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ÁREAS DE GESTÃO FITOSSANITÁRIA PARA
A CERATITIS CAPITATA E TRIOZA ERYTREAE
NOVA ABORDAGEM PARA A CITRICULTURA PORTUGUESA
Paulo Eduardo Branco Paiva1
Luís Neto2, Amílcar Duarte2
1 Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Triangulo Mineiro
(Uberaba) e Universidade do Algarve
2 Centro para os Recursos Biológicos e Alimentos
Mediterrânicos (MeditBio) – Faculdade de
Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve
INTRODUÇÃO
O controlo de pragas em áreas de gestão fi-
tossanitária – AGF – (area wide pest ma-
nagement) é uma extensão da proteção in-
tegrada aplicada a uma praga alvo numa
dadaáreageográfica,geralmenteenvolven-
do várias explorações agrícolas e áreas vizi-
nhas com plantas hospedeiras ou de refú-
giodoorganismoalvo.Estasáreasincluem,
para além das explorações comerciais, cul-
turas abandonadas, hospedeiros alterna-
tivos e quintais que, sendo hospedeiros da
praga, são fontes de novas infestações e jus-
tificam a sua incorporação nas áreas de
gestão fitossanitária. A supressão da praga
numa área de gestão fitossanitária reduz a
reinfestação vinda de áreas não controla-
das, aumentando a eficácia das táticas de
proteção integrada (Elliott et al., 2008).
Como explorações vizinhas partilham
as mesmas pragas e, tendo presente que
medidas coordenadas resultam num me-
lhor controlo da praga, os programas de
gestão fitossanitária podem reduzir a po-
pulação da praga em toda a zona abrangi-
da. Estes programas são de longa duração,
envolvendo organizações de agricultores
e autoridades locais e regionais, de forma
a promover o controlo em áreas urbanas,
culturas abandonadas e plantas espontâ-
neas. Estes programas têm como objetivo,
nãosóevitarqueapragacausedanosàcul-
tura numa vasta zona agrícola, mas igual-
mente retardar o risco de novas invasões.
PLANEAMENTO E IMPLAN-
TAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
CONTROLO NUMA ÁREA DE
GESTÃO FITOSSANITÁRIA
Uma correta planificação de um programa
de controlo numa área de gestão fitossani-
tária é essencial para o seu sucesso duran-
te a fase de implementação, e deve assentar
no conhecimento adequado da bioecologia
da praga alvo e das respetivas medidas de
controlo eficazes. O programa deve ser di-
nâmico, podendo ser alterado em função
deavaliaçõespermanentesdosresultadose
docustoeconómicodasmedidasadotadas.
Para implantação do programa de-
ve-se definir a área de abrangência do
programa, as medidas de controlo prio-
ritárias, o plano de trabalho com organo-
grama e orçamento e a infraestrutura ne-
cessária para o seu desenvolvimento.
O controlo em áreas de gestão fitossa-
nitária é adequado a pragas com alta mo-
bilidade, como a mosca do mediterrâneo
– Ceratitis capitata – ou os insetos veto-
res do HLB (huanglongbing ou greening)
– Diaphorina citri ou Trioza erytreae. Des-
ta forma, a sistematização da amostragem
através da colocação de armadilhas ade-
quadas, com uso de recursos de localiza-
ção por satélite e informação em tempo
realparaadoçãorápidademedidasdecon-
trolo, é um aspeto importante de qualquer
programa de controlo, exigindo formação
prática de agricultores e técnicos para ma-
nutenção e avaliação das armadilhas.
A implementação inicial destes pro-
gramas em áreas mais reduzidas – áreas
teste – poderá permitir a sua avaliação
económica, a formação prática de agricul-
tores e técnicos, e comparar os resultados
com aqueles obtidos em áreas conduzidas
com medidas de controlo individuais. Em
geral, são programas com adesão voluntá-
ria dos agricultores.
