1. Janeiro de 2015
Ville de Montagne
montanha
folha da
Informativo mensal da AMOVILLE • Nova Lima • Ville de Montagne • Março de 2015 • Ano I • Edição nº 1
Morar em um ambiente capaz de nos
trazer tranquilidade é essencial. A diretoria
da Associação Comunitária dos Moradores
do Bairro Ville de Montagne (Amoville) se
preocupa com o tema e vem pensando a
reformulação do sistema de segurança do
bairro. A proposta é adotar medidas que
sejam capazes de evitar um problema no
futuro, ao invés de agir após alguma situa-
ção de risco acontecer. Entre os projetos a
serem realizados em 2015 está a instalação
de cancelas automáticas nas portarias e o
cadastro de todos os funcionários do con-
domínio. Para colocar o projeto em fun-
cionamento ainda serão feitas conversas
com os moradores. “Estamos em fase de
consulta. Precisamos do entendimento dos
associados para realizar uma obra desse
porte”, explica Alexandre Rosa, integrante
da Amoville. Entenda mais sobre o tema na
página 3.
Viver com segurança
Festa Junina do Ville
O arraial do Ville de Montagne foi muito
mais que uma festa, foi um momento de
integração e diversão entre os moradores.
Canjica, caldo, maça do amor, amria e mole
e outros quitutes foram servidos com far-
tura, enquanto os participantes curtiam a
noite ao som do forró e do baião. O evento
acontece novamente em julho desse ano.
Para conferir as fotos basta acessar o site
www.amoville.com.br. Algumas delas estão
na página 6.
Vida Política
Contribuir para melhorar a qualidade
de vida das pessoas. Foi com esse obje-
tivo que Fátima Aguiar, mais conhecida
como Fatinha, entrou para o mundo
da política. Em 2012 ela assumiu o car-
go de vice-prefeita da cidade de Nova
Lima e, desde então, busca pensar o pa-
pel da prefeitura como órgão responsá-
vel a atender as necessidades dos mo-
radores locais. Fatinha conversou com
a redação do Folha da Montanha. A en-
trevista completa está na página 4.
ArquivodaPrefeituradeNovaLima
2. 2 Janeiro de 2015
Ville de Montagne
montanha
folha da
EXPEDIENTE
Diretoria 2014-2015 da AMOVILLE
Alexandre Rosa
Ronaldo Lana e Silva
Flávia Maria Proença Guerra
Aloísio Alves de Melo Júnior
Paulo Cesar Domingues de Oliveira
Cândida Clarisse Nassau Ribeiro
FabriccioTascine
RobertW. Schofield
Fernando Cesar de Mattos
Eduardo Rosa de Souza
Eduardo Simões
Associação de Moradores do
BairroVille de Montagne - AMOVILLE
Telefones:
31 3581-8216 / 318611-2188
FOLHA DA MONTANHA
Comitê editorial:
Juliana Afonso, Paulo Queiroga
Reportagem e redação:
Juliana Afonso
Edição de Arte:
Ana Azevedo
Editor:
Paulo Queiroga
EDITORIAL
Título em duas colunas
FALA, MORADOR!
Milton Martins Andrade Filho, 64 anos
Após uma noite tranquila com alguns fa-
miliares, o fogo começou a se alastrar. To-
dos tiveram que sair o mais rápido possível.
Documentos, objetos, pertences pessoais,
ficou tudo pra trás. A madrugada de 31 de
maio ficou marcada na memória de Milton
como o dia em que sua casa pegou fogo.
Junto com as lembranças tristes, porém,
estão momentos de alegria e gratidão. “As
pessoas foram muito solidárias. Ofereceram
tudo que fosse necessário, até casa para
morar”, conta Milton, que diz ser grato pelo
apoio de todos. Uma ajuda bastante espe-
cial veio do vizinho Carlos Cunha. Engenhei-
ro e arquiteto, Carlos desenvolveu um proje-
to para Milton. A equipe já está trabalhando
e a nova casa, que começou a ser construída
em dezembro, deve ficar pronta em março
desse ano.
