazia parte do 2° Programa Especial de Educação do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Por volta de 1993, 1994 eu trabalhava no Ciep Cecília Meireles. Esse material era bem interessante e nós usávamos com as crianças. O texto foi adaptado por Luzia de Maria e as foram feitas por Suzana Barros. Minha intenção desta vez era mais que fazer uma leitura, pois já imaginava que as crianças conhecessem a história, o que não era muito difícil por se tratar de um texto da nossa tradição oral. Assim, fiz uma pesquisa na turma de quem já conhecia a história. Todos disseram conhecer! Perguntei quem gostaria de contar para o grupo. Como muitos quiseram, pedi que cada um fosse contando uma parte. No final eu tinha que criar o “pulo do gato” para não gerar desinteresse. Dessa forma fui logo dizendo: E será que a minha galinha ruiva é a mesma que a de vocês?... Será que a minha galinha quer fazer bolo também? Onde mora a galinha de vocês? E a minha.... Onde será que mora? Acho melhor vocês acompanharem a minha história para nos certificarmos de que estamos, ou não, falando da mesma galinha!!! Essas questões introdutórias foram cruciais para levantar a curiosidade deles. O tom de voz diferente e os trejeitos que fui fazendo deram uma alegria ao grupo que se deixaram encantar mais uma vez por uma história já conhecida.
  • 2. Fui fazendo uma leitura pra lá de dramatizada... As crianças estavam gostando muito e acompanhando atentamente, além de irem se certificando dos acontecidos... Como a história era conhecida também foi uma leitura interativa, onde as crianças também participavam repetindo: “Eu não quero!” Resposta dada à galinha quando esta pedia ajuda aos amigos preguiçosos! Após esta contação, as crianças estavam eufóricas e pediram para que eu fizesse novamente a “cara” da galinha quando recebia um “não” do amigo! Isso porque eu fazia uma “cara” triste, mas ao mesmo tempo engraçada! Após muitas risadas, pedi a opinião dos alunos: Muitos disseram que os amigos da galinha não eram amigos de verdade, pois não ajudaram a coitada. Muitas crianças queriam fazer comentários e esse foi um momento bem importante, pois é a hora que a criança tem pra expor suas opiniões, suas ideias, envolver-se com a proposta! Todos ilustraram e leram o título da história. Enquanto desenhavam, escrevi o título da história em uma tira de papel e pedi, individualmente, que fossem até a mesa para lerem apontando cada palavra com o dedo. Isso já para começarem a ajustar o falado ao lido. Tarefa difícil, principalmente no início do ano letivo, pois falamos bem rápido e gera dificuldades para as crianças, porém é um desafio a ser conquistado. Gosto muito do trabalho com o título da história. É uma atividade a mais! Como na semana anterior trabalhamos com a história da Galinha dos ovos de ouro, fiz uma atividade de diferenciação dos títulos. Propus que montássemos, a partir das palavras móveis, os títulos das duas histórias e disse que todos teriam que ficar atentos, pois levaria uma tarefa parecida para casa. As crianças receberam as palavras embaralhadas e como já havíamos lido os títulos várias vezes, tinham condições de reconhecer as palavras para montarem corretamente. Isso também é outra coisa importante ao criar uma atividade: ela deve ser difícil, mas possível de ser feita pela criançada! Foi uma atividade que gerou reflexão sobre as letras iniciais das palavras.
  • 3. A maioria da turma fez esta atividade com facilidade. Fui passando de mesa em mesa para lançar perguntas intrigantes, intervindo dentro das necessidades específicas de cada criança, de modo que a atividade gerasse reflexões para todos! Muitos também comentavam que A GALINHA DOS OVOS DE OURO tinham mais palavras que A GALINHA RUIVA. Perguntei o motivo disso e um aluno disse “...que a boca fala mais!” Achei ótimo! Conversamos um pouco mais sobre o assunto. Perguntei se poderiam me dizer palavras pequenas e palavras grandes. Tinha a intenção de observar se as crianças estavam na fase do realismo nominal, onde objetos grandes devem ter muitas letras e objetos pequenos, poucas letras. A maioria do grupo já passou dessa fase, pois a ideia da “boca” era muito enfatizada. “Pão fala pouco e televisão fala muito!” fizemos listas de palavras “grandes” e “pequenas”. A atividade ao lado foi uma proposta para casa. Ler os títulos para os pais e ligar à imagem correta Trabalhamos muito no quadro para a “adivinhação” das letras dos nomes dos animais da história: cachorro, galinha, gato e pato, através de emparelhamentos. Refletindo sobre os sons chegamos à escrita dos mesmos. Repetimos a atividade, dessa vez em folha e individualmente, usando o banco de palavras. Como atividade de casa, uma extensão do que foi feito na aula. Li para a turma A LENDA DO MILHO. As crianças ficaram intrigadas com a história e depois de muitas perguntas ilustraram o texto que fala do surgimento deste alimento a partir da morte de um velho guerreiro. “Mas como pode isso acontecer, foi de verdade?” Conversei sobre a ideia das lendas... Sugeri também que perguntassem em casa, aos familiares, se conheciam essa história ou outra desse tipo. No dia seguinte somente uma criança chegou contando a história do Boto. Ela mesma contou para o grupo. Fizemos uma pesquisa no grupo para saber quem gostava de comer milho. A maioria gosta, mas alguns comem o industrializado com maior frequência. Resolvemos registrar no quadro quantas crianças comiam ou não o milho e de que forma. As crianças receberam as letras da palavra milho para organizarem e montarem. Começamos a refletir com que letra começava. Como as crianças já haviam visto a palavra várias vezes no quadro através de fichas elaboradas para emparelhamento imagem/palavra ficou fácil. Uma das coisas que aprendi bem rápido é que devemos trabalhar com a escrita convencional sem se preocupar com questões ortográficas e em como cada um vai aprender. Cada criança precisa é ter desafios para pensar, fazer reflexões fonológicas. Assim, cada um começa a trilhar seu processo de aprendizagem, por conta própria, mas sustentado pela ação do mediador (professor), que lhe permite tais reflexões. Ou seja, cada criança aprende no seu ritmo, mas nunca sozinha, desamparada.