CONTROLO DO VETOR DO
HLB EM ÁREAS DE GESTÃO
FITOSSANITÁRIA
O HLB (huanglongbing ou greening),
provocado pelas bactérias Candidatus Li-
beribacter spp. e transmitidas pelos inse-
tos vetores D. citri ou T. erytreae, é atual-
mente a doença mais grave dos citrinos,
não existindo formas de curar uma árvo-
re infectada. Portanto, devem ser adota-
das medidas para que as árvores não se-
jam infectadas. Programas de controlo
baseados em áreas de gestão fitossanitá-
ria envolvendo explorações comerciais e
suas adjacências, visando o combate ao
inseto vetor e a redução do inóculo, têm-
-se mostrado mais eficazes do que os pro-
gramas individuais de controlo por parte
dos agricultores. Em áreas que adotaram
pulverizações coordenadas para controlo
do inseto vetor do HLB na Flórida (EUA)
houve produções superiores de frutos,
quando comparadas com parcelas onde
foram adotadas medidas individuais por
parte de cada agricultor (Singerman et al.,
2017). Apesar dos benefícios da adoção de
proteção de culturas
AGROTEC 33 | dezembro 201962
programas em áreas de gestão fitossani-
tária, a desconfiança dos agricultores na
cooperação com os seus vizinhos e o cus-
to com as pulverizações coordenadas po-
dem limitar a adesão a estes programas.
No Brasil e nos EUA, onde o HLB foi
encontrado em 2004/2005, há experiên-
cias com programas de controlo baseados
em áreas de gestão fitossanitária. Ape-
sar de terem recebido nomes diferentes –
programas regionais no Brasil e áreas de
gestão fitossanitária de citrinos (CHMAs
– Citrus Healthy Management Areas) nos
EUA – têm o mesmo objetivo, reduzir a
disseminação do agente patogénico do
HLB pelo vetor. A incidência de HLB foi
90% menor e houve um aumento de pro-
dutividade com programas regionais de
controlo no Brasil (Bassanezi et al., 2013).
Com a ameaça imediata de introdução
doHLBnonorteecentrodePortugal,onde
já está presente a psila africana (T. erytreae)
e o risco de introdução do inseto vetor na
região do Algarve, principal zona produto-
ra de citrinos em Portugal, torna-se urgen-
te a adoção de um programa concertado de
gestão fitossanitária focado neste inseto. A
implementação do programa em zonas de
menor dimensão no norte e centro de Por-
tugal para a psila africana geraria experiên-
cia e resultados para enfrentar o HLB, se
esta doença chegar a Portugal.
Paraalémdosmétodosdecontroloquí-
mico, podem ser adotadas medidas de con-
trolo biológico ou de controlo genético para
T. erytreae. A introdução, produção e liber-
tação massal do endoparasitoide Tamarixia
dryi parece ser a providência imediata mais
importante para o controlo da psila africa-
na. É um parasitoide específico, eficiente e
que contribuirá para a redução das popu-
lações do inseto vetor. Pode ser libertado
prioritariamente em áreas onde é mais di-
fícil a aplicação do controlo químico, como
quintais, áreas urbanas e pomares abando-
nados, mas poderá ser também utilizado
emáreasdeproduçãocomercialdecitrinos.
CONTROLO DA MOSCA DO
MEDITERRÂNEO EM ÁREAS
DE GESTÃO FITOSSANITÁRIA
AmoscadoMediterrâneo(C.capitata)exi-
ge medidas de controlo caras e próximas
da colheita dos frutos, o que pode au-
mentar o risco de resíduos de inseticidas
na fruta. Apesar de todo o conhecimen-
to científico acumulado sobre este inse-
to e sobre as diversas medidas efetivas de
controlo, continua a ser a principal praga
dos citrinos em Portugal. Para esta praga,
a medida mais eficiente, além do controlo
químico, é a libertação massiva de machos
estéreis. Esta medida exige altos investi-
mentos, mas tem grande benefício a longo
prazo e pode ser adotada, se houver uma
distribuição de benefícios que a justifique
(Mumford, 2005). Para a mosca da fruta, a
aplicação conjunta de iscos tóxicos ou pul-
verizações de inseticidas, controlo biológi-
co, pela libertação de parasitoides e medi-
das fitossanitárias adicionais, aumentam a
eficácia do controlo (Vargas et al., 2008).