Milton aprendeu várias lições com essa
experiência. “Não houve desespero em
momento nenhum nem apego aos nossos
pertences pessoais. Até o meu neto, de oito
anos, a única coisa que ele pegou foi a casi-
nha de cachorro. Percebi que minha família
está muito bem estruturada e dá valor ao
que realmente importa”, descreve Milton,
emocionado.
A lição fica para o município de Nova Lima:
a falta de um posto de bombeiros na região
inviabilizou um atendimento mais rápido e
eficaz. Por ter um grande número de matas
preservadas e apresentar um clima seco du-
rante o inverno, as queimadas são comuns
na região.“É necessário que tenha um posto
no município de Nova Lima, para atender
também Raposos e Rio Acima e não depen-
dermos de atendimento de Belo Horizonte.
Isso pode evitar problemas futuros”, argu-
menta Milton.
Vivemos hoje uma acelerada degradação
da qualidade de vida de nosso bairro, com o
aumento da violência, do barulho, da sujeira
nas calçadas e do trânsito caótico nas ruas.
Há bem pouco tempo um aprazível e tradi-
cional bairro residencial de Porto Alegre, a
Cidade Baixa transformou-se num“território
sem lei”, conforme constatou um grande
jornal da cidade recentemente. Brigas entre
freqüentadores de bares e casas noturnas,
tiroteios em plena rua, assaltos à mão arma-
da, mortes, tráfico e consumo de drogas a
céu aberto, furtos de veículos, lixo nas ruas,
engarrafamentos, buzinas a qualquer hora,
passeio público transformado em estacio-
namento, tudo isso passou a fazer parte do
quotidiano do bairro. As pessoas não têm
mais sossego, nem segurança. São cada vez
mais freqüentes os relatos de moradores
que só conseguem dormir à base de tran-
qüilizantes. Os efeitos disso sobre a saúde,
todos sabem, são devastadores.
O bairro sempre teve problemas e a Asso-
ciação de Moradores tem atuado para aju-
dar a resolvê-los.Várias lutas levadas pela as-
sociação no passado trouxeram benefícios
ao bairro e aos seus moradores. Foi assim
em 2001, quando impedimos a instalação
absurda de uma antena de telefonia celular
em plena rua Sofia Veloso. A situação agora
é diferente. Os problemas trazidos pela ex-
pansão irracional de casas de divertimento
noturno parecem fugir ao controle do pró-
prio poder público. Muitas delas instalaram-
-se em locais impróprios, incrustradas entre
imóveis residenciais, funcionando sem as
condições exigidas pela lei, como isolamen-
to acústico, equipamentos de segurança,
respeito dos horários para mesas no passeio
público, etc. O município tem sido ineficaz
para executar as suas próprias leis, agindo
apenas quando há denúncia dos moradores
ou sob pressão do Ministério Público.
Diante disso, o que nós moradores po-
demos fazer? Alguns, desolados, cogitam
abandonar o bairro onde vivem há muitos
anos. Outros querem enfrentar o problema
e procuram a Associação. Os fatos mostram
que o caminho é este mesmo. Protestando,
pressionando o poder público, reivindican-
do organizadamente, os moradores já con-
seguiram evitar que este processo desfigu-
rasse ainda mais o bairro. A luta, no entanto,
está apenas iniciando. Os bares não res-
peitam a legislação existente e pressionam
para que ela seja alterada, atendendo aos
seus interesses. O poder público é vacilan-
te na execução das leis. E nós, moradores,
se não nos organizarmos e lutarmos ainda
mais, teremos, em breve, de buscar sosse-
go e paz em outro lugar... longe da Cidade
Baixa.