  • 4. Lemos um TEXTO INFORMATIVO SOBRE O MILHO. Apesar de não lerem convencionalmente, cada criança tinha a sua folha para acompanhar a leitura com o dedo. Isso é importante, pois assim pode-se verificar se a criança lê da esquerda para a direita, respeita as linhas, tenta adequar o ritmo...
  • 5. Levei para a sala de aula uma caixa de mistura para bolo. Fiz várias perguntas sobre a caixa e o conteúdo. Muitos já conheciam e falaram que era uma caixa de bolo. Fiz a leitura do MODO DE PREPARO DA RECEITA (TEXTO INSTUCIONAL), e alguns falaram da vontade de comer bolo. Balancei a caixa e notaram que havia algo dentro dela. Alguns falaram que era um bolo, outros logo descartaram a ideia: “Não a caixa é pequena, como pode ter um bolo?” Abrimos a caixa e cada criança pegou um conjunto de letras que formam a palavra bolo. Disse a eles que iríamos pensar em como formar a palavra bolo. Muitos já começam a refletir fonologicamente: “BO, BO, BO.... é B com O”. Eles desenharam o bolo e colaram as letras. O horário do recreio já estava chegando, então disse a eles que eu tinha recebido uma CARTA DA GALINHA RUIVA. Eles ficaram intrigados!!!! Peguei o envelope e comecei a ler ...
  • 6. Nossa! Quando ouviram que tinha um bolo eles começaram a perguntar: Cadê o bolo? Nossa, foi a Galinha Ruiva!!! Quando eu peguei o pote com os pedaços de bolo ficaram muito felizes!!! Fui distribuindo e foram saindo para o recreio. Correram em direção as pessoas da escola dizendo: Foi a galinha ruiva que mandou o bolo para nós!
  • 7. Falei para os alunos que existia, nas histórias, um sabugo falante. Eles logo disseram que era o Visconde! Li O NOIVADO DE EMÍLIA e foi interessante ver como lembram o projeto sobre o Monteiro Lobato e dos personagens. Foi muito bom este resgate!!! Trabalhamos com a RECEITA DO BOLO e as crianças queriam muito levá-la para casa para que suas mães o fizessem também. O inicio deste trabalho se deu pela análise dos ingredientes da receita do bolo de fubá e do modo de preparo. As quantidades também foram bem trabalhadas.
  • 8. Escrevemos coletivamente uma cartinha de agradecimento à galinha ruiva! Falei para as crianças que eu traria na próxima aula uma nova receita e que todos receberiam e poderiam levar para casa. Eles ficaram felizes com a ideia, mas começaram a perguntar: Receita de quê? Eu disse que teriam que adivinhar. “Começa com a letra P. “ Gabriel Bertholdo disse que era pasta de amendoim, Luiz Felipe disse pastel, Gabriel Bertholdo disse porco assado. Falei a segunda letra, i. Alice acertou na mosca: pipoca! No dia seguinte, li A RECEITA DE PIPOCA DOCE e foram acompanhando com o dedo. Cantamos e lemos A MÚSICA DA PIPOCA, formamos a palavra pipoca com letras móveis e lemos um texto informativo: POR QUE O MILHO ESTOURA?
  • 9.
  • 10. Escrevemos uma cartinha para a Galinha Ruiva. A cópia foi feita por Alice, uma aluna já alfabetizada. É interessante observar que, quando a criança já possui conhecimentos sobre a língua escrita, e se torna leitora, não fica presa às sequências de letras do quadro. Ela lê o que está escrito e escreve do sue jeito. Por isso, ao alfabetizar-se a criança começa a cometer erros ortográficos durante a cópia. Apesar dos erros, há uma autonomia da criança quanto à escrita. Isso aparece na escrita das palavras DELICIOSO E PRECISAR.
  • 11.
  • 12. Estas atividades aqui relatadas duraram cerca de uma semana e meia. Foram muito importantes para o grupo e para reflexão do meu trabalho e da aprendizagem das minhas crianças. A avaliação de cada uma delas fez pensar em novos planejamentos, portanto pensar sobre o que está sendo feito e buscar elementos vindos dos alunos é fundamental para novos rumos. Segundo Madalena Freire, cada educador tem sua marca, o seu modo de registrar seu pensamento. O ato de refletir e de registrar é libertador porque instrumentaliza o educador no que ele tem de mais vital: o seu pensar. É pensando, registrando e avaliando que se ganha a dimensão da importância do que se faz! Ana Lúcia Antunes