Programas com abrangência regional
têm sido bem-sucedidos no controlo de es-
pécies de moscas das frutas com aplicação
deiscostóxicos,dotipoatraiemata,liberta-
ção de insetos estéreis, libertação de parasi-
toides ou captura massiva com armadilhas.
URGÊNCIA DA ADOÇÃO DE
PROGRAMAS DE CONTROLO
EM ÁREAS DE GESTÃO
FITOSSANITÁRIA
Programas de controlo em áreas de ges­
tão fitossanitária focados no vetor do HLB
poderão e deverão ser postos em prática,
mesmo sem a presença da doença na Euro-
pa. O inseto pode existir sem o HLB, como
acontecenailhadaMadeira,ondeT.erytreae
estápresentedesde1994semHLB,enoBra-
sil, onde D. citri conviveu com os citrinos
por mais de 70 anos, da década de 1940 até
2004, sem ser praga. No entanto, a introdu-
çãodoHLBameaçaaviabilidadedacitricul-
tura ibérica e convém aprender a controlar
o vetor antes que a doença seja introduzida.
Os casos do Brasil e dos EUA mostram que
o controlo em áreas de gestão fitossanitária
é o único caminho para evitar a dissemi-
nação do HLB. A eliminação do inócu-
lo feita nos pomares de citrinos do Brasil
permitiu a continuidade da produção bra-
sileira, hoje com 19% das árvores com sin-
tomas. Nos EUA, onde a eliminação do
inóculonãofoitãorigorosa,aproduçãodi-
minuiu consideravelmente e todas as árvo-
res estão infectadas. Isso mostra que o con-
trolo do inseto vetor é necessário, mas não
suficiente para o controlo do HLB.
Nesta altura, Portugal deve desenhar
áreas de gestão fitossanitária, instalar ar-
madilhas com posição geográfica conhe-
cida e treinar agricultores e técnicos para
amostragem da praga. Com este tipo de
programas, poder-se-ia estimar o dano da
praga, criar página WEB, aplicativo para
gestãodeinformaçãoeestabelecersistemas
de alerta para controlo em áreas de gestão
fitossanitária para T. erytreae, no norte e
centro, e C. capitata, no sul de Portugal.
Pulverizações simultâneas em áreas de
produção de citrinos e libertação do para-
sitoide Tamarixia radiata em citrinos não
comerciais têm sido usadas no Brasil para
controlo da psila asiática (D. citri). Apesar
de não terem sido adotados desde a con-
firmação do HLB, os programas de miti-
gação do dano do HLB têm sido constan-
temente aprimorados. Poder-se-ia admitir
que, quanto mais cedo tivessem sido ado-
tadas, mais efetivas seriam as medidas im-
plementadas, uma sugestão para Portugal.
O controlo em áreas de gestão fi-
tossanitária, além de ser mais eficiente,
pode reduzir as pulverizações de inseti-
cidas. Medidas adicionais como práticas
culturais para redução e sincronização
Folha com deformações provocadas por Trioza erytreae. As depressões em forma oval na página inferior da folha
são marcas do local onde se desenvolveu a ninfa do insecto.
PUBdas rebentações e maximização do controlo biológi-
co natural, feito pelos inimigos naturais nativos, se-
rão necessárias também para o controlo de T. erytreae.
O dano causado por este inseto, registado em citri-
nos do norte de Portugal, nomeadamente em limoei-
ros, mostra que ele pode atingir altas densidades e estar
adaptado a zonas mais frescas, sendo um risco perma-
nente ao sul onde se encontram as maiores áreas citrí-
colas. Sabe-se que a disseminação do patógeno do HLB
não requer altas populações de vetores; poucos adultos
com capacidade infecciosa são suficientes.
Desse modo, todos os esforços devem ser dedicados
ao desenvolvimento e implantação de programas basea-
dos em áreas de gestão fitossanitária. Até que soluções
definitivas e de longo prazo sejam encontradas, como
variedades de citrinos resistentes à doença, deve-se bus-
car um conjunto de medidas que garantam a sobrevi-
vência económica dos citrinos.
