Juscelino Kubitschek foi um político brasileiro que serviu como prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente do Brasil entre 1956-1961. Durante seu mandato presidencial, promoveu o rápido crescimento econômico do Brasil e a construção de uma nova capital federal, Brasília. Foi amplamente considerado um dos melhores presidentes do Brasil por seu estilo de governo inovador e realizações para o desenvolvimento do país.
2. Juscelino Kubitschek de
Oliveira GCTE • GCBTO • GColIH (Diamantina 12 de
setembro de 1902 — Resende, 22 de agosto de 1976) foi
um médico, Oficial da Força Pública
Mineira e político brasileiro. Conhecido como JK, foi prefeito de Belo
Horizonte (1940-1945), governador de Minas Gerais (1951-1955), e
presidente do Brasil entre 1956 e 1961.
Foi o primeiro presidente do Brasil a nascer no século XX. Foi o
quinto político mineiro eleito para a presidência da
república pelo voto direto. Casado com Sarah Kubitschek, com
quem teve a filha Márcia Kubitschek de Oliveira e adotaram a Maria
Estela Kubitschek de Oliveira, foi o responsável pela construção de
uma nova capital federal, Brasília, executando, assim, um antigo
projeto, já previsto em três constituições brasileiras, da mudança da
capital federal do Brasil para promover o desenvolvimento do interior
do Brasil e a integração do país.
3.
4. Durante todo o seu mandato como presidente da
República (1956-1961), o Brasil viveu um período de
notável desenvolvimento econômico e relativa
estabilidade política. Com um estilo de governo inovador
na política brasileira, Juscelino construiu em torno de si
uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.
Segundo seu adversário José Sarney, Juscelino foi o
melhor presidente que o Brasil já teve, por sua
habilidade política, por suas realizações e pelo seu
respeito às instituições democráticas. No ano de 2001,
Juscelino Kubitschek de Oliveira foi eleito o "Brasileiro
do Século" em uma eleição que foi publicada pela
revista Isto É.
5. Juscelino nasceu em 12 de
setembro de 1902 em Diamantina num
casarão colonial na rua Direita. Seu pai, João César
de Oliveira (1872-1905), foi caixeiro-viajante e
exerceu, também, várias outras profissões . Era um
homem boêmio, e em uma serenata no município
de Rio Vermelho contraiu um resfriado que passou
para pneumonia e deu origem a uma tuberculose.
Com medo de contaminar a família com a doença, o
pai de JK decidiu ir morar em uma casa isolada vindo
a receber visitas de amigos e familiares. João faleceu
em 10 de janeiro de 1905, quando Juscelino tinha 3
anos.
6.
7. A única renda da família se tornou a da mãe. Sua
mãe, Júlia Kubitschek (1873-1971) ,
era professora e possuía ascendência checa (seu
sobrenome é uma germanização do original
tcheco Kubíček) e etnia cigana — JK foi o único
presidente de origem cigana em todo o
mundo. Viúva aos 28 anos, Júlia não quis se casar
novamente, dedicando-se aos dois filhos, Maria da
Conceição, apelidada de Naná, nascida em 1901,
e JK, o Nonô. Júlia havia perdido uma bebê nos
primeiros meses de vida, cujo nome era Eufrosina,
nascida em 1900.
8. Em meio a dificuldades financeiras, conseguiu obter os exames
preparatórios exigidos para o curso de Medicina. Em 1919, prestou
na capital mineira de Belo Horizonte um concurso para telegrafista
na agência central da cidade. Para realizar o concurso exigia-se a
idade mínima de 18 anos, mas ele possuía apenas 16 anos
incompletos. Para resolver este problema, conseguiu com o oficial
de registro de Diamantina uma certidão forjada que marcava como
se tivesse nascido em 1900. Ficou em décimo nono lugar, sendo
classificado. No final de 1920, se mudou para morar em Belo
Horizonte. De início, sua mãe pagava os custos do filho na capital
mineira, mas Juscelino não morava em boas condições de conforto.
Dois anos após o concurso, em maio de 1921, foi divulgada a sua
nomeação para telegrafista auxiliar. Em janeiro de 1922, prestou o
vestibular e matriculou-se na Faculdade de Medicina
da Universidade Federal de Minas Gerais.
9.