Muitas delas instalaram-se em locais im-
próprios, incrustradas entre imóveis resi-
denciais, funcionando sem as condições
exigidas pela lei, como isolamento acústico,
JulianaAfonso
3. 3Janeiro de 2015
Ville de Montagne
montanha
folha da
PROJETOS E REALIZAÇÕES
Prevenir para não remediar
SEGURANÇA
Automação das cancelas
A segurança é uma das maiores preocupa-
ções de todos aqueles que buscam um local
para morar. Poder viver em um ambiente
tranquilo, sem medo de chegar tarde, de es-
tacionar o carro na rua ou de deixar a porta
aberta é desejo de todos. No Ville de Mon-
tagnenãoédiferente.Asegurançaétemade
conversa entre os moradores e de ações efe-
tivas da Amoville, Associação Comunitária
dos Moradores do Bairro Ville de Montagne.
É pensando nisso que um novo projeto
de segurança está sendo realizado. Ele Con-
sist em um conjunto de medidas a serem
adotadas para mitigação e eliminação de
riscos, com foco na proteção dos morado-
res do bairro na preservação do patrimônio
ambiental e capital. Segundo o integrante
da Diretoria da Amoville, Alexandre Rosa,
a necessidade de um projeto de seguran-
ça, baseia-se no risco de ocorrências que
viola e afeta os moradores e seu patrimô-
nio, de forma direta, indireta com ou sem
violência física, mas sempre emocional.
“Minimizar com foco na eliminação desse
risco aumentará a estima de preservação e
cuidado com o Ville”, esclarece. Atualmen-
te, a segurança é feita por meio de câmeras
que filmam a entrada e a saída de visitantes
nos dois portões que dão acesso ao bairro.
Os maiores desafios para se criar um am-
biente seguro baseiam-se no tripé, pesso-
as, tecnologia e processos. “Precisamos sim
aprovar o recurso financeiro, pois depende-
mos do mesmo para aquisição da tecnolo-
gia, além disso, os processos e as pessoas
envolvidas terão de se engajar de maneira a
fazer a diferença para conscientizar todos os
moradores para que efetive-se a segurança”,
explica Alexandre. Segundo ele, a vulnerabi-
lidadeexistentepersistiráseosprocessosde-
finidos não forem gerenciados com sucesso.
Devido a incidentes anteriores, como o as-
salto a casas e o roubo de pertences dentro
do bairro, a maior parte dos moradores con-
corda com a ideia de elaborar um projeto de
segurança mais amplo. “Há uma sensação
coletiva para o caminho da proteção. Atual-
mente temos uma realidade de insegurança
generalizada, e nosso domicílio clama pela
mudança desse modo emocional para me-
lhoria do bem estar e qualidade de vida”,
acredita Alexandre. Alguns moradores, po-
rém, acreditam que o Ville de Montagne é
um bairro como outro qualquer e não deve
criar formas de conter a entrada das pessoas.
Um dos projetos que pretende melhorar a
segurança dos moradores do Ville de Mon-
tagne é a automação das cancelas das por-
tarias. Essa automação inclui o reconheci-
mento dos veículos dos moradores através
de códigos para leitura a distância dos car-
ros que se aproximam. “O projeto também
pretende fazer uma pista para serviço e ou-
tra para visitante, na portaria 2, o que me-
lhorará o fluxo de entrada e saída do bairro”,
afirma o integrante da Diretoria da Amoville,
Alexandre Rosa. Para isso será necessária a
construção de duas cancelas na portaria 2 e
melhorias na cancela da portaria 1.
Todos os porteiros receberão treinamento
para lidar com os procedimentos de cadas-
tro e com o sistema de automação e todos
os funcionários que trabalham no Ville de
Montagne farão cadastro prévio para acesso
ao bairro através de biometria.
Ainda não há previsão para a implantação
do projeto. “Estamos em fase de consulta.
Nossa vontade é de executar imediatamen-
te, mas precisamos do entendimento dos
associados para realizar uma obra desse
porte”, explica Alexandre. Ele diz ainda que
as expectativas são as de que os associados
olhem para o tema segurança com mais efe-
tividade e tenham foco para que os projetos
saiam do papel.