O Projeto PRE-HLB “Impedir a epidemia do HLB
para garantir a sobrevivência da citricultura europeia”,
financiado pela Comissão Europeia e atualmente em
fase de arranque, tem como uma das medidas a imple-
mentar o estabelecimento de áreas de gestão sanitária
de citrinos.
BIBLIOGRAFIA
Bassanezi R. B., Montesino L. H., Gimenes-Fernandes N., Yamamoto P.
T., Gottwald T. R., Amorim L., Bergamim Filho A. Efficacy of Area-
-Wide Inoculum Reduction and Vector Control on Temporal Pro-
gress of Huanglongbing in Young Sweet Orange Plantings. 2013.
Plant Disease 97: 789-796.
Elliott N. C., Onstad D. W., Brewer M. J. 2008. History and Ecological
Basis for Areawide Pest Management. In Koul O., Cuperus G.W.,
Elliott N. (eds). Areawide Pest Management – Theory and Imple-
mentation. London, CABI, p.15-33.
Mumford J. D. 2005. Application of Benefit/Cost Analysis to Insect Pest
Control Using the Sterile Insect Technique. In Dyck V.A., Hendrichs
J., Robinson A.S. (eds.) Sterile Insect Technique – Principles and
Practice in Area-Wide Integrated Pest Management. The Nether-
lands, Springer, p.481-498.
Singerman A., Lence S. H., Useche P. Is Area-Wide Pest Management
Useful? The Case of Citrus Greening. 2017. Applied Economic Per-
spectives and Policy 39: 609–634.
VargasR.I.,MauR.F.L.,JangE.B.,FaustR.M.,WongL.2008.TheHawaii
Fruit Fly Areawide Pest Management Programme. In Koul O., Cupe-
rus G.W., Elliott N. (eds). Areawide Pest Management – Theory and
Implementation. London, CABI, p.300-325.
Mapa de uma das áreas de gestão fitossanitária da Florida (com limites a
tracejado), onde se podem ver os pomares de citrinos assinalados a verde
(https://crec.ifas.ufl.edu/extension/chmas/Maps/CHMA_OVERVIEW_HARDEE_SE_HARDEE.pdf).

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Áreas de gestão fitossanitária para Ceratitis capitata e Trioza erytreae. Nova abordagem para a citricultura portuguesa.

  • 1. 61 ÁREAS DE GESTÃO FITOSSANITÁRIA PARA A CERATITIS CAPITATA E TRIOZA ERYTREAE NOVA ABORDAGEM PARA A CITRICULTURA PORTUGUESA Paulo Eduardo Branco Paiva1 Luís Neto2, Amílcar Duarte2 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triangulo Mineiro (Uberaba) e Universidade do Algarve 2 Centro para os Recursos Biológicos e Alimentos Mediterrânicos (MeditBio) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve INTRODUÇÃO O controlo de pragas em áreas de gestão fi- tossanitária – AGF – (area wide pest ma- nagement) é uma extensão da proteção in- tegrada aplicada a uma praga alvo numa dadaáreageográfica,geralmenteenvolven- do várias explorações agrícolas e áreas vizi- nhas com plantas hospedeiras ou de refú- giodoorganismoalvo.Estasáreasincluem, para além das explorações comerciais, cul- turas abandonadas, hospedeiros alterna- tivos e quintais que, sendo hospedeiros da praga, são fontes de novas infestações e jus- tificam a sua incorporação nas áreas de gestão fitossanitária. A supressão da praga numa área de gestão fitossanitária reduz a reinfestação vinda de áreas não controla- das, aumentando a eficácia das táticas de proteção integrada (Elliott et al., 2008). Como explorações vizinhas partilham as mesmas pragas e, tendo presente que medidas coordenadas resultam num me- lhor controlo da praga, os programas de gestão fitossanitária podem reduzir a po- pulação da praga em toda a zona abrangi- da. Estes programas são de longa duração, envolvendo organizações de agricultores e autoridades locais e regionais, de forma a promover o controlo em áreas urbanas, culturas abandonadas e plantas espontâ- neas. Estes programas têm como objetivo, nãosóevitarqueapragacausedanosàcul- tura numa vasta zona agrícola, mas igual- mente retardar o risco de novas invasões. PLANEAMENTO E IMPLAN- TAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CONTROLO NUMA ÁREA DE GESTÃO FITOSSANITÁRIA Uma correta planificação de um programa de controlo numa área de gestão fitossani- tária é essencial para o seu sucesso duran- te a fase de implementação, e deve assentar no conhecimento adequado