10. O navio onde encontrava-se Juscelino fez várias
escalas. O primeiro país em solo estrangeiro que o
rapaz conheceu foi Senegal, mais especificamente a
cidade de Dakar, seguindo para a cidade de
Casablanca, no Marrocos. Chega à cidade
do Porto (Portugal) e a Vigo (Espanha). Desceu
próximo a Bordéus já em território francês, onde
pegou um trem para Paris. Lá, inscreveu-se num curso
de cultura francesa, atualizando-se no idioma e
visitando museus e lugares históricos, mas o objetivo
principal da viagem era se especializar
em urologia com o doutor Maurice Chevassu,
atividade que durou três semanas.
11. Em 1933, após a morte do governador de Minas
Gerais Olegário Maciel, o então Presidente da
República Getúlio Vargas nomeou Benedito Valadares para o
cargo. Benedito Valadares nomeou Juscelino para o cargo de
chefe-de-gabinete, mas ele recusou. Fato é que Benedito foi
até o hospital militar onde JK estava, lá ele homenageou o ex-
governador Olegário e anunciou o seu novo chefe-de-
gabinete: Juscelino Kubitschek. JK conta que foi nomeado na
marra. No cargo, resolvia vários problemas conversando com
as autoridades. Em Diamantina, por exemplo, conseguiu abrir
estradas e preservar edifícios históricos. Nessa época
construiu a sua primeira obra pública, uma ponte sobre o
ribeirão do Inferno, ligando Diamantina a cidade de Rio
Vermelho.
12. Em outubro de 1934 foi eleito o deputado federal mais
votado em Minas, filiado ao recém-criado Partido
Progressista que havia sido fundado por membros
do Partido Republicano Mineiro que apoiavam a
Revolução de 1930. Exerceu o mandato de deputado
federal de 1935 até o fechamento do Congresso
Nacional, em 10 de novembro de 1937, com o golpe
do Estado Novo. Chegou ao posto de tenente-coronel-
médico da Polícia Militar de Minas Gerais. Após o
impedimento de seu mandato, confidenciou a esposa
que sairia definitivamente da política naquele instante, o
que não se concretizou.
13. No início de 1940, o então governador de Minas
Gerais Benedito Valadares nomeou Juscelino
Kubitschek como novo prefeito da capital
mineira. A princípio, JK não quis aceitar o cargo,
mas a nomeação foi divulgada em 16 de abril
no Minas Gerais. Durante este período, não
abandonou a carreira de médico, intercalando a
Medicina com a Prefeitura. Tornou-se o Primeiro
Secretário do recém Partido Social
Democrático (PSD).
14.
15. Tomou posse como prefeito de Belo Horizonte em 19 de
outubro de 1940, sendo conhecido como "prefeito furacão"
pelas grandes mudanças feitas por ele na cidade. Como
prefeito, restaurou, pavimentou e construiu muitas avenidas,
sendo responsável pelo asfaltamento da Avenida Afonso
Pena, a construção de grandes avenidas a fim de facilitar o
acesso ao centro da cidade como a pavimentação da Avenida
do Contorno e a Avenida Amazonas. Criou vários bairros em
Belo Horizonte. Canalizou vários córregos que banham a
cidade visando o saneamento básico de Belo Horizonte.
Construiu pontes e realizou terraplanagens a fim de integrar o
centro da cidade a vários núcleos populacionais da zona
suburbana, e desenvolveu em Belo Horizonte a rede
subterrânea de luz e telefone.
16. Juscelino foi o último presidente da República a assumir o cargo no Palácio
do Catete. Foi empossado em 31 de janeiro de 1956, e, governou por 5
anos, até 31 de janeiro de 1961. Seu vice-presidente, eleito também em 3
de outubro de 1955, foi João Goulart. Não havia reeleição naquela época.
Foi o primeiro presidente civil desde Artur Bernardes a cumprir
integralmente seu mandato. Juscelino Kubitschek empolgou o país com
seu slogan "Cinquenta anos em cinco", conseguiu encetar um processo de
rápida industrialização, tendo como carro-chefe a indústria automobilística.
Houve, no seu governo, um forte crescimento econômico, porém, houve
também um significativo aumento da dívida pública interna e da dívida
externa e da inflação nos governos seguintes de Jânio Quadros e João
Goulart . Os anos de seu governo são lembrados como "Os Anos
Dourados", coincidindo com a fase de prosperidade norte-americana
conhecida como "The Great American Celebration", a qual se caracterizou
pela baixa inflação e pelas elevadas taxas de crescimento da economia e
do padrão de vida dos norte-americanos.