Autoradafoto
CONJUNTO DE MEDIDAS DE SEGURANÇA PROMETE MAIS TRANQUILIDADE AOS MORADORES
4. 4 Janeiro de 2015
Ville de Montagne
montanha
folha da
ENTREVISTA
“De 2006 a 2013, houve uma
queda de 22% para 13% na
quantidade de pessoas abaixo
dalinhadapobreza.NovaLima
é o município com o melhor
Índice de Desenvolvimento
Humano de Minas Gerais,
colocando a cidade em 17ª
lugar do Brasil.”
1. Como se deu a sua entrada no mundo
da política?
Em 2011, fui convidada a participar do pro-
cesso eleitoral interno no Partido dos Traba-
lhadores (PT) de Nova Lima, que definiria os
nomes para disputar as eleições para prefei-
to. Aceitei o convite, por entender a política
como um instrumento capaz de construir
ações para a melhoria da qualidade de vida
das pessoas. Nova Lima é minha cidade que-
rida e era esta, portanto, a oportunidade de
contribuir.
2- Como a senhora avallia a atuação das
mulheres no universo político?
Hoje, a representação feminina na política
é bastante restrita. No parlamento, as mu-
lheres representam cerca de 10% do espa-
ço político. Temos muito a contribuir, mas,
lamentavelmente, estamos sub-represen-
tadas nas instâncias de poder institucional.
Os indicadores referentes à presença das
mulheres na política é um espelho da real si-
tuação de desigualdade. É fundamental que
homens e mulheres se unam para garantir-
mos uma democracia representativa real.
3- Quais são suas atribuições enquanto
vice-prefeita de Nova Lima?
As atribuições determinadas pela Lei Orgâ-
nica do Município referem-se a substituir o
prefeito em caso de licença ou impedimento
e o suceder no caso de vaga ocorrida após a
diplomação, além de auxiliá-lo sempre que
for convocada para missões especiais. Des-
de a posse em 2013, tenho acompanhado
as demandas vindas da população. Nossa
ação no gabinete é estar permanentemente
aberta ao público, intermediando as neces-
sidades dos nossos munícipes.
4- A senhora foi idealizadora do progra-
ma Nova Vida. O que a motivou para este
projeto? Quais os resultados ele trouxe?
O que me motivou foi a possibilidade de
contribuir para melhorar a qualidade de
vida do nosso povo. O objetivo do Progra-
ma é identificar e acompanhar as famílias
carentes de Nova Lima e desenvolver me-
lhorias na saúde, escolaridade, qualificação
profissional e cultural, além de oportunida-
des para a inclusão social. De 2006 a 2013,
houve uma queda de 22% para 13% na
quantidade de pessoas abaixo da linha da
pobreza. Nova Lima é o município com o
melhor Índice de Desenvolvimento Huma-
no de Minas Gerais, colocando a cidade em
17ª lugar do Brasil.
5- Quais são as maiores dificuldades
quanto à gestão do município?
A maior dificuldade é a instabilidade eco-
nômica, devido à redução de 34% na receita
dos royalties do minério. O minério é um re-
curso limitado e a estimativa é de que em
25 anos as lavras estejam fechadas, o que
nos leva à necessidade de buscar alternati-
vas econômicas para Nova Lima. É preciso
continuar crescendo de forma sustentável
e investindo em novos potenciais econômi-
cos, como o turismo e o setor de serviços e
garantindo a preservação ambiental.
Fátima Aguiar:
A serviço do próximo
MelhoraraqualidadedevidadapopulaçãoéomaiorestímulodeFátimaAguiar,desdequeassumiuocargodevice-prefeitadeNovaLima,em2012.
Nessaentrevista,elafalasobreaatuaçãodasmulheresnomundodapolítica,asconquistasdacidadenotempoemqueocupaocargoeosdesafios.