da bioecologia da praga alvo e das respetivas medidas de controlo eficazes. O programa deve ser di- nâmico, podendo ser alterado em função deavaliaçõespermanentesdosresultadose docustoeconómicodasmedidasadotadas. Para implantação do programa de- ve-se definir a área de abrangência do programa, as medidas de controlo prio- ritárias, o plano de trabalho com organo- grama e orçamento e a infraestrutura ne- cessária para o seu desenvolvimento. O controlo em áreas de gestão fitossa- nitária é adequado a pragas com alta mo- bilidade, como a mosca do mediterrâneo – Ceratitis capitata – ou os insetos veto- res do HLB (huanglongbing ou greening) – Diaphorina citri ou Trioza erytreae. Des- ta forma, a sistematização da amostragem através da colocação de armadilhas ade- quadas, com uso de recursos de localiza- ção por satélite e informação em tempo realparaadoçãorápidademedidasdecon- trolo, é um aspeto importante de qualquer programa de controlo, exigindo formação prática de agricultores e técnicos para ma- nutenção e avaliação das armadilhas. A implementação inicial destes pro- gramas em áreas mais reduzidas – áreas teste – poderá permitir a sua avaliação económica, a formação prática de agricul- tores e técnicos, e comparar os resultados com aqueles obtidos em áreas conduzidas com medidas de controlo individuais. Em geral, são programas com adesão voluntá- ria dos agricultores. CONTROLO DO VETOR DO HLB EM ÁREAS DE GESTÃO FITOSSANITÁRIA O HLB (huanglongbing ou greening), provocado pelas bactérias Candidatus Li- beribacter spp. e transmitidas pelos inse- tos vetores D. citri ou T. erytreae, é atual- mente a doença mais grave dos citrinos, não existindo formas de curar uma árvo- re infectada. Portanto, devem ser adota- das medidas para que as árvores não se- jam infectadas. Programas de controlo baseados em áreas de gestão fitossanitá- ria envolvendo explorações comerciais e suas adjacências, visando o combate ao inseto vetor e a redução do inóculo, têm- -se mostrado mais eficazes do que os pro- gramas individuais de controlo por parte dos agricultores. Em áreas que adotaram pulverizações coordenadas para controlo do inseto vetor do HLB na Flórida (EUA) houve produções superiores de frutos, quando comparadas com parcelas onde foram adotadas medidas individuais por parte de cada agricultor (Singerman et al., 2017). Apesar dos benefícios da adoção de proteção de culturas
  • 2. AGROTEC 33 | dezembro 201962 programas em áreas de gestão fitossani- tária, a desconfiança dos agricultores na cooperação com os seus vizinhos e o cus- to com as pulverizações coordenadas po- dem limitar a adesão a estes programas. No Brasil e nos EUA, onde o HLB foi encontrado em 2004/2005, há experiên- cias com programas de controlo baseados em áreas de gestão fitossanitária. Ape- sar de terem recebido nomes diferentes – programas regionais no Brasil e áreas de gestão fitossanitária de citrinos (CHMAs – Citrus Healthy Management Areas) nos EUA – têm o mesmo objetivo, reduzir a disseminação do agente patogénico do HLB pelo vetor. A incidência de HLB foi 90% menor e houve um aumento de pro- dutividade com programas regionais de controlo no Brasil (Bassanezi et al., 2013). Com a ameaça imediata de introdução doHLBnonorteecentrodePortugal,onde já está presente a psila africana (T. erytreae) e o risco de introdução do inseto vetor na região do Algarve, principal zona produto- ra de citrinos em Portugal, torna-se urgen- te a adoção de um programa concertado de gestão fitossanitária focado neste inseto. A implementação do programa em zonas de menor dimensão no norte e centro de Por- tugal para a psila africana geraria experiên- cia e resultados para enfrentar o HLB, se esta doença chegar a Portugal. Paraalémdosmétodosdecontroloquí- mico, podem ser adotadas medidas de con- trolo biológico ou de controlo genético para T. erytreae. A introdução, produção e liber- tação massal do endoparasitoide Tamarixia dryi parece ser a providência imediata mais importante para o controlo da psila africa- na. É um parasitoide específico, eficiente e que contribuirá para a redução das popu- lações do inseto vetor. Pode ser libertado prioritariamente em áreas onde é mais di- fícil a aplicação do controlo químico, como quintais, áreas urbanas e pomares abando- nados, mas poderá ser também utilizado emáreasdeproduçãocomercialdecitrinos. CONTROLO DA MOSCA DO MEDITERRÂNEO EM ÁREAS DE GESTÃO FITOSSANITÁRIA AmoscadoMediterrâneo(C.capitata)exi- ge medidas de controlo caras e próximas da colheita dos frutos, o que pode au- mentar o risco de resíduos de inseticidas na fruta. Apesar de todo o conhecimen- to científico acumulado sobre este inse- to e sobre as diversas medidas efetivas de controlo, continua a ser a principal praga dos citrinos em Portugal. Para esta praga, a medida mais eficiente, além do controlo químico, é a libertação massiva de machos estéreis. Esta medida exige altos investi- mentos, mas tem grande benefício a longo prazo e pode ser adotada, se houver uma distribuição de benefícios que a justifique (Mumford, 2005). Para a mosca da fruta, a aplicação conjunta de iscos tóxicos ou pul- verizações de inseticidas, controlo biológi- co, pela libertação de parasitoides e medi- das fitossanitárias adicionais, aumentam a eficácia do controlo (Vargas et al., 2008). Programas com abrangência regional têm sido bem-sucedidos no controlo de es- pécies de moscas das frutas com aplicação deiscostóxicos,dotipoatraiemata,liberta- ção de insetos estéreis, libertação de parasi- toides ou captura massiva com armadilhas. URGÊNCIA DA ADOÇÃO DE PROGRAMAS DE CONTROLO EM ÁREAS DE GESTÃO FITOSSANITÁRIA Programas de controlo em áreas de ges­ tão fitossanitária focados no vetor do HLB poderão e deverão ser postos em prática, mesmo sem a presença da doença na Euro- pa. O inseto pode existir sem o HLB, como acontecenailhadaMadeira,ondeT.erytreae estápresentedesde1994semHLB,enoBra- sil, onde D. citri conviveu com os citrinos por mais de 70 anos, da década de 1940 até 2004, sem ser praga. No entanto, a introdu- çãodoHLBameaçaaviabilidadedacitricul- tura ibérica e convém aprender a controlar o vetor antes que a doença seja introduzida. Os casos do Brasil e dos EUA mostram que o controlo em áreas de gestão fitossanitária é o único caminho para evitar a dissemi- nação do HLB. A eliminação do inócu- lo feita nos pomares de citrinos do Brasil permitiu a continuidade da produção bra- sileira, hoje com 19% das árvores com sin- tomas. Nos EUA, onde a eliminação do inóculonãofoitãorigorosa,aproduçãodi- minuiu consideravelmente e todas as árvo- res estão infectadas. Isso mostra que o con- trolo do inseto vetor é necessário, mas não suficiente para o controlo do HLB. Nesta altura, Portugal deve desenhar áreas de gestão fitossanitária, instalar ar- madilhas com posição geográfica conhe- cida e treinar agricultores e técnicos para amostragem da praga. Com este tipo de programas, poder-se-ia estimar o dano da praga, criar página WEB, aplicativo para gestãodeinformaçãoeestabelecersistemas de alerta para controlo em áreas de gestão fitossanitária para T. erytreae, no norte e centro, e C. capitata, no sul de Portugal. Pulverizações simultâneas em áreas de produção de citrinos e libertação do para- sitoide Tamarixia radiata em citrinos não comerciais têm sido usadas no Brasil para controlo da psila asiática (D. citri). Apesar de não terem sido adotados desde a con- firmação do HLB, os programas de miti- gação do dano do HLB têm sido constan- temente aprimorados. Poder-se-ia admitir que, quanto mais cedo tivessem sido ado- tadas, mais efetivas seriam as medidas im- plementadas, uma sugestão para Portugal. O controlo em áreas de gestão fi- tossanitária, além de ser mais eficiente, pode reduzir as pulverizações de inseti- cidas. Medidas adicionais como práticas culturais para redução e sincronização Folha com deformações provocadas por Trioza erytreae. As depressões em forma oval na página inferior da folha são marcas do local onde se desenvolveu a ninfa do insecto.