ArquivodaPrefeituradeNovaLima
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5. 5Janeiro de 2015
Ville de Montagne
montanha
folha da
MEIO AMBIENTE
Verde por natureza
Em uma sociedade acostumada a destruir
o verde para construir o cinza, viver em um
local com abundância de áreas de preserva-
ção ambiental é um privilégio.
Nova Lima é assim. O município apresenta
um número diferenciado de áreas de pre-
servação. Entre elas estão os monumentos
naturais Serra da Calçada, Serra do Souza,
Morro do Pires, Morro do Elefante, Banqueta
do Rego Grande, as áreas verdes municipais
existentes nos loteamentos, além do Par-
que Natural Municipal Rego dos Carrapatos.
Existem também outras unidades de con-
servação que ainda preparam seus planos
de manejo.
Segundo o biólogo Thiago de Almeida
Sales, da Divisão de Recursos Vegetais da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
de Nova Lima, os maiores desafios à pre-
servação desses espaços são as extensas
dimensões do município, o que dificulta a
sua fiscalização. “Estamos buscando meios
de aumentar a fiscalização dessas áreas com
parceria com a polícia militar e criação da
Guarda Municipal Ambiental”, explica.
Com a rica biodiversidade, a região atrai
cada vez mais pessoas interessadas em
manter um contato com a natureza, seja
para estudo, lazer ou descanso. Alavancar
o potencial turístico dessas áreas aparece
como destino mais que natural da região, e
se torna também um desejo cada vez mais
concreto por parte dos órgãos responsáveis.
Atualmente só o possui plano de manejo.
Assim que os documentos dos outros mo-
numentos forem feitos, a Secretaria preten-
de pensar em ações para fomentar o turis-
mo ecológico em Nova Lima.
Thiago ressalta também a importância de
cada cidadão na manutenção do ambiente
ao evitar fogueiras, não jogar lixo em locais
inapropriados e comunicar os órgãos res-
ponsáveis ao observar alguma ação depre-
datória. O Município possui diversas ONGs
que atuam na preservação do meio ambien-
te.
Colaboradores do Ville
Trabalho é responsabilidade. E disso João
Ferreira entende bem. Junto com uma equi-
pe de oito porteiros, João se reveza para
controlar a entrada e saída das pessoas na
portaria 1 do Ville de Montagne.
João é o porteiro com mais experiência.
“Comecei em 2004, como funcionário da
limpeza, mas durante os primeiros seis me-
ses eu ficava na portaria quando alguém
faltava”, conta. Logo depois, lhe ofereceram
a vaga de porteiro. Apesar de ter mais ex-
periência na área limpeza, João aceitou a
proposta. Com o tempo ele se acostumou à
nova rotina.
A parte mais difícil foi conhecer os mora-
dores. Para a sua surpresa, hoje em dia essa
é a parte mais proveitosa do trabalho: “o
contato com o pessoal é ótimo. Todos são
muito educados e me tratam muito bem”,
conta.
Robert Miguel. Disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Divisas.jpg?uselang=pt-br
COM O PRIVILÉGIO DE ESTAR CERCADO POR ÁREAS VERDES, O MUNICÍPIO DE NOVA LIMA SE
PREPARAPARAALAVANCARSEUPOTENCIALTURÍSTICO,SEMSEESQUECERDAPRESERVAÇÃO
JulianaAfonso
GENTILEZA URBANA
6. 6 Janeiro de 2015
Ville de Montagne
montanha
folha da
ACONTECE NO VILLE
Noite de confraternização na
Festa Julina do Ville
Os moradores do Ville de Montagne se
preparam desde já para a festa junina do
condomínio, que acontece em julho desse
ano. A última aconteceu no dia 7 de julho
de 2014, ao som de muito baião e forró.
“A festa junina do Ville é um importante
momento de confraternização. É o segun-
do ano consecutivo que ela acontece e é
sempre um sucesso. Os moradores e mes-
mo familiares de outros bairros prestigiam
bastante o evento”, comenta a integrante
da Amoville, Associação Comunitária dos
Moradores do Bairro Ville de Montagne,
Flávia Guerra.
Um dos momentos de maior diversão na
noite, que contou com a animação da ban-
da“Trio Assum Preto”, foi a hora da quadri-
lha, seguida de muita alegria e gingado.
Pé-de-moleque, maria-mole e maçã-do-a-
mor foram alguns dos quitutes na mesa de
doces. Isso sem falar na canjica, tão típica
nessa época do ano, e nas bebidas que
esquentaram a noite fria de julho. Foi uma
festança só! As fotos do evento foram pos-
tadas no site www.amoville.com.br. Veja
algumas por aqui.
7. 7Janeiro de 2015
Ville de Montagne
montanha
folha da
PAIS E FILHOS
Ensinamentos da mãe terra
A IMPORTÂNCIA DO CONTATO COM A NATUREZA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
CIDADANIA
Nascidos e criados em ambientes urbanos,
as crianças de hoje em dia têm pouco ou ne-
nhum contato com a natureza. Muitas nun-
ca subiram em uma árvore para pegar uma
fruta, ou pararam para observar o céu cheio
de estrelas. Algumas até acreditam que o
leite vem da caixinha. Apesar de acharmos
graça em comentários como este, fica clara
a carência de espaço externo na vida dos
pequenos.
Neste mundo desconectado destes ciclos
e das forças naturais, brincando e vivendo
em ambientes artificiais, as crianças, assim
como as plantas, podem se tornar desvita-
lizadas, sem energia e adoecerem com mais
facilidade.
O contato com a natureza é essencial para
o desenvolvimento das crianças. Segundo a
médica antroposófica, Nina Brina, deve-se
considerar, em primeiro lugar, que a crian-
ça está desenvolvendo suas forças de vita-
lidade da mesma forma que as plantas. “Ela
depende de ritmos saudáveis, de sono, ali-
mentação, de brincar e descansar. Estar em
contato com a natureza, seguir seus ritmos,
acordar com o amanhecer e se recolher com
o anoitecer, vivenciar os dias ensolarados do
verão, o frutos do outono, o frio do inverno e
as flores da primavera, é cultivar estas forças
de vitalidade em si”, explica.
As leis da natureza também trazem co-
nhecimentos importantes para a vida: da
evolução da semente até a nova semente,
do ovinho ao nascimento do novo bichinho,
da presença da chuva para o broto florescer,
do canto dos pássaros ao entrar setembro.
Tudo isso acontece de forma harmônica
e com respostas claras de causas e conse-
qüências.“Será que podemos desconsiderar
que tudo isso se reverte em mais sensibili-
dade das crianças, ou de todos nós, nas re-
lações pessoais também?”, questiona Nina.
A natureza pode, ainda, ensinar muito
para as crianças em termos sensoriais. As
várias nuances de tons – céus, nuvens, vege-
tações, pássaros – as variedade de sons – do
vento , das águas, dos animais – os sabores
das frutas, os perfumes das flores, do mato e
terra, as texturas dos chãos, árvores, semen-
tes e folhas, podem estimular o desenvol-
vimento sutil dos sentidos, de forma muito
mais intensa que os ambientes, brinquedos
e produtos artificiais. Podemos dizer que a
criança fica com uma sensibilidade mais de-
licada e apurada.
Os pais têm um papel importante na rela-
ção dos filhos com o mundo natural. Entre
as opções estão sair do ambiente urbano
de tempos em tempo, tomar banho de
céu azul, de sol, ou de cachoeira, encher os
pulmões de ar puro, fechar os olhos para
adivinhar os sons. A médica afirma que tão
importante quanto conhecer esse mundo
“exterior”é buscar o contato com a natureza
que existe no nosso dia-a-dia, além do urba-
no. Práticas como admirar uma flor na jarra,
sentir o aroma da fruta antes de saboreá-la
(sem talheres), descobrir o pôr do sol ou o
nascer da lua em alguma janela. “Os pais
que se inspiram nos ciclos da natureza e os
aplicam no cuidado com os filhos também
estão contribuindo para o desenvolvimento
pleno das forças e da saúde das crianças”,
explica.
Moral e ética tem mais semelhanças que
diferenças. Ainda assim, são termos impor-
tantes que merecem ser bem entendidos.
Moral vem do termo latino Morales, relativa
aos costumes. Ética vem da palavra grega
Ethos, relativa ao caráter, ao modo de ser e
agir.
A moral é o conjunto de regras aplicadas
no cotidiano para o perfeito convívio entre
os indivíduos de uma sociedade. A ética, por
sua vez, é a filosofia que estuda o compor-
tamento humano de maneira racional. Ou
seja, a ética é, também, o estudo da moral
e pode, inclusive, questionar a moral por
entender que certas regras já se encontram
obsoletas para tal sociedade.
Um indivíduo que não tem moral é aquele
que não se ajusta às regras de convívio da
sociedade na qual vive. Já o indivíduo que
não tem ética é aquele que não busca com-
preender ou atribuir sentido aos valores
criados pela moral.
Apesar da confusão que comumente se
faz com relação aos seus significados, são
termos bastante parecidos, que servem à
construção de um comportamento mais
harmonioso em sociedade.
Upslon
8. 8 Janeiro de 2015
Ville de Montagne
montanha
folha da
VARIEDADES
Riqueza que vem da terra
A HISTÓRIA DE NOVA LIMA A PARTIR DA DESCOBERTA DE METAIS PRECIOSOS
Nova Lima é conhecida pelas paisagens
que misturam edifícios luxuosos e matas
preservadas, característica que lhe confere
uma junção única entre progresso e conser-
vação. A forma como a cidade está estrutu-
rada hoje remonta à sua história, que come-
çou ainda no século XVII, quando diversas
expedições desbravaram o interior do Brasil,
em busca, principalmente, de metais e pe-
dras preciosas.
O bandeirante Manuel de Borba Gato foi
o primeiro a descobrir riquezas minerais
na Serra de Sabarabuçu, às margens do Rio
das Velhas. A novidade ficou escondida por
anos, até a chegada do paulista Domingos
Rodrigues da Fonseca Leme, que fundou
o arraial de Campos de Congonhas (atual
Nova Lima), em 1701. A notícia finalmente
se espalhou, provocando a chamada “cor-
rida do ouro”, quando milhares de pessoas
vieram para a região, movidas pelo sonho
do enriquecimento fácil.
“A falta de estrutura para atender as ne-
cessidades da população gerou situações
bastante conflituosas, como a disputa pela
posse de jazidas de ouro e a carência de
alimentos básicos”, descreve o historiador
Elmo Gomes, criador do site História de
Nova Lima(*).
A Coroa Portuguesa, interessada em man-
ter a ordem e garantir a arrecadação de di-
visas, criou o Regimento das Minas, que es-
tabeleceu um aparato administrativo para
regular a atividade mineradora.
A exploração mineral da região logo pas-
sou à mão de terceiros: em 1834 a empresa
inglesa Saint Jhon del Rey Mining Company
comprou a Mina de Morro Velho. Outras
empresas também se interessaram pela
compra de terrenos, principalmente após a
emancipação do município, em 1891.
Nova Lima é considerada uma das cidades
com maior quantidade de ouro no Brasil e
sua extração – junto com a extração de ou-
tros minerais, que também brotam de suas
terras – é uma das atividades responsáveis
pela sua riqueza e prestígio. A atividade
mineradora foi essencial para a cidade se
tornar o que é hoje: rica em recursos e infra-
-estrutura, mas preocupada com a preser-
vação de suas áreas verdes.
*Para mais informações, acesse www.histo-
rianovalima.no.comunidades.net, site criado
pelo historiador Elmo Gomes para difundir
informações sobre a origem da cidade.
CHARGE
CedidaporElmoGomes