  • 3. PUBdas rebentações e maximização do controlo biológi- co natural, feito pelos inimigos naturais nativos, se- rão necessárias também para o controlo de T. erytreae. O dano causado por este inseto, registado em citri- nos do norte de Portugal, nomeadamente em limoei- ros, mostra que ele pode atingir altas densidades e estar adaptado a zonas mais frescas, sendo um risco perma- nente ao sul onde se encontram as maiores áreas citrí- colas. Sabe-se que a disseminação do patógeno do HLB não requer altas populações de vetores; poucos adultos com capacidade infecciosa são suficientes. Desse modo, todos os esforços devem ser dedicados ao desenvolvimento e implantação de programas basea- dos em áreas de gestão fitossanitária. Até que soluções definitivas e de longo prazo sejam encontradas, como variedades de citrinos resistentes à doença, deve-se bus- car um conjunto de medidas que garantam a sobrevi- vência económica dos citrinos. O Projeto PRE-HLB “Impedir a epidemia do HLB para garantir a sobrevivência da citricultura europeia”, financiado pela Comissão Europeia e atualmente em fase de arranque, tem como uma das medidas a imple- mentar o estabelecimento de áreas de gestão sanitária de citrinos. BIBLIOGRAFIA Bassanezi R. B., Montesino L. H., Gimenes-Fernandes N., Yamamoto P. T., Gottwald T. R., Amorim L., Bergamim Filho A. Efficacy of Area- -Wide Inoculum Reduction and Vector Control on Temporal Pro- gress of Huanglongbing in Young Sweet Orange Plantings. 2013. Plant Disease 97: 789-796. Elliott N. C., Onstad D. W., Brewer M. J. 2008. History and Ecological Basis for Areawide Pest Management. In Koul O., Cuperus G.W., Elliott N. (eds). Areawide Pest Management – Theory and Imple- mentation. London, CABI, p.15-33. Mumford J. D. 2005. Application of Benefit/Cost Analysis to Insect Pest Control Using the Sterile Insect Technique. In Dyck V.A., Hendrichs J., Robinson A.S. (eds.) Sterile Insect Technique – Principles and Practice in Area-Wide Integrated Pest Management. The Nether- lands, Springer, p.481-498. Singerman A., Lence S. H., Useche P. Is Area-Wide Pest Management Useful? The Case of Citrus Greening. 2017. Applied Economic Per- spectives and Policy 39: 609–634. VargasR.I.,MauR.F.L.,JangE.B.,FaustR.M.,WongL.2008.TheHawaii Fruit Fly Areawide Pest Management Programme. In Koul O., Cupe- rus G.W., Elliott N. (eds). Areawide Pest Management – Theory and Implementation. London, CABI, p.300-325. Mapa de uma das áreas de gestão fitossanitária da Florida (com limites a tracejado), onde se podem ver os pomares de citrinos assinalados a verde (https://crec.ifas.ufl.edu/extension/chmas/Maps/CHMA_OVERVIEW_HARDEE_SE_HARDEE.